Opinião|Acesso à digitalização para as pequenas e médias empresas


Processo tem impacto positivo direto em produtividade, segurança e competitividade. E, para quem não começou, nunca é tarde

Por Christian Gebara

Os pequenos negócios estão na base da nossa economia. Atualmente, há mais de 21 milhões de pequenas e médias empresas (PMEs) ativas no Brasil. Essa modalidade supera 90% das atividades do mercado, responde por cerca de 30% do PIB e gera acima de 50% dos postos de trabalho. É assim também no resto do mundo, onde as PMEs representam 50% do PIB. Estudos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) indicam que a digitalização está sendo adotada por 70% delas, resultando numa série de benefícios de longo prazo, como a melhora na comunicação e a entrada em regiões ainda não penetradas.

Mundialmente, está em curso uma mudança no comportamento dessas organizações, que já enxergam a transformação digital como vetor de sobrevivência e crescimento. Tornaram-se acessíveis tecnologias que possibilitam uma rápida transformação nos negócios, antes quase exclusivas das companhias maiores, com mais capacidade de investimento. São soluções que vão desde a criação de um site a serviços mais robustos baseados em Internet das Coisas, armazenamento na nuvem e sistemas de proteção contra ataques cibernéticos.

Fornecedores de tecnologia estão adaptando soluções para tamanhos e necessidades específicos desse público, por causa de seu enorme potencial. De acordo com o Mapa de Digitalização das Micro e Pequenas Empresas Brasileiras, realizado trimestralmente pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), 66% das PMEs ainda estão na fase inicial do processo. Numa escala de zero a 100, a pesquisa mostrou uma maturidade média de 40,77 pontos. O setor de serviços tem resultado um pouco melhor (43,73); o comércio, pior (36,75); e a indústria registrou média de 40,49.

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O estudo ainda aponta que, para 40% dos entrevistados, a principal barreira para a transformação digital é a falta de recursos ou de estratégia. O desconhecimento sobre como definir o principal caminho é citado por 25% dos empresários. Mas o apetite por conhecimento é grande: 68% estão abertos e disponíveis para participar de programas de aceleração.

A utilização de banda larga e o armazenamento digital de dados são os primeiros passos para essa transformação, seguidos do uso de mídias sociais para conectar e engajar clientes. Esse processo tem a grande vantagem de poder ser implantado de forma gradual, a partir de investimentos básicos. Seus benefícios variam de acordo com o objetivo, das aplicações escolhidas e até mesmo do setor de atuação. O certo, no entanto, é que o impacto positivo é direto em produtividade, segurança e competitividade. E, para quem não começou, nunca é tarde.

O varejo, por exemplo, descobriu rapidamente que o uso de vários canais de venda online, além do físico, aumenta expressivamente o volume de receitas, ao possibilitar que a marca chegue a um público maior, além de estreitar o relacionamento com o cliente e melhorar o suporte ao consumidor.

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Para as empresas que já iniciaram essa jornada, o caminho é de progressão no uso da tecnologia para ganho de market share. É o caso de buscar soluções ágeis de gestão, evoluir em serviços para aumentar a presença na web e avançar rumo a aplicações em nuvem, big data e cibersegurança, tornando, assim, a operação mais eficiente e segura, com redução de custos e aumento de produtividade. Um levantamento global da Deloitte, por exemplo, mostra que a nuvem é utilizada por 77% das PMEs para entrar em novos mercados, o que faz com que seu crescimento fique 26% mais rápido e seus lucros aumentem 21%.

Os números evidenciam que negócios conectados se tornam mais eficientes, produtivos e inovadores, com reflexo direto em ganhos de receitas. Todavia, muitos empreendedores receiam de que essa etapa seja extremamente complexa ou exija investimentos elevados para seus orçamentos, considerando gastos com hardware, software e com mão de obra especializada. É comum, ainda, que pequenas e médias contratem serviços sem o correto diagnóstico do ecossistema tecnológico, desperdiçando recursos. Os líderes à frente de PMEs precisam inserir em suas rotinas uma formação em educação básica em tecnologia financeira que seja capaz de contribuir na tomada de decisões e investimentos. Assim como a falta de uma estratégia digital, a má gestão de recursos pode determinar o fracasso de um negócio.

Além disso, por causa de um repertório mais de mitos do que de verdades e da imaturidade tecnológica, muitas vezes essas companhias adquirem soluções desenhadas para o uso de pessoas físicas e que não têm a segurança necessária para empreendimentos em crescimento, levando em conta que sistemas internos sem a proteção adequada causam instabilidades e até maior vulnerabilidade a ataques cibernéticos.

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Depois da pandemia, muitos negócios migraram para o virtual ou híbrido e, com isso, os ataques online aumentaram. Os principais alvos são, justamente, as pequenas e médias, que sofrem 41% dessas invasões, segundo um relatório da Checkpoint Software. Geralmente, os investimentos em segurança acontecem somente após a ocorrência de um incidente. Mas um estudo da Huntress indica que quase metade das PMEs planejam gastar mais em segurança cibernética ainda neste ano.

Os investimentos, testes e reforços de segurança devem ser uma disciplina constante na vida dos empreendedores, assim como são para as grandes corporações. São muitos os riscos e eles precisam ser conhecidos, pois os crimes cibernéticos estão cada vez mais sofisticados. Os principais estão relacionados à captura dos sistemas de operação ou incidentes que afetam a proteção das informações dos clientes, tais como furto de banco de dados ou de informações confidenciais. Essas ocorrências podem minar a capacidade do negócio de se manter competitivo. As pequenas empresas precisam se proteger.

A digitalização das PMEs não é apenas um caminho de sustentabilidade dos negócios, mas uma necessidade para o crescimento econômico do País.

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É PRESIDENTE DA VIVO

Os pequenos negócios estão na base da nossa economia. Atualmente, há mais de 21 milhões de pequenas e médias empresas (PMEs) ativas no Brasil. Essa modalidade supera 90% das atividades do mercado, responde por cerca de 30% do PIB e gera acima de 50% dos postos de trabalho. É assim também no resto do mundo, onde as PMEs representam 50% do PIB. Estudos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) indicam que a digitalização está sendo adotada por 70% delas, resultando numa série de benefícios de longo prazo, como a melhora na comunicação e a entrada em regiões ainda não penetradas.

Mundialmente, está em curso uma mudança no comportamento dessas organizações, que já enxergam a transformação digital como vetor de sobrevivência e crescimento. Tornaram-se acessíveis tecnologias que possibilitam uma rápida transformação nos negócios, antes quase exclusivas das companhias maiores, com mais capacidade de investimento. São soluções que vão desde a criação de um site a serviços mais robustos baseados em Internet das Coisas, armazenamento na nuvem e sistemas de proteção contra ataques cibernéticos.

Fornecedores de tecnologia estão adaptando soluções para tamanhos e necessidades específicos desse público, por causa de seu enorme potencial. De acordo com o Mapa de Digitalização das Micro e Pequenas Empresas Brasileiras, realizado trimestralmente pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), 66% das PMEs ainda estão na fase inicial do processo. Numa escala de zero a 100, a pesquisa mostrou uma maturidade média de 40,77 pontos. O setor de serviços tem resultado um pouco melhor (43,73); o comércio, pior (36,75); e a indústria registrou média de 40,49.

O estudo ainda aponta que, para 40% dos entrevistados, a principal barreira para a transformação digital é a falta de recursos ou de estratégia. O desconhecimento sobre como definir o principal caminho é citado por 25% dos empresários. Mas o apetite por conhecimento é grande: 68% estão abertos e disponíveis para participar de programas de aceleração.

A utilização de banda larga e o armazenamento digital de dados são os primeiros passos para essa transformação, seguidos do uso de mídias sociais para conectar e engajar clientes. Esse processo tem a grande vantagem de poder ser implantado de forma gradual, a partir de investimentos básicos. Seus benefícios variam de acordo com o objetivo, das aplicações escolhidas e até mesmo do setor de atuação. O certo, no entanto, é que o impacto positivo é direto em produtividade, segurança e competitividade. E, para quem não começou, nunca é tarde.

O varejo, por exemplo, descobriu rapidamente que o uso de vários canais de venda online, além do físico, aumenta expressivamente o volume de receitas, ao possibilitar que a marca chegue a um público maior, além de estreitar o relacionamento com o cliente e melhorar o suporte ao consumidor.

Para as empresas que já iniciaram essa jornada, o caminho é de progressão no uso da tecnologia para ganho de market share. É o caso de buscar soluções ágeis de gestão, evoluir em serviços para aumentar a presença na web e avançar rumo a aplicações em nuvem, big data e cibersegurança, tornando, assim, a operação mais eficiente e segura, com redução de custos e aumento de produtividade. Um levantamento global da Deloitte, por exemplo, mostra que a nuvem é utilizada por 77% das PMEs para entrar em novos mercados, o que faz com que seu crescimento fique 26% mais rápido e seus lucros aumentem 21%.

Os números evidenciam que negócios conectados se tornam mais eficientes, produtivos e inovadores, com reflexo direto em ganhos de receitas. Todavia, muitos empreendedores receiam de que essa etapa seja extremamente complexa ou exija investimentos elevados para seus orçamentos, considerando gastos com hardware, software e com mão de obra especializada. É comum, ainda, que pequenas e médias contratem serviços sem o correto diagnóstico do ecossistema tecnológico, desperdiçando recursos. Os líderes à frente de PMEs precisam inserir em suas rotinas uma formação em educação básica em tecnologia financeira que seja capaz de contribuir na tomada de decisões e investimentos. Assim como a falta de uma estratégia digital, a má gestão de recursos pode determinar o fracasso de um negócio.

Além disso, por causa de um repertório mais de mitos do que de verdades e da imaturidade tecnológica, muitas vezes essas companhias adquirem soluções desenhadas para o uso de pessoas físicas e que não têm a segurança necessária para empreendimentos em crescimento, levando em conta que sistemas internos sem a proteção adequada causam instabilidades e até maior vulnerabilidade a ataques cibernéticos.

Depois da pandemia, muitos negócios migraram para o virtual ou híbrido e, com isso, os ataques online aumentaram. Os principais alvos são, justamente, as pequenas e médias, que sofrem 41% dessas invasões, segundo um relatório da Checkpoint Software. Geralmente, os investimentos em segurança acontecem somente após a ocorrência de um incidente. Mas um estudo da Huntress indica que quase metade das PMEs planejam gastar mais em segurança cibernética ainda neste ano.

Os investimentos, testes e reforços de segurança devem ser uma disciplina constante na vida dos empreendedores, assim como são para as grandes corporações. São muitos os riscos e eles precisam ser conhecidos, pois os crimes cibernéticos estão cada vez mais sofisticados. Os principais estão relacionados à captura dos sistemas de operação ou incidentes que afetam a proteção das informações dos clientes, tais como furto de banco de dados ou de informações confidenciais. Essas ocorrências podem minar a capacidade do negócio de se manter competitivo. As pequenas empresas precisam se proteger.

A digitalização das PMEs não é apenas um caminho de sustentabilidade dos negócios, mas uma necessidade para o crescimento econômico do País.

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Mundialmente, está em curso uma mudança no comportamento dessas organizações, que já enxergam a transformação digital como vetor de sobrevivência e crescimento. Tornaram-se acessíveis tecnologias que possibilitam uma rápida transformação nos negócios, antes quase exclusivas das companhias maiores, com mais capacidade de investimento. São soluções que vão desde a criação de um site a serviços mais robustos baseados em Internet das Coisas, armazenamento na nuvem e sistemas de proteção contra ataques cibernéticos.

Fornecedores de tecnologia estão adaptando soluções para tamanhos e necessidades específicos desse público, por causa de seu enorme potencial. De acordo com o Mapa de Digitalização das Micro e Pequenas Empresas Brasileiras, realizado trimestralmente pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), 66% das PMEs ainda estão na fase inicial do processo. Numa escala de zero a 100, a pesquisa mostrou uma maturidade média de 40,77 pontos. O setor de serviços tem resultado um pouco melhor (43,73); o comércio, pior (36,75); e a indústria registrou média de 40,49.

O estudo ainda aponta que, para 40% dos entrevistados, a principal barreira para a transformação digital é a falta de recursos ou de estratégia. O desconhecimento sobre como definir o principal caminho é citado por 25% dos empresários. Mas o apetite por conhecimento é grande: 68% estão abertos e disponíveis para participar de programas de aceleração.

A utilização de banda larga e o armazenamento digital de dados são os primeiros passos para essa transformação, seguidos do uso de mídias sociais para conectar e engajar clientes. Esse processo tem a grande vantagem de poder ser implantado de forma gradual, a partir de investimentos básicos. Seus benefícios variam de acordo com o objetivo, das aplicações escolhidas e até mesmo do setor de atuação. O certo, no entanto, é que o impacto positivo é direto em produtividade, segurança e competitividade. E, para quem não começou, nunca é tarde.

O varejo, por exemplo, descobriu rapidamente que o uso de vários canais de venda online, além do físico, aumenta expressivamente o volume de receitas, ao possibilitar que a marca chegue a um público maior, além de estreitar o relacionamento com o cliente e melhorar o suporte ao consumidor.

Para as empresas que já iniciaram essa jornada, o caminho é de progressão no uso da tecnologia para ganho de market share. É o caso de buscar soluções ágeis de gestão, evoluir em serviços para aumentar a presença na web e avançar rumo a aplicações em nuvem, big data e cibersegurança, tornando, assim, a operação mais eficiente e segura, com redução de custos e aumento de produtividade. Um levantamento global da Deloitte, por exemplo, mostra que a nuvem é utilizada por 77% das PMEs para entrar em novos mercados, o que faz com que seu crescimento fique 26% mais rápido e seus lucros aumentem 21%.

Os números evidenciam que negócios conectados se tornam mais eficientes, produtivos e inovadores, com reflexo direto em ganhos de receitas. Todavia, muitos empreendedores receiam de que essa etapa seja extremamente complexa ou exija investimentos elevados para seus orçamentos, considerando gastos com hardware, software e com mão de obra especializada. É comum, ainda, que pequenas e médias contratem serviços sem o correto diagnóstico do ecossistema tecnológico, desperdiçando recursos. Os líderes à frente de PMEs precisam inserir em suas rotinas uma formação em educação básica em tecnologia financeira que seja capaz de contribuir na tomada de decisões e investimentos. Assim como a falta de uma estratégia digital, a má gestão de recursos pode determinar o fracasso de um negócio.

Além disso, por causa de um repertório mais de mitos do que de verdades e da imaturidade tecnológica, muitas vezes essas companhias adquirem soluções desenhadas para o uso de pessoas físicas e que não têm a segurança necessária para empreendimentos em crescimento, levando em conta que sistemas internos sem a proteção adequada causam instabilidades e até maior vulnerabilidade a ataques cibernéticos.

Depois da pandemia, muitos negócios migraram para o virtual ou híbrido e, com isso, os ataques online aumentaram. Os principais alvos são, justamente, as pequenas e médias, que sofrem 41% dessas invasões, segundo um relatório da Checkpoint Software. Geralmente, os investimentos em segurança acontecem somente após a ocorrência de um incidente. Mas um estudo da Huntress indica que quase metade das PMEs planejam gastar mais em segurança cibernética ainda neste ano.

Os investimentos, testes e reforços de segurança devem ser uma disciplina constante na vida dos empreendedores, assim como são para as grandes corporações. São muitos os riscos e eles precisam ser conhecidos, pois os crimes cibernéticos estão cada vez mais sofisticados. Os principais estão relacionados à captura dos sistemas de operação ou incidentes que afetam a proteção das informações dos clientes, tais como furto de banco de dados ou de informações confidenciais. Essas ocorrências podem minar a capacidade do negócio de se manter competitivo. As pequenas empresas precisam se proteger.

A digitalização das PMEs não é apenas um caminho de sustentabilidade dos negócios, mas uma necessidade para o crescimento econômico do País.

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