Explosões em Brasília
Ato de terrorismo
O catarinense Francisco Wanderley Luiz morreu na Praça dos Três Poderes, anteontem, após detonar explosivos que trazia dentro da jaqueta. Nas eleições de 2020, Francisco se candidatou a vereador pelo PL. Horas antes das explosões, ele havia publicado em suas redes sociais alertas sobre bombas na casa de lideranças políticas. Além disso, escreveu sugerindo o início de uma revolução neste dia 15 de novembro. Sabe-se muito pouco até o momento, mas parece que se trata de um fanático e extremista da direita brasileira. As autoridades policiais verificarão se Francisco era um lobo solitário ou se havia uma estrutura de comando por trás deste ato de terrorismo. O episódio poderia ter deixado um saldo pior de mortos e feridos. Aumentar a segurança em Brasília é fundamental.
José Carlos Saraiva da Costa
Belo Horizonte
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Alerta
Francisco Wanderley havia feito algumas postagens de ódio contra os Poderes da República, sendo o seu principal alvo o Supremo Tribunal Federal (STF). Estão de parabéns todos os envolvidos no que transformaram nosso país, com discursos de ódio e divisão. Nunca vi alguém semear jiló e colher banana. Ao que tudo indica, o 8 de Janeiro foi um pontapé inicial. De fato, a ignorância é atrevida. Nossa democracia até agora tem suportado, incólume. Contudo, o alerta está ligado.
Armando Bergo Neto
Campinas
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Câmara de São Paulo
Aumento de 37%
Em votação simbólica, vereadores de São Paulo aprovaram um aumento de 37% nos próprios salários, válido a partir de 2025 (Estadão, 12/11). O que dizer disso, diante de uma população que ganha vinte vezes menos e é obrigada a pagar um salário de R$ 26 mil aos edis? Eles justificam tal aumento pelo gigantismo de São Paulo e seus desafios. Muito discutível, pois, à parte o salário dos vereadores, a cidade continua acumulando problemas. Nos recentes debates eleitorais vimos quantos e quais são os problemas enfrentados pela população. De segurança a saúde, transporte, trânsito, poda de árvores, etc. Em todos esses serviços, a atuação do vereador é de suma importância. Mas, com uma população que nem se lembra de em quem votou, como cobrar? E, quando se cobra, muitos se esquivam e só aparecem mesmo na hora da eleição. Assim, eles vão ganhando e nós, pagando.
Izabel Avallone
São Paulo
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Ambiente
A um ano da COP em Belém
A cerca de um ano da realização da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30) em Belém do Pará, merece destaque o editorial Crônica de um vexame anunciado (Estadão, 11/11, A3), sobre as precárias condições da cidade para sediar um evento de tamanha envergadura. Segundo dados do governo estadual, a cidade de Belém dispõe de não mais do que 12 mil leitos, com só quatro hotéis cinco-estrelas e cerca de 800 leitos de luxo, mas a expectativa é de que receba um mínimo de 50 mil pessoas (na COP-28, em Dubai, foram 80 mil pessoas credenciadas) e as comitivas de 120 a 150 autoridades e chefes de Estado. Fala-se até em utilizar navios para garantir a hospedagem dos visitantes, mas o Rio Guajará não tem a necessária profundidade para grandes embarcações nem oferece terminais e estrutura para recebê-los. Além disso, nada menos que 54% da população de Belém vive em favelas, 80% não tem coleta de esgoto e o aeroporto local não tem capacidade de receber o volume de voos esperado para a cúpula do clima. Parece claro que um evento que terá a Amazônia como foco central de discussão seja sediado na região, mas deveriam ter sido levadas em conta as condições de conforto minimamente necessárias disponíveis para a grandiosidade do encontro. Tendo o Brasil a grata oportunidade de sediar um evento de repercussão mundial, não poderia ter sido pior a escolha da cidade de Belém, fato somente explicado pela proximidade e afinidade do presidente Lula da Silva com o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e com o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL). Se dentro de um ano o governo não lograr realizar um milagre para capacitar a cidade para a COP, o Brasil certamente vai fazer um papelão. A ver o que vai acontecer.
J. S. Decol
São Paulo
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Correção
No editorial A Alemanha precisa se mover, rápido (13/11, A3), atribuímos ao emblema do Partido Social-Democrata (SPD) a cor amarela e ao do Partido Democrático Livre (FDP) a cor vermelha. Na verdade, é o inverso.
Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br
ATAQUE EM BRASÍLIA
Não estamos vivendo dias normais em nosso país. Nos últimos tempos, três atentados ocorreram em Brasilia. Infelizmente, temos alguém por trás desses infelizes, interessados em destruir a democracia. Rogamos a Deus que doravante podemos usufruir da paz que por séculos vivenciamos.
Virgílio Melhado Passoni
Jandaia do Sul (PR)
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VIOLÊNCIA
Líderes populistas que incitam a violência geralmente, ao verem resultados funestos e fatais, costumam tirar o corpo fora, se acovardam e falsamente se lamentam. Enganam só os seguidores cegos e apaniguados. Eu lamento que existam pessoas que teimam em não ver a realidade. Paz, paz.
Elisabeth Migliavacca
São Paulo
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ACUSADOS PELO 8/1
Explosões na Praça dos Três Poderes enterram as chances de anistia a acusados pelo 8 de janeiro (Estadão, 13/11). Não é bem assim. Quando estouraram os escândalos de corrupção e roubalheira que envolveram Lula e seus supostos cúmplices, todos foram condenados, afastados, teoricamente, por tempo indeterminado da vida política, e mandados para a prisão. Hoje, a maioria deles recebeu anistia, tornaram-se, num estalar de dedos, fichas limpas, e estão de volta ao jogo. Afirmar com segurança que fulano ou beltrano não podem ser anistiados é uma insensatez, particularmente no Brasil, onde a Justiça não é referência de independência e isenção.
Maurílio Polizello Junior
Ribeirão Preto
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DESVIO DE RECURSOS PÚBLICOS
Como publica o Estadão, em matéria intitulada Senado aprova projeto para tentar destravar emendas (Estadão, 13/11, A9), um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) identificou desvios de recursos públicos na ordem de R$ 15 milhões entre 2020 a 2024 por ONGs não governamentais. Recursos esses destinados pelas tais e excrescentes emendas parlamentares. E também neste relatório aparece que 39% das obras financiados por essas emendas nem iniciadas foram. É assim que os nossos congressistas, para suas orgias, utilizam os recursos dos contribuintes sem transparência alguma. Até quando?
Paulo Panossian
São Carlos
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CORTE DE GASTOS
O corte de gastos é o principal assunto do governo. É inacreditável que ninguém se lembre de propor cortes na conta corrupção. O Brasil está na lista de países mais corruptos do mundo, uma redução na roubalheira generalizada do governo poderia liberar centenas de bilhões de reais para serem usados na saúde, educação, etc. A roubalheira generalizada é feita por meio de esquemas bem conhecidos: rachadinha, superfaturamento de obras, emendas parlamentares que não saem do papel, entre outros. Se cada um no governo aceitasse roubar um pouco menos nesses esquemas, o Brasil poderia acabar com a fome, coletar e tratar todo o esgoto, acabar com a seca no nordeste, erradicar as favelas construindo moradias dignas para todos, etc. Claro que nada disso vai acontecer, assim como ninguém vai mexer na pensão das filhas dos militares.
Mário Barilá Filho
São Paulo
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CANOA FURADA
O presidente Lula está empurrando com a barriga o pacote de medidas de corte de gastos. Ministros do seu governo ameaçam pedir demissão caso seus ministérios sejam atingidos pelos cortes. Mas Fernando Haddad, Simone Tebet e Geraldo Alckmin, com ajuste ou sem ajuste, continuam firmes e fortes nessa canoa furada. Até quando? Sei lá, ainda faltam dois anos para a próxima eleição presidencial. Enquanto isso, Lula continua fazendo o L e a inflação continua em alta, mesmo com o Banco Central aumentando a taxa Selic. E nós, brasileiros, continuamos pagando a conta como bons otários que somos. Viva o Lula, viva o PCC, viva o Supremo Tribunal Federal (STF), viva o Congresso. E que em 2026 Bolsonaro seja reeleito, para junto com Donald Trump, acabar com o planeta Terra. Claro que com a colaboração de Valdmir Putin, presidente da Rússia e Xi Jinping, presidente da China. Exagero? Sei lá. Economia, política e poder juntos formam uma bomba mais mortal que a bomba nuclear.
Maria Carmen Del Bel Tunes
Americana
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BRASIL NO BURACO
Gastar é fácil, difícil é economizar ou reduzir despesas, inclusive com contumazes passeios internacionais. Lula, com a caneta na mão, está levando o Brasil para o buraco. Assumiu o governo com superávit e sem pandemia, mas com excesso de gastos pouco sobra para investir e a dívida só está aumentando. A administração pública ideal é leve, sem gastos supérfluos e com redução da carga tributária, ou seja, o oposto da desgovernança de Lula.
Humberto Schuwartz Soares
Vila Velha (ES)
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RESPONSABILIDADE
Para cumprir o imperioso arcabouço fiscal, o governo Lula precisa cortar gastos na própria carne, isto é, diminuir as verbas de alguns dos seus quase 40 ministérios e/ou negociar para que o paquidérmico Congresso e o bilionário Judiciário façam as suas colaborações. A empreitada é muito difícil, reconhecemos, porque para cortar nenhum dos Poderes vai se apresentar espontaneamente. A liderança desse trabalho de convencimento para adesão ao penoso esforço tem que ser do presidente Lula, obviamente. Mas este, como não quer se indispor com ninguém, se ocupa, tão somente, em criticar e reclamar a toda hora de todo mundo, sem assumir a responsabilidade que lhe cabe. Sobrou até para esse tal de mercado que não tem nada de vilão, como Lula o trata, e está muito mais para vítima de tudo isso.
Abel Pires Rodrigues
Rio de Janeiro
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DELATOR DO PCC
É tudo muito esquisito. Uma pessoa começa uma delação premiada, mas essa delação foi interrompida. A pessoa vai para Maceió, dá uma volta em outra cidade, fazendo turismo? Mas a polícia sabia que essa pessoa estava jurada de morte, pois já tinha acontecido um tiro quando estava no seu apartamento. Como é possível que a autoridade tenha concordado em interromper a delação de uma pessoa que, era previsível, iria ser assassinada sem terminar a sua delação? A impressão que fica é que alguma coisa não está bem contada.
Aldo Bertolucci
São Paulo
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DIFÍCIL REALIDADE
Nossa vida não está fácil. PCC, Comando Vermelho, 35 outras facções, STF, governos e seus gastos, impostos e taxas, Enel, juros bancários, preços em supermercados, trânsito e pessoas raivosas nas ruas esburacadas. Não estou fazendo delação premiada, só estou pensando alto e com medo de viver no Brasil.
Carlos Gaspar
São Paulo
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‘JANJAPALOOZA’
Será que esses patrocínios de empresas estatais para o ‘Janjapalooza’ estão seguindo a lei Janja de incentivo à cultura? A primeira-dama pede e as estatais atendem.
Vital Romaneli Penha
Jacareí
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ESCALA 6x1
Sem nenhum impacto sobre o quanto custará essa mudança da PEC 6x1, deputados vão votar como? De que forma estão indo para uma possível aprovação da PEC se nem o governo e nem a deputada Erika Hilton sabem ao certo o custo disso? Não deveriam estar sentados com os empresários? Não são eles que oferecem os empregos? Quando começa uma guerra entre patrões e empregados já se vê os olhos da esquerda brilhar. Em nome de um populismo, arrisca-se a colocar o Brasil na rota dos sindicatos que a cada dia perde mais colaboradores. Pelo visto na Câmara há pessoas torcendo para o quanto pior, melhor.
Izabel Avallone
São Paulo
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7x1
Pior que o projeto 6x1, só a vergonha do 7x1 na Copa do Mundo.
Roberto Solano
Rio de Janeiro
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CESSAR-FOGO NO LÍBANO
O presidente do Parlamento Libanês, Nabih Berri, está à espera de propostas concretas para um cessar-fogo no conflito no Líbano. França e Estados Unidos estão ativamente envolvidos nas negociações, com discussões recentes entre o ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, e o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken. Os EUA intensificaram seus esforços diplomáticos na tentativa de alcançar um acordo antes da saída do presidente Joe Biden do cargo em janeiro de 2025. Qualquer acordo deve ter como base a Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que estabeleceu o cessar-fogo após a Guerra do Líbano em 2006. Essa resolução exige a retirada do Hezbollah da região entre Israel e o Rio Litani, bem como seu desarmamento. O novo ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, reafirmou que Israel rejeitará qualquer cessar-fogo que não inclua a retirada do Hezbollah para além do Rio Litani. Além disso, Katz enfatizou que o acordo deve prever o desarmamento do grupo e garantir condições seguras para o retorno dos residentes do norte de Israel às suas casas. E deve permitir a Israel o direito de agir no caso de atividades terroristas ressurjam na região. Respeitados esses pontos, o conflito na frente libanesa estará resolvido e a paz reinará na região.
Jorge Alberto Nurkin
São Paulo
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SANTOS DE VOLTA
Finalmente, após longos e intermináveis 340 dias de angústia, sofrimento, tristeza, ansiedade e vergonha pela dor de se ver rebaixado à série B do Campeonato Brasileiro, o bicampeão mundial alvinegro Santos F.C. está de volta ao seu lugar, a série A. Quem já foi rei nunca perde a majestade. Viva o Peixe.
J. S. Decol
São Paulo