Opinião|Desastres climáticos exigem sistemas de saúde mais resilientes


Como ilustra a catástrofe gaúcha, estamos sendo desafiados a desativar uma bomba armada a partir da correlação entre mudanças climáticas e crise sanitária

Por Sidney Klajner

Três hospitais, um inundado; três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), duas inundadas (assim como outra que seria inaugurada); 27 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), 19 inundadas. Esse era o cenário da estrutura pública de saúde de Canoas quando 22 profissionais da Missão Humanitária Einstein chegaram à cidade no dia 11 de maio. Os dados desse município, um dos mais de 470 afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul, exemplificam como as tragédias associadas às mudanças climáticas podem levar ao colapso os serviços de saúde do lugar, justamente quando eles são ainda mais necessários. Um mês depois, a missão do Einstein voltou a São Paulo, tendo realizado cerca de 2 mil atendimentos em uma UBS e deixado operacional uma UPA, depois da limpeza e reestruturação completa da instalação em um novo espaço alternativo. O Einstein também doou quase 5 toneladas de insumos e medicamentos.

Histórias semelhantes, de tragédia e ajuda para superação, se repetiram em várias localidades, contribuindo para enfrentar um problema que não termina na fase aguda das enchentes, quando os primeiros desafios são os atendimentos de urgência e emergência. Logo, eles se desdobram em uma infinidade de novas e não menos urgentes demandas de saúde, como leptospirose, hepatite A, distúrbios gastrointestinais e outras doenças infecciosas, dengue, covid-19, síndromes gripais em geral, pneumonias e outras enfermidades do trato respiratório, particularmente entre pessoas aglomeradas nos abrigos temporários. Já as perdas e o estresse pós-traumático exigem cuidados de saúde mental. Isso sem falar de quadros agravados pela falta de acesso a cuidados de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, ou a tratamentos, como os de quimioterapia e radioterapia, inviabilizados pelas restrições de mobilidade, unidades de saúde inoperantes ou falta de insumos.

Como ilustra a catástrofe gaúcha e tantas outras que já vimos, como as ocorridas no litoral norte de São Paulo e região serrana do Rio de Janeiro (para ficarmos apenas em alguns exemplos do Brasil), estamos sendo desafiados a desativar uma bomba armada a partir da correlação entre mudanças climáticas e crise sanitária.

continua após a publicidade

Isso coloca em relevo a importância de investir na resiliência dos sistemas de saúde, ou seja, na sua capacidade de agir prontamente para responder a emergências associadas a desastres climáticos, como ondas de calor escaldante e eventualmente propagadoras de incêndios e chuvas fora do padrão com potencial de provocar enchentes e deslizamentos de terra. Eventos do gênero devem não só continuar acontecendo como aumentar em frequência e intensidade.

Contar com sistemas mais resilientes exige avaliar riscos por local ou região, identificar áreas mais expostas, estabelecer medidas de prevenção e mitigação e ter estruturas e equipes de resposta preparadas para agir. O objetivo é manter em funcionamento as atividades essenciais, entre elas as de saúde, eficazmente adaptadas para a nova realidade imposta pelas mudanças climáticas. Uma realidade que, aqui e no mundo, ressalta uma grande desigualdade: as mais impactadas são as populações mais pobres e mais vulneráveis.

Não não foi diferente na tragédia do Rio Grande do Sul, como mostrou estudo do Observatório das Metrópoles, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia. Embora as cheias tenham atingido bairros de classe média tradicionalmente imunes às inundações, as áreas mais impactadas nas cidades da região metropolitana foram aquelas onde residem as pessoas de baixa renda. Assim como no resto do País, são esses indivíduos que moram nas áreas de risco e, portanto, serão os mais afetados pelas catástrofes – das perdas materiais e de vidas aos problemas de saúde, sendo que em relação a estes há o agravante de essas áreas, em geral, terem menos estruturas de atendimento.

continua após a publicidade

Tal fato nos remete ao conceito de justiça climática, que reconhece que os efeitos da crise ambiental atingem segmentos da sociedade de maneira desigual (os que menos contribuem para o aquecimento global são aqueles que mais sofrem com suas consequências) e propõe uma divisão mais justa dos investimentos e responsabilidades. Segundo relatório publicado no ano passado pela organização não governamental Oxfam, em 2019, 1% da população mundial mais rica (77 milhões de pessoas) respondeu por 16% do total de emissões de CO₂ do planeta, volume igual ao gerado por 66% da população pobre global (5 bilhões de pessoas).

Se cabe aos grupos mais vulneráveis a maior parcela dos impactos negativos provocados pelas alterações climáticas, devemos a eles a máxima atenção para mitigar os efeitos que essas mudanças causam nas diferentes dimensões de suas vidas, entre elas a da saúde.

*

continua após a publicidade

PRESIDENTE DO HOSPITAL ALBERT EINSTEIN

Três hospitais, um inundado; três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), duas inundadas (assim como outra que seria inaugurada); 27 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), 19 inundadas. Esse era o cenário da estrutura pública de saúde de Canoas quando 22 profissionais da Missão Humanitária Einstein chegaram à cidade no dia 11 de maio. Os dados desse município, um dos mais de 470 afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul, exemplificam como as tragédias associadas às mudanças climáticas podem levar ao colapso os serviços de saúde do lugar, justamente quando eles são ainda mais necessários. Um mês depois, a missão do Einstein voltou a São Paulo, tendo realizado cerca de 2 mil atendimentos em uma UBS e deixado operacional uma UPA, depois da limpeza e reestruturação completa da instalação em um novo espaço alternativo. O Einstein também doou quase 5 toneladas de insumos e medicamentos.

Histórias semelhantes, de tragédia e ajuda para superação, se repetiram em várias localidades, contribuindo para enfrentar um problema que não termina na fase aguda das enchentes, quando os primeiros desafios são os atendimentos de urgência e emergência. Logo, eles se desdobram em uma infinidade de novas e não menos urgentes demandas de saúde, como leptospirose, hepatite A, distúrbios gastrointestinais e outras doenças infecciosas, dengue, covid-19, síndromes gripais em geral, pneumonias e outras enfermidades do trato respiratório, particularmente entre pessoas aglomeradas nos abrigos temporários. Já as perdas e o estresse pós-traumático exigem cuidados de saúde mental. Isso sem falar de quadros agravados pela falta de acesso a cuidados de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, ou a tratamentos, como os de quimioterapia e radioterapia, inviabilizados pelas restrições de mobilidade, unidades de saúde inoperantes ou falta de insumos.

Como ilustra a catástrofe gaúcha e tantas outras que já vimos, como as ocorridas no litoral norte de São Paulo e região serrana do Rio de Janeiro (para ficarmos apenas em alguns exemplos do Brasil), estamos sendo desafiados a desativar uma bomba armada a partir da correlação entre mudanças climáticas e crise sanitária.

Isso coloca em relevo a importância de investir na resiliência dos sistemas de saúde, ou seja, na sua capacidade de agir prontamente para responder a emergências associadas a desastres climáticos, como ondas de calor escaldante e eventualmente propagadoras de incêndios e chuvas fora do padrão com potencial de provocar enchentes e deslizamentos de terra. Eventos do gênero devem não só continuar acontecendo como aumentar em frequência e intensidade.

Contar com sistemas mais resilientes exige avaliar riscos por local ou região, identificar áreas mais expostas, estabelecer medidas de prevenção e mitigação e ter estruturas e equipes de resposta preparadas para agir. O objetivo é manter em funcionamento as atividades essenciais, entre elas as de saúde, eficazmente adaptadas para a nova realidade imposta pelas mudanças climáticas. Uma realidade que, aqui e no mundo, ressalta uma grande desigualdade: as mais impactadas são as populações mais pobres e mais vulneráveis.

Não não foi diferente na tragédia do Rio Grande do Sul, como mostrou estudo do Observatório das Metrópoles, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia. Embora as cheias tenham atingido bairros de classe média tradicionalmente imunes às inundações, as áreas mais impactadas nas cidades da região metropolitana foram aquelas onde residem as pessoas de baixa renda. Assim como no resto do País, são esses indivíduos que moram nas áreas de risco e, portanto, serão os mais afetados pelas catástrofes – das perdas materiais e de vidas aos problemas de saúde, sendo que em relação a estes há o agravante de essas áreas, em geral, terem menos estruturas de atendimento.

Tal fato nos remete ao conceito de justiça climática, que reconhece que os efeitos da crise ambiental atingem segmentos da sociedade de maneira desigual (os que menos contribuem para o aquecimento global são aqueles que mais sofrem com suas consequências) e propõe uma divisão mais justa dos investimentos e responsabilidades. Segundo relatório publicado no ano passado pela organização não governamental Oxfam, em 2019, 1% da população mundial mais rica (77 milhões de pessoas) respondeu por 16% do total de emissões de CO₂ do planeta, volume igual ao gerado por 66% da população pobre global (5 bilhões de pessoas).

Se cabe aos grupos mais vulneráveis a maior parcela dos impactos negativos provocados pelas alterações climáticas, devemos a eles a máxima atenção para mitigar os efeitos que essas mudanças causam nas diferentes dimensões de suas vidas, entre elas a da saúde.

*

PRESIDENTE DO HOSPITAL ALBERT EINSTEIN

Três hospitais, um inundado; três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), duas inundadas (assim como outra que seria inaugurada); 27 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), 19 inundadas. Esse era o cenário da estrutura pública de saúde de Canoas quando 22 profissionais da Missão Humanitária Einstein chegaram à cidade no dia 11 de maio. Os dados desse município, um dos mais de 470 afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul, exemplificam como as tragédias associadas às mudanças climáticas podem levar ao colapso os serviços de saúde do lugar, justamente quando eles são ainda mais necessários. Um mês depois, a missão do Einstein voltou a São Paulo, tendo realizado cerca de 2 mil atendimentos em uma UBS e deixado operacional uma UPA, depois da limpeza e reestruturação completa da instalação em um novo espaço alternativo. O Einstein também doou quase 5 toneladas de insumos e medicamentos.

Histórias semelhantes, de tragédia e ajuda para superação, se repetiram em várias localidades, contribuindo para enfrentar um problema que não termina na fase aguda das enchentes, quando os primeiros desafios são os atendimentos de urgência e emergência. Logo, eles se desdobram em uma infinidade de novas e não menos urgentes demandas de saúde, como leptospirose, hepatite A, distúrbios gastrointestinais e outras doenças infecciosas, dengue, covid-19, síndromes gripais em geral, pneumonias e outras enfermidades do trato respiratório, particularmente entre pessoas aglomeradas nos abrigos temporários. Já as perdas e o estresse pós-traumático exigem cuidados de saúde mental. Isso sem falar de quadros agravados pela falta de acesso a cuidados de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, ou a tratamentos, como os de quimioterapia e radioterapia, inviabilizados pelas restrições de mobilidade, unidades de saúde inoperantes ou falta de insumos.

Como ilustra a catástrofe gaúcha e tantas outras que já vimos, como as ocorridas no litoral norte de São Paulo e região serrana do Rio de Janeiro (para ficarmos apenas em alguns exemplos do Brasil), estamos sendo desafiados a desativar uma bomba armada a partir da correlação entre mudanças climáticas e crise sanitária.

Isso coloca em relevo a importância de investir na resiliência dos sistemas de saúde, ou seja, na sua capacidade de agir prontamente para responder a emergências associadas a desastres climáticos, como ondas de calor escaldante e eventualmente propagadoras de incêndios e chuvas fora do padrão com potencial de provocar enchentes e deslizamentos de terra. Eventos do gênero devem não só continuar acontecendo como aumentar em frequência e intensidade.

Contar com sistemas mais resilientes exige avaliar riscos por local ou região, identificar áreas mais expostas, estabelecer medidas de prevenção e mitigação e ter estruturas e equipes de resposta preparadas para agir. O objetivo é manter em funcionamento as atividades essenciais, entre elas as de saúde, eficazmente adaptadas para a nova realidade imposta pelas mudanças climáticas. Uma realidade que, aqui e no mundo, ressalta uma grande desigualdade: as mais impactadas são as populações mais pobres e mais vulneráveis.

Não não foi diferente na tragédia do Rio Grande do Sul, como mostrou estudo do Observatório das Metrópoles, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia. Embora as cheias tenham atingido bairros de classe média tradicionalmente imunes às inundações, as áreas mais impactadas nas cidades da região metropolitana foram aquelas onde residem as pessoas de baixa renda. Assim como no resto do País, são esses indivíduos que moram nas áreas de risco e, portanto, serão os mais afetados pelas catástrofes – das perdas materiais e de vidas aos problemas de saúde, sendo que em relação a estes há o agravante de essas áreas, em geral, terem menos estruturas de atendimento.

Tal fato nos remete ao conceito de justiça climática, que reconhece que os efeitos da crise ambiental atingem segmentos da sociedade de maneira desigual (os que menos contribuem para o aquecimento global são aqueles que mais sofrem com suas consequências) e propõe uma divisão mais justa dos investimentos e responsabilidades. Segundo relatório publicado no ano passado pela organização não governamental Oxfam, em 2019, 1% da população mundial mais rica (77 milhões de pessoas) respondeu por 16% do total de emissões de CO₂ do planeta, volume igual ao gerado por 66% da população pobre global (5 bilhões de pessoas).

Se cabe aos grupos mais vulneráveis a maior parcela dos impactos negativos provocados pelas alterações climáticas, devemos a eles a máxima atenção para mitigar os efeitos que essas mudanças causam nas diferentes dimensões de suas vidas, entre elas a da saúde.

*

PRESIDENTE DO HOSPITAL ALBERT EINSTEIN

Três hospitais, um inundado; três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), duas inundadas (assim como outra que seria inaugurada); 27 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), 19 inundadas. Esse era o cenário da estrutura pública de saúde de Canoas quando 22 profissionais da Missão Humanitária Einstein chegaram à cidade no dia 11 de maio. Os dados desse município, um dos mais de 470 afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul, exemplificam como as tragédias associadas às mudanças climáticas podem levar ao colapso os serviços de saúde do lugar, justamente quando eles são ainda mais necessários. Um mês depois, a missão do Einstein voltou a São Paulo, tendo realizado cerca de 2 mil atendimentos em uma UBS e deixado operacional uma UPA, depois da limpeza e reestruturação completa da instalação em um novo espaço alternativo. O Einstein também doou quase 5 toneladas de insumos e medicamentos.

Histórias semelhantes, de tragédia e ajuda para superação, se repetiram em várias localidades, contribuindo para enfrentar um problema que não termina na fase aguda das enchentes, quando os primeiros desafios são os atendimentos de urgência e emergência. Logo, eles se desdobram em uma infinidade de novas e não menos urgentes demandas de saúde, como leptospirose, hepatite A, distúrbios gastrointestinais e outras doenças infecciosas, dengue, covid-19, síndromes gripais em geral, pneumonias e outras enfermidades do trato respiratório, particularmente entre pessoas aglomeradas nos abrigos temporários. Já as perdas e o estresse pós-traumático exigem cuidados de saúde mental. Isso sem falar de quadros agravados pela falta de acesso a cuidados de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, ou a tratamentos, como os de quimioterapia e radioterapia, inviabilizados pelas restrições de mobilidade, unidades de saúde inoperantes ou falta de insumos.

Como ilustra a catástrofe gaúcha e tantas outras que já vimos, como as ocorridas no litoral norte de São Paulo e região serrana do Rio de Janeiro (para ficarmos apenas em alguns exemplos do Brasil), estamos sendo desafiados a desativar uma bomba armada a partir da correlação entre mudanças climáticas e crise sanitária.

Isso coloca em relevo a importância de investir na resiliência dos sistemas de saúde, ou seja, na sua capacidade de agir prontamente para responder a emergências associadas a desastres climáticos, como ondas de calor escaldante e eventualmente propagadoras de incêndios e chuvas fora do padrão com potencial de provocar enchentes e deslizamentos de terra. Eventos do gênero devem não só continuar acontecendo como aumentar em frequência e intensidade.

Contar com sistemas mais resilientes exige avaliar riscos por local ou região, identificar áreas mais expostas, estabelecer medidas de prevenção e mitigação e ter estruturas e equipes de resposta preparadas para agir. O objetivo é manter em funcionamento as atividades essenciais, entre elas as de saúde, eficazmente adaptadas para a nova realidade imposta pelas mudanças climáticas. Uma realidade que, aqui e no mundo, ressalta uma grande desigualdade: as mais impactadas são as populações mais pobres e mais vulneráveis.

Não não foi diferente na tragédia do Rio Grande do Sul, como mostrou estudo do Observatório das Metrópoles, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia. Embora as cheias tenham atingido bairros de classe média tradicionalmente imunes às inundações, as áreas mais impactadas nas cidades da região metropolitana foram aquelas onde residem as pessoas de baixa renda. Assim como no resto do País, são esses indivíduos que moram nas áreas de risco e, portanto, serão os mais afetados pelas catástrofes – das perdas materiais e de vidas aos problemas de saúde, sendo que em relação a estes há o agravante de essas áreas, em geral, terem menos estruturas de atendimento.

Tal fato nos remete ao conceito de justiça climática, que reconhece que os efeitos da crise ambiental atingem segmentos da sociedade de maneira desigual (os que menos contribuem para o aquecimento global são aqueles que mais sofrem com suas consequências) e propõe uma divisão mais justa dos investimentos e responsabilidades. Segundo relatório publicado no ano passado pela organização não governamental Oxfam, em 2019, 1% da população mundial mais rica (77 milhões de pessoas) respondeu por 16% do total de emissões de CO₂ do planeta, volume igual ao gerado por 66% da população pobre global (5 bilhões de pessoas).

Se cabe aos grupos mais vulneráveis a maior parcela dos impactos negativos provocados pelas alterações climáticas, devemos a eles a máxima atenção para mitigar os efeitos que essas mudanças causam nas diferentes dimensões de suas vidas, entre elas a da saúde.

*

PRESIDENTE DO HOSPITAL ALBERT EINSTEIN

Opinião por Sidney Klajner

Presidente do Hospital Albert Einstein

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.