Ciclovia - delírio e realidade


Por Redação

Se continuar com pensamentos delirantes, o prefeito Fernando Haddad vai acabar prejudicando uma ideia que em princípio pode ser boa - a da implantação de ciclovias -, se considerada dentro de seus limites, que são muito mais estreitos do que ele propagandeia. A última novidade é o plano de dotar a cidade de 1.500 km dessas vias até 2030. Ou seja, não contente com os polêmicos 400 km que promete entregar até o fim de seu mandato, ele já quer constranger seus sucessores a seguir o mesmo caminho.A proposta, incluída no Plano Municipal de Mobilidade Urbana, deve ser submetida a debate com representantes da sociedade. Os 1.500 km de ciclovias seriam implantados em três etapas - a primeira, de 400 km (a cidade já tem 264 km), até 2016; a segunda até 2024, com mais 400 km; e a terceira até 2030, com o restante. Grande parte da malha viária será afetada. Vias importantes como as Avenidas Ibirapuera, Rebouças, Brasil, 9 de Julho e Rua da Consolação deverão receber faixas exclusivas para bicicletas ao longo de todos os seus trajetos, como mostra reportagem do Estado.Estão previstas também, na primeira etapa, ciclovias em 9 pontes, 6 viadutos, e 5 passarelas, além da construção de 3 ciclopassarelas. Na segunda, elas serão estendidas a mais 2 pontes, 13 viadutos, 11 passarelas e 5 túneis sob linhas de trem e metrô. Isso dá ideia de como e em que medida o sistema viário, pelo qual circulam ônibus, caminhões e carros, será afetado pelo plano do atual governo.Ainda bem que ele ainda está em estudos e, portanto, exposto a críticas e contestações. Além disso, mesmo que venha a ser aprovado com esses traços preocupantes - o que é possível, pois é sabido como os governos petistas sabem manipular o que chamam de representação da sociedade civil -, não há como obrigar o sucessor de Haddad a adotá-lo. O risco é, se ele for reeleito, avançar muito nessa direção.Por isso é preciso desde já alertar a população, mostrando-lhe que pode pagar um preço muito alto pela aventura. Não se trata de rejeitar o incentivo à utilização da bicicleta como meio de transporte e de oferecer condições para que isso possa ser feito da melhor maneira possível. Mas entre isso e apresentar as ciclovias - feitas até agora na base da improvisação, sem nenhum planejamento sério - como uma solução milagrosa, como faz Haddad, vai uma enorme distância.A demagogia, sustentada por uma hábil propaganda, tem sido a principal característica da ação do governo municipal nesse setor. Uma boa prova disso é o fato de as ciclovias terem começado a ser implantadas na região central, que oferece maior visibilidade, e não nos bairros da periferia, onde a utilização da bicicleta como meio de transporte, e não de recreação em fins de semana, é muito maior.Outro ponto essencial, desdenhado até agora, é o peso que a bicicleta pode exercer no sistema de transporte, sabidamente muito menor do que alardeia a Prefeitura. Ela age assim porque sabe que a limitação da bicicleta não justifica nem o estardalhaço que se faz em torno dela, nem os investimentos já feitos ou programados, nem, principalmente, uma intervenção em grande escala - como a proposta no plano ora em estudo - que pode comprometer seriamente o já deficiente sistema viário da cidade.Um especialista em transporte, Horácio Augusto Figueira, adverte com razão que "as ciclovias têm de ser complemento à mobilidade, e não solução". De fato, a capacidade de a bicicleta, como meio de transporte individual, colaborar para a mobilidade numa cidade como São Paulo - e ainda mais tendo em vista sua topografia pouco favorável - é pequena. Não surpreende, por isso, que Figueira tenha acrescentado ser importante a Prefeitura pensar também nos corredores de ônibus.Estes, sim, podem melhorar o serviço de ônibus, aumentando sua velocidade, com reflexo positivo em todo o sistema de transporte coletivo. Mas os corredores, ao contrário das enganadoras ciclovias, estão muito atrasados. Não são vistosos, não dão "ibope".

Se continuar com pensamentos delirantes, o prefeito Fernando Haddad vai acabar prejudicando uma ideia que em princípio pode ser boa - a da implantação de ciclovias -, se considerada dentro de seus limites, que são muito mais estreitos do que ele propagandeia. A última novidade é o plano de dotar a cidade de 1.500 km dessas vias até 2030. Ou seja, não contente com os polêmicos 400 km que promete entregar até o fim de seu mandato, ele já quer constranger seus sucessores a seguir o mesmo caminho.A proposta, incluída no Plano Municipal de Mobilidade Urbana, deve ser submetida a debate com representantes da sociedade. Os 1.500 km de ciclovias seriam implantados em três etapas - a primeira, de 400 km (a cidade já tem 264 km), até 2016; a segunda até 2024, com mais 400 km; e a terceira até 2030, com o restante. Grande parte da malha viária será afetada. Vias importantes como as Avenidas Ibirapuera, Rebouças, Brasil, 9 de Julho e Rua da Consolação deverão receber faixas exclusivas para bicicletas ao longo de todos os seus trajetos, como mostra reportagem do Estado.Estão previstas também, na primeira etapa, ciclovias em 9 pontes, 6 viadutos, e 5 passarelas, além da construção de 3 ciclopassarelas. Na segunda, elas serão estendidas a mais 2 pontes, 13 viadutos, 11 passarelas e 5 túneis sob linhas de trem e metrô. Isso dá ideia de como e em que medida o sistema viário, pelo qual circulam ônibus, caminhões e carros, será afetado pelo plano do atual governo.Ainda bem que ele ainda está em estudos e, portanto, exposto a críticas e contestações. Além disso, mesmo que venha a ser aprovado com esses traços preocupantes - o que é possível, pois é sabido como os governos petistas sabem manipular o que chamam de representação da sociedade civil -, não há como obrigar o sucessor de Haddad a adotá-lo. O risco é, se ele for reeleito, avançar muito nessa direção.Por isso é preciso desde já alertar a população, mostrando-lhe que pode pagar um preço muito alto pela aventura. Não se trata de rejeitar o incentivo à utilização da bicicleta como meio de transporte e de oferecer condições para que isso possa ser feito da melhor maneira possível. Mas entre isso e apresentar as ciclovias - feitas até agora na base da improvisação, sem nenhum planejamento sério - como uma solução milagrosa, como faz Haddad, vai uma enorme distância.A demagogia, sustentada por uma hábil propaganda, tem sido a principal característica da ação do governo municipal nesse setor. Uma boa prova disso é o fato de as ciclovias terem começado a ser implantadas na região central, que oferece maior visibilidade, e não nos bairros da periferia, onde a utilização da bicicleta como meio de transporte, e não de recreação em fins de semana, é muito maior.Outro ponto essencial, desdenhado até agora, é o peso que a bicicleta pode exercer no sistema de transporte, sabidamente muito menor do que alardeia a Prefeitura. Ela age assim porque sabe que a limitação da bicicleta não justifica nem o estardalhaço que se faz em torno dela, nem os investimentos já feitos ou programados, nem, principalmente, uma intervenção em grande escala - como a proposta no plano ora em estudo - que pode comprometer seriamente o já deficiente sistema viário da cidade.Um especialista em transporte, Horácio Augusto Figueira, adverte com razão que "as ciclovias têm de ser complemento à mobilidade, e não solução". De fato, a capacidade de a bicicleta, como meio de transporte individual, colaborar para a mobilidade numa cidade como São Paulo - e ainda mais tendo em vista sua topografia pouco favorável - é pequena. Não surpreende, por isso, que Figueira tenha acrescentado ser importante a Prefeitura pensar também nos corredores de ônibus.Estes, sim, podem melhorar o serviço de ônibus, aumentando sua velocidade, com reflexo positivo em todo o sistema de transporte coletivo. Mas os corredores, ao contrário das enganadoras ciclovias, estão muito atrasados. Não são vistosos, não dão "ibope".

Se continuar com pensamentos delirantes, o prefeito Fernando Haddad vai acabar prejudicando uma ideia que em princípio pode ser boa - a da implantação de ciclovias -, se considerada dentro de seus limites, que são muito mais estreitos do que ele propagandeia. A última novidade é o plano de dotar a cidade de 1.500 km dessas vias até 2030. Ou seja, não contente com os polêmicos 400 km que promete entregar até o fim de seu mandato, ele já quer constranger seus sucessores a seguir o mesmo caminho.A proposta, incluída no Plano Municipal de Mobilidade Urbana, deve ser submetida a debate com representantes da sociedade. Os 1.500 km de ciclovias seriam implantados em três etapas - a primeira, de 400 km (a cidade já tem 264 km), até 2016; a segunda até 2024, com mais 400 km; e a terceira até 2030, com o restante. Grande parte da malha viária será afetada. Vias importantes como as Avenidas Ibirapuera, Rebouças, Brasil, 9 de Julho e Rua da Consolação deverão receber faixas exclusivas para bicicletas ao longo de todos os seus trajetos, como mostra reportagem do Estado.Estão previstas também, na primeira etapa, ciclovias em 9 pontes, 6 viadutos, e 5 passarelas, além da construção de 3 ciclopassarelas. Na segunda, elas serão estendidas a mais 2 pontes, 13 viadutos, 11 passarelas e 5 túneis sob linhas de trem e metrô. Isso dá ideia de como e em que medida o sistema viário, pelo qual circulam ônibus, caminhões e carros, será afetado pelo plano do atual governo.Ainda bem que ele ainda está em estudos e, portanto, exposto a críticas e contestações. Além disso, mesmo que venha a ser aprovado com esses traços preocupantes - o que é possível, pois é sabido como os governos petistas sabem manipular o que chamam de representação da sociedade civil -, não há como obrigar o sucessor de Haddad a adotá-lo. O risco é, se ele for reeleito, avançar muito nessa direção.Por isso é preciso desde já alertar a população, mostrando-lhe que pode pagar um preço muito alto pela aventura. Não se trata de rejeitar o incentivo à utilização da bicicleta como meio de transporte e de oferecer condições para que isso possa ser feito da melhor maneira possível. Mas entre isso e apresentar as ciclovias - feitas até agora na base da improvisação, sem nenhum planejamento sério - como uma solução milagrosa, como faz Haddad, vai uma enorme distância.A demagogia, sustentada por uma hábil propaganda, tem sido a principal característica da ação do governo municipal nesse setor. Uma boa prova disso é o fato de as ciclovias terem começado a ser implantadas na região central, que oferece maior visibilidade, e não nos bairros da periferia, onde a utilização da bicicleta como meio de transporte, e não de recreação em fins de semana, é muito maior.Outro ponto essencial, desdenhado até agora, é o peso que a bicicleta pode exercer no sistema de transporte, sabidamente muito menor do que alardeia a Prefeitura. Ela age assim porque sabe que a limitação da bicicleta não justifica nem o estardalhaço que se faz em torno dela, nem os investimentos já feitos ou programados, nem, principalmente, uma intervenção em grande escala - como a proposta no plano ora em estudo - que pode comprometer seriamente o já deficiente sistema viário da cidade.Um especialista em transporte, Horácio Augusto Figueira, adverte com razão que "as ciclovias têm de ser complemento à mobilidade, e não solução". De fato, a capacidade de a bicicleta, como meio de transporte individual, colaborar para a mobilidade numa cidade como São Paulo - e ainda mais tendo em vista sua topografia pouco favorável - é pequena. Não surpreende, por isso, que Figueira tenha acrescentado ser importante a Prefeitura pensar também nos corredores de ônibus.Estes, sim, podem melhorar o serviço de ônibus, aumentando sua velocidade, com reflexo positivo em todo o sistema de transporte coletivo. Mas os corredores, ao contrário das enganadoras ciclovias, estão muito atrasados. Não são vistosos, não dão "ibope".

Se continuar com pensamentos delirantes, o prefeito Fernando Haddad vai acabar prejudicando uma ideia que em princípio pode ser boa - a da implantação de ciclovias -, se considerada dentro de seus limites, que são muito mais estreitos do que ele propagandeia. A última novidade é o plano de dotar a cidade de 1.500 km dessas vias até 2030. Ou seja, não contente com os polêmicos 400 km que promete entregar até o fim de seu mandato, ele já quer constranger seus sucessores a seguir o mesmo caminho.A proposta, incluída no Plano Municipal de Mobilidade Urbana, deve ser submetida a debate com representantes da sociedade. Os 1.500 km de ciclovias seriam implantados em três etapas - a primeira, de 400 km (a cidade já tem 264 km), até 2016; a segunda até 2024, com mais 400 km; e a terceira até 2030, com o restante. Grande parte da malha viária será afetada. Vias importantes como as Avenidas Ibirapuera, Rebouças, Brasil, 9 de Julho e Rua da Consolação deverão receber faixas exclusivas para bicicletas ao longo de todos os seus trajetos, como mostra reportagem do Estado.Estão previstas também, na primeira etapa, ciclovias em 9 pontes, 6 viadutos, e 5 passarelas, além da construção de 3 ciclopassarelas. Na segunda, elas serão estendidas a mais 2 pontes, 13 viadutos, 11 passarelas e 5 túneis sob linhas de trem e metrô. Isso dá ideia de como e em que medida o sistema viário, pelo qual circulam ônibus, caminhões e carros, será afetado pelo plano do atual governo.Ainda bem que ele ainda está em estudos e, portanto, exposto a críticas e contestações. Além disso, mesmo que venha a ser aprovado com esses traços preocupantes - o que é possível, pois é sabido como os governos petistas sabem manipular o que chamam de representação da sociedade civil -, não há como obrigar o sucessor de Haddad a adotá-lo. O risco é, se ele for reeleito, avançar muito nessa direção.Por isso é preciso desde já alertar a população, mostrando-lhe que pode pagar um preço muito alto pela aventura. Não se trata de rejeitar o incentivo à utilização da bicicleta como meio de transporte e de oferecer condições para que isso possa ser feito da melhor maneira possível. Mas entre isso e apresentar as ciclovias - feitas até agora na base da improvisação, sem nenhum planejamento sério - como uma solução milagrosa, como faz Haddad, vai uma enorme distância.A demagogia, sustentada por uma hábil propaganda, tem sido a principal característica da ação do governo municipal nesse setor. Uma boa prova disso é o fato de as ciclovias terem começado a ser implantadas na região central, que oferece maior visibilidade, e não nos bairros da periferia, onde a utilização da bicicleta como meio de transporte, e não de recreação em fins de semana, é muito maior.Outro ponto essencial, desdenhado até agora, é o peso que a bicicleta pode exercer no sistema de transporte, sabidamente muito menor do que alardeia a Prefeitura. Ela age assim porque sabe que a limitação da bicicleta não justifica nem o estardalhaço que se faz em torno dela, nem os investimentos já feitos ou programados, nem, principalmente, uma intervenção em grande escala - como a proposta no plano ora em estudo - que pode comprometer seriamente o já deficiente sistema viário da cidade.Um especialista em transporte, Horácio Augusto Figueira, adverte com razão que "as ciclovias têm de ser complemento à mobilidade, e não solução". De fato, a capacidade de a bicicleta, como meio de transporte individual, colaborar para a mobilidade numa cidade como São Paulo - e ainda mais tendo em vista sua topografia pouco favorável - é pequena. Não surpreende, por isso, que Figueira tenha acrescentado ser importante a Prefeitura pensar também nos corredores de ônibus.Estes, sim, podem melhorar o serviço de ônibus, aumentando sua velocidade, com reflexo positivo em todo o sistema de transporte coletivo. Mas os corredores, ao contrário das enganadoras ciclovias, estão muito atrasados. Não são vistosos, não dão "ibope".

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