A violência documentada de Maduro


Relatório da ONU descreve os crimes contra a humanidade cometidos pelo regime do ditador venezuelano e dá nova chance à dupla Lula-Amorim de parar de justificar o injustificável

Por Notas & Informações

A repressão do ditador Nicolás Maduro, já reconhecidamente pavorosa segundo os relatos corajosos da oposição venezuelana, ganhou uma nova evidência nesta semana: num informe de mais de 160 páginas, a missão criada pela ONU para investigar as violações de direitos humanos no país apontou uma série de crimes contra a humanidade antes, durante e depois da eleição de julho – aquela cujos resultados foram escandalosamente fraudados para dar a vitória ao ditador. A lista de crimes inclui tortura, violência sexual, desaparecimentos forçados e prisões arbitrárias. O relatório fala em “funcionamento consciente e premeditado” da “máquina de repressão” do Estado, a partir de uma estreita cooperação entre militares e as diferentes instituições a serviço de Maduro. Antes da eleição, a máquina operou para “desarticular e desmobilizar a oposição”. Depois, foi intensificada e continua até hoje.

Mesmo para os conhecidos padrões de truculência do chavismo, o relato é de espantar e aprofunda o muito que já se sabia: no terror venezuelano promovido por Maduro e seus fantoches, dissidentes foram obrigados a deixar o país, outros se refugiaram em embaixadas estrangeiras em Caracas, muitos foram presos. A investigação da missão da ONU documenta múltiplas violações, tudo “parte de um plano coordenado para silenciar críticos e oponentes”. E o mais grave: entre as vítimas estão crianças, mortas em operações de perseguição promovidas pelas forças de segurança do ditador e grupos simpáticos ao regime. A missão confirmou 25 mortes nos protestos que se seguiram à eleição, evidenciando uma mudança de perfil das vítimas e perseguidos. Se antes já era grave, atingindo líderes políticos e ativistas, depois passou a ser gravíssimo, ao incluir “o público em geral, alvo simplesmente por demonstrar discordância com as posições do governo ou com os resultados da eleição presidencial”.

O relatório deixa o presidente Lula da Silva e seu chanceler paralelo (e de facto), Celso Amorim, numa sinuca. A dupla, como se sabe, costuma ser complacente com o companheiro Maduro e com qualquer outro tirano que se alinhe ao antiamericanismo que mesmeriza os petistas. Em que pese ser o país líder da América do Sul e um dos principais mediadores do Pacto de Barbados – acordo selado em outubro de 2023, naquela ilha caribenha, entre Maduro e a oposição para garantir a lisura do pleito –, o Brasil optou pelo silêncio inaceitável. Antes, durante e depois da eleição, enquanto Maduro promovia sua barbárie, Lula e Amorim não hesitaram em desmoralizar a diplomacia brasileira e em insultar a inteligência alheia. Resta saber o que dirão agora, ante o relatório divulgado pela missão da ONU. Convém lembrar que, na semana passada, o mandato da missão internacional foi renovado, mas o Brasil optou por abster-se, alegando que a resolução que dava aos investigadores o direito de seguir seu trabalho era desequilibrada e ampliava o isolamento de Maduro.

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Antes que as gralhas gritem, contudo, resta dizer: a missão da ONU não está sozinha. Antes dela publicaram relatórios igualmente graves organizações respeitadas como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, a Organização dos Estados Americanos e a Human Rights Watch, todas apontando, entre 2021 e 2023, os crimes políticos cometidos por Maduro. Mas Amorim, sempre ele, já recorreu até ao escárnio para lavar as mãos e proteger Maduro. “Sou do tempo da bossa nova – a gente nunca sobe o tom”, disse. De fato, nunca – desde que se trate de tiranos companheiros ou inspirados por uma suposta influência nos regimes manietados por China e Rússia, que financiam e armam países dispostos a enfrentar o Ocidente em geral e os EUA em particular. Afinal, o mesmo não se aplicou aos conflitos na Ucrânia ou em Gaza, temas com os quais Amorim e Lula subiram o tom de forma superlativa, como aquele ultrajante momento em que Lula comparou as operações militares de Israel ao Holocausto. Isenção ante processos eleitorais soberanos nos países vizinhos? Quando se tratou de apoiar o companheiro peronista Alberto Fernández contra Javier “El Loco” Milei na eleição argentina, Lula mandou às favas a isenção.

Lula e Amorim têm nova chance agora de deixar a bossa nova para lá e subir o tom, pois não há mais como justificar o injustificável.l

A repressão do ditador Nicolás Maduro, já reconhecidamente pavorosa segundo os relatos corajosos da oposição venezuelana, ganhou uma nova evidência nesta semana: num informe de mais de 160 páginas, a missão criada pela ONU para investigar as violações de direitos humanos no país apontou uma série de crimes contra a humanidade antes, durante e depois da eleição de julho – aquela cujos resultados foram escandalosamente fraudados para dar a vitória ao ditador. A lista de crimes inclui tortura, violência sexual, desaparecimentos forçados e prisões arbitrárias. O relatório fala em “funcionamento consciente e premeditado” da “máquina de repressão” do Estado, a partir de uma estreita cooperação entre militares e as diferentes instituições a serviço de Maduro. Antes da eleição, a máquina operou para “desarticular e desmobilizar a oposição”. Depois, foi intensificada e continua até hoje.

Mesmo para os conhecidos padrões de truculência do chavismo, o relato é de espantar e aprofunda o muito que já se sabia: no terror venezuelano promovido por Maduro e seus fantoches, dissidentes foram obrigados a deixar o país, outros se refugiaram em embaixadas estrangeiras em Caracas, muitos foram presos. A investigação da missão da ONU documenta múltiplas violações, tudo “parte de um plano coordenado para silenciar críticos e oponentes”. E o mais grave: entre as vítimas estão crianças, mortas em operações de perseguição promovidas pelas forças de segurança do ditador e grupos simpáticos ao regime. A missão confirmou 25 mortes nos protestos que se seguiram à eleição, evidenciando uma mudança de perfil das vítimas e perseguidos. Se antes já era grave, atingindo líderes políticos e ativistas, depois passou a ser gravíssimo, ao incluir “o público em geral, alvo simplesmente por demonstrar discordância com as posições do governo ou com os resultados da eleição presidencial”.

O relatório deixa o presidente Lula da Silva e seu chanceler paralelo (e de facto), Celso Amorim, numa sinuca. A dupla, como se sabe, costuma ser complacente com o companheiro Maduro e com qualquer outro tirano que se alinhe ao antiamericanismo que mesmeriza os petistas. Em que pese ser o país líder da América do Sul e um dos principais mediadores do Pacto de Barbados – acordo selado em outubro de 2023, naquela ilha caribenha, entre Maduro e a oposição para garantir a lisura do pleito –, o Brasil optou pelo silêncio inaceitável. Antes, durante e depois da eleição, enquanto Maduro promovia sua barbárie, Lula e Amorim não hesitaram em desmoralizar a diplomacia brasileira e em insultar a inteligência alheia. Resta saber o que dirão agora, ante o relatório divulgado pela missão da ONU. Convém lembrar que, na semana passada, o mandato da missão internacional foi renovado, mas o Brasil optou por abster-se, alegando que a resolução que dava aos investigadores o direito de seguir seu trabalho era desequilibrada e ampliava o isolamento de Maduro.

Antes que as gralhas gritem, contudo, resta dizer: a missão da ONU não está sozinha. Antes dela publicaram relatórios igualmente graves organizações respeitadas como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, a Organização dos Estados Americanos e a Human Rights Watch, todas apontando, entre 2021 e 2023, os crimes políticos cometidos por Maduro. Mas Amorim, sempre ele, já recorreu até ao escárnio para lavar as mãos e proteger Maduro. “Sou do tempo da bossa nova – a gente nunca sobe o tom”, disse. De fato, nunca – desde que se trate de tiranos companheiros ou inspirados por uma suposta influência nos regimes manietados por China e Rússia, que financiam e armam países dispostos a enfrentar o Ocidente em geral e os EUA em particular. Afinal, o mesmo não se aplicou aos conflitos na Ucrânia ou em Gaza, temas com os quais Amorim e Lula subiram o tom de forma superlativa, como aquele ultrajante momento em que Lula comparou as operações militares de Israel ao Holocausto. Isenção ante processos eleitorais soberanos nos países vizinhos? Quando se tratou de apoiar o companheiro peronista Alberto Fernández contra Javier “El Loco” Milei na eleição argentina, Lula mandou às favas a isenção.

Lula e Amorim têm nova chance agora de deixar a bossa nova para lá e subir o tom, pois não há mais como justificar o injustificável.l

A repressão do ditador Nicolás Maduro, já reconhecidamente pavorosa segundo os relatos corajosos da oposição venezuelana, ganhou uma nova evidência nesta semana: num informe de mais de 160 páginas, a missão criada pela ONU para investigar as violações de direitos humanos no país apontou uma série de crimes contra a humanidade antes, durante e depois da eleição de julho – aquela cujos resultados foram escandalosamente fraudados para dar a vitória ao ditador. A lista de crimes inclui tortura, violência sexual, desaparecimentos forçados e prisões arbitrárias. O relatório fala em “funcionamento consciente e premeditado” da “máquina de repressão” do Estado, a partir de uma estreita cooperação entre militares e as diferentes instituições a serviço de Maduro. Antes da eleição, a máquina operou para “desarticular e desmobilizar a oposição”. Depois, foi intensificada e continua até hoje.

Mesmo para os conhecidos padrões de truculência do chavismo, o relato é de espantar e aprofunda o muito que já se sabia: no terror venezuelano promovido por Maduro e seus fantoches, dissidentes foram obrigados a deixar o país, outros se refugiaram em embaixadas estrangeiras em Caracas, muitos foram presos. A investigação da missão da ONU documenta múltiplas violações, tudo “parte de um plano coordenado para silenciar críticos e oponentes”. E o mais grave: entre as vítimas estão crianças, mortas em operações de perseguição promovidas pelas forças de segurança do ditador e grupos simpáticos ao regime. A missão confirmou 25 mortes nos protestos que se seguiram à eleição, evidenciando uma mudança de perfil das vítimas e perseguidos. Se antes já era grave, atingindo líderes políticos e ativistas, depois passou a ser gravíssimo, ao incluir “o público em geral, alvo simplesmente por demonstrar discordância com as posições do governo ou com os resultados da eleição presidencial”.

O relatório deixa o presidente Lula da Silva e seu chanceler paralelo (e de facto), Celso Amorim, numa sinuca. A dupla, como se sabe, costuma ser complacente com o companheiro Maduro e com qualquer outro tirano que se alinhe ao antiamericanismo que mesmeriza os petistas. Em que pese ser o país líder da América do Sul e um dos principais mediadores do Pacto de Barbados – acordo selado em outubro de 2023, naquela ilha caribenha, entre Maduro e a oposição para garantir a lisura do pleito –, o Brasil optou pelo silêncio inaceitável. Antes, durante e depois da eleição, enquanto Maduro promovia sua barbárie, Lula e Amorim não hesitaram em desmoralizar a diplomacia brasileira e em insultar a inteligência alheia. Resta saber o que dirão agora, ante o relatório divulgado pela missão da ONU. Convém lembrar que, na semana passada, o mandato da missão internacional foi renovado, mas o Brasil optou por abster-se, alegando que a resolução que dava aos investigadores o direito de seguir seu trabalho era desequilibrada e ampliava o isolamento de Maduro.

Antes que as gralhas gritem, contudo, resta dizer: a missão da ONU não está sozinha. Antes dela publicaram relatórios igualmente graves organizações respeitadas como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, a Organização dos Estados Americanos e a Human Rights Watch, todas apontando, entre 2021 e 2023, os crimes políticos cometidos por Maduro. Mas Amorim, sempre ele, já recorreu até ao escárnio para lavar as mãos e proteger Maduro. “Sou do tempo da bossa nova – a gente nunca sobe o tom”, disse. De fato, nunca – desde que se trate de tiranos companheiros ou inspirados por uma suposta influência nos regimes manietados por China e Rússia, que financiam e armam países dispostos a enfrentar o Ocidente em geral e os EUA em particular. Afinal, o mesmo não se aplicou aos conflitos na Ucrânia ou em Gaza, temas com os quais Amorim e Lula subiram o tom de forma superlativa, como aquele ultrajante momento em que Lula comparou as operações militares de Israel ao Holocausto. Isenção ante processos eleitorais soberanos nos países vizinhos? Quando se tratou de apoiar o companheiro peronista Alberto Fernández contra Javier “El Loco” Milei na eleição argentina, Lula mandou às favas a isenção.

Lula e Amorim têm nova chance agora de deixar a bossa nova para lá e subir o tom, pois não há mais como justificar o injustificável.l

A repressão do ditador Nicolás Maduro, já reconhecidamente pavorosa segundo os relatos corajosos da oposição venezuelana, ganhou uma nova evidência nesta semana: num informe de mais de 160 páginas, a missão criada pela ONU para investigar as violações de direitos humanos no país apontou uma série de crimes contra a humanidade antes, durante e depois da eleição de julho – aquela cujos resultados foram escandalosamente fraudados para dar a vitória ao ditador. A lista de crimes inclui tortura, violência sexual, desaparecimentos forçados e prisões arbitrárias. O relatório fala em “funcionamento consciente e premeditado” da “máquina de repressão” do Estado, a partir de uma estreita cooperação entre militares e as diferentes instituições a serviço de Maduro. Antes da eleição, a máquina operou para “desarticular e desmobilizar a oposição”. Depois, foi intensificada e continua até hoje.

Mesmo para os conhecidos padrões de truculência do chavismo, o relato é de espantar e aprofunda o muito que já se sabia: no terror venezuelano promovido por Maduro e seus fantoches, dissidentes foram obrigados a deixar o país, outros se refugiaram em embaixadas estrangeiras em Caracas, muitos foram presos. A investigação da missão da ONU documenta múltiplas violações, tudo “parte de um plano coordenado para silenciar críticos e oponentes”. E o mais grave: entre as vítimas estão crianças, mortas em operações de perseguição promovidas pelas forças de segurança do ditador e grupos simpáticos ao regime. A missão confirmou 25 mortes nos protestos que se seguiram à eleição, evidenciando uma mudança de perfil das vítimas e perseguidos. Se antes já era grave, atingindo líderes políticos e ativistas, depois passou a ser gravíssimo, ao incluir “o público em geral, alvo simplesmente por demonstrar discordância com as posições do governo ou com os resultados da eleição presidencial”.

O relatório deixa o presidente Lula da Silva e seu chanceler paralelo (e de facto), Celso Amorim, numa sinuca. A dupla, como se sabe, costuma ser complacente com o companheiro Maduro e com qualquer outro tirano que se alinhe ao antiamericanismo que mesmeriza os petistas. Em que pese ser o país líder da América do Sul e um dos principais mediadores do Pacto de Barbados – acordo selado em outubro de 2023, naquela ilha caribenha, entre Maduro e a oposição para garantir a lisura do pleito –, o Brasil optou pelo silêncio inaceitável. Antes, durante e depois da eleição, enquanto Maduro promovia sua barbárie, Lula e Amorim não hesitaram em desmoralizar a diplomacia brasileira e em insultar a inteligência alheia. Resta saber o que dirão agora, ante o relatório divulgado pela missão da ONU. Convém lembrar que, na semana passada, o mandato da missão internacional foi renovado, mas o Brasil optou por abster-se, alegando que a resolução que dava aos investigadores o direito de seguir seu trabalho era desequilibrada e ampliava o isolamento de Maduro.

Antes que as gralhas gritem, contudo, resta dizer: a missão da ONU não está sozinha. Antes dela publicaram relatórios igualmente graves organizações respeitadas como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, a Organização dos Estados Americanos e a Human Rights Watch, todas apontando, entre 2021 e 2023, os crimes políticos cometidos por Maduro. Mas Amorim, sempre ele, já recorreu até ao escárnio para lavar as mãos e proteger Maduro. “Sou do tempo da bossa nova – a gente nunca sobe o tom”, disse. De fato, nunca – desde que se trate de tiranos companheiros ou inspirados por uma suposta influência nos regimes manietados por China e Rússia, que financiam e armam países dispostos a enfrentar o Ocidente em geral e os EUA em particular. Afinal, o mesmo não se aplicou aos conflitos na Ucrânia ou em Gaza, temas com os quais Amorim e Lula subiram o tom de forma superlativa, como aquele ultrajante momento em que Lula comparou as operações militares de Israel ao Holocausto. Isenção ante processos eleitorais soberanos nos países vizinhos? Quando se tratou de apoiar o companheiro peronista Alberto Fernández contra Javier “El Loco” Milei na eleição argentina, Lula mandou às favas a isenção.

Lula e Amorim têm nova chance agora de deixar a bossa nova para lá e subir o tom, pois não há mais como justificar o injustificável.l

A repressão do ditador Nicolás Maduro, já reconhecidamente pavorosa segundo os relatos corajosos da oposição venezuelana, ganhou uma nova evidência nesta semana: num informe de mais de 160 páginas, a missão criada pela ONU para investigar as violações de direitos humanos no país apontou uma série de crimes contra a humanidade antes, durante e depois da eleição de julho – aquela cujos resultados foram escandalosamente fraudados para dar a vitória ao ditador. A lista de crimes inclui tortura, violência sexual, desaparecimentos forçados e prisões arbitrárias. O relatório fala em “funcionamento consciente e premeditado” da “máquina de repressão” do Estado, a partir de uma estreita cooperação entre militares e as diferentes instituições a serviço de Maduro. Antes da eleição, a máquina operou para “desarticular e desmobilizar a oposição”. Depois, foi intensificada e continua até hoje.

Mesmo para os conhecidos padrões de truculência do chavismo, o relato é de espantar e aprofunda o muito que já se sabia: no terror venezuelano promovido por Maduro e seus fantoches, dissidentes foram obrigados a deixar o país, outros se refugiaram em embaixadas estrangeiras em Caracas, muitos foram presos. A investigação da missão da ONU documenta múltiplas violações, tudo “parte de um plano coordenado para silenciar críticos e oponentes”. E o mais grave: entre as vítimas estão crianças, mortas em operações de perseguição promovidas pelas forças de segurança do ditador e grupos simpáticos ao regime. A missão confirmou 25 mortes nos protestos que se seguiram à eleição, evidenciando uma mudança de perfil das vítimas e perseguidos. Se antes já era grave, atingindo líderes políticos e ativistas, depois passou a ser gravíssimo, ao incluir “o público em geral, alvo simplesmente por demonstrar discordância com as posições do governo ou com os resultados da eleição presidencial”.

O relatório deixa o presidente Lula da Silva e seu chanceler paralelo (e de facto), Celso Amorim, numa sinuca. A dupla, como se sabe, costuma ser complacente com o companheiro Maduro e com qualquer outro tirano que se alinhe ao antiamericanismo que mesmeriza os petistas. Em que pese ser o país líder da América do Sul e um dos principais mediadores do Pacto de Barbados – acordo selado em outubro de 2023, naquela ilha caribenha, entre Maduro e a oposição para garantir a lisura do pleito –, o Brasil optou pelo silêncio inaceitável. Antes, durante e depois da eleição, enquanto Maduro promovia sua barbárie, Lula e Amorim não hesitaram em desmoralizar a diplomacia brasileira e em insultar a inteligência alheia. Resta saber o que dirão agora, ante o relatório divulgado pela missão da ONU. Convém lembrar que, na semana passada, o mandato da missão internacional foi renovado, mas o Brasil optou por abster-se, alegando que a resolução que dava aos investigadores o direito de seguir seu trabalho era desequilibrada e ampliava o isolamento de Maduro.

Antes que as gralhas gritem, contudo, resta dizer: a missão da ONU não está sozinha. Antes dela publicaram relatórios igualmente graves organizações respeitadas como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, a Organização dos Estados Americanos e a Human Rights Watch, todas apontando, entre 2021 e 2023, os crimes políticos cometidos por Maduro. Mas Amorim, sempre ele, já recorreu até ao escárnio para lavar as mãos e proteger Maduro. “Sou do tempo da bossa nova – a gente nunca sobe o tom”, disse. De fato, nunca – desde que se trate de tiranos companheiros ou inspirados por uma suposta influência nos regimes manietados por China e Rússia, que financiam e armam países dispostos a enfrentar o Ocidente em geral e os EUA em particular. Afinal, o mesmo não se aplicou aos conflitos na Ucrânia ou em Gaza, temas com os quais Amorim e Lula subiram o tom de forma superlativa, como aquele ultrajante momento em que Lula comparou as operações militares de Israel ao Holocausto. Isenção ante processos eleitorais soberanos nos países vizinhos? Quando se tratou de apoiar o companheiro peronista Alberto Fernández contra Javier “El Loco” Milei na eleição argentina, Lula mandou às favas a isenção.

Lula e Amorim têm nova chance agora de deixar a bossa nova para lá e subir o tom, pois não há mais como justificar o injustificável.l

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