Campeões por acaso


Caso da tenista Naná mostra que o esporte brasileiro produz vencedores por sorte

Por Notas & Informações

Jovem promessa do tênis, a paulistana Nauhany Silva, a Naná, é mais um exemplo de que o Brasil deve seu relativo sucesso esportivo ao acaso, não a políticas efetivas de fomento. Aos 14 anos, como mostrou reportagem do Estadão, Naná é uma força da natureza, com um saque tão potente quanto o de tenistas profissionais adultas. Contudo, não fosse a engenhosidade do pai e treinador, que adaptou a sala de casa e marcava ruas de asfalto com fita para que a filha pudesse treinar, ela não teria chegado ao ranking da Associação de Tênis Feminino (WTA). Graças ao descaso crônico do Brasil com o esporte, muitas “Nanás” nem mesmo chegam a conhecer o potencial que têm.

E, a depender do Ministério do Esporte, assim seguiremos. A ex-atleta Ana Moser, que pavimentou o caminho para que a Copa do Mundo de Futebol Feminino seja disputada no Brasil em 2027, foi dispensada do Ministério não por mau desempenho, mas para que o presidente Lula da Silva pudesse entregar mais uma pasta ao Centrão.

Comandado hoje por André Fufuca (PP), o Ministério do Esporte destinou ao Maranhão, Estado do ministro, 28 contratos de construção de espaços esportivos – outros 8 Estados terão, somados, o mesmo número de centros que o Maranhão sozinho. E obviamente nada disso garante que o Maranhão se torne uma potência do esporte, porque só a existência de espaços esportivos não forja campeões.

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Quando não se vale do esporte para praticar a politicagem de sempre, o governo recorre ao populismo puro e simples, como fez recentemente ao isentar de impostos a premiação em dinheiro dos campeões olímpicos em Paris. Eis a política de fomento ao esporte no Brasil: premiar quem já está no topo e seguir negligenciando o grande contingente de brasileiros que, com acesso a equipamentos esportivos adequados e devidamente incentivados por campeonatos competitivos associados a bolsas de estudo em boas escolas e universidades, poderiam se revelar campeões.

Se Naná se sagrará campeã como Gustavo Kuerten e Maria Esther Bueno, não é importante aqui. O fato é que a possibilidade de jovens como ela avançarem no esporte depende da transformação das escolas brasileiras em usinas de atletas, como ocorre nos Estados Unidos e em outras potências olímpicas. Hoje, como se sabe, boa parte das escolas públicas mal tem quadras esportivas, equipamentos adequados ou professores preparados.

Por isso, no Brasil, dependemos da sorte. Quando aparece um Gustavo Kuerten, que também teve que improvisar treinos no começo da carreira, trata-se de um fenômeno isolado, que não é fruto de um trabalho de preparação sistemática e organizada com vista a revelar novos talentos. Sempre nos emocionamos com histórias como a da campeoníssima Rebeca Andrade, que no início tinha que caminhar duas horas para chegar ao local de treinos porque não tinha dinheiro para o ônibus, mas exemplos de superação não mudam o fato de que maltratamos meninas e meninos que demonstram potencial e que só chegam lá porque são fenomenais.

Jovem promessa do tênis, a paulistana Nauhany Silva, a Naná, é mais um exemplo de que o Brasil deve seu relativo sucesso esportivo ao acaso, não a políticas efetivas de fomento. Aos 14 anos, como mostrou reportagem do Estadão, Naná é uma força da natureza, com um saque tão potente quanto o de tenistas profissionais adultas. Contudo, não fosse a engenhosidade do pai e treinador, que adaptou a sala de casa e marcava ruas de asfalto com fita para que a filha pudesse treinar, ela não teria chegado ao ranking da Associação de Tênis Feminino (WTA). Graças ao descaso crônico do Brasil com o esporte, muitas “Nanás” nem mesmo chegam a conhecer o potencial que têm.

E, a depender do Ministério do Esporte, assim seguiremos. A ex-atleta Ana Moser, que pavimentou o caminho para que a Copa do Mundo de Futebol Feminino seja disputada no Brasil em 2027, foi dispensada do Ministério não por mau desempenho, mas para que o presidente Lula da Silva pudesse entregar mais uma pasta ao Centrão.

Comandado hoje por André Fufuca (PP), o Ministério do Esporte destinou ao Maranhão, Estado do ministro, 28 contratos de construção de espaços esportivos – outros 8 Estados terão, somados, o mesmo número de centros que o Maranhão sozinho. E obviamente nada disso garante que o Maranhão se torne uma potência do esporte, porque só a existência de espaços esportivos não forja campeões.

Quando não se vale do esporte para praticar a politicagem de sempre, o governo recorre ao populismo puro e simples, como fez recentemente ao isentar de impostos a premiação em dinheiro dos campeões olímpicos em Paris. Eis a política de fomento ao esporte no Brasil: premiar quem já está no topo e seguir negligenciando o grande contingente de brasileiros que, com acesso a equipamentos esportivos adequados e devidamente incentivados por campeonatos competitivos associados a bolsas de estudo em boas escolas e universidades, poderiam se revelar campeões.

Se Naná se sagrará campeã como Gustavo Kuerten e Maria Esther Bueno, não é importante aqui. O fato é que a possibilidade de jovens como ela avançarem no esporte depende da transformação das escolas brasileiras em usinas de atletas, como ocorre nos Estados Unidos e em outras potências olímpicas. Hoje, como se sabe, boa parte das escolas públicas mal tem quadras esportivas, equipamentos adequados ou professores preparados.

Por isso, no Brasil, dependemos da sorte. Quando aparece um Gustavo Kuerten, que também teve que improvisar treinos no começo da carreira, trata-se de um fenômeno isolado, que não é fruto de um trabalho de preparação sistemática e organizada com vista a revelar novos talentos. Sempre nos emocionamos com histórias como a da campeoníssima Rebeca Andrade, que no início tinha que caminhar duas horas para chegar ao local de treinos porque não tinha dinheiro para o ônibus, mas exemplos de superação não mudam o fato de que maltratamos meninas e meninos que demonstram potencial e que só chegam lá porque são fenomenais.

Jovem promessa do tênis, a paulistana Nauhany Silva, a Naná, é mais um exemplo de que o Brasil deve seu relativo sucesso esportivo ao acaso, não a políticas efetivas de fomento. Aos 14 anos, como mostrou reportagem do Estadão, Naná é uma força da natureza, com um saque tão potente quanto o de tenistas profissionais adultas. Contudo, não fosse a engenhosidade do pai e treinador, que adaptou a sala de casa e marcava ruas de asfalto com fita para que a filha pudesse treinar, ela não teria chegado ao ranking da Associação de Tênis Feminino (WTA). Graças ao descaso crônico do Brasil com o esporte, muitas “Nanás” nem mesmo chegam a conhecer o potencial que têm.

E, a depender do Ministério do Esporte, assim seguiremos. A ex-atleta Ana Moser, que pavimentou o caminho para que a Copa do Mundo de Futebol Feminino seja disputada no Brasil em 2027, foi dispensada do Ministério não por mau desempenho, mas para que o presidente Lula da Silva pudesse entregar mais uma pasta ao Centrão.

Comandado hoje por André Fufuca (PP), o Ministério do Esporte destinou ao Maranhão, Estado do ministro, 28 contratos de construção de espaços esportivos – outros 8 Estados terão, somados, o mesmo número de centros que o Maranhão sozinho. E obviamente nada disso garante que o Maranhão se torne uma potência do esporte, porque só a existência de espaços esportivos não forja campeões.

Quando não se vale do esporte para praticar a politicagem de sempre, o governo recorre ao populismo puro e simples, como fez recentemente ao isentar de impostos a premiação em dinheiro dos campeões olímpicos em Paris. Eis a política de fomento ao esporte no Brasil: premiar quem já está no topo e seguir negligenciando o grande contingente de brasileiros que, com acesso a equipamentos esportivos adequados e devidamente incentivados por campeonatos competitivos associados a bolsas de estudo em boas escolas e universidades, poderiam se revelar campeões.

Se Naná se sagrará campeã como Gustavo Kuerten e Maria Esther Bueno, não é importante aqui. O fato é que a possibilidade de jovens como ela avançarem no esporte depende da transformação das escolas brasileiras em usinas de atletas, como ocorre nos Estados Unidos e em outras potências olímpicas. Hoje, como se sabe, boa parte das escolas públicas mal tem quadras esportivas, equipamentos adequados ou professores preparados.

Por isso, no Brasil, dependemos da sorte. Quando aparece um Gustavo Kuerten, que também teve que improvisar treinos no começo da carreira, trata-se de um fenômeno isolado, que não é fruto de um trabalho de preparação sistemática e organizada com vista a revelar novos talentos. Sempre nos emocionamos com histórias como a da campeoníssima Rebeca Andrade, que no início tinha que caminhar duas horas para chegar ao local de treinos porque não tinha dinheiro para o ônibus, mas exemplos de superação não mudam o fato de que maltratamos meninas e meninos que demonstram potencial e que só chegam lá porque são fenomenais.

Jovem promessa do tênis, a paulistana Nauhany Silva, a Naná, é mais um exemplo de que o Brasil deve seu relativo sucesso esportivo ao acaso, não a políticas efetivas de fomento. Aos 14 anos, como mostrou reportagem do Estadão, Naná é uma força da natureza, com um saque tão potente quanto o de tenistas profissionais adultas. Contudo, não fosse a engenhosidade do pai e treinador, que adaptou a sala de casa e marcava ruas de asfalto com fita para que a filha pudesse treinar, ela não teria chegado ao ranking da Associação de Tênis Feminino (WTA). Graças ao descaso crônico do Brasil com o esporte, muitas “Nanás” nem mesmo chegam a conhecer o potencial que têm.

E, a depender do Ministério do Esporte, assim seguiremos. A ex-atleta Ana Moser, que pavimentou o caminho para que a Copa do Mundo de Futebol Feminino seja disputada no Brasil em 2027, foi dispensada do Ministério não por mau desempenho, mas para que o presidente Lula da Silva pudesse entregar mais uma pasta ao Centrão.

Comandado hoje por André Fufuca (PP), o Ministério do Esporte destinou ao Maranhão, Estado do ministro, 28 contratos de construção de espaços esportivos – outros 8 Estados terão, somados, o mesmo número de centros que o Maranhão sozinho. E obviamente nada disso garante que o Maranhão se torne uma potência do esporte, porque só a existência de espaços esportivos não forja campeões.

Quando não se vale do esporte para praticar a politicagem de sempre, o governo recorre ao populismo puro e simples, como fez recentemente ao isentar de impostos a premiação em dinheiro dos campeões olímpicos em Paris. Eis a política de fomento ao esporte no Brasil: premiar quem já está no topo e seguir negligenciando o grande contingente de brasileiros que, com acesso a equipamentos esportivos adequados e devidamente incentivados por campeonatos competitivos associados a bolsas de estudo em boas escolas e universidades, poderiam se revelar campeões.

Se Naná se sagrará campeã como Gustavo Kuerten e Maria Esther Bueno, não é importante aqui. O fato é que a possibilidade de jovens como ela avançarem no esporte depende da transformação das escolas brasileiras em usinas de atletas, como ocorre nos Estados Unidos e em outras potências olímpicas. Hoje, como se sabe, boa parte das escolas públicas mal tem quadras esportivas, equipamentos adequados ou professores preparados.

Por isso, no Brasil, dependemos da sorte. Quando aparece um Gustavo Kuerten, que também teve que improvisar treinos no começo da carreira, trata-se de um fenômeno isolado, que não é fruto de um trabalho de preparação sistemática e organizada com vista a revelar novos talentos. Sempre nos emocionamos com histórias como a da campeoníssima Rebeca Andrade, que no início tinha que caminhar duas horas para chegar ao local de treinos porque não tinha dinheiro para o ônibus, mas exemplos de superação não mudam o fato de que maltratamos meninas e meninos que demonstram potencial e que só chegam lá porque são fenomenais.

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