Opinião|A roupa e a luta – a estética dos movimentos políticos


Não só o belo, mas o feio, o monstruoso, o grotesco também encantam e fascinam

Por Leones Nunes e Bradson Camelo

“Nulla Ethica Sine Aesthetica” é o dístico do Conservatório Musical Rainha Sofia, em Madri, insculpido em letras enormes em sua fachada, para que nenhum aluno ou professor esqueça a lição básica: toda ética tem uma estética.

E quando se fala em estética, não é só o belo que cativa e conquista. Do contrário, como é que as pessoas se encantam por movimentos políticos de visual tão grotesco e bizarro como o que vimos em Washington, no início deste 2021, e tantas outras mobilizações antidemocráticas anteriores? Não resta dúvida: o feio, o monstruoso, o grotesco também encantam e fascinam.

Não é novidade que a brutalidade tem a sua estética, traço que certo grupo admira, cultiva e copia. Na invasão do Capitólio, essa padronização estética estava lá. Um novo código visual associado à vilania política.

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O bisão do Village People que invadiu o Capitólio não foi caso isolado na política internacional contemporânea. Mesmo um movimento com bases religiosas e ares de guerra santa como o Estado Islâmico lança mão de uma identidade visual. Basta uma breve pesquisa por imagens do movimento e se verifica que eles, de fato, criaram uma imagem própria.

Nem de longe a padronização estético-política foi uma criação do Estado Islâmico nem sequer dos fenômenos totalitários do século 20. Teóricos da moda são unânimes em apontar que a roupa é uma poderosa ferramenta de identidade, linguagem e persuasão.

O fascismo originado na Itália tinha ainda como pano de fundo de seu cenário a beleza das cidades e vilas italianas, fruto do trabalho de séculos de uma nação de artistas. Na Alemanha fascista, a grandiosidade da loucura encontrou-se com possibilidades estéticas tão surpreendentes que apenas a monstruosidade do nazismo foi capaz de jogar para as sombras algumas dessas realizações, tais como o apuro técnico fundado pela cineasta Leni Riefenstahl na direção das filmagens da Olimpíada de Berlim em 1936 ou a chamada Catedral de Luz, projetada e realizada pelo arquiteto Albert Speer por ocasião da reunião partidária de Nuremberg no mesmo ano, alcançada em beleza recentemente com a utilização dos lasers nas apresentações do DJ brasileiro Alok em plena pandemia de 2020.

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A estética da política em geral sempre provoca curiosidade pelo tanto que exprime sem falar. Os exemplos estéticos mencionados acima têm um traço comum, são fruto do pensamento de líderes políticos e seus seguidores com intuito político claro: o poder, a conquista do poder, a manutenção do poder, a sedução de mais correligionários, mais adeptos, mais simpatizantes, que mesmo que eventualmente não compreendam a inteireza da ideologia política e suas consequências são atraídos pela estética, que consolida uma identidade, torna viável o sentimento de pertencimento ao grupo a que aderem, fortalecendo-o.

Essa adesão pela estética cria uma externalidade em rede (ou onda social) que faz a mobilização crescer e divulgar ainda mais aquela imagem de “beleza”. É o mesmo fenômeno que acontece com uma marca (como a Apple) que cria uma identidade entre seus consumidores.

Sobre o mesmo tema, outro aspecto advém da observação de comportamentos de massas humanas sem o comando direto de um líder, como os que ocorrem com as procissões, manifestações de multidões, marchas cívicas, mais marcadas pela voluntariedade do que pela obrigatoriedade.

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A estética das manifestações políticas de massa com adesão espontânea é um código revelador de informações importantíssimas sobre a realidade de cada tempo e lugar afeito às consequências dessa manifestação.

Em 6 de janeiro de 2021 o mundo assistiu a um movimento contra o resultado da eleição americana, com invasão do Congresso por uma multidão de pessoas defensoras da retórica populista do ainda presidente Donald Trump, com a ilusão de que seriam capazes de alterar o resultado da eleição presidencial que seria declarado na sessão congressual, atestando a vitória do opositor democrata, Joe Biden.

Qual a estética desse movimento? Será que ele é capaz de atrair mais adesão de republicanos e do eleitor americano médio? As imagens desse episódio correram o mundo instantaneamente, fazendo referência ao Ku Klux Klan, a fantasias de bisão, violação do Parlamento, etc.

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Há uma estética latente demonstrada pela adesão voluntária de pessoas partidárias do presidente Trump. Essa estética se reflete no código de vestimenta, na indumentária, nas bandeiras e nos objetos que escolheram portar, expor, usar.

Essa estética é plenamente passível de interpretação, de decodificação, e revela o conjunto de ideias que impregna os adeptos do movimento. Pela tradição conservadora do Partido Republicano e do eleitor médio dos Estados Unidos, a estética da manifestação (não os motivos) tende a afastar a adesão daqueles citados, provocando uma frustração da causa e perda de poder do presidente Trump dentro do Partido Republicano.

RESPECTIVAMENTE, ADVOGADO E PROFESSOR; E PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS E PESQUISADOR NA UNIVERSIDADE DE CHICAGO (EUA)

“Nulla Ethica Sine Aesthetica” é o dístico do Conservatório Musical Rainha Sofia, em Madri, insculpido em letras enormes em sua fachada, para que nenhum aluno ou professor esqueça a lição básica: toda ética tem uma estética.

E quando se fala em estética, não é só o belo que cativa e conquista. Do contrário, como é que as pessoas se encantam por movimentos políticos de visual tão grotesco e bizarro como o que vimos em Washington, no início deste 2021, e tantas outras mobilizações antidemocráticas anteriores? Não resta dúvida: o feio, o monstruoso, o grotesco também encantam e fascinam.

Não é novidade que a brutalidade tem a sua estética, traço que certo grupo admira, cultiva e copia. Na invasão do Capitólio, essa padronização estética estava lá. Um novo código visual associado à vilania política.

O bisão do Village People que invadiu o Capitólio não foi caso isolado na política internacional contemporânea. Mesmo um movimento com bases religiosas e ares de guerra santa como o Estado Islâmico lança mão de uma identidade visual. Basta uma breve pesquisa por imagens do movimento e se verifica que eles, de fato, criaram uma imagem própria.

Nem de longe a padronização estético-política foi uma criação do Estado Islâmico nem sequer dos fenômenos totalitários do século 20. Teóricos da moda são unânimes em apontar que a roupa é uma poderosa ferramenta de identidade, linguagem e persuasão.

O fascismo originado na Itália tinha ainda como pano de fundo de seu cenário a beleza das cidades e vilas italianas, fruto do trabalho de séculos de uma nação de artistas. Na Alemanha fascista, a grandiosidade da loucura encontrou-se com possibilidades estéticas tão surpreendentes que apenas a monstruosidade do nazismo foi capaz de jogar para as sombras algumas dessas realizações, tais como o apuro técnico fundado pela cineasta Leni Riefenstahl na direção das filmagens da Olimpíada de Berlim em 1936 ou a chamada Catedral de Luz, projetada e realizada pelo arquiteto Albert Speer por ocasião da reunião partidária de Nuremberg no mesmo ano, alcançada em beleza recentemente com a utilização dos lasers nas apresentações do DJ brasileiro Alok em plena pandemia de 2020.

A estética da política em geral sempre provoca curiosidade pelo tanto que exprime sem falar. Os exemplos estéticos mencionados acima têm um traço comum, são fruto do pensamento de líderes políticos e seus seguidores com intuito político claro: o poder, a conquista do poder, a manutenção do poder, a sedução de mais correligionários, mais adeptos, mais simpatizantes, que mesmo que eventualmente não compreendam a inteireza da ideologia política e suas consequências são atraídos pela estética, que consolida uma identidade, torna viável o sentimento de pertencimento ao grupo a que aderem, fortalecendo-o.

Essa adesão pela estética cria uma externalidade em rede (ou onda social) que faz a mobilização crescer e divulgar ainda mais aquela imagem de “beleza”. É o mesmo fenômeno que acontece com uma marca (como a Apple) que cria uma identidade entre seus consumidores.

Sobre o mesmo tema, outro aspecto advém da observação de comportamentos de massas humanas sem o comando direto de um líder, como os que ocorrem com as procissões, manifestações de multidões, marchas cívicas, mais marcadas pela voluntariedade do que pela obrigatoriedade.

A estética das manifestações políticas de massa com adesão espontânea é um código revelador de informações importantíssimas sobre a realidade de cada tempo e lugar afeito às consequências dessa manifestação.

Em 6 de janeiro de 2021 o mundo assistiu a um movimento contra o resultado da eleição americana, com invasão do Congresso por uma multidão de pessoas defensoras da retórica populista do ainda presidente Donald Trump, com a ilusão de que seriam capazes de alterar o resultado da eleição presidencial que seria declarado na sessão congressual, atestando a vitória do opositor democrata, Joe Biden.

Qual a estética desse movimento? Será que ele é capaz de atrair mais adesão de republicanos e do eleitor americano médio? As imagens desse episódio correram o mundo instantaneamente, fazendo referência ao Ku Klux Klan, a fantasias de bisão, violação do Parlamento, etc.

Há uma estética latente demonstrada pela adesão voluntária de pessoas partidárias do presidente Trump. Essa estética se reflete no código de vestimenta, na indumentária, nas bandeiras e nos objetos que escolheram portar, expor, usar.

Essa estética é plenamente passível de interpretação, de decodificação, e revela o conjunto de ideias que impregna os adeptos do movimento. Pela tradição conservadora do Partido Republicano e do eleitor médio dos Estados Unidos, a estética da manifestação (não os motivos) tende a afastar a adesão daqueles citados, provocando uma frustração da causa e perda de poder do presidente Trump dentro do Partido Republicano.

RESPECTIVAMENTE, ADVOGADO E PROFESSOR; E PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS E PESQUISADOR NA UNIVERSIDADE DE CHICAGO (EUA)

“Nulla Ethica Sine Aesthetica” é o dístico do Conservatório Musical Rainha Sofia, em Madri, insculpido em letras enormes em sua fachada, para que nenhum aluno ou professor esqueça a lição básica: toda ética tem uma estética.

E quando se fala em estética, não é só o belo que cativa e conquista. Do contrário, como é que as pessoas se encantam por movimentos políticos de visual tão grotesco e bizarro como o que vimos em Washington, no início deste 2021, e tantas outras mobilizações antidemocráticas anteriores? Não resta dúvida: o feio, o monstruoso, o grotesco também encantam e fascinam.

Não é novidade que a brutalidade tem a sua estética, traço que certo grupo admira, cultiva e copia. Na invasão do Capitólio, essa padronização estética estava lá. Um novo código visual associado à vilania política.

O bisão do Village People que invadiu o Capitólio não foi caso isolado na política internacional contemporânea. Mesmo um movimento com bases religiosas e ares de guerra santa como o Estado Islâmico lança mão de uma identidade visual. Basta uma breve pesquisa por imagens do movimento e se verifica que eles, de fato, criaram uma imagem própria.

Nem de longe a padronização estético-política foi uma criação do Estado Islâmico nem sequer dos fenômenos totalitários do século 20. Teóricos da moda são unânimes em apontar que a roupa é uma poderosa ferramenta de identidade, linguagem e persuasão.

O fascismo originado na Itália tinha ainda como pano de fundo de seu cenário a beleza das cidades e vilas italianas, fruto do trabalho de séculos de uma nação de artistas. Na Alemanha fascista, a grandiosidade da loucura encontrou-se com possibilidades estéticas tão surpreendentes que apenas a monstruosidade do nazismo foi capaz de jogar para as sombras algumas dessas realizações, tais como o apuro técnico fundado pela cineasta Leni Riefenstahl na direção das filmagens da Olimpíada de Berlim em 1936 ou a chamada Catedral de Luz, projetada e realizada pelo arquiteto Albert Speer por ocasião da reunião partidária de Nuremberg no mesmo ano, alcançada em beleza recentemente com a utilização dos lasers nas apresentações do DJ brasileiro Alok em plena pandemia de 2020.

A estética da política em geral sempre provoca curiosidade pelo tanto que exprime sem falar. Os exemplos estéticos mencionados acima têm um traço comum, são fruto do pensamento de líderes políticos e seus seguidores com intuito político claro: o poder, a conquista do poder, a manutenção do poder, a sedução de mais correligionários, mais adeptos, mais simpatizantes, que mesmo que eventualmente não compreendam a inteireza da ideologia política e suas consequências são atraídos pela estética, que consolida uma identidade, torna viável o sentimento de pertencimento ao grupo a que aderem, fortalecendo-o.

Essa adesão pela estética cria uma externalidade em rede (ou onda social) que faz a mobilização crescer e divulgar ainda mais aquela imagem de “beleza”. É o mesmo fenômeno que acontece com uma marca (como a Apple) que cria uma identidade entre seus consumidores.

Sobre o mesmo tema, outro aspecto advém da observação de comportamentos de massas humanas sem o comando direto de um líder, como os que ocorrem com as procissões, manifestações de multidões, marchas cívicas, mais marcadas pela voluntariedade do que pela obrigatoriedade.

A estética das manifestações políticas de massa com adesão espontânea é um código revelador de informações importantíssimas sobre a realidade de cada tempo e lugar afeito às consequências dessa manifestação.

Em 6 de janeiro de 2021 o mundo assistiu a um movimento contra o resultado da eleição americana, com invasão do Congresso por uma multidão de pessoas defensoras da retórica populista do ainda presidente Donald Trump, com a ilusão de que seriam capazes de alterar o resultado da eleição presidencial que seria declarado na sessão congressual, atestando a vitória do opositor democrata, Joe Biden.

Qual a estética desse movimento? Será que ele é capaz de atrair mais adesão de republicanos e do eleitor americano médio? As imagens desse episódio correram o mundo instantaneamente, fazendo referência ao Ku Klux Klan, a fantasias de bisão, violação do Parlamento, etc.

Há uma estética latente demonstrada pela adesão voluntária de pessoas partidárias do presidente Trump. Essa estética se reflete no código de vestimenta, na indumentária, nas bandeiras e nos objetos que escolheram portar, expor, usar.

Essa estética é plenamente passível de interpretação, de decodificação, e revela o conjunto de ideias que impregna os adeptos do movimento. Pela tradição conservadora do Partido Republicano e do eleitor médio dos Estados Unidos, a estética da manifestação (não os motivos) tende a afastar a adesão daqueles citados, provocando uma frustração da causa e perda de poder do presidente Trump dentro do Partido Republicano.

RESPECTIVAMENTE, ADVOGADO E PROFESSOR; E PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS E PESQUISADOR NA UNIVERSIDADE DE CHICAGO (EUA)

“Nulla Ethica Sine Aesthetica” é o dístico do Conservatório Musical Rainha Sofia, em Madri, insculpido em letras enormes em sua fachada, para que nenhum aluno ou professor esqueça a lição básica: toda ética tem uma estética.

E quando se fala em estética, não é só o belo que cativa e conquista. Do contrário, como é que as pessoas se encantam por movimentos políticos de visual tão grotesco e bizarro como o que vimos em Washington, no início deste 2021, e tantas outras mobilizações antidemocráticas anteriores? Não resta dúvida: o feio, o monstruoso, o grotesco também encantam e fascinam.

Não é novidade que a brutalidade tem a sua estética, traço que certo grupo admira, cultiva e copia. Na invasão do Capitólio, essa padronização estética estava lá. Um novo código visual associado à vilania política.

O bisão do Village People que invadiu o Capitólio não foi caso isolado na política internacional contemporânea. Mesmo um movimento com bases religiosas e ares de guerra santa como o Estado Islâmico lança mão de uma identidade visual. Basta uma breve pesquisa por imagens do movimento e se verifica que eles, de fato, criaram uma imagem própria.

Nem de longe a padronização estético-política foi uma criação do Estado Islâmico nem sequer dos fenômenos totalitários do século 20. Teóricos da moda são unânimes em apontar que a roupa é uma poderosa ferramenta de identidade, linguagem e persuasão.

O fascismo originado na Itália tinha ainda como pano de fundo de seu cenário a beleza das cidades e vilas italianas, fruto do trabalho de séculos de uma nação de artistas. Na Alemanha fascista, a grandiosidade da loucura encontrou-se com possibilidades estéticas tão surpreendentes que apenas a monstruosidade do nazismo foi capaz de jogar para as sombras algumas dessas realizações, tais como o apuro técnico fundado pela cineasta Leni Riefenstahl na direção das filmagens da Olimpíada de Berlim em 1936 ou a chamada Catedral de Luz, projetada e realizada pelo arquiteto Albert Speer por ocasião da reunião partidária de Nuremberg no mesmo ano, alcançada em beleza recentemente com a utilização dos lasers nas apresentações do DJ brasileiro Alok em plena pandemia de 2020.

A estética da política em geral sempre provoca curiosidade pelo tanto que exprime sem falar. Os exemplos estéticos mencionados acima têm um traço comum, são fruto do pensamento de líderes políticos e seus seguidores com intuito político claro: o poder, a conquista do poder, a manutenção do poder, a sedução de mais correligionários, mais adeptos, mais simpatizantes, que mesmo que eventualmente não compreendam a inteireza da ideologia política e suas consequências são atraídos pela estética, que consolida uma identidade, torna viável o sentimento de pertencimento ao grupo a que aderem, fortalecendo-o.

Essa adesão pela estética cria uma externalidade em rede (ou onda social) que faz a mobilização crescer e divulgar ainda mais aquela imagem de “beleza”. É o mesmo fenômeno que acontece com uma marca (como a Apple) que cria uma identidade entre seus consumidores.

Sobre o mesmo tema, outro aspecto advém da observação de comportamentos de massas humanas sem o comando direto de um líder, como os que ocorrem com as procissões, manifestações de multidões, marchas cívicas, mais marcadas pela voluntariedade do que pela obrigatoriedade.

A estética das manifestações políticas de massa com adesão espontânea é um código revelador de informações importantíssimas sobre a realidade de cada tempo e lugar afeito às consequências dessa manifestação.

Em 6 de janeiro de 2021 o mundo assistiu a um movimento contra o resultado da eleição americana, com invasão do Congresso por uma multidão de pessoas defensoras da retórica populista do ainda presidente Donald Trump, com a ilusão de que seriam capazes de alterar o resultado da eleição presidencial que seria declarado na sessão congressual, atestando a vitória do opositor democrata, Joe Biden.

Qual a estética desse movimento? Será que ele é capaz de atrair mais adesão de republicanos e do eleitor americano médio? As imagens desse episódio correram o mundo instantaneamente, fazendo referência ao Ku Klux Klan, a fantasias de bisão, violação do Parlamento, etc.

Há uma estética latente demonstrada pela adesão voluntária de pessoas partidárias do presidente Trump. Essa estética se reflete no código de vestimenta, na indumentária, nas bandeiras e nos objetos que escolheram portar, expor, usar.

Essa estética é plenamente passível de interpretação, de decodificação, e revela o conjunto de ideias que impregna os adeptos do movimento. Pela tradição conservadora do Partido Republicano e do eleitor médio dos Estados Unidos, a estética da manifestação (não os motivos) tende a afastar a adesão daqueles citados, provocando uma frustração da causa e perda de poder do presidente Trump dentro do Partido Republicano.

RESPECTIVAMENTE, ADVOGADO E PROFESSOR; E PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS E PESQUISADOR NA UNIVERSIDADE DE CHICAGO (EUA)

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