Opinião|Luzes que unem ou dividem?


Natal e Chanucá, celebrados no mesmo dia, oferecem reflexões urgentes sobre unidade, resistência e renovação em um mundo que enfrenta divisões crescentes

Por David Diesendruck

Em 2024, uma coincidência rara une duas grandes tradições religiosas: o Natal e o Chanucá serão celebrados no mesmo dia, 25 de dezembro. Seria apenas uma coincidência ou um sinal da relevância de suas mensagens no contexto atual? Ambas as festas, profundamente ligadas ao simbolismo da luz, oferecem reflexões urgentes sobre unidade, resistência e renovação em um mundo que enfrenta divisões crescentes.

A luz, seja a da estrela de Belém, seja a das chamas da menorá (candelabro), transcende a dimensão física para se tornar um símbolo universal de esperança e transformação. No entanto, em tempos marcados pela polarização, pelos desafios globais e pela crescente influência das redes sociais, devemos refletir: que tipo de luz estamos escolhendo acender?

O Natal, para os cristãos, celebra o nascimento de Jesus, “a luz do mundo”, trazendo uma mensagem de esperança em tempos de adversidade. A luz das velas e as decorações natalinas simbolizam renovação espiritual e aconchego, criando uma atmosfera de união.

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Em Chanucá, para os judeus, conhecida como “Festa das Luzes”, a chama da menorá representa a resistência e o milagre do óleo que durou oito dias. Essa luz simboliza a vitória da fé e da identidade diante da opressão, ecoando um chamado à perseverança e à esperança.

Apesar das diferenças, ambas as celebrações convergem em sua mensagem universal: a luz que transcende as trevas, unindo pessoas e inspirando renovação espiritual.

Em contraste com a luz espiritual, as telas digitais introduziram uma nova forma de luz – intensa, constante e muitas vezes alienante. As redes sociais transformaram a maneira como nos comunicamos, mas também amplificaram divisões. Enquanto a luz das velas convida à introspecção e ao diálogo, a luz fria das telas frequentemente nos desconecta, polarizando e fragmentando comunidades.

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Um exemplo alarmante desse impacto é o aumento do discurso de ódio e do preconceito. A viralização de mensagens simplistas ou distorcidas exacerba tensões e fomenta preconceitos. Esse fenômeno afeta não apenas os judeus e Israel, que enfrentam o crescimento do antissemitismo global, mas também os outros povos que sofrem com narrativas polarizadas e desumanizantes.

No Oriente Médio, o impacto das redes sociais é evidente. O conflito israelense-palestino, profundamente complexo, é frequentemente reduzido a narrativas simplistas, que alimentam ressentimentos e obscurecem soluções pacíficas. Ao mesmo tempo, outras regiões do mundo também enfrentam a opressão e o apagamento de vozes marginalizadas. A “luz digital” pode ser uma ferramenta poderosa para amplificar essas vozes, mas, usada sem responsabilidade, ela perpetua a desinformação e agrava divisões.

As redes sociais nos desafiam a escolher como utilizamos essa luz. Podemos usá-la para iluminar caminhos de compreensão e solidariedade ou deixá-la nos cegar para a humanidade do outro.

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Diante desses desafios, é fundamental resgatar a essência da luz como símbolo de conexão humana e espiritual. A luz das velas, que ilumina suavemente e convida à reflexão, pode ser uma metáfora poderosa para desacelerar, priorizar o diálogo e combater a superficialidade das interações digitais.

“Embora minha fé não seja a sua e a sua fé não seja a minha, se cada um de nós for livre para acender sua própria chama, juntos podemos dissipar parte da escuridão do mundo”, nos ensinou o rabino Jonathan Sacks. Essa ideia nos convida a usar a luz – seja das velas, seja das telas – para promover compreensão, empatia e união, especialmente em tempos de conflitos e intolerância.

Em um mundo muitas vezes tomado pela escuridão – seja nas divisões políticas, nos conflitos ou nos desafios do cotidiano –, é fundamental lembrar que cada um de nós pode ser uma chama que ilumina o caminho para os outros.

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A luz que carregamos não é apenas um símbolo; é um convite à ação. Podemos escolher ser agentes de transformação, ao promovermos diálogos construtivos e ao tratarmos cada indivíduo com dignidade, e ao nos posicionarmos contra injustiças. Assim como uma pequena chama pode acender muitas outras, nossas ações individuais têm o poder de inspirar mudanças coletivas.

Que no ano novo que se aproxima possamos escolher a luz que realmente transforma: a luz do diálogo, da solidariedade e da ação consciente. Que as velas que acendemos simbolizem não apenas tradições, mas também a coragem de manter vivas nossas esperanças e valores em tempos desafiadores.

Feliz Natal, feliz Chanucá!

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É COFUNDADOR E DIRETOR DO INSTITUTO BRASIL-ISRAEL (IBI)

Em 2024, uma coincidência rara une duas grandes tradições religiosas: o Natal e o Chanucá serão celebrados no mesmo dia, 25 de dezembro. Seria apenas uma coincidência ou um sinal da relevância de suas mensagens no contexto atual? Ambas as festas, profundamente ligadas ao simbolismo da luz, oferecem reflexões urgentes sobre unidade, resistência e renovação em um mundo que enfrenta divisões crescentes.

A luz, seja a da estrela de Belém, seja a das chamas da menorá (candelabro), transcende a dimensão física para se tornar um símbolo universal de esperança e transformação. No entanto, em tempos marcados pela polarização, pelos desafios globais e pela crescente influência das redes sociais, devemos refletir: que tipo de luz estamos escolhendo acender?

O Natal, para os cristãos, celebra o nascimento de Jesus, “a luz do mundo”, trazendo uma mensagem de esperança em tempos de adversidade. A luz das velas e as decorações natalinas simbolizam renovação espiritual e aconchego, criando uma atmosfera de união.

Em Chanucá, para os judeus, conhecida como “Festa das Luzes”, a chama da menorá representa a resistência e o milagre do óleo que durou oito dias. Essa luz simboliza a vitória da fé e da identidade diante da opressão, ecoando um chamado à perseverança e à esperança.

Apesar das diferenças, ambas as celebrações convergem em sua mensagem universal: a luz que transcende as trevas, unindo pessoas e inspirando renovação espiritual.

Em contraste com a luz espiritual, as telas digitais introduziram uma nova forma de luz – intensa, constante e muitas vezes alienante. As redes sociais transformaram a maneira como nos comunicamos, mas também amplificaram divisões. Enquanto a luz das velas convida à introspecção e ao diálogo, a luz fria das telas frequentemente nos desconecta, polarizando e fragmentando comunidades.

Um exemplo alarmante desse impacto é o aumento do discurso de ódio e do preconceito. A viralização de mensagens simplistas ou distorcidas exacerba tensões e fomenta preconceitos. Esse fenômeno afeta não apenas os judeus e Israel, que enfrentam o crescimento do antissemitismo global, mas também os outros povos que sofrem com narrativas polarizadas e desumanizantes.

No Oriente Médio, o impacto das redes sociais é evidente. O conflito israelense-palestino, profundamente complexo, é frequentemente reduzido a narrativas simplistas, que alimentam ressentimentos e obscurecem soluções pacíficas. Ao mesmo tempo, outras regiões do mundo também enfrentam a opressão e o apagamento de vozes marginalizadas. A “luz digital” pode ser uma ferramenta poderosa para amplificar essas vozes, mas, usada sem responsabilidade, ela perpetua a desinformação e agrava divisões.

As redes sociais nos desafiam a escolher como utilizamos essa luz. Podemos usá-la para iluminar caminhos de compreensão e solidariedade ou deixá-la nos cegar para a humanidade do outro.

Diante desses desafios, é fundamental resgatar a essência da luz como símbolo de conexão humana e espiritual. A luz das velas, que ilumina suavemente e convida à reflexão, pode ser uma metáfora poderosa para desacelerar, priorizar o diálogo e combater a superficialidade das interações digitais.

“Embora minha fé não seja a sua e a sua fé não seja a minha, se cada um de nós for livre para acender sua própria chama, juntos podemos dissipar parte da escuridão do mundo”, nos ensinou o rabino Jonathan Sacks. Essa ideia nos convida a usar a luz – seja das velas, seja das telas – para promover compreensão, empatia e união, especialmente em tempos de conflitos e intolerância.

Em um mundo muitas vezes tomado pela escuridão – seja nas divisões políticas, nos conflitos ou nos desafios do cotidiano –, é fundamental lembrar que cada um de nós pode ser uma chama que ilumina o caminho para os outros.

A luz que carregamos não é apenas um símbolo; é um convite à ação. Podemos escolher ser agentes de transformação, ao promovermos diálogos construtivos e ao tratarmos cada indivíduo com dignidade, e ao nos posicionarmos contra injustiças. Assim como uma pequena chama pode acender muitas outras, nossas ações individuais têm o poder de inspirar mudanças coletivas.

Que no ano novo que se aproxima possamos escolher a luz que realmente transforma: a luz do diálogo, da solidariedade e da ação consciente. Que as velas que acendemos simbolizem não apenas tradições, mas também a coragem de manter vivas nossas esperanças e valores em tempos desafiadores.

Feliz Natal, feliz Chanucá!

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É COFUNDADOR E DIRETOR DO INSTITUTO BRASIL-ISRAEL (IBI)

Em 2024, uma coincidência rara une duas grandes tradições religiosas: o Natal e o Chanucá serão celebrados no mesmo dia, 25 de dezembro. Seria apenas uma coincidência ou um sinal da relevância de suas mensagens no contexto atual? Ambas as festas, profundamente ligadas ao simbolismo da luz, oferecem reflexões urgentes sobre unidade, resistência e renovação em um mundo que enfrenta divisões crescentes.

A luz, seja a da estrela de Belém, seja a das chamas da menorá (candelabro), transcende a dimensão física para se tornar um símbolo universal de esperança e transformação. No entanto, em tempos marcados pela polarização, pelos desafios globais e pela crescente influência das redes sociais, devemos refletir: que tipo de luz estamos escolhendo acender?

O Natal, para os cristãos, celebra o nascimento de Jesus, “a luz do mundo”, trazendo uma mensagem de esperança em tempos de adversidade. A luz das velas e as decorações natalinas simbolizam renovação espiritual e aconchego, criando uma atmosfera de união.

Em Chanucá, para os judeus, conhecida como “Festa das Luzes”, a chama da menorá representa a resistência e o milagre do óleo que durou oito dias. Essa luz simboliza a vitória da fé e da identidade diante da opressão, ecoando um chamado à perseverança e à esperança.

Apesar das diferenças, ambas as celebrações convergem em sua mensagem universal: a luz que transcende as trevas, unindo pessoas e inspirando renovação espiritual.

Em contraste com a luz espiritual, as telas digitais introduziram uma nova forma de luz – intensa, constante e muitas vezes alienante. As redes sociais transformaram a maneira como nos comunicamos, mas também amplificaram divisões. Enquanto a luz das velas convida à introspecção e ao diálogo, a luz fria das telas frequentemente nos desconecta, polarizando e fragmentando comunidades.

Um exemplo alarmante desse impacto é o aumento do discurso de ódio e do preconceito. A viralização de mensagens simplistas ou distorcidas exacerba tensões e fomenta preconceitos. Esse fenômeno afeta não apenas os judeus e Israel, que enfrentam o crescimento do antissemitismo global, mas também os outros povos que sofrem com narrativas polarizadas e desumanizantes.

No Oriente Médio, o impacto das redes sociais é evidente. O conflito israelense-palestino, profundamente complexo, é frequentemente reduzido a narrativas simplistas, que alimentam ressentimentos e obscurecem soluções pacíficas. Ao mesmo tempo, outras regiões do mundo também enfrentam a opressão e o apagamento de vozes marginalizadas. A “luz digital” pode ser uma ferramenta poderosa para amplificar essas vozes, mas, usada sem responsabilidade, ela perpetua a desinformação e agrava divisões.

As redes sociais nos desafiam a escolher como utilizamos essa luz. Podemos usá-la para iluminar caminhos de compreensão e solidariedade ou deixá-la nos cegar para a humanidade do outro.

Diante desses desafios, é fundamental resgatar a essência da luz como símbolo de conexão humana e espiritual. A luz das velas, que ilumina suavemente e convida à reflexão, pode ser uma metáfora poderosa para desacelerar, priorizar o diálogo e combater a superficialidade das interações digitais.

“Embora minha fé não seja a sua e a sua fé não seja a minha, se cada um de nós for livre para acender sua própria chama, juntos podemos dissipar parte da escuridão do mundo”, nos ensinou o rabino Jonathan Sacks. Essa ideia nos convida a usar a luz – seja das velas, seja das telas – para promover compreensão, empatia e união, especialmente em tempos de conflitos e intolerância.

Em um mundo muitas vezes tomado pela escuridão – seja nas divisões políticas, nos conflitos ou nos desafios do cotidiano –, é fundamental lembrar que cada um de nós pode ser uma chama que ilumina o caminho para os outros.

A luz que carregamos não é apenas um símbolo; é um convite à ação. Podemos escolher ser agentes de transformação, ao promovermos diálogos construtivos e ao tratarmos cada indivíduo com dignidade, e ao nos posicionarmos contra injustiças. Assim como uma pequena chama pode acender muitas outras, nossas ações individuais têm o poder de inspirar mudanças coletivas.

Que no ano novo que se aproxima possamos escolher a luz que realmente transforma: a luz do diálogo, da solidariedade e da ação consciente. Que as velas que acendemos simbolizem não apenas tradições, mas também a coragem de manter vivas nossas esperanças e valores em tempos desafiadores.

Feliz Natal, feliz Chanucá!

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É COFUNDADOR E DIRETOR DO INSTITUTO BRASIL-ISRAEL (IBI)

Opinião por David Diesendruck

É cofundador e diretor do Instituto Brasil-Israel (IBI)

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