Opinião|Alta dos alimentos se desacelera, mas ainda pesa no bolso


Em 2020, os itens que compõem a mesa dos brasileiros foram os grandes impulsionadores da alta dos preços

Por Editorial Econômico

A comida ainda pressiona a inflação. Com alta de 2,00%, o item alimentação e bebidas foi o principal responsável pela variação de 1,06% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de dezembro calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que antecipa o resultado do mês.

Com pressão dos alimentos e anúncio de reajuste nos planos de saúde, projeção da economista Andrea Damico é de inflação maior para o consumidor. Foto: Alex Silva/Estadão

Em 2020, os itens que compõem a mesa dos brasileiros foram os grandes impulsionadores da inflação. Mas há sinais alentadores. Embora o preço da comida do brasileiro continue a subir, sua pressão vem diminuindo. A alta média do item alimentação e bebidas foi de 2,24% em outubro, diminuiu para 2,16% em novembro e voltou a diminuir em dezembro. É possível que continue a se reduzir, ainda que lentamente.

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A variação do IPCA-15 de dezembro é maior do que a de novembro, de 0,81%, e ligeiramente superior à de dezembro de 2019, de 1,05%. No acumulado do ano, que coincide com o dos últimos 12 meses, a variação é de 4,23%, acima, portanto, da meta de 4% fixada para 2020.

É no acumulado do ano que fica mais evidente a influência dos alimentos na inflação. Em 2020, em média, alimentação e bebida ficaram 14,36% mais caras. Só essa alta foi responsável por 2,78 pontos, ou praticamente dois terços, da inflação do ano.

Algumas majorações chegam a assustar quem não administrava orçamentos familiares em período de inflação em disparada como entre meados da década de 1980 e a primeira metade da de 1990. Só em dezembro, a alimentação em domicílio ficou 2,57% mais cara. As carnes subiram 5,53%; o arroz, 4,96%; as frutas, 3,62%; a batata inglesa, 17,96%; e o óleo de soja, 7,0%. Em 12 meses, cereais, leguminosas e oleaginosas subiram 59,64%; óleos e gorduras, 58,74%; frutas, 24,89%; e carnes, 22,90%.

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A pandemia impôs mudanças nos hábitos de consumo, o que acabou tendo impacto sobre preços de determinados itens cuja demanda se alterou no período. Os artigos de residência subiram 5,29%; na outra ponta, o preço do vestuário caiu 1,75%.

Apesar de variações ainda muito amplas nos preços de alimentos, a avaliação dominante é de que sua pressão sobre a inflação está diminuindo. A ociosidade do setor produtivo e as altas taxas de desocupação, de sua parte, tendem a conter a alta dos demais preços. O risco ainda é a condução da política fiscal.

A comida ainda pressiona a inflação. Com alta de 2,00%, o item alimentação e bebidas foi o principal responsável pela variação de 1,06% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de dezembro calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que antecipa o resultado do mês.

Com pressão dos alimentos e anúncio de reajuste nos planos de saúde, projeção da economista Andrea Damico é de inflação maior para o consumidor. Foto: Alex Silva/Estadão

Em 2020, os itens que compõem a mesa dos brasileiros foram os grandes impulsionadores da inflação. Mas há sinais alentadores. Embora o preço da comida do brasileiro continue a subir, sua pressão vem diminuindo. A alta média do item alimentação e bebidas foi de 2,24% em outubro, diminuiu para 2,16% em novembro e voltou a diminuir em dezembro. É possível que continue a se reduzir, ainda que lentamente.

A variação do IPCA-15 de dezembro é maior do que a de novembro, de 0,81%, e ligeiramente superior à de dezembro de 2019, de 1,05%. No acumulado do ano, que coincide com o dos últimos 12 meses, a variação é de 4,23%, acima, portanto, da meta de 4% fixada para 2020.

É no acumulado do ano que fica mais evidente a influência dos alimentos na inflação. Em 2020, em média, alimentação e bebida ficaram 14,36% mais caras. Só essa alta foi responsável por 2,78 pontos, ou praticamente dois terços, da inflação do ano.

Algumas majorações chegam a assustar quem não administrava orçamentos familiares em período de inflação em disparada como entre meados da década de 1980 e a primeira metade da de 1990. Só em dezembro, a alimentação em domicílio ficou 2,57% mais cara. As carnes subiram 5,53%; o arroz, 4,96%; as frutas, 3,62%; a batata inglesa, 17,96%; e o óleo de soja, 7,0%. Em 12 meses, cereais, leguminosas e oleaginosas subiram 59,64%; óleos e gorduras, 58,74%; frutas, 24,89%; e carnes, 22,90%.

A pandemia impôs mudanças nos hábitos de consumo, o que acabou tendo impacto sobre preços de determinados itens cuja demanda se alterou no período. Os artigos de residência subiram 5,29%; na outra ponta, o preço do vestuário caiu 1,75%.

Apesar de variações ainda muito amplas nos preços de alimentos, a avaliação dominante é de que sua pressão sobre a inflação está diminuindo. A ociosidade do setor produtivo e as altas taxas de desocupação, de sua parte, tendem a conter a alta dos demais preços. O risco ainda é a condução da política fiscal.

A comida ainda pressiona a inflação. Com alta de 2,00%, o item alimentação e bebidas foi o principal responsável pela variação de 1,06% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de dezembro calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que antecipa o resultado do mês.

Com pressão dos alimentos e anúncio de reajuste nos planos de saúde, projeção da economista Andrea Damico é de inflação maior para o consumidor. Foto: Alex Silva/Estadão

Em 2020, os itens que compõem a mesa dos brasileiros foram os grandes impulsionadores da inflação. Mas há sinais alentadores. Embora o preço da comida do brasileiro continue a subir, sua pressão vem diminuindo. A alta média do item alimentação e bebidas foi de 2,24% em outubro, diminuiu para 2,16% em novembro e voltou a diminuir em dezembro. É possível que continue a se reduzir, ainda que lentamente.

A variação do IPCA-15 de dezembro é maior do que a de novembro, de 0,81%, e ligeiramente superior à de dezembro de 2019, de 1,05%. No acumulado do ano, que coincide com o dos últimos 12 meses, a variação é de 4,23%, acima, portanto, da meta de 4% fixada para 2020.

É no acumulado do ano que fica mais evidente a influência dos alimentos na inflação. Em 2020, em média, alimentação e bebida ficaram 14,36% mais caras. Só essa alta foi responsável por 2,78 pontos, ou praticamente dois terços, da inflação do ano.

Algumas majorações chegam a assustar quem não administrava orçamentos familiares em período de inflação em disparada como entre meados da década de 1980 e a primeira metade da de 1990. Só em dezembro, a alimentação em domicílio ficou 2,57% mais cara. As carnes subiram 5,53%; o arroz, 4,96%; as frutas, 3,62%; a batata inglesa, 17,96%; e o óleo de soja, 7,0%. Em 12 meses, cereais, leguminosas e oleaginosas subiram 59,64%; óleos e gorduras, 58,74%; frutas, 24,89%; e carnes, 22,90%.

A pandemia impôs mudanças nos hábitos de consumo, o que acabou tendo impacto sobre preços de determinados itens cuja demanda se alterou no período. Os artigos de residência subiram 5,29%; na outra ponta, o preço do vestuário caiu 1,75%.

Apesar de variações ainda muito amplas nos preços de alimentos, a avaliação dominante é de que sua pressão sobre a inflação está diminuindo. A ociosidade do setor produtivo e as altas taxas de desocupação, de sua parte, tendem a conter a alta dos demais preços. O risco ainda é a condução da política fiscal.

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