Opinião|Ciência, tecnologia e reindustrialização


Em vez de ‘fechar’ o País, Brasil deveria ter adotado o ‘pulo do gato’ que um dia a Coreia do Sul deu. Novo governo pode reverter este processo

Por José Goldemberg

A reindustrialização do Brasil é uma das prioridades que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva elencou na sua primeira declaração pública. Esta é uma declaração da maior importância, porque a reindustrialização vai afetar de maneira positiva todas as atividades de pesquisa e ensino superior do País e da educação em geral, duramente atingidas pelas políticas de indiferença e descaso que o atual governo adotou nos últimos quatro anos.

O sucesso do setor agropecuário no Brasil – que nos levou a ser um grande produtor e exportador de grãos – deve muito à atividade de pesquisa e difusão da Embrapa e de algumas excelentes escolas de agricultura, como a Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (USP), a de Viçosa e outras. Não só tecnologias para enriquecimento dos solos foram desenvolvidas, como também pesquisas científicas de ponta permitiram a seleção de melhores cepas e o consequente aumento da produtividade.

Em contraste, parte da indústria se manteve operando com tecnologias obsoletas, sem incentivos para procurar as universidades e institutos de pesquisa para ajudá-la a resolver seus problemas e aumentar sua produtividade.

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As causas para este atraso são antigas e, na análise de Edmar Bacha, se devem à adoção de um modelo de desenvolvimento baseado na proibição de importações para estimular a produção de similares nacionais.

Outros países fizeram exatamente o oposto no passado, como a Coreia do Sul, que na década de 50 do século passado era um país subdesenvolvido, com uma renda per capita aproximadamente igual à do Brasil, e que em três décadas se tornou um país altamente desenvolvido, com uma renda per capita de US$ 35 mil, enquanto o Brasil mal atingiu US$ 10 mil, e caindo.

Segundo Bacha: “Por que isso aconteceu? Uma explicação está na insistência em manter a economia fechada, tratando de produzir no Brasil insumos, máquinas e equipamentos que eram antes importados por preços menores e com produtividade maior. O País aprofundou a substituição de importações, em vez de aumentar a exportação para facilitar as importações e o investimento eficiente. Esse seria o caminho para a produção eficiente de bens e serviços de qualidade capazes de concorrer no mercado internacional. Foi o caminho que a Coreia do Sul tomou”.

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Facilitar a entrada da tecnologia moderna, reduzindo as tarifas de importação, e usar essas tecnologias para aumentar o conteúdo tecnológico dos produtos nacionais e exportá-los são o pulo do gato que a Coreia do Sul deu e que o Brasil deveria ter adotado, em lugar de fechar o País.

O novo governo tem condições de reverter este processo: existem várias empresas brasileiras que seguiram um roteiro evolutivo com sucesso. Exemplos delas são a Natura, a Klabin e a Votorantim, que sabiamente utilizam recursos locais como produtos florestais, florestas plantadas e alumínio produzido com energia hidrelétrica; e também a Embraer, que explorou um nicho do mercado de aviação com grande sucesso utilizando motores importados e engenheiros competentes e criativos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). O clima, a geografia e a competência existentes no País favorecem a competitividade dessas empresas em suprir o mercado nacional e exportar. Para competir no exterior, elas tiveram de usar as melhores tecnologias existentes e realizar as pesquisas necessárias para tal.

Várias das nossas universidades, sobretudo as públicas do Estado de São Paulo (USP, Unicamp e Unesp), estão equipadas para atender a demandas do setor produtivo graças ao nível de excelência que atingiram em razão do apoio continuado do governo do Estado desde 1989, que destina a elas um porcentual fixo do ICMS. Além disso, a ação da Fapesp em São Paulo há mais de 50 anos – e de outras similares – tem sido exemplar.

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O sistema universitário atual e os institutos de pesquisa atualmente são orientados para a produção de conhecimentos mantendo vínculos estreitos com a comunidade científica internacional e trabalhando nas áreas de vanguarda do conhecimento, e rapidamente se capacitam para ajudar o País, como o fizeram com sucesso enfrentando a pandemia de covid-19. O papel do Instituto Butantan e do Instituto Oswaldo Cruz nessa área foi fundamental.

Da mesma forma, a demanda de um setor industrial renovado fará com que a enorme competência existente em várias universidades brasileiras e em institutos de pesquisa os leve a apoiar a reindustrialização, e com isso deixariam de ser considerados “torres de cristal” afastadas das necessidades da sociedade – do que são frequentemente acusados, injustamente.

O que é necessário para tal são políticas do governo federal na área econômica que promovam de fato a reindustrialização, com créditos, financiamentos atrativos e promoção ativa de exportações, como fez o setor agropecuário, para que as indústrias procurem a ciência e a tecnologia de que necessitam nas universidades e nos institutos de pesquisa, além do pessoal qualificado que elas preparam.

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FOI SECRETÁRIO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA (1990-1992)

A reindustrialização do Brasil é uma das prioridades que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva elencou na sua primeira declaração pública. Esta é uma declaração da maior importância, porque a reindustrialização vai afetar de maneira positiva todas as atividades de pesquisa e ensino superior do País e da educação em geral, duramente atingidas pelas políticas de indiferença e descaso que o atual governo adotou nos últimos quatro anos.

O sucesso do setor agropecuário no Brasil – que nos levou a ser um grande produtor e exportador de grãos – deve muito à atividade de pesquisa e difusão da Embrapa e de algumas excelentes escolas de agricultura, como a Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (USP), a de Viçosa e outras. Não só tecnologias para enriquecimento dos solos foram desenvolvidas, como também pesquisas científicas de ponta permitiram a seleção de melhores cepas e o consequente aumento da produtividade.

Em contraste, parte da indústria se manteve operando com tecnologias obsoletas, sem incentivos para procurar as universidades e institutos de pesquisa para ajudá-la a resolver seus problemas e aumentar sua produtividade.

As causas para este atraso são antigas e, na análise de Edmar Bacha, se devem à adoção de um modelo de desenvolvimento baseado na proibição de importações para estimular a produção de similares nacionais.

Outros países fizeram exatamente o oposto no passado, como a Coreia do Sul, que na década de 50 do século passado era um país subdesenvolvido, com uma renda per capita aproximadamente igual à do Brasil, e que em três décadas se tornou um país altamente desenvolvido, com uma renda per capita de US$ 35 mil, enquanto o Brasil mal atingiu US$ 10 mil, e caindo.

Segundo Bacha: “Por que isso aconteceu? Uma explicação está na insistência em manter a economia fechada, tratando de produzir no Brasil insumos, máquinas e equipamentos que eram antes importados por preços menores e com produtividade maior. O País aprofundou a substituição de importações, em vez de aumentar a exportação para facilitar as importações e o investimento eficiente. Esse seria o caminho para a produção eficiente de bens e serviços de qualidade capazes de concorrer no mercado internacional. Foi o caminho que a Coreia do Sul tomou”.

Facilitar a entrada da tecnologia moderna, reduzindo as tarifas de importação, e usar essas tecnologias para aumentar o conteúdo tecnológico dos produtos nacionais e exportá-los são o pulo do gato que a Coreia do Sul deu e que o Brasil deveria ter adotado, em lugar de fechar o País.

O novo governo tem condições de reverter este processo: existem várias empresas brasileiras que seguiram um roteiro evolutivo com sucesso. Exemplos delas são a Natura, a Klabin e a Votorantim, que sabiamente utilizam recursos locais como produtos florestais, florestas plantadas e alumínio produzido com energia hidrelétrica; e também a Embraer, que explorou um nicho do mercado de aviação com grande sucesso utilizando motores importados e engenheiros competentes e criativos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). O clima, a geografia e a competência existentes no País favorecem a competitividade dessas empresas em suprir o mercado nacional e exportar. Para competir no exterior, elas tiveram de usar as melhores tecnologias existentes e realizar as pesquisas necessárias para tal.

Várias das nossas universidades, sobretudo as públicas do Estado de São Paulo (USP, Unicamp e Unesp), estão equipadas para atender a demandas do setor produtivo graças ao nível de excelência que atingiram em razão do apoio continuado do governo do Estado desde 1989, que destina a elas um porcentual fixo do ICMS. Além disso, a ação da Fapesp em São Paulo há mais de 50 anos – e de outras similares – tem sido exemplar.

O sistema universitário atual e os institutos de pesquisa atualmente são orientados para a produção de conhecimentos mantendo vínculos estreitos com a comunidade científica internacional e trabalhando nas áreas de vanguarda do conhecimento, e rapidamente se capacitam para ajudar o País, como o fizeram com sucesso enfrentando a pandemia de covid-19. O papel do Instituto Butantan e do Instituto Oswaldo Cruz nessa área foi fundamental.

Da mesma forma, a demanda de um setor industrial renovado fará com que a enorme competência existente em várias universidades brasileiras e em institutos de pesquisa os leve a apoiar a reindustrialização, e com isso deixariam de ser considerados “torres de cristal” afastadas das necessidades da sociedade – do que são frequentemente acusados, injustamente.

O que é necessário para tal são políticas do governo federal na área econômica que promovam de fato a reindustrialização, com créditos, financiamentos atrativos e promoção ativa de exportações, como fez o setor agropecuário, para que as indústrias procurem a ciência e a tecnologia de que necessitam nas universidades e nos institutos de pesquisa, além do pessoal qualificado que elas preparam.

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FOI SECRETÁRIO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA (1990-1992)

A reindustrialização do Brasil é uma das prioridades que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva elencou na sua primeira declaração pública. Esta é uma declaração da maior importância, porque a reindustrialização vai afetar de maneira positiva todas as atividades de pesquisa e ensino superior do País e da educação em geral, duramente atingidas pelas políticas de indiferença e descaso que o atual governo adotou nos últimos quatro anos.

O sucesso do setor agropecuário no Brasil – que nos levou a ser um grande produtor e exportador de grãos – deve muito à atividade de pesquisa e difusão da Embrapa e de algumas excelentes escolas de agricultura, como a Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (USP), a de Viçosa e outras. Não só tecnologias para enriquecimento dos solos foram desenvolvidas, como também pesquisas científicas de ponta permitiram a seleção de melhores cepas e o consequente aumento da produtividade.

Em contraste, parte da indústria se manteve operando com tecnologias obsoletas, sem incentivos para procurar as universidades e institutos de pesquisa para ajudá-la a resolver seus problemas e aumentar sua produtividade.

As causas para este atraso são antigas e, na análise de Edmar Bacha, se devem à adoção de um modelo de desenvolvimento baseado na proibição de importações para estimular a produção de similares nacionais.

Outros países fizeram exatamente o oposto no passado, como a Coreia do Sul, que na década de 50 do século passado era um país subdesenvolvido, com uma renda per capita aproximadamente igual à do Brasil, e que em três décadas se tornou um país altamente desenvolvido, com uma renda per capita de US$ 35 mil, enquanto o Brasil mal atingiu US$ 10 mil, e caindo.

Segundo Bacha: “Por que isso aconteceu? Uma explicação está na insistência em manter a economia fechada, tratando de produzir no Brasil insumos, máquinas e equipamentos que eram antes importados por preços menores e com produtividade maior. O País aprofundou a substituição de importações, em vez de aumentar a exportação para facilitar as importações e o investimento eficiente. Esse seria o caminho para a produção eficiente de bens e serviços de qualidade capazes de concorrer no mercado internacional. Foi o caminho que a Coreia do Sul tomou”.

Facilitar a entrada da tecnologia moderna, reduzindo as tarifas de importação, e usar essas tecnologias para aumentar o conteúdo tecnológico dos produtos nacionais e exportá-los são o pulo do gato que a Coreia do Sul deu e que o Brasil deveria ter adotado, em lugar de fechar o País.

O novo governo tem condições de reverter este processo: existem várias empresas brasileiras que seguiram um roteiro evolutivo com sucesso. Exemplos delas são a Natura, a Klabin e a Votorantim, que sabiamente utilizam recursos locais como produtos florestais, florestas plantadas e alumínio produzido com energia hidrelétrica; e também a Embraer, que explorou um nicho do mercado de aviação com grande sucesso utilizando motores importados e engenheiros competentes e criativos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). O clima, a geografia e a competência existentes no País favorecem a competitividade dessas empresas em suprir o mercado nacional e exportar. Para competir no exterior, elas tiveram de usar as melhores tecnologias existentes e realizar as pesquisas necessárias para tal.

Várias das nossas universidades, sobretudo as públicas do Estado de São Paulo (USP, Unicamp e Unesp), estão equipadas para atender a demandas do setor produtivo graças ao nível de excelência que atingiram em razão do apoio continuado do governo do Estado desde 1989, que destina a elas um porcentual fixo do ICMS. Além disso, a ação da Fapesp em São Paulo há mais de 50 anos – e de outras similares – tem sido exemplar.

O sistema universitário atual e os institutos de pesquisa atualmente são orientados para a produção de conhecimentos mantendo vínculos estreitos com a comunidade científica internacional e trabalhando nas áreas de vanguarda do conhecimento, e rapidamente se capacitam para ajudar o País, como o fizeram com sucesso enfrentando a pandemia de covid-19. O papel do Instituto Butantan e do Instituto Oswaldo Cruz nessa área foi fundamental.

Da mesma forma, a demanda de um setor industrial renovado fará com que a enorme competência existente em várias universidades brasileiras e em institutos de pesquisa os leve a apoiar a reindustrialização, e com isso deixariam de ser considerados “torres de cristal” afastadas das necessidades da sociedade – do que são frequentemente acusados, injustamente.

O que é necessário para tal são políticas do governo federal na área econômica que promovam de fato a reindustrialização, com créditos, financiamentos atrativos e promoção ativa de exportações, como fez o setor agropecuário, para que as indústrias procurem a ciência e a tecnologia de que necessitam nas universidades e nos institutos de pesquisa, além do pessoal qualificado que elas preparam.

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FOI SECRETÁRIO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA (1990-1992)

A reindustrialização do Brasil é uma das prioridades que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva elencou na sua primeira declaração pública. Esta é uma declaração da maior importância, porque a reindustrialização vai afetar de maneira positiva todas as atividades de pesquisa e ensino superior do País e da educação em geral, duramente atingidas pelas políticas de indiferença e descaso que o atual governo adotou nos últimos quatro anos.

O sucesso do setor agropecuário no Brasil – que nos levou a ser um grande produtor e exportador de grãos – deve muito à atividade de pesquisa e difusão da Embrapa e de algumas excelentes escolas de agricultura, como a Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (USP), a de Viçosa e outras. Não só tecnologias para enriquecimento dos solos foram desenvolvidas, como também pesquisas científicas de ponta permitiram a seleção de melhores cepas e o consequente aumento da produtividade.

Em contraste, parte da indústria se manteve operando com tecnologias obsoletas, sem incentivos para procurar as universidades e institutos de pesquisa para ajudá-la a resolver seus problemas e aumentar sua produtividade.

As causas para este atraso são antigas e, na análise de Edmar Bacha, se devem à adoção de um modelo de desenvolvimento baseado na proibição de importações para estimular a produção de similares nacionais.

Outros países fizeram exatamente o oposto no passado, como a Coreia do Sul, que na década de 50 do século passado era um país subdesenvolvido, com uma renda per capita aproximadamente igual à do Brasil, e que em três décadas se tornou um país altamente desenvolvido, com uma renda per capita de US$ 35 mil, enquanto o Brasil mal atingiu US$ 10 mil, e caindo.

Segundo Bacha: “Por que isso aconteceu? Uma explicação está na insistência em manter a economia fechada, tratando de produzir no Brasil insumos, máquinas e equipamentos que eram antes importados por preços menores e com produtividade maior. O País aprofundou a substituição de importações, em vez de aumentar a exportação para facilitar as importações e o investimento eficiente. Esse seria o caminho para a produção eficiente de bens e serviços de qualidade capazes de concorrer no mercado internacional. Foi o caminho que a Coreia do Sul tomou”.

Facilitar a entrada da tecnologia moderna, reduzindo as tarifas de importação, e usar essas tecnologias para aumentar o conteúdo tecnológico dos produtos nacionais e exportá-los são o pulo do gato que a Coreia do Sul deu e que o Brasil deveria ter adotado, em lugar de fechar o País.

O novo governo tem condições de reverter este processo: existem várias empresas brasileiras que seguiram um roteiro evolutivo com sucesso. Exemplos delas são a Natura, a Klabin e a Votorantim, que sabiamente utilizam recursos locais como produtos florestais, florestas plantadas e alumínio produzido com energia hidrelétrica; e também a Embraer, que explorou um nicho do mercado de aviação com grande sucesso utilizando motores importados e engenheiros competentes e criativos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). O clima, a geografia e a competência existentes no País favorecem a competitividade dessas empresas em suprir o mercado nacional e exportar. Para competir no exterior, elas tiveram de usar as melhores tecnologias existentes e realizar as pesquisas necessárias para tal.

Várias das nossas universidades, sobretudo as públicas do Estado de São Paulo (USP, Unicamp e Unesp), estão equipadas para atender a demandas do setor produtivo graças ao nível de excelência que atingiram em razão do apoio continuado do governo do Estado desde 1989, que destina a elas um porcentual fixo do ICMS. Além disso, a ação da Fapesp em São Paulo há mais de 50 anos – e de outras similares – tem sido exemplar.

O sistema universitário atual e os institutos de pesquisa atualmente são orientados para a produção de conhecimentos mantendo vínculos estreitos com a comunidade científica internacional e trabalhando nas áreas de vanguarda do conhecimento, e rapidamente se capacitam para ajudar o País, como o fizeram com sucesso enfrentando a pandemia de covid-19. O papel do Instituto Butantan e do Instituto Oswaldo Cruz nessa área foi fundamental.

Da mesma forma, a demanda de um setor industrial renovado fará com que a enorme competência existente em várias universidades brasileiras e em institutos de pesquisa os leve a apoiar a reindustrialização, e com isso deixariam de ser considerados “torres de cristal” afastadas das necessidades da sociedade – do que são frequentemente acusados, injustamente.

O que é necessário para tal são políticas do governo federal na área econômica que promovam de fato a reindustrialização, com créditos, financiamentos atrativos e promoção ativa de exportações, como fez o setor agropecuário, para que as indústrias procurem a ciência e a tecnologia de que necessitam nas universidades e nos institutos de pesquisa, além do pessoal qualificado que elas preparam.

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