Opinião|Quatro meses sem notícias de Michel Nisenbaum


Refém brasileiro ainda está sob o poder do Hamas. Por que o governo brasileiro não se importa com isso?

Por Marcos Knobel

Já se passaram mais de quatro meses do fatídico dia 7 de outubro de 2023, quando integrantes do grupo Hamas cometeram uma verdadeira barbárie em Israel, matando mais de 1.200 pessoas de forma cruel e impiedosa, além de levarem consigo para a Faixa de Gaza mais de 240 reféns. O que estamos vivendo até aqui foram muitos períodos de dúvidas, incertezas, questionamentos e omissões, principalmente no que diz respeito às pessoas que estão sob o poder dos terroristas em porões de Gaza, vivendo horrores que só eles sabem.

Gostaria de aproveitar este espaço para lançar luz exatamente nessas pessoas, que parecem estar esquecidas pela sociedade e pelo poder público. Encontramos muita resistência de parte da esfera federal em admitir esse problema, sem levar em conta que no meio deles está o brasileiro Michel Nisenbaum – guardem bem o nome dele! Foram necessárias várias semanas após o massacre e muitos alertas para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitisse a situação. Isso só aconteceu quando ele esteve no Catar, no final de novembro, levantando a questão ainda de forma tímida.

Vale lembrar que, tempos depois, Lula recebeu os familiares de Michel em Brasília, numa reunião a portas fechadas, e falou que o governo iria fazer o que fosse possível para conseguir sua libertação. Mas, desde então, o silêncio tomou conta e nunca mais houve nenhuma manifestação a respeito do assunto.

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No entanto, um novo acontecimento levantou nossas esperanças: Lula esteve no Egito recentemente. Esperamos que ele tenha aproveitado a oportunidade para colocar este tema tão importante em sua agenda de discussões, buscando formas de apoiar a libertação dos reféns que estão sob o poder do Hamas, lembrando principalmente que há o brasileiro Michel entre eles.

Até o momento, a família do niteroiense afirma que aguarda uma resposta do governo, que ainda não veio. A expectativa segue sendo de que o bom trânsito político e diplomático com os países árabes possibilite uma solução para articular a libertação em reforço às negociações em andamento lideradas por outros países. Na ocasião do encontro presencial em Brasília com a irmã e uma das filhas do refém, Lula ressaltou que tem ciência de que Michel Nisenbaum está sob o poder do Hamas.

Os meses estão passando e o sofrimento continua, a angústia de saber se Michel está vivo ou não continua latente. Não há informações sobre se este brasileiro – com dupla nacionalidade, nascido e criado no nosso país – está bem. Ele tem vários problemas de saúde que requerem cuidados intensivos, entre os quais diabetes e doença de Crohn.

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E, para elevar ainda mais a apreensão, a dor e o medo da família, ao menos 30 pessoas entre as 136 que permanecem em poder do grupo terrorista desde 7 de outubro estão mortas, de acordo com confirmação do porta-voz do Exército de Israel após uma notícia ser veiculada pelo The New York Times no dia 6/2.

Diante da dor e da dificuldade em acessar informações sobre essas pessoas, não há como negar que os reféns vêm sendo tratados como peças esquecidas neste jogo da guerra, inclusive por muitos daqueles que exigem um cessar-fogo imediato em suas manifestações públicas. Não nos esqueçamos: os sequestrados em poder do Hamas permanecem presos em Gaza por serem fundamentais no xadrez político dos terroristas, cujos interesses em nada se relacionam com a defesa da população local nem tampouco com o estabelecimento de um Estado da Palestina – temas que são claramente usados como cortina de fumaça para os atos violentos do grupo extremista que tem em seu estatuto de fundação o interesse claro de acabar com todos os judeus, dentro ou fora de Israel. Não importam a nacionalidade nem tampouco a orientação política, que fique claro.

Infelizmente, o Hamas encontrou apoio sólido entre uma ala ampla da população ocidental que desconhece as raízes reais da história do Oriente Médio. Aparentemente, é fácil acobertar preconceitos em pleno 2024 sob a máscara de um discurso opositor a um sionismo imaginário, tachado de prática política “maligna” na sua essência, para ocultar o racismo direcionado à minoria judaica. Essa validação invade as redes sociais, com comentários de pessoas que ignoram a barbárie do dia 7 de outubro, e promove o apagamento da identidade dos reféns.

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Não nos esqueçamos, também, das manifestações nas ruas pelo mundo com bandeiras do Hamas e cartazes que pregam conceitos perigosos sobre os judeus. Onde estão os pedidos de acesso aos sequestrados pela Cruz Vermelha? A defesa aos direitos humanos segue sendo uma pauta que depende do contexto – e por isso temos um sério problema que precisa ser combatido.

Não sabemos o paradeiro de Michel nem como ele está, mas seguimos com fé de que ele e outros mais de cem reféns que o grupo terrorista supostamente mantém vivos logo possam voltar aos braços de sua família, assim como os corpos daqueles que não sobreviveram sejam devolvidos.

Na fé nos apegamos e esperamos que Lula traga uma resposta que faça jus à promessa feita por ele, não somente aos familiares de Michel Nisenbaum, mas também para a sociedade e para o mundo. Nenhum brasileiro deve ser deixado para trás! Nenhuma vítima de qualquer origem deve seguir em poder do Hamas.

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PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO ISRAELITA DO ESTADO DE SÃO PAULO (FISESP)

Já se passaram mais de quatro meses do fatídico dia 7 de outubro de 2023, quando integrantes do grupo Hamas cometeram uma verdadeira barbárie em Israel, matando mais de 1.200 pessoas de forma cruel e impiedosa, além de levarem consigo para a Faixa de Gaza mais de 240 reféns. O que estamos vivendo até aqui foram muitos períodos de dúvidas, incertezas, questionamentos e omissões, principalmente no que diz respeito às pessoas que estão sob o poder dos terroristas em porões de Gaza, vivendo horrores que só eles sabem.

Gostaria de aproveitar este espaço para lançar luz exatamente nessas pessoas, que parecem estar esquecidas pela sociedade e pelo poder público. Encontramos muita resistência de parte da esfera federal em admitir esse problema, sem levar em conta que no meio deles está o brasileiro Michel Nisenbaum – guardem bem o nome dele! Foram necessárias várias semanas após o massacre e muitos alertas para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitisse a situação. Isso só aconteceu quando ele esteve no Catar, no final de novembro, levantando a questão ainda de forma tímida.

Vale lembrar que, tempos depois, Lula recebeu os familiares de Michel em Brasília, numa reunião a portas fechadas, e falou que o governo iria fazer o que fosse possível para conseguir sua libertação. Mas, desde então, o silêncio tomou conta e nunca mais houve nenhuma manifestação a respeito do assunto.

No entanto, um novo acontecimento levantou nossas esperanças: Lula esteve no Egito recentemente. Esperamos que ele tenha aproveitado a oportunidade para colocar este tema tão importante em sua agenda de discussões, buscando formas de apoiar a libertação dos reféns que estão sob o poder do Hamas, lembrando principalmente que há o brasileiro Michel entre eles.

Até o momento, a família do niteroiense afirma que aguarda uma resposta do governo, que ainda não veio. A expectativa segue sendo de que o bom trânsito político e diplomático com os países árabes possibilite uma solução para articular a libertação em reforço às negociações em andamento lideradas por outros países. Na ocasião do encontro presencial em Brasília com a irmã e uma das filhas do refém, Lula ressaltou que tem ciência de que Michel Nisenbaum está sob o poder do Hamas.

Os meses estão passando e o sofrimento continua, a angústia de saber se Michel está vivo ou não continua latente. Não há informações sobre se este brasileiro – com dupla nacionalidade, nascido e criado no nosso país – está bem. Ele tem vários problemas de saúde que requerem cuidados intensivos, entre os quais diabetes e doença de Crohn.

E, para elevar ainda mais a apreensão, a dor e o medo da família, ao menos 30 pessoas entre as 136 que permanecem em poder do grupo terrorista desde 7 de outubro estão mortas, de acordo com confirmação do porta-voz do Exército de Israel após uma notícia ser veiculada pelo The New York Times no dia 6/2.

Diante da dor e da dificuldade em acessar informações sobre essas pessoas, não há como negar que os reféns vêm sendo tratados como peças esquecidas neste jogo da guerra, inclusive por muitos daqueles que exigem um cessar-fogo imediato em suas manifestações públicas. Não nos esqueçamos: os sequestrados em poder do Hamas permanecem presos em Gaza por serem fundamentais no xadrez político dos terroristas, cujos interesses em nada se relacionam com a defesa da população local nem tampouco com o estabelecimento de um Estado da Palestina – temas que são claramente usados como cortina de fumaça para os atos violentos do grupo extremista que tem em seu estatuto de fundação o interesse claro de acabar com todos os judeus, dentro ou fora de Israel. Não importam a nacionalidade nem tampouco a orientação política, que fique claro.

Infelizmente, o Hamas encontrou apoio sólido entre uma ala ampla da população ocidental que desconhece as raízes reais da história do Oriente Médio. Aparentemente, é fácil acobertar preconceitos em pleno 2024 sob a máscara de um discurso opositor a um sionismo imaginário, tachado de prática política “maligna” na sua essência, para ocultar o racismo direcionado à minoria judaica. Essa validação invade as redes sociais, com comentários de pessoas que ignoram a barbárie do dia 7 de outubro, e promove o apagamento da identidade dos reféns.

Não nos esqueçamos, também, das manifestações nas ruas pelo mundo com bandeiras do Hamas e cartazes que pregam conceitos perigosos sobre os judeus. Onde estão os pedidos de acesso aos sequestrados pela Cruz Vermelha? A defesa aos direitos humanos segue sendo uma pauta que depende do contexto – e por isso temos um sério problema que precisa ser combatido.

Não sabemos o paradeiro de Michel nem como ele está, mas seguimos com fé de que ele e outros mais de cem reféns que o grupo terrorista supostamente mantém vivos logo possam voltar aos braços de sua família, assim como os corpos daqueles que não sobreviveram sejam devolvidos.

Na fé nos apegamos e esperamos que Lula traga uma resposta que faça jus à promessa feita por ele, não somente aos familiares de Michel Nisenbaum, mas também para a sociedade e para o mundo. Nenhum brasileiro deve ser deixado para trás! Nenhuma vítima de qualquer origem deve seguir em poder do Hamas.

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PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO ISRAELITA DO ESTADO DE SÃO PAULO (FISESP)

Já se passaram mais de quatro meses do fatídico dia 7 de outubro de 2023, quando integrantes do grupo Hamas cometeram uma verdadeira barbárie em Israel, matando mais de 1.200 pessoas de forma cruel e impiedosa, além de levarem consigo para a Faixa de Gaza mais de 240 reféns. O que estamos vivendo até aqui foram muitos períodos de dúvidas, incertezas, questionamentos e omissões, principalmente no que diz respeito às pessoas que estão sob o poder dos terroristas em porões de Gaza, vivendo horrores que só eles sabem.

Gostaria de aproveitar este espaço para lançar luz exatamente nessas pessoas, que parecem estar esquecidas pela sociedade e pelo poder público. Encontramos muita resistência de parte da esfera federal em admitir esse problema, sem levar em conta que no meio deles está o brasileiro Michel Nisenbaum – guardem bem o nome dele! Foram necessárias várias semanas após o massacre e muitos alertas para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitisse a situação. Isso só aconteceu quando ele esteve no Catar, no final de novembro, levantando a questão ainda de forma tímida.

Vale lembrar que, tempos depois, Lula recebeu os familiares de Michel em Brasília, numa reunião a portas fechadas, e falou que o governo iria fazer o que fosse possível para conseguir sua libertação. Mas, desde então, o silêncio tomou conta e nunca mais houve nenhuma manifestação a respeito do assunto.

No entanto, um novo acontecimento levantou nossas esperanças: Lula esteve no Egito recentemente. Esperamos que ele tenha aproveitado a oportunidade para colocar este tema tão importante em sua agenda de discussões, buscando formas de apoiar a libertação dos reféns que estão sob o poder do Hamas, lembrando principalmente que há o brasileiro Michel entre eles.

Até o momento, a família do niteroiense afirma que aguarda uma resposta do governo, que ainda não veio. A expectativa segue sendo de que o bom trânsito político e diplomático com os países árabes possibilite uma solução para articular a libertação em reforço às negociações em andamento lideradas por outros países. Na ocasião do encontro presencial em Brasília com a irmã e uma das filhas do refém, Lula ressaltou que tem ciência de que Michel Nisenbaum está sob o poder do Hamas.

Os meses estão passando e o sofrimento continua, a angústia de saber se Michel está vivo ou não continua latente. Não há informações sobre se este brasileiro – com dupla nacionalidade, nascido e criado no nosso país – está bem. Ele tem vários problemas de saúde que requerem cuidados intensivos, entre os quais diabetes e doença de Crohn.

E, para elevar ainda mais a apreensão, a dor e o medo da família, ao menos 30 pessoas entre as 136 que permanecem em poder do grupo terrorista desde 7 de outubro estão mortas, de acordo com confirmação do porta-voz do Exército de Israel após uma notícia ser veiculada pelo The New York Times no dia 6/2.

Diante da dor e da dificuldade em acessar informações sobre essas pessoas, não há como negar que os reféns vêm sendo tratados como peças esquecidas neste jogo da guerra, inclusive por muitos daqueles que exigem um cessar-fogo imediato em suas manifestações públicas. Não nos esqueçamos: os sequestrados em poder do Hamas permanecem presos em Gaza por serem fundamentais no xadrez político dos terroristas, cujos interesses em nada se relacionam com a defesa da população local nem tampouco com o estabelecimento de um Estado da Palestina – temas que são claramente usados como cortina de fumaça para os atos violentos do grupo extremista que tem em seu estatuto de fundação o interesse claro de acabar com todos os judeus, dentro ou fora de Israel. Não importam a nacionalidade nem tampouco a orientação política, que fique claro.

Infelizmente, o Hamas encontrou apoio sólido entre uma ala ampla da população ocidental que desconhece as raízes reais da história do Oriente Médio. Aparentemente, é fácil acobertar preconceitos em pleno 2024 sob a máscara de um discurso opositor a um sionismo imaginário, tachado de prática política “maligna” na sua essência, para ocultar o racismo direcionado à minoria judaica. Essa validação invade as redes sociais, com comentários de pessoas que ignoram a barbárie do dia 7 de outubro, e promove o apagamento da identidade dos reféns.

Não nos esqueçamos, também, das manifestações nas ruas pelo mundo com bandeiras do Hamas e cartazes que pregam conceitos perigosos sobre os judeus. Onde estão os pedidos de acesso aos sequestrados pela Cruz Vermelha? A defesa aos direitos humanos segue sendo uma pauta que depende do contexto – e por isso temos um sério problema que precisa ser combatido.

Não sabemos o paradeiro de Michel nem como ele está, mas seguimos com fé de que ele e outros mais de cem reféns que o grupo terrorista supostamente mantém vivos logo possam voltar aos braços de sua família, assim como os corpos daqueles que não sobreviveram sejam devolvidos.

Na fé nos apegamos e esperamos que Lula traga uma resposta que faça jus à promessa feita por ele, não somente aos familiares de Michel Nisenbaum, mas também para a sociedade e para o mundo. Nenhum brasileiro deve ser deixado para trás! Nenhuma vítima de qualquer origem deve seguir em poder do Hamas.

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PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO ISRAELITA DO ESTADO DE SÃO PAULO (FISESP)

Já se passaram mais de quatro meses do fatídico dia 7 de outubro de 2023, quando integrantes do grupo Hamas cometeram uma verdadeira barbárie em Israel, matando mais de 1.200 pessoas de forma cruel e impiedosa, além de levarem consigo para a Faixa de Gaza mais de 240 reféns. O que estamos vivendo até aqui foram muitos períodos de dúvidas, incertezas, questionamentos e omissões, principalmente no que diz respeito às pessoas que estão sob o poder dos terroristas em porões de Gaza, vivendo horrores que só eles sabem.

Gostaria de aproveitar este espaço para lançar luz exatamente nessas pessoas, que parecem estar esquecidas pela sociedade e pelo poder público. Encontramos muita resistência de parte da esfera federal em admitir esse problema, sem levar em conta que no meio deles está o brasileiro Michel Nisenbaum – guardem bem o nome dele! Foram necessárias várias semanas após o massacre e muitos alertas para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitisse a situação. Isso só aconteceu quando ele esteve no Catar, no final de novembro, levantando a questão ainda de forma tímida.

Vale lembrar que, tempos depois, Lula recebeu os familiares de Michel em Brasília, numa reunião a portas fechadas, e falou que o governo iria fazer o que fosse possível para conseguir sua libertação. Mas, desde então, o silêncio tomou conta e nunca mais houve nenhuma manifestação a respeito do assunto.

No entanto, um novo acontecimento levantou nossas esperanças: Lula esteve no Egito recentemente. Esperamos que ele tenha aproveitado a oportunidade para colocar este tema tão importante em sua agenda de discussões, buscando formas de apoiar a libertação dos reféns que estão sob o poder do Hamas, lembrando principalmente que há o brasileiro Michel entre eles.

Até o momento, a família do niteroiense afirma que aguarda uma resposta do governo, que ainda não veio. A expectativa segue sendo de que o bom trânsito político e diplomático com os países árabes possibilite uma solução para articular a libertação em reforço às negociações em andamento lideradas por outros países. Na ocasião do encontro presencial em Brasília com a irmã e uma das filhas do refém, Lula ressaltou que tem ciência de que Michel Nisenbaum está sob o poder do Hamas.

Os meses estão passando e o sofrimento continua, a angústia de saber se Michel está vivo ou não continua latente. Não há informações sobre se este brasileiro – com dupla nacionalidade, nascido e criado no nosso país – está bem. Ele tem vários problemas de saúde que requerem cuidados intensivos, entre os quais diabetes e doença de Crohn.

E, para elevar ainda mais a apreensão, a dor e o medo da família, ao menos 30 pessoas entre as 136 que permanecem em poder do grupo terrorista desde 7 de outubro estão mortas, de acordo com confirmação do porta-voz do Exército de Israel após uma notícia ser veiculada pelo The New York Times no dia 6/2.

Diante da dor e da dificuldade em acessar informações sobre essas pessoas, não há como negar que os reféns vêm sendo tratados como peças esquecidas neste jogo da guerra, inclusive por muitos daqueles que exigem um cessar-fogo imediato em suas manifestações públicas. Não nos esqueçamos: os sequestrados em poder do Hamas permanecem presos em Gaza por serem fundamentais no xadrez político dos terroristas, cujos interesses em nada se relacionam com a defesa da população local nem tampouco com o estabelecimento de um Estado da Palestina – temas que são claramente usados como cortina de fumaça para os atos violentos do grupo extremista que tem em seu estatuto de fundação o interesse claro de acabar com todos os judeus, dentro ou fora de Israel. Não importam a nacionalidade nem tampouco a orientação política, que fique claro.

Infelizmente, o Hamas encontrou apoio sólido entre uma ala ampla da população ocidental que desconhece as raízes reais da história do Oriente Médio. Aparentemente, é fácil acobertar preconceitos em pleno 2024 sob a máscara de um discurso opositor a um sionismo imaginário, tachado de prática política “maligna” na sua essência, para ocultar o racismo direcionado à minoria judaica. Essa validação invade as redes sociais, com comentários de pessoas que ignoram a barbárie do dia 7 de outubro, e promove o apagamento da identidade dos reféns.

Não nos esqueçamos, também, das manifestações nas ruas pelo mundo com bandeiras do Hamas e cartazes que pregam conceitos perigosos sobre os judeus. Onde estão os pedidos de acesso aos sequestrados pela Cruz Vermelha? A defesa aos direitos humanos segue sendo uma pauta que depende do contexto – e por isso temos um sério problema que precisa ser combatido.

Não sabemos o paradeiro de Michel nem como ele está, mas seguimos com fé de que ele e outros mais de cem reféns que o grupo terrorista supostamente mantém vivos logo possam voltar aos braços de sua família, assim como os corpos daqueles que não sobreviveram sejam devolvidos.

Na fé nos apegamos e esperamos que Lula traga uma resposta que faça jus à promessa feita por ele, não somente aos familiares de Michel Nisenbaum, mas também para a sociedade e para o mundo. Nenhum brasileiro deve ser deixado para trás! Nenhuma vítima de qualquer origem deve seguir em poder do Hamas.

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PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO ISRAELITA DO ESTADO DE SÃO PAULO (FISESP)

Já se passaram mais de quatro meses do fatídico dia 7 de outubro de 2023, quando integrantes do grupo Hamas cometeram uma verdadeira barbárie em Israel, matando mais de 1.200 pessoas de forma cruel e impiedosa, além de levarem consigo para a Faixa de Gaza mais de 240 reféns. O que estamos vivendo até aqui foram muitos períodos de dúvidas, incertezas, questionamentos e omissões, principalmente no que diz respeito às pessoas que estão sob o poder dos terroristas em porões de Gaza, vivendo horrores que só eles sabem.

Gostaria de aproveitar este espaço para lançar luz exatamente nessas pessoas, que parecem estar esquecidas pela sociedade e pelo poder público. Encontramos muita resistência de parte da esfera federal em admitir esse problema, sem levar em conta que no meio deles está o brasileiro Michel Nisenbaum – guardem bem o nome dele! Foram necessárias várias semanas após o massacre e muitos alertas para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitisse a situação. Isso só aconteceu quando ele esteve no Catar, no final de novembro, levantando a questão ainda de forma tímida.

Vale lembrar que, tempos depois, Lula recebeu os familiares de Michel em Brasília, numa reunião a portas fechadas, e falou que o governo iria fazer o que fosse possível para conseguir sua libertação. Mas, desde então, o silêncio tomou conta e nunca mais houve nenhuma manifestação a respeito do assunto.

No entanto, um novo acontecimento levantou nossas esperanças: Lula esteve no Egito recentemente. Esperamos que ele tenha aproveitado a oportunidade para colocar este tema tão importante em sua agenda de discussões, buscando formas de apoiar a libertação dos reféns que estão sob o poder do Hamas, lembrando principalmente que há o brasileiro Michel entre eles.

Até o momento, a família do niteroiense afirma que aguarda uma resposta do governo, que ainda não veio. A expectativa segue sendo de que o bom trânsito político e diplomático com os países árabes possibilite uma solução para articular a libertação em reforço às negociações em andamento lideradas por outros países. Na ocasião do encontro presencial em Brasília com a irmã e uma das filhas do refém, Lula ressaltou que tem ciência de que Michel Nisenbaum está sob o poder do Hamas.

Os meses estão passando e o sofrimento continua, a angústia de saber se Michel está vivo ou não continua latente. Não há informações sobre se este brasileiro – com dupla nacionalidade, nascido e criado no nosso país – está bem. Ele tem vários problemas de saúde que requerem cuidados intensivos, entre os quais diabetes e doença de Crohn.

E, para elevar ainda mais a apreensão, a dor e o medo da família, ao menos 30 pessoas entre as 136 que permanecem em poder do grupo terrorista desde 7 de outubro estão mortas, de acordo com confirmação do porta-voz do Exército de Israel após uma notícia ser veiculada pelo The New York Times no dia 6/2.

Diante da dor e da dificuldade em acessar informações sobre essas pessoas, não há como negar que os reféns vêm sendo tratados como peças esquecidas neste jogo da guerra, inclusive por muitos daqueles que exigem um cessar-fogo imediato em suas manifestações públicas. Não nos esqueçamos: os sequestrados em poder do Hamas permanecem presos em Gaza por serem fundamentais no xadrez político dos terroristas, cujos interesses em nada se relacionam com a defesa da população local nem tampouco com o estabelecimento de um Estado da Palestina – temas que são claramente usados como cortina de fumaça para os atos violentos do grupo extremista que tem em seu estatuto de fundação o interesse claro de acabar com todos os judeus, dentro ou fora de Israel. Não importam a nacionalidade nem tampouco a orientação política, que fique claro.

Infelizmente, o Hamas encontrou apoio sólido entre uma ala ampla da população ocidental que desconhece as raízes reais da história do Oriente Médio. Aparentemente, é fácil acobertar preconceitos em pleno 2024 sob a máscara de um discurso opositor a um sionismo imaginário, tachado de prática política “maligna” na sua essência, para ocultar o racismo direcionado à minoria judaica. Essa validação invade as redes sociais, com comentários de pessoas que ignoram a barbárie do dia 7 de outubro, e promove o apagamento da identidade dos reféns.

Não nos esqueçamos, também, das manifestações nas ruas pelo mundo com bandeiras do Hamas e cartazes que pregam conceitos perigosos sobre os judeus. Onde estão os pedidos de acesso aos sequestrados pela Cruz Vermelha? A defesa aos direitos humanos segue sendo uma pauta que depende do contexto – e por isso temos um sério problema que precisa ser combatido.

Não sabemos o paradeiro de Michel nem como ele está, mas seguimos com fé de que ele e outros mais de cem reféns que o grupo terrorista supostamente mantém vivos logo possam voltar aos braços de sua família, assim como os corpos daqueles que não sobreviveram sejam devolvidos.

Na fé nos apegamos e esperamos que Lula traga uma resposta que faça jus à promessa feita por ele, não somente aos familiares de Michel Nisenbaum, mas também para a sociedade e para o mundo. Nenhum brasileiro deve ser deixado para trás! Nenhuma vítima de qualquer origem deve seguir em poder do Hamas.

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