A morte horrível de um partido político


PSDB decide bancar seu truculento candidato porque acha que a violência lhe trará votos. Ou seja, entre a derrota e a desonra, escolheu a desonra, mas será derrotado de qualquer maneira

Por Notas & Informações

À luz de todas as pesquisas de intenção de voto, o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, o iracundo José Luiz Datena, não só perderá a eleição, como nem sequer irá ao segundo turno da disputa pelo governo da capital paulista. O próprio Datena parece estar convencido de seu melancólico fado, haja vista que, há poucos dias, o candidato chegou a chorar em lamento por seu pífio desempenho na corrida eleitoral e, ademais, por não poder realizar o “sonho” de ser eleito, pasme o leitor, senador da República.

Mas, seja qual for, o destino político do sr. Datena – até uma remotíssima reviravolta que leve o tucano à vitória – é totalmente irrelevante para uma constatação nada honrosa sobre seu partido: o PSDB, moribundo já há algumas eleições, chega ao fim como um partido político em seu sentido mais nobre, vale dizer, como uma organização da sociedade civil que reúne indivíduos com afinidades ideológicas, valores, interesses e objetivos comuns visando a influenciar a tomada de decisões na esfera pública, especialmente por meio da participação em eleições.

O PSDB já foi assim – e com louvor. Houve um tempo, já distante, em que o partido de André Franco Montoro, Mário Covas, Fernando Henrique Cardoso, José Serra e tantos outros traduziu como nenhuma outra agremiação política os melhores anseios dos brasileiros por uma sociedade civilizada. O PSDB já foi sinônimo de progresso social e econômico do Brasil. O PSDB já foi associado à política de alto nível, baseada na força dos argumentos e do espírito público de seus filiados e nos resultados de sua agenda programática para o bem comum. O PSDB já canalizou a esperança de milhões de eleitores ávidos por um distanciamento dos extremos e, principalmente, pela ruptura das amarras que mantêm o País aferrado ao atraso. Esse PSDB já não existe.

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Hoje, o que se chama de PSDB não é muito mais do que um partido nanico, para não dizer uma legenda de aluguel, dessas que oferecem abrigo a qualquer um que passar na rua e, pelas mais variadas razões, possa lhe trazer um punhado de votos capazes de mantê-la respirando por aparelhos. Às favas a história e, sobretudo, seus princípios fundadores – algo que nem remotamente parece tirar o sono de Marconi Perillo, atual presidente do PSDB, e Aécio Neves, seu cacique de facto.

A debacle do PSDB deve ser creditada a ambos, mas sobretudo ao mineiro, artífice da aproximação da legenda com a truculência de Jair Bolsonaro, o ponto de inflexão que levou muitos tucanos de corpo e alma a simplesmente abandonarem a legenda que ajudaram a conceber ainda nos estertores da ditadura militar. Sob o tacão de Aécio Neves, o PSDB se tornou uma legenda indistinguível de outras que não têm um décimo de realizações a apresentar aos eleitores. Basta dizer que ninguém menos que o diretor-geral da Fundação Fernando Henrique Cardoso, Sergio Fausto, publicou recente artigo neste jornal defendendo o voto não no candidato tucano, como seria de imaginar noutros tempos, mas em Tabata Amaral (PSB).

Não há qualquer injustiça nessa personificação. Afinal, Aécio Neves e Marconi Perillo são os embaixadores dessa empreitada inconsequente que é a candidatura de José Luiz Datena, um rematado desqualificado, como se viu, para exercer qualquer cargo público, que dirá governar a cidade de São Paulo. Tivesse o mínimo de decência, a Executiva Nacional do PSDB proporia a expulsão sumária de Datena após a agressão física do tucano contra o candidato Pablo Marçal (PRTB) – da qual, diga-se, Datena não se arrependeu. Mas o partido, ao contrário, parece estar orgulhoso do comportamento delinquente de seu candidato, a ponto de fazer cálculos políticos sobre os supostos ganhos eleitorais que a cadeirada em Marçal pode representar na disputa.

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Perder ou ganhar uma eleição é da democracia. Nesse sentido, o resultado do pleito importa menos do que a afirmação de princípios por um partido ou candidatura. O PSDB, é praticamente certo, perderá a eleição em São Paulo. Mas poderia perder com dignidade. Entretanto, por escolha própria, e não dos eleitores, o partido sairá derrotado e em desonra.

À luz de todas as pesquisas de intenção de voto, o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, o iracundo José Luiz Datena, não só perderá a eleição, como nem sequer irá ao segundo turno da disputa pelo governo da capital paulista. O próprio Datena parece estar convencido de seu melancólico fado, haja vista que, há poucos dias, o candidato chegou a chorar em lamento por seu pífio desempenho na corrida eleitoral e, ademais, por não poder realizar o “sonho” de ser eleito, pasme o leitor, senador da República.

Mas, seja qual for, o destino político do sr. Datena – até uma remotíssima reviravolta que leve o tucano à vitória – é totalmente irrelevante para uma constatação nada honrosa sobre seu partido: o PSDB, moribundo já há algumas eleições, chega ao fim como um partido político em seu sentido mais nobre, vale dizer, como uma organização da sociedade civil que reúne indivíduos com afinidades ideológicas, valores, interesses e objetivos comuns visando a influenciar a tomada de decisões na esfera pública, especialmente por meio da participação em eleições.

O PSDB já foi assim – e com louvor. Houve um tempo, já distante, em que o partido de André Franco Montoro, Mário Covas, Fernando Henrique Cardoso, José Serra e tantos outros traduziu como nenhuma outra agremiação política os melhores anseios dos brasileiros por uma sociedade civilizada. O PSDB já foi sinônimo de progresso social e econômico do Brasil. O PSDB já foi associado à política de alto nível, baseada na força dos argumentos e do espírito público de seus filiados e nos resultados de sua agenda programática para o bem comum. O PSDB já canalizou a esperança de milhões de eleitores ávidos por um distanciamento dos extremos e, principalmente, pela ruptura das amarras que mantêm o País aferrado ao atraso. Esse PSDB já não existe.

Hoje, o que se chama de PSDB não é muito mais do que um partido nanico, para não dizer uma legenda de aluguel, dessas que oferecem abrigo a qualquer um que passar na rua e, pelas mais variadas razões, possa lhe trazer um punhado de votos capazes de mantê-la respirando por aparelhos. Às favas a história e, sobretudo, seus princípios fundadores – algo que nem remotamente parece tirar o sono de Marconi Perillo, atual presidente do PSDB, e Aécio Neves, seu cacique de facto.

A debacle do PSDB deve ser creditada a ambos, mas sobretudo ao mineiro, artífice da aproximação da legenda com a truculência de Jair Bolsonaro, o ponto de inflexão que levou muitos tucanos de corpo e alma a simplesmente abandonarem a legenda que ajudaram a conceber ainda nos estertores da ditadura militar. Sob o tacão de Aécio Neves, o PSDB se tornou uma legenda indistinguível de outras que não têm um décimo de realizações a apresentar aos eleitores. Basta dizer que ninguém menos que o diretor-geral da Fundação Fernando Henrique Cardoso, Sergio Fausto, publicou recente artigo neste jornal defendendo o voto não no candidato tucano, como seria de imaginar noutros tempos, mas em Tabata Amaral (PSB).

Não há qualquer injustiça nessa personificação. Afinal, Aécio Neves e Marconi Perillo são os embaixadores dessa empreitada inconsequente que é a candidatura de José Luiz Datena, um rematado desqualificado, como se viu, para exercer qualquer cargo público, que dirá governar a cidade de São Paulo. Tivesse o mínimo de decência, a Executiva Nacional do PSDB proporia a expulsão sumária de Datena após a agressão física do tucano contra o candidato Pablo Marçal (PRTB) – da qual, diga-se, Datena não se arrependeu. Mas o partido, ao contrário, parece estar orgulhoso do comportamento delinquente de seu candidato, a ponto de fazer cálculos políticos sobre os supostos ganhos eleitorais que a cadeirada em Marçal pode representar na disputa.

Perder ou ganhar uma eleição é da democracia. Nesse sentido, o resultado do pleito importa menos do que a afirmação de princípios por um partido ou candidatura. O PSDB, é praticamente certo, perderá a eleição em São Paulo. Mas poderia perder com dignidade. Entretanto, por escolha própria, e não dos eleitores, o partido sairá derrotado e em desonra.

À luz de todas as pesquisas de intenção de voto, o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, o iracundo José Luiz Datena, não só perderá a eleição, como nem sequer irá ao segundo turno da disputa pelo governo da capital paulista. O próprio Datena parece estar convencido de seu melancólico fado, haja vista que, há poucos dias, o candidato chegou a chorar em lamento por seu pífio desempenho na corrida eleitoral e, ademais, por não poder realizar o “sonho” de ser eleito, pasme o leitor, senador da República.

Mas, seja qual for, o destino político do sr. Datena – até uma remotíssima reviravolta que leve o tucano à vitória – é totalmente irrelevante para uma constatação nada honrosa sobre seu partido: o PSDB, moribundo já há algumas eleições, chega ao fim como um partido político em seu sentido mais nobre, vale dizer, como uma organização da sociedade civil que reúne indivíduos com afinidades ideológicas, valores, interesses e objetivos comuns visando a influenciar a tomada de decisões na esfera pública, especialmente por meio da participação em eleições.

O PSDB já foi assim – e com louvor. Houve um tempo, já distante, em que o partido de André Franco Montoro, Mário Covas, Fernando Henrique Cardoso, José Serra e tantos outros traduziu como nenhuma outra agremiação política os melhores anseios dos brasileiros por uma sociedade civilizada. O PSDB já foi sinônimo de progresso social e econômico do Brasil. O PSDB já foi associado à política de alto nível, baseada na força dos argumentos e do espírito público de seus filiados e nos resultados de sua agenda programática para o bem comum. O PSDB já canalizou a esperança de milhões de eleitores ávidos por um distanciamento dos extremos e, principalmente, pela ruptura das amarras que mantêm o País aferrado ao atraso. Esse PSDB já não existe.

Hoje, o que se chama de PSDB não é muito mais do que um partido nanico, para não dizer uma legenda de aluguel, dessas que oferecem abrigo a qualquer um que passar na rua e, pelas mais variadas razões, possa lhe trazer um punhado de votos capazes de mantê-la respirando por aparelhos. Às favas a história e, sobretudo, seus princípios fundadores – algo que nem remotamente parece tirar o sono de Marconi Perillo, atual presidente do PSDB, e Aécio Neves, seu cacique de facto.

A debacle do PSDB deve ser creditada a ambos, mas sobretudo ao mineiro, artífice da aproximação da legenda com a truculência de Jair Bolsonaro, o ponto de inflexão que levou muitos tucanos de corpo e alma a simplesmente abandonarem a legenda que ajudaram a conceber ainda nos estertores da ditadura militar. Sob o tacão de Aécio Neves, o PSDB se tornou uma legenda indistinguível de outras que não têm um décimo de realizações a apresentar aos eleitores. Basta dizer que ninguém menos que o diretor-geral da Fundação Fernando Henrique Cardoso, Sergio Fausto, publicou recente artigo neste jornal defendendo o voto não no candidato tucano, como seria de imaginar noutros tempos, mas em Tabata Amaral (PSB).

Não há qualquer injustiça nessa personificação. Afinal, Aécio Neves e Marconi Perillo são os embaixadores dessa empreitada inconsequente que é a candidatura de José Luiz Datena, um rematado desqualificado, como se viu, para exercer qualquer cargo público, que dirá governar a cidade de São Paulo. Tivesse o mínimo de decência, a Executiva Nacional do PSDB proporia a expulsão sumária de Datena após a agressão física do tucano contra o candidato Pablo Marçal (PRTB) – da qual, diga-se, Datena não se arrependeu. Mas o partido, ao contrário, parece estar orgulhoso do comportamento delinquente de seu candidato, a ponto de fazer cálculos políticos sobre os supostos ganhos eleitorais que a cadeirada em Marçal pode representar na disputa.

Perder ou ganhar uma eleição é da democracia. Nesse sentido, o resultado do pleito importa menos do que a afirmação de princípios por um partido ou candidatura. O PSDB, é praticamente certo, perderá a eleição em São Paulo. Mas poderia perder com dignidade. Entretanto, por escolha própria, e não dos eleitores, o partido sairá derrotado e em desonra.

À luz de todas as pesquisas de intenção de voto, o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, o iracundo José Luiz Datena, não só perderá a eleição, como nem sequer irá ao segundo turno da disputa pelo governo da capital paulista. O próprio Datena parece estar convencido de seu melancólico fado, haja vista que, há poucos dias, o candidato chegou a chorar em lamento por seu pífio desempenho na corrida eleitoral e, ademais, por não poder realizar o “sonho” de ser eleito, pasme o leitor, senador da República.

Mas, seja qual for, o destino político do sr. Datena – até uma remotíssima reviravolta que leve o tucano à vitória – é totalmente irrelevante para uma constatação nada honrosa sobre seu partido: o PSDB, moribundo já há algumas eleições, chega ao fim como um partido político em seu sentido mais nobre, vale dizer, como uma organização da sociedade civil que reúne indivíduos com afinidades ideológicas, valores, interesses e objetivos comuns visando a influenciar a tomada de decisões na esfera pública, especialmente por meio da participação em eleições.

O PSDB já foi assim – e com louvor. Houve um tempo, já distante, em que o partido de André Franco Montoro, Mário Covas, Fernando Henrique Cardoso, José Serra e tantos outros traduziu como nenhuma outra agremiação política os melhores anseios dos brasileiros por uma sociedade civilizada. O PSDB já foi sinônimo de progresso social e econômico do Brasil. O PSDB já foi associado à política de alto nível, baseada na força dos argumentos e do espírito público de seus filiados e nos resultados de sua agenda programática para o bem comum. O PSDB já canalizou a esperança de milhões de eleitores ávidos por um distanciamento dos extremos e, principalmente, pela ruptura das amarras que mantêm o País aferrado ao atraso. Esse PSDB já não existe.

Hoje, o que se chama de PSDB não é muito mais do que um partido nanico, para não dizer uma legenda de aluguel, dessas que oferecem abrigo a qualquer um que passar na rua e, pelas mais variadas razões, possa lhe trazer um punhado de votos capazes de mantê-la respirando por aparelhos. Às favas a história e, sobretudo, seus princípios fundadores – algo que nem remotamente parece tirar o sono de Marconi Perillo, atual presidente do PSDB, e Aécio Neves, seu cacique de facto.

A debacle do PSDB deve ser creditada a ambos, mas sobretudo ao mineiro, artífice da aproximação da legenda com a truculência de Jair Bolsonaro, o ponto de inflexão que levou muitos tucanos de corpo e alma a simplesmente abandonarem a legenda que ajudaram a conceber ainda nos estertores da ditadura militar. Sob o tacão de Aécio Neves, o PSDB se tornou uma legenda indistinguível de outras que não têm um décimo de realizações a apresentar aos eleitores. Basta dizer que ninguém menos que o diretor-geral da Fundação Fernando Henrique Cardoso, Sergio Fausto, publicou recente artigo neste jornal defendendo o voto não no candidato tucano, como seria de imaginar noutros tempos, mas em Tabata Amaral (PSB).

Não há qualquer injustiça nessa personificação. Afinal, Aécio Neves e Marconi Perillo são os embaixadores dessa empreitada inconsequente que é a candidatura de José Luiz Datena, um rematado desqualificado, como se viu, para exercer qualquer cargo público, que dirá governar a cidade de São Paulo. Tivesse o mínimo de decência, a Executiva Nacional do PSDB proporia a expulsão sumária de Datena após a agressão física do tucano contra o candidato Pablo Marçal (PRTB) – da qual, diga-se, Datena não se arrependeu. Mas o partido, ao contrário, parece estar orgulhoso do comportamento delinquente de seu candidato, a ponto de fazer cálculos políticos sobre os supostos ganhos eleitorais que a cadeirada em Marçal pode representar na disputa.

Perder ou ganhar uma eleição é da democracia. Nesse sentido, o resultado do pleito importa menos do que a afirmação de princípios por um partido ou candidatura. O PSDB, é praticamente certo, perderá a eleição em São Paulo. Mas poderia perder com dignidade. Entretanto, por escolha própria, e não dos eleitores, o partido sairá derrotado e em desonra.

À luz de todas as pesquisas de intenção de voto, o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, o iracundo José Luiz Datena, não só perderá a eleição, como nem sequer irá ao segundo turno da disputa pelo governo da capital paulista. O próprio Datena parece estar convencido de seu melancólico fado, haja vista que, há poucos dias, o candidato chegou a chorar em lamento por seu pífio desempenho na corrida eleitoral e, ademais, por não poder realizar o “sonho” de ser eleito, pasme o leitor, senador da República.

Mas, seja qual for, o destino político do sr. Datena – até uma remotíssima reviravolta que leve o tucano à vitória – é totalmente irrelevante para uma constatação nada honrosa sobre seu partido: o PSDB, moribundo já há algumas eleições, chega ao fim como um partido político em seu sentido mais nobre, vale dizer, como uma organização da sociedade civil que reúne indivíduos com afinidades ideológicas, valores, interesses e objetivos comuns visando a influenciar a tomada de decisões na esfera pública, especialmente por meio da participação em eleições.

O PSDB já foi assim – e com louvor. Houve um tempo, já distante, em que o partido de André Franco Montoro, Mário Covas, Fernando Henrique Cardoso, José Serra e tantos outros traduziu como nenhuma outra agremiação política os melhores anseios dos brasileiros por uma sociedade civilizada. O PSDB já foi sinônimo de progresso social e econômico do Brasil. O PSDB já foi associado à política de alto nível, baseada na força dos argumentos e do espírito público de seus filiados e nos resultados de sua agenda programática para o bem comum. O PSDB já canalizou a esperança de milhões de eleitores ávidos por um distanciamento dos extremos e, principalmente, pela ruptura das amarras que mantêm o País aferrado ao atraso. Esse PSDB já não existe.

Hoje, o que se chama de PSDB não é muito mais do que um partido nanico, para não dizer uma legenda de aluguel, dessas que oferecem abrigo a qualquer um que passar na rua e, pelas mais variadas razões, possa lhe trazer um punhado de votos capazes de mantê-la respirando por aparelhos. Às favas a história e, sobretudo, seus princípios fundadores – algo que nem remotamente parece tirar o sono de Marconi Perillo, atual presidente do PSDB, e Aécio Neves, seu cacique de facto.

A debacle do PSDB deve ser creditada a ambos, mas sobretudo ao mineiro, artífice da aproximação da legenda com a truculência de Jair Bolsonaro, o ponto de inflexão que levou muitos tucanos de corpo e alma a simplesmente abandonarem a legenda que ajudaram a conceber ainda nos estertores da ditadura militar. Sob o tacão de Aécio Neves, o PSDB se tornou uma legenda indistinguível de outras que não têm um décimo de realizações a apresentar aos eleitores. Basta dizer que ninguém menos que o diretor-geral da Fundação Fernando Henrique Cardoso, Sergio Fausto, publicou recente artigo neste jornal defendendo o voto não no candidato tucano, como seria de imaginar noutros tempos, mas em Tabata Amaral (PSB).

Não há qualquer injustiça nessa personificação. Afinal, Aécio Neves e Marconi Perillo são os embaixadores dessa empreitada inconsequente que é a candidatura de José Luiz Datena, um rematado desqualificado, como se viu, para exercer qualquer cargo público, que dirá governar a cidade de São Paulo. Tivesse o mínimo de decência, a Executiva Nacional do PSDB proporia a expulsão sumária de Datena após a agressão física do tucano contra o candidato Pablo Marçal (PRTB) – da qual, diga-se, Datena não se arrependeu. Mas o partido, ao contrário, parece estar orgulhoso do comportamento delinquente de seu candidato, a ponto de fazer cálculos políticos sobre os supostos ganhos eleitorais que a cadeirada em Marçal pode representar na disputa.

Perder ou ganhar uma eleição é da democracia. Nesse sentido, o resultado do pleito importa menos do que a afirmação de princípios por um partido ou candidatura. O PSDB, é praticamente certo, perderá a eleição em São Paulo. Mas poderia perder com dignidade. Entretanto, por escolha própria, e não dos eleitores, o partido sairá derrotado e em desonra.

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