Opinião|Limites e riscos da universidade redentora


O fortalecimento das lutas identitárias e a promoção da redenção social seriam os objetivos centrais da universidade?

Por Marcos Lopes

As paralisações e greves estudantis nas universidades tornaram-se uma rotina e reforçam alguns estereótipos sobre sua nova atividade-fim: a justiça social. Por que a universidade pública atribuiu-se tal missão? Por acaso pobres e elites se interessam por ela? As elites brasileiras se reproduzem em centros de formação criados por elas mesmas e têm acesso facilitado às instituições estrangeiras. Aos pobres, preocupados com a sobrevivência, restam empregos precarizados. Operando entre esses extremos, a universidade se torna o reduto de uma classe média que luta, por meio de uma boa formação, para escapar da exclusão social.

Mas o esforço atual das instituições de ensino recai cada vez menos na formação intelectual e científica de excelência. Nas humanidades isto se torna evidente: o espaço acadêmico serve para confirmar crenças trazidas pelas experiências sociais dos alunos. Para não nos mostrarmos superiores, encorajamos saberes alternativos e experimentos linguísticos. Junto ao jargão e ao simbolismo visual dos jovens, isso sugere uma comunhão efêmera de almas e a sensação de pertencimento em um espaço social que, aos poucos, se degrada com o vandalismo e as investidas contra a aura do professor. A universidade pública parece destinada a assumir a feição precarizada das escolas estaduais.

Uma minoria inserida nas universidades, por meio das políticas de inclusão, sabe que não haverá lugar para a grande maioria ainda excluída delas. Como equilibrar a consciência de ter conquistado uma vaga no ensino superior com a percepção de que isso a transforma, em um contexto de desigualdades estruturais, em parcela privilegiada? Um permanente estado de tensão no espaço acadêmico parece exprimir o desejo de ampliação de direitos. Novos pleitos, o fim do vestibular e a progressão automática já se anunciam.

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Esse papel redentor não poderia ser assumido por instituições mais aptas? As igrejas fazem mais pela inclusão do que sindicatos e universidades. São elas que, nas periferias, ajudam o pobre a ter dignidade e compromisso com o próximo. Elas são redes de apoio que podem, certamente, estar restritas aos seus fiéis e dizimistas. Mas, em que pesem as inúmeras questões, de ordem antropológica ou sociológica, sobre seu papel, tais organizações produzem uma eficácia concreta e simbólica para famílias ou indivíduos em deriva financeira e moral. Se considerarmos a escala e o impacto dessas comunidades, a inclusão social pretendida pela universidade é irrisória.

O fortalecimento das lutas identitárias e a promoção da redenção social seriam os objetivos centrais da universidade? Para o ideário progressista, essa missão legitima a importância dela diante da opinião pública, que lhe cobra, com frequência, benefícios tangíveis para toda a sociedade, em razão do custo de seu financiamento. Mas essa missão não desvirtua o fim último da universidade, ao rebaixar os valores acadêmicos e submeter discentes e docentes a um populismo político, jurídico e cultural?

Na universidade, a vida intelectual está rarefeita. Congressos acadêmicos lembram rituais, com mais fiéis no púlpito do que na assembleia. Defesas de tese e dissertação não atraem a comunidade acadêmica. Muitas bibliotecas são inóspitas, sem conforto térmico ou acústico. O conjunto arquitetônico da universidade assemelha-se ao de condomínios incomunicáveis entre si, e espelha a falta de diálogo entre a ciência, a técnica e as humanidades.

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Como explicar essa ausência de diálogo? É consenso que o campo das ciências se tornou muito extenso, levando o estudioso a concentrar-se em uma especialidade muito particular, ignorando as demais. O virtuosismo do especialista o aproxima do emblemático personagem de Charles Chaplin em Tempos Modernos. Pressionado pela escala produtiva de papers e abduzido pelas novas mídias, o especialista não está preso ao chão da fábrica, mas não sabe reverter sua racionalidade para enfrentar a desconexão com o todo.

À especialização precoce, cultivada desde o início na graduação, veio se acrescentar o fenômeno das particularidades irredutíveis, isto é, a fragmentação por segmentos específicos (pretos, pessoas trans, indígenas, etc.), para que direitos possam ser reconhecidos na arena política. Em que pese o timbre progressista, esse fenômeno lembra o individualismo neoliberal, na medida em que reivindica lugares especiais, somente compreendidos por seus integrantes. Essa especificidade intransitiva dificulta, do ponto de vista das relações interpessoais, um novo pacto entre docentes e discentes. Ela precipita o declínio da ideia de universidade. Precisaremos de diálogo e de muita imaginação se desejarmos que essa velha senhora, criada no seio da Europa cristã, continue a ter relevância.

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PROFESSOR DE LITERATURA GERAL E COMPARADA NA UNICAMP, ORGANIZADOR DO VOLUME ‘O MARINHEIRO’, DE FERNANDO PESSOA, PELA EDITORA DA UNICAMP, É PESQUISADOR DE CRÍTICA LITERÁRIA NO CONTEXTO DO PENSAMENTO LIBERAL E CONSERVADOR

As paralisações e greves estudantis nas universidades tornaram-se uma rotina e reforçam alguns estereótipos sobre sua nova atividade-fim: a justiça social. Por que a universidade pública atribuiu-se tal missão? Por acaso pobres e elites se interessam por ela? As elites brasileiras se reproduzem em centros de formação criados por elas mesmas e têm acesso facilitado às instituições estrangeiras. Aos pobres, preocupados com a sobrevivência, restam empregos precarizados. Operando entre esses extremos, a universidade se torna o reduto de uma classe média que luta, por meio de uma boa formação, para escapar da exclusão social.

Mas o esforço atual das instituições de ensino recai cada vez menos na formação intelectual e científica de excelência. Nas humanidades isto se torna evidente: o espaço acadêmico serve para confirmar crenças trazidas pelas experiências sociais dos alunos. Para não nos mostrarmos superiores, encorajamos saberes alternativos e experimentos linguísticos. Junto ao jargão e ao simbolismo visual dos jovens, isso sugere uma comunhão efêmera de almas e a sensação de pertencimento em um espaço social que, aos poucos, se degrada com o vandalismo e as investidas contra a aura do professor. A universidade pública parece destinada a assumir a feição precarizada das escolas estaduais.

Uma minoria inserida nas universidades, por meio das políticas de inclusão, sabe que não haverá lugar para a grande maioria ainda excluída delas. Como equilibrar a consciência de ter conquistado uma vaga no ensino superior com a percepção de que isso a transforma, em um contexto de desigualdades estruturais, em parcela privilegiada? Um permanente estado de tensão no espaço acadêmico parece exprimir o desejo de ampliação de direitos. Novos pleitos, o fim do vestibular e a progressão automática já se anunciam.

Esse papel redentor não poderia ser assumido por instituições mais aptas? As igrejas fazem mais pela inclusão do que sindicatos e universidades. São elas que, nas periferias, ajudam o pobre a ter dignidade e compromisso com o próximo. Elas são redes de apoio que podem, certamente, estar restritas aos seus fiéis e dizimistas. Mas, em que pesem as inúmeras questões, de ordem antropológica ou sociológica, sobre seu papel, tais organizações produzem uma eficácia concreta e simbólica para famílias ou indivíduos em deriva financeira e moral. Se considerarmos a escala e o impacto dessas comunidades, a inclusão social pretendida pela universidade é irrisória.

O fortalecimento das lutas identitárias e a promoção da redenção social seriam os objetivos centrais da universidade? Para o ideário progressista, essa missão legitima a importância dela diante da opinião pública, que lhe cobra, com frequência, benefícios tangíveis para toda a sociedade, em razão do custo de seu financiamento. Mas essa missão não desvirtua o fim último da universidade, ao rebaixar os valores acadêmicos e submeter discentes e docentes a um populismo político, jurídico e cultural?

Na universidade, a vida intelectual está rarefeita. Congressos acadêmicos lembram rituais, com mais fiéis no púlpito do que na assembleia. Defesas de tese e dissertação não atraem a comunidade acadêmica. Muitas bibliotecas são inóspitas, sem conforto térmico ou acústico. O conjunto arquitetônico da universidade assemelha-se ao de condomínios incomunicáveis entre si, e espelha a falta de diálogo entre a ciência, a técnica e as humanidades.

Como explicar essa ausência de diálogo? É consenso que o campo das ciências se tornou muito extenso, levando o estudioso a concentrar-se em uma especialidade muito particular, ignorando as demais. O virtuosismo do especialista o aproxima do emblemático personagem de Charles Chaplin em Tempos Modernos. Pressionado pela escala produtiva de papers e abduzido pelas novas mídias, o especialista não está preso ao chão da fábrica, mas não sabe reverter sua racionalidade para enfrentar a desconexão com o todo.

À especialização precoce, cultivada desde o início na graduação, veio se acrescentar o fenômeno das particularidades irredutíveis, isto é, a fragmentação por segmentos específicos (pretos, pessoas trans, indígenas, etc.), para que direitos possam ser reconhecidos na arena política. Em que pese o timbre progressista, esse fenômeno lembra o individualismo neoliberal, na medida em que reivindica lugares especiais, somente compreendidos por seus integrantes. Essa especificidade intransitiva dificulta, do ponto de vista das relações interpessoais, um novo pacto entre docentes e discentes. Ela precipita o declínio da ideia de universidade. Precisaremos de diálogo e de muita imaginação se desejarmos que essa velha senhora, criada no seio da Europa cristã, continue a ter relevância.

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PROFESSOR DE LITERATURA GERAL E COMPARADA NA UNICAMP, ORGANIZADOR DO VOLUME ‘O MARINHEIRO’, DE FERNANDO PESSOA, PELA EDITORA DA UNICAMP, É PESQUISADOR DE CRÍTICA LITERÁRIA NO CONTEXTO DO PENSAMENTO LIBERAL E CONSERVADOR

As paralisações e greves estudantis nas universidades tornaram-se uma rotina e reforçam alguns estereótipos sobre sua nova atividade-fim: a justiça social. Por que a universidade pública atribuiu-se tal missão? Por acaso pobres e elites se interessam por ela? As elites brasileiras se reproduzem em centros de formação criados por elas mesmas e têm acesso facilitado às instituições estrangeiras. Aos pobres, preocupados com a sobrevivência, restam empregos precarizados. Operando entre esses extremos, a universidade se torna o reduto de uma classe média que luta, por meio de uma boa formação, para escapar da exclusão social.

Mas o esforço atual das instituições de ensino recai cada vez menos na formação intelectual e científica de excelência. Nas humanidades isto se torna evidente: o espaço acadêmico serve para confirmar crenças trazidas pelas experiências sociais dos alunos. Para não nos mostrarmos superiores, encorajamos saberes alternativos e experimentos linguísticos. Junto ao jargão e ao simbolismo visual dos jovens, isso sugere uma comunhão efêmera de almas e a sensação de pertencimento em um espaço social que, aos poucos, se degrada com o vandalismo e as investidas contra a aura do professor. A universidade pública parece destinada a assumir a feição precarizada das escolas estaduais.

Uma minoria inserida nas universidades, por meio das políticas de inclusão, sabe que não haverá lugar para a grande maioria ainda excluída delas. Como equilibrar a consciência de ter conquistado uma vaga no ensino superior com a percepção de que isso a transforma, em um contexto de desigualdades estruturais, em parcela privilegiada? Um permanente estado de tensão no espaço acadêmico parece exprimir o desejo de ampliação de direitos. Novos pleitos, o fim do vestibular e a progressão automática já se anunciam.

Esse papel redentor não poderia ser assumido por instituições mais aptas? As igrejas fazem mais pela inclusão do que sindicatos e universidades. São elas que, nas periferias, ajudam o pobre a ter dignidade e compromisso com o próximo. Elas são redes de apoio que podem, certamente, estar restritas aos seus fiéis e dizimistas. Mas, em que pesem as inúmeras questões, de ordem antropológica ou sociológica, sobre seu papel, tais organizações produzem uma eficácia concreta e simbólica para famílias ou indivíduos em deriva financeira e moral. Se considerarmos a escala e o impacto dessas comunidades, a inclusão social pretendida pela universidade é irrisória.

O fortalecimento das lutas identitárias e a promoção da redenção social seriam os objetivos centrais da universidade? Para o ideário progressista, essa missão legitima a importância dela diante da opinião pública, que lhe cobra, com frequência, benefícios tangíveis para toda a sociedade, em razão do custo de seu financiamento. Mas essa missão não desvirtua o fim último da universidade, ao rebaixar os valores acadêmicos e submeter discentes e docentes a um populismo político, jurídico e cultural?

Na universidade, a vida intelectual está rarefeita. Congressos acadêmicos lembram rituais, com mais fiéis no púlpito do que na assembleia. Defesas de tese e dissertação não atraem a comunidade acadêmica. Muitas bibliotecas são inóspitas, sem conforto térmico ou acústico. O conjunto arquitetônico da universidade assemelha-se ao de condomínios incomunicáveis entre si, e espelha a falta de diálogo entre a ciência, a técnica e as humanidades.

Como explicar essa ausência de diálogo? É consenso que o campo das ciências se tornou muito extenso, levando o estudioso a concentrar-se em uma especialidade muito particular, ignorando as demais. O virtuosismo do especialista o aproxima do emblemático personagem de Charles Chaplin em Tempos Modernos. Pressionado pela escala produtiva de papers e abduzido pelas novas mídias, o especialista não está preso ao chão da fábrica, mas não sabe reverter sua racionalidade para enfrentar a desconexão com o todo.

À especialização precoce, cultivada desde o início na graduação, veio se acrescentar o fenômeno das particularidades irredutíveis, isto é, a fragmentação por segmentos específicos (pretos, pessoas trans, indígenas, etc.), para que direitos possam ser reconhecidos na arena política. Em que pese o timbre progressista, esse fenômeno lembra o individualismo neoliberal, na medida em que reivindica lugares especiais, somente compreendidos por seus integrantes. Essa especificidade intransitiva dificulta, do ponto de vista das relações interpessoais, um novo pacto entre docentes e discentes. Ela precipita o declínio da ideia de universidade. Precisaremos de diálogo e de muita imaginação se desejarmos que essa velha senhora, criada no seio da Europa cristã, continue a ter relevância.

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PROFESSOR DE LITERATURA GERAL E COMPARADA NA UNICAMP, ORGANIZADOR DO VOLUME ‘O MARINHEIRO’, DE FERNANDO PESSOA, PELA EDITORA DA UNICAMP, É PESQUISADOR DE CRÍTICA LITERÁRIA NO CONTEXTO DO PENSAMENTO LIBERAL E CONSERVADOR

As paralisações e greves estudantis nas universidades tornaram-se uma rotina e reforçam alguns estereótipos sobre sua nova atividade-fim: a justiça social. Por que a universidade pública atribuiu-se tal missão? Por acaso pobres e elites se interessam por ela? As elites brasileiras se reproduzem em centros de formação criados por elas mesmas e têm acesso facilitado às instituições estrangeiras. Aos pobres, preocupados com a sobrevivência, restam empregos precarizados. Operando entre esses extremos, a universidade se torna o reduto de uma classe média que luta, por meio de uma boa formação, para escapar da exclusão social.

Mas o esforço atual das instituições de ensino recai cada vez menos na formação intelectual e científica de excelência. Nas humanidades isto se torna evidente: o espaço acadêmico serve para confirmar crenças trazidas pelas experiências sociais dos alunos. Para não nos mostrarmos superiores, encorajamos saberes alternativos e experimentos linguísticos. Junto ao jargão e ao simbolismo visual dos jovens, isso sugere uma comunhão efêmera de almas e a sensação de pertencimento em um espaço social que, aos poucos, se degrada com o vandalismo e as investidas contra a aura do professor. A universidade pública parece destinada a assumir a feição precarizada das escolas estaduais.

Uma minoria inserida nas universidades, por meio das políticas de inclusão, sabe que não haverá lugar para a grande maioria ainda excluída delas. Como equilibrar a consciência de ter conquistado uma vaga no ensino superior com a percepção de que isso a transforma, em um contexto de desigualdades estruturais, em parcela privilegiada? Um permanente estado de tensão no espaço acadêmico parece exprimir o desejo de ampliação de direitos. Novos pleitos, o fim do vestibular e a progressão automática já se anunciam.

Esse papel redentor não poderia ser assumido por instituições mais aptas? As igrejas fazem mais pela inclusão do que sindicatos e universidades. São elas que, nas periferias, ajudam o pobre a ter dignidade e compromisso com o próximo. Elas são redes de apoio que podem, certamente, estar restritas aos seus fiéis e dizimistas. Mas, em que pesem as inúmeras questões, de ordem antropológica ou sociológica, sobre seu papel, tais organizações produzem uma eficácia concreta e simbólica para famílias ou indivíduos em deriva financeira e moral. Se considerarmos a escala e o impacto dessas comunidades, a inclusão social pretendida pela universidade é irrisória.

O fortalecimento das lutas identitárias e a promoção da redenção social seriam os objetivos centrais da universidade? Para o ideário progressista, essa missão legitima a importância dela diante da opinião pública, que lhe cobra, com frequência, benefícios tangíveis para toda a sociedade, em razão do custo de seu financiamento. Mas essa missão não desvirtua o fim último da universidade, ao rebaixar os valores acadêmicos e submeter discentes e docentes a um populismo político, jurídico e cultural?

Na universidade, a vida intelectual está rarefeita. Congressos acadêmicos lembram rituais, com mais fiéis no púlpito do que na assembleia. Defesas de tese e dissertação não atraem a comunidade acadêmica. Muitas bibliotecas são inóspitas, sem conforto térmico ou acústico. O conjunto arquitetônico da universidade assemelha-se ao de condomínios incomunicáveis entre si, e espelha a falta de diálogo entre a ciência, a técnica e as humanidades.

Como explicar essa ausência de diálogo? É consenso que o campo das ciências se tornou muito extenso, levando o estudioso a concentrar-se em uma especialidade muito particular, ignorando as demais. O virtuosismo do especialista o aproxima do emblemático personagem de Charles Chaplin em Tempos Modernos. Pressionado pela escala produtiva de papers e abduzido pelas novas mídias, o especialista não está preso ao chão da fábrica, mas não sabe reverter sua racionalidade para enfrentar a desconexão com o todo.

À especialização precoce, cultivada desde o início na graduação, veio se acrescentar o fenômeno das particularidades irredutíveis, isto é, a fragmentação por segmentos específicos (pretos, pessoas trans, indígenas, etc.), para que direitos possam ser reconhecidos na arena política. Em que pese o timbre progressista, esse fenômeno lembra o individualismo neoliberal, na medida em que reivindica lugares especiais, somente compreendidos por seus integrantes. Essa especificidade intransitiva dificulta, do ponto de vista das relações interpessoais, um novo pacto entre docentes e discentes. Ela precipita o declínio da ideia de universidade. Precisaremos de diálogo e de muita imaginação se desejarmos que essa velha senhora, criada no seio da Europa cristã, continue a ter relevância.

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PROFESSOR DE LITERATURA GERAL E COMPARADA NA UNICAMP, ORGANIZADOR DO VOLUME ‘O MARINHEIRO’, DE FERNANDO PESSOA, PELA EDITORA DA UNICAMP, É PESQUISADOR DE CRÍTICA LITERÁRIA NO CONTEXTO DO PENSAMENTO LIBERAL E CONSERVADOR

Opinião por Marcos Lopes

Professor de Literatura Geral e Comparada na Unicamp, organizador do volume ‘O Marinheiro’, de Fernando Pessoa, pela Editora da Unicamp, é pesquisador de crítica literária no contexto do pensamento liberal e conservador

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