O Twitter anunciou, para esta segunda-feira, 12, uma nova tentativa de lançar o seu serviço premium, um mês após o fracasso do lançamento anterior. A assinatura chamada ‘Twitter Blue’ custará US$ 8 por mês, para a assinatura web ou em celulares com sistema operacional Android. Para os usuários do iOS, no iPhone, porém, o plano deve custar mais caro: US$ 11. O serviço ainda não está disponível no Brasil.
Os preços diferentes são reflexo do embate entre Elon Musk e a Apple na loja de aplicativos da empresa. A companhia de Tim Cook tem, como padrão, cobrar uma taxa de até 30% dos desenvolvedores para que o app esteja na loja. No Brasil, o serviço ainda não tem data para ser lançado, mas a App Store, da Apple, já indica uma possível assinatura do plano por R$ 60.
Ao fazer a assinatura paga, os usuários poderão receber o selo azul de verificação de contas — a popular marquinha azul ao lado do nome na rede social, e também ter acesso a recursos especiais na plataforma. O anúncio foi feito na conta oficial da empresa no Twitter.
Os usuários que aderirem ao serviço premium, segundo a empresa, também receberão menos publicidade e os tuites terão prioridade sobre mensagens de contas não verificadas. Uma outra novidade é que poderão postar vídeos mais longos em suas contas.
Além disso, os assinantes terão permissão para fazer alterações em seu perfis. No entanto, a cada mudança, o selo azul desaparecerá até que a identidade seja verificada novamente. O Twitter disse ainda que irá substituir o selo oficial azul por uma marca dourada para empresas e um selo cinza para contas governamentais.
Antes, o símbolo de verificação era originalmente concedido a empresas, celebridades, entidades governamentais e jornalistas cuja identidade fosse autenticada pela plataforma. “Obrigado por sua paciência enquanto trabalhamos para melhorar o Blue. Estamos entusiasmados e ansiosos para compartilhar mais com você em breve!”, escreveu a empresa na publicação.
Esta é a segunda tentativa de lançar o produto, que sob a liderança anterior era fornecido gratuitamente. No mês passado, o novo proprietário do Twitter, Elon Musk, cancelou a marca de verificação poucas horas depois de seu lançamento.
Na ocasião, a rede social foi inundada por contas falsas, que começaram a espalhar desinformação e mensagens de ódio. Alguns perfis também se passaram pelas empresas Tesla e SpaceX, ambas de propriedade do bilionário.
Após a exclusão do serviço, Musk escreveu em seu perfil: “Lembre-se de que o Twitter fará muitas coisas idiotas nos próximos meses. Manteremos o que funciona e mudaremos o que não funciona.” O empresário comprou a rede social em outubro deste ano, por US$ 44 bilhões, depois de meses de impasses.
O sistema de verificação foi criado em 2009 para garantir que por trás de contas influentes estejam a pessoa ou instituição que diziam ser. /Com informações da EFE e AP