Opinião|Liderança feminina em 2024: avanços, desafios e oportunidades


Mulheres oferecem perspectivas valiosas na tomada de decisões e desempenham um papel crucial na abordagem dos desafios globais contemporâneos

Por Patrícia Ajeje

Nos últimos nove anos, desde 2015, temos sido testemunhas de um notável avanço no papel das mulheres em cargos de liderança em empresas em todo o mundo. O aumento da representatividade de 17% para 28% é um sinal claro de que os esforços contínuos em prol da diversidade estão gerando resultados. Esse progresso inegável destaca a capacidade das empresas de efetuar mudanças quando se comprometem a resolver um problema. No entanto, apesar desses números promissores, a verdadeira igualdade de gênero ainda é um objetivo distante, especialmente nos níveis de média gestão.

Olhando para 2024, uma recente pesquisa global prevê que, a cada dez posições de comando e liderança em organizações, não mais do que três serão ocupadas por mulheres. Na América Latina, que responde por apenas 26% das empresas que se preocupam em ter programas de atração e retenção de talentos femininos, os números são ainda mais desanimadores, com o Brasil registrando uma representação feminina de apenas 17%.

No entanto, enquanto o mundo corporativo ainda luta para alcançar a paridade de gênero, a política global parece estar dando passos significativos nesta direção. Diversas nações testemunham um notável aumento na representatividade de candidatas femininas, que prometem trazer diversidade e impacto para a tomada de decisões. Nos EUA, uma nação central na política global, destacam-se as candidaturas da respeitada escritora Marianne Williamson e da ex-embaixadora dos EUA na ONU Nikki Haley, que estão disputando as eleições de 2024. A eleição de uma mulher como presidente dos EUA será, sem dúvida, um marco histórico e significativo, ressaltando a igualdade de gênero e servindo como fonte de inspiração para jovens mulheres e meninas que almejam cargos de liderança, contribuindo para a quebra do teto de vidro.

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Ao analisar o cenário global de 2024, contudo, é evidente que diversos fatores afetarão diretamente a liderança feminina. A desaceleração econômica global, observada no final de 2023, levanta preocupações sobre a estabilidade e as chances no mercado de trabalho. As empresas podem se inclinar a reduzir o uso de mão de obra, o que, por sua vez, pode afetar negativamente as horas produtivas das funcionárias. Isso não apenas cria uma tendência de enfraquecimento no crescimento do emprego, mas também limita as possibilidades para as mulheres avançarem em suas carreiras. Além disso, a desaceleração econômica pode afetar adversamente o progresso na redução da pobreza e na melhoria dos padrões de vida das trabalhadoras em todo o mundo.

A ascensão da inteligência artificial (IA) gera apreensão e incerteza, pois, embora impulsione a inovação e a eficiência, também levanta apreensões sobre a ameaça aos empregos, o que pode agravar divisões e desigualdades na sociedade. Diante deste panorama desafiador, a implementação de medidas e políticas se torna crucial para minimizar esses impactos e garantir igualdade de oportunidades, com um enfoque especial nas mulheres.

Por outro lado, a IA traz consigo não só provocações, mas também potencialidades únicas. A automação do trabalho e a ameaça de ampliar disparidades sociais requerem uma liderança ética e justa, na qual as mulheres desempenham um papel vital ao advogar por políticas que assegurem a equidade de perspectivas e reduzam o impacto negativo da automação em grupos mais vulneráveis. Além disso, a aceleração da digitalização, impulsionada pela pandemia de covid-19, está reformulando a natureza do trabalho, criando um leque mais amplo de possibilidades para as mulheres assumirem funções de liderança e promoverem ambientes de trabalho inclusivos e flexíveis.

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Paralelamente, as tendências e dificuldades na gestão climática também impactam as carreiras femininas, abrindo novas oportunidades, mas exigindo uma maior representatividade e superação de estereótipos de gênero. Com a transição para uma economia mais sustentável, as carreiras femininas podem ser impactadas à medida que setores tradicionais dão lugar a energia limpa e tecnologias sustentáveis. É essencial incentivar e apoiar as mulheres na gestão climática e em carreiras de sustentabilidade. A liderança feminina é vital para a adoção de políticas ambientais rigorosas e o desenvolvimento de soluções inovadoras para desafios climáticos.

O aumento do número de mulheres em cargos de liderança vai além da mera representatividade; é uma questão de justiça social e econômica. As mulheres oferecem perspectivas únicas e valiosas na tomada de decisões, desempenhando um papel crucial na abordagem dos desafios globais contemporâneos. Portanto, é imperativo persistir na busca pela igualdade de gênero em todos os estratos da liderança e em todos os setores. Embora a jornada possa ser longa e cheia de obstáculos, com determinação e esforço contínuo é possível alcançar avanços significativos.

A liderança feminina não é apenas uma necessidade, mas também uma força propulsora em direção a um futuro mais promissor e equitativo. Assim, investir e apoiar ativamente as mulheres em posições de liderança em todos os campos e níveis governamentais se torna essencial. Reconhecer isso é o primeiro passo para garantir um futuro em que todos possam prosperar.

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MÃE, ENGENHEIRA QUÍMICA, ADMINISTRADORA DE EMPRESAS, É CEO DA CHEM-TREND AMÉRICA DO NORTE (EUA, CANADÁ E MÉXICO)

Nos últimos nove anos, desde 2015, temos sido testemunhas de um notável avanço no papel das mulheres em cargos de liderança em empresas em todo o mundo. O aumento da representatividade de 17% para 28% é um sinal claro de que os esforços contínuos em prol da diversidade estão gerando resultados. Esse progresso inegável destaca a capacidade das empresas de efetuar mudanças quando se comprometem a resolver um problema. No entanto, apesar desses números promissores, a verdadeira igualdade de gênero ainda é um objetivo distante, especialmente nos níveis de média gestão.

Olhando para 2024, uma recente pesquisa global prevê que, a cada dez posições de comando e liderança em organizações, não mais do que três serão ocupadas por mulheres. Na América Latina, que responde por apenas 26% das empresas que se preocupam em ter programas de atração e retenção de talentos femininos, os números são ainda mais desanimadores, com o Brasil registrando uma representação feminina de apenas 17%.

No entanto, enquanto o mundo corporativo ainda luta para alcançar a paridade de gênero, a política global parece estar dando passos significativos nesta direção. Diversas nações testemunham um notável aumento na representatividade de candidatas femininas, que prometem trazer diversidade e impacto para a tomada de decisões. Nos EUA, uma nação central na política global, destacam-se as candidaturas da respeitada escritora Marianne Williamson e da ex-embaixadora dos EUA na ONU Nikki Haley, que estão disputando as eleições de 2024. A eleição de uma mulher como presidente dos EUA será, sem dúvida, um marco histórico e significativo, ressaltando a igualdade de gênero e servindo como fonte de inspiração para jovens mulheres e meninas que almejam cargos de liderança, contribuindo para a quebra do teto de vidro.

Ao analisar o cenário global de 2024, contudo, é evidente que diversos fatores afetarão diretamente a liderança feminina. A desaceleração econômica global, observada no final de 2023, levanta preocupações sobre a estabilidade e as chances no mercado de trabalho. As empresas podem se inclinar a reduzir o uso de mão de obra, o que, por sua vez, pode afetar negativamente as horas produtivas das funcionárias. Isso não apenas cria uma tendência de enfraquecimento no crescimento do emprego, mas também limita as possibilidades para as mulheres avançarem em suas carreiras. Além disso, a desaceleração econômica pode afetar adversamente o progresso na redução da pobreza e na melhoria dos padrões de vida das trabalhadoras em todo o mundo.

A ascensão da inteligência artificial (IA) gera apreensão e incerteza, pois, embora impulsione a inovação e a eficiência, também levanta apreensões sobre a ameaça aos empregos, o que pode agravar divisões e desigualdades na sociedade. Diante deste panorama desafiador, a implementação de medidas e políticas se torna crucial para minimizar esses impactos e garantir igualdade de oportunidades, com um enfoque especial nas mulheres.

Por outro lado, a IA traz consigo não só provocações, mas também potencialidades únicas. A automação do trabalho e a ameaça de ampliar disparidades sociais requerem uma liderança ética e justa, na qual as mulheres desempenham um papel vital ao advogar por políticas que assegurem a equidade de perspectivas e reduzam o impacto negativo da automação em grupos mais vulneráveis. Além disso, a aceleração da digitalização, impulsionada pela pandemia de covid-19, está reformulando a natureza do trabalho, criando um leque mais amplo de possibilidades para as mulheres assumirem funções de liderança e promoverem ambientes de trabalho inclusivos e flexíveis.

Paralelamente, as tendências e dificuldades na gestão climática também impactam as carreiras femininas, abrindo novas oportunidades, mas exigindo uma maior representatividade e superação de estereótipos de gênero. Com a transição para uma economia mais sustentável, as carreiras femininas podem ser impactadas à medida que setores tradicionais dão lugar a energia limpa e tecnologias sustentáveis. É essencial incentivar e apoiar as mulheres na gestão climática e em carreiras de sustentabilidade. A liderança feminina é vital para a adoção de políticas ambientais rigorosas e o desenvolvimento de soluções inovadoras para desafios climáticos.

O aumento do número de mulheres em cargos de liderança vai além da mera representatividade; é uma questão de justiça social e econômica. As mulheres oferecem perspectivas únicas e valiosas na tomada de decisões, desempenhando um papel crucial na abordagem dos desafios globais contemporâneos. Portanto, é imperativo persistir na busca pela igualdade de gênero em todos os estratos da liderança e em todos os setores. Embora a jornada possa ser longa e cheia de obstáculos, com determinação e esforço contínuo é possível alcançar avanços significativos.

A liderança feminina não é apenas uma necessidade, mas também uma força propulsora em direção a um futuro mais promissor e equitativo. Assim, investir e apoiar ativamente as mulheres em posições de liderança em todos os campos e níveis governamentais se torna essencial. Reconhecer isso é o primeiro passo para garantir um futuro em que todos possam prosperar.

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MÃE, ENGENHEIRA QUÍMICA, ADMINISTRADORA DE EMPRESAS, É CEO DA CHEM-TREND AMÉRICA DO NORTE (EUA, CANADÁ E MÉXICO)

Nos últimos nove anos, desde 2015, temos sido testemunhas de um notável avanço no papel das mulheres em cargos de liderança em empresas em todo o mundo. O aumento da representatividade de 17% para 28% é um sinal claro de que os esforços contínuos em prol da diversidade estão gerando resultados. Esse progresso inegável destaca a capacidade das empresas de efetuar mudanças quando se comprometem a resolver um problema. No entanto, apesar desses números promissores, a verdadeira igualdade de gênero ainda é um objetivo distante, especialmente nos níveis de média gestão.

Olhando para 2024, uma recente pesquisa global prevê que, a cada dez posições de comando e liderança em organizações, não mais do que três serão ocupadas por mulheres. Na América Latina, que responde por apenas 26% das empresas que se preocupam em ter programas de atração e retenção de talentos femininos, os números são ainda mais desanimadores, com o Brasil registrando uma representação feminina de apenas 17%.

No entanto, enquanto o mundo corporativo ainda luta para alcançar a paridade de gênero, a política global parece estar dando passos significativos nesta direção. Diversas nações testemunham um notável aumento na representatividade de candidatas femininas, que prometem trazer diversidade e impacto para a tomada de decisões. Nos EUA, uma nação central na política global, destacam-se as candidaturas da respeitada escritora Marianne Williamson e da ex-embaixadora dos EUA na ONU Nikki Haley, que estão disputando as eleições de 2024. A eleição de uma mulher como presidente dos EUA será, sem dúvida, um marco histórico e significativo, ressaltando a igualdade de gênero e servindo como fonte de inspiração para jovens mulheres e meninas que almejam cargos de liderança, contribuindo para a quebra do teto de vidro.

Ao analisar o cenário global de 2024, contudo, é evidente que diversos fatores afetarão diretamente a liderança feminina. A desaceleração econômica global, observada no final de 2023, levanta preocupações sobre a estabilidade e as chances no mercado de trabalho. As empresas podem se inclinar a reduzir o uso de mão de obra, o que, por sua vez, pode afetar negativamente as horas produtivas das funcionárias. Isso não apenas cria uma tendência de enfraquecimento no crescimento do emprego, mas também limita as possibilidades para as mulheres avançarem em suas carreiras. Além disso, a desaceleração econômica pode afetar adversamente o progresso na redução da pobreza e na melhoria dos padrões de vida das trabalhadoras em todo o mundo.

A ascensão da inteligência artificial (IA) gera apreensão e incerteza, pois, embora impulsione a inovação e a eficiência, também levanta apreensões sobre a ameaça aos empregos, o que pode agravar divisões e desigualdades na sociedade. Diante deste panorama desafiador, a implementação de medidas e políticas se torna crucial para minimizar esses impactos e garantir igualdade de oportunidades, com um enfoque especial nas mulheres.

Por outro lado, a IA traz consigo não só provocações, mas também potencialidades únicas. A automação do trabalho e a ameaça de ampliar disparidades sociais requerem uma liderança ética e justa, na qual as mulheres desempenham um papel vital ao advogar por políticas que assegurem a equidade de perspectivas e reduzam o impacto negativo da automação em grupos mais vulneráveis. Além disso, a aceleração da digitalização, impulsionada pela pandemia de covid-19, está reformulando a natureza do trabalho, criando um leque mais amplo de possibilidades para as mulheres assumirem funções de liderança e promoverem ambientes de trabalho inclusivos e flexíveis.

Paralelamente, as tendências e dificuldades na gestão climática também impactam as carreiras femininas, abrindo novas oportunidades, mas exigindo uma maior representatividade e superação de estereótipos de gênero. Com a transição para uma economia mais sustentável, as carreiras femininas podem ser impactadas à medida que setores tradicionais dão lugar a energia limpa e tecnologias sustentáveis. É essencial incentivar e apoiar as mulheres na gestão climática e em carreiras de sustentabilidade. A liderança feminina é vital para a adoção de políticas ambientais rigorosas e o desenvolvimento de soluções inovadoras para desafios climáticos.

O aumento do número de mulheres em cargos de liderança vai além da mera representatividade; é uma questão de justiça social e econômica. As mulheres oferecem perspectivas únicas e valiosas na tomada de decisões, desempenhando um papel crucial na abordagem dos desafios globais contemporâneos. Portanto, é imperativo persistir na busca pela igualdade de gênero em todos os estratos da liderança e em todos os setores. Embora a jornada possa ser longa e cheia de obstáculos, com determinação e esforço contínuo é possível alcançar avanços significativos.

A liderança feminina não é apenas uma necessidade, mas também uma força propulsora em direção a um futuro mais promissor e equitativo. Assim, investir e apoiar ativamente as mulheres em posições de liderança em todos os campos e níveis governamentais se torna essencial. Reconhecer isso é o primeiro passo para garantir um futuro em que todos possam prosperar.

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MÃE, ENGENHEIRA QUÍMICA, ADMINISTRADORA DE EMPRESAS, É CEO DA CHEM-TREND AMÉRICA DO NORTE (EUA, CANADÁ E MÉXICO)

Nos últimos nove anos, desde 2015, temos sido testemunhas de um notável avanço no papel das mulheres em cargos de liderança em empresas em todo o mundo. O aumento da representatividade de 17% para 28% é um sinal claro de que os esforços contínuos em prol da diversidade estão gerando resultados. Esse progresso inegável destaca a capacidade das empresas de efetuar mudanças quando se comprometem a resolver um problema. No entanto, apesar desses números promissores, a verdadeira igualdade de gênero ainda é um objetivo distante, especialmente nos níveis de média gestão.

Olhando para 2024, uma recente pesquisa global prevê que, a cada dez posições de comando e liderança em organizações, não mais do que três serão ocupadas por mulheres. Na América Latina, que responde por apenas 26% das empresas que se preocupam em ter programas de atração e retenção de talentos femininos, os números são ainda mais desanimadores, com o Brasil registrando uma representação feminina de apenas 17%.

No entanto, enquanto o mundo corporativo ainda luta para alcançar a paridade de gênero, a política global parece estar dando passos significativos nesta direção. Diversas nações testemunham um notável aumento na representatividade de candidatas femininas, que prometem trazer diversidade e impacto para a tomada de decisões. Nos EUA, uma nação central na política global, destacam-se as candidaturas da respeitada escritora Marianne Williamson e da ex-embaixadora dos EUA na ONU Nikki Haley, que estão disputando as eleições de 2024. A eleição de uma mulher como presidente dos EUA será, sem dúvida, um marco histórico e significativo, ressaltando a igualdade de gênero e servindo como fonte de inspiração para jovens mulheres e meninas que almejam cargos de liderança, contribuindo para a quebra do teto de vidro.

Ao analisar o cenário global de 2024, contudo, é evidente que diversos fatores afetarão diretamente a liderança feminina. A desaceleração econômica global, observada no final de 2023, levanta preocupações sobre a estabilidade e as chances no mercado de trabalho. As empresas podem se inclinar a reduzir o uso de mão de obra, o que, por sua vez, pode afetar negativamente as horas produtivas das funcionárias. Isso não apenas cria uma tendência de enfraquecimento no crescimento do emprego, mas também limita as possibilidades para as mulheres avançarem em suas carreiras. Além disso, a desaceleração econômica pode afetar adversamente o progresso na redução da pobreza e na melhoria dos padrões de vida das trabalhadoras em todo o mundo.

A ascensão da inteligência artificial (IA) gera apreensão e incerteza, pois, embora impulsione a inovação e a eficiência, também levanta apreensões sobre a ameaça aos empregos, o que pode agravar divisões e desigualdades na sociedade. Diante deste panorama desafiador, a implementação de medidas e políticas se torna crucial para minimizar esses impactos e garantir igualdade de oportunidades, com um enfoque especial nas mulheres.

Por outro lado, a IA traz consigo não só provocações, mas também potencialidades únicas. A automação do trabalho e a ameaça de ampliar disparidades sociais requerem uma liderança ética e justa, na qual as mulheres desempenham um papel vital ao advogar por políticas que assegurem a equidade de perspectivas e reduzam o impacto negativo da automação em grupos mais vulneráveis. Além disso, a aceleração da digitalização, impulsionada pela pandemia de covid-19, está reformulando a natureza do trabalho, criando um leque mais amplo de possibilidades para as mulheres assumirem funções de liderança e promoverem ambientes de trabalho inclusivos e flexíveis.

Paralelamente, as tendências e dificuldades na gestão climática também impactam as carreiras femininas, abrindo novas oportunidades, mas exigindo uma maior representatividade e superação de estereótipos de gênero. Com a transição para uma economia mais sustentável, as carreiras femininas podem ser impactadas à medida que setores tradicionais dão lugar a energia limpa e tecnologias sustentáveis. É essencial incentivar e apoiar as mulheres na gestão climática e em carreiras de sustentabilidade. A liderança feminina é vital para a adoção de políticas ambientais rigorosas e o desenvolvimento de soluções inovadoras para desafios climáticos.

O aumento do número de mulheres em cargos de liderança vai além da mera representatividade; é uma questão de justiça social e econômica. As mulheres oferecem perspectivas únicas e valiosas na tomada de decisões, desempenhando um papel crucial na abordagem dos desafios globais contemporâneos. Portanto, é imperativo persistir na busca pela igualdade de gênero em todos os estratos da liderança e em todos os setores. Embora a jornada possa ser longa e cheia de obstáculos, com determinação e esforço contínuo é possível alcançar avanços significativos.

A liderança feminina não é apenas uma necessidade, mas também uma força propulsora em direção a um futuro mais promissor e equitativo. Assim, investir e apoiar ativamente as mulheres em posições de liderança em todos os campos e níveis governamentais se torna essencial. Reconhecer isso é o primeiro passo para garantir um futuro em que todos possam prosperar.

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MÃE, ENGENHEIRA QUÍMICA, ADMINISTRADORA DE EMPRESAS, É CEO DA CHEM-TREND AMÉRICA DO NORTE (EUA, CANADÁ E MÉXICO)

Nos últimos nove anos, desde 2015, temos sido testemunhas de um notável avanço no papel das mulheres em cargos de liderança em empresas em todo o mundo. O aumento da representatividade de 17% para 28% é um sinal claro de que os esforços contínuos em prol da diversidade estão gerando resultados. Esse progresso inegável destaca a capacidade das empresas de efetuar mudanças quando se comprometem a resolver um problema. No entanto, apesar desses números promissores, a verdadeira igualdade de gênero ainda é um objetivo distante, especialmente nos níveis de média gestão.

Olhando para 2024, uma recente pesquisa global prevê que, a cada dez posições de comando e liderança em organizações, não mais do que três serão ocupadas por mulheres. Na América Latina, que responde por apenas 26% das empresas que se preocupam em ter programas de atração e retenção de talentos femininos, os números são ainda mais desanimadores, com o Brasil registrando uma representação feminina de apenas 17%.

No entanto, enquanto o mundo corporativo ainda luta para alcançar a paridade de gênero, a política global parece estar dando passos significativos nesta direção. Diversas nações testemunham um notável aumento na representatividade de candidatas femininas, que prometem trazer diversidade e impacto para a tomada de decisões. Nos EUA, uma nação central na política global, destacam-se as candidaturas da respeitada escritora Marianne Williamson e da ex-embaixadora dos EUA na ONU Nikki Haley, que estão disputando as eleições de 2024. A eleição de uma mulher como presidente dos EUA será, sem dúvida, um marco histórico e significativo, ressaltando a igualdade de gênero e servindo como fonte de inspiração para jovens mulheres e meninas que almejam cargos de liderança, contribuindo para a quebra do teto de vidro.

Ao analisar o cenário global de 2024, contudo, é evidente que diversos fatores afetarão diretamente a liderança feminina. A desaceleração econômica global, observada no final de 2023, levanta preocupações sobre a estabilidade e as chances no mercado de trabalho. As empresas podem se inclinar a reduzir o uso de mão de obra, o que, por sua vez, pode afetar negativamente as horas produtivas das funcionárias. Isso não apenas cria uma tendência de enfraquecimento no crescimento do emprego, mas também limita as possibilidades para as mulheres avançarem em suas carreiras. Além disso, a desaceleração econômica pode afetar adversamente o progresso na redução da pobreza e na melhoria dos padrões de vida das trabalhadoras em todo o mundo.

A ascensão da inteligência artificial (IA) gera apreensão e incerteza, pois, embora impulsione a inovação e a eficiência, também levanta apreensões sobre a ameaça aos empregos, o que pode agravar divisões e desigualdades na sociedade. Diante deste panorama desafiador, a implementação de medidas e políticas se torna crucial para minimizar esses impactos e garantir igualdade de oportunidades, com um enfoque especial nas mulheres.

Por outro lado, a IA traz consigo não só provocações, mas também potencialidades únicas. A automação do trabalho e a ameaça de ampliar disparidades sociais requerem uma liderança ética e justa, na qual as mulheres desempenham um papel vital ao advogar por políticas que assegurem a equidade de perspectivas e reduzam o impacto negativo da automação em grupos mais vulneráveis. Além disso, a aceleração da digitalização, impulsionada pela pandemia de covid-19, está reformulando a natureza do trabalho, criando um leque mais amplo de possibilidades para as mulheres assumirem funções de liderança e promoverem ambientes de trabalho inclusivos e flexíveis.

Paralelamente, as tendências e dificuldades na gestão climática também impactam as carreiras femininas, abrindo novas oportunidades, mas exigindo uma maior representatividade e superação de estereótipos de gênero. Com a transição para uma economia mais sustentável, as carreiras femininas podem ser impactadas à medida que setores tradicionais dão lugar a energia limpa e tecnologias sustentáveis. É essencial incentivar e apoiar as mulheres na gestão climática e em carreiras de sustentabilidade. A liderança feminina é vital para a adoção de políticas ambientais rigorosas e o desenvolvimento de soluções inovadoras para desafios climáticos.

O aumento do número de mulheres em cargos de liderança vai além da mera representatividade; é uma questão de justiça social e econômica. As mulheres oferecem perspectivas únicas e valiosas na tomada de decisões, desempenhando um papel crucial na abordagem dos desafios globais contemporâneos. Portanto, é imperativo persistir na busca pela igualdade de gênero em todos os estratos da liderança e em todos os setores. Embora a jornada possa ser longa e cheia de obstáculos, com determinação e esforço contínuo é possível alcançar avanços significativos.

A liderança feminina não é apenas uma necessidade, mas também uma força propulsora em direção a um futuro mais promissor e equitativo. Assim, investir e apoiar ativamente as mulheres em posições de liderança em todos os campos e níveis governamentais se torna essencial. Reconhecer isso é o primeiro passo para garantir um futuro em que todos possam prosperar.

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