Fórum dos Leitores


Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

Por Fórum dos Leitores

Crise climática

Uma pausa

O status de pior ar do mundo recebido pela cidade de São Paulo por dias consecutivos é uma tragédia que se vem anunciando há muito tempo. Resta saber o que fazer. Não vejo nenhuma providência sendo tomada, além da recomendação paliativa do uso de máscaras. A construção civil segue a todo vapor; caminhões e demais veículos continuam a poluir desmedidamente a cidade. Não seria conveniente que a Prefeitura e o governo do Estado tomassem providências concisas no sentido de interromper temporariamente alguns serviços, para que a situação fosse de alguma forma abrandada?

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Ana Silvia F. P. P. Machado

São Paulo

*

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A colheita

Tudo o que se planta se colhe – a lei da semeadura nunca falha –, e a colheita chegou. Pagaremos a conta do desmatamento de nossas florestas, da Mata Atlântica, do Cerrado, da Amazônia, além da destruição das matas ciliares, do mercúrio nos rios, do esgoto in natura, de fungicidas e toda sorte de desrespeito com o quintal de nossa casa. A crise do clima mudou o planeta. Agora, os avós lamentarão o neto tossindo por causa da secura do ar, que eles mesmos ajudaram a arruinar. Mas, mesmo com todo este cenário, pouco se faz, e os velhos senhores da guerra continuam jogando bombas e poluindo ainda mais o planeta. Talvez se arrependam no último suspiro e vejam tardiamente que foram agentes da destruição do habitat de seus descendentes. A parte triste para as futuras gerações é que não temos um planeta B.

Manoel José Rodrigues

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Alvorada do Sul (PR)

*

A bordo do Titanic

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Parece que ninguém tem dado a devida importância ao que está acontecendo. O aquecimento global é seriíssimo. Fala-se que em 2050 boa parte de nossos biomas terá desaparecido. Mas talvez nem cheguemos a 2030. Parte da humanidade será dizimada. Ainda assim, não vemos um único líder mundial se movimentando com afinco. Até parece que estamos em abril de 1912, a bordo do Titanic, e todos dançando. Lembremos o ditado: “Deus perdoa sempre; os homens, às vezes; a natureza, nunca”.

José Pacheco e Silva

São Paulo

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*

Medidas do governo

O governo Lula anunciou nesta semana a convocação de mais 150 bombeiros para combater os incêndios na região da Amazônia Legal. Se forem bem distribuídos, deverão ficar a mais de 100 km um do outro. Vão ajudar muito... Por outro lado, o governo anunciou a criação de uma Autoridade Climática e está constituindo comitês para cuidar do assunto em Brasília. Aposto que a nova companheirada (bem) empregada vai passar longe dos 150.

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César F. M. Garcia

São Paulo

*

No improviso

Gostaria que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, considerada uma grande defensora deste mesmo ambiente que está ardendo em fogo Brasil afora, apresentasse um planejamento do que fazer nos diferentes biomas do País: contra o fogo, contra inundações, contra desmatamentos, contra a poluição, contra perfurações de petróleo em áreas não recomendadas, etc. Parece-me que neste governo é tudo no improviso.

Tania Tavares

São Paulo

*

História e cultura

Devoluções

O Brasil reclamou e conseguiu a devolução do manto Tupinambá pela Dinamarca (Estadão, 11/9). Enquanto isso, continuamos com o Canhão Cristiano, tomado como troféu pelas tropas brasileiras durante a Guerra do Paraguai. Até hoje, o Paraguai reclama essa devolução. Dois pesos e duas medidas.

Anderson Fazoli

São Paulo

*

Câmara dos Deputados

Janones indiciado

O deputado André Janones (Avante-MG), a despeito de todas as provas que o acusavam de praticar “rachadinha” em seu gabinete, foi inocentado em junho deste ano no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que arquivou o processo disciplinar cujo relator era seu colega Guilherme Boulos (PSOL-SP). Agora, a Polícia Federal (PF) indicia Janones por rachadinha, apontando suspeitas de crimes de corrupção, associação criminosa e peculato (Estadão, 13/9, A12). O fato de o processo ter andado na PF mostra que as denúncias foram bem claras, verdadeiras. Mas fica uma pergunta: por que o colega Guilherme Boulos não viu nada de errado ali? Por incompetência ou por conivência? A conferir.

Beatriz Campos

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

DE COSTAS PARA O BRASIL

O Congresso está de costas para o Brasil (Estadão, 12/9, A3). Não poderia ser melhor esse título. Acrescento que assim como o ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula, também com sua demagogia e populismo e ideias retrogradas, está de costas para o País. Porém, diferente de parlamentos de países desenvolvidos, o nosso Congresso está mais preocupado em legislar em causa própria. E como lembra bem o editorial, com o País em chamas e até criminosos destruindo nossas florestas, biomas e também a nossa produção agrícola, pasto para o nosso gado, além da nossa fauna, o Congresso se lixou para essa tragédia em curso, preferindo se engalfinhar pelo nome de quem será apoiado para ser o próximo presidente da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. E ao gozo e orgia da utilização de emendas secretas, Pix, etc., num montante afrontador de R$ 50 bilhões (que representa boa parte do total de recursos que o Planalto deveria ter para investimentos...) e mais outros bilhões de fundos partidários e eleitorais, esses 81 senadores e 513 deputados não dispõem de tempo para legislar a favor do País para o qual foram eleitos. E ainda sem respeito algum pela Nação, a maioria destes parlamentares desejam anistiar Jair Bolsonaro e os que tentaram um golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. Ora, o que esperar deste Congresso, com apoio do Supremo Tribunal Federal (STF), do salvo-conduto, entre outros, e de dezenas de políticos corruptos que vão nadar ainda mais nas águas da impunidade com enterro da Lava Jato?

Paulo Panossian

São Carlos

*

AUSÊNCIA DE LIDERANÇA

O Congresso está de costas para o Brasil (Estadão, 12/9, A3). A falta de preocupação dos nossos parlamentares com a população, enquanto o País inteiro está praticamente ardendo em chamas, causados pela mudança climática e pelos bandidos que se apoderaram dos nossos biomas, patrocinados pelo governo Bolsonaro na base de “vamos passar a boiada, enquanto a população se vira com a pandemia do covid-19″. A eleição do presidente Lula nos livrou, com certeza, de uma ditadura tacanha, mas no sentido de nos preparamos para os dias difíceis que certamente virão. A lógica nos indicava que o atual chefe do Executivo, em vista das circunstâncias da sua eleição, trataria de início em recuperar sua autoridade, inclusive com o auxílio das Forças Armadas. Infelizmente, não foi o que ocorreu. Pôs-se a viajar mundo afora, em lugar de corrigir os absurdos deixados pelo seu antecessor. Com um agravante de governar o País mais importante no sentido de recuperarmos o equilíbrio perdido pela mãe Terra, devido aos gases do efeito estufa. Agora, estamos com o Brasil em chamas e a Amazônia com uma seca inédita em seus rios, que nem permitem mais a navegação. E o presidente ainda vem com a proposta de asfaltar a BR-319, Rodovia Manaus - Porto Velho, com 885 km, em uma região onde a floresta está mais intacta. Abater tal extensão de árvores primitivas da Amazônia é um absurdo que Lula com certeza não avaliou ainda, antes de falar sobre a sua intenção, apesar dos incêndios e inundações que vêm ocorrendo.

Gilberto Pacini

São Paulo

*

PROJETOS ‘EM ANDAMENTO’

O Congresso está de costas para o Brasil (Estadão, 12/9, A3). Os projetos dos deputados e senadores: orçamento secreto, anistia para os aloprados de oito de janeiro, eleição para substituir os atuais chefe das duas casas, campanhas eleitorais para suas respectivas cidades sem transparência em seus gastos. No Brasil, a melhor coisa do mundo é ser dono de partido político, gasta o nosso dinheiro, não prestar conta e fazer uma PEC para anistia se alguma coisa estiver errado. Quando vamos ter referendo como os americanos?

Humberto Cícero de Cerqueira

São Paulo

*

NO RADAR DO CONGRESSO

Há tempos que o Congresso está de costas para o Brasil. Políticos eleitos para melhorar o País, nada vem fazendo. Cada um à sua maneira promete que vai melhorar a vida do brasileiro. Uma grande mentira que vem sendo contada há décadas. E por incrível que possa parecer, esses parasitas se elegem para cuidar das suas vidas. O resto que se dane. E, justamente esse resto é o eleitor que lhe dá de presente vida boa com todas as mordomias. Compromissos, eles se esquecem. Às favas à crise ambiental, o fogo consome o País, mas isso não incomoda as excelências que desfrutam do ar condicionado fechados em seus gabinetes. Os projetos da reforma tributária e outras reformas que ajudariam a destravar o crescimento do País, promovendo o bem-estar dos brasileiros, nada disso está no radar do Congresso. No radar só dinheiro e a próxima eleição. O eleitor precisa acordar e deixar de ser passivo.

Izabel Avallone

São Paulo

*

PRESOS NA ARMADILHA

Quem não está de costas? Lula só pensa em usar o Orçamento para se reeleger. O Judiciário mais caro do mundo não tem moral para impor respeito. Os congressistas tomaram gosto, desde que o mensalão abriu as portas, para a farta distribuição de dinheiro. Ficamos assim presos nesta armadilha pois os novos que entram acabam sendo vítimas do sistema político. Só mesmo uma mudança mais radical como, talvez, o voto distrital possa equilibrar um pouco mais essa disputa.

Nelson Falseti

São Paulo

*

FAKE NEWS

A Polícia Federal detectou quadrilhas que recebiam mensalmente para divulgarem fake news nos lugares públicos em busca de votos. Ora, isso acontece não somente no Rio de Janeiro, mas em São Paulo e provavelmente em todos os municípios há décadas, quando em pontos de ônibus, dentro ou fora dos metrôs, pessoas ficam elogiando ou demonizando esse ou aquele candidato. No entanto, a preocupação entre congressistas, Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o próprio STF são as redes sociais que não atingem nem 10% do eleitorado nacional. Provavelmente porque nelas as críticas sejam sagazes, verdadeiras e doem mais nos grandes egos. 90% da população que interage mesmo politicamente são nesses redutos populares descobertos apenas agora pela PF. Existe forma de fazer política mais antidemocrática do que essa? A conferir.

Beatriz Campos

São Paulo

*

BETS

No que pese a controvérsia de sermos um país da jogatina sem comparar com o que acontece alhures, as atuais bets nada têm a ver com as já tradicionais loterias, mega-sena esportiva, bilhetes, etc. que já possuem uma regulação clara, e as probabilidades de ganho são explícitas, ainda que muito pequenas, muito diferente das bets que são apenas entretenimento, disfarçadas de ganho fácil. No mais, está trazendo a ilusão de enriquecimento, como fazem alguns influenciadores do meio. Até apostas com resultados eleitorais estão acontecendo, segundo a matéria Bets criam apostas sobre resultados das eleições; Fazendo vê ilegalidade (Estadão, 13/9, A8) reforçando a epígrafe “trabalhar é para otários”. Concordo que quem trabalha não tem tempo de ganhar dinheiro. Ganham dinheiro os que exploram o trabalho alheio, isso sim. E os operadores dos tigrinhos e congêneres sabem muito bem como fazê-lo.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

*

JANJA DA SILVA

A excelentíssima senhora primeira-dama do Brasil, Janja, deveria estudar melhor a história e informar-se mais profundamente sobre geopolítica internacional antes de ignorar que Israel é quem foi atacado primeiro e que o Hamas é a origem do terrorismo na região. Criticar Israel é um direito absoluto à todos. Mas vale lembrar que antissionismo é antissemitismo, indissociavelmente.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz

*

‘SUJEITO FORTE’

Dilma Rousseff foi para o Brics, e Juscelino Filho, apadrinhado por Arthur Lira e Lula, continua firme e forte apesar de tudo e de todos. Êta, sujeito forte.

Jane Araújo

Brasília

*

CAOS NO PAÍS

Ausência da autoridade. Nosso país tem uma quantidade enorme de normas que impõem custos aos cidadãos corretos que cumprem as leis. Porém, percebemos que há uma quantidade cada vez maior de pessoas que não respeitam essas normas porque sabem que as autoridades não se preocupam em controlar e punir os transgressores. A cada dia vemos aumentar o caos em nosso país.

Aldo Bertolucci

São Paulo

*

X DA QUESTÃO

Elon Musk e Eike Batista tinham algo em comum: X. O fim do X de ambos não deixou saudades e não causou comoções. Simplesmente sumiu do mapa. Tomara que o X nunca mais volte a fazer parte da nossa republiqueta de bananas. Mas sendo uma republiqueta de bananas, tudo é possível.

Maria Carmen Del Bel Tunes

Americana

*

CIVIS NO ESPAÇO

“Um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade.” Assim disse Neil Armstrong ao tocar o solo lunar, em 1969. Hoje, 55 anos depois, Jared Isaacman e Sarah Gillis, foram os primeiros civis a flutuarem no espaço fora da nave Crew Dragon, em outro salto imenso para a humanidade. De novo, Elon Musk está nos noticiários, desta vez de forma amplamente positiva com o feito extraordinário da sua empresa aeroespacial SpaceX. Esse X não está banido, nem mesmo aqui no Brasil.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

DESIGUALDADE SOCIAL

Claro que o Brasil não é um país pobre, mas um país com muita desigualdade entre as pessoas: você chega a pagar R$ 1.500 por uma consulta médica e o salário mínimo ainda não atingiu este valor.

Nivaldo Ribeiro Santos

São Paulo

*

CONVIVÊNCIA

Ao longo de minha longa vida, convivi com muita gente e com muitos políticos. Militantes de esquerda e de direita têm em comum uma permanente visão crítica de tudo e de todos. Nuca estão satisfeitos. Parece que sofrem de hemorroidas, que os tornam pessimistas e de eterno mau humor criticista. São eternos chatos. Tudo é motivo de críticas. São extremistas por razões orgânicas e psicológicas. Cansei desta gente. É intrínseco ao pensamento democrático a tolerância em ouvir o outro, que tem uma visão diferente da sua. Uma visão política democrática de mundo precisa ser sábia o suficiente para contemplar as aspirações da maioria das pessoas.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

ELEIÇÕES AMERICANAS

Kamala Harris tem demonstrado grande preocupação com o voto palestino em Michigan devido à importância estratégica desse grupo demográfico nas eleições do Estado, considerado um swing state. Nesses Estados, pequenos grupos de eleitores podem influenciar significativamente os resultados. No entanto, parece que um detalhe importante pode ter sido negligenciado pela candidata. Uma pesquisa recente revelou uma mudança significativa na preferência dos eleitores judeus em distritos decisivos da Pensilvânia e Nova York, que estão se afastando do Partido Democrata antes das eleições de 2024. Conduzida pela Teach Coalition e pelo Honan Strategy Group, a pesquisa destacou um aumento no engajamento político dos eleitores judeus, refletindo uma resposta às ameaças percebidas e questões de segurança que afetam diretamente suas comunidades. A crescente preocupação com o antissemitismo e o conflito Israel-Hamas são fatores centrais na mudança de apoio desses eleitores. A pesquisa sublinhou a importância dos eleitores judeus como um bloco decisivo, especialmente em Estados onde as margens de vitória são estreitas. Em Nova York, estima-se que a população judaica seja de aproximadamente 1,1 milhão, com uma concentração significativa na cidade, especialmente nos bairros de Brooklyn e Manhattan. Na Pensilvânia, há cerca de 300 mil eleitores judeus. Em 2020, Joe Biden venceu na Pensilvânia por uma margem estreita de 80 mil votos, e o voto judeu poderia ser decisivo novamente. Espera-se uma participação recorde entre os eleitores judeus em todos os distritos decisivos. Como diz o ditado popular: “a democracia começa com a liberdade de escolha”.

Jorge Alberto Nurkin

São Paulo

Crise climática

Uma pausa

O status de pior ar do mundo recebido pela cidade de São Paulo por dias consecutivos é uma tragédia que se vem anunciando há muito tempo. Resta saber o que fazer. Não vejo nenhuma providência sendo tomada, além da recomendação paliativa do uso de máscaras. A construção civil segue a todo vapor; caminhões e demais veículos continuam a poluir desmedidamente a cidade. Não seria conveniente que a Prefeitura e o governo do Estado tomassem providências concisas no sentido de interromper temporariamente alguns serviços, para que a situação fosse de alguma forma abrandada?

Ana Silvia F. P. P. Machado

São Paulo

*

A colheita

Tudo o que se planta se colhe – a lei da semeadura nunca falha –, e a colheita chegou. Pagaremos a conta do desmatamento de nossas florestas, da Mata Atlântica, do Cerrado, da Amazônia, além da destruição das matas ciliares, do mercúrio nos rios, do esgoto in natura, de fungicidas e toda sorte de desrespeito com o quintal de nossa casa. A crise do clima mudou o planeta. Agora, os avós lamentarão o neto tossindo por causa da secura do ar, que eles mesmos ajudaram a arruinar. Mas, mesmo com todo este cenário, pouco se faz, e os velhos senhores da guerra continuam jogando bombas e poluindo ainda mais o planeta. Talvez se arrependam no último suspiro e vejam tardiamente que foram agentes da destruição do habitat de seus descendentes. A parte triste para as futuras gerações é que não temos um planeta B.

Manoel José Rodrigues

Alvorada do Sul (PR)

*

A bordo do Titanic

Parece que ninguém tem dado a devida importância ao que está acontecendo. O aquecimento global é seriíssimo. Fala-se que em 2050 boa parte de nossos biomas terá desaparecido. Mas talvez nem cheguemos a 2030. Parte da humanidade será dizimada. Ainda assim, não vemos um único líder mundial se movimentando com afinco. Até parece que estamos em abril de 1912, a bordo do Titanic, e todos dançando. Lembremos o ditado: “Deus perdoa sempre; os homens, às vezes; a natureza, nunca”.

José Pacheco e Silva

São Paulo

*

Medidas do governo

O governo Lula anunciou nesta semana a convocação de mais 150 bombeiros para combater os incêndios na região da Amazônia Legal. Se forem bem distribuídos, deverão ficar a mais de 100 km um do outro. Vão ajudar muito... Por outro lado, o governo anunciou a criação de uma Autoridade Climática e está constituindo comitês para cuidar do assunto em Brasília. Aposto que a nova companheirada (bem) empregada vai passar longe dos 150.

César F. M. Garcia

São Paulo

*

No improviso

Gostaria que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, considerada uma grande defensora deste mesmo ambiente que está ardendo em fogo Brasil afora, apresentasse um planejamento do que fazer nos diferentes biomas do País: contra o fogo, contra inundações, contra desmatamentos, contra a poluição, contra perfurações de petróleo em áreas não recomendadas, etc. Parece-me que neste governo é tudo no improviso.

Tania Tavares

São Paulo

*

História e cultura

Devoluções

O Brasil reclamou e conseguiu a devolução do manto Tupinambá pela Dinamarca (Estadão, 11/9). Enquanto isso, continuamos com o Canhão Cristiano, tomado como troféu pelas tropas brasileiras durante a Guerra do Paraguai. Até hoje, o Paraguai reclama essa devolução. Dois pesos e duas medidas.

Anderson Fazoli

São Paulo

*

Câmara dos Deputados

Janones indiciado

O deputado André Janones (Avante-MG), a despeito de todas as provas que o acusavam de praticar “rachadinha” em seu gabinete, foi inocentado em junho deste ano no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que arquivou o processo disciplinar cujo relator era seu colega Guilherme Boulos (PSOL-SP). Agora, a Polícia Federal (PF) indicia Janones por rachadinha, apontando suspeitas de crimes de corrupção, associação criminosa e peculato (Estadão, 13/9, A12). O fato de o processo ter andado na PF mostra que as denúncias foram bem claras, verdadeiras. Mas fica uma pergunta: por que o colega Guilherme Boulos não viu nada de errado ali? Por incompetência ou por conivência? A conferir.

Beatriz Campos

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

DE COSTAS PARA O BRASIL

O Congresso está de costas para o Brasil (Estadão, 12/9, A3). Não poderia ser melhor esse título. Acrescento que assim como o ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula, também com sua demagogia e populismo e ideias retrogradas, está de costas para o País. Porém, diferente de parlamentos de países desenvolvidos, o nosso Congresso está mais preocupado em legislar em causa própria. E como lembra bem o editorial, com o País em chamas e até criminosos destruindo nossas florestas, biomas e também a nossa produção agrícola, pasto para o nosso gado, além da nossa fauna, o Congresso se lixou para essa tragédia em curso, preferindo se engalfinhar pelo nome de quem será apoiado para ser o próximo presidente da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. E ao gozo e orgia da utilização de emendas secretas, Pix, etc., num montante afrontador de R$ 50 bilhões (que representa boa parte do total de recursos que o Planalto deveria ter para investimentos...) e mais outros bilhões de fundos partidários e eleitorais, esses 81 senadores e 513 deputados não dispõem de tempo para legislar a favor do País para o qual foram eleitos. E ainda sem respeito algum pela Nação, a maioria destes parlamentares desejam anistiar Jair Bolsonaro e os que tentaram um golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. Ora, o que esperar deste Congresso, com apoio do Supremo Tribunal Federal (STF), do salvo-conduto, entre outros, e de dezenas de políticos corruptos que vão nadar ainda mais nas águas da impunidade com enterro da Lava Jato?

Paulo Panossian

São Carlos

*

AUSÊNCIA DE LIDERANÇA

O Congresso está de costas para o Brasil (Estadão, 12/9, A3). A falta de preocupação dos nossos parlamentares com a população, enquanto o País inteiro está praticamente ardendo em chamas, causados pela mudança climática e pelos bandidos que se apoderaram dos nossos biomas, patrocinados pelo governo Bolsonaro na base de “vamos passar a boiada, enquanto a população se vira com a pandemia do covid-19″. A eleição do presidente Lula nos livrou, com certeza, de uma ditadura tacanha, mas no sentido de nos preparamos para os dias difíceis que certamente virão. A lógica nos indicava que o atual chefe do Executivo, em vista das circunstâncias da sua eleição, trataria de início em recuperar sua autoridade, inclusive com o auxílio das Forças Armadas. Infelizmente, não foi o que ocorreu. Pôs-se a viajar mundo afora, em lugar de corrigir os absurdos deixados pelo seu antecessor. Com um agravante de governar o País mais importante no sentido de recuperarmos o equilíbrio perdido pela mãe Terra, devido aos gases do efeito estufa. Agora, estamos com o Brasil em chamas e a Amazônia com uma seca inédita em seus rios, que nem permitem mais a navegação. E o presidente ainda vem com a proposta de asfaltar a BR-319, Rodovia Manaus - Porto Velho, com 885 km, em uma região onde a floresta está mais intacta. Abater tal extensão de árvores primitivas da Amazônia é um absurdo que Lula com certeza não avaliou ainda, antes de falar sobre a sua intenção, apesar dos incêndios e inundações que vêm ocorrendo.

Gilberto Pacini

São Paulo

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PROJETOS ‘EM ANDAMENTO’

O Congresso está de costas para o Brasil (Estadão, 12/9, A3). Os projetos dos deputados e senadores: orçamento secreto, anistia para os aloprados de oito de janeiro, eleição para substituir os atuais chefe das duas casas, campanhas eleitorais para suas respectivas cidades sem transparência em seus gastos. No Brasil, a melhor coisa do mundo é ser dono de partido político, gasta o nosso dinheiro, não prestar conta e fazer uma PEC para anistia se alguma coisa estiver errado. Quando vamos ter referendo como os americanos?

Humberto Cícero de Cerqueira

São Paulo

*

NO RADAR DO CONGRESSO

Há tempos que o Congresso está de costas para o Brasil. Políticos eleitos para melhorar o País, nada vem fazendo. Cada um à sua maneira promete que vai melhorar a vida do brasileiro. Uma grande mentira que vem sendo contada há décadas. E por incrível que possa parecer, esses parasitas se elegem para cuidar das suas vidas. O resto que se dane. E, justamente esse resto é o eleitor que lhe dá de presente vida boa com todas as mordomias. Compromissos, eles se esquecem. Às favas à crise ambiental, o fogo consome o País, mas isso não incomoda as excelências que desfrutam do ar condicionado fechados em seus gabinetes. Os projetos da reforma tributária e outras reformas que ajudariam a destravar o crescimento do País, promovendo o bem-estar dos brasileiros, nada disso está no radar do Congresso. No radar só dinheiro e a próxima eleição. O eleitor precisa acordar e deixar de ser passivo.

Izabel Avallone

São Paulo

*

PRESOS NA ARMADILHA

Quem não está de costas? Lula só pensa em usar o Orçamento para se reeleger. O Judiciário mais caro do mundo não tem moral para impor respeito. Os congressistas tomaram gosto, desde que o mensalão abriu as portas, para a farta distribuição de dinheiro. Ficamos assim presos nesta armadilha pois os novos que entram acabam sendo vítimas do sistema político. Só mesmo uma mudança mais radical como, talvez, o voto distrital possa equilibrar um pouco mais essa disputa.

Nelson Falseti

São Paulo

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FAKE NEWS

A Polícia Federal detectou quadrilhas que recebiam mensalmente para divulgarem fake news nos lugares públicos em busca de votos. Ora, isso acontece não somente no Rio de Janeiro, mas em São Paulo e provavelmente em todos os municípios há décadas, quando em pontos de ônibus, dentro ou fora dos metrôs, pessoas ficam elogiando ou demonizando esse ou aquele candidato. No entanto, a preocupação entre congressistas, Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o próprio STF são as redes sociais que não atingem nem 10% do eleitorado nacional. Provavelmente porque nelas as críticas sejam sagazes, verdadeiras e doem mais nos grandes egos. 90% da população que interage mesmo politicamente são nesses redutos populares descobertos apenas agora pela PF. Existe forma de fazer política mais antidemocrática do que essa? A conferir.

Beatriz Campos

São Paulo

*

BETS

No que pese a controvérsia de sermos um país da jogatina sem comparar com o que acontece alhures, as atuais bets nada têm a ver com as já tradicionais loterias, mega-sena esportiva, bilhetes, etc. que já possuem uma regulação clara, e as probabilidades de ganho são explícitas, ainda que muito pequenas, muito diferente das bets que são apenas entretenimento, disfarçadas de ganho fácil. No mais, está trazendo a ilusão de enriquecimento, como fazem alguns influenciadores do meio. Até apostas com resultados eleitorais estão acontecendo, segundo a matéria Bets criam apostas sobre resultados das eleições; Fazendo vê ilegalidade (Estadão, 13/9, A8) reforçando a epígrafe “trabalhar é para otários”. Concordo que quem trabalha não tem tempo de ganhar dinheiro. Ganham dinheiro os que exploram o trabalho alheio, isso sim. E os operadores dos tigrinhos e congêneres sabem muito bem como fazê-lo.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

*

JANJA DA SILVA

A excelentíssima senhora primeira-dama do Brasil, Janja, deveria estudar melhor a história e informar-se mais profundamente sobre geopolítica internacional antes de ignorar que Israel é quem foi atacado primeiro e que o Hamas é a origem do terrorismo na região. Criticar Israel é um direito absoluto à todos. Mas vale lembrar que antissionismo é antissemitismo, indissociavelmente.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz

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‘SUJEITO FORTE’

Dilma Rousseff foi para o Brics, e Juscelino Filho, apadrinhado por Arthur Lira e Lula, continua firme e forte apesar de tudo e de todos. Êta, sujeito forte.

Jane Araújo

Brasília

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CAOS NO PAÍS

Ausência da autoridade. Nosso país tem uma quantidade enorme de normas que impõem custos aos cidadãos corretos que cumprem as leis. Porém, percebemos que há uma quantidade cada vez maior de pessoas que não respeitam essas normas porque sabem que as autoridades não se preocupam em controlar e punir os transgressores. A cada dia vemos aumentar o caos em nosso país.

Aldo Bertolucci

São Paulo

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X DA QUESTÃO

Elon Musk e Eike Batista tinham algo em comum: X. O fim do X de ambos não deixou saudades e não causou comoções. Simplesmente sumiu do mapa. Tomara que o X nunca mais volte a fazer parte da nossa republiqueta de bananas. Mas sendo uma republiqueta de bananas, tudo é possível.

Maria Carmen Del Bel Tunes

Americana

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CIVIS NO ESPAÇO

“Um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade.” Assim disse Neil Armstrong ao tocar o solo lunar, em 1969. Hoje, 55 anos depois, Jared Isaacman e Sarah Gillis, foram os primeiros civis a flutuarem no espaço fora da nave Crew Dragon, em outro salto imenso para a humanidade. De novo, Elon Musk está nos noticiários, desta vez de forma amplamente positiva com o feito extraordinário da sua empresa aeroespacial SpaceX. Esse X não está banido, nem mesmo aqui no Brasil.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

DESIGUALDADE SOCIAL

Claro que o Brasil não é um país pobre, mas um país com muita desigualdade entre as pessoas: você chega a pagar R$ 1.500 por uma consulta médica e o salário mínimo ainda não atingiu este valor.

Nivaldo Ribeiro Santos

São Paulo

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CONVIVÊNCIA

Ao longo de minha longa vida, convivi com muita gente e com muitos políticos. Militantes de esquerda e de direita têm em comum uma permanente visão crítica de tudo e de todos. Nuca estão satisfeitos. Parece que sofrem de hemorroidas, que os tornam pessimistas e de eterno mau humor criticista. São eternos chatos. Tudo é motivo de críticas. São extremistas por razões orgânicas e psicológicas. Cansei desta gente. É intrínseco ao pensamento democrático a tolerância em ouvir o outro, que tem uma visão diferente da sua. Uma visão política democrática de mundo precisa ser sábia o suficiente para contemplar as aspirações da maioria das pessoas.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

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ELEIÇÕES AMERICANAS

Kamala Harris tem demonstrado grande preocupação com o voto palestino em Michigan devido à importância estratégica desse grupo demográfico nas eleições do Estado, considerado um swing state. Nesses Estados, pequenos grupos de eleitores podem influenciar significativamente os resultados. No entanto, parece que um detalhe importante pode ter sido negligenciado pela candidata. Uma pesquisa recente revelou uma mudança significativa na preferência dos eleitores judeus em distritos decisivos da Pensilvânia e Nova York, que estão se afastando do Partido Democrata antes das eleições de 2024. Conduzida pela Teach Coalition e pelo Honan Strategy Group, a pesquisa destacou um aumento no engajamento político dos eleitores judeus, refletindo uma resposta às ameaças percebidas e questões de segurança que afetam diretamente suas comunidades. A crescente preocupação com o antissemitismo e o conflito Israel-Hamas são fatores centrais na mudança de apoio desses eleitores. A pesquisa sublinhou a importância dos eleitores judeus como um bloco decisivo, especialmente em Estados onde as margens de vitória são estreitas. Em Nova York, estima-se que a população judaica seja de aproximadamente 1,1 milhão, com uma concentração significativa na cidade, especialmente nos bairros de Brooklyn e Manhattan. Na Pensilvânia, há cerca de 300 mil eleitores judeus. Em 2020, Joe Biden venceu na Pensilvânia por uma margem estreita de 80 mil votos, e o voto judeu poderia ser decisivo novamente. Espera-se uma participação recorde entre os eleitores judeus em todos os distritos decisivos. Como diz o ditado popular: “a democracia começa com a liberdade de escolha”.

Jorge Alberto Nurkin

São Paulo

Crise climática

Uma pausa

O status de pior ar do mundo recebido pela cidade de São Paulo por dias consecutivos é uma tragédia que se vem anunciando há muito tempo. Resta saber o que fazer. Não vejo nenhuma providência sendo tomada, além da recomendação paliativa do uso de máscaras. A construção civil segue a todo vapor; caminhões e demais veículos continuam a poluir desmedidamente a cidade. Não seria conveniente que a Prefeitura e o governo do Estado tomassem providências concisas no sentido de interromper temporariamente alguns serviços, para que a situação fosse de alguma forma abrandada?

Ana Silvia F. P. P. Machado

São Paulo

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A colheita

Tudo o que se planta se colhe – a lei da semeadura nunca falha –, e a colheita chegou. Pagaremos a conta do desmatamento de nossas florestas, da Mata Atlântica, do Cerrado, da Amazônia, além da destruição das matas ciliares, do mercúrio nos rios, do esgoto in natura, de fungicidas e toda sorte de desrespeito com o quintal de nossa casa. A crise do clima mudou o planeta. Agora, os avós lamentarão o neto tossindo por causa da secura do ar, que eles mesmos ajudaram a arruinar. Mas, mesmo com todo este cenário, pouco se faz, e os velhos senhores da guerra continuam jogando bombas e poluindo ainda mais o planeta. Talvez se arrependam no último suspiro e vejam tardiamente que foram agentes da destruição do habitat de seus descendentes. A parte triste para as futuras gerações é que não temos um planeta B.

Manoel José Rodrigues

Alvorada do Sul (PR)

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A bordo do Titanic

Parece que ninguém tem dado a devida importância ao que está acontecendo. O aquecimento global é seriíssimo. Fala-se que em 2050 boa parte de nossos biomas terá desaparecido. Mas talvez nem cheguemos a 2030. Parte da humanidade será dizimada. Ainda assim, não vemos um único líder mundial se movimentando com afinco. Até parece que estamos em abril de 1912, a bordo do Titanic, e todos dançando. Lembremos o ditado: “Deus perdoa sempre; os homens, às vezes; a natureza, nunca”.

José Pacheco e Silva

São Paulo

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Medidas do governo

O governo Lula anunciou nesta semana a convocação de mais 150 bombeiros para combater os incêndios na região da Amazônia Legal. Se forem bem distribuídos, deverão ficar a mais de 100 km um do outro. Vão ajudar muito... Por outro lado, o governo anunciou a criação de uma Autoridade Climática e está constituindo comitês para cuidar do assunto em Brasília. Aposto que a nova companheirada (bem) empregada vai passar longe dos 150.

César F. M. Garcia

São Paulo

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No improviso

Gostaria que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, considerada uma grande defensora deste mesmo ambiente que está ardendo em fogo Brasil afora, apresentasse um planejamento do que fazer nos diferentes biomas do País: contra o fogo, contra inundações, contra desmatamentos, contra a poluição, contra perfurações de petróleo em áreas não recomendadas, etc. Parece-me que neste governo é tudo no improviso.

Tania Tavares

São Paulo

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História e cultura

Devoluções

O Brasil reclamou e conseguiu a devolução do manto Tupinambá pela Dinamarca (Estadão, 11/9). Enquanto isso, continuamos com o Canhão Cristiano, tomado como troféu pelas tropas brasileiras durante a Guerra do Paraguai. Até hoje, o Paraguai reclama essa devolução. Dois pesos e duas medidas.

Anderson Fazoli

São Paulo

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Câmara dos Deputados

Janones indiciado

O deputado André Janones (Avante-MG), a despeito de todas as provas que o acusavam de praticar “rachadinha” em seu gabinete, foi inocentado em junho deste ano no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que arquivou o processo disciplinar cujo relator era seu colega Guilherme Boulos (PSOL-SP). Agora, a Polícia Federal (PF) indicia Janones por rachadinha, apontando suspeitas de crimes de corrupção, associação criminosa e peculato (Estadão, 13/9, A12). O fato de o processo ter andado na PF mostra que as denúncias foram bem claras, verdadeiras. Mas fica uma pergunta: por que o colega Guilherme Boulos não viu nada de errado ali? Por incompetência ou por conivência? A conferir.

Beatriz Campos

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

DE COSTAS PARA O BRASIL

O Congresso está de costas para o Brasil (Estadão, 12/9, A3). Não poderia ser melhor esse título. Acrescento que assim como o ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula, também com sua demagogia e populismo e ideias retrogradas, está de costas para o País. Porém, diferente de parlamentos de países desenvolvidos, o nosso Congresso está mais preocupado em legislar em causa própria. E como lembra bem o editorial, com o País em chamas e até criminosos destruindo nossas florestas, biomas e também a nossa produção agrícola, pasto para o nosso gado, além da nossa fauna, o Congresso se lixou para essa tragédia em curso, preferindo se engalfinhar pelo nome de quem será apoiado para ser o próximo presidente da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. E ao gozo e orgia da utilização de emendas secretas, Pix, etc., num montante afrontador de R$ 50 bilhões (que representa boa parte do total de recursos que o Planalto deveria ter para investimentos...) e mais outros bilhões de fundos partidários e eleitorais, esses 81 senadores e 513 deputados não dispõem de tempo para legislar a favor do País para o qual foram eleitos. E ainda sem respeito algum pela Nação, a maioria destes parlamentares desejam anistiar Jair Bolsonaro e os que tentaram um golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. Ora, o que esperar deste Congresso, com apoio do Supremo Tribunal Federal (STF), do salvo-conduto, entre outros, e de dezenas de políticos corruptos que vão nadar ainda mais nas águas da impunidade com enterro da Lava Jato?

Paulo Panossian

São Carlos

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AUSÊNCIA DE LIDERANÇA

O Congresso está de costas para o Brasil (Estadão, 12/9, A3). A falta de preocupação dos nossos parlamentares com a população, enquanto o País inteiro está praticamente ardendo em chamas, causados pela mudança climática e pelos bandidos que se apoderaram dos nossos biomas, patrocinados pelo governo Bolsonaro na base de “vamos passar a boiada, enquanto a população se vira com a pandemia do covid-19″. A eleição do presidente Lula nos livrou, com certeza, de uma ditadura tacanha, mas no sentido de nos preparamos para os dias difíceis que certamente virão. A lógica nos indicava que o atual chefe do Executivo, em vista das circunstâncias da sua eleição, trataria de início em recuperar sua autoridade, inclusive com o auxílio das Forças Armadas. Infelizmente, não foi o que ocorreu. Pôs-se a viajar mundo afora, em lugar de corrigir os absurdos deixados pelo seu antecessor. Com um agravante de governar o País mais importante no sentido de recuperarmos o equilíbrio perdido pela mãe Terra, devido aos gases do efeito estufa. Agora, estamos com o Brasil em chamas e a Amazônia com uma seca inédita em seus rios, que nem permitem mais a navegação. E o presidente ainda vem com a proposta de asfaltar a BR-319, Rodovia Manaus - Porto Velho, com 885 km, em uma região onde a floresta está mais intacta. Abater tal extensão de árvores primitivas da Amazônia é um absurdo que Lula com certeza não avaliou ainda, antes de falar sobre a sua intenção, apesar dos incêndios e inundações que vêm ocorrendo.

Gilberto Pacini

São Paulo

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PROJETOS ‘EM ANDAMENTO’

O Congresso está de costas para o Brasil (Estadão, 12/9, A3). Os projetos dos deputados e senadores: orçamento secreto, anistia para os aloprados de oito de janeiro, eleição para substituir os atuais chefe das duas casas, campanhas eleitorais para suas respectivas cidades sem transparência em seus gastos. No Brasil, a melhor coisa do mundo é ser dono de partido político, gasta o nosso dinheiro, não prestar conta e fazer uma PEC para anistia se alguma coisa estiver errado. Quando vamos ter referendo como os americanos?

Humberto Cícero de Cerqueira

São Paulo

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NO RADAR DO CONGRESSO

Há tempos que o Congresso está de costas para o Brasil. Políticos eleitos para melhorar o País, nada vem fazendo. Cada um à sua maneira promete que vai melhorar a vida do brasileiro. Uma grande mentira que vem sendo contada há décadas. E por incrível que possa parecer, esses parasitas se elegem para cuidar das suas vidas. O resto que se dane. E, justamente esse resto é o eleitor que lhe dá de presente vida boa com todas as mordomias. Compromissos, eles se esquecem. Às favas à crise ambiental, o fogo consome o País, mas isso não incomoda as excelências que desfrutam do ar condicionado fechados em seus gabinetes. Os projetos da reforma tributária e outras reformas que ajudariam a destravar o crescimento do País, promovendo o bem-estar dos brasileiros, nada disso está no radar do Congresso. No radar só dinheiro e a próxima eleição. O eleitor precisa acordar e deixar de ser passivo.

Izabel Avallone

São Paulo

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PRESOS NA ARMADILHA

Quem não está de costas? Lula só pensa em usar o Orçamento para se reeleger. O Judiciário mais caro do mundo não tem moral para impor respeito. Os congressistas tomaram gosto, desde que o mensalão abriu as portas, para a farta distribuição de dinheiro. Ficamos assim presos nesta armadilha pois os novos que entram acabam sendo vítimas do sistema político. Só mesmo uma mudança mais radical como, talvez, o voto distrital possa equilibrar um pouco mais essa disputa.

Nelson Falseti

São Paulo

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FAKE NEWS

A Polícia Federal detectou quadrilhas que recebiam mensalmente para divulgarem fake news nos lugares públicos em busca de votos. Ora, isso acontece não somente no Rio de Janeiro, mas em São Paulo e provavelmente em todos os municípios há décadas, quando em pontos de ônibus, dentro ou fora dos metrôs, pessoas ficam elogiando ou demonizando esse ou aquele candidato. No entanto, a preocupação entre congressistas, Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o próprio STF são as redes sociais que não atingem nem 10% do eleitorado nacional. Provavelmente porque nelas as críticas sejam sagazes, verdadeiras e doem mais nos grandes egos. 90% da população que interage mesmo politicamente são nesses redutos populares descobertos apenas agora pela PF. Existe forma de fazer política mais antidemocrática do que essa? A conferir.

Beatriz Campos

São Paulo

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BETS

No que pese a controvérsia de sermos um país da jogatina sem comparar com o que acontece alhures, as atuais bets nada têm a ver com as já tradicionais loterias, mega-sena esportiva, bilhetes, etc. que já possuem uma regulação clara, e as probabilidades de ganho são explícitas, ainda que muito pequenas, muito diferente das bets que são apenas entretenimento, disfarçadas de ganho fácil. No mais, está trazendo a ilusão de enriquecimento, como fazem alguns influenciadores do meio. Até apostas com resultados eleitorais estão acontecendo, segundo a matéria Bets criam apostas sobre resultados das eleições; Fazendo vê ilegalidade (Estadão, 13/9, A8) reforçando a epígrafe “trabalhar é para otários”. Concordo que quem trabalha não tem tempo de ganhar dinheiro. Ganham dinheiro os que exploram o trabalho alheio, isso sim. E os operadores dos tigrinhos e congêneres sabem muito bem como fazê-lo.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

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JANJA DA SILVA

A excelentíssima senhora primeira-dama do Brasil, Janja, deveria estudar melhor a história e informar-se mais profundamente sobre geopolítica internacional antes de ignorar que Israel é quem foi atacado primeiro e que o Hamas é a origem do terrorismo na região. Criticar Israel é um direito absoluto à todos. Mas vale lembrar que antissionismo é antissemitismo, indissociavelmente.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz

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‘SUJEITO FORTE’

Dilma Rousseff foi para o Brics, e Juscelino Filho, apadrinhado por Arthur Lira e Lula, continua firme e forte apesar de tudo e de todos. Êta, sujeito forte.

Jane Araújo

Brasília

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CAOS NO PAÍS

Ausência da autoridade. Nosso país tem uma quantidade enorme de normas que impõem custos aos cidadãos corretos que cumprem as leis. Porém, percebemos que há uma quantidade cada vez maior de pessoas que não respeitam essas normas porque sabem que as autoridades não se preocupam em controlar e punir os transgressores. A cada dia vemos aumentar o caos em nosso país.

Aldo Bertolucci

São Paulo

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X DA QUESTÃO

Elon Musk e Eike Batista tinham algo em comum: X. O fim do X de ambos não deixou saudades e não causou comoções. Simplesmente sumiu do mapa. Tomara que o X nunca mais volte a fazer parte da nossa republiqueta de bananas. Mas sendo uma republiqueta de bananas, tudo é possível.

Maria Carmen Del Bel Tunes

Americana

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CIVIS NO ESPAÇO

“Um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade.” Assim disse Neil Armstrong ao tocar o solo lunar, em 1969. Hoje, 55 anos depois, Jared Isaacman e Sarah Gillis, foram os primeiros civis a flutuarem no espaço fora da nave Crew Dragon, em outro salto imenso para a humanidade. De novo, Elon Musk está nos noticiários, desta vez de forma amplamente positiva com o feito extraordinário da sua empresa aeroespacial SpaceX. Esse X não está banido, nem mesmo aqui no Brasil.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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DESIGUALDADE SOCIAL

Claro que o Brasil não é um país pobre, mas um país com muita desigualdade entre as pessoas: você chega a pagar R$ 1.500 por uma consulta médica e o salário mínimo ainda não atingiu este valor.

Nivaldo Ribeiro Santos

São Paulo

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CONVIVÊNCIA

Ao longo de minha longa vida, convivi com muita gente e com muitos políticos. Militantes de esquerda e de direita têm em comum uma permanente visão crítica de tudo e de todos. Nuca estão satisfeitos. Parece que sofrem de hemorroidas, que os tornam pessimistas e de eterno mau humor criticista. São eternos chatos. Tudo é motivo de críticas. São extremistas por razões orgânicas e psicológicas. Cansei desta gente. É intrínseco ao pensamento democrático a tolerância em ouvir o outro, que tem uma visão diferente da sua. Uma visão política democrática de mundo precisa ser sábia o suficiente para contemplar as aspirações da maioria das pessoas.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

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ELEIÇÕES AMERICANAS

Kamala Harris tem demonstrado grande preocupação com o voto palestino em Michigan devido à importância estratégica desse grupo demográfico nas eleições do Estado, considerado um swing state. Nesses Estados, pequenos grupos de eleitores podem influenciar significativamente os resultados. No entanto, parece que um detalhe importante pode ter sido negligenciado pela candidata. Uma pesquisa recente revelou uma mudança significativa na preferência dos eleitores judeus em distritos decisivos da Pensilvânia e Nova York, que estão se afastando do Partido Democrata antes das eleições de 2024. Conduzida pela Teach Coalition e pelo Honan Strategy Group, a pesquisa destacou um aumento no engajamento político dos eleitores judeus, refletindo uma resposta às ameaças percebidas e questões de segurança que afetam diretamente suas comunidades. A crescente preocupação com o antissemitismo e o conflito Israel-Hamas são fatores centrais na mudança de apoio desses eleitores. A pesquisa sublinhou a importância dos eleitores judeus como um bloco decisivo, especialmente em Estados onde as margens de vitória são estreitas. Em Nova York, estima-se que a população judaica seja de aproximadamente 1,1 milhão, com uma concentração significativa na cidade, especialmente nos bairros de Brooklyn e Manhattan. Na Pensilvânia, há cerca de 300 mil eleitores judeus. Em 2020, Joe Biden venceu na Pensilvânia por uma margem estreita de 80 mil votos, e o voto judeu poderia ser decisivo novamente. Espera-se uma participação recorde entre os eleitores judeus em todos os distritos decisivos. Como diz o ditado popular: “a democracia começa com a liberdade de escolha”.

Jorge Alberto Nurkin

São Paulo

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