O jornalista Carlos Alberto Di Franco escreve quinzenalmente na seção Espaço Aberto

Opinião|Eleição – não à agenda identitária


O pensamento conservador e liberal assusta e desestabiliza os detentores de uma hegemonia que começa a experimentar o sabor do ocaso

Por Carlos Alberto Di Franco

A eleição em São Paulo representou uma forte sinalização do sentimento da sociedade e um prenúncio do que nos aguarda em 2026. Mais do que o debate de projetos para a maior capital do País, urgente e necessário, o que se viu foi o embate de duas visões ideológicas: conservadorismo versus identitarismo. O eleitorado disse não à agenda “woke”. O prefeito reeleito, mesmo não sendo um modelo de conservadorismo (Marta Suplicy foi sua secretária de Relações Internacionais durante bom tempo), comprometeu-se com os valores tradicionais da maioria dos brasileiros.

O debate ideológico, não duvidemos, estará presente nas próximas eleições presidenciais. O candidato que conseguir mostrar uma adesão sincera aos valores tradicionais e, ao mesmo tempo, oferecer um projeto de crescimento econômico e de combate às desigualdades, vai conquistar mentes e corações. O Brasil clama por um estadista. Alguém que pense grande e saiba encaminhar conflitos com diálogo e autoridade. Alguém que seja capaz de entender que, entre outras grandes provocações, o desenvolvimento sustentável da Amazônia é o nosso maior desafio geopolítico.

Mas a música de fundo da eleição presidencial, gostemos ou não, será uma sinfonia ideológica e cultural. Assistiremos, mais uma vez, ao embate entre uma esquerda em Sol poente e um conservadorismo com grande capacidade de mobilização.

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Pesquisas recentes mostram que os meios culturais dos Estados Unidos reduziram significativamente a militância em torno de pautas identitárias. As universidades, por exemplo, têm deixado de levar em consideração critérios de “minoria” para admitir estudantes. Já a imprensa tem citado menos chavões “progressistas”. Assiste-se a um significativo declínio da agenda woke. A tendência vai chegar ao Brasil rapidinho.

O conservadorismo, frequentemente maltratado e incompreendido, é um fenômeno em ascensão. E não pode ser jogado na catacumba das nossas coberturas ou tratado de modo caricato. Merece uma análise. É o que tentarei fazer neste espaço opinativo, saudavelmente aberto e plural.

Impõe-se analisar o fato. O conservadorismo está presente num contingente expressivo da sociedade brasileira, inclusive entre os jovens. É preciso entender a razão dos outros, mesmo quando não coincida com a nossa.

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A maioria da população brasileira não se alinha com a história, a ideologia, as práticas e a agenda da esquerda identitária. O advento das redes sociais, rompendo a hegemonia da agenda pública e cultural, gerou o fenômeno da desintermediação disruptiva. Novos personagens ocuparam o espaço das discussões e das reflexões, disseminando essa perspectiva que se ancora em valores tradicionais e enaltece o indivíduo e a liberdade responsável.

Na tentativa de desqualificar os anseios e aspirações conservadoras e liberais, vozes de esquerda rotulam de bolsonaristas todos que não se alinhem com seu campo, tentando reduzir a ascensão dos conservadores a um personagem controverso e conflitivo. O fenômeno do conservadorismo é maior, ultrapassa e independerá de Jair Bolsonaro.

Além disso, a esquerda também se esforça para que o conservadorismo não seja devidamente difundido e conhecido em suas propostas basilares, pois percebe que a ocupação do espaço político por uma cultura conservadora é o maior e mais poderoso obstáculo às suas pretensões hegemônicas. O conservadorismo não apenas tem o direito de existir, como também tem se mostrado muito representativo de boa parcela, talvez da maior parcela, da população brasileira.

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O mundo experimenta essa tendência. Até pouco tempo atrás, a leitura e a repercussão dos acontecimentos estavam sempre, ou quase sempre, moduladas e filtradas por um olhar iluminista e marxista. As pessoas, mesmo na contramão de um sistema de poder coletivista e hegemônico, descobriram a força e o brilho da liberdade.

A reação dos caudilhos do espaço cultural, agressiva e desproporcionada, indica que se tocou em um ponto sensível. A percepção da mudança do pêndulo da História, cada vez mais clara e patente, gerou a estratégia clássica de desqualificação da opinião alheia, os cancelamentos e a demonização de quem se atreve a pensar fora dos limites impostos pelo totalitarismo ideológico.

A atual intolerância execra os pensamentos que divergem dos seus “dogmas” e não hesita em mobilizar a “inquisição” de certos setores para achincalhar – sem o menor respeito pelo diálogo – ideias ou posições opostas ao seu dogmatismo. Ao longo da História, um dos principais males da esquerda sempre foi não duvidar de si mesma. Tudo são certezas e dogmas.

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O pensamento conservador e liberal – profundo, sério e bem fundamentado – assusta e desestabiliza os detentores de uma hegemonia que começa a experimentar o sabor do ocaso. O conservadorismo busca a primazia do indivíduo, da liberdade de expressão, da igualdade de condições perante leis e direitos, de uma educação sem doutrinação e a defesa da família.

O jornalismo não pode ficar de costas para o fenômeno conservador. Precisamos entender e dialogar com os valores, ideias e demandas da sociedade. Caso contrário, corremos o risco de perder relevância ao não falar adequadamente de temas e assuntos de interesse dos leitores.

*

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JORNALISTA. E-MAIL: DIFRANCO@ISE.ORG.BR

A eleição em São Paulo representou uma forte sinalização do sentimento da sociedade e um prenúncio do que nos aguarda em 2026. Mais do que o debate de projetos para a maior capital do País, urgente e necessário, o que se viu foi o embate de duas visões ideológicas: conservadorismo versus identitarismo. O eleitorado disse não à agenda “woke”. O prefeito reeleito, mesmo não sendo um modelo de conservadorismo (Marta Suplicy foi sua secretária de Relações Internacionais durante bom tempo), comprometeu-se com os valores tradicionais da maioria dos brasileiros.

O debate ideológico, não duvidemos, estará presente nas próximas eleições presidenciais. O candidato que conseguir mostrar uma adesão sincera aos valores tradicionais e, ao mesmo tempo, oferecer um projeto de crescimento econômico e de combate às desigualdades, vai conquistar mentes e corações. O Brasil clama por um estadista. Alguém que pense grande e saiba encaminhar conflitos com diálogo e autoridade. Alguém que seja capaz de entender que, entre outras grandes provocações, o desenvolvimento sustentável da Amazônia é o nosso maior desafio geopolítico.

Mas a música de fundo da eleição presidencial, gostemos ou não, será uma sinfonia ideológica e cultural. Assistiremos, mais uma vez, ao embate entre uma esquerda em Sol poente e um conservadorismo com grande capacidade de mobilização.

Pesquisas recentes mostram que os meios culturais dos Estados Unidos reduziram significativamente a militância em torno de pautas identitárias. As universidades, por exemplo, têm deixado de levar em consideração critérios de “minoria” para admitir estudantes. Já a imprensa tem citado menos chavões “progressistas”. Assiste-se a um significativo declínio da agenda woke. A tendência vai chegar ao Brasil rapidinho.

O conservadorismo, frequentemente maltratado e incompreendido, é um fenômeno em ascensão. E não pode ser jogado na catacumba das nossas coberturas ou tratado de modo caricato. Merece uma análise. É o que tentarei fazer neste espaço opinativo, saudavelmente aberto e plural.

Impõe-se analisar o fato. O conservadorismo está presente num contingente expressivo da sociedade brasileira, inclusive entre os jovens. É preciso entender a razão dos outros, mesmo quando não coincida com a nossa.

A maioria da população brasileira não se alinha com a história, a ideologia, as práticas e a agenda da esquerda identitária. O advento das redes sociais, rompendo a hegemonia da agenda pública e cultural, gerou o fenômeno da desintermediação disruptiva. Novos personagens ocuparam o espaço das discussões e das reflexões, disseminando essa perspectiva que se ancora em valores tradicionais e enaltece o indivíduo e a liberdade responsável.

Na tentativa de desqualificar os anseios e aspirações conservadoras e liberais, vozes de esquerda rotulam de bolsonaristas todos que não se alinhem com seu campo, tentando reduzir a ascensão dos conservadores a um personagem controverso e conflitivo. O fenômeno do conservadorismo é maior, ultrapassa e independerá de Jair Bolsonaro.

Além disso, a esquerda também se esforça para que o conservadorismo não seja devidamente difundido e conhecido em suas propostas basilares, pois percebe que a ocupação do espaço político por uma cultura conservadora é o maior e mais poderoso obstáculo às suas pretensões hegemônicas. O conservadorismo não apenas tem o direito de existir, como também tem se mostrado muito representativo de boa parcela, talvez da maior parcela, da população brasileira.

O mundo experimenta essa tendência. Até pouco tempo atrás, a leitura e a repercussão dos acontecimentos estavam sempre, ou quase sempre, moduladas e filtradas por um olhar iluminista e marxista. As pessoas, mesmo na contramão de um sistema de poder coletivista e hegemônico, descobriram a força e o brilho da liberdade.

A reação dos caudilhos do espaço cultural, agressiva e desproporcionada, indica que se tocou em um ponto sensível. A percepção da mudança do pêndulo da História, cada vez mais clara e patente, gerou a estratégia clássica de desqualificação da opinião alheia, os cancelamentos e a demonização de quem se atreve a pensar fora dos limites impostos pelo totalitarismo ideológico.

A atual intolerância execra os pensamentos que divergem dos seus “dogmas” e não hesita em mobilizar a “inquisição” de certos setores para achincalhar – sem o menor respeito pelo diálogo – ideias ou posições opostas ao seu dogmatismo. Ao longo da História, um dos principais males da esquerda sempre foi não duvidar de si mesma. Tudo são certezas e dogmas.

O pensamento conservador e liberal – profundo, sério e bem fundamentado – assusta e desestabiliza os detentores de uma hegemonia que começa a experimentar o sabor do ocaso. O conservadorismo busca a primazia do indivíduo, da liberdade de expressão, da igualdade de condições perante leis e direitos, de uma educação sem doutrinação e a defesa da família.

O jornalismo não pode ficar de costas para o fenômeno conservador. Precisamos entender e dialogar com os valores, ideias e demandas da sociedade. Caso contrário, corremos o risco de perder relevância ao não falar adequadamente de temas e assuntos de interesse dos leitores.

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A eleição em São Paulo representou uma forte sinalização do sentimento da sociedade e um prenúncio do que nos aguarda em 2026. Mais do que o debate de projetos para a maior capital do País, urgente e necessário, o que se viu foi o embate de duas visões ideológicas: conservadorismo versus identitarismo. O eleitorado disse não à agenda “woke”. O prefeito reeleito, mesmo não sendo um modelo de conservadorismo (Marta Suplicy foi sua secretária de Relações Internacionais durante bom tempo), comprometeu-se com os valores tradicionais da maioria dos brasileiros.

O debate ideológico, não duvidemos, estará presente nas próximas eleições presidenciais. O candidato que conseguir mostrar uma adesão sincera aos valores tradicionais e, ao mesmo tempo, oferecer um projeto de crescimento econômico e de combate às desigualdades, vai conquistar mentes e corações. O Brasil clama por um estadista. Alguém que pense grande e saiba encaminhar conflitos com diálogo e autoridade. Alguém que seja capaz de entender que, entre outras grandes provocações, o desenvolvimento sustentável da Amazônia é o nosso maior desafio geopolítico.

Mas a música de fundo da eleição presidencial, gostemos ou não, será uma sinfonia ideológica e cultural. Assistiremos, mais uma vez, ao embate entre uma esquerda em Sol poente e um conservadorismo com grande capacidade de mobilização.

Pesquisas recentes mostram que os meios culturais dos Estados Unidos reduziram significativamente a militância em torno de pautas identitárias. As universidades, por exemplo, têm deixado de levar em consideração critérios de “minoria” para admitir estudantes. Já a imprensa tem citado menos chavões “progressistas”. Assiste-se a um significativo declínio da agenda woke. A tendência vai chegar ao Brasil rapidinho.

O conservadorismo, frequentemente maltratado e incompreendido, é um fenômeno em ascensão. E não pode ser jogado na catacumba das nossas coberturas ou tratado de modo caricato. Merece uma análise. É o que tentarei fazer neste espaço opinativo, saudavelmente aberto e plural.

Impõe-se analisar o fato. O conservadorismo está presente num contingente expressivo da sociedade brasileira, inclusive entre os jovens. É preciso entender a razão dos outros, mesmo quando não coincida com a nossa.

A maioria da população brasileira não se alinha com a história, a ideologia, as práticas e a agenda da esquerda identitária. O advento das redes sociais, rompendo a hegemonia da agenda pública e cultural, gerou o fenômeno da desintermediação disruptiva. Novos personagens ocuparam o espaço das discussões e das reflexões, disseminando essa perspectiva que se ancora em valores tradicionais e enaltece o indivíduo e a liberdade responsável.

Na tentativa de desqualificar os anseios e aspirações conservadoras e liberais, vozes de esquerda rotulam de bolsonaristas todos que não se alinhem com seu campo, tentando reduzir a ascensão dos conservadores a um personagem controverso e conflitivo. O fenômeno do conservadorismo é maior, ultrapassa e independerá de Jair Bolsonaro.

Além disso, a esquerda também se esforça para que o conservadorismo não seja devidamente difundido e conhecido em suas propostas basilares, pois percebe que a ocupação do espaço político por uma cultura conservadora é o maior e mais poderoso obstáculo às suas pretensões hegemônicas. O conservadorismo não apenas tem o direito de existir, como também tem se mostrado muito representativo de boa parcela, talvez da maior parcela, da população brasileira.

O mundo experimenta essa tendência. Até pouco tempo atrás, a leitura e a repercussão dos acontecimentos estavam sempre, ou quase sempre, moduladas e filtradas por um olhar iluminista e marxista. As pessoas, mesmo na contramão de um sistema de poder coletivista e hegemônico, descobriram a força e o brilho da liberdade.

A reação dos caudilhos do espaço cultural, agressiva e desproporcionada, indica que se tocou em um ponto sensível. A percepção da mudança do pêndulo da História, cada vez mais clara e patente, gerou a estratégia clássica de desqualificação da opinião alheia, os cancelamentos e a demonização de quem se atreve a pensar fora dos limites impostos pelo totalitarismo ideológico.

A atual intolerância execra os pensamentos que divergem dos seus “dogmas” e não hesita em mobilizar a “inquisição” de certos setores para achincalhar – sem o menor respeito pelo diálogo – ideias ou posições opostas ao seu dogmatismo. Ao longo da História, um dos principais males da esquerda sempre foi não duvidar de si mesma. Tudo são certezas e dogmas.

O pensamento conservador e liberal – profundo, sério e bem fundamentado – assusta e desestabiliza os detentores de uma hegemonia que começa a experimentar o sabor do ocaso. O conservadorismo busca a primazia do indivíduo, da liberdade de expressão, da igualdade de condições perante leis e direitos, de uma educação sem doutrinação e a defesa da família.

O jornalismo não pode ficar de costas para o fenômeno conservador. Precisamos entender e dialogar com os valores, ideias e demandas da sociedade. Caso contrário, corremos o risco de perder relevância ao não falar adequadamente de temas e assuntos de interesse dos leitores.

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A eleição em São Paulo representou uma forte sinalização do sentimento da sociedade e um prenúncio do que nos aguarda em 2026. Mais do que o debate de projetos para a maior capital do País, urgente e necessário, o que se viu foi o embate de duas visões ideológicas: conservadorismo versus identitarismo. O eleitorado disse não à agenda “woke”. O prefeito reeleito, mesmo não sendo um modelo de conservadorismo (Marta Suplicy foi sua secretária de Relações Internacionais durante bom tempo), comprometeu-se com os valores tradicionais da maioria dos brasileiros.

O debate ideológico, não duvidemos, estará presente nas próximas eleições presidenciais. O candidato que conseguir mostrar uma adesão sincera aos valores tradicionais e, ao mesmo tempo, oferecer um projeto de crescimento econômico e de combate às desigualdades, vai conquistar mentes e corações. O Brasil clama por um estadista. Alguém que pense grande e saiba encaminhar conflitos com diálogo e autoridade. Alguém que seja capaz de entender que, entre outras grandes provocações, o desenvolvimento sustentável da Amazônia é o nosso maior desafio geopolítico.

Mas a música de fundo da eleição presidencial, gostemos ou não, será uma sinfonia ideológica e cultural. Assistiremos, mais uma vez, ao embate entre uma esquerda em Sol poente e um conservadorismo com grande capacidade de mobilização.

Pesquisas recentes mostram que os meios culturais dos Estados Unidos reduziram significativamente a militância em torno de pautas identitárias. As universidades, por exemplo, têm deixado de levar em consideração critérios de “minoria” para admitir estudantes. Já a imprensa tem citado menos chavões “progressistas”. Assiste-se a um significativo declínio da agenda woke. A tendência vai chegar ao Brasil rapidinho.

O conservadorismo, frequentemente maltratado e incompreendido, é um fenômeno em ascensão. E não pode ser jogado na catacumba das nossas coberturas ou tratado de modo caricato. Merece uma análise. É o que tentarei fazer neste espaço opinativo, saudavelmente aberto e plural.

Impõe-se analisar o fato. O conservadorismo está presente num contingente expressivo da sociedade brasileira, inclusive entre os jovens. É preciso entender a razão dos outros, mesmo quando não coincida com a nossa.

A maioria da população brasileira não se alinha com a história, a ideologia, as práticas e a agenda da esquerda identitária. O advento das redes sociais, rompendo a hegemonia da agenda pública e cultural, gerou o fenômeno da desintermediação disruptiva. Novos personagens ocuparam o espaço das discussões e das reflexões, disseminando essa perspectiva que se ancora em valores tradicionais e enaltece o indivíduo e a liberdade responsável.

Na tentativa de desqualificar os anseios e aspirações conservadoras e liberais, vozes de esquerda rotulam de bolsonaristas todos que não se alinhem com seu campo, tentando reduzir a ascensão dos conservadores a um personagem controverso e conflitivo. O fenômeno do conservadorismo é maior, ultrapassa e independerá de Jair Bolsonaro.

Além disso, a esquerda também se esforça para que o conservadorismo não seja devidamente difundido e conhecido em suas propostas basilares, pois percebe que a ocupação do espaço político por uma cultura conservadora é o maior e mais poderoso obstáculo às suas pretensões hegemônicas. O conservadorismo não apenas tem o direito de existir, como também tem se mostrado muito representativo de boa parcela, talvez da maior parcela, da população brasileira.

O mundo experimenta essa tendência. Até pouco tempo atrás, a leitura e a repercussão dos acontecimentos estavam sempre, ou quase sempre, moduladas e filtradas por um olhar iluminista e marxista. As pessoas, mesmo na contramão de um sistema de poder coletivista e hegemônico, descobriram a força e o brilho da liberdade.

A reação dos caudilhos do espaço cultural, agressiva e desproporcionada, indica que se tocou em um ponto sensível. A percepção da mudança do pêndulo da História, cada vez mais clara e patente, gerou a estratégia clássica de desqualificação da opinião alheia, os cancelamentos e a demonização de quem se atreve a pensar fora dos limites impostos pelo totalitarismo ideológico.

A atual intolerância execra os pensamentos que divergem dos seus “dogmas” e não hesita em mobilizar a “inquisição” de certos setores para achincalhar – sem o menor respeito pelo diálogo – ideias ou posições opostas ao seu dogmatismo. Ao longo da História, um dos principais males da esquerda sempre foi não duvidar de si mesma. Tudo são certezas e dogmas.

O pensamento conservador e liberal – profundo, sério e bem fundamentado – assusta e desestabiliza os detentores de uma hegemonia que começa a experimentar o sabor do ocaso. O conservadorismo busca a primazia do indivíduo, da liberdade de expressão, da igualdade de condições perante leis e direitos, de uma educação sem doutrinação e a defesa da família.

O jornalismo não pode ficar de costas para o fenômeno conservador. Precisamos entender e dialogar com os valores, ideias e demandas da sociedade. Caso contrário, corremos o risco de perder relevância ao não falar adequadamente de temas e assuntos de interesse dos leitores.

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