CAC, bom negócio para o PCC


Descontrole na emissão de certificados de CACs permite que o bando pague menos para reforçar seu arsenal

Por Notas & Informações
Atualização:

O Primeiro Comando da Capital (PCC) descobriu um jeito de aumentar o seu poder de fogo, que já é assustador, por meio de um esquema muito mais barato do que o contrabando de armas da Bolívia e do Paraguai. Membros da facção criminosa, ou “laranjas” cooptados pelo bando, têm conseguido obter do Exército certificados de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Com o documento, compram armas legalmente, incluindo as de grosso calibre, por preços que chegam a ser 65% menores do que os praticados no mercado ilegal. Ou seja, a um só tempo, a maior organização criminosa em atividade no Brasil aumenta seu poderio bélico e financeiro. Uma temeridade sobre a qual já havíamos nos posicionado poucos dias atrás (ver editorial Incúria perigosa, de 23/7/2022).

Mas é caso de voltar ao tema. O Estadão revelou que a apreensão de sete armas de fogo com um membro do PCC em Uberlândia (MG) não foi um episódio isolado. Como foi noticiado, o homem, cuja longa ficha criminal estavaà distância de “uma simples consulta no Google”, como disse o magistrado que determinou a busca e apreensão, obteve do Exército o certificado de CAC, com o qual pôde comprar o pequeno arsenal.

No Rio de Janeiro, Vitor Furtado, sujeito que atende pela singela alcunha de “Bala 40”, foi preso pela polícia carioca ao tentar vender nada menos do que 26 fuzis, entre outras armas, para bandidos. No Lageado, na zona leste da capital de São Paulo, policiais do Departamento de Narcóticos (Denarc) apreenderam um fuzil, uma carabina, duas pistolas e dois revólveres com Diego Izidoro, acusado de ser integrante de um esquema de lavagem de dinheiro do PCC.

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Todas essas armas em poder dos bandidos, nos três casos conhecidos até agora, foram compradas legalmente com certificados de CAC expedidos pelo Exército, indicando que o controle do Exército é falho e que o crime organizado viu nessa vulnerabilidade do processo de concessão dos registros de CAC uma nova oportunidade de negócios.

Os especialistas em segurança pública são unânimes em relacionar o aumento exponencial na concessão de certificados de CAC no Brasil à política do presidente Jair Bolsonaro de facilitar ao máximo o acesso a armas de fogo pelos cidadãos. “Tudo isso (o afrouxamento das regras para compra de armas) facilitou o acesso dos bandidos às armas e munições”, disse Marcos Carneiro Lima, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo. O promotor Lincoln Gakiya, um dos maiores especialistas do País em combate ao crime organizado, sobretudo ao PCC, foi taxativo: “É muito fácil pegar um ‘laranja’ e obter um certificado de CAC”.

Tão ou mais intolerável do que essa frouxidão no processo de emissão dos certificados de CAC é o silêncio das instituições. Diante dos casos gravíssimos apurados pela reportagem, o Estadão procurou o Exército, o Palácio do Planalto e o Ministério da Justiça. Até ontem, não havia obtido resposta. Às autoridades não assiste o direito ao silêncio. Ao fim e ao cabo, não estão sonegando informações da imprensa, mas da sociedade à qual devem servir.

O Primeiro Comando da Capital (PCC) descobriu um jeito de aumentar o seu poder de fogo, que já é assustador, por meio de um esquema muito mais barato do que o contrabando de armas da Bolívia e do Paraguai. Membros da facção criminosa, ou “laranjas” cooptados pelo bando, têm conseguido obter do Exército certificados de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Com o documento, compram armas legalmente, incluindo as de grosso calibre, por preços que chegam a ser 65% menores do que os praticados no mercado ilegal. Ou seja, a um só tempo, a maior organização criminosa em atividade no Brasil aumenta seu poderio bélico e financeiro. Uma temeridade sobre a qual já havíamos nos posicionado poucos dias atrás (ver editorial Incúria perigosa, de 23/7/2022).

Mas é caso de voltar ao tema. O Estadão revelou que a apreensão de sete armas de fogo com um membro do PCC em Uberlândia (MG) não foi um episódio isolado. Como foi noticiado, o homem, cuja longa ficha criminal estavaà distância de “uma simples consulta no Google”, como disse o magistrado que determinou a busca e apreensão, obteve do Exército o certificado de CAC, com o qual pôde comprar o pequeno arsenal.

No Rio de Janeiro, Vitor Furtado, sujeito que atende pela singela alcunha de “Bala 40”, foi preso pela polícia carioca ao tentar vender nada menos do que 26 fuzis, entre outras armas, para bandidos. No Lageado, na zona leste da capital de São Paulo, policiais do Departamento de Narcóticos (Denarc) apreenderam um fuzil, uma carabina, duas pistolas e dois revólveres com Diego Izidoro, acusado de ser integrante de um esquema de lavagem de dinheiro do PCC.

Todas essas armas em poder dos bandidos, nos três casos conhecidos até agora, foram compradas legalmente com certificados de CAC expedidos pelo Exército, indicando que o controle do Exército é falho e que o crime organizado viu nessa vulnerabilidade do processo de concessão dos registros de CAC uma nova oportunidade de negócios.

Os especialistas em segurança pública são unânimes em relacionar o aumento exponencial na concessão de certificados de CAC no Brasil à política do presidente Jair Bolsonaro de facilitar ao máximo o acesso a armas de fogo pelos cidadãos. “Tudo isso (o afrouxamento das regras para compra de armas) facilitou o acesso dos bandidos às armas e munições”, disse Marcos Carneiro Lima, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo. O promotor Lincoln Gakiya, um dos maiores especialistas do País em combate ao crime organizado, sobretudo ao PCC, foi taxativo: “É muito fácil pegar um ‘laranja’ e obter um certificado de CAC”.

Tão ou mais intolerável do que essa frouxidão no processo de emissão dos certificados de CAC é o silêncio das instituições. Diante dos casos gravíssimos apurados pela reportagem, o Estadão procurou o Exército, o Palácio do Planalto e o Ministério da Justiça. Até ontem, não havia obtido resposta. Às autoridades não assiste o direito ao silêncio. Ao fim e ao cabo, não estão sonegando informações da imprensa, mas da sociedade à qual devem servir.

O Primeiro Comando da Capital (PCC) descobriu um jeito de aumentar o seu poder de fogo, que já é assustador, por meio de um esquema muito mais barato do que o contrabando de armas da Bolívia e do Paraguai. Membros da facção criminosa, ou “laranjas” cooptados pelo bando, têm conseguido obter do Exército certificados de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Com o documento, compram armas legalmente, incluindo as de grosso calibre, por preços que chegam a ser 65% menores do que os praticados no mercado ilegal. Ou seja, a um só tempo, a maior organização criminosa em atividade no Brasil aumenta seu poderio bélico e financeiro. Uma temeridade sobre a qual já havíamos nos posicionado poucos dias atrás (ver editorial Incúria perigosa, de 23/7/2022).

Mas é caso de voltar ao tema. O Estadão revelou que a apreensão de sete armas de fogo com um membro do PCC em Uberlândia (MG) não foi um episódio isolado. Como foi noticiado, o homem, cuja longa ficha criminal estavaà distância de “uma simples consulta no Google”, como disse o magistrado que determinou a busca e apreensão, obteve do Exército o certificado de CAC, com o qual pôde comprar o pequeno arsenal.

No Rio de Janeiro, Vitor Furtado, sujeito que atende pela singela alcunha de “Bala 40”, foi preso pela polícia carioca ao tentar vender nada menos do que 26 fuzis, entre outras armas, para bandidos. No Lageado, na zona leste da capital de São Paulo, policiais do Departamento de Narcóticos (Denarc) apreenderam um fuzil, uma carabina, duas pistolas e dois revólveres com Diego Izidoro, acusado de ser integrante de um esquema de lavagem de dinheiro do PCC.

Todas essas armas em poder dos bandidos, nos três casos conhecidos até agora, foram compradas legalmente com certificados de CAC expedidos pelo Exército, indicando que o controle do Exército é falho e que o crime organizado viu nessa vulnerabilidade do processo de concessão dos registros de CAC uma nova oportunidade de negócios.

Os especialistas em segurança pública são unânimes em relacionar o aumento exponencial na concessão de certificados de CAC no Brasil à política do presidente Jair Bolsonaro de facilitar ao máximo o acesso a armas de fogo pelos cidadãos. “Tudo isso (o afrouxamento das regras para compra de armas) facilitou o acesso dos bandidos às armas e munições”, disse Marcos Carneiro Lima, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo. O promotor Lincoln Gakiya, um dos maiores especialistas do País em combate ao crime organizado, sobretudo ao PCC, foi taxativo: “É muito fácil pegar um ‘laranja’ e obter um certificado de CAC”.

Tão ou mais intolerável do que essa frouxidão no processo de emissão dos certificados de CAC é o silêncio das instituições. Diante dos casos gravíssimos apurados pela reportagem, o Estadão procurou o Exército, o Palácio do Planalto e o Ministério da Justiça. Até ontem, não havia obtido resposta. Às autoridades não assiste o direito ao silêncio. Ao fim e ao cabo, não estão sonegando informações da imprensa, mas da sociedade à qual devem servir.

O Primeiro Comando da Capital (PCC) descobriu um jeito de aumentar o seu poder de fogo, que já é assustador, por meio de um esquema muito mais barato do que o contrabando de armas da Bolívia e do Paraguai. Membros da facção criminosa, ou “laranjas” cooptados pelo bando, têm conseguido obter do Exército certificados de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Com o documento, compram armas legalmente, incluindo as de grosso calibre, por preços que chegam a ser 65% menores do que os praticados no mercado ilegal. Ou seja, a um só tempo, a maior organização criminosa em atividade no Brasil aumenta seu poderio bélico e financeiro. Uma temeridade sobre a qual já havíamos nos posicionado poucos dias atrás (ver editorial Incúria perigosa, de 23/7/2022).

Mas é caso de voltar ao tema. O Estadão revelou que a apreensão de sete armas de fogo com um membro do PCC em Uberlândia (MG) não foi um episódio isolado. Como foi noticiado, o homem, cuja longa ficha criminal estavaà distância de “uma simples consulta no Google”, como disse o magistrado que determinou a busca e apreensão, obteve do Exército o certificado de CAC, com o qual pôde comprar o pequeno arsenal.

No Rio de Janeiro, Vitor Furtado, sujeito que atende pela singela alcunha de “Bala 40”, foi preso pela polícia carioca ao tentar vender nada menos do que 26 fuzis, entre outras armas, para bandidos. No Lageado, na zona leste da capital de São Paulo, policiais do Departamento de Narcóticos (Denarc) apreenderam um fuzil, uma carabina, duas pistolas e dois revólveres com Diego Izidoro, acusado de ser integrante de um esquema de lavagem de dinheiro do PCC.

Todas essas armas em poder dos bandidos, nos três casos conhecidos até agora, foram compradas legalmente com certificados de CAC expedidos pelo Exército, indicando que o controle do Exército é falho e que o crime organizado viu nessa vulnerabilidade do processo de concessão dos registros de CAC uma nova oportunidade de negócios.

Os especialistas em segurança pública são unânimes em relacionar o aumento exponencial na concessão de certificados de CAC no Brasil à política do presidente Jair Bolsonaro de facilitar ao máximo o acesso a armas de fogo pelos cidadãos. “Tudo isso (o afrouxamento das regras para compra de armas) facilitou o acesso dos bandidos às armas e munições”, disse Marcos Carneiro Lima, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo. O promotor Lincoln Gakiya, um dos maiores especialistas do País em combate ao crime organizado, sobretudo ao PCC, foi taxativo: “É muito fácil pegar um ‘laranja’ e obter um certificado de CAC”.

Tão ou mais intolerável do que essa frouxidão no processo de emissão dos certificados de CAC é o silêncio das instituições. Diante dos casos gravíssimos apurados pela reportagem, o Estadão procurou o Exército, o Palácio do Planalto e o Ministério da Justiça. Até ontem, não havia obtido resposta. Às autoridades não assiste o direito ao silêncio. Ao fim e ao cabo, não estão sonegando informações da imprensa, mas da sociedade à qual devem servir.

O Primeiro Comando da Capital (PCC) descobriu um jeito de aumentar o seu poder de fogo, que já é assustador, por meio de um esquema muito mais barato do que o contrabando de armas da Bolívia e do Paraguai. Membros da facção criminosa, ou “laranjas” cooptados pelo bando, têm conseguido obter do Exército certificados de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Com o documento, compram armas legalmente, incluindo as de grosso calibre, por preços que chegam a ser 65% menores do que os praticados no mercado ilegal. Ou seja, a um só tempo, a maior organização criminosa em atividade no Brasil aumenta seu poderio bélico e financeiro. Uma temeridade sobre a qual já havíamos nos posicionado poucos dias atrás (ver editorial Incúria perigosa, de 23/7/2022).

Mas é caso de voltar ao tema. O Estadão revelou que a apreensão de sete armas de fogo com um membro do PCC em Uberlândia (MG) não foi um episódio isolado. Como foi noticiado, o homem, cuja longa ficha criminal estavaà distância de “uma simples consulta no Google”, como disse o magistrado que determinou a busca e apreensão, obteve do Exército o certificado de CAC, com o qual pôde comprar o pequeno arsenal.

No Rio de Janeiro, Vitor Furtado, sujeito que atende pela singela alcunha de “Bala 40”, foi preso pela polícia carioca ao tentar vender nada menos do que 26 fuzis, entre outras armas, para bandidos. No Lageado, na zona leste da capital de São Paulo, policiais do Departamento de Narcóticos (Denarc) apreenderam um fuzil, uma carabina, duas pistolas e dois revólveres com Diego Izidoro, acusado de ser integrante de um esquema de lavagem de dinheiro do PCC.

Todas essas armas em poder dos bandidos, nos três casos conhecidos até agora, foram compradas legalmente com certificados de CAC expedidos pelo Exército, indicando que o controle do Exército é falho e que o crime organizado viu nessa vulnerabilidade do processo de concessão dos registros de CAC uma nova oportunidade de negócios.

Os especialistas em segurança pública são unânimes em relacionar o aumento exponencial na concessão de certificados de CAC no Brasil à política do presidente Jair Bolsonaro de facilitar ao máximo o acesso a armas de fogo pelos cidadãos. “Tudo isso (o afrouxamento das regras para compra de armas) facilitou o acesso dos bandidos às armas e munições”, disse Marcos Carneiro Lima, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo. O promotor Lincoln Gakiya, um dos maiores especialistas do País em combate ao crime organizado, sobretudo ao PCC, foi taxativo: “É muito fácil pegar um ‘laranja’ e obter um certificado de CAC”.

Tão ou mais intolerável do que essa frouxidão no processo de emissão dos certificados de CAC é o silêncio das instituições. Diante dos casos gravíssimos apurados pela reportagem, o Estadão procurou o Exército, o Palácio do Planalto e o Ministério da Justiça. Até ontem, não havia obtido resposta. Às autoridades não assiste o direito ao silêncio. Ao fim e ao cabo, não estão sonegando informações da imprensa, mas da sociedade à qual devem servir.

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