A Sony está promovendo Kazuo Hirai para o comando de sua divisão de bens de consumo, a maior entre as unidades da empresa. O presidente-executivo Howard Stringer declarou que Hirai é o favorito para sucedê-lo.
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Stringer, 69, atual presidente-executivo e do conselho da Sony, permanecerá nos cargos, informou a Sony ao anunciar um realinhamento de suas operações.
“É um sinal de que a Sony já não está operando em modo de crise, como desde a quebra do Lehman. Agora, pode trocar os planos de reestruturação por planos de crescimento,” disse Mitsushige Akino, vice-presidente de administração de fundos na Ichiyoshi Investment Management.
A Sony vem avaliando um potencial sucessor para Stringer –o primeiro não-japonês a dirigir o grupo–, que deve deixar o posto em 2013. Em janeiro, ele negou ser candidato à presidência da BBC.
“O conselho e eu discutimos o planejamento da sucessão e esse é o primeiro passo. Ainda não tomamos uma decisão final,” disse Stringer em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 10.
“Trata-se de uma oportunidade para que o conselho observe Hirai e avalie seu desempenho. Pode haver outros candidatos, mas ele está em posição de liderança,” disse Stringer.
Hirai, 50, atualmente comanda a divisão de produtos e serviços de rede do grupo, que inclui as operações de videogames e negócios mais recentes, como música e filmes.
“Em seu papel atual, Hirai comandou com sucesso a reestruturação das operações de jogos,” afirmou a Sony em comunicado.
Sob o comando de Stringer, a Sony cortou empregos e vendeu fábricas buscando melhorar suas margens de lucro, mas analistas dizem que será preciso mais para que a companhia recupere o atraso diante de rivais como Apple, Nintendo e Samsung.
A Sony também anunciou nesta quinta-feira que irá realinhar seus negócios em dois grupos básicos, sendo que um deles envolverá bens de consumo e serviços, sob o comando de Hirai, e responderá por 60% do faturamento.
A outra divisão incluirá produtos de uso industrial, como semicondutores, baterias e outros componentes, e será comandada por Hiroshi Yoshioka.
/ Isabel Reynolds (REUTERS)