Fórum dos Leitores


Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

Por Fórum dos Leitores

Brasil-Venezuela

Escalada da tensão

O ditador Nicolás Maduro deveria ter um pouco de cortesia ao se referir ao fato de o Brasil ter vetado a entrada de seu país no Brics. Convocar o embaixador venezuelano em Brasília para consultas em Caracas é uma pena, mas não afeta o Brasil tanto quanto seu próprio país. A Venezuela precisa mais do Brasil do que o Brasil dela. Maduro desconsidera o valor da integração sul-americana, e a culpa por essa situação é dele, não do Brasil – e Maduro sabe por quê. Ele deveria aproveitar o momento e demonstrar seriedade pagando a dívida que tem com o Brasil, e não é de hoje.

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Mário Cobucci Júnior

São Paulo

*

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Piada

Eu vou pedir licença ao Estadão e aproveitar o Fórum dos Leitores para contar uma piada. Lá vai: o governo venezuelano convocou seu embaixador no Brasil para retornar à Venezuela, o que, na diplomacia internacional, representa uma repreensão ao nosso país. Pronto, contei.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

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Salvador

*

STF

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Delírio geral

Sugiro ao Supremo Tribunal Federal (STF) que, com uma canetada geral, informe à população brasileira que a Operação Lava Jato não existiu. Quem foi condenado a multas não paga nada. Quem pagou terá o dinheiro de volta, corrigido. Quem foi condenado, como no caso do sr. José Dirceu, também terá sua condenação anulada. Enfim, a Lava Jato foi um delírio geral. E vamos em frente, querido Brasil.

Ariovaldo J. Geraissate

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*

São Paulo

A Corte e a História

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STF dos anos 2000 = anistia ampla, geral e irrestrita.

Helton Perillo Ferreira Leite

Lorena

*

Depois de José Dirceu

Qual será o próximo corrupto a ter condenação anulada por algum ministro do STF?

Robert Haller

São Paulo

*

Caminho para o atraso

É imensa a potencialidade de desenvolvimento deste nosso Brasil. Entretanto, todos sabem, o País só será contemplado com a prosperidade quando, independentemente da ideologia do governante no poder, o Estado oferecer à sociedade segurança jurídica para empreender e investir. Essa condição (o fortalecimento das instituições), no entanto, nunca será alcançada se a sua Suprema Corte, deliberadamente, promove a impunidade de corruptos confessos, como demonstrou o editorial A vez de José Dirceu no festim da impunidade (Estadão, 30/10, A3). A situação se agrava quando os membros desta Suprema Corte, protegidos por seus pares e pela cumplicidade de senadores que não honram seu mandato, se sentem seguros a ponto de não se importarem nem com a aparência de honestidade.

Nilson Otávio de Oliveira

São Paulo

*

Congresso Nacional

Eleição na Câmara

É um escândalo o toma lá da cá para a escolha do futuro presidente da Câmara dos Deputados. Se o Brasil pretende ser um país de fato democrático, deveria resolver esse tipo de assunto puramente no voto, não na base do dinheiro e dos conchavos políticos. Deputados poderiam eleger seu novo presidente entre os candidatos que se apresentarem e pronto. Não tem o menor sentido colocar a anistia ao ex-presidente Bolsonaro, por exemplo, na negociação. O País precisa criar vergonha na cara.

Mário Barilá Filho

São Paulo

*

Rei Arthur Lira e a sucessão

Presidente da Câmara confirma apoio a Hugo Motta para sua sucessão (Estadão, 30/10, A9). Rei Arthur Lira apontou Sir LanceMotta como sucessor na Távola Redonda do Centrão, este vencedor das eleições municipais de 2024 graças às Emendas Pix, secretas, envoltas nas brumas de Avalon. A entrega da Excalibur, em Camelot, será em fevereiro. Guinevere ansiosa...

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

Roberto DaMatta

As balas de prata

Muito contundente o texto de Roberto DaMatta Sobre as balas de prata (Estadão, 30/10, C5). Cá estou, no ônibus, imaginando uma bala de prata que me atinja logo para eu pagar dívidas. Chamo-a neste momento de Loterias. Realmente, todos nós ansiamos pela bala de prata até que, ao alcançá-la, saiamos à procura de outra. Só a morte impedirá o não desejo pelas balas de prata, meu caro Roberto.

Ricardo Machado da Silva

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

PASSOS LARGOS

Como brasileiro, aos 87 anos, quero cumprimentar Sergio Moro pela Lava Jato. Como todos sabemos, o Supremo Tribunal Federal (STF) cancelou e ajudou os corruptos em quase todos os processos. Que pena, alguém deveria avisar Moro de que ele se esqueceu de colocar vírgula na decisões. Como o nosso STF é meticuloso, haja visto que recentemente o STF julgou um processo que levou apenas 123 anos. Isto é o nosso querido Brasil, que caminha a passos largos para imitar a crise Argentina.

Pedro Russi

Bragança Paulista

*

ESCÁRNIO

Sem dúvida, a decisão do ministro Gilmar Mendes livrando José Dirceu das condenações da Lava Jato é mais um escárnio. Afinal, as narrativas, todas elas baseadas em pirataria, e sem respeitar o direito de defesa nas acusações de suspeitas contra as autoridades da Lava Jato, ignora por completo todas as provas da roubalheira perpetradas em conluio, isso sim, de políticos e empreiteiros corruptos desviando dinheiro do povo. Tudo indica que isso não vai terminar bem.

José Elias Laier

São Carlos

*

DECISÕES DO STF

Para um STF que libera/mantém em liberdade o André do Rap, Rogério Andrade e outros de mesma reputação, Zé Dirceu é primário.

Carlos Alberto Roxo

São Paulo

*

PACIÊNCIA

Se acalma, Rogério de Andrade, já que você tem muito dinheiro, leve seu caso ao STF. Lá eles são muito bonzinhos, principalmente Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Logo você estará em casa com uma tornozeleira (essa é pouco tempo também). Tenha paciência.

Emerson Luiz Cury

Itu

*

CEGA, SURDA E MUDA

Por mais incrível que pareça, o STF tem decidido que acusados na Operação Lava Jato sejam livres, leves e soltos. E provavelmente, mais ricos pelo dinheiro que terão de volta. E assim caminha a Justiça brasileira, cega, surda e muda. Quando quer.

Carlos Gaspar

São Paulo

*

NOVOS VALORES

O Brasil não dispõe na atualidade de uma figura política que apresente atributos de liderança capazes de anunciar o surgimento de melhores rumos para a sociedade. Dificilmente se pode reconhecer nos que hoje pelejam nas grandes veredas do poder, qualidades de traquejo e conciliação necessárias para afastar as nuvens de sectarismo extremo que impedem o aparecimento de soluções urgentes para os graves problemas do País e que consigam transcender o debate estéril, individualista e carregado de ideologia ultrapassada e corrosiva. O que se julga abre alas da esquerda pouco se preocupa com o crescimento do País e com um upgrade do nível de vida da população, mas já se debruça sobre estratégias a serem seguidas para o próximo pleito presidencial daqui a menos de dois anos, quando tentará recondução ao cargo máximo, o que o atual mandato não está a recomendar posto que é necessária uma urgente oxigenação de quadros e métodos a fim de focar com mais atenção o interesse público, hoje meio colocado para escanteio. Por outro lado, o presumido oponente direto é uma espécie de outsider ainda inelegível atuando em cordéis restritivos para novas tendências que visam a fortalecer uma direita mais construtiva. Urge o aparecimento de outros valores em ambos os lados para que o povo consiga enxergar caminhos mais saudáveis.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

*

INOCÊNCIA NA POLÍTICA

Bolsonaro reage a críticas de Caiado: ‘Se você o desagrada, vira seu inimigo’ (Estadão, 29/10). O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, conseguiu que o seu candidato Sandro Mabel, também do União Brasil, fosse eleito para a prefeitura de Goiânia. Agora Bolsonaro, que esperava ter o apoio incondicional de Caiado para o seu candidato do PL, se sentiu contrariado e está usando a sua rede social, no X, para provocar o governador. Por favor, Bolsonaro, não seja tão infantil.

Tomomasa Yano

Campinas

*

ABSTENÇÕES

Ricardo Nunes, prefeito eleito de São Paulo, e e Baleia Rossi, deputado federal e presidente nacional do MDB, respectivamente, deram entrevista ao Estadão sob os títulos Não tem o menor sentido eu defender o apoio à reeleição do Lula e O Centro saiu fortalecido e pode buscar alternativas (Estadão, 30/10, A6 a A8). Nunes se queixou da agressividade à sua pessoa, comentou sobre a eleição da presidência da Câmara Municipal e do comportamento inusitado de Pablo Marçal. Quanto à declaração do governador Tarcísio de Freitas, que o PCC recomendava o voto em Guilherme Boulos, acusou a Folha de S. Paulo de irresponsabilidade por noticiar o fato. Já Rossi, comentou a vitória e o desempenho do MDB, bem como a construção de um projeto político que busque resultados. Sobre gestão, interesses dos eleitores e reformas cruciais, nenhuma palavra. Inclusive, Rossi, com sua carreira parlamentar iniciada em Ribeirão Preto, como vereador, há 32 anos, também não explicou porque o candidato à prefeitura, Ricardo Silva, apoiado pelo MDB e mais nove partidos, venceu as eleições com apenas 687 votos de diferença (com 477.595 eleitores no município), mesmo disputando com Marco Aurélio, desconhecido antes das eleições e lançado pelo partido Novo. Essa situação, somada à abstenção local de 37,6% (179.759 eleitores), a maior do Brasil, merece a atenção das atuais lideranças. A quantidade de abstenções são indícios da desilusão dos leitores com esse lamentável quadro partidário e político atual, abrigados no populismo exacerbado e no assalto ao Orçamento público, no plano federal, para permanecerem no poder. É lamentável.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

Ribeirão Preto

*

RECONHECIMENTO DE NUNES

Para aferir a real dimensão da reeleição do prefeito da capital paulista, sugiro às empresas de pesquisa de opinião proceder com uma enquete com apenas uma pergunta: qual o nome do prefeito eleito, em segundo turno, na cidade de São Paulo? Respostas com Ricardo Nunes, Ricardo ou Nunes seriam consideradas válidas; qualquer outro nome, como inválidas. A metodologia apropriada seria de responsabilidade das empresas.

Jose Wilson Gambier Costa

Lençóis Paulista

*

VEÍCULOS ELÉTRICOS

A adoção de tarifas adicionais de 35,3% para veículos elétricos chineses visa proteger a indústria automotiva no velho mundo. Como sempre, a história se repete e mesmo tipo de erro são cometidos. O Brasil praticou a adoção de imposto de importação para produtos que poderiam concorrer com a produção nacional. Praticava-se a substituição de importações e, durante muitos anos, estabeleceu-se por aqui uma indústria automotiva que se acostumou com a adoção de preços protegidos por alíquotas que tornavam os produtos importados absolutamente fora do alcance da maioria dos consumidores. E, o que é pior, deixamos de acompanhar os avanços tecnológicos que tornaram os veículos do mundo avançado superiores às carroças aqui montadas.

Fauzi Timaco Jorge

São Paulo

*

USP

Brilhante iniciativa da USP em condenar o antissemitismo em seus alunos e elogiado pelo Estadão no editorial USP contra o antissemitismo (Estadão, 30/10, A19), divulgando a sensatez do modus operandi para outrras organizações semelhantes ou não combatendo todo tipo de preconceito com seus próprios públicos diretos ou indiretos, num país que o preconceito ainda subsiste em alguns agrupamentos.

Silvio Olivo

São Paulo

*

PAGAMENTO DE PRECATÓRIOS

Corria o ano de 2023 e minha mãe, aposentada do Ministério da Fazenda, aguardava o recebimento de um precatório que já havia demorado muito para ser ganho. Foi confirmado pelos advogados que eles tinham conseguido, mas, logo em seguida, veio a notícia que o presidente Lula e o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, iriam suspender o pagamento dos precatórios no ano de 2023 e que seriam pagos em 2024. Que decepção. Em junho de 2023, minha mãe sofreu uma queda e após 62 dias de hospitalização, faleceu. Fomos ao Ministério da Fazenda resolver assuntos referentes ao seu falecimento e passamos na Assefaz, onde assinamos os papéis, como herdeiras que somos, para recebermos esse tal precatório. Em janeiro de 2024 minha irmã recebeu a notícia que havia sido depositado na Caixa Econômica Federal e ela foi até lá confirmar. Na ocasião, soube que precisávamos da liberação de um juiz, pois éramos as herdeiras, e não a titular. Entramos em contato com os advogados em Brasília, que nos pediram uma série de documentos, inclusive com firma reconhecida. Enviamos. Passado algum tempo, o advogado nos informou que da parte deles estava tudo certo, dependia da assinatura do juiz apenas. Estamos no final de outubro de 2024 e até aqui nada aconteceu. É assim que funciona?

Regina Vitória Abbud

São Paulo

*

INSPIRAÇÃO DE COPPOLA

Francis Ford Coppola, o multipremiado cineasta de O poderoso chefão e Apocalypse Now, está no Brasil para o lançamento do seu novo filme Megalópolis. Veja o que ele falou: “… os políticos atuais estão mais preocupados com seu próprio poder e privilégio do que em governar o país”. Ele estava se referindo ao seu país, os Estados Unidos da América, mas impressionante como serve como uma luva para os governos que temos por aqui nos últimos vinte e tantos anos. Outro registro importante sobre a presença de Coppola no país é que seu novo filme teve como inspiraçāo, entre outros, a cidade de Curitiba, quando esta foi administrada pelo visionário Jaime Lerner. Que tal os novos prefeitos, prestes a assumir seus cargos, além de assistir Megalópolis, busquem inspiração nas administrações de Jaime Lerner? Nossas cidades ficarão eternamente agradecidas.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

ADEUS A ARTHUR MOREIRA

O grande pianista Arthur Moreira Lima se foi.

Robert Haller

São Paulo

*

LEGADO DO PIANISTA

Com o falecimento do fantástico Arthur Moreira Lima, o mundo ficou mais triste. Só nos resta, ao menos, continuar ouvindo suas gravações e repetir a inconteste definição do imortal escritos francês Gustave Flaubert: “O gênio é Deus que nos dá, mas o talento é por conta dele”.

Fernando de Oliveira Geribello

São Paulo

Brasil-Venezuela

Escalada da tensão

O ditador Nicolás Maduro deveria ter um pouco de cortesia ao se referir ao fato de o Brasil ter vetado a entrada de seu país no Brics. Convocar o embaixador venezuelano em Brasília para consultas em Caracas é uma pena, mas não afeta o Brasil tanto quanto seu próprio país. A Venezuela precisa mais do Brasil do que o Brasil dela. Maduro desconsidera o valor da integração sul-americana, e a culpa por essa situação é dele, não do Brasil – e Maduro sabe por quê. Ele deveria aproveitar o momento e demonstrar seriedade pagando a dívida que tem com o Brasil, e não é de hoje.

Mário Cobucci Júnior

São Paulo

*

Piada

Eu vou pedir licença ao Estadão e aproveitar o Fórum dos Leitores para contar uma piada. Lá vai: o governo venezuelano convocou seu embaixador no Brasil para retornar à Venezuela, o que, na diplomacia internacional, representa uma repreensão ao nosso país. Pronto, contei.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

STF

Delírio geral

Sugiro ao Supremo Tribunal Federal (STF) que, com uma canetada geral, informe à população brasileira que a Operação Lava Jato não existiu. Quem foi condenado a multas não paga nada. Quem pagou terá o dinheiro de volta, corrigido. Quem foi condenado, como no caso do sr. José Dirceu, também terá sua condenação anulada. Enfim, a Lava Jato foi um delírio geral. E vamos em frente, querido Brasil.

Ariovaldo J. Geraissate

*

São Paulo

A Corte e a História

STF dos anos 2000 = anistia ampla, geral e irrestrita.

Helton Perillo Ferreira Leite

Lorena

*

Depois de José Dirceu

Qual será o próximo corrupto a ter condenação anulada por algum ministro do STF?

Robert Haller

São Paulo

*

Caminho para o atraso

É imensa a potencialidade de desenvolvimento deste nosso Brasil. Entretanto, todos sabem, o País só será contemplado com a prosperidade quando, independentemente da ideologia do governante no poder, o Estado oferecer à sociedade segurança jurídica para empreender e investir. Essa condição (o fortalecimento das instituições), no entanto, nunca será alcançada se a sua Suprema Corte, deliberadamente, promove a impunidade de corruptos confessos, como demonstrou o editorial A vez de José Dirceu no festim da impunidade (Estadão, 30/10, A3). A situação se agrava quando os membros desta Suprema Corte, protegidos por seus pares e pela cumplicidade de senadores que não honram seu mandato, se sentem seguros a ponto de não se importarem nem com a aparência de honestidade.

Nilson Otávio de Oliveira

São Paulo

*

Congresso Nacional

Eleição na Câmara

É um escândalo o toma lá da cá para a escolha do futuro presidente da Câmara dos Deputados. Se o Brasil pretende ser um país de fato democrático, deveria resolver esse tipo de assunto puramente no voto, não na base do dinheiro e dos conchavos políticos. Deputados poderiam eleger seu novo presidente entre os candidatos que se apresentarem e pronto. Não tem o menor sentido colocar a anistia ao ex-presidente Bolsonaro, por exemplo, na negociação. O País precisa criar vergonha na cara.

Mário Barilá Filho

São Paulo

*

Rei Arthur Lira e a sucessão

Presidente da Câmara confirma apoio a Hugo Motta para sua sucessão (Estadão, 30/10, A9). Rei Arthur Lira apontou Sir LanceMotta como sucessor na Távola Redonda do Centrão, este vencedor das eleições municipais de 2024 graças às Emendas Pix, secretas, envoltas nas brumas de Avalon. A entrega da Excalibur, em Camelot, será em fevereiro. Guinevere ansiosa...

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

Roberto DaMatta

As balas de prata

Muito contundente o texto de Roberto DaMatta Sobre as balas de prata (Estadão, 30/10, C5). Cá estou, no ônibus, imaginando uma bala de prata que me atinja logo para eu pagar dívidas. Chamo-a neste momento de Loterias. Realmente, todos nós ansiamos pela bala de prata até que, ao alcançá-la, saiamos à procura de outra. Só a morte impedirá o não desejo pelas balas de prata, meu caro Roberto.

Ricardo Machado da Silva

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

PASSOS LARGOS

Como brasileiro, aos 87 anos, quero cumprimentar Sergio Moro pela Lava Jato. Como todos sabemos, o Supremo Tribunal Federal (STF) cancelou e ajudou os corruptos em quase todos os processos. Que pena, alguém deveria avisar Moro de que ele se esqueceu de colocar vírgula na decisões. Como o nosso STF é meticuloso, haja visto que recentemente o STF julgou um processo que levou apenas 123 anos. Isto é o nosso querido Brasil, que caminha a passos largos para imitar a crise Argentina.

Pedro Russi

Bragança Paulista

*

ESCÁRNIO

Sem dúvida, a decisão do ministro Gilmar Mendes livrando José Dirceu das condenações da Lava Jato é mais um escárnio. Afinal, as narrativas, todas elas baseadas em pirataria, e sem respeitar o direito de defesa nas acusações de suspeitas contra as autoridades da Lava Jato, ignora por completo todas as provas da roubalheira perpetradas em conluio, isso sim, de políticos e empreiteiros corruptos desviando dinheiro do povo. Tudo indica que isso não vai terminar bem.

José Elias Laier

São Carlos

*

DECISÕES DO STF

Para um STF que libera/mantém em liberdade o André do Rap, Rogério Andrade e outros de mesma reputação, Zé Dirceu é primário.

Carlos Alberto Roxo

São Paulo

*

PACIÊNCIA

Se acalma, Rogério de Andrade, já que você tem muito dinheiro, leve seu caso ao STF. Lá eles são muito bonzinhos, principalmente Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Logo você estará em casa com uma tornozeleira (essa é pouco tempo também). Tenha paciência.

Emerson Luiz Cury

Itu

*

CEGA, SURDA E MUDA

Por mais incrível que pareça, o STF tem decidido que acusados na Operação Lava Jato sejam livres, leves e soltos. E provavelmente, mais ricos pelo dinheiro que terão de volta. E assim caminha a Justiça brasileira, cega, surda e muda. Quando quer.

Carlos Gaspar

São Paulo

*

NOVOS VALORES

O Brasil não dispõe na atualidade de uma figura política que apresente atributos de liderança capazes de anunciar o surgimento de melhores rumos para a sociedade. Dificilmente se pode reconhecer nos que hoje pelejam nas grandes veredas do poder, qualidades de traquejo e conciliação necessárias para afastar as nuvens de sectarismo extremo que impedem o aparecimento de soluções urgentes para os graves problemas do País e que consigam transcender o debate estéril, individualista e carregado de ideologia ultrapassada e corrosiva. O que se julga abre alas da esquerda pouco se preocupa com o crescimento do País e com um upgrade do nível de vida da população, mas já se debruça sobre estratégias a serem seguidas para o próximo pleito presidencial daqui a menos de dois anos, quando tentará recondução ao cargo máximo, o que o atual mandato não está a recomendar posto que é necessária uma urgente oxigenação de quadros e métodos a fim de focar com mais atenção o interesse público, hoje meio colocado para escanteio. Por outro lado, o presumido oponente direto é uma espécie de outsider ainda inelegível atuando em cordéis restritivos para novas tendências que visam a fortalecer uma direita mais construtiva. Urge o aparecimento de outros valores em ambos os lados para que o povo consiga enxergar caminhos mais saudáveis.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

*

INOCÊNCIA NA POLÍTICA

Bolsonaro reage a críticas de Caiado: ‘Se você o desagrada, vira seu inimigo’ (Estadão, 29/10). O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, conseguiu que o seu candidato Sandro Mabel, também do União Brasil, fosse eleito para a prefeitura de Goiânia. Agora Bolsonaro, que esperava ter o apoio incondicional de Caiado para o seu candidato do PL, se sentiu contrariado e está usando a sua rede social, no X, para provocar o governador. Por favor, Bolsonaro, não seja tão infantil.

Tomomasa Yano

Campinas

*

ABSTENÇÕES

Ricardo Nunes, prefeito eleito de São Paulo, e e Baleia Rossi, deputado federal e presidente nacional do MDB, respectivamente, deram entrevista ao Estadão sob os títulos Não tem o menor sentido eu defender o apoio à reeleição do Lula e O Centro saiu fortalecido e pode buscar alternativas (Estadão, 30/10, A6 a A8). Nunes se queixou da agressividade à sua pessoa, comentou sobre a eleição da presidência da Câmara Municipal e do comportamento inusitado de Pablo Marçal. Quanto à declaração do governador Tarcísio de Freitas, que o PCC recomendava o voto em Guilherme Boulos, acusou a Folha de S. Paulo de irresponsabilidade por noticiar o fato. Já Rossi, comentou a vitória e o desempenho do MDB, bem como a construção de um projeto político que busque resultados. Sobre gestão, interesses dos eleitores e reformas cruciais, nenhuma palavra. Inclusive, Rossi, com sua carreira parlamentar iniciada em Ribeirão Preto, como vereador, há 32 anos, também não explicou porque o candidato à prefeitura, Ricardo Silva, apoiado pelo MDB e mais nove partidos, venceu as eleições com apenas 687 votos de diferença (com 477.595 eleitores no município), mesmo disputando com Marco Aurélio, desconhecido antes das eleições e lançado pelo partido Novo. Essa situação, somada à abstenção local de 37,6% (179.759 eleitores), a maior do Brasil, merece a atenção das atuais lideranças. A quantidade de abstenções são indícios da desilusão dos leitores com esse lamentável quadro partidário e político atual, abrigados no populismo exacerbado e no assalto ao Orçamento público, no plano federal, para permanecerem no poder. É lamentável.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

Ribeirão Preto

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RECONHECIMENTO DE NUNES

Para aferir a real dimensão da reeleição do prefeito da capital paulista, sugiro às empresas de pesquisa de opinião proceder com uma enquete com apenas uma pergunta: qual o nome do prefeito eleito, em segundo turno, na cidade de São Paulo? Respostas com Ricardo Nunes, Ricardo ou Nunes seriam consideradas válidas; qualquer outro nome, como inválidas. A metodologia apropriada seria de responsabilidade das empresas.

Jose Wilson Gambier Costa

Lençóis Paulista

*

VEÍCULOS ELÉTRICOS

A adoção de tarifas adicionais de 35,3% para veículos elétricos chineses visa proteger a indústria automotiva no velho mundo. Como sempre, a história se repete e mesmo tipo de erro são cometidos. O Brasil praticou a adoção de imposto de importação para produtos que poderiam concorrer com a produção nacional. Praticava-se a substituição de importações e, durante muitos anos, estabeleceu-se por aqui uma indústria automotiva que se acostumou com a adoção de preços protegidos por alíquotas que tornavam os produtos importados absolutamente fora do alcance da maioria dos consumidores. E, o que é pior, deixamos de acompanhar os avanços tecnológicos que tornaram os veículos do mundo avançado superiores às carroças aqui montadas.

Fauzi Timaco Jorge

São Paulo

*

USP

Brilhante iniciativa da USP em condenar o antissemitismo em seus alunos e elogiado pelo Estadão no editorial USP contra o antissemitismo (Estadão, 30/10, A19), divulgando a sensatez do modus operandi para outrras organizações semelhantes ou não combatendo todo tipo de preconceito com seus próprios públicos diretos ou indiretos, num país que o preconceito ainda subsiste em alguns agrupamentos.

Silvio Olivo

São Paulo

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PAGAMENTO DE PRECATÓRIOS

Corria o ano de 2023 e minha mãe, aposentada do Ministério da Fazenda, aguardava o recebimento de um precatório que já havia demorado muito para ser ganho. Foi confirmado pelos advogados que eles tinham conseguido, mas, logo em seguida, veio a notícia que o presidente Lula e o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, iriam suspender o pagamento dos precatórios no ano de 2023 e que seriam pagos em 2024. Que decepção. Em junho de 2023, minha mãe sofreu uma queda e após 62 dias de hospitalização, faleceu. Fomos ao Ministério da Fazenda resolver assuntos referentes ao seu falecimento e passamos na Assefaz, onde assinamos os papéis, como herdeiras que somos, para recebermos esse tal precatório. Em janeiro de 2024 minha irmã recebeu a notícia que havia sido depositado na Caixa Econômica Federal e ela foi até lá confirmar. Na ocasião, soube que precisávamos da liberação de um juiz, pois éramos as herdeiras, e não a titular. Entramos em contato com os advogados em Brasília, que nos pediram uma série de documentos, inclusive com firma reconhecida. Enviamos. Passado algum tempo, o advogado nos informou que da parte deles estava tudo certo, dependia da assinatura do juiz apenas. Estamos no final de outubro de 2024 e até aqui nada aconteceu. É assim que funciona?

Regina Vitória Abbud

São Paulo

*

INSPIRAÇÃO DE COPPOLA

Francis Ford Coppola, o multipremiado cineasta de O poderoso chefão e Apocalypse Now, está no Brasil para o lançamento do seu novo filme Megalópolis. Veja o que ele falou: “… os políticos atuais estão mais preocupados com seu próprio poder e privilégio do que em governar o país”. Ele estava se referindo ao seu país, os Estados Unidos da América, mas impressionante como serve como uma luva para os governos que temos por aqui nos últimos vinte e tantos anos. Outro registro importante sobre a presença de Coppola no país é que seu novo filme teve como inspiraçāo, entre outros, a cidade de Curitiba, quando esta foi administrada pelo visionário Jaime Lerner. Que tal os novos prefeitos, prestes a assumir seus cargos, além de assistir Megalópolis, busquem inspiração nas administrações de Jaime Lerner? Nossas cidades ficarão eternamente agradecidas.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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ADEUS A ARTHUR MOREIRA

O grande pianista Arthur Moreira Lima se foi.

Robert Haller

São Paulo

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LEGADO DO PIANISTA

Com o falecimento do fantástico Arthur Moreira Lima, o mundo ficou mais triste. Só nos resta, ao menos, continuar ouvindo suas gravações e repetir a inconteste definição do imortal escritos francês Gustave Flaubert: “O gênio é Deus que nos dá, mas o talento é por conta dele”.

Fernando de Oliveira Geribello

São Paulo

Brasil-Venezuela

Escalada da tensão

O ditador Nicolás Maduro deveria ter um pouco de cortesia ao se referir ao fato de o Brasil ter vetado a entrada de seu país no Brics. Convocar o embaixador venezuelano em Brasília para consultas em Caracas é uma pena, mas não afeta o Brasil tanto quanto seu próprio país. A Venezuela precisa mais do Brasil do que o Brasil dela. Maduro desconsidera o valor da integração sul-americana, e a culpa por essa situação é dele, não do Brasil – e Maduro sabe por quê. Ele deveria aproveitar o momento e demonstrar seriedade pagando a dívida que tem com o Brasil, e não é de hoje.

Mário Cobucci Júnior

São Paulo

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Piada

Eu vou pedir licença ao Estadão e aproveitar o Fórum dos Leitores para contar uma piada. Lá vai: o governo venezuelano convocou seu embaixador no Brasil para retornar à Venezuela, o que, na diplomacia internacional, representa uma repreensão ao nosso país. Pronto, contei.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

STF

Delírio geral

Sugiro ao Supremo Tribunal Federal (STF) que, com uma canetada geral, informe à população brasileira que a Operação Lava Jato não existiu. Quem foi condenado a multas não paga nada. Quem pagou terá o dinheiro de volta, corrigido. Quem foi condenado, como no caso do sr. José Dirceu, também terá sua condenação anulada. Enfim, a Lava Jato foi um delírio geral. E vamos em frente, querido Brasil.

Ariovaldo J. Geraissate

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São Paulo

A Corte e a História

STF dos anos 2000 = anistia ampla, geral e irrestrita.

Helton Perillo Ferreira Leite

Lorena

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Depois de José Dirceu

Qual será o próximo corrupto a ter condenação anulada por algum ministro do STF?

Robert Haller

São Paulo

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Caminho para o atraso

É imensa a potencialidade de desenvolvimento deste nosso Brasil. Entretanto, todos sabem, o País só será contemplado com a prosperidade quando, independentemente da ideologia do governante no poder, o Estado oferecer à sociedade segurança jurídica para empreender e investir. Essa condição (o fortalecimento das instituições), no entanto, nunca será alcançada se a sua Suprema Corte, deliberadamente, promove a impunidade de corruptos confessos, como demonstrou o editorial A vez de José Dirceu no festim da impunidade (Estadão, 30/10, A3). A situação se agrava quando os membros desta Suprema Corte, protegidos por seus pares e pela cumplicidade de senadores que não honram seu mandato, se sentem seguros a ponto de não se importarem nem com a aparência de honestidade.

Nilson Otávio de Oliveira

São Paulo

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Congresso Nacional

Eleição na Câmara

É um escândalo o toma lá da cá para a escolha do futuro presidente da Câmara dos Deputados. Se o Brasil pretende ser um país de fato democrático, deveria resolver esse tipo de assunto puramente no voto, não na base do dinheiro e dos conchavos políticos. Deputados poderiam eleger seu novo presidente entre os candidatos que se apresentarem e pronto. Não tem o menor sentido colocar a anistia ao ex-presidente Bolsonaro, por exemplo, na negociação. O País precisa criar vergonha na cara.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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Rei Arthur Lira e a sucessão

Presidente da Câmara confirma apoio a Hugo Motta para sua sucessão (Estadão, 30/10, A9). Rei Arthur Lira apontou Sir LanceMotta como sucessor na Távola Redonda do Centrão, este vencedor das eleições municipais de 2024 graças às Emendas Pix, secretas, envoltas nas brumas de Avalon. A entrega da Excalibur, em Camelot, será em fevereiro. Guinevere ansiosa...

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

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Roberto DaMatta

As balas de prata

Muito contundente o texto de Roberto DaMatta Sobre as balas de prata (Estadão, 30/10, C5). Cá estou, no ônibus, imaginando uma bala de prata que me atinja logo para eu pagar dívidas. Chamo-a neste momento de Loterias. Realmente, todos nós ansiamos pela bala de prata até que, ao alcançá-la, saiamos à procura de outra. Só a morte impedirá o não desejo pelas balas de prata, meu caro Roberto.

Ricardo Machado da Silva

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

PASSOS LARGOS

Como brasileiro, aos 87 anos, quero cumprimentar Sergio Moro pela Lava Jato. Como todos sabemos, o Supremo Tribunal Federal (STF) cancelou e ajudou os corruptos em quase todos os processos. Que pena, alguém deveria avisar Moro de que ele se esqueceu de colocar vírgula na decisões. Como o nosso STF é meticuloso, haja visto que recentemente o STF julgou um processo que levou apenas 123 anos. Isto é o nosso querido Brasil, que caminha a passos largos para imitar a crise Argentina.

Pedro Russi

Bragança Paulista

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ESCÁRNIO

Sem dúvida, a decisão do ministro Gilmar Mendes livrando José Dirceu das condenações da Lava Jato é mais um escárnio. Afinal, as narrativas, todas elas baseadas em pirataria, e sem respeitar o direito de defesa nas acusações de suspeitas contra as autoridades da Lava Jato, ignora por completo todas as provas da roubalheira perpetradas em conluio, isso sim, de políticos e empreiteiros corruptos desviando dinheiro do povo. Tudo indica que isso não vai terminar bem.

José Elias Laier

São Carlos

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DECISÕES DO STF

Para um STF que libera/mantém em liberdade o André do Rap, Rogério Andrade e outros de mesma reputação, Zé Dirceu é primário.

Carlos Alberto Roxo

São Paulo

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PACIÊNCIA

Se acalma, Rogério de Andrade, já que você tem muito dinheiro, leve seu caso ao STF. Lá eles são muito bonzinhos, principalmente Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Logo você estará em casa com uma tornozeleira (essa é pouco tempo também). Tenha paciência.

Emerson Luiz Cury

Itu

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CEGA, SURDA E MUDA

Por mais incrível que pareça, o STF tem decidido que acusados na Operação Lava Jato sejam livres, leves e soltos. E provavelmente, mais ricos pelo dinheiro que terão de volta. E assim caminha a Justiça brasileira, cega, surda e muda. Quando quer.

Carlos Gaspar

São Paulo

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NOVOS VALORES

O Brasil não dispõe na atualidade de uma figura política que apresente atributos de liderança capazes de anunciar o surgimento de melhores rumos para a sociedade. Dificilmente se pode reconhecer nos que hoje pelejam nas grandes veredas do poder, qualidades de traquejo e conciliação necessárias para afastar as nuvens de sectarismo extremo que impedem o aparecimento de soluções urgentes para os graves problemas do País e que consigam transcender o debate estéril, individualista e carregado de ideologia ultrapassada e corrosiva. O que se julga abre alas da esquerda pouco se preocupa com o crescimento do País e com um upgrade do nível de vida da população, mas já se debruça sobre estratégias a serem seguidas para o próximo pleito presidencial daqui a menos de dois anos, quando tentará recondução ao cargo máximo, o que o atual mandato não está a recomendar posto que é necessária uma urgente oxigenação de quadros e métodos a fim de focar com mais atenção o interesse público, hoje meio colocado para escanteio. Por outro lado, o presumido oponente direto é uma espécie de outsider ainda inelegível atuando em cordéis restritivos para novas tendências que visam a fortalecer uma direita mais construtiva. Urge o aparecimento de outros valores em ambos os lados para que o povo consiga enxergar caminhos mais saudáveis.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

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INOCÊNCIA NA POLÍTICA

Bolsonaro reage a críticas de Caiado: ‘Se você o desagrada, vira seu inimigo’ (Estadão, 29/10). O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, conseguiu que o seu candidato Sandro Mabel, também do União Brasil, fosse eleito para a prefeitura de Goiânia. Agora Bolsonaro, que esperava ter o apoio incondicional de Caiado para o seu candidato do PL, se sentiu contrariado e está usando a sua rede social, no X, para provocar o governador. Por favor, Bolsonaro, não seja tão infantil.

Tomomasa Yano

Campinas

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ABSTENÇÕES

Ricardo Nunes, prefeito eleito de São Paulo, e e Baleia Rossi, deputado federal e presidente nacional do MDB, respectivamente, deram entrevista ao Estadão sob os títulos Não tem o menor sentido eu defender o apoio à reeleição do Lula e O Centro saiu fortalecido e pode buscar alternativas (Estadão, 30/10, A6 a A8). Nunes se queixou da agressividade à sua pessoa, comentou sobre a eleição da presidência da Câmara Municipal e do comportamento inusitado de Pablo Marçal. Quanto à declaração do governador Tarcísio de Freitas, que o PCC recomendava o voto em Guilherme Boulos, acusou a Folha de S. Paulo de irresponsabilidade por noticiar o fato. Já Rossi, comentou a vitória e o desempenho do MDB, bem como a construção de um projeto político que busque resultados. Sobre gestão, interesses dos eleitores e reformas cruciais, nenhuma palavra. Inclusive, Rossi, com sua carreira parlamentar iniciada em Ribeirão Preto, como vereador, há 32 anos, também não explicou porque o candidato à prefeitura, Ricardo Silva, apoiado pelo MDB e mais nove partidos, venceu as eleições com apenas 687 votos de diferença (com 477.595 eleitores no município), mesmo disputando com Marco Aurélio, desconhecido antes das eleições e lançado pelo partido Novo. Essa situação, somada à abstenção local de 37,6% (179.759 eleitores), a maior do Brasil, merece a atenção das atuais lideranças. A quantidade de abstenções são indícios da desilusão dos leitores com esse lamentável quadro partidário e político atual, abrigados no populismo exacerbado e no assalto ao Orçamento público, no plano federal, para permanecerem no poder. É lamentável.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

Ribeirão Preto

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RECONHECIMENTO DE NUNES

Para aferir a real dimensão da reeleição do prefeito da capital paulista, sugiro às empresas de pesquisa de opinião proceder com uma enquete com apenas uma pergunta: qual o nome do prefeito eleito, em segundo turno, na cidade de São Paulo? Respostas com Ricardo Nunes, Ricardo ou Nunes seriam consideradas válidas; qualquer outro nome, como inválidas. A metodologia apropriada seria de responsabilidade das empresas.

Jose Wilson Gambier Costa

Lençóis Paulista

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VEÍCULOS ELÉTRICOS

A adoção de tarifas adicionais de 35,3% para veículos elétricos chineses visa proteger a indústria automotiva no velho mundo. Como sempre, a história se repete e mesmo tipo de erro são cometidos. O Brasil praticou a adoção de imposto de importação para produtos que poderiam concorrer com a produção nacional. Praticava-se a substituição de importações e, durante muitos anos, estabeleceu-se por aqui uma indústria automotiva que se acostumou com a adoção de preços protegidos por alíquotas que tornavam os produtos importados absolutamente fora do alcance da maioria dos consumidores. E, o que é pior, deixamos de acompanhar os avanços tecnológicos que tornaram os veículos do mundo avançado superiores às carroças aqui montadas.

Fauzi Timaco Jorge

São Paulo

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USP

Brilhante iniciativa da USP em condenar o antissemitismo em seus alunos e elogiado pelo Estadão no editorial USP contra o antissemitismo (Estadão, 30/10, A19), divulgando a sensatez do modus operandi para outrras organizações semelhantes ou não combatendo todo tipo de preconceito com seus próprios públicos diretos ou indiretos, num país que o preconceito ainda subsiste em alguns agrupamentos.

Silvio Olivo

São Paulo

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PAGAMENTO DE PRECATÓRIOS

Corria o ano de 2023 e minha mãe, aposentada do Ministério da Fazenda, aguardava o recebimento de um precatório que já havia demorado muito para ser ganho. Foi confirmado pelos advogados que eles tinham conseguido, mas, logo em seguida, veio a notícia que o presidente Lula e o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, iriam suspender o pagamento dos precatórios no ano de 2023 e que seriam pagos em 2024. Que decepção. Em junho de 2023, minha mãe sofreu uma queda e após 62 dias de hospitalização, faleceu. Fomos ao Ministério da Fazenda resolver assuntos referentes ao seu falecimento e passamos na Assefaz, onde assinamos os papéis, como herdeiras que somos, para recebermos esse tal precatório. Em janeiro de 2024 minha irmã recebeu a notícia que havia sido depositado na Caixa Econômica Federal e ela foi até lá confirmar. Na ocasião, soube que precisávamos da liberação de um juiz, pois éramos as herdeiras, e não a titular. Entramos em contato com os advogados em Brasília, que nos pediram uma série de documentos, inclusive com firma reconhecida. Enviamos. Passado algum tempo, o advogado nos informou que da parte deles estava tudo certo, dependia da assinatura do juiz apenas. Estamos no final de outubro de 2024 e até aqui nada aconteceu. É assim que funciona?

Regina Vitória Abbud

São Paulo

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INSPIRAÇÃO DE COPPOLA

Francis Ford Coppola, o multipremiado cineasta de O poderoso chefão e Apocalypse Now, está no Brasil para o lançamento do seu novo filme Megalópolis. Veja o que ele falou: “… os políticos atuais estão mais preocupados com seu próprio poder e privilégio do que em governar o país”. Ele estava se referindo ao seu país, os Estados Unidos da América, mas impressionante como serve como uma luva para os governos que temos por aqui nos últimos vinte e tantos anos. Outro registro importante sobre a presença de Coppola no país é que seu novo filme teve como inspiraçāo, entre outros, a cidade de Curitiba, quando esta foi administrada pelo visionário Jaime Lerner. Que tal os novos prefeitos, prestes a assumir seus cargos, além de assistir Megalópolis, busquem inspiração nas administrações de Jaime Lerner? Nossas cidades ficarão eternamente agradecidas.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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ADEUS A ARTHUR MOREIRA

O grande pianista Arthur Moreira Lima se foi.

Robert Haller

São Paulo

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LEGADO DO PIANISTA

Com o falecimento do fantástico Arthur Moreira Lima, o mundo ficou mais triste. Só nos resta, ao menos, continuar ouvindo suas gravações e repetir a inconteste definição do imortal escritos francês Gustave Flaubert: “O gênio é Deus que nos dá, mas o talento é por conta dele”.

Fernando de Oliveira Geribello

São Paulo

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