Twitter nas mãos de Musk preocupa quem tem esperança de democracia


Se Musk ouvir amigos, as portas do inferno se abrirão

Por Pedro Doria
Atualização:

Começaria na segunda o julgamento do caso Twitter contra Elon Musk, em Delaware, nos EUA. E as cartas já estavam todas marcadas para que o homem mais rico do mundo perdesse na Corte e se visse forçado a comprar a rede social. Foi por isso mesmo que Musk decidiu se antecipar, pedindo ao Twitter que retirasse o processo. Não aconteceu. Mas o juiz deu ao bilionário prazo até o dia 28 deste mês. É daqui a duas sextas-feiras. Ou faz a compra até lá ou, em novembro, enfrenta a Justiça.

Quem leu as trocas de mensagens de Musk tornadas públicas entende por que ele está correndo atrás. Entre outras, os Zaps deixam muito claro que ele sabia que havia muitas contas falsas na plataforma. Ter se “surpreendido” com a informação foi a desculpa que usou para tentar fugir do negócio. E o Twitter tem nas mãos um papel assinado com o compromisso de compra e venda.

Quem tem razão para se preocupar com as mensagens é o resto do mundo – ou, ao menos, quem ainda tem esperanças de uma democracia. Quem tem o telefone de Musk e manda mensagens para ele faz lobby, tem lado, fala em liberdade o tempo todo, mas é aquele tipo peculiar de liberdade dos populistas autoritários de direita. Ou seja: criticam os europeus por cercearem a circulação de veículos de desinformação pró-Putin financiados por Moscou. Defendem que Trump volte à rede. E querem no conselho gente ligada ao Partido Republicano.

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Parece libertário – mas não é. Afinal, não falta quem peça o controle da cultura “woke” — a briga antirracista, o movimento feminista, o LGBT+ e correlatos. Se por um lado há excessos, isto não quer dizer que o problema não exista.

Nem sempre Musk responde a seus interlocutores. As mensagens passam uma sensação de que muita gente tenta criar uma sensação de intimidade nem sempre correspondida. O que lhe escrevem não é sinal do que Musk pensa. Fato é que muita gente do lado trumpista fala com Musk. E não tem contrabalanço.

Twitter é pequeno, mas é uma rede social influente

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O Twitter é pequeno, mas é influente. É a rede onde estão jornalistas, acadêmicos e políticos. Se não tem repercussão imediata, é nele que nascem os debates. O que vai ser dito no YouTube, no TikTok ou nas redes de Zap nasce antes na rede do passarinho.

É bom o mundo se preocupar. É só ver o sufoco que vive a democracia brasileira. De três semanas para cá, o bolsonarismo conseguiu romper os bloqueios do WhatsApp e a festa da desinformação está correndo solta. Nossa democracia está em jogo. Se Musk ouvir seus amigos, as portas do inferno se abrirão.

Começaria na segunda o julgamento do caso Twitter contra Elon Musk, em Delaware, nos EUA. E as cartas já estavam todas marcadas para que o homem mais rico do mundo perdesse na Corte e se visse forçado a comprar a rede social. Foi por isso mesmo que Musk decidiu se antecipar, pedindo ao Twitter que retirasse o processo. Não aconteceu. Mas o juiz deu ao bilionário prazo até o dia 28 deste mês. É daqui a duas sextas-feiras. Ou faz a compra até lá ou, em novembro, enfrenta a Justiça.

Quem leu as trocas de mensagens de Musk tornadas públicas entende por que ele está correndo atrás. Entre outras, os Zaps deixam muito claro que ele sabia que havia muitas contas falsas na plataforma. Ter se “surpreendido” com a informação foi a desculpa que usou para tentar fugir do negócio. E o Twitter tem nas mãos um papel assinado com o compromisso de compra e venda.

Quem tem razão para se preocupar com as mensagens é o resto do mundo – ou, ao menos, quem ainda tem esperanças de uma democracia. Quem tem o telefone de Musk e manda mensagens para ele faz lobby, tem lado, fala em liberdade o tempo todo, mas é aquele tipo peculiar de liberdade dos populistas autoritários de direita. Ou seja: criticam os europeus por cercearem a circulação de veículos de desinformação pró-Putin financiados por Moscou. Defendem que Trump volte à rede. E querem no conselho gente ligada ao Partido Republicano.

Parece libertário – mas não é. Afinal, não falta quem peça o controle da cultura “woke” — a briga antirracista, o movimento feminista, o LGBT+ e correlatos. Se por um lado há excessos, isto não quer dizer que o problema não exista.

Nem sempre Musk responde a seus interlocutores. As mensagens passam uma sensação de que muita gente tenta criar uma sensação de intimidade nem sempre correspondida. O que lhe escrevem não é sinal do que Musk pensa. Fato é que muita gente do lado trumpista fala com Musk. E não tem contrabalanço.

Twitter é pequeno, mas é uma rede social influente

O Twitter é pequeno, mas é influente. É a rede onde estão jornalistas, acadêmicos e políticos. Se não tem repercussão imediata, é nele que nascem os debates. O que vai ser dito no YouTube, no TikTok ou nas redes de Zap nasce antes na rede do passarinho.

É bom o mundo se preocupar. É só ver o sufoco que vive a democracia brasileira. De três semanas para cá, o bolsonarismo conseguiu romper os bloqueios do WhatsApp e a festa da desinformação está correndo solta. Nossa democracia está em jogo. Se Musk ouvir seus amigos, as portas do inferno se abrirão.

Começaria na segunda o julgamento do caso Twitter contra Elon Musk, em Delaware, nos EUA. E as cartas já estavam todas marcadas para que o homem mais rico do mundo perdesse na Corte e se visse forçado a comprar a rede social. Foi por isso mesmo que Musk decidiu se antecipar, pedindo ao Twitter que retirasse o processo. Não aconteceu. Mas o juiz deu ao bilionário prazo até o dia 28 deste mês. É daqui a duas sextas-feiras. Ou faz a compra até lá ou, em novembro, enfrenta a Justiça.

Quem leu as trocas de mensagens de Musk tornadas públicas entende por que ele está correndo atrás. Entre outras, os Zaps deixam muito claro que ele sabia que havia muitas contas falsas na plataforma. Ter se “surpreendido” com a informação foi a desculpa que usou para tentar fugir do negócio. E o Twitter tem nas mãos um papel assinado com o compromisso de compra e venda.

Quem tem razão para se preocupar com as mensagens é o resto do mundo – ou, ao menos, quem ainda tem esperanças de uma democracia. Quem tem o telefone de Musk e manda mensagens para ele faz lobby, tem lado, fala em liberdade o tempo todo, mas é aquele tipo peculiar de liberdade dos populistas autoritários de direita. Ou seja: criticam os europeus por cercearem a circulação de veículos de desinformação pró-Putin financiados por Moscou. Defendem que Trump volte à rede. E querem no conselho gente ligada ao Partido Republicano.

Parece libertário – mas não é. Afinal, não falta quem peça o controle da cultura “woke” — a briga antirracista, o movimento feminista, o LGBT+ e correlatos. Se por um lado há excessos, isto não quer dizer que o problema não exista.

Nem sempre Musk responde a seus interlocutores. As mensagens passam uma sensação de que muita gente tenta criar uma sensação de intimidade nem sempre correspondida. O que lhe escrevem não é sinal do que Musk pensa. Fato é que muita gente do lado trumpista fala com Musk. E não tem contrabalanço.

Twitter é pequeno, mas é uma rede social influente

O Twitter é pequeno, mas é influente. É a rede onde estão jornalistas, acadêmicos e políticos. Se não tem repercussão imediata, é nele que nascem os debates. O que vai ser dito no YouTube, no TikTok ou nas redes de Zap nasce antes na rede do passarinho.

É bom o mundo se preocupar. É só ver o sufoco que vive a democracia brasileira. De três semanas para cá, o bolsonarismo conseguiu romper os bloqueios do WhatsApp e a festa da desinformação está correndo solta. Nossa democracia está em jogo. Se Musk ouvir seus amigos, as portas do inferno se abrirão.

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