Fórum dos Leitores


Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

Por Fórum dos Leitores

Eleições nos EUA

Executivo desgastado

A atual situação política do presidente dos Estados Unidos lembra os dois antecedentes que envolveram outros dois democratas. Em 1952, na época da Guerra da Coreia, o presidente Harry Truman desistiu de disputar a reeleição. Em 1968, na época da Guerra do Vietnã, o presidente Lyndon Johnson decidiu não buscar um novo mandato. Agora, em 2024, o presidente Joe Biden enfrenta o desgaste de apoiar Israel na guerra da Faixa de Gaza. O fraco desempenho do atual mandatário americano, durante o debate televisivo da CNN, poderia forçá-lo a seguir o mesmo passo de seus antecessores partidários. Momentos de polarização ideológica, de radicalização política e de insatisfação econômica e social provocam enorme desgaste na imagem do Executivo federal e no índice de aprovação do governo, tanto por influência de fatores internos como externos.

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Luiz Roberto da Costa Jr.

Campinas

*

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Uma opção melhor

Há muitas queixas referentes ao número grande de partidos políticos no Brasil, fato que dificultaria a governabilidade (e os conchavos também). A situação oposta extrema de apenas dois partidos viáveis é pior, como mostra o caso norte-americano, onde a opção para presidente é “entre a mendacidade de Trump e a decrepitude de Biden” (Pânico nos EUA, 29/6, A3). Só podemos concordar com o editorial de que “os americanos merecem uma opção melhor”. Teriam se existissem mais partidos e, consequentemente, mais propostas ideológicas.

Tibor Rabóczkay

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São Paulo

*

Efeito Orloff

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Uma propaganda do passado tinha o recado “Eu sou você amanhã”, um sucesso! Ao ver o desempenho do presidente Biden no debate eleitoral, me veio à cabeça a mensagem da vodka para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não será ele o Biden de amanhã?

Roberto Solano

Rio de Janeiro

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*

Governo Lula

Aumento de arrecadação

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Impressionante a declaração de Lula, após 18 meses de desastrosa gestão na Presidência da República, de que não sabe se a saída é cortar gastos ou aumentar a arrecadação. O presidente aumentou as despesas significativamente, sempre tentando e determinando o aumento da arrecadação, através do aumento de impostos, ou criando novas taxas e outros tipos de impostos. Esta gestão está levando o País a uma situação crítica, e as próximas gestões terão muitas dificuldades em consertá-la. O Brasil está regredindo!

Antonio Moreno Neto

São Paulo

*

Bravatas econômicas

Ao invés de suas bravatas econômicas, Lula e seus assessores poderiam usufruir do tempo que têm com leitura e estudos, para melhorar seus conhecimentos e servir melhor ao País.

Gilberto de Lima Garófalo

Vinhedo

*

São Paulo

Doação de marmitas

Absurdo o projeto de lei do vereador Rubinho Nunes (União Brasil), da capital paulista, que determinava regras para doação de alimentos com possibilidade de multas a quem praticasse a caridade de doar comida à população de rua. A que ponto chegamos nessa atitude egoísta e desumana! No Parlamento de uma das maiores metrópoles do mundo, onde se proliferam pelas praças e ruas centenas de pessoas, sozinhas e em famílias, que não têm nada na vida, um vereador tresloucado em seu pensamento reduzido e limitado querendo dificultar que essas pessoas recebam um prato de comida. Neste ano tem eleição para vereador em todo o País, portanto temos que pensar e analisar bem quem vamos eleger ou manter no cargo.

Célio Borba

Curitiba

*

Aborto

Direito da mulher e do feto

O biólogo Fernando Reinach, em belo artigo no Estadão (Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor, 28/6, A4), argumenta que não aceita a interrupção da vida do feto no terceiro trimestre de gestação, pois este já tem direito à vida. Mas a mulher ou a menina tem direito a não carregar o fruto de uma violência. E esse direito supera o do feto, visto que ela já é cidadã e pessoa humana. Que ela lide depois com sua consciência na vida privada, e, caso creia em Deus, que trate sobre o assunto com Ele na intimidade.

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

PERGUNTAS AO STF

Perguntas das redes sociais ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a autorização para o porte e uso pessoal (?) de 40 gramas de erva venenosa, entre tantas: a) Onde eu compro maconha legalmente?; b) Não bebo e não cheiro, mas, patologicamente, sou crônico usuário do black. Minha CNH é categoria D e E. Na renovação serei aprovado pelo exame toxicológico?; c) Ao volante, sendo parado em alguma blitz, os tragos no baseado devem ser interrompidos?; d) Poderei apertar e acender a qualquer momento, durante a blitz? Senhores parlamentares, nesta briga de cachorros grandes pelo poder de legislar, in casu, afastadas venenosas maledicências afirmando que os membros supremos estão legislando em causa própria, podemos dizer que o STF está a dar-lhes mais uma prostituída e esmagadora chinelada?

Celso David de Oliveira

Rio de Janeiro

*

‘MEIOS EFICIENTES’

Uma sugestão ao Congresso Nacional para lidar com o tema da decisão do STF: manter a desqualificação criminal do consumo de drogas, condicionada à delação do traficante pelo usuário. Que tal? Assim não penalizamos o usuário e criamos meios eficientes para combater o tráfico. Fica a dica.

José Luis Ribeiro Brazuna

São Paulo

*

‘TERREMOTOS DESNECESSÁRIOS’

A situação vai acalmando, mas Lula 3 quer persistir nos ataques a Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Se há mais calmaria, Lula 3 ataca os juros mantidos altos para se evitar elevação inflacionária e, por fim, onde não há, Lula cria terremotos desnecessários. Entretanto, ele deveria saber que seu procedimento gera desconfiança e carência de credibilidade, ceifando investimentos e aplicações de capital do setor produtivo. Assim, calar é muito melhor que falar.

José Carlos de Carvalho Carneiro

Rio Claro

*

LULA DA SILVA

Lula diz que STF, ‘ao se meter em tudo’, cria ‘rivalidade’ ruim para a democracia (Estadão, 27/6, A8). Afinal, quem não entende de economia de mercado e se mete nela é o próprio demiurgo. Ora, escrachando o Comitê de Política Monetária (Copom) diariamente, Lula acaba por fomentar a alta do dólar e o derretimento da bolsa – como todos os brasileiros já sabem, menos ele. Mesmo assim, ainda tem coragem de dizer, levianamente, que “quem apostar no fortalecimento do dólar ante o real vai quebrar a cara”, mas, na verdade, quem quebrou a cara foi o ele mesmo, e o dólar fechou com recorde de R$ 5,50. Lula, você é considerado um sem-noção. Pare com essa mania de se meter em tudo para não atrapalhar ainda mais o País, pode ser?

Júlio Roberto Ayres Brisola

Rio de Janeiro

*

‘VAI DEMORAR’

A polêmica sobre o protagonismo do Judiciário na realidade brasileira ganhou nova força por conta da discussão, no STF, da constitucionalidade da Lei de Drogas, existente há quase 20 anos, e da quantidade de maconha a ser usada como limite para diferenciar traficantes de usuários. Detalhe técnico que, na verdade, deveria ser debatido não por juízes nem parlamentares, mas por especialistas na área. O ministro Luis Fux afirmou na ocasião que o STF “estaria se ocupando de atribuições próprias dos canais de legítima expressão da vontade popular, reservadas apenas aos Poderes integrados por mandatários eleitos”. Entretanto, cabe a pergunta: o Judiciário está usurpando os demais Poderes ou está apenas preenchendo espaços deixados abertos por incompetência ou inabilidade do Executivo e do Legislativo? No início da pandemia, não tivesse o Supremo deliberado que Estados e municípios teriam poder para determinar regras de isolamento e quarentena, as mortes por covid-19 teriam sido exponencialmente maiores, já que Jair Bolsonaro pouco se lixava para a doença. Há poucos dias, o STF só não foi chamado a opinar sobre a o Projeto de Lei que equipara aborto após 22 semanas de gestação a homicídio, aprovado em menos de 30 segundos em votação vergonhosa na Câmara dos Deputados, porque a reação da opinião pública foi de tal ferocidade que o presidente da Casa se viu obrigado a recuar e propor o debate. “O Brasil não tem um governo de juízes”, disse Fux. O Brasil só deixará de ser governado por juízes quando os demais poderes deixarem de fazer bobagens e atuarem assertivamente nos limites de suas atribuições. Pelo visto, vai demorar.

Luciano Harary

São Paulo

*

8 DE JANEIRO

Quando será? Estou com receio de que nada aconteça. Os massa de manobra já sofreram condenações e ninguém fala nada sobre os cabeças. Eles estão andando por aí como se nada tivesse acontecido. Ah. Justiça seja feita, eles não podem ser esquecidos. 8 de janeiro de 2023. Dia em que a nossa democracia foi ameaçada. Não foi uma coisinha à toa. Ai de nós se a ideia fosse concretizada. Por favor, senhores julgadores, acelerem o veredicto. Esse silêncio incomoda, parece meio esquisito. Aquilo não foi coisa de criança. Teve grandes mentores. Ah. Que dia terrível. Foi o dia dos horrores. Será que já chegou ao fim? Nem tem mais condenações? O pau que bateu em Chico tem que bater nos grandões.

Jeovah Ferreira

Taquari (DF)

*

DEBATE AMERICANO

Após o debate Joe Biden x Donald Trump, em que o atual presidente dos Estados Unidos teve um péssimo desempenho, o partido Democrata já procura um novo candidato ou candidata, como Gretchen Whitmer, governadora de Michigan, para enfrentar o ex-presidente, golpista e mau caráter, Trump. Minha neta Alice, em seus 12 anos, definiu o debate como sendo entre um psicótico e um demente.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

‘DESEMPENHO POLÍTICO’

Valeu mais a imagem titubeante que Joe Biden transmitiu no debate do que todas as infâmias e mentiras que Donald Trump proferiu. Nos Estados Unidos, assim como aqui, o desempenho de um político frente às telas e aos microfones tem o poder de sacudir o mercado e os votos. E as forças progressistas no Brasil ainda não entendem por que a população está caminhando cada vez mais para o extremismo de direita.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

*

‘FIM DO REINADO DA DEMOCRACIA’

A provável volta de Donald Trump ao poder pode significar o fim do reinado da democracia: não é possível que um país como os Estados Unidos tenha que engolir um agressor sexual, criminoso e notório picareta na presidência da República. Apostar todas as fichas na sabedoria iluminada do povo tem se mostrado um grande erro. As repúblicas bananeiras, como o Brasil, tem muitos exemplos de pessoas despreparadas e de má-fé que alcançaram a presidência pura e simplesmente mentindo e enganando o povo. Critérios qualitativos devem ser impostos aos postulantes a cargos públicos, como ocorre em qualquer empresa que contrata funcionários. Os dois candidatos à presidência dos Estados Unidos seriam sumariamente eliminados de qualquer processo seletivo.

Mário Barilá Filho

São Paulo

*

BIDEN x TRUMP

O ideal para o mundo normalmente é um presidente republicano nos Estados Unidos, habitualmente mais lapidado para cuidar do Ocidente. Os democratas não são ruins, porém, são muito catequizados para quem precisa ser cabeça. Ao vermos o debate do Donald Trump e suas caras e bocas, e mesmo com defeitos e certa arrogância, é muito mais preparado que o quase pateta Joe Biden. Oh, c’mon Joe, say goodbye. O mundo precisa do Ocidente dirigido por alguém que queira sobreviver, foi importante o debate antecipado de Trump x Joe. Foi preciso desenhar pra quem ainda não sabia. Temos um pato manco e xarope conduzindo o Ocidente, socorro.

Roberto Moreira da Silva

Cotia

*

BILL CLINTON

Não consigo entender a insistência com a candidatura de Joe Biden pelo partido democrata americano. O debate foi a pá de cal. Não é possível que não haja outros nomes. “Ah, não tem”, então chama o Bill Clinton. Chama, não, convoca. Eu sei que os ex-presidentes americanos não têm o apego ao cargo como Lula da Silva, que, se pudesse, se reelegeria indefinidamente. Mas a convocação de Bill Clinton se faz necessária para derrotar o perigo de um novo mandato para Donald Trump. Trump é ruim para os Estados Unidos e para o mundo. Chama o Bill.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

‘LEI DO ABORTO’

O artigo de Fernando Reinach, intitulado Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor (Estadão, 28/6, A4) discute o direito de dois seres vivos: a gestante de decidir sobre seu próprio corpo e do outro lado o embrião em um estágio avançado da gravidez, com potencial de sobreviver fora do útero. Entretanto, um aspecto fundamental da nossa legislação é o da interrupção da gestação no caso de doenças genéticas. Tivemos um avanço com a permissão de se interromper a gestação no caso de feto com anencefalia, mas existem centenas de doenças genéticas letais ou incompatíveis com uma vida independente que podem ser diagnosticadas no início da gestação. E nesses casos o aborto não é permitido no Brasil. Trata-se de uma questão socioeconômica, porque basta atravessar a fronteira para países vizinhos, onde o aborto é legalizado e que pode ser realizado em um ambiente seguro, sem risco de morte para a gestante. Infelizmente nesses casos, a proibição do aborto defendida por nossa legislação só prejudica as mulheres pobres, justamente aquelas que não podem arcar com o ônus de ter uma criança com uma doença genética. Concordo totalmente com o título do artigo: Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor.

Mayana Zatz

São Paulo

*

‘VIOLÊNCIA HEDIONDA E NÃO DESEJADA’

A respeito da questão do polêmico Projeto de Lei 1904/24, que trata descabidamente de equiparar o aborto legal acima de 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, fazendo com que a mulher estuprada seja vítima duas vezes – uma do estuprador e outra da injustiça da lei –, cabe cumprimentar o biólogo e articulista do Estadão Fernando Reinach pelo esclarecedor artigo Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor (Estadão, 28/6, A4), que divide corretamente o período de gestação em três trimestres e faz a necessária e esclarecedora diferenciação entre embrião e feto. Por oportuno, cabe reproduzir seus parágrafos iniciais: ”A lei atual é injusta. O aborto é negado para a maioria das mulheres e, no caso de estupro, a demora no diagnóstico, e a recusa dos médicos, leva a gravidez para além das 30 semanas. Nesses casos, há a possibilidade de a criança ser viável fora do útero. A legalização do aborto exige da sociedade uma decisão sobre como conciliar o direito de dois seres vivos. De um lado, o direito da mãe de decidir o que se passa em seu corpo. Do outro, o direito do embrião”. No país onde são cometidos mais de 800 mil estupros por ano – um dos maiores números em todo o mundo –, crime é impedir e punir uma vítima que interrompa a gestação gerada a partir de um abjeto, abominável e indefensável ato de violência hedionda e não desejada. Que o PL seja abortado antes que venha à luz.

J. S. Decol

São Paulo

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DECISÕES

Mais um fantástico artigo do Fernando Reinach no Estadão, intitulado Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor (Estadão, 28/6, A4). Ao contrário dos radicais pró ou contra o aborto, o articulista semeia importantes informações sobre o desenvolvimento do embrião até estar apto a viver por sua conta e ser um recém-nascido. Um caminho que parte depende totalmente da mãe e outra nem tanto, apesar de um recém-nato precisar de ajuda por um tempo, hoje bastante longo, afinal, ele saíra de casa lá pelos 30 anos, casará pelos quarenta e se sustentará sabe lá Deus quando. Relaciono este bom senso de descobrir a fronteira entre ser ou não apto a sustentar a vida a quando uma família e o médico de paciente em cuidados paliativos tem que decidir desligar os equipamentos de suporte a vida, sem expectativas de recuperação. Momento de muita dor e reflexão, culpas e punições, mas que requerem uma decisão. Quem pode jogar a primeira pedra num assunto em que a decisão pouco influenciaria a sua vida, porém, muito a dos envolvidos?

Carlos Ritter

Caxias do Sul (RS)

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VIDAS REAIS

A despeito das discussões sobre o aborto e do didático texto de Fernando Reinach, sob o título Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor (Estadão, 28/6, A4), eu pergunto aos nossos nobres legisladores quando se iniciará o debate sobre o direito à uma vida digna das crianças indesejadas, nascidas de um ato violento ou não. Por que se defende tanto um monte de células ao invés de uma vida jogada nas quebradas das nossas cidades e, na maioria das vezes, entregue ao desamparo e ao crime? Quando se pensará em garantir o direito de um futuro às meninas estupradas? O Estado vai ajudá-las na criação, educação e sustento de seus filhos indesejados? Mais que o direito ao seu corpo, mulheres de qualquer idade tem direito sobre sua vida e seu futuro. Quando se garantirá a obrigação de um pai no sustento de seus filhos além de uma ameaça de prisão quase nunca cumprida? Acho que esta discussão deveria se ater muito mais às questões da realidade destas vidas.

Paula de Ribamar e Silva

Carapicuiba

Eleições nos EUA

Executivo desgastado

A atual situação política do presidente dos Estados Unidos lembra os dois antecedentes que envolveram outros dois democratas. Em 1952, na época da Guerra da Coreia, o presidente Harry Truman desistiu de disputar a reeleição. Em 1968, na época da Guerra do Vietnã, o presidente Lyndon Johnson decidiu não buscar um novo mandato. Agora, em 2024, o presidente Joe Biden enfrenta o desgaste de apoiar Israel na guerra da Faixa de Gaza. O fraco desempenho do atual mandatário americano, durante o debate televisivo da CNN, poderia forçá-lo a seguir o mesmo passo de seus antecessores partidários. Momentos de polarização ideológica, de radicalização política e de insatisfação econômica e social provocam enorme desgaste na imagem do Executivo federal e no índice de aprovação do governo, tanto por influência de fatores internos como externos.

Luiz Roberto da Costa Jr.

Campinas

*

Uma opção melhor

Há muitas queixas referentes ao número grande de partidos políticos no Brasil, fato que dificultaria a governabilidade (e os conchavos também). A situação oposta extrema de apenas dois partidos viáveis é pior, como mostra o caso norte-americano, onde a opção para presidente é “entre a mendacidade de Trump e a decrepitude de Biden” (Pânico nos EUA, 29/6, A3). Só podemos concordar com o editorial de que “os americanos merecem uma opção melhor”. Teriam se existissem mais partidos e, consequentemente, mais propostas ideológicas.

Tibor Rabóczkay

São Paulo

*

Efeito Orloff

Uma propaganda do passado tinha o recado “Eu sou você amanhã”, um sucesso! Ao ver o desempenho do presidente Biden no debate eleitoral, me veio à cabeça a mensagem da vodka para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não será ele o Biden de amanhã?

Roberto Solano

Rio de Janeiro

*

Governo Lula

Aumento de arrecadação

Impressionante a declaração de Lula, após 18 meses de desastrosa gestão na Presidência da República, de que não sabe se a saída é cortar gastos ou aumentar a arrecadação. O presidente aumentou as despesas significativamente, sempre tentando e determinando o aumento da arrecadação, através do aumento de impostos, ou criando novas taxas e outros tipos de impostos. Esta gestão está levando o País a uma situação crítica, e as próximas gestões terão muitas dificuldades em consertá-la. O Brasil está regredindo!

Antonio Moreno Neto

São Paulo

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Bravatas econômicas

Ao invés de suas bravatas econômicas, Lula e seus assessores poderiam usufruir do tempo que têm com leitura e estudos, para melhorar seus conhecimentos e servir melhor ao País.

Gilberto de Lima Garófalo

Vinhedo

*

São Paulo

Doação de marmitas

Absurdo o projeto de lei do vereador Rubinho Nunes (União Brasil), da capital paulista, que determinava regras para doação de alimentos com possibilidade de multas a quem praticasse a caridade de doar comida à população de rua. A que ponto chegamos nessa atitude egoísta e desumana! No Parlamento de uma das maiores metrópoles do mundo, onde se proliferam pelas praças e ruas centenas de pessoas, sozinhas e em famílias, que não têm nada na vida, um vereador tresloucado em seu pensamento reduzido e limitado querendo dificultar que essas pessoas recebam um prato de comida. Neste ano tem eleição para vereador em todo o País, portanto temos que pensar e analisar bem quem vamos eleger ou manter no cargo.

Célio Borba

Curitiba

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Aborto

Direito da mulher e do feto

O biólogo Fernando Reinach, em belo artigo no Estadão (Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor, 28/6, A4), argumenta que não aceita a interrupção da vida do feto no terceiro trimestre de gestação, pois este já tem direito à vida. Mas a mulher ou a menina tem direito a não carregar o fruto de uma violência. E esse direito supera o do feto, visto que ela já é cidadã e pessoa humana. Que ela lide depois com sua consciência na vida privada, e, caso creia em Deus, que trate sobre o assunto com Ele na intimidade.

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

PERGUNTAS AO STF

Perguntas das redes sociais ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a autorização para o porte e uso pessoal (?) de 40 gramas de erva venenosa, entre tantas: a) Onde eu compro maconha legalmente?; b) Não bebo e não cheiro, mas, patologicamente, sou crônico usuário do black. Minha CNH é categoria D e E. Na renovação serei aprovado pelo exame toxicológico?; c) Ao volante, sendo parado em alguma blitz, os tragos no baseado devem ser interrompidos?; d) Poderei apertar e acender a qualquer momento, durante a blitz? Senhores parlamentares, nesta briga de cachorros grandes pelo poder de legislar, in casu, afastadas venenosas maledicências afirmando que os membros supremos estão legislando em causa própria, podemos dizer que o STF está a dar-lhes mais uma prostituída e esmagadora chinelada?

Celso David de Oliveira

Rio de Janeiro

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‘MEIOS EFICIENTES’

Uma sugestão ao Congresso Nacional para lidar com o tema da decisão do STF: manter a desqualificação criminal do consumo de drogas, condicionada à delação do traficante pelo usuário. Que tal? Assim não penalizamos o usuário e criamos meios eficientes para combater o tráfico. Fica a dica.

José Luis Ribeiro Brazuna

São Paulo

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‘TERREMOTOS DESNECESSÁRIOS’

A situação vai acalmando, mas Lula 3 quer persistir nos ataques a Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Se há mais calmaria, Lula 3 ataca os juros mantidos altos para se evitar elevação inflacionária e, por fim, onde não há, Lula cria terremotos desnecessários. Entretanto, ele deveria saber que seu procedimento gera desconfiança e carência de credibilidade, ceifando investimentos e aplicações de capital do setor produtivo. Assim, calar é muito melhor que falar.

José Carlos de Carvalho Carneiro

Rio Claro

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LULA DA SILVA

Lula diz que STF, ‘ao se meter em tudo’, cria ‘rivalidade’ ruim para a democracia (Estadão, 27/6, A8). Afinal, quem não entende de economia de mercado e se mete nela é o próprio demiurgo. Ora, escrachando o Comitê de Política Monetária (Copom) diariamente, Lula acaba por fomentar a alta do dólar e o derretimento da bolsa – como todos os brasileiros já sabem, menos ele. Mesmo assim, ainda tem coragem de dizer, levianamente, que “quem apostar no fortalecimento do dólar ante o real vai quebrar a cara”, mas, na verdade, quem quebrou a cara foi o ele mesmo, e o dólar fechou com recorde de R$ 5,50. Lula, você é considerado um sem-noção. Pare com essa mania de se meter em tudo para não atrapalhar ainda mais o País, pode ser?

Júlio Roberto Ayres Brisola

Rio de Janeiro

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‘VAI DEMORAR’

A polêmica sobre o protagonismo do Judiciário na realidade brasileira ganhou nova força por conta da discussão, no STF, da constitucionalidade da Lei de Drogas, existente há quase 20 anos, e da quantidade de maconha a ser usada como limite para diferenciar traficantes de usuários. Detalhe técnico que, na verdade, deveria ser debatido não por juízes nem parlamentares, mas por especialistas na área. O ministro Luis Fux afirmou na ocasião que o STF “estaria se ocupando de atribuições próprias dos canais de legítima expressão da vontade popular, reservadas apenas aos Poderes integrados por mandatários eleitos”. Entretanto, cabe a pergunta: o Judiciário está usurpando os demais Poderes ou está apenas preenchendo espaços deixados abertos por incompetência ou inabilidade do Executivo e do Legislativo? No início da pandemia, não tivesse o Supremo deliberado que Estados e municípios teriam poder para determinar regras de isolamento e quarentena, as mortes por covid-19 teriam sido exponencialmente maiores, já que Jair Bolsonaro pouco se lixava para a doença. Há poucos dias, o STF só não foi chamado a opinar sobre a o Projeto de Lei que equipara aborto após 22 semanas de gestação a homicídio, aprovado em menos de 30 segundos em votação vergonhosa na Câmara dos Deputados, porque a reação da opinião pública foi de tal ferocidade que o presidente da Casa se viu obrigado a recuar e propor o debate. “O Brasil não tem um governo de juízes”, disse Fux. O Brasil só deixará de ser governado por juízes quando os demais poderes deixarem de fazer bobagens e atuarem assertivamente nos limites de suas atribuições. Pelo visto, vai demorar.

Luciano Harary

São Paulo

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8 DE JANEIRO

Quando será? Estou com receio de que nada aconteça. Os massa de manobra já sofreram condenações e ninguém fala nada sobre os cabeças. Eles estão andando por aí como se nada tivesse acontecido. Ah. Justiça seja feita, eles não podem ser esquecidos. 8 de janeiro de 2023. Dia em que a nossa democracia foi ameaçada. Não foi uma coisinha à toa. Ai de nós se a ideia fosse concretizada. Por favor, senhores julgadores, acelerem o veredicto. Esse silêncio incomoda, parece meio esquisito. Aquilo não foi coisa de criança. Teve grandes mentores. Ah. Que dia terrível. Foi o dia dos horrores. Será que já chegou ao fim? Nem tem mais condenações? O pau que bateu em Chico tem que bater nos grandões.

Jeovah Ferreira

Taquari (DF)

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DEBATE AMERICANO

Após o debate Joe Biden x Donald Trump, em que o atual presidente dos Estados Unidos teve um péssimo desempenho, o partido Democrata já procura um novo candidato ou candidata, como Gretchen Whitmer, governadora de Michigan, para enfrentar o ex-presidente, golpista e mau caráter, Trump. Minha neta Alice, em seus 12 anos, definiu o debate como sendo entre um psicótico e um demente.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

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‘DESEMPENHO POLÍTICO’

Valeu mais a imagem titubeante que Joe Biden transmitiu no debate do que todas as infâmias e mentiras que Donald Trump proferiu. Nos Estados Unidos, assim como aqui, o desempenho de um político frente às telas e aos microfones tem o poder de sacudir o mercado e os votos. E as forças progressistas no Brasil ainda não entendem por que a população está caminhando cada vez mais para o extremismo de direita.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

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‘FIM DO REINADO DA DEMOCRACIA’

A provável volta de Donald Trump ao poder pode significar o fim do reinado da democracia: não é possível que um país como os Estados Unidos tenha que engolir um agressor sexual, criminoso e notório picareta na presidência da República. Apostar todas as fichas na sabedoria iluminada do povo tem se mostrado um grande erro. As repúblicas bananeiras, como o Brasil, tem muitos exemplos de pessoas despreparadas e de má-fé que alcançaram a presidência pura e simplesmente mentindo e enganando o povo. Critérios qualitativos devem ser impostos aos postulantes a cargos públicos, como ocorre em qualquer empresa que contrata funcionários. Os dois candidatos à presidência dos Estados Unidos seriam sumariamente eliminados de qualquer processo seletivo.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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BIDEN x TRUMP

O ideal para o mundo normalmente é um presidente republicano nos Estados Unidos, habitualmente mais lapidado para cuidar do Ocidente. Os democratas não são ruins, porém, são muito catequizados para quem precisa ser cabeça. Ao vermos o debate do Donald Trump e suas caras e bocas, e mesmo com defeitos e certa arrogância, é muito mais preparado que o quase pateta Joe Biden. Oh, c’mon Joe, say goodbye. O mundo precisa do Ocidente dirigido por alguém que queira sobreviver, foi importante o debate antecipado de Trump x Joe. Foi preciso desenhar pra quem ainda não sabia. Temos um pato manco e xarope conduzindo o Ocidente, socorro.

Roberto Moreira da Silva

Cotia

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BILL CLINTON

Não consigo entender a insistência com a candidatura de Joe Biden pelo partido democrata americano. O debate foi a pá de cal. Não é possível que não haja outros nomes. “Ah, não tem”, então chama o Bill Clinton. Chama, não, convoca. Eu sei que os ex-presidentes americanos não têm o apego ao cargo como Lula da Silva, que, se pudesse, se reelegeria indefinidamente. Mas a convocação de Bill Clinton se faz necessária para derrotar o perigo de um novo mandato para Donald Trump. Trump é ruim para os Estados Unidos e para o mundo. Chama o Bill.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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‘LEI DO ABORTO’

O artigo de Fernando Reinach, intitulado Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor (Estadão, 28/6, A4) discute o direito de dois seres vivos: a gestante de decidir sobre seu próprio corpo e do outro lado o embrião em um estágio avançado da gravidez, com potencial de sobreviver fora do útero. Entretanto, um aspecto fundamental da nossa legislação é o da interrupção da gestação no caso de doenças genéticas. Tivemos um avanço com a permissão de se interromper a gestação no caso de feto com anencefalia, mas existem centenas de doenças genéticas letais ou incompatíveis com uma vida independente que podem ser diagnosticadas no início da gestação. E nesses casos o aborto não é permitido no Brasil. Trata-se de uma questão socioeconômica, porque basta atravessar a fronteira para países vizinhos, onde o aborto é legalizado e que pode ser realizado em um ambiente seguro, sem risco de morte para a gestante. Infelizmente nesses casos, a proibição do aborto defendida por nossa legislação só prejudica as mulheres pobres, justamente aquelas que não podem arcar com o ônus de ter uma criança com uma doença genética. Concordo totalmente com o título do artigo: Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor.

Mayana Zatz

São Paulo

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‘VIOLÊNCIA HEDIONDA E NÃO DESEJADA’

A respeito da questão do polêmico Projeto de Lei 1904/24, que trata descabidamente de equiparar o aborto legal acima de 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, fazendo com que a mulher estuprada seja vítima duas vezes – uma do estuprador e outra da injustiça da lei –, cabe cumprimentar o biólogo e articulista do Estadão Fernando Reinach pelo esclarecedor artigo Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor (Estadão, 28/6, A4), que divide corretamente o período de gestação em três trimestres e faz a necessária e esclarecedora diferenciação entre embrião e feto. Por oportuno, cabe reproduzir seus parágrafos iniciais: ”A lei atual é injusta. O aborto é negado para a maioria das mulheres e, no caso de estupro, a demora no diagnóstico, e a recusa dos médicos, leva a gravidez para além das 30 semanas. Nesses casos, há a possibilidade de a criança ser viável fora do útero. A legalização do aborto exige da sociedade uma decisão sobre como conciliar o direito de dois seres vivos. De um lado, o direito da mãe de decidir o que se passa em seu corpo. Do outro, o direito do embrião”. No país onde são cometidos mais de 800 mil estupros por ano – um dos maiores números em todo o mundo –, crime é impedir e punir uma vítima que interrompa a gestação gerada a partir de um abjeto, abominável e indefensável ato de violência hedionda e não desejada. Que o PL seja abortado antes que venha à luz.

J. S. Decol

São Paulo

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DECISÕES

Mais um fantástico artigo do Fernando Reinach no Estadão, intitulado Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor (Estadão, 28/6, A4). Ao contrário dos radicais pró ou contra o aborto, o articulista semeia importantes informações sobre o desenvolvimento do embrião até estar apto a viver por sua conta e ser um recém-nascido. Um caminho que parte depende totalmente da mãe e outra nem tanto, apesar de um recém-nato precisar de ajuda por um tempo, hoje bastante longo, afinal, ele saíra de casa lá pelos 30 anos, casará pelos quarenta e se sustentará sabe lá Deus quando. Relaciono este bom senso de descobrir a fronteira entre ser ou não apto a sustentar a vida a quando uma família e o médico de paciente em cuidados paliativos tem que decidir desligar os equipamentos de suporte a vida, sem expectativas de recuperação. Momento de muita dor e reflexão, culpas e punições, mas que requerem uma decisão. Quem pode jogar a primeira pedra num assunto em que a decisão pouco influenciaria a sua vida, porém, muito a dos envolvidos?

Carlos Ritter

Caxias do Sul (RS)

*

VIDAS REAIS

A despeito das discussões sobre o aborto e do didático texto de Fernando Reinach, sob o título Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor (Estadão, 28/6, A4), eu pergunto aos nossos nobres legisladores quando se iniciará o debate sobre o direito à uma vida digna das crianças indesejadas, nascidas de um ato violento ou não. Por que se defende tanto um monte de células ao invés de uma vida jogada nas quebradas das nossas cidades e, na maioria das vezes, entregue ao desamparo e ao crime? Quando se pensará em garantir o direito de um futuro às meninas estupradas? O Estado vai ajudá-las na criação, educação e sustento de seus filhos indesejados? Mais que o direito ao seu corpo, mulheres de qualquer idade tem direito sobre sua vida e seu futuro. Quando se garantirá a obrigação de um pai no sustento de seus filhos além de uma ameaça de prisão quase nunca cumprida? Acho que esta discussão deveria se ater muito mais às questões da realidade destas vidas.

Paula de Ribamar e Silva

Carapicuiba

Eleições nos EUA

Executivo desgastado

A atual situação política do presidente dos Estados Unidos lembra os dois antecedentes que envolveram outros dois democratas. Em 1952, na época da Guerra da Coreia, o presidente Harry Truman desistiu de disputar a reeleição. Em 1968, na época da Guerra do Vietnã, o presidente Lyndon Johnson decidiu não buscar um novo mandato. Agora, em 2024, o presidente Joe Biden enfrenta o desgaste de apoiar Israel na guerra da Faixa de Gaza. O fraco desempenho do atual mandatário americano, durante o debate televisivo da CNN, poderia forçá-lo a seguir o mesmo passo de seus antecessores partidários. Momentos de polarização ideológica, de radicalização política e de insatisfação econômica e social provocam enorme desgaste na imagem do Executivo federal e no índice de aprovação do governo, tanto por influência de fatores internos como externos.

Luiz Roberto da Costa Jr.

Campinas

*

Uma opção melhor

Há muitas queixas referentes ao número grande de partidos políticos no Brasil, fato que dificultaria a governabilidade (e os conchavos também). A situação oposta extrema de apenas dois partidos viáveis é pior, como mostra o caso norte-americano, onde a opção para presidente é “entre a mendacidade de Trump e a decrepitude de Biden” (Pânico nos EUA, 29/6, A3). Só podemos concordar com o editorial de que “os americanos merecem uma opção melhor”. Teriam se existissem mais partidos e, consequentemente, mais propostas ideológicas.

Tibor Rabóczkay

São Paulo

*

Efeito Orloff

Uma propaganda do passado tinha o recado “Eu sou você amanhã”, um sucesso! Ao ver o desempenho do presidente Biden no debate eleitoral, me veio à cabeça a mensagem da vodka para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não será ele o Biden de amanhã?

Roberto Solano

Rio de Janeiro

*

Governo Lula

Aumento de arrecadação

Impressionante a declaração de Lula, após 18 meses de desastrosa gestão na Presidência da República, de que não sabe se a saída é cortar gastos ou aumentar a arrecadação. O presidente aumentou as despesas significativamente, sempre tentando e determinando o aumento da arrecadação, através do aumento de impostos, ou criando novas taxas e outros tipos de impostos. Esta gestão está levando o País a uma situação crítica, e as próximas gestões terão muitas dificuldades em consertá-la. O Brasil está regredindo!

Antonio Moreno Neto

São Paulo

*

Bravatas econômicas

Ao invés de suas bravatas econômicas, Lula e seus assessores poderiam usufruir do tempo que têm com leitura e estudos, para melhorar seus conhecimentos e servir melhor ao País.

Gilberto de Lima Garófalo

Vinhedo

*

São Paulo

Doação de marmitas

Absurdo o projeto de lei do vereador Rubinho Nunes (União Brasil), da capital paulista, que determinava regras para doação de alimentos com possibilidade de multas a quem praticasse a caridade de doar comida à população de rua. A que ponto chegamos nessa atitude egoísta e desumana! No Parlamento de uma das maiores metrópoles do mundo, onde se proliferam pelas praças e ruas centenas de pessoas, sozinhas e em famílias, que não têm nada na vida, um vereador tresloucado em seu pensamento reduzido e limitado querendo dificultar que essas pessoas recebam um prato de comida. Neste ano tem eleição para vereador em todo o País, portanto temos que pensar e analisar bem quem vamos eleger ou manter no cargo.

Célio Borba

Curitiba

*

Aborto

Direito da mulher e do feto

O biólogo Fernando Reinach, em belo artigo no Estadão (Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor, 28/6, A4), argumenta que não aceita a interrupção da vida do feto no terceiro trimestre de gestação, pois este já tem direito à vida. Mas a mulher ou a menina tem direito a não carregar o fruto de uma violência. E esse direito supera o do feto, visto que ela já é cidadã e pessoa humana. Que ela lide depois com sua consciência na vida privada, e, caso creia em Deus, que trate sobre o assunto com Ele na intimidade.

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

PERGUNTAS AO STF

Perguntas das redes sociais ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a autorização para o porte e uso pessoal (?) de 40 gramas de erva venenosa, entre tantas: a) Onde eu compro maconha legalmente?; b) Não bebo e não cheiro, mas, patologicamente, sou crônico usuário do black. Minha CNH é categoria D e E. Na renovação serei aprovado pelo exame toxicológico?; c) Ao volante, sendo parado em alguma blitz, os tragos no baseado devem ser interrompidos?; d) Poderei apertar e acender a qualquer momento, durante a blitz? Senhores parlamentares, nesta briga de cachorros grandes pelo poder de legislar, in casu, afastadas venenosas maledicências afirmando que os membros supremos estão legislando em causa própria, podemos dizer que o STF está a dar-lhes mais uma prostituída e esmagadora chinelada?

Celso David de Oliveira

Rio de Janeiro

*

‘MEIOS EFICIENTES’

Uma sugestão ao Congresso Nacional para lidar com o tema da decisão do STF: manter a desqualificação criminal do consumo de drogas, condicionada à delação do traficante pelo usuário. Que tal? Assim não penalizamos o usuário e criamos meios eficientes para combater o tráfico. Fica a dica.

José Luis Ribeiro Brazuna

São Paulo

*

‘TERREMOTOS DESNECESSÁRIOS’

A situação vai acalmando, mas Lula 3 quer persistir nos ataques a Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Se há mais calmaria, Lula 3 ataca os juros mantidos altos para se evitar elevação inflacionária e, por fim, onde não há, Lula cria terremotos desnecessários. Entretanto, ele deveria saber que seu procedimento gera desconfiança e carência de credibilidade, ceifando investimentos e aplicações de capital do setor produtivo. Assim, calar é muito melhor que falar.

José Carlos de Carvalho Carneiro

Rio Claro

*

LULA DA SILVA

Lula diz que STF, ‘ao se meter em tudo’, cria ‘rivalidade’ ruim para a democracia (Estadão, 27/6, A8). Afinal, quem não entende de economia de mercado e se mete nela é o próprio demiurgo. Ora, escrachando o Comitê de Política Monetária (Copom) diariamente, Lula acaba por fomentar a alta do dólar e o derretimento da bolsa – como todos os brasileiros já sabem, menos ele. Mesmo assim, ainda tem coragem de dizer, levianamente, que “quem apostar no fortalecimento do dólar ante o real vai quebrar a cara”, mas, na verdade, quem quebrou a cara foi o ele mesmo, e o dólar fechou com recorde de R$ 5,50. Lula, você é considerado um sem-noção. Pare com essa mania de se meter em tudo para não atrapalhar ainda mais o País, pode ser?

Júlio Roberto Ayres Brisola

Rio de Janeiro

*

‘VAI DEMORAR’

A polêmica sobre o protagonismo do Judiciário na realidade brasileira ganhou nova força por conta da discussão, no STF, da constitucionalidade da Lei de Drogas, existente há quase 20 anos, e da quantidade de maconha a ser usada como limite para diferenciar traficantes de usuários. Detalhe técnico que, na verdade, deveria ser debatido não por juízes nem parlamentares, mas por especialistas na área. O ministro Luis Fux afirmou na ocasião que o STF “estaria se ocupando de atribuições próprias dos canais de legítima expressão da vontade popular, reservadas apenas aos Poderes integrados por mandatários eleitos”. Entretanto, cabe a pergunta: o Judiciário está usurpando os demais Poderes ou está apenas preenchendo espaços deixados abertos por incompetência ou inabilidade do Executivo e do Legislativo? No início da pandemia, não tivesse o Supremo deliberado que Estados e municípios teriam poder para determinar regras de isolamento e quarentena, as mortes por covid-19 teriam sido exponencialmente maiores, já que Jair Bolsonaro pouco se lixava para a doença. Há poucos dias, o STF só não foi chamado a opinar sobre a o Projeto de Lei que equipara aborto após 22 semanas de gestação a homicídio, aprovado em menos de 30 segundos em votação vergonhosa na Câmara dos Deputados, porque a reação da opinião pública foi de tal ferocidade que o presidente da Casa se viu obrigado a recuar e propor o debate. “O Brasil não tem um governo de juízes”, disse Fux. O Brasil só deixará de ser governado por juízes quando os demais poderes deixarem de fazer bobagens e atuarem assertivamente nos limites de suas atribuições. Pelo visto, vai demorar.

Luciano Harary

São Paulo

*

8 DE JANEIRO

Quando será? Estou com receio de que nada aconteça. Os massa de manobra já sofreram condenações e ninguém fala nada sobre os cabeças. Eles estão andando por aí como se nada tivesse acontecido. Ah. Justiça seja feita, eles não podem ser esquecidos. 8 de janeiro de 2023. Dia em que a nossa democracia foi ameaçada. Não foi uma coisinha à toa. Ai de nós se a ideia fosse concretizada. Por favor, senhores julgadores, acelerem o veredicto. Esse silêncio incomoda, parece meio esquisito. Aquilo não foi coisa de criança. Teve grandes mentores. Ah. Que dia terrível. Foi o dia dos horrores. Será que já chegou ao fim? Nem tem mais condenações? O pau que bateu em Chico tem que bater nos grandões.

Jeovah Ferreira

Taquari (DF)

*

DEBATE AMERICANO

Após o debate Joe Biden x Donald Trump, em que o atual presidente dos Estados Unidos teve um péssimo desempenho, o partido Democrata já procura um novo candidato ou candidata, como Gretchen Whitmer, governadora de Michigan, para enfrentar o ex-presidente, golpista e mau caráter, Trump. Minha neta Alice, em seus 12 anos, definiu o debate como sendo entre um psicótico e um demente.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

‘DESEMPENHO POLÍTICO’

Valeu mais a imagem titubeante que Joe Biden transmitiu no debate do que todas as infâmias e mentiras que Donald Trump proferiu. Nos Estados Unidos, assim como aqui, o desempenho de um político frente às telas e aos microfones tem o poder de sacudir o mercado e os votos. E as forças progressistas no Brasil ainda não entendem por que a população está caminhando cada vez mais para o extremismo de direita.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

*

‘FIM DO REINADO DA DEMOCRACIA’

A provável volta de Donald Trump ao poder pode significar o fim do reinado da democracia: não é possível que um país como os Estados Unidos tenha que engolir um agressor sexual, criminoso e notório picareta na presidência da República. Apostar todas as fichas na sabedoria iluminada do povo tem se mostrado um grande erro. As repúblicas bananeiras, como o Brasil, tem muitos exemplos de pessoas despreparadas e de má-fé que alcançaram a presidência pura e simplesmente mentindo e enganando o povo. Critérios qualitativos devem ser impostos aos postulantes a cargos públicos, como ocorre em qualquer empresa que contrata funcionários. Os dois candidatos à presidência dos Estados Unidos seriam sumariamente eliminados de qualquer processo seletivo.

Mário Barilá Filho

São Paulo

*

BIDEN x TRUMP

O ideal para o mundo normalmente é um presidente republicano nos Estados Unidos, habitualmente mais lapidado para cuidar do Ocidente. Os democratas não são ruins, porém, são muito catequizados para quem precisa ser cabeça. Ao vermos o debate do Donald Trump e suas caras e bocas, e mesmo com defeitos e certa arrogância, é muito mais preparado que o quase pateta Joe Biden. Oh, c’mon Joe, say goodbye. O mundo precisa do Ocidente dirigido por alguém que queira sobreviver, foi importante o debate antecipado de Trump x Joe. Foi preciso desenhar pra quem ainda não sabia. Temos um pato manco e xarope conduzindo o Ocidente, socorro.

Roberto Moreira da Silva

Cotia

*

BILL CLINTON

Não consigo entender a insistência com a candidatura de Joe Biden pelo partido democrata americano. O debate foi a pá de cal. Não é possível que não haja outros nomes. “Ah, não tem”, então chama o Bill Clinton. Chama, não, convoca. Eu sei que os ex-presidentes americanos não têm o apego ao cargo como Lula da Silva, que, se pudesse, se reelegeria indefinidamente. Mas a convocação de Bill Clinton se faz necessária para derrotar o perigo de um novo mandato para Donald Trump. Trump é ruim para os Estados Unidos e para o mundo. Chama o Bill.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

‘LEI DO ABORTO’

O artigo de Fernando Reinach, intitulado Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor (Estadão, 28/6, A4) discute o direito de dois seres vivos: a gestante de decidir sobre seu próprio corpo e do outro lado o embrião em um estágio avançado da gravidez, com potencial de sobreviver fora do útero. Entretanto, um aspecto fundamental da nossa legislação é o da interrupção da gestação no caso de doenças genéticas. Tivemos um avanço com a permissão de se interromper a gestação no caso de feto com anencefalia, mas existem centenas de doenças genéticas letais ou incompatíveis com uma vida independente que podem ser diagnosticadas no início da gestação. E nesses casos o aborto não é permitido no Brasil. Trata-se de uma questão socioeconômica, porque basta atravessar a fronteira para países vizinhos, onde o aborto é legalizado e que pode ser realizado em um ambiente seguro, sem risco de morte para a gestante. Infelizmente nesses casos, a proibição do aborto defendida por nossa legislação só prejudica as mulheres pobres, justamente aquelas que não podem arcar com o ônus de ter uma criança com uma doença genética. Concordo totalmente com o título do artigo: Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor.

Mayana Zatz

São Paulo

*

‘VIOLÊNCIA HEDIONDA E NÃO DESEJADA’

A respeito da questão do polêmico Projeto de Lei 1904/24, que trata descabidamente de equiparar o aborto legal acima de 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, fazendo com que a mulher estuprada seja vítima duas vezes – uma do estuprador e outra da injustiça da lei –, cabe cumprimentar o biólogo e articulista do Estadão Fernando Reinach pelo esclarecedor artigo Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor (Estadão, 28/6, A4), que divide corretamente o período de gestação em três trimestres e faz a necessária e esclarecedora diferenciação entre embrião e feto. Por oportuno, cabe reproduzir seus parágrafos iniciais: ”A lei atual é injusta. O aborto é negado para a maioria das mulheres e, no caso de estupro, a demora no diagnóstico, e a recusa dos médicos, leva a gravidez para além das 30 semanas. Nesses casos, há a possibilidade de a criança ser viável fora do útero. A legalização do aborto exige da sociedade uma decisão sobre como conciliar o direito de dois seres vivos. De um lado, o direito da mãe de decidir o que se passa em seu corpo. Do outro, o direito do embrião”. No país onde são cometidos mais de 800 mil estupros por ano – um dos maiores números em todo o mundo –, crime é impedir e punir uma vítima que interrompa a gestação gerada a partir de um abjeto, abominável e indefensável ato de violência hedionda e não desejada. Que o PL seja abortado antes que venha à luz.

J. S. Decol

São Paulo

*

DECISÕES

Mais um fantástico artigo do Fernando Reinach no Estadão, intitulado Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor (Estadão, 28/6, A4). Ao contrário dos radicais pró ou contra o aborto, o articulista semeia importantes informações sobre o desenvolvimento do embrião até estar apto a viver por sua conta e ser um recém-nascido. Um caminho que parte depende totalmente da mãe e outra nem tanto, apesar de um recém-nato precisar de ajuda por um tempo, hoje bastante longo, afinal, ele saíra de casa lá pelos 30 anos, casará pelos quarenta e se sustentará sabe lá Deus quando. Relaciono este bom senso de descobrir a fronteira entre ser ou não apto a sustentar a vida a quando uma família e o médico de paciente em cuidados paliativos tem que decidir desligar os equipamentos de suporte a vida, sem expectativas de recuperação. Momento de muita dor e reflexão, culpas e punições, mas que requerem uma decisão. Quem pode jogar a primeira pedra num assunto em que a decisão pouco influenciaria a sua vida, porém, muito a dos envolvidos?

Carlos Ritter

Caxias do Sul (RS)

*

VIDAS REAIS

A despeito das discussões sobre o aborto e do didático texto de Fernando Reinach, sob o título Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor (Estadão, 28/6, A4), eu pergunto aos nossos nobres legisladores quando se iniciará o debate sobre o direito à uma vida digna das crianças indesejadas, nascidas de um ato violento ou não. Por que se defende tanto um monte de células ao invés de uma vida jogada nas quebradas das nossas cidades e, na maioria das vezes, entregue ao desamparo e ao crime? Quando se pensará em garantir o direito de um futuro às meninas estupradas? O Estado vai ajudá-las na criação, educação e sustento de seus filhos indesejados? Mais que o direito ao seu corpo, mulheres de qualquer idade tem direito sobre sua vida e seu futuro. Quando se garantirá a obrigação de um pai no sustento de seus filhos além de uma ameaça de prisão quase nunca cumprida? Acho que esta discussão deveria se ater muito mais às questões da realidade destas vidas.

Paula de Ribamar e Silva

Carapicuiba

Eleições nos EUA

Executivo desgastado

A atual situação política do presidente dos Estados Unidos lembra os dois antecedentes que envolveram outros dois democratas. Em 1952, na época da Guerra da Coreia, o presidente Harry Truman desistiu de disputar a reeleição. Em 1968, na época da Guerra do Vietnã, o presidente Lyndon Johnson decidiu não buscar um novo mandato. Agora, em 2024, o presidente Joe Biden enfrenta o desgaste de apoiar Israel na guerra da Faixa de Gaza. O fraco desempenho do atual mandatário americano, durante o debate televisivo da CNN, poderia forçá-lo a seguir o mesmo passo de seus antecessores partidários. Momentos de polarização ideológica, de radicalização política e de insatisfação econômica e social provocam enorme desgaste na imagem do Executivo federal e no índice de aprovação do governo, tanto por influência de fatores internos como externos.

Luiz Roberto da Costa Jr.

Campinas

*

Uma opção melhor

Há muitas queixas referentes ao número grande de partidos políticos no Brasil, fato que dificultaria a governabilidade (e os conchavos também). A situação oposta extrema de apenas dois partidos viáveis é pior, como mostra o caso norte-americano, onde a opção para presidente é “entre a mendacidade de Trump e a decrepitude de Biden” (Pânico nos EUA, 29/6, A3). Só podemos concordar com o editorial de que “os americanos merecem uma opção melhor”. Teriam se existissem mais partidos e, consequentemente, mais propostas ideológicas.

Tibor Rabóczkay

São Paulo

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Efeito Orloff

Uma propaganda do passado tinha o recado “Eu sou você amanhã”, um sucesso! Ao ver o desempenho do presidente Biden no debate eleitoral, me veio à cabeça a mensagem da vodka para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não será ele o Biden de amanhã?

Roberto Solano

Rio de Janeiro

*

Governo Lula

Aumento de arrecadação

Impressionante a declaração de Lula, após 18 meses de desastrosa gestão na Presidência da República, de que não sabe se a saída é cortar gastos ou aumentar a arrecadação. O presidente aumentou as despesas significativamente, sempre tentando e determinando o aumento da arrecadação, através do aumento de impostos, ou criando novas taxas e outros tipos de impostos. Esta gestão está levando o País a uma situação crítica, e as próximas gestões terão muitas dificuldades em consertá-la. O Brasil está regredindo!

Antonio Moreno Neto

São Paulo

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Bravatas econômicas

Ao invés de suas bravatas econômicas, Lula e seus assessores poderiam usufruir do tempo que têm com leitura e estudos, para melhorar seus conhecimentos e servir melhor ao País.

Gilberto de Lima Garófalo

Vinhedo

*

São Paulo

Doação de marmitas

Absurdo o projeto de lei do vereador Rubinho Nunes (União Brasil), da capital paulista, que determinava regras para doação de alimentos com possibilidade de multas a quem praticasse a caridade de doar comida à população de rua. A que ponto chegamos nessa atitude egoísta e desumana! No Parlamento de uma das maiores metrópoles do mundo, onde se proliferam pelas praças e ruas centenas de pessoas, sozinhas e em famílias, que não têm nada na vida, um vereador tresloucado em seu pensamento reduzido e limitado querendo dificultar que essas pessoas recebam um prato de comida. Neste ano tem eleição para vereador em todo o País, portanto temos que pensar e analisar bem quem vamos eleger ou manter no cargo.

Célio Borba

Curitiba

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Aborto

Direito da mulher e do feto

O biólogo Fernando Reinach, em belo artigo no Estadão (Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor, 28/6, A4), argumenta que não aceita a interrupção da vida do feto no terceiro trimestre de gestação, pois este já tem direito à vida. Mas a mulher ou a menina tem direito a não carregar o fruto de uma violência. E esse direito supera o do feto, visto que ela já é cidadã e pessoa humana. Que ela lide depois com sua consciência na vida privada, e, caso creia em Deus, que trate sobre o assunto com Ele na intimidade.

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

PERGUNTAS AO STF

Perguntas das redes sociais ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a autorização para o porte e uso pessoal (?) de 40 gramas de erva venenosa, entre tantas: a) Onde eu compro maconha legalmente?; b) Não bebo e não cheiro, mas, patologicamente, sou crônico usuário do black. Minha CNH é categoria D e E. Na renovação serei aprovado pelo exame toxicológico?; c) Ao volante, sendo parado em alguma blitz, os tragos no baseado devem ser interrompidos?; d) Poderei apertar e acender a qualquer momento, durante a blitz? Senhores parlamentares, nesta briga de cachorros grandes pelo poder de legislar, in casu, afastadas venenosas maledicências afirmando que os membros supremos estão legislando em causa própria, podemos dizer que o STF está a dar-lhes mais uma prostituída e esmagadora chinelada?

Celso David de Oliveira

Rio de Janeiro

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‘MEIOS EFICIENTES’

Uma sugestão ao Congresso Nacional para lidar com o tema da decisão do STF: manter a desqualificação criminal do consumo de drogas, condicionada à delação do traficante pelo usuário. Que tal? Assim não penalizamos o usuário e criamos meios eficientes para combater o tráfico. Fica a dica.

José Luis Ribeiro Brazuna

São Paulo

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‘TERREMOTOS DESNECESSÁRIOS’

A situação vai acalmando, mas Lula 3 quer persistir nos ataques a Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Se há mais calmaria, Lula 3 ataca os juros mantidos altos para se evitar elevação inflacionária e, por fim, onde não há, Lula cria terremotos desnecessários. Entretanto, ele deveria saber que seu procedimento gera desconfiança e carência de credibilidade, ceifando investimentos e aplicações de capital do setor produtivo. Assim, calar é muito melhor que falar.

José Carlos de Carvalho Carneiro

Rio Claro

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LULA DA SILVA

Lula diz que STF, ‘ao se meter em tudo’, cria ‘rivalidade’ ruim para a democracia (Estadão, 27/6, A8). Afinal, quem não entende de economia de mercado e se mete nela é o próprio demiurgo. Ora, escrachando o Comitê de Política Monetária (Copom) diariamente, Lula acaba por fomentar a alta do dólar e o derretimento da bolsa – como todos os brasileiros já sabem, menos ele. Mesmo assim, ainda tem coragem de dizer, levianamente, que “quem apostar no fortalecimento do dólar ante o real vai quebrar a cara”, mas, na verdade, quem quebrou a cara foi o ele mesmo, e o dólar fechou com recorde de R$ 5,50. Lula, você é considerado um sem-noção. Pare com essa mania de se meter em tudo para não atrapalhar ainda mais o País, pode ser?

Júlio Roberto Ayres Brisola

Rio de Janeiro

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‘VAI DEMORAR’

A polêmica sobre o protagonismo do Judiciário na realidade brasileira ganhou nova força por conta da discussão, no STF, da constitucionalidade da Lei de Drogas, existente há quase 20 anos, e da quantidade de maconha a ser usada como limite para diferenciar traficantes de usuários. Detalhe técnico que, na verdade, deveria ser debatido não por juízes nem parlamentares, mas por especialistas na área. O ministro Luis Fux afirmou na ocasião que o STF “estaria se ocupando de atribuições próprias dos canais de legítima expressão da vontade popular, reservadas apenas aos Poderes integrados por mandatários eleitos”. Entretanto, cabe a pergunta: o Judiciário está usurpando os demais Poderes ou está apenas preenchendo espaços deixados abertos por incompetência ou inabilidade do Executivo e do Legislativo? No início da pandemia, não tivesse o Supremo deliberado que Estados e municípios teriam poder para determinar regras de isolamento e quarentena, as mortes por covid-19 teriam sido exponencialmente maiores, já que Jair Bolsonaro pouco se lixava para a doença. Há poucos dias, o STF só não foi chamado a opinar sobre a o Projeto de Lei que equipara aborto após 22 semanas de gestação a homicídio, aprovado em menos de 30 segundos em votação vergonhosa na Câmara dos Deputados, porque a reação da opinião pública foi de tal ferocidade que o presidente da Casa se viu obrigado a recuar e propor o debate. “O Brasil não tem um governo de juízes”, disse Fux. O Brasil só deixará de ser governado por juízes quando os demais poderes deixarem de fazer bobagens e atuarem assertivamente nos limites de suas atribuições. Pelo visto, vai demorar.

Luciano Harary

São Paulo

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8 DE JANEIRO

Quando será? Estou com receio de que nada aconteça. Os massa de manobra já sofreram condenações e ninguém fala nada sobre os cabeças. Eles estão andando por aí como se nada tivesse acontecido. Ah. Justiça seja feita, eles não podem ser esquecidos. 8 de janeiro de 2023. Dia em que a nossa democracia foi ameaçada. Não foi uma coisinha à toa. Ai de nós se a ideia fosse concretizada. Por favor, senhores julgadores, acelerem o veredicto. Esse silêncio incomoda, parece meio esquisito. Aquilo não foi coisa de criança. Teve grandes mentores. Ah. Que dia terrível. Foi o dia dos horrores. Será que já chegou ao fim? Nem tem mais condenações? O pau que bateu em Chico tem que bater nos grandões.

Jeovah Ferreira

Taquari (DF)

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DEBATE AMERICANO

Após o debate Joe Biden x Donald Trump, em que o atual presidente dos Estados Unidos teve um péssimo desempenho, o partido Democrata já procura um novo candidato ou candidata, como Gretchen Whitmer, governadora de Michigan, para enfrentar o ex-presidente, golpista e mau caráter, Trump. Minha neta Alice, em seus 12 anos, definiu o debate como sendo entre um psicótico e um demente.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

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‘DESEMPENHO POLÍTICO’

Valeu mais a imagem titubeante que Joe Biden transmitiu no debate do que todas as infâmias e mentiras que Donald Trump proferiu. Nos Estados Unidos, assim como aqui, o desempenho de um político frente às telas e aos microfones tem o poder de sacudir o mercado e os votos. E as forças progressistas no Brasil ainda não entendem por que a população está caminhando cada vez mais para o extremismo de direita.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

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‘FIM DO REINADO DA DEMOCRACIA’

A provável volta de Donald Trump ao poder pode significar o fim do reinado da democracia: não é possível que um país como os Estados Unidos tenha que engolir um agressor sexual, criminoso e notório picareta na presidência da República. Apostar todas as fichas na sabedoria iluminada do povo tem se mostrado um grande erro. As repúblicas bananeiras, como o Brasil, tem muitos exemplos de pessoas despreparadas e de má-fé que alcançaram a presidência pura e simplesmente mentindo e enganando o povo. Critérios qualitativos devem ser impostos aos postulantes a cargos públicos, como ocorre em qualquer empresa que contrata funcionários. Os dois candidatos à presidência dos Estados Unidos seriam sumariamente eliminados de qualquer processo seletivo.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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BIDEN x TRUMP

O ideal para o mundo normalmente é um presidente republicano nos Estados Unidos, habitualmente mais lapidado para cuidar do Ocidente. Os democratas não são ruins, porém, são muito catequizados para quem precisa ser cabeça. Ao vermos o debate do Donald Trump e suas caras e bocas, e mesmo com defeitos e certa arrogância, é muito mais preparado que o quase pateta Joe Biden. Oh, c’mon Joe, say goodbye. O mundo precisa do Ocidente dirigido por alguém que queira sobreviver, foi importante o debate antecipado de Trump x Joe. Foi preciso desenhar pra quem ainda não sabia. Temos um pato manco e xarope conduzindo o Ocidente, socorro.

Roberto Moreira da Silva

Cotia

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BILL CLINTON

Não consigo entender a insistência com a candidatura de Joe Biden pelo partido democrata americano. O debate foi a pá de cal. Não é possível que não haja outros nomes. “Ah, não tem”, então chama o Bill Clinton. Chama, não, convoca. Eu sei que os ex-presidentes americanos não têm o apego ao cargo como Lula da Silva, que, se pudesse, se reelegeria indefinidamente. Mas a convocação de Bill Clinton se faz necessária para derrotar o perigo de um novo mandato para Donald Trump. Trump é ruim para os Estados Unidos e para o mundo. Chama o Bill.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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‘LEI DO ABORTO’

O artigo de Fernando Reinach, intitulado Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor (Estadão, 28/6, A4) discute o direito de dois seres vivos: a gestante de decidir sobre seu próprio corpo e do outro lado o embrião em um estágio avançado da gravidez, com potencial de sobreviver fora do útero. Entretanto, um aspecto fundamental da nossa legislação é o da interrupção da gestação no caso de doenças genéticas. Tivemos um avanço com a permissão de se interromper a gestação no caso de feto com anencefalia, mas existem centenas de doenças genéticas letais ou incompatíveis com uma vida independente que podem ser diagnosticadas no início da gestação. E nesses casos o aborto não é permitido no Brasil. Trata-se de uma questão socioeconômica, porque basta atravessar a fronteira para países vizinhos, onde o aborto é legalizado e que pode ser realizado em um ambiente seguro, sem risco de morte para a gestante. Infelizmente nesses casos, a proibição do aborto defendida por nossa legislação só prejudica as mulheres pobres, justamente aquelas que não podem arcar com o ônus de ter uma criança com uma doença genética. Concordo totalmente com o título do artigo: Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor.

Mayana Zatz

São Paulo

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‘VIOLÊNCIA HEDIONDA E NÃO DESEJADA’

A respeito da questão do polêmico Projeto de Lei 1904/24, que trata descabidamente de equiparar o aborto legal acima de 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, fazendo com que a mulher estuprada seja vítima duas vezes – uma do estuprador e outra da injustiça da lei –, cabe cumprimentar o biólogo e articulista do Estadão Fernando Reinach pelo esclarecedor artigo Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor (Estadão, 28/6, A4), que divide corretamente o período de gestação em três trimestres e faz a necessária e esclarecedora diferenciação entre embrião e feto. Por oportuno, cabe reproduzir seus parágrafos iniciais: ”A lei atual é injusta. O aborto é negado para a maioria das mulheres e, no caso de estupro, a demora no diagnóstico, e a recusa dos médicos, leva a gravidez para além das 30 semanas. Nesses casos, há a possibilidade de a criança ser viável fora do útero. A legalização do aborto exige da sociedade uma decisão sobre como conciliar o direito de dois seres vivos. De um lado, o direito da mãe de decidir o que se passa em seu corpo. Do outro, o direito do embrião”. No país onde são cometidos mais de 800 mil estupros por ano – um dos maiores números em todo o mundo –, crime é impedir e punir uma vítima que interrompa a gestação gerada a partir de um abjeto, abominável e indefensável ato de violência hedionda e não desejada. Que o PL seja abortado antes que venha à luz.

J. S. Decol

São Paulo

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DECISÕES

Mais um fantástico artigo do Fernando Reinach no Estadão, intitulado Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor (Estadão, 28/6, A4). Ao contrário dos radicais pró ou contra o aborto, o articulista semeia importantes informações sobre o desenvolvimento do embrião até estar apto a viver por sua conta e ser um recém-nascido. Um caminho que parte depende totalmente da mãe e outra nem tanto, apesar de um recém-nato precisar de ajuda por um tempo, hoje bastante longo, afinal, ele saíra de casa lá pelos 30 anos, casará pelos quarenta e se sustentará sabe lá Deus quando. Relaciono este bom senso de descobrir a fronteira entre ser ou não apto a sustentar a vida a quando uma família e o médico de paciente em cuidados paliativos tem que decidir desligar os equipamentos de suporte a vida, sem expectativas de recuperação. Momento de muita dor e reflexão, culpas e punições, mas que requerem uma decisão. Quem pode jogar a primeira pedra num assunto em que a decisão pouco influenciaria a sua vida, porém, muito a dos envolvidos?

Carlos Ritter

Caxias do Sul (RS)

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VIDAS REAIS

A despeito das discussões sobre o aborto e do didático texto de Fernando Reinach, sob o título Vamos mudar a lei do aborto, mas para melhor (Estadão, 28/6, A4), eu pergunto aos nossos nobres legisladores quando se iniciará o debate sobre o direito à uma vida digna das crianças indesejadas, nascidas de um ato violento ou não. Por que se defende tanto um monte de células ao invés de uma vida jogada nas quebradas das nossas cidades e, na maioria das vezes, entregue ao desamparo e ao crime? Quando se pensará em garantir o direito de um futuro às meninas estupradas? O Estado vai ajudá-las na criação, educação e sustento de seus filhos indesejados? Mais que o direito ao seu corpo, mulheres de qualquer idade tem direito sobre sua vida e seu futuro. Quando se garantirá a obrigação de um pai no sustento de seus filhos além de uma ameaça de prisão quase nunca cumprida? Acho que esta discussão deveria se ater muito mais às questões da realidade destas vidas.

Paula de Ribamar e Silva

Carapicuiba

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