Educação ruim faz mal ao PIB


Ao evidenciar que a baixa aprendizagem dos estudantes impacta negativamente o crescimento econômico, estudo da FGV reforça a urgência da melhoria da qualidade do ensino no País

Por Notas & Informações

A falta de qualidade do ensino, notadamente na educação básica, freia o crescimento econômico e é um entrave para que o Brasil deixe o subdesenvolvimento para trás. Como noticiou o Estadão, um estudo da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV) forneceu números impressionantes a respeito dessa triste realidade. Uma das estimativas, por exemplo, indica que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional ganharia dois pontos porcentuais se os estudantes brasileiros atingissem, aos 15 anos de idade, o mesmo nível médio de aprendizagem dos alunos de países desenvolvidos. Por óbvio, um desafio que não se alcança do dia para a noite. Mas cabe indagar: até quando o País está disposto a abrir mão de tamanha riqueza?

O estudo analisou dezenas de pesquisas dedicadas a investigar as relações entre educação e crescimento econômico, tendo como referência o desempenho dos alunos em avaliações internacionais. A conclusão, claro, foi que tal relação existe e é capaz de gerar um círculo virtuoso, com efeitos positivos inclusive em áreas como saúde e segurança pública. A propósito, países nos quais os estudantes experimentam avanços significativos de aprendizagem tendem a ver crescer suas economias. Foi assim, nas últimas décadas, em Cingapura, Coreia do Sul, Portugal e Polônia. Infelizmente, um salto ainda distante para o Brasil.

Isso fica claro quando se observa o desempenho dos alunos brasileiros no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) − que serviu de fonte para diferentes pesquisas analisadas no estudo da FGV. Ora, o Brasil não só costuma figurar entre os últimos colocados a cada edição do Pisa, aplicado a adolescentes de 15 anos, como a maioria dos alunos brasileiros não alcança sequer o nível básico de desempenho nas provas de Leitura, Matemática e Ciência. Uma lástima.

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Responsável pelo estudo da FGV, o professor André Portela afirmou ao Estadão que um aumento de cerca de 50 pontos na nota brasileira do Pisa, o equivalente à metade do caminho até a média dos países desenvolvidos, já resultaria na elevação anual de 1 ponto porcentual do PIB. Para ilustrar o que isso representa, basta lembrar que o crescimento médio do PIB brasileiro na última década (2011-2020) ficou no irrisório patamar de 0,26% ao ano. Ou seja, um incremento de 1 ponto porcentual equivaleria a quase três vezes mais que a média da última década. Dinheiro para alavancar investimentos e corrigir desigualdades históricas.

O diretor de Conhecimento, Dados e Pesquisa da Fundação Lemann, Daniel De Bonis, fez um diagnóstico certeiro: “O verdadeiro motor da economia não é a taxa de juros, é o capital humano”, disse ele ao Estadão, enfatizando as consequências de longo prazo da baixa aprendizagem nas escolas do País. De fato, a incapacidade do Brasil, até hoje, de ofertar ensino de qualidade em larga escala priva a população de um direito fundamental sem o qual não há saída. Algo que transborda das salas de aula para as demais esferas da sociedade, no campo ou nas cidades, em qualquer ambiente profissional. Em outras palavras, uma falha crônica que condena o País ao atraso.

Como já tivemos a oportunidade de defender neste espaço, o Brasil deve priorizar a oferta de educação básica de qualidade − e para todos. Trata-se da insubstituível formação escolar que se inicia antes mesmo da alfabetização e vai até o ensino médio, alicerce do desenvolvimento pessoal, da formação cidadã e da preparação para o mundo do trabalho. Só assim será possível destravar o potencial de crescimento da nação, superando gargalos econômicos e sociais.

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Governos vêm e vão − e se perdem no imediatismo das suas ambições. Não veem que planos de desenvolvimento nacional precisam envolver as escolas de norte a sul do País, qualificando a formação de professores e oferecendo ensino em tempo integral. Não há milagres nem atalhos: essa é uma agenda que deve unir governantes de todas as cores partidárias, com apoio da sociedade. A miopia do País em relação a algo tão evidente já custou caro demais.

A falta de qualidade do ensino, notadamente na educação básica, freia o crescimento econômico e é um entrave para que o Brasil deixe o subdesenvolvimento para trás. Como noticiou o Estadão, um estudo da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV) forneceu números impressionantes a respeito dessa triste realidade. Uma das estimativas, por exemplo, indica que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional ganharia dois pontos porcentuais se os estudantes brasileiros atingissem, aos 15 anos de idade, o mesmo nível médio de aprendizagem dos alunos de países desenvolvidos. Por óbvio, um desafio que não se alcança do dia para a noite. Mas cabe indagar: até quando o País está disposto a abrir mão de tamanha riqueza?

O estudo analisou dezenas de pesquisas dedicadas a investigar as relações entre educação e crescimento econômico, tendo como referência o desempenho dos alunos em avaliações internacionais. A conclusão, claro, foi que tal relação existe e é capaz de gerar um círculo virtuoso, com efeitos positivos inclusive em áreas como saúde e segurança pública. A propósito, países nos quais os estudantes experimentam avanços significativos de aprendizagem tendem a ver crescer suas economias. Foi assim, nas últimas décadas, em Cingapura, Coreia do Sul, Portugal e Polônia. Infelizmente, um salto ainda distante para o Brasil.

Isso fica claro quando se observa o desempenho dos alunos brasileiros no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) − que serviu de fonte para diferentes pesquisas analisadas no estudo da FGV. Ora, o Brasil não só costuma figurar entre os últimos colocados a cada edição do Pisa, aplicado a adolescentes de 15 anos, como a maioria dos alunos brasileiros não alcança sequer o nível básico de desempenho nas provas de Leitura, Matemática e Ciência. Uma lástima.

Responsável pelo estudo da FGV, o professor André Portela afirmou ao Estadão que um aumento de cerca de 50 pontos na nota brasileira do Pisa, o equivalente à metade do caminho até a média dos países desenvolvidos, já resultaria na elevação anual de 1 ponto porcentual do PIB. Para ilustrar o que isso representa, basta lembrar que o crescimento médio do PIB brasileiro na última década (2011-2020) ficou no irrisório patamar de 0,26% ao ano. Ou seja, um incremento de 1 ponto porcentual equivaleria a quase três vezes mais que a média da última década. Dinheiro para alavancar investimentos e corrigir desigualdades históricas.

O diretor de Conhecimento, Dados e Pesquisa da Fundação Lemann, Daniel De Bonis, fez um diagnóstico certeiro: “O verdadeiro motor da economia não é a taxa de juros, é o capital humano”, disse ele ao Estadão, enfatizando as consequências de longo prazo da baixa aprendizagem nas escolas do País. De fato, a incapacidade do Brasil, até hoje, de ofertar ensino de qualidade em larga escala priva a população de um direito fundamental sem o qual não há saída. Algo que transborda das salas de aula para as demais esferas da sociedade, no campo ou nas cidades, em qualquer ambiente profissional. Em outras palavras, uma falha crônica que condena o País ao atraso.

Como já tivemos a oportunidade de defender neste espaço, o Brasil deve priorizar a oferta de educação básica de qualidade − e para todos. Trata-se da insubstituível formação escolar que se inicia antes mesmo da alfabetização e vai até o ensino médio, alicerce do desenvolvimento pessoal, da formação cidadã e da preparação para o mundo do trabalho. Só assim será possível destravar o potencial de crescimento da nação, superando gargalos econômicos e sociais.

Governos vêm e vão − e se perdem no imediatismo das suas ambições. Não veem que planos de desenvolvimento nacional precisam envolver as escolas de norte a sul do País, qualificando a formação de professores e oferecendo ensino em tempo integral. Não há milagres nem atalhos: essa é uma agenda que deve unir governantes de todas as cores partidárias, com apoio da sociedade. A miopia do País em relação a algo tão evidente já custou caro demais.

A falta de qualidade do ensino, notadamente na educação básica, freia o crescimento econômico e é um entrave para que o Brasil deixe o subdesenvolvimento para trás. Como noticiou o Estadão, um estudo da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV) forneceu números impressionantes a respeito dessa triste realidade. Uma das estimativas, por exemplo, indica que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional ganharia dois pontos porcentuais se os estudantes brasileiros atingissem, aos 15 anos de idade, o mesmo nível médio de aprendizagem dos alunos de países desenvolvidos. Por óbvio, um desafio que não se alcança do dia para a noite. Mas cabe indagar: até quando o País está disposto a abrir mão de tamanha riqueza?

O estudo analisou dezenas de pesquisas dedicadas a investigar as relações entre educação e crescimento econômico, tendo como referência o desempenho dos alunos em avaliações internacionais. A conclusão, claro, foi que tal relação existe e é capaz de gerar um círculo virtuoso, com efeitos positivos inclusive em áreas como saúde e segurança pública. A propósito, países nos quais os estudantes experimentam avanços significativos de aprendizagem tendem a ver crescer suas economias. Foi assim, nas últimas décadas, em Cingapura, Coreia do Sul, Portugal e Polônia. Infelizmente, um salto ainda distante para o Brasil.

Isso fica claro quando se observa o desempenho dos alunos brasileiros no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) − que serviu de fonte para diferentes pesquisas analisadas no estudo da FGV. Ora, o Brasil não só costuma figurar entre os últimos colocados a cada edição do Pisa, aplicado a adolescentes de 15 anos, como a maioria dos alunos brasileiros não alcança sequer o nível básico de desempenho nas provas de Leitura, Matemática e Ciência. Uma lástima.

Responsável pelo estudo da FGV, o professor André Portela afirmou ao Estadão que um aumento de cerca de 50 pontos na nota brasileira do Pisa, o equivalente à metade do caminho até a média dos países desenvolvidos, já resultaria na elevação anual de 1 ponto porcentual do PIB. Para ilustrar o que isso representa, basta lembrar que o crescimento médio do PIB brasileiro na última década (2011-2020) ficou no irrisório patamar de 0,26% ao ano. Ou seja, um incremento de 1 ponto porcentual equivaleria a quase três vezes mais que a média da última década. Dinheiro para alavancar investimentos e corrigir desigualdades históricas.

O diretor de Conhecimento, Dados e Pesquisa da Fundação Lemann, Daniel De Bonis, fez um diagnóstico certeiro: “O verdadeiro motor da economia não é a taxa de juros, é o capital humano”, disse ele ao Estadão, enfatizando as consequências de longo prazo da baixa aprendizagem nas escolas do País. De fato, a incapacidade do Brasil, até hoje, de ofertar ensino de qualidade em larga escala priva a população de um direito fundamental sem o qual não há saída. Algo que transborda das salas de aula para as demais esferas da sociedade, no campo ou nas cidades, em qualquer ambiente profissional. Em outras palavras, uma falha crônica que condena o País ao atraso.

Como já tivemos a oportunidade de defender neste espaço, o Brasil deve priorizar a oferta de educação básica de qualidade − e para todos. Trata-se da insubstituível formação escolar que se inicia antes mesmo da alfabetização e vai até o ensino médio, alicerce do desenvolvimento pessoal, da formação cidadã e da preparação para o mundo do trabalho. Só assim será possível destravar o potencial de crescimento da nação, superando gargalos econômicos e sociais.

Governos vêm e vão − e se perdem no imediatismo das suas ambições. Não veem que planos de desenvolvimento nacional precisam envolver as escolas de norte a sul do País, qualificando a formação de professores e oferecendo ensino em tempo integral. Não há milagres nem atalhos: essa é uma agenda que deve unir governantes de todas as cores partidárias, com apoio da sociedade. A miopia do País em relação a algo tão evidente já custou caro demais.

A falta de qualidade do ensino, notadamente na educação básica, freia o crescimento econômico e é um entrave para que o Brasil deixe o subdesenvolvimento para trás. Como noticiou o Estadão, um estudo da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV) forneceu números impressionantes a respeito dessa triste realidade. Uma das estimativas, por exemplo, indica que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional ganharia dois pontos porcentuais se os estudantes brasileiros atingissem, aos 15 anos de idade, o mesmo nível médio de aprendizagem dos alunos de países desenvolvidos. Por óbvio, um desafio que não se alcança do dia para a noite. Mas cabe indagar: até quando o País está disposto a abrir mão de tamanha riqueza?

O estudo analisou dezenas de pesquisas dedicadas a investigar as relações entre educação e crescimento econômico, tendo como referência o desempenho dos alunos em avaliações internacionais. A conclusão, claro, foi que tal relação existe e é capaz de gerar um círculo virtuoso, com efeitos positivos inclusive em áreas como saúde e segurança pública. A propósito, países nos quais os estudantes experimentam avanços significativos de aprendizagem tendem a ver crescer suas economias. Foi assim, nas últimas décadas, em Cingapura, Coreia do Sul, Portugal e Polônia. Infelizmente, um salto ainda distante para o Brasil.

Isso fica claro quando se observa o desempenho dos alunos brasileiros no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) − que serviu de fonte para diferentes pesquisas analisadas no estudo da FGV. Ora, o Brasil não só costuma figurar entre os últimos colocados a cada edição do Pisa, aplicado a adolescentes de 15 anos, como a maioria dos alunos brasileiros não alcança sequer o nível básico de desempenho nas provas de Leitura, Matemática e Ciência. Uma lástima.

Responsável pelo estudo da FGV, o professor André Portela afirmou ao Estadão que um aumento de cerca de 50 pontos na nota brasileira do Pisa, o equivalente à metade do caminho até a média dos países desenvolvidos, já resultaria na elevação anual de 1 ponto porcentual do PIB. Para ilustrar o que isso representa, basta lembrar que o crescimento médio do PIB brasileiro na última década (2011-2020) ficou no irrisório patamar de 0,26% ao ano. Ou seja, um incremento de 1 ponto porcentual equivaleria a quase três vezes mais que a média da última década. Dinheiro para alavancar investimentos e corrigir desigualdades históricas.

O diretor de Conhecimento, Dados e Pesquisa da Fundação Lemann, Daniel De Bonis, fez um diagnóstico certeiro: “O verdadeiro motor da economia não é a taxa de juros, é o capital humano”, disse ele ao Estadão, enfatizando as consequências de longo prazo da baixa aprendizagem nas escolas do País. De fato, a incapacidade do Brasil, até hoje, de ofertar ensino de qualidade em larga escala priva a população de um direito fundamental sem o qual não há saída. Algo que transborda das salas de aula para as demais esferas da sociedade, no campo ou nas cidades, em qualquer ambiente profissional. Em outras palavras, uma falha crônica que condena o País ao atraso.

Como já tivemos a oportunidade de defender neste espaço, o Brasil deve priorizar a oferta de educação básica de qualidade − e para todos. Trata-se da insubstituível formação escolar que se inicia antes mesmo da alfabetização e vai até o ensino médio, alicerce do desenvolvimento pessoal, da formação cidadã e da preparação para o mundo do trabalho. Só assim será possível destravar o potencial de crescimento da nação, superando gargalos econômicos e sociais.

Governos vêm e vão − e se perdem no imediatismo das suas ambições. Não veem que planos de desenvolvimento nacional precisam envolver as escolas de norte a sul do País, qualificando a formação de professores e oferecendo ensino em tempo integral. Não há milagres nem atalhos: essa é uma agenda que deve unir governantes de todas as cores partidárias, com apoio da sociedade. A miopia do País em relação a algo tão evidente já custou caro demais.

A falta de qualidade do ensino, notadamente na educação básica, freia o crescimento econômico e é um entrave para que o Brasil deixe o subdesenvolvimento para trás. Como noticiou o Estadão, um estudo da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV) forneceu números impressionantes a respeito dessa triste realidade. Uma das estimativas, por exemplo, indica que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional ganharia dois pontos porcentuais se os estudantes brasileiros atingissem, aos 15 anos de idade, o mesmo nível médio de aprendizagem dos alunos de países desenvolvidos. Por óbvio, um desafio que não se alcança do dia para a noite. Mas cabe indagar: até quando o País está disposto a abrir mão de tamanha riqueza?

O estudo analisou dezenas de pesquisas dedicadas a investigar as relações entre educação e crescimento econômico, tendo como referência o desempenho dos alunos em avaliações internacionais. A conclusão, claro, foi que tal relação existe e é capaz de gerar um círculo virtuoso, com efeitos positivos inclusive em áreas como saúde e segurança pública. A propósito, países nos quais os estudantes experimentam avanços significativos de aprendizagem tendem a ver crescer suas economias. Foi assim, nas últimas décadas, em Cingapura, Coreia do Sul, Portugal e Polônia. Infelizmente, um salto ainda distante para o Brasil.

Isso fica claro quando se observa o desempenho dos alunos brasileiros no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) − que serviu de fonte para diferentes pesquisas analisadas no estudo da FGV. Ora, o Brasil não só costuma figurar entre os últimos colocados a cada edição do Pisa, aplicado a adolescentes de 15 anos, como a maioria dos alunos brasileiros não alcança sequer o nível básico de desempenho nas provas de Leitura, Matemática e Ciência. Uma lástima.

Responsável pelo estudo da FGV, o professor André Portela afirmou ao Estadão que um aumento de cerca de 50 pontos na nota brasileira do Pisa, o equivalente à metade do caminho até a média dos países desenvolvidos, já resultaria na elevação anual de 1 ponto porcentual do PIB. Para ilustrar o que isso representa, basta lembrar que o crescimento médio do PIB brasileiro na última década (2011-2020) ficou no irrisório patamar de 0,26% ao ano. Ou seja, um incremento de 1 ponto porcentual equivaleria a quase três vezes mais que a média da última década. Dinheiro para alavancar investimentos e corrigir desigualdades históricas.

O diretor de Conhecimento, Dados e Pesquisa da Fundação Lemann, Daniel De Bonis, fez um diagnóstico certeiro: “O verdadeiro motor da economia não é a taxa de juros, é o capital humano”, disse ele ao Estadão, enfatizando as consequências de longo prazo da baixa aprendizagem nas escolas do País. De fato, a incapacidade do Brasil, até hoje, de ofertar ensino de qualidade em larga escala priva a população de um direito fundamental sem o qual não há saída. Algo que transborda das salas de aula para as demais esferas da sociedade, no campo ou nas cidades, em qualquer ambiente profissional. Em outras palavras, uma falha crônica que condena o País ao atraso.

Como já tivemos a oportunidade de defender neste espaço, o Brasil deve priorizar a oferta de educação básica de qualidade − e para todos. Trata-se da insubstituível formação escolar que se inicia antes mesmo da alfabetização e vai até o ensino médio, alicerce do desenvolvimento pessoal, da formação cidadã e da preparação para o mundo do trabalho. Só assim será possível destravar o potencial de crescimento da nação, superando gargalos econômicos e sociais.

Governos vêm e vão − e se perdem no imediatismo das suas ambições. Não veem que planos de desenvolvimento nacional precisam envolver as escolas de norte a sul do País, qualificando a formação de professores e oferecendo ensino em tempo integral. Não há milagres nem atalhos: essa é uma agenda que deve unir governantes de todas as cores partidárias, com apoio da sociedade. A miopia do País em relação a algo tão evidente já custou caro demais.

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