Expectativa e realidade


Substituição de carros a combustão por elétricos tende a demorar mais do que o previsto

Por Notas & Informações

Anúncios recentes de montadoras como Ford e General Motors de que vão alterar seus investimentos nos Estados Unidos, reduzindo o escopo dos planos de produção de carros elétricos e até redirecionando recursos para a fabricação de veículos a combustão, mostra que o processo de transição energética será mais complexo e demorado do que o previsto. Ainda são grandes os obstáculos para sustentar o crescimento de demanda na eletrificação veicular, e ganham corpo as dúvidas sobre a viabilidade de banir a venda de carros a combustão até 2035, como determinaram ao menos 16 países.

É fato que o crescimento na produção e comercialização de carros elétricos impressiona. A previsão da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) é que 17 milhões de unidades sejam vendidas neste ano no mundo, o que significa que, a cada cinco veículos vendidos, um será elétrico. Mas não está sendo uma opção tranquila para os consumidores, especialmente por causa do custo, ainda muito alto – que tende a aumentar com a redução de incentivos dos governos –, e da insuficiente infraestrutura de abastecimento.

O preço médio de modelos 100% a bateria vendidos no Brasil neste ano supera R$ 450 mil, conforme a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi). Já a média dos veículos a combustão fica em R$ 270 mil. Do ponto de vista financeiro, portanto, a escolha do consumidor é óbvia. Mesmo assim, o mercado brasileiro está sendo inundado por carros elétricos importados da China, consequência direta da sobretaxa dos EUA aos carros chineses e do fim do subsídio em países europeus. A investida é agressiva: neste ano, a importação de carros elétricos cresceu 440% no primeiro semestre. Do total de importados, 91% vieram da China.

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Os Estados Unidos não são os maiores produtores de carros elétricos nem são seu maior mercado. À frente dos americanos estão China – onde um em cada três carros vendidos é elétrico –, Noruega e Suécia. Mas a economia norte-americana, a maior do mundo, é referência para o movimento mundial. E lá o crescimento das vendas de veículos elétricos diminuiu nos últimos 12 meses, apesar dos investimentos bilionários no desenvolvimento e modernização de tecnologias, como mostrou recente reportagem do jornal The New York Times reproduzida pelo Estadão.

Os motivos foram os altos preços dos automóveis e caminhões elétricos e as dificuldades para abastecê-los. Apesar dos incentivos, os elétricos ainda não têm o mesmo nível de competitividade dos carros a combustão. O Brasil viveu na década de 1970, durante a crise do petróleo, experiência semelhante no lançamento dos motores a etanol, que só se popularizaram de fato quase duas décadas depois. Agora, além dos problemas comuns à transição, o mercado doméstico ainda enfrenta a dificuldade extra de basear a oferta em importação, sem produção local e, muito menos, transferência de tecnologia. Numa visão realista, o Brasil – e o mundo – ainda conviverá com motores a combustão por bastante tempo.

Anúncios recentes de montadoras como Ford e General Motors de que vão alterar seus investimentos nos Estados Unidos, reduzindo o escopo dos planos de produção de carros elétricos e até redirecionando recursos para a fabricação de veículos a combustão, mostra que o processo de transição energética será mais complexo e demorado do que o previsto. Ainda são grandes os obstáculos para sustentar o crescimento de demanda na eletrificação veicular, e ganham corpo as dúvidas sobre a viabilidade de banir a venda de carros a combustão até 2035, como determinaram ao menos 16 países.

É fato que o crescimento na produção e comercialização de carros elétricos impressiona. A previsão da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) é que 17 milhões de unidades sejam vendidas neste ano no mundo, o que significa que, a cada cinco veículos vendidos, um será elétrico. Mas não está sendo uma opção tranquila para os consumidores, especialmente por causa do custo, ainda muito alto – que tende a aumentar com a redução de incentivos dos governos –, e da insuficiente infraestrutura de abastecimento.

O preço médio de modelos 100% a bateria vendidos no Brasil neste ano supera R$ 450 mil, conforme a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi). Já a média dos veículos a combustão fica em R$ 270 mil. Do ponto de vista financeiro, portanto, a escolha do consumidor é óbvia. Mesmo assim, o mercado brasileiro está sendo inundado por carros elétricos importados da China, consequência direta da sobretaxa dos EUA aos carros chineses e do fim do subsídio em países europeus. A investida é agressiva: neste ano, a importação de carros elétricos cresceu 440% no primeiro semestre. Do total de importados, 91% vieram da China.

Os Estados Unidos não são os maiores produtores de carros elétricos nem são seu maior mercado. À frente dos americanos estão China – onde um em cada três carros vendidos é elétrico –, Noruega e Suécia. Mas a economia norte-americana, a maior do mundo, é referência para o movimento mundial. E lá o crescimento das vendas de veículos elétricos diminuiu nos últimos 12 meses, apesar dos investimentos bilionários no desenvolvimento e modernização de tecnologias, como mostrou recente reportagem do jornal The New York Times reproduzida pelo Estadão.

Os motivos foram os altos preços dos automóveis e caminhões elétricos e as dificuldades para abastecê-los. Apesar dos incentivos, os elétricos ainda não têm o mesmo nível de competitividade dos carros a combustão. O Brasil viveu na década de 1970, durante a crise do petróleo, experiência semelhante no lançamento dos motores a etanol, que só se popularizaram de fato quase duas décadas depois. Agora, além dos problemas comuns à transição, o mercado doméstico ainda enfrenta a dificuldade extra de basear a oferta em importação, sem produção local e, muito menos, transferência de tecnologia. Numa visão realista, o Brasil – e o mundo – ainda conviverá com motores a combustão por bastante tempo.

Anúncios recentes de montadoras como Ford e General Motors de que vão alterar seus investimentos nos Estados Unidos, reduzindo o escopo dos planos de produção de carros elétricos e até redirecionando recursos para a fabricação de veículos a combustão, mostra que o processo de transição energética será mais complexo e demorado do que o previsto. Ainda são grandes os obstáculos para sustentar o crescimento de demanda na eletrificação veicular, e ganham corpo as dúvidas sobre a viabilidade de banir a venda de carros a combustão até 2035, como determinaram ao menos 16 países.

É fato que o crescimento na produção e comercialização de carros elétricos impressiona. A previsão da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) é que 17 milhões de unidades sejam vendidas neste ano no mundo, o que significa que, a cada cinco veículos vendidos, um será elétrico. Mas não está sendo uma opção tranquila para os consumidores, especialmente por causa do custo, ainda muito alto – que tende a aumentar com a redução de incentivos dos governos –, e da insuficiente infraestrutura de abastecimento.

O preço médio de modelos 100% a bateria vendidos no Brasil neste ano supera R$ 450 mil, conforme a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi). Já a média dos veículos a combustão fica em R$ 270 mil. Do ponto de vista financeiro, portanto, a escolha do consumidor é óbvia. Mesmo assim, o mercado brasileiro está sendo inundado por carros elétricos importados da China, consequência direta da sobretaxa dos EUA aos carros chineses e do fim do subsídio em países europeus. A investida é agressiva: neste ano, a importação de carros elétricos cresceu 440% no primeiro semestre. Do total de importados, 91% vieram da China.

Os Estados Unidos não são os maiores produtores de carros elétricos nem são seu maior mercado. À frente dos americanos estão China – onde um em cada três carros vendidos é elétrico –, Noruega e Suécia. Mas a economia norte-americana, a maior do mundo, é referência para o movimento mundial. E lá o crescimento das vendas de veículos elétricos diminuiu nos últimos 12 meses, apesar dos investimentos bilionários no desenvolvimento e modernização de tecnologias, como mostrou recente reportagem do jornal The New York Times reproduzida pelo Estadão.

Os motivos foram os altos preços dos automóveis e caminhões elétricos e as dificuldades para abastecê-los. Apesar dos incentivos, os elétricos ainda não têm o mesmo nível de competitividade dos carros a combustão. O Brasil viveu na década de 1970, durante a crise do petróleo, experiência semelhante no lançamento dos motores a etanol, que só se popularizaram de fato quase duas décadas depois. Agora, além dos problemas comuns à transição, o mercado doméstico ainda enfrenta a dificuldade extra de basear a oferta em importação, sem produção local e, muito menos, transferência de tecnologia. Numa visão realista, o Brasil – e o mundo – ainda conviverá com motores a combustão por bastante tempo.

Anúncios recentes de montadoras como Ford e General Motors de que vão alterar seus investimentos nos Estados Unidos, reduzindo o escopo dos planos de produção de carros elétricos e até redirecionando recursos para a fabricação de veículos a combustão, mostra que o processo de transição energética será mais complexo e demorado do que o previsto. Ainda são grandes os obstáculos para sustentar o crescimento de demanda na eletrificação veicular, e ganham corpo as dúvidas sobre a viabilidade de banir a venda de carros a combustão até 2035, como determinaram ao menos 16 países.

É fato que o crescimento na produção e comercialização de carros elétricos impressiona. A previsão da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) é que 17 milhões de unidades sejam vendidas neste ano no mundo, o que significa que, a cada cinco veículos vendidos, um será elétrico. Mas não está sendo uma opção tranquila para os consumidores, especialmente por causa do custo, ainda muito alto – que tende a aumentar com a redução de incentivos dos governos –, e da insuficiente infraestrutura de abastecimento.

O preço médio de modelos 100% a bateria vendidos no Brasil neste ano supera R$ 450 mil, conforme a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi). Já a média dos veículos a combustão fica em R$ 270 mil. Do ponto de vista financeiro, portanto, a escolha do consumidor é óbvia. Mesmo assim, o mercado brasileiro está sendo inundado por carros elétricos importados da China, consequência direta da sobretaxa dos EUA aos carros chineses e do fim do subsídio em países europeus. A investida é agressiva: neste ano, a importação de carros elétricos cresceu 440% no primeiro semestre. Do total de importados, 91% vieram da China.

Os Estados Unidos não são os maiores produtores de carros elétricos nem são seu maior mercado. À frente dos americanos estão China – onde um em cada três carros vendidos é elétrico –, Noruega e Suécia. Mas a economia norte-americana, a maior do mundo, é referência para o movimento mundial. E lá o crescimento das vendas de veículos elétricos diminuiu nos últimos 12 meses, apesar dos investimentos bilionários no desenvolvimento e modernização de tecnologias, como mostrou recente reportagem do jornal The New York Times reproduzida pelo Estadão.

Os motivos foram os altos preços dos automóveis e caminhões elétricos e as dificuldades para abastecê-los. Apesar dos incentivos, os elétricos ainda não têm o mesmo nível de competitividade dos carros a combustão. O Brasil viveu na década de 1970, durante a crise do petróleo, experiência semelhante no lançamento dos motores a etanol, que só se popularizaram de fato quase duas décadas depois. Agora, além dos problemas comuns à transição, o mercado doméstico ainda enfrenta a dificuldade extra de basear a oferta em importação, sem produção local e, muito menos, transferência de tecnologia. Numa visão realista, o Brasil – e o mundo – ainda conviverá com motores a combustão por bastante tempo.

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