A incrível educação que dispensa livros


Abolir livros didáticos do processo de aprendizagem na rede pública avilta o bom senso, as melhores práticas e a história. Roga-se ao governador que reverta a estultice de seu auxiliar

Por Notas & Informações
Atualização:

A partir de 2024, as crianças matriculadas no Ensino Fundamental II das escolas estaduais de São Paulo deixarão de receber livros didáticos, para estarrecimento deste jornal – e decerto também do leitor. Terminado este ano letivo, os alunos do Ensino Médio da rede pública, igualmente, terão de se avir com os estudos sem ter acesso aos tradicionais impressos.

A estultice é obra do secretário estadual de Educação, Renato Feder. Ao Estadão, o secretário comparou a aula a “uma grande TV”, de modo que os livros didáticos podem ser substituídos, em sua visão, por “slides em PowerPoint”. Os alunos que se virem “com papel e caneta, anotando e fazendo exercícios”, ainda que essa ação corrediça lhes tire a preciosa atenção que devem prestar aos professores. “O livro tradicional sai”, afirmou Feder, taxativo.

É caso de perguntar, com toda a boa-fé: alguém que expressa essa ideia do que vem a ser uma aula reúne as condições necessárias para estar à frente da educação pública no Estado de São Paulo?

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Custa crer que o governador Tarcísio de Freitas, pessoa digna de ostentar uma formação acadêmica robusta, seguramente amparada pelos livros aos quais teve acesso ao longo dos anos, permitirá que o desatino de seu auxiliar prospere. As crianças e os adolescentes que dependem da educação pública paulista para se tornarem cidadãos mais bem preparados para a vida não merecem isso. A bem da verdade, nenhuma criança ou adolescente merece ser vítima de tamanha irresponsabilidade.

Com uma infeliz canetada, o secretário de Educação, que deveria ser o primeiro a se preocupar com a formação integral dos alunos matriculados na rede pública do Estado, pôs abaixo um processo de aprendizagem que há tempos imemoriais tem formado gerações de indivíduos mundo afora, muitos dos quais se destacaram nas mais variadas áreas do conhecimento. Contudo, na visão revolucionária de Feder para a educação, digamos assim, os slides seriam “mais assertivos” que os livros.

As justificativas do sr. Feder para a recusa inédita da oferta de 10 milhões de livros do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) não param de pé. Algumas seriam risíveis não fossem tão trágicas, como, por exemplo, a explicação segundo a qual os livros precisam ser substituídos pelo PowerPoint a fim de “não dar dois comandos” aos professores. Estes poderiam ficar desorientados entre o curso contido no livro didático e o material digital. Ora, se há professor na rede estadual incapaz desse discernimento, a rigor, nem deveria estar em sala de aula, pois é absolutamente desqualificado para o magistério.

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A precariedade das motivações do secretário para abolir os livros didáticos em São Paulo autoriza a inferência de que, com a medida, ele pretende evitar que os alunos da rede pública tenham contato com temas e reflexões suscitados pelos livros; ou o sr. Feder tem outros objetivos que não a boa formação dos alunos, da qual o material digital é mero suporte. Talvez esteja mais preocupado em melhorar os indicadores do Estado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), entre outros sistemas de avaliação de aprendizagem de crianças e adolescentes. Nesse sentido, os tais slides serviriam como espécie de “apostila” para que os alunos se saiam bem nas provas. Só isso.

Se o secretário quer melhorar a educação pública, e oxalá seja este seu genuíno intuito, o caminho para isso é relativamente simples. Educação não é uma trama complicada. O professor ensina, os alunos aprendem. E isso em um ambiente seguro e acolhedor, que ofereça as condições mínimas para que esse processo transcorra bem, vale dizer, com professores capacitados e motivados para exercer o ofício, escolas em condições dignas de receber a comunidade e material didático preparado de acordo com critérios muito rigorosos, como é o caso dos livros que compõem o PNLD.

A medida do governo estadual é tão disparatada que chega a ser constrangedor para este jornal ver-se obrigado a fazer uma defesa expressa do valor inestimável dos livros didáticos para a evolução humana. Mas, se é assim, que seja.

A partir de 2024, as crianças matriculadas no Ensino Fundamental II das escolas estaduais de São Paulo deixarão de receber livros didáticos, para estarrecimento deste jornal – e decerto também do leitor. Terminado este ano letivo, os alunos do Ensino Médio da rede pública, igualmente, terão de se avir com os estudos sem ter acesso aos tradicionais impressos.

A estultice é obra do secretário estadual de Educação, Renato Feder. Ao Estadão, o secretário comparou a aula a “uma grande TV”, de modo que os livros didáticos podem ser substituídos, em sua visão, por “slides em PowerPoint”. Os alunos que se virem “com papel e caneta, anotando e fazendo exercícios”, ainda que essa ação corrediça lhes tire a preciosa atenção que devem prestar aos professores. “O livro tradicional sai”, afirmou Feder, taxativo.

É caso de perguntar, com toda a boa-fé: alguém que expressa essa ideia do que vem a ser uma aula reúne as condições necessárias para estar à frente da educação pública no Estado de São Paulo?

Custa crer que o governador Tarcísio de Freitas, pessoa digna de ostentar uma formação acadêmica robusta, seguramente amparada pelos livros aos quais teve acesso ao longo dos anos, permitirá que o desatino de seu auxiliar prospere. As crianças e os adolescentes que dependem da educação pública paulista para se tornarem cidadãos mais bem preparados para a vida não merecem isso. A bem da verdade, nenhuma criança ou adolescente merece ser vítima de tamanha irresponsabilidade.

Com uma infeliz canetada, o secretário de Educação, que deveria ser o primeiro a se preocupar com a formação integral dos alunos matriculados na rede pública do Estado, pôs abaixo um processo de aprendizagem que há tempos imemoriais tem formado gerações de indivíduos mundo afora, muitos dos quais se destacaram nas mais variadas áreas do conhecimento. Contudo, na visão revolucionária de Feder para a educação, digamos assim, os slides seriam “mais assertivos” que os livros.

As justificativas do sr. Feder para a recusa inédita da oferta de 10 milhões de livros do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) não param de pé. Algumas seriam risíveis não fossem tão trágicas, como, por exemplo, a explicação segundo a qual os livros precisam ser substituídos pelo PowerPoint a fim de “não dar dois comandos” aos professores. Estes poderiam ficar desorientados entre o curso contido no livro didático e o material digital. Ora, se há professor na rede estadual incapaz desse discernimento, a rigor, nem deveria estar em sala de aula, pois é absolutamente desqualificado para o magistério.

A precariedade das motivações do secretário para abolir os livros didáticos em São Paulo autoriza a inferência de que, com a medida, ele pretende evitar que os alunos da rede pública tenham contato com temas e reflexões suscitados pelos livros; ou o sr. Feder tem outros objetivos que não a boa formação dos alunos, da qual o material digital é mero suporte. Talvez esteja mais preocupado em melhorar os indicadores do Estado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), entre outros sistemas de avaliação de aprendizagem de crianças e adolescentes. Nesse sentido, os tais slides serviriam como espécie de “apostila” para que os alunos se saiam bem nas provas. Só isso.

Se o secretário quer melhorar a educação pública, e oxalá seja este seu genuíno intuito, o caminho para isso é relativamente simples. Educação não é uma trama complicada. O professor ensina, os alunos aprendem. E isso em um ambiente seguro e acolhedor, que ofereça as condições mínimas para que esse processo transcorra bem, vale dizer, com professores capacitados e motivados para exercer o ofício, escolas em condições dignas de receber a comunidade e material didático preparado de acordo com critérios muito rigorosos, como é o caso dos livros que compõem o PNLD.

A medida do governo estadual é tão disparatada que chega a ser constrangedor para este jornal ver-se obrigado a fazer uma defesa expressa do valor inestimável dos livros didáticos para a evolução humana. Mas, se é assim, que seja.

A partir de 2024, as crianças matriculadas no Ensino Fundamental II das escolas estaduais de São Paulo deixarão de receber livros didáticos, para estarrecimento deste jornal – e decerto também do leitor. Terminado este ano letivo, os alunos do Ensino Médio da rede pública, igualmente, terão de se avir com os estudos sem ter acesso aos tradicionais impressos.

A estultice é obra do secretário estadual de Educação, Renato Feder. Ao Estadão, o secretário comparou a aula a “uma grande TV”, de modo que os livros didáticos podem ser substituídos, em sua visão, por “slides em PowerPoint”. Os alunos que se virem “com papel e caneta, anotando e fazendo exercícios”, ainda que essa ação corrediça lhes tire a preciosa atenção que devem prestar aos professores. “O livro tradicional sai”, afirmou Feder, taxativo.

É caso de perguntar, com toda a boa-fé: alguém que expressa essa ideia do que vem a ser uma aula reúne as condições necessárias para estar à frente da educação pública no Estado de São Paulo?

Custa crer que o governador Tarcísio de Freitas, pessoa digna de ostentar uma formação acadêmica robusta, seguramente amparada pelos livros aos quais teve acesso ao longo dos anos, permitirá que o desatino de seu auxiliar prospere. As crianças e os adolescentes que dependem da educação pública paulista para se tornarem cidadãos mais bem preparados para a vida não merecem isso. A bem da verdade, nenhuma criança ou adolescente merece ser vítima de tamanha irresponsabilidade.

Com uma infeliz canetada, o secretário de Educação, que deveria ser o primeiro a se preocupar com a formação integral dos alunos matriculados na rede pública do Estado, pôs abaixo um processo de aprendizagem que há tempos imemoriais tem formado gerações de indivíduos mundo afora, muitos dos quais se destacaram nas mais variadas áreas do conhecimento. Contudo, na visão revolucionária de Feder para a educação, digamos assim, os slides seriam “mais assertivos” que os livros.

As justificativas do sr. Feder para a recusa inédita da oferta de 10 milhões de livros do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) não param de pé. Algumas seriam risíveis não fossem tão trágicas, como, por exemplo, a explicação segundo a qual os livros precisam ser substituídos pelo PowerPoint a fim de “não dar dois comandos” aos professores. Estes poderiam ficar desorientados entre o curso contido no livro didático e o material digital. Ora, se há professor na rede estadual incapaz desse discernimento, a rigor, nem deveria estar em sala de aula, pois é absolutamente desqualificado para o magistério.

A precariedade das motivações do secretário para abolir os livros didáticos em São Paulo autoriza a inferência de que, com a medida, ele pretende evitar que os alunos da rede pública tenham contato com temas e reflexões suscitados pelos livros; ou o sr. Feder tem outros objetivos que não a boa formação dos alunos, da qual o material digital é mero suporte. Talvez esteja mais preocupado em melhorar os indicadores do Estado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), entre outros sistemas de avaliação de aprendizagem de crianças e adolescentes. Nesse sentido, os tais slides serviriam como espécie de “apostila” para que os alunos se saiam bem nas provas. Só isso.

Se o secretário quer melhorar a educação pública, e oxalá seja este seu genuíno intuito, o caminho para isso é relativamente simples. Educação não é uma trama complicada. O professor ensina, os alunos aprendem. E isso em um ambiente seguro e acolhedor, que ofereça as condições mínimas para que esse processo transcorra bem, vale dizer, com professores capacitados e motivados para exercer o ofício, escolas em condições dignas de receber a comunidade e material didático preparado de acordo com critérios muito rigorosos, como é o caso dos livros que compõem o PNLD.

A medida do governo estadual é tão disparatada que chega a ser constrangedor para este jornal ver-se obrigado a fazer uma defesa expressa do valor inestimável dos livros didáticos para a evolução humana. Mas, se é assim, que seja.

A partir de 2024, as crianças matriculadas no Ensino Fundamental II das escolas estaduais de São Paulo deixarão de receber livros didáticos, para estarrecimento deste jornal – e decerto também do leitor. Terminado este ano letivo, os alunos do Ensino Médio da rede pública, igualmente, terão de se avir com os estudos sem ter acesso aos tradicionais impressos.

A estultice é obra do secretário estadual de Educação, Renato Feder. Ao Estadão, o secretário comparou a aula a “uma grande TV”, de modo que os livros didáticos podem ser substituídos, em sua visão, por “slides em PowerPoint”. Os alunos que se virem “com papel e caneta, anotando e fazendo exercícios”, ainda que essa ação corrediça lhes tire a preciosa atenção que devem prestar aos professores. “O livro tradicional sai”, afirmou Feder, taxativo.

É caso de perguntar, com toda a boa-fé: alguém que expressa essa ideia do que vem a ser uma aula reúne as condições necessárias para estar à frente da educação pública no Estado de São Paulo?

Custa crer que o governador Tarcísio de Freitas, pessoa digna de ostentar uma formação acadêmica robusta, seguramente amparada pelos livros aos quais teve acesso ao longo dos anos, permitirá que o desatino de seu auxiliar prospere. As crianças e os adolescentes que dependem da educação pública paulista para se tornarem cidadãos mais bem preparados para a vida não merecem isso. A bem da verdade, nenhuma criança ou adolescente merece ser vítima de tamanha irresponsabilidade.

Com uma infeliz canetada, o secretário de Educação, que deveria ser o primeiro a se preocupar com a formação integral dos alunos matriculados na rede pública do Estado, pôs abaixo um processo de aprendizagem que há tempos imemoriais tem formado gerações de indivíduos mundo afora, muitos dos quais se destacaram nas mais variadas áreas do conhecimento. Contudo, na visão revolucionária de Feder para a educação, digamos assim, os slides seriam “mais assertivos” que os livros.

As justificativas do sr. Feder para a recusa inédita da oferta de 10 milhões de livros do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) não param de pé. Algumas seriam risíveis não fossem tão trágicas, como, por exemplo, a explicação segundo a qual os livros precisam ser substituídos pelo PowerPoint a fim de “não dar dois comandos” aos professores. Estes poderiam ficar desorientados entre o curso contido no livro didático e o material digital. Ora, se há professor na rede estadual incapaz desse discernimento, a rigor, nem deveria estar em sala de aula, pois é absolutamente desqualificado para o magistério.

A precariedade das motivações do secretário para abolir os livros didáticos em São Paulo autoriza a inferência de que, com a medida, ele pretende evitar que os alunos da rede pública tenham contato com temas e reflexões suscitados pelos livros; ou o sr. Feder tem outros objetivos que não a boa formação dos alunos, da qual o material digital é mero suporte. Talvez esteja mais preocupado em melhorar os indicadores do Estado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), entre outros sistemas de avaliação de aprendizagem de crianças e adolescentes. Nesse sentido, os tais slides serviriam como espécie de “apostila” para que os alunos se saiam bem nas provas. Só isso.

Se o secretário quer melhorar a educação pública, e oxalá seja este seu genuíno intuito, o caminho para isso é relativamente simples. Educação não é uma trama complicada. O professor ensina, os alunos aprendem. E isso em um ambiente seguro e acolhedor, que ofereça as condições mínimas para que esse processo transcorra bem, vale dizer, com professores capacitados e motivados para exercer o ofício, escolas em condições dignas de receber a comunidade e material didático preparado de acordo com critérios muito rigorosos, como é o caso dos livros que compõem o PNLD.

A medida do governo estadual é tão disparatada que chega a ser constrangedor para este jornal ver-se obrigado a fazer uma defesa expressa do valor inestimável dos livros didáticos para a evolução humana. Mas, se é assim, que seja.

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