‘O júri de Cannes Lions precisa representar a sociedade’, diz Simon Cook


Em visita do Brasil, CEO do festival de criatividade se reuniu com membros do movimento negro para discutir pauta de diversidade dentro do principal evento do mercado publicitário mundial

Por Wesley Gonsalves
Atualização:

O presidente do festival internacional de criatividade Cannes Lions, Simon Cook, visitou São Paulo na última semana para participar de um evento promovido pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e pelo Estadão, que é o representante oficial do festival no Brasil.

No evento realizado pelo 'Estadão' em parceria com a FAAP, executivo falou sobre expectativas para a próxima edição do festival de criatividade.  Foto: Letícia Watanabe/FAAP

Em sua visita ao País, o executivo britânico participou da palestra contando os principais destaques da última edição do festival e aproveitou para falar sobre os planos da entidade de transformar o evento em uma ambiente com mais espaço para a diversidade. “Nosso júri precisa representar mais a sociedade do que o mercado publicitário”, disse. A seguir, os principais trechos da entrevista:

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O que nós podemos esperar em relação à diversidade racial no júri da próxima edição do festival?

O objetivo de vir aqui (ao Brasil) é realmente para aprender e ficar mais perto dos talentos que devem representar o nosso júri. E, claro, estar abertos às sugestões deles de como nós podemos representar os publicitários brasileiros de uma maneira mais genuína.

Cannes Lions deve ter um número mínimo de jurados negros para a próxima edição?

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Queremos representar mais a nossa sociedade, ao invés de refletir tanto o mercado publicitário e a nossa indústria. Vamos ficar de olho nas estatísticas associadas (às questões raciais) para ter certeza de que façamos as mudanças certas.

Como as marcas que participam do festival têm colaborado com as discussões sobre questões raciais, ambientais e de governança no mercado publicitário?

Eu acredito que, com as marcas, essas discussões já estão muito avançadas em assuntos como a questão de diversidade de talentos ou assuntos ambientais. Uma das coisas que estávamos muito conscientes em fazer este ano era trazer essas questões para serem discutidas dentro do festival. Então, convocamos essas marcas, as agências e as plataformas de mídia para se reunirem e discutirem sobre o que poderia ser feito para melhorar nessas questões. Porque essa é uma das nossas responsabilidades, de hospedar e facilitar as conversas.

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Sobre a participação de membros da comunidade criativa brasileira em Cannes Lions, o que o sr. espera ver desse grupo na próxima edição?

Acho que este ano foi realmente incrível ver tantos brasileiros no festival e ver tantos desses participantes subindo ao palco para receber os seus Leões. Nós sempre acreditamos que o Brasil fosse uma verdadeira potência quando se trata de criatividade nesta indústria, e isso foi confirmado nesta edição de Cannes, em que o País subiu no ranking e agora é considerado a segunda nação mais criativa do mundo. Eu só espero que esses profissionais continuem construindo isso em 2023.

E o que é preciso para que o Brasil seja o 1.º colocado neste ranking de países mais criativos do mundo?

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Ainda não sei te dizer, vamos ter de acompanhar o desempenho na próxima edição.

O presidente do festival internacional de criatividade Cannes Lions, Simon Cook, visitou São Paulo na última semana para participar de um evento promovido pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e pelo Estadão, que é o representante oficial do festival no Brasil.

No evento realizado pelo 'Estadão' em parceria com a FAAP, executivo falou sobre expectativas para a próxima edição do festival de criatividade.  Foto: Letícia Watanabe/FAAP

Em sua visita ao País, o executivo britânico participou da palestra contando os principais destaques da última edição do festival e aproveitou para falar sobre os planos da entidade de transformar o evento em uma ambiente com mais espaço para a diversidade. “Nosso júri precisa representar mais a sociedade do que o mercado publicitário”, disse. A seguir, os principais trechos da entrevista:

O que nós podemos esperar em relação à diversidade racial no júri da próxima edição do festival?

O objetivo de vir aqui (ao Brasil) é realmente para aprender e ficar mais perto dos talentos que devem representar o nosso júri. E, claro, estar abertos às sugestões deles de como nós podemos representar os publicitários brasileiros de uma maneira mais genuína.

Cannes Lions deve ter um número mínimo de jurados negros para a próxima edição?

Queremos representar mais a nossa sociedade, ao invés de refletir tanto o mercado publicitário e a nossa indústria. Vamos ficar de olho nas estatísticas associadas (às questões raciais) para ter certeza de que façamos as mudanças certas.

Como as marcas que participam do festival têm colaborado com as discussões sobre questões raciais, ambientais e de governança no mercado publicitário?

Eu acredito que, com as marcas, essas discussões já estão muito avançadas em assuntos como a questão de diversidade de talentos ou assuntos ambientais. Uma das coisas que estávamos muito conscientes em fazer este ano era trazer essas questões para serem discutidas dentro do festival. Então, convocamos essas marcas, as agências e as plataformas de mídia para se reunirem e discutirem sobre o que poderia ser feito para melhorar nessas questões. Porque essa é uma das nossas responsabilidades, de hospedar e facilitar as conversas.

Sobre a participação de membros da comunidade criativa brasileira em Cannes Lions, o que o sr. espera ver desse grupo na próxima edição?

Acho que este ano foi realmente incrível ver tantos brasileiros no festival e ver tantos desses participantes subindo ao palco para receber os seus Leões. Nós sempre acreditamos que o Brasil fosse uma verdadeira potência quando se trata de criatividade nesta indústria, e isso foi confirmado nesta edição de Cannes, em que o País subiu no ranking e agora é considerado a segunda nação mais criativa do mundo. Eu só espero que esses profissionais continuem construindo isso em 2023.

E o que é preciso para que o Brasil seja o 1.º colocado neste ranking de países mais criativos do mundo?

Ainda não sei te dizer, vamos ter de acompanhar o desempenho na próxima edição.

O presidente do festival internacional de criatividade Cannes Lions, Simon Cook, visitou São Paulo na última semana para participar de um evento promovido pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e pelo Estadão, que é o representante oficial do festival no Brasil.

No evento realizado pelo 'Estadão' em parceria com a FAAP, executivo falou sobre expectativas para a próxima edição do festival de criatividade.  Foto: Letícia Watanabe/FAAP

Em sua visita ao País, o executivo britânico participou da palestra contando os principais destaques da última edição do festival e aproveitou para falar sobre os planos da entidade de transformar o evento em uma ambiente com mais espaço para a diversidade. “Nosso júri precisa representar mais a sociedade do que o mercado publicitário”, disse. A seguir, os principais trechos da entrevista:

O que nós podemos esperar em relação à diversidade racial no júri da próxima edição do festival?

O objetivo de vir aqui (ao Brasil) é realmente para aprender e ficar mais perto dos talentos que devem representar o nosso júri. E, claro, estar abertos às sugestões deles de como nós podemos representar os publicitários brasileiros de uma maneira mais genuína.

Cannes Lions deve ter um número mínimo de jurados negros para a próxima edição?

Queremos representar mais a nossa sociedade, ao invés de refletir tanto o mercado publicitário e a nossa indústria. Vamos ficar de olho nas estatísticas associadas (às questões raciais) para ter certeza de que façamos as mudanças certas.

Como as marcas que participam do festival têm colaborado com as discussões sobre questões raciais, ambientais e de governança no mercado publicitário?

Eu acredito que, com as marcas, essas discussões já estão muito avançadas em assuntos como a questão de diversidade de talentos ou assuntos ambientais. Uma das coisas que estávamos muito conscientes em fazer este ano era trazer essas questões para serem discutidas dentro do festival. Então, convocamos essas marcas, as agências e as plataformas de mídia para se reunirem e discutirem sobre o que poderia ser feito para melhorar nessas questões. Porque essa é uma das nossas responsabilidades, de hospedar e facilitar as conversas.

Sobre a participação de membros da comunidade criativa brasileira em Cannes Lions, o que o sr. espera ver desse grupo na próxima edição?

Acho que este ano foi realmente incrível ver tantos brasileiros no festival e ver tantos desses participantes subindo ao palco para receber os seus Leões. Nós sempre acreditamos que o Brasil fosse uma verdadeira potência quando se trata de criatividade nesta indústria, e isso foi confirmado nesta edição de Cannes, em que o País subiu no ranking e agora é considerado a segunda nação mais criativa do mundo. Eu só espero que esses profissionais continuem construindo isso em 2023.

E o que é preciso para que o Brasil seja o 1.º colocado neste ranking de países mais criativos do mundo?

Ainda não sei te dizer, vamos ter de acompanhar o desempenho na próxima edição.

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