A CNN anunciou na quarta-feira, 10, o corte de 100 vagas de empregos e uma nova oferta digital somente por assinatura até o final do ano, como parte de sua estratégia digital. Detalhes sobre o produto, porém, não foram divulgados.
A empresa está demitindo cerca de 3% de sua força de trabalho. Os desligamentos ocorrerão “em toda a empresa”, disse Mark Thompson, presidente da rede, em um memorando encaminhado aos funcionários. A última vez que a CNN realizou demissões significativas foi no final de 2022.
Thompson anunciou os cortes quando a empresa começou a revelar as etapas de um plano digital que, segundo ele, ajudaria a rede a “recuperar uma posição de liderança nas experiências de notícias do futuro”.
Ex-diretor executivo do The New York Times e ex-líder sênior da BBC, ele está no comando da CNN desde outubro de 2023. Thompson prometeu uma estratégia digital mais robusta diante de um cenário no qual as pessoas abandonam os pacotes tradicionais de TV a cabo em favor do entretenimento por streaming.
Os índices de audiência da CNN despencaram nos últimos dois anos, mais do que os de seus principais concorrentes, a Fox News e a MSNBC. Além disso, a controladora da CNN, a Warner Bros. Discovery, tem uma enorme dívida, e o preço de suas ações caiu drasticamente neste ano.
A CNN recebeu uma injeção de ânimo ao organizar e transmitir o primeiro debate presidencial no final de junho, um evento que disparou alarmes no Partido Democrata em relação ao futuro da campanha do presidente Biden.
A CNN disponibilizou o debate para ser transmitido por outros meios de comunicação e atraiu mais de 50 milhões de espectadores no total. Cerca de 9,5 milhões deles assistiram pela emissora.
Como parte do anúncio na quarta-feira, Thompson disse que o “primeiro produto de assinatura” da CNN.com seria lançado ainda este ano. Ele também disse que a empresa aumentaria as ofertas de ‘notícias que você pode usar’” na cobertura de estilo de vida. Além disso, disse que a empresa fará um esforço para entrar na inteligência artificial.
Thompson apresentou uma reorganização que incluiria a fusão de três salas de redação separadas (coleta de notícias dos EUA, coleta de notícias internacionais e notícias digitais) sob um único líder, Virginia Moseley. E, na frente do horário nobre da televisão, ele orientou os representantes a “aumentar a competitividade da audiência e também ficar de olho nos custos de produção”.
“Transformar uma grande organização de notícias em direção ao futuro não é coisa de um dia”, escreveu Thompson em um memorando aos funcionários. “Isso acontece em etapas e ao longo do tempo. Os anúncios de hoje (quarta) não respondem a todas as perguntas nem procuram resolver todos os desafios que enfrentamos. No entanto, eles representam um avanço significativo.”
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