Fórum dos Leitores


Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

Por Fórum dos Leitores

Congresso Nacional

A barragem

Lula abre ‘porteira’ dos cargos para obter aliados no Congresso e barrar CPI (Estado, 14/3). E a barragem transbordou de novo. Não um desastre como o de Brumadinho, de tão funesta memória, mas o causado pelo Planalto, talvez mais destruidor em face do escancaramento da sordidez dos parlamentares no Congresso Nacional que, em troca de cargos e da concretização de projetos particulares, são instados a votar favoravelmente aos projetos do governo e, de quebra, travar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) julgada inconveniente às estratégias do poder central. Sem novidades no front, portanto. Trata-se de mais uma das muitas corrosões morais propiciadas pelo sistema político eleitoral em vigor, que clama por urgente reforma, nunca debatida, pois os que deveriam construí-la são os mesmos que se beneficiam do nauseabundo escambo de interesses. Triste cenário que, se consolidado por falta de reavaliação, resultará na lenta decomposição da sociedade brasileira.

continua após a publicidade

Paulo Roberto Gotaç

prgotac@hotmail.com

Rio de Janeiro

continua após a publicidade

*

Lula arrependido

Lula está arrependido de ter feito o “L” de Lira na Câmara. É aprender a dançar a música que ele toca ou a conviver com a verdadeira democracia.

continua após a publicidade

Jorge Alberto Nurkin

jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

continua após a publicidade

*

Contas públicas

O novo arcabouço fiscal

continua após a publicidade

A expectativa em torno do novo arcabouço fiscal tem aumentado a pressão sobre a equipe econômica, especialmente sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Embora o ministro já tenha anunciado alguns tópicos que, em tese, norteiam a proposta que será apresentada ao presidente Lula e, se aprovada pelo chefe do Executivo, será submetida ao crivo do Congresso Nacional, a apreensão em torno do que foi desenhado tem aumentado consideravelmente nos últimos dias. Afinal, o endividamento público tem crescido de maneira expressiva, tornando a sustentabilidade das contas públicas algo cada vez mais difícil ou mesmo inalcançável, salvo em situações muito atípicas, quando há injeção de recursos no Tesouro. Espero, sinceramente, que e regra a ser apresentada seja exequível, capaz de manter os investimentos públicos e, ao mesmo tempo, controlar o endividamento. O Brasil arrecada trilhões com a carga tributária atual, mas temos um Estado inchado, perdulário e pouco eficiente.

Willian Martins

martins.willian@yahoo.com.br

continua após a publicidade

Guararema

*

Mágica

Desperta curiosidade saber qual a mágica do novo arcabouço fiscal proposto pelo ministro Fernando Haddad. Haverá permissão para gastar mais do que se arrecada? Se for nessa linha, vale lembrar os ensinamentos do maior pecuarista do Brasil, Sebastião Ferreira Maia, o Tião Maia, na década de 1970. Perguntado por um repórter da Rádio Cultura de Araçatuba, na Praça do Boi Gordo, qual o segredo do sucesso e quem era o economista que lhe dava assessoria, foi incisivo na resposta: “Se você gastar menos do que ganha, não vai precisar de assessoria nenhuma, mas, se ao contrário gastar mais do que ganha, não vai existir no mundo economista capaz de lhe salvar da bancarrota. Essa premissa vale, obviamente, para as contas públicas.

Deri Lemos Maia

derimaia@yahoo.com.br

Araçatuba

*

Ensino superior

Depois dos 40

Segundo o Censo de Educação Superior, do Ministério da Educação (MEC), o número de calouros com 40 anos ou mais em universidades triplicou entre 2012 e 2021, uma alta de 171%, bem maior do que a variação de ingressantes, de 43,1%. Diante dos números, causa espécie a descabida e abominável demonstração de etarismo de três jovens universitárias de Biomedicina da Unisagrado, faculdade particular de Bauru, no interior paulista, que postaram comentários depreciativos contra a colega de classe Patrícia Linares, de 44 anos. Quando alguém acima dos 40 anos ingressa numa faculdade, seja ela a primeira em sua vida escolar ou uma nova, deve merecer de seus colegas admiração e respeito pelo esforço e dedicação, jamais reprovação e desrespeito pela diferença etária. Às preconceituosas alunas, nota zero, com reprovação e condenação da sociedade; a Patrícia Linares, nota 10, com os aplausos e incentivos para que siga adiante e se forme com louvor merecido.

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

ESCÂNDALO DAS JOIAS

O escândalo das joias ainda pode manchar a imagem de Jair Bolsonaro, segundo Silvio Cascione (Estado, 14/3, A12). Ainda, oras? Já manchou. É um típico caso de ladrão de galinha, com todo o respeito a estes.

Marcos Barbosa

micabarbosa@gmail.com

Casa Branca

*

O GOVERNO QUE NÃO ACABA NUNCA

Os artigos assinados pelo jornalista J. R. Guzzo costumam ser claros, diretos e contundentes. O de domingo, 12/3, não fica atrás. Ainda que discorde do colunista em algumas posições enunciadas vez por outra em seus textos, não jogo fora a criança com a água do banho. Valorizo sua clarividência acerca de distorções e dissimulações presentes na política nacional. Prendam o morto (12/3, A12) consegue sintetizar, com pitadas de humor e ironia, o “fenômeno do governo que não acaba nunca”.

Patricia Porto da Silva

portodasilva@terra.com.br

Rio de Janeiro

*

PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO

É estarrecedora a ideia de que o União Brasil, entre outros partidos do Centrão, tenha acesso a tantos cargos relevantes. A pergunta é: quem os elegeu? No mínimo devem representar parte da sociedade brasileira, ou será que o sistema político-eleitoral está tão deturpado que eles se elegem representando apenas a si próprios e a um seleto grupo que os elegeu? No presidencialismo de coalizão devemos tomar muito cuidado com quem elegemos para o Congresso. Ou Lula da Silva assim o faz ou não governa.

Maria Ísis Meireles Monteiro de Barros

misismb@hotmail.com

Santa Rita do Passa Quatro

*

POSSE DE ARMAS

A propósito do artigo do procurador da República dr. Roberto Livianu (Armas + impunidade: o ovo da serpente?, 6/3, A4), venho comentar que é bom que o governo esteja agora se preocupando em limitar drasticamente a posse de armas dos grupos dos Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs). Em seguida, venho propor que sejam imediatamente extintos daquele grupo os colecionadores e os caçadores. A troco de que alguém deseja colecionar armas? Eles que colecionem outra coisa qualquer. Quanto aos caçadores, não sei por que ainda existem, se atualmente é proibida por lei a caça de qualquer animal silvestre, seja veado, capivara, onça ou outros da nossa fauna. Assim, eles vão caçar o quê? Finalmente, com relação ao clube de atiradores desportivos, não apoio muito os seus motivos, já que armas não são fabricadas para recreação das pessoas e sim para matar. Não obstante, ao aceitarmos suas atividades, é necessário que sua posse de armamento seja rigorosamente fiscalizada. O grande problema é que alguns bandidos e traficantes se infiltram nos CACs com o objetivo único de, aproveitando o pretexto, adquirir novas armas.

Eduardo Mendes Huet

ed.bacellar@hotmail.com

Birigui

*

SUJEITOS OCULTOS DO 8/1

Ao ler A quem serviu o terrorismo? (A4, 13/3), em que Jose Roberto Nalini indaga sobre os responsáveis pela destruição de 8/1, lembro-me do que sei sobre guerras: salvo raras e honrosas exceções, só os soldados pagam o pato, pois os verdadeiros responsáveis estão muito longe das trincheiras. Há soldados culpados e há os ingênuos manipulados, mas os responsáveis são apenas culpados. Os que financiaram e os que se omitiram no esquema de segurança. E parece que assim vai continuar, pois o nosso sistema político-judiciário é fraco com os fortes. Agora vão erguer um memorial (Coluna do Estadão, 13/3, A2) para nunca nos esquecermos, mas quem não devemos esquecer, se os verdadeiros responsáveis são (e permanecerão) sujeitos ocultos?

Sandra Maria Gonçalves

sandgon46@gmail.com

São Paulo

*

NICARÁGUA

Digna de nota a coragem do PSB, de Geraldo Alckmin, manifestando-se contra as prisões arbitrárias que ocorrem na Nicarágua.

Jorge Alberto Nurkin

jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

*

PAPA FRANCISCO

Eleito após a renúncia de Bento XVI, o papa argentino procurou neste tempo criar uma maior aproximação dos fiéis e humanizar a figura do pontífice, com gestos de simplicidade. Francisco, dez anos: uma revolução a partir do próprio nome. O ineditismo das palavras, dos gestos e, até mesmo, do silêncio são recordados neste marco comemorativo da primeira década de pontificado do papa Francisco.

José Ribamar Pinheiro Filho

pinheirinhoma@hotmail.com

Brasília

*

ALVO DE GROSSERIA

Li o que aconteceu com a estudante Patrícia Linares, de Bauru, que foi alvo de grosseria de três colegas de faculdade por ter 44 anos de idade. Eu, com os meus 72 anos, digo para Patrícia passar por cima de tamanha burrice dessas jovens. Sabe, Patrícia, você chegou aos 44 anos de idade e elas não sabem se chegarão aos 44 e nem mesmo em que condições poderão chegar. Outro lembrete: os pais delas com certeza devem ter mais idade do que você e duvido de que fiquem felizes com alguma gozação devido à idade.

Sérgio Barbosa

sergiobarbosa19@gmail.com

Batatais

*

QUEM PAGA A FACULDADE

Tomei conhecimento que uma aluna de um curso universitário protestou nas redes sociais contra admissão de uma aluna de mais de 40 anos, quedei-me basbaque. Tenho a honra de ter me formado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) com 50 anos de idade. É verdade que já era formado em dois outros curso universitários. Eu e minha mulher pagamos nossos cursos com dinheiro obtido trabalhando, sem ajuda de nossos pais, bolsas nem algo parecido. Eu e meus dois filhos uspianos, além de termos contribuído com nossos impostos minimizando gastos governamentais, ainda procuramos compensar a gratuidade de nossos cursos prestando serviços sociais. Prefiro nem saber quem paga ou o que faz e como vive a alunazinha contrária a ter colega de 40 anos.

Carlos Gonçalves de Faria

marshalfaria@gmail.com

São Paulo

*

NUNCA É TARDE PARA APRENDER

Nunca é tarde para aprender, ou melhor, aprender é uma constante da vida. Muitas pessoas não tiveram a oportunidade de estudar no momento ideal de suas vidas, por isso recorrem às escolas quando têm oportunidade, isso às vezes com idades avançadas. Parabéns a esses estudantes por estarem recuperando o tempo perdido. É lamentável que alunos tenham preconceitos com os colegas retardatários. Vamos evitar desrespeito e vamos todos estudar juntos. Pessoas mais cultas ajudam o Brasil a melhorar.

Marco Antonio Martignoni

mmartignoni1941@gmail.com

São Paulo

*

SOB VARA

É fato que a sociedade machista e elitista valoriza menos social e profissionalmente as mulheres e os negros em relação ao homem branco. Também é reconhecido que até meados do século passado as mulheres eram criadas como sinhazinhas do lar, mães de proles do amado marido e que os negros haviam sido abandonados à própria sorte após serem “libertados” pela princesa em 1888. Quanto aos negros, as políticas afirmativas como a adoção de cotas têm servido para provisoriamente acelerar o processo de inclusão e, no caso das mulheres, as estatísticas demonstram que já são maioria nos cursos superiores e, do jeito que a coisa vai, logo serão os homens que pedirão proteção. No entanto, uma coisa que agasta é a concepção positivista de tentar moldar hábitos sociais por força de lei e não pelo convencimento lógico, como se fossemos leõezinhos amestráveis sob vara.

Alberto Mac Dowell Figueiredo

amdfigueiredo@terra.com.br

São Carlos

*

MULHERES NO ALTO ESCALÃO

A coluna Alto Escalão de 12/3 (Estado, B6) informa a contratação ou promoção de 18 mulheres para cargos de alta direção de empresas dos mais variados setores. Não há menção a nenhum homem. Sempre passo os olhos pela coluna e não me lembro de ter visto essa dominância absoluta em semanas anteriores. O empoderamento feminino cresce a olhos vistos, e a pressão sobre os rapazes aumenta dia a dia. Vamos lá, moças, a vez de vocês chegou.

Flávio Madureira Padula

flvpadula@gmail.com

São Paulo

*

PROBLEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO

O Estadão sempre foi um jornal preocupado com o problema educacional brasileiro, simbolizado no apoio dado ao Manifesto dos Pioneiros da Educação, em 1932, e na nomeação de Armando de Sales Oliveira, o primeiro Reitor da USP. O editorial Educação ruim faz mal ao PIB (13/3, A3) me fez lembrar de um discurso pronunciado em 16 de abril de 2009, na Câmara dos Deputados, em que eu lembrei Anísio Teixeira, em seu discurso de posse no antigo Inep, em 1952, hoje Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, falando da importância de um movimento de reverificação e reavaliação de nossos esforços em educação.

Paes Landim

juridico.paeslandim@gmail.com

Brasília

*

CRIADOURO DE MOSQUITOS

Foi construído um prédio na altura do n.º 1.100 da Rua República do Iraque, onde foi feita uma laje totalmente impermeabilizada e com muretas, e o escoamento de água de chuva é ínfimo, formando uma verdadeira piscina para criadouro de mosquitos. Não se vê ninguém tentando eliminar o problema, e o imóvel está vazio, esperando alguém alugar. Solicito urgência para o caso, pois a procriação dos insetos é iminente.

Alberto Jose Caram

albertojosecaram@gmail.com

São Paulo

*

‘PROGRAMA ENCHENTE QUASE ZERO’

Além da morte da senhora moradora de Moema, envergonha mais ainda a falta de ação dos vários governos estaduais e municipais ao longo de décadas. Todo ano milhares de paulistanos da periferia perdem tudo e, alguns, a vida. O atual governador, que apresenta um currículo de tocador de obras, sabe perfeitamente que é possível domar e reduzir a quase zero as enchentes. São Paulo tem capacidade financeira para montar um “programa enchente quase zero” e acabar com esse drama. Falta vontade política. O governador que fizer isso sairá aclamado e com cacife para chegar ao Planalto.

João Israel Neiva

jneiva@uol.com.br

Cabo Frio (RJ)

Congresso Nacional

A barragem

Lula abre ‘porteira’ dos cargos para obter aliados no Congresso e barrar CPI (Estado, 14/3). E a barragem transbordou de novo. Não um desastre como o de Brumadinho, de tão funesta memória, mas o causado pelo Planalto, talvez mais destruidor em face do escancaramento da sordidez dos parlamentares no Congresso Nacional que, em troca de cargos e da concretização de projetos particulares, são instados a votar favoravelmente aos projetos do governo e, de quebra, travar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) julgada inconveniente às estratégias do poder central. Sem novidades no front, portanto. Trata-se de mais uma das muitas corrosões morais propiciadas pelo sistema político eleitoral em vigor, que clama por urgente reforma, nunca debatida, pois os que deveriam construí-la são os mesmos que se beneficiam do nauseabundo escambo de interesses. Triste cenário que, se consolidado por falta de reavaliação, resultará na lenta decomposição da sociedade brasileira.

Paulo Roberto Gotaç

prgotac@hotmail.com

Rio de Janeiro

*

Lula arrependido

Lula está arrependido de ter feito o “L” de Lira na Câmara. É aprender a dançar a música que ele toca ou a conviver com a verdadeira democracia.

Jorge Alberto Nurkin

jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

*

Contas públicas

O novo arcabouço fiscal

A expectativa em torno do novo arcabouço fiscal tem aumentado a pressão sobre a equipe econômica, especialmente sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Embora o ministro já tenha anunciado alguns tópicos que, em tese, norteiam a proposta que será apresentada ao presidente Lula e, se aprovada pelo chefe do Executivo, será submetida ao crivo do Congresso Nacional, a apreensão em torno do que foi desenhado tem aumentado consideravelmente nos últimos dias. Afinal, o endividamento público tem crescido de maneira expressiva, tornando a sustentabilidade das contas públicas algo cada vez mais difícil ou mesmo inalcançável, salvo em situações muito atípicas, quando há injeção de recursos no Tesouro. Espero, sinceramente, que e regra a ser apresentada seja exequível, capaz de manter os investimentos públicos e, ao mesmo tempo, controlar o endividamento. O Brasil arrecada trilhões com a carga tributária atual, mas temos um Estado inchado, perdulário e pouco eficiente.

Willian Martins

martins.willian@yahoo.com.br

Guararema

*

Mágica

Desperta curiosidade saber qual a mágica do novo arcabouço fiscal proposto pelo ministro Fernando Haddad. Haverá permissão para gastar mais do que se arrecada? Se for nessa linha, vale lembrar os ensinamentos do maior pecuarista do Brasil, Sebastião Ferreira Maia, o Tião Maia, na década de 1970. Perguntado por um repórter da Rádio Cultura de Araçatuba, na Praça do Boi Gordo, qual o segredo do sucesso e quem era o economista que lhe dava assessoria, foi incisivo na resposta: “Se você gastar menos do que ganha, não vai precisar de assessoria nenhuma, mas, se ao contrário gastar mais do que ganha, não vai existir no mundo economista capaz de lhe salvar da bancarrota. Essa premissa vale, obviamente, para as contas públicas.

Deri Lemos Maia

derimaia@yahoo.com.br

Araçatuba

*

Ensino superior

Depois dos 40

Segundo o Censo de Educação Superior, do Ministério da Educação (MEC), o número de calouros com 40 anos ou mais em universidades triplicou entre 2012 e 2021, uma alta de 171%, bem maior do que a variação de ingressantes, de 43,1%. Diante dos números, causa espécie a descabida e abominável demonstração de etarismo de três jovens universitárias de Biomedicina da Unisagrado, faculdade particular de Bauru, no interior paulista, que postaram comentários depreciativos contra a colega de classe Patrícia Linares, de 44 anos. Quando alguém acima dos 40 anos ingressa numa faculdade, seja ela a primeira em sua vida escolar ou uma nova, deve merecer de seus colegas admiração e respeito pelo esforço e dedicação, jamais reprovação e desrespeito pela diferença etária. Às preconceituosas alunas, nota zero, com reprovação e condenação da sociedade; a Patrícia Linares, nota 10, com os aplausos e incentivos para que siga adiante e se forme com louvor merecido.

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

ESCÂNDALO DAS JOIAS

O escândalo das joias ainda pode manchar a imagem de Jair Bolsonaro, segundo Silvio Cascione (Estado, 14/3, A12). Ainda, oras? Já manchou. É um típico caso de ladrão de galinha, com todo o respeito a estes.

Marcos Barbosa

micabarbosa@gmail.com

Casa Branca

*

O GOVERNO QUE NÃO ACABA NUNCA

Os artigos assinados pelo jornalista J. R. Guzzo costumam ser claros, diretos e contundentes. O de domingo, 12/3, não fica atrás. Ainda que discorde do colunista em algumas posições enunciadas vez por outra em seus textos, não jogo fora a criança com a água do banho. Valorizo sua clarividência acerca de distorções e dissimulações presentes na política nacional. Prendam o morto (12/3, A12) consegue sintetizar, com pitadas de humor e ironia, o “fenômeno do governo que não acaba nunca”.

Patricia Porto da Silva

portodasilva@terra.com.br

Rio de Janeiro

*

PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO

É estarrecedora a ideia de que o União Brasil, entre outros partidos do Centrão, tenha acesso a tantos cargos relevantes. A pergunta é: quem os elegeu? No mínimo devem representar parte da sociedade brasileira, ou será que o sistema político-eleitoral está tão deturpado que eles se elegem representando apenas a si próprios e a um seleto grupo que os elegeu? No presidencialismo de coalizão devemos tomar muito cuidado com quem elegemos para o Congresso. Ou Lula da Silva assim o faz ou não governa.

Maria Ísis Meireles Monteiro de Barros

misismb@hotmail.com

Santa Rita do Passa Quatro

*

POSSE DE ARMAS

A propósito do artigo do procurador da República dr. Roberto Livianu (Armas + impunidade: o ovo da serpente?, 6/3, A4), venho comentar que é bom que o governo esteja agora se preocupando em limitar drasticamente a posse de armas dos grupos dos Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs). Em seguida, venho propor que sejam imediatamente extintos daquele grupo os colecionadores e os caçadores. A troco de que alguém deseja colecionar armas? Eles que colecionem outra coisa qualquer. Quanto aos caçadores, não sei por que ainda existem, se atualmente é proibida por lei a caça de qualquer animal silvestre, seja veado, capivara, onça ou outros da nossa fauna. Assim, eles vão caçar o quê? Finalmente, com relação ao clube de atiradores desportivos, não apoio muito os seus motivos, já que armas não são fabricadas para recreação das pessoas e sim para matar. Não obstante, ao aceitarmos suas atividades, é necessário que sua posse de armamento seja rigorosamente fiscalizada. O grande problema é que alguns bandidos e traficantes se infiltram nos CACs com o objetivo único de, aproveitando o pretexto, adquirir novas armas.

Eduardo Mendes Huet

ed.bacellar@hotmail.com

Birigui

*

SUJEITOS OCULTOS DO 8/1

Ao ler A quem serviu o terrorismo? (A4, 13/3), em que Jose Roberto Nalini indaga sobre os responsáveis pela destruição de 8/1, lembro-me do que sei sobre guerras: salvo raras e honrosas exceções, só os soldados pagam o pato, pois os verdadeiros responsáveis estão muito longe das trincheiras. Há soldados culpados e há os ingênuos manipulados, mas os responsáveis são apenas culpados. Os que financiaram e os que se omitiram no esquema de segurança. E parece que assim vai continuar, pois o nosso sistema político-judiciário é fraco com os fortes. Agora vão erguer um memorial (Coluna do Estadão, 13/3, A2) para nunca nos esquecermos, mas quem não devemos esquecer, se os verdadeiros responsáveis são (e permanecerão) sujeitos ocultos?

Sandra Maria Gonçalves

sandgon46@gmail.com

São Paulo

*

NICARÁGUA

Digna de nota a coragem do PSB, de Geraldo Alckmin, manifestando-se contra as prisões arbitrárias que ocorrem na Nicarágua.

Jorge Alberto Nurkin

jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

*

PAPA FRANCISCO

Eleito após a renúncia de Bento XVI, o papa argentino procurou neste tempo criar uma maior aproximação dos fiéis e humanizar a figura do pontífice, com gestos de simplicidade. Francisco, dez anos: uma revolução a partir do próprio nome. O ineditismo das palavras, dos gestos e, até mesmo, do silêncio são recordados neste marco comemorativo da primeira década de pontificado do papa Francisco.

José Ribamar Pinheiro Filho

pinheirinhoma@hotmail.com

Brasília

*

ALVO DE GROSSERIA

Li o que aconteceu com a estudante Patrícia Linares, de Bauru, que foi alvo de grosseria de três colegas de faculdade por ter 44 anos de idade. Eu, com os meus 72 anos, digo para Patrícia passar por cima de tamanha burrice dessas jovens. Sabe, Patrícia, você chegou aos 44 anos de idade e elas não sabem se chegarão aos 44 e nem mesmo em que condições poderão chegar. Outro lembrete: os pais delas com certeza devem ter mais idade do que você e duvido de que fiquem felizes com alguma gozação devido à idade.

Sérgio Barbosa

sergiobarbosa19@gmail.com

Batatais

*

QUEM PAGA A FACULDADE

Tomei conhecimento que uma aluna de um curso universitário protestou nas redes sociais contra admissão de uma aluna de mais de 40 anos, quedei-me basbaque. Tenho a honra de ter me formado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) com 50 anos de idade. É verdade que já era formado em dois outros curso universitários. Eu e minha mulher pagamos nossos cursos com dinheiro obtido trabalhando, sem ajuda de nossos pais, bolsas nem algo parecido. Eu e meus dois filhos uspianos, além de termos contribuído com nossos impostos minimizando gastos governamentais, ainda procuramos compensar a gratuidade de nossos cursos prestando serviços sociais. Prefiro nem saber quem paga ou o que faz e como vive a alunazinha contrária a ter colega de 40 anos.

Carlos Gonçalves de Faria

marshalfaria@gmail.com

São Paulo

*

NUNCA É TARDE PARA APRENDER

Nunca é tarde para aprender, ou melhor, aprender é uma constante da vida. Muitas pessoas não tiveram a oportunidade de estudar no momento ideal de suas vidas, por isso recorrem às escolas quando têm oportunidade, isso às vezes com idades avançadas. Parabéns a esses estudantes por estarem recuperando o tempo perdido. É lamentável que alunos tenham preconceitos com os colegas retardatários. Vamos evitar desrespeito e vamos todos estudar juntos. Pessoas mais cultas ajudam o Brasil a melhorar.

Marco Antonio Martignoni

mmartignoni1941@gmail.com

São Paulo

*

SOB VARA

É fato que a sociedade machista e elitista valoriza menos social e profissionalmente as mulheres e os negros em relação ao homem branco. Também é reconhecido que até meados do século passado as mulheres eram criadas como sinhazinhas do lar, mães de proles do amado marido e que os negros haviam sido abandonados à própria sorte após serem “libertados” pela princesa em 1888. Quanto aos negros, as políticas afirmativas como a adoção de cotas têm servido para provisoriamente acelerar o processo de inclusão e, no caso das mulheres, as estatísticas demonstram que já são maioria nos cursos superiores e, do jeito que a coisa vai, logo serão os homens que pedirão proteção. No entanto, uma coisa que agasta é a concepção positivista de tentar moldar hábitos sociais por força de lei e não pelo convencimento lógico, como se fossemos leõezinhos amestráveis sob vara.

Alberto Mac Dowell Figueiredo

amdfigueiredo@terra.com.br

São Carlos

*

MULHERES NO ALTO ESCALÃO

A coluna Alto Escalão de 12/3 (Estado, B6) informa a contratação ou promoção de 18 mulheres para cargos de alta direção de empresas dos mais variados setores. Não há menção a nenhum homem. Sempre passo os olhos pela coluna e não me lembro de ter visto essa dominância absoluta em semanas anteriores. O empoderamento feminino cresce a olhos vistos, e a pressão sobre os rapazes aumenta dia a dia. Vamos lá, moças, a vez de vocês chegou.

Flávio Madureira Padula

flvpadula@gmail.com

São Paulo

*

PROBLEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO

O Estadão sempre foi um jornal preocupado com o problema educacional brasileiro, simbolizado no apoio dado ao Manifesto dos Pioneiros da Educação, em 1932, e na nomeação de Armando de Sales Oliveira, o primeiro Reitor da USP. O editorial Educação ruim faz mal ao PIB (13/3, A3) me fez lembrar de um discurso pronunciado em 16 de abril de 2009, na Câmara dos Deputados, em que eu lembrei Anísio Teixeira, em seu discurso de posse no antigo Inep, em 1952, hoje Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, falando da importância de um movimento de reverificação e reavaliação de nossos esforços em educação.

Paes Landim

juridico.paeslandim@gmail.com

Brasília

*

CRIADOURO DE MOSQUITOS

Foi construído um prédio na altura do n.º 1.100 da Rua República do Iraque, onde foi feita uma laje totalmente impermeabilizada e com muretas, e o escoamento de água de chuva é ínfimo, formando uma verdadeira piscina para criadouro de mosquitos. Não se vê ninguém tentando eliminar o problema, e o imóvel está vazio, esperando alguém alugar. Solicito urgência para o caso, pois a procriação dos insetos é iminente.

Alberto Jose Caram

albertojosecaram@gmail.com

São Paulo

*

‘PROGRAMA ENCHENTE QUASE ZERO’

Além da morte da senhora moradora de Moema, envergonha mais ainda a falta de ação dos vários governos estaduais e municipais ao longo de décadas. Todo ano milhares de paulistanos da periferia perdem tudo e, alguns, a vida. O atual governador, que apresenta um currículo de tocador de obras, sabe perfeitamente que é possível domar e reduzir a quase zero as enchentes. São Paulo tem capacidade financeira para montar um “programa enchente quase zero” e acabar com esse drama. Falta vontade política. O governador que fizer isso sairá aclamado e com cacife para chegar ao Planalto.

João Israel Neiva

jneiva@uol.com.br

Cabo Frio (RJ)

Congresso Nacional

A barragem

Lula abre ‘porteira’ dos cargos para obter aliados no Congresso e barrar CPI (Estado, 14/3). E a barragem transbordou de novo. Não um desastre como o de Brumadinho, de tão funesta memória, mas o causado pelo Planalto, talvez mais destruidor em face do escancaramento da sordidez dos parlamentares no Congresso Nacional que, em troca de cargos e da concretização de projetos particulares, são instados a votar favoravelmente aos projetos do governo e, de quebra, travar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) julgada inconveniente às estratégias do poder central. Sem novidades no front, portanto. Trata-se de mais uma das muitas corrosões morais propiciadas pelo sistema político eleitoral em vigor, que clama por urgente reforma, nunca debatida, pois os que deveriam construí-la são os mesmos que se beneficiam do nauseabundo escambo de interesses. Triste cenário que, se consolidado por falta de reavaliação, resultará na lenta decomposição da sociedade brasileira.

Paulo Roberto Gotaç

prgotac@hotmail.com

Rio de Janeiro

*

Lula arrependido

Lula está arrependido de ter feito o “L” de Lira na Câmara. É aprender a dançar a música que ele toca ou a conviver com a verdadeira democracia.

Jorge Alberto Nurkin

jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

*

Contas públicas

O novo arcabouço fiscal

A expectativa em torno do novo arcabouço fiscal tem aumentado a pressão sobre a equipe econômica, especialmente sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Embora o ministro já tenha anunciado alguns tópicos que, em tese, norteiam a proposta que será apresentada ao presidente Lula e, se aprovada pelo chefe do Executivo, será submetida ao crivo do Congresso Nacional, a apreensão em torno do que foi desenhado tem aumentado consideravelmente nos últimos dias. Afinal, o endividamento público tem crescido de maneira expressiva, tornando a sustentabilidade das contas públicas algo cada vez mais difícil ou mesmo inalcançável, salvo em situações muito atípicas, quando há injeção de recursos no Tesouro. Espero, sinceramente, que e regra a ser apresentada seja exequível, capaz de manter os investimentos públicos e, ao mesmo tempo, controlar o endividamento. O Brasil arrecada trilhões com a carga tributária atual, mas temos um Estado inchado, perdulário e pouco eficiente.

Willian Martins

martins.willian@yahoo.com.br

Guararema

*

Mágica

Desperta curiosidade saber qual a mágica do novo arcabouço fiscal proposto pelo ministro Fernando Haddad. Haverá permissão para gastar mais do que se arrecada? Se for nessa linha, vale lembrar os ensinamentos do maior pecuarista do Brasil, Sebastião Ferreira Maia, o Tião Maia, na década de 1970. Perguntado por um repórter da Rádio Cultura de Araçatuba, na Praça do Boi Gordo, qual o segredo do sucesso e quem era o economista que lhe dava assessoria, foi incisivo na resposta: “Se você gastar menos do que ganha, não vai precisar de assessoria nenhuma, mas, se ao contrário gastar mais do que ganha, não vai existir no mundo economista capaz de lhe salvar da bancarrota. Essa premissa vale, obviamente, para as contas públicas.

Deri Lemos Maia

derimaia@yahoo.com.br

Araçatuba

*

Ensino superior

Depois dos 40

Segundo o Censo de Educação Superior, do Ministério da Educação (MEC), o número de calouros com 40 anos ou mais em universidades triplicou entre 2012 e 2021, uma alta de 171%, bem maior do que a variação de ingressantes, de 43,1%. Diante dos números, causa espécie a descabida e abominável demonstração de etarismo de três jovens universitárias de Biomedicina da Unisagrado, faculdade particular de Bauru, no interior paulista, que postaram comentários depreciativos contra a colega de classe Patrícia Linares, de 44 anos. Quando alguém acima dos 40 anos ingressa numa faculdade, seja ela a primeira em sua vida escolar ou uma nova, deve merecer de seus colegas admiração e respeito pelo esforço e dedicação, jamais reprovação e desrespeito pela diferença etária. Às preconceituosas alunas, nota zero, com reprovação e condenação da sociedade; a Patrícia Linares, nota 10, com os aplausos e incentivos para que siga adiante e se forme com louvor merecido.

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

ESCÂNDALO DAS JOIAS

O escândalo das joias ainda pode manchar a imagem de Jair Bolsonaro, segundo Silvio Cascione (Estado, 14/3, A12). Ainda, oras? Já manchou. É um típico caso de ladrão de galinha, com todo o respeito a estes.

Marcos Barbosa

micabarbosa@gmail.com

Casa Branca

*

O GOVERNO QUE NÃO ACABA NUNCA

Os artigos assinados pelo jornalista J. R. Guzzo costumam ser claros, diretos e contundentes. O de domingo, 12/3, não fica atrás. Ainda que discorde do colunista em algumas posições enunciadas vez por outra em seus textos, não jogo fora a criança com a água do banho. Valorizo sua clarividência acerca de distorções e dissimulações presentes na política nacional. Prendam o morto (12/3, A12) consegue sintetizar, com pitadas de humor e ironia, o “fenômeno do governo que não acaba nunca”.

Patricia Porto da Silva

portodasilva@terra.com.br

Rio de Janeiro

*

PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO

É estarrecedora a ideia de que o União Brasil, entre outros partidos do Centrão, tenha acesso a tantos cargos relevantes. A pergunta é: quem os elegeu? No mínimo devem representar parte da sociedade brasileira, ou será que o sistema político-eleitoral está tão deturpado que eles se elegem representando apenas a si próprios e a um seleto grupo que os elegeu? No presidencialismo de coalizão devemos tomar muito cuidado com quem elegemos para o Congresso. Ou Lula da Silva assim o faz ou não governa.

Maria Ísis Meireles Monteiro de Barros

misismb@hotmail.com

Santa Rita do Passa Quatro

*

POSSE DE ARMAS

A propósito do artigo do procurador da República dr. Roberto Livianu (Armas + impunidade: o ovo da serpente?, 6/3, A4), venho comentar que é bom que o governo esteja agora se preocupando em limitar drasticamente a posse de armas dos grupos dos Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs). Em seguida, venho propor que sejam imediatamente extintos daquele grupo os colecionadores e os caçadores. A troco de que alguém deseja colecionar armas? Eles que colecionem outra coisa qualquer. Quanto aos caçadores, não sei por que ainda existem, se atualmente é proibida por lei a caça de qualquer animal silvestre, seja veado, capivara, onça ou outros da nossa fauna. Assim, eles vão caçar o quê? Finalmente, com relação ao clube de atiradores desportivos, não apoio muito os seus motivos, já que armas não são fabricadas para recreação das pessoas e sim para matar. Não obstante, ao aceitarmos suas atividades, é necessário que sua posse de armamento seja rigorosamente fiscalizada. O grande problema é que alguns bandidos e traficantes se infiltram nos CACs com o objetivo único de, aproveitando o pretexto, adquirir novas armas.

Eduardo Mendes Huet

ed.bacellar@hotmail.com

Birigui

*

SUJEITOS OCULTOS DO 8/1

Ao ler A quem serviu o terrorismo? (A4, 13/3), em que Jose Roberto Nalini indaga sobre os responsáveis pela destruição de 8/1, lembro-me do que sei sobre guerras: salvo raras e honrosas exceções, só os soldados pagam o pato, pois os verdadeiros responsáveis estão muito longe das trincheiras. Há soldados culpados e há os ingênuos manipulados, mas os responsáveis são apenas culpados. Os que financiaram e os que se omitiram no esquema de segurança. E parece que assim vai continuar, pois o nosso sistema político-judiciário é fraco com os fortes. Agora vão erguer um memorial (Coluna do Estadão, 13/3, A2) para nunca nos esquecermos, mas quem não devemos esquecer, se os verdadeiros responsáveis são (e permanecerão) sujeitos ocultos?

Sandra Maria Gonçalves

sandgon46@gmail.com

São Paulo

*

NICARÁGUA

Digna de nota a coragem do PSB, de Geraldo Alckmin, manifestando-se contra as prisões arbitrárias que ocorrem na Nicarágua.

Jorge Alberto Nurkin

jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

*

PAPA FRANCISCO

Eleito após a renúncia de Bento XVI, o papa argentino procurou neste tempo criar uma maior aproximação dos fiéis e humanizar a figura do pontífice, com gestos de simplicidade. Francisco, dez anos: uma revolução a partir do próprio nome. O ineditismo das palavras, dos gestos e, até mesmo, do silêncio são recordados neste marco comemorativo da primeira década de pontificado do papa Francisco.

José Ribamar Pinheiro Filho

pinheirinhoma@hotmail.com

Brasília

*

ALVO DE GROSSERIA

Li o que aconteceu com a estudante Patrícia Linares, de Bauru, que foi alvo de grosseria de três colegas de faculdade por ter 44 anos de idade. Eu, com os meus 72 anos, digo para Patrícia passar por cima de tamanha burrice dessas jovens. Sabe, Patrícia, você chegou aos 44 anos de idade e elas não sabem se chegarão aos 44 e nem mesmo em que condições poderão chegar. Outro lembrete: os pais delas com certeza devem ter mais idade do que você e duvido de que fiquem felizes com alguma gozação devido à idade.

Sérgio Barbosa

sergiobarbosa19@gmail.com

Batatais

*

QUEM PAGA A FACULDADE

Tomei conhecimento que uma aluna de um curso universitário protestou nas redes sociais contra admissão de uma aluna de mais de 40 anos, quedei-me basbaque. Tenho a honra de ter me formado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) com 50 anos de idade. É verdade que já era formado em dois outros curso universitários. Eu e minha mulher pagamos nossos cursos com dinheiro obtido trabalhando, sem ajuda de nossos pais, bolsas nem algo parecido. Eu e meus dois filhos uspianos, além de termos contribuído com nossos impostos minimizando gastos governamentais, ainda procuramos compensar a gratuidade de nossos cursos prestando serviços sociais. Prefiro nem saber quem paga ou o que faz e como vive a alunazinha contrária a ter colega de 40 anos.

Carlos Gonçalves de Faria

marshalfaria@gmail.com

São Paulo

*

NUNCA É TARDE PARA APRENDER

Nunca é tarde para aprender, ou melhor, aprender é uma constante da vida. Muitas pessoas não tiveram a oportunidade de estudar no momento ideal de suas vidas, por isso recorrem às escolas quando têm oportunidade, isso às vezes com idades avançadas. Parabéns a esses estudantes por estarem recuperando o tempo perdido. É lamentável que alunos tenham preconceitos com os colegas retardatários. Vamos evitar desrespeito e vamos todos estudar juntos. Pessoas mais cultas ajudam o Brasil a melhorar.

Marco Antonio Martignoni

mmartignoni1941@gmail.com

São Paulo

*

SOB VARA

É fato que a sociedade machista e elitista valoriza menos social e profissionalmente as mulheres e os negros em relação ao homem branco. Também é reconhecido que até meados do século passado as mulheres eram criadas como sinhazinhas do lar, mães de proles do amado marido e que os negros haviam sido abandonados à própria sorte após serem “libertados” pela princesa em 1888. Quanto aos negros, as políticas afirmativas como a adoção de cotas têm servido para provisoriamente acelerar o processo de inclusão e, no caso das mulheres, as estatísticas demonstram que já são maioria nos cursos superiores e, do jeito que a coisa vai, logo serão os homens que pedirão proteção. No entanto, uma coisa que agasta é a concepção positivista de tentar moldar hábitos sociais por força de lei e não pelo convencimento lógico, como se fossemos leõezinhos amestráveis sob vara.

Alberto Mac Dowell Figueiredo

amdfigueiredo@terra.com.br

São Carlos

*

MULHERES NO ALTO ESCALÃO

A coluna Alto Escalão de 12/3 (Estado, B6) informa a contratação ou promoção de 18 mulheres para cargos de alta direção de empresas dos mais variados setores. Não há menção a nenhum homem. Sempre passo os olhos pela coluna e não me lembro de ter visto essa dominância absoluta em semanas anteriores. O empoderamento feminino cresce a olhos vistos, e a pressão sobre os rapazes aumenta dia a dia. Vamos lá, moças, a vez de vocês chegou.

Flávio Madureira Padula

flvpadula@gmail.com

São Paulo

*

PROBLEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO

O Estadão sempre foi um jornal preocupado com o problema educacional brasileiro, simbolizado no apoio dado ao Manifesto dos Pioneiros da Educação, em 1932, e na nomeação de Armando de Sales Oliveira, o primeiro Reitor da USP. O editorial Educação ruim faz mal ao PIB (13/3, A3) me fez lembrar de um discurso pronunciado em 16 de abril de 2009, na Câmara dos Deputados, em que eu lembrei Anísio Teixeira, em seu discurso de posse no antigo Inep, em 1952, hoje Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, falando da importância de um movimento de reverificação e reavaliação de nossos esforços em educação.

Paes Landim

juridico.paeslandim@gmail.com

Brasília

*

CRIADOURO DE MOSQUITOS

Foi construído um prédio na altura do n.º 1.100 da Rua República do Iraque, onde foi feita uma laje totalmente impermeabilizada e com muretas, e o escoamento de água de chuva é ínfimo, formando uma verdadeira piscina para criadouro de mosquitos. Não se vê ninguém tentando eliminar o problema, e o imóvel está vazio, esperando alguém alugar. Solicito urgência para o caso, pois a procriação dos insetos é iminente.

Alberto Jose Caram

albertojosecaram@gmail.com

São Paulo

*

‘PROGRAMA ENCHENTE QUASE ZERO’

Além da morte da senhora moradora de Moema, envergonha mais ainda a falta de ação dos vários governos estaduais e municipais ao longo de décadas. Todo ano milhares de paulistanos da periferia perdem tudo e, alguns, a vida. O atual governador, que apresenta um currículo de tocador de obras, sabe perfeitamente que é possível domar e reduzir a quase zero as enchentes. São Paulo tem capacidade financeira para montar um “programa enchente quase zero” e acabar com esse drama. Falta vontade política. O governador que fizer isso sairá aclamado e com cacife para chegar ao Planalto.

João Israel Neiva

jneiva@uol.com.br

Cabo Frio (RJ)

Congresso Nacional

A barragem

Lula abre ‘porteira’ dos cargos para obter aliados no Congresso e barrar CPI (Estado, 14/3). E a barragem transbordou de novo. Não um desastre como o de Brumadinho, de tão funesta memória, mas o causado pelo Planalto, talvez mais destruidor em face do escancaramento da sordidez dos parlamentares no Congresso Nacional que, em troca de cargos e da concretização de projetos particulares, são instados a votar favoravelmente aos projetos do governo e, de quebra, travar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) julgada inconveniente às estratégias do poder central. Sem novidades no front, portanto. Trata-se de mais uma das muitas corrosões morais propiciadas pelo sistema político eleitoral em vigor, que clama por urgente reforma, nunca debatida, pois os que deveriam construí-la são os mesmos que se beneficiam do nauseabundo escambo de interesses. Triste cenário que, se consolidado por falta de reavaliação, resultará na lenta decomposição da sociedade brasileira.

Paulo Roberto Gotaç

prgotac@hotmail.com

Rio de Janeiro

*

Lula arrependido

Lula está arrependido de ter feito o “L” de Lira na Câmara. É aprender a dançar a música que ele toca ou a conviver com a verdadeira democracia.

Jorge Alberto Nurkin

jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

*

Contas públicas

O novo arcabouço fiscal

A expectativa em torno do novo arcabouço fiscal tem aumentado a pressão sobre a equipe econômica, especialmente sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Embora o ministro já tenha anunciado alguns tópicos que, em tese, norteiam a proposta que será apresentada ao presidente Lula e, se aprovada pelo chefe do Executivo, será submetida ao crivo do Congresso Nacional, a apreensão em torno do que foi desenhado tem aumentado consideravelmente nos últimos dias. Afinal, o endividamento público tem crescido de maneira expressiva, tornando a sustentabilidade das contas públicas algo cada vez mais difícil ou mesmo inalcançável, salvo em situações muito atípicas, quando há injeção de recursos no Tesouro. Espero, sinceramente, que e regra a ser apresentada seja exequível, capaz de manter os investimentos públicos e, ao mesmo tempo, controlar o endividamento. O Brasil arrecada trilhões com a carga tributária atual, mas temos um Estado inchado, perdulário e pouco eficiente.

Willian Martins

martins.willian@yahoo.com.br

Guararema

*

Mágica

Desperta curiosidade saber qual a mágica do novo arcabouço fiscal proposto pelo ministro Fernando Haddad. Haverá permissão para gastar mais do que se arrecada? Se for nessa linha, vale lembrar os ensinamentos do maior pecuarista do Brasil, Sebastião Ferreira Maia, o Tião Maia, na década de 1970. Perguntado por um repórter da Rádio Cultura de Araçatuba, na Praça do Boi Gordo, qual o segredo do sucesso e quem era o economista que lhe dava assessoria, foi incisivo na resposta: “Se você gastar menos do que ganha, não vai precisar de assessoria nenhuma, mas, se ao contrário gastar mais do que ganha, não vai existir no mundo economista capaz de lhe salvar da bancarrota. Essa premissa vale, obviamente, para as contas públicas.

Deri Lemos Maia

derimaia@yahoo.com.br

Araçatuba

*

Ensino superior

Depois dos 40

Segundo o Censo de Educação Superior, do Ministério da Educação (MEC), o número de calouros com 40 anos ou mais em universidades triplicou entre 2012 e 2021, uma alta de 171%, bem maior do que a variação de ingressantes, de 43,1%. Diante dos números, causa espécie a descabida e abominável demonstração de etarismo de três jovens universitárias de Biomedicina da Unisagrado, faculdade particular de Bauru, no interior paulista, que postaram comentários depreciativos contra a colega de classe Patrícia Linares, de 44 anos. Quando alguém acima dos 40 anos ingressa numa faculdade, seja ela a primeira em sua vida escolar ou uma nova, deve merecer de seus colegas admiração e respeito pelo esforço e dedicação, jamais reprovação e desrespeito pela diferença etária. Às preconceituosas alunas, nota zero, com reprovação e condenação da sociedade; a Patrícia Linares, nota 10, com os aplausos e incentivos para que siga adiante e se forme com louvor merecido.

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

ESCÂNDALO DAS JOIAS

O escândalo das joias ainda pode manchar a imagem de Jair Bolsonaro, segundo Silvio Cascione (Estado, 14/3, A12). Ainda, oras? Já manchou. É um típico caso de ladrão de galinha, com todo o respeito a estes.

Marcos Barbosa

micabarbosa@gmail.com

Casa Branca

*

O GOVERNO QUE NÃO ACABA NUNCA

Os artigos assinados pelo jornalista J. R. Guzzo costumam ser claros, diretos e contundentes. O de domingo, 12/3, não fica atrás. Ainda que discorde do colunista em algumas posições enunciadas vez por outra em seus textos, não jogo fora a criança com a água do banho. Valorizo sua clarividência acerca de distorções e dissimulações presentes na política nacional. Prendam o morto (12/3, A12) consegue sintetizar, com pitadas de humor e ironia, o “fenômeno do governo que não acaba nunca”.

Patricia Porto da Silva

portodasilva@terra.com.br

Rio de Janeiro

*

PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO

É estarrecedora a ideia de que o União Brasil, entre outros partidos do Centrão, tenha acesso a tantos cargos relevantes. A pergunta é: quem os elegeu? No mínimo devem representar parte da sociedade brasileira, ou será que o sistema político-eleitoral está tão deturpado que eles se elegem representando apenas a si próprios e a um seleto grupo que os elegeu? No presidencialismo de coalizão devemos tomar muito cuidado com quem elegemos para o Congresso. Ou Lula da Silva assim o faz ou não governa.

Maria Ísis Meireles Monteiro de Barros

misismb@hotmail.com

Santa Rita do Passa Quatro

*

POSSE DE ARMAS

A propósito do artigo do procurador da República dr. Roberto Livianu (Armas + impunidade: o ovo da serpente?, 6/3, A4), venho comentar que é bom que o governo esteja agora se preocupando em limitar drasticamente a posse de armas dos grupos dos Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs). Em seguida, venho propor que sejam imediatamente extintos daquele grupo os colecionadores e os caçadores. A troco de que alguém deseja colecionar armas? Eles que colecionem outra coisa qualquer. Quanto aos caçadores, não sei por que ainda existem, se atualmente é proibida por lei a caça de qualquer animal silvestre, seja veado, capivara, onça ou outros da nossa fauna. Assim, eles vão caçar o quê? Finalmente, com relação ao clube de atiradores desportivos, não apoio muito os seus motivos, já que armas não são fabricadas para recreação das pessoas e sim para matar. Não obstante, ao aceitarmos suas atividades, é necessário que sua posse de armamento seja rigorosamente fiscalizada. O grande problema é que alguns bandidos e traficantes se infiltram nos CACs com o objetivo único de, aproveitando o pretexto, adquirir novas armas.

Eduardo Mendes Huet

ed.bacellar@hotmail.com

Birigui

*

SUJEITOS OCULTOS DO 8/1

Ao ler A quem serviu o terrorismo? (A4, 13/3), em que Jose Roberto Nalini indaga sobre os responsáveis pela destruição de 8/1, lembro-me do que sei sobre guerras: salvo raras e honrosas exceções, só os soldados pagam o pato, pois os verdadeiros responsáveis estão muito longe das trincheiras. Há soldados culpados e há os ingênuos manipulados, mas os responsáveis são apenas culpados. Os que financiaram e os que se omitiram no esquema de segurança. E parece que assim vai continuar, pois o nosso sistema político-judiciário é fraco com os fortes. Agora vão erguer um memorial (Coluna do Estadão, 13/3, A2) para nunca nos esquecermos, mas quem não devemos esquecer, se os verdadeiros responsáveis são (e permanecerão) sujeitos ocultos?

Sandra Maria Gonçalves

sandgon46@gmail.com

São Paulo

*

NICARÁGUA

Digna de nota a coragem do PSB, de Geraldo Alckmin, manifestando-se contra as prisões arbitrárias que ocorrem na Nicarágua.

Jorge Alberto Nurkin

jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

*

PAPA FRANCISCO

Eleito após a renúncia de Bento XVI, o papa argentino procurou neste tempo criar uma maior aproximação dos fiéis e humanizar a figura do pontífice, com gestos de simplicidade. Francisco, dez anos: uma revolução a partir do próprio nome. O ineditismo das palavras, dos gestos e, até mesmo, do silêncio são recordados neste marco comemorativo da primeira década de pontificado do papa Francisco.

José Ribamar Pinheiro Filho

pinheirinhoma@hotmail.com

Brasília

*

ALVO DE GROSSERIA

Li o que aconteceu com a estudante Patrícia Linares, de Bauru, que foi alvo de grosseria de três colegas de faculdade por ter 44 anos de idade. Eu, com os meus 72 anos, digo para Patrícia passar por cima de tamanha burrice dessas jovens. Sabe, Patrícia, você chegou aos 44 anos de idade e elas não sabem se chegarão aos 44 e nem mesmo em que condições poderão chegar. Outro lembrete: os pais delas com certeza devem ter mais idade do que você e duvido de que fiquem felizes com alguma gozação devido à idade.

Sérgio Barbosa

sergiobarbosa19@gmail.com

Batatais

*

QUEM PAGA A FACULDADE

Tomei conhecimento que uma aluna de um curso universitário protestou nas redes sociais contra admissão de uma aluna de mais de 40 anos, quedei-me basbaque. Tenho a honra de ter me formado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) com 50 anos de idade. É verdade que já era formado em dois outros curso universitários. Eu e minha mulher pagamos nossos cursos com dinheiro obtido trabalhando, sem ajuda de nossos pais, bolsas nem algo parecido. Eu e meus dois filhos uspianos, além de termos contribuído com nossos impostos minimizando gastos governamentais, ainda procuramos compensar a gratuidade de nossos cursos prestando serviços sociais. Prefiro nem saber quem paga ou o que faz e como vive a alunazinha contrária a ter colega de 40 anos.

Carlos Gonçalves de Faria

marshalfaria@gmail.com

São Paulo

*

NUNCA É TARDE PARA APRENDER

Nunca é tarde para aprender, ou melhor, aprender é uma constante da vida. Muitas pessoas não tiveram a oportunidade de estudar no momento ideal de suas vidas, por isso recorrem às escolas quando têm oportunidade, isso às vezes com idades avançadas. Parabéns a esses estudantes por estarem recuperando o tempo perdido. É lamentável que alunos tenham preconceitos com os colegas retardatários. Vamos evitar desrespeito e vamos todos estudar juntos. Pessoas mais cultas ajudam o Brasil a melhorar.

Marco Antonio Martignoni

mmartignoni1941@gmail.com

São Paulo

*

SOB VARA

É fato que a sociedade machista e elitista valoriza menos social e profissionalmente as mulheres e os negros em relação ao homem branco. Também é reconhecido que até meados do século passado as mulheres eram criadas como sinhazinhas do lar, mães de proles do amado marido e que os negros haviam sido abandonados à própria sorte após serem “libertados” pela princesa em 1888. Quanto aos negros, as políticas afirmativas como a adoção de cotas têm servido para provisoriamente acelerar o processo de inclusão e, no caso das mulheres, as estatísticas demonstram que já são maioria nos cursos superiores e, do jeito que a coisa vai, logo serão os homens que pedirão proteção. No entanto, uma coisa que agasta é a concepção positivista de tentar moldar hábitos sociais por força de lei e não pelo convencimento lógico, como se fossemos leõezinhos amestráveis sob vara.

Alberto Mac Dowell Figueiredo

amdfigueiredo@terra.com.br

São Carlos

*

MULHERES NO ALTO ESCALÃO

A coluna Alto Escalão de 12/3 (Estado, B6) informa a contratação ou promoção de 18 mulheres para cargos de alta direção de empresas dos mais variados setores. Não há menção a nenhum homem. Sempre passo os olhos pela coluna e não me lembro de ter visto essa dominância absoluta em semanas anteriores. O empoderamento feminino cresce a olhos vistos, e a pressão sobre os rapazes aumenta dia a dia. Vamos lá, moças, a vez de vocês chegou.

Flávio Madureira Padula

flvpadula@gmail.com

São Paulo

*

PROBLEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO

O Estadão sempre foi um jornal preocupado com o problema educacional brasileiro, simbolizado no apoio dado ao Manifesto dos Pioneiros da Educação, em 1932, e na nomeação de Armando de Sales Oliveira, o primeiro Reitor da USP. O editorial Educação ruim faz mal ao PIB (13/3, A3) me fez lembrar de um discurso pronunciado em 16 de abril de 2009, na Câmara dos Deputados, em que eu lembrei Anísio Teixeira, em seu discurso de posse no antigo Inep, em 1952, hoje Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, falando da importância de um movimento de reverificação e reavaliação de nossos esforços em educação.

Paes Landim

juridico.paeslandim@gmail.com

Brasília

*

CRIADOURO DE MOSQUITOS

Foi construído um prédio na altura do n.º 1.100 da Rua República do Iraque, onde foi feita uma laje totalmente impermeabilizada e com muretas, e o escoamento de água de chuva é ínfimo, formando uma verdadeira piscina para criadouro de mosquitos. Não se vê ninguém tentando eliminar o problema, e o imóvel está vazio, esperando alguém alugar. Solicito urgência para o caso, pois a procriação dos insetos é iminente.

Alberto Jose Caram

albertojosecaram@gmail.com

São Paulo

*

‘PROGRAMA ENCHENTE QUASE ZERO’

Além da morte da senhora moradora de Moema, envergonha mais ainda a falta de ação dos vários governos estaduais e municipais ao longo de décadas. Todo ano milhares de paulistanos da periferia perdem tudo e, alguns, a vida. O atual governador, que apresenta um currículo de tocador de obras, sabe perfeitamente que é possível domar e reduzir a quase zero as enchentes. São Paulo tem capacidade financeira para montar um “programa enchente quase zero” e acabar com esse drama. Falta vontade política. O governador que fizer isso sairá aclamado e com cacife para chegar ao Planalto.

João Israel Neiva

jneiva@uol.com.br

Cabo Frio (RJ)

Congresso Nacional

A barragem

Lula abre ‘porteira’ dos cargos para obter aliados no Congresso e barrar CPI (Estado, 14/3). E a barragem transbordou de novo. Não um desastre como o de Brumadinho, de tão funesta memória, mas o causado pelo Planalto, talvez mais destruidor em face do escancaramento da sordidez dos parlamentares no Congresso Nacional que, em troca de cargos e da concretização de projetos particulares, são instados a votar favoravelmente aos projetos do governo e, de quebra, travar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) julgada inconveniente às estratégias do poder central. Sem novidades no front, portanto. Trata-se de mais uma das muitas corrosões morais propiciadas pelo sistema político eleitoral em vigor, que clama por urgente reforma, nunca debatida, pois os que deveriam construí-la são os mesmos que se beneficiam do nauseabundo escambo de interesses. Triste cenário que, se consolidado por falta de reavaliação, resultará na lenta decomposição da sociedade brasileira.

Paulo Roberto Gotaç

prgotac@hotmail.com

Rio de Janeiro

*

Lula arrependido

Lula está arrependido de ter feito o “L” de Lira na Câmara. É aprender a dançar a música que ele toca ou a conviver com a verdadeira democracia.

Jorge Alberto Nurkin

jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

*

Contas públicas

O novo arcabouço fiscal

A expectativa em torno do novo arcabouço fiscal tem aumentado a pressão sobre a equipe econômica, especialmente sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Embora o ministro já tenha anunciado alguns tópicos que, em tese, norteiam a proposta que será apresentada ao presidente Lula e, se aprovada pelo chefe do Executivo, será submetida ao crivo do Congresso Nacional, a apreensão em torno do que foi desenhado tem aumentado consideravelmente nos últimos dias. Afinal, o endividamento público tem crescido de maneira expressiva, tornando a sustentabilidade das contas públicas algo cada vez mais difícil ou mesmo inalcançável, salvo em situações muito atípicas, quando há injeção de recursos no Tesouro. Espero, sinceramente, que e regra a ser apresentada seja exequível, capaz de manter os investimentos públicos e, ao mesmo tempo, controlar o endividamento. O Brasil arrecada trilhões com a carga tributária atual, mas temos um Estado inchado, perdulário e pouco eficiente.

Willian Martins

martins.willian@yahoo.com.br

Guararema

*

Mágica

Desperta curiosidade saber qual a mágica do novo arcabouço fiscal proposto pelo ministro Fernando Haddad. Haverá permissão para gastar mais do que se arrecada? Se for nessa linha, vale lembrar os ensinamentos do maior pecuarista do Brasil, Sebastião Ferreira Maia, o Tião Maia, na década de 1970. Perguntado por um repórter da Rádio Cultura de Araçatuba, na Praça do Boi Gordo, qual o segredo do sucesso e quem era o economista que lhe dava assessoria, foi incisivo na resposta: “Se você gastar menos do que ganha, não vai precisar de assessoria nenhuma, mas, se ao contrário gastar mais do que ganha, não vai existir no mundo economista capaz de lhe salvar da bancarrota. Essa premissa vale, obviamente, para as contas públicas.

Deri Lemos Maia

derimaia@yahoo.com.br

Araçatuba

*

Ensino superior

Depois dos 40

Segundo o Censo de Educação Superior, do Ministério da Educação (MEC), o número de calouros com 40 anos ou mais em universidades triplicou entre 2012 e 2021, uma alta de 171%, bem maior do que a variação de ingressantes, de 43,1%. Diante dos números, causa espécie a descabida e abominável demonstração de etarismo de três jovens universitárias de Biomedicina da Unisagrado, faculdade particular de Bauru, no interior paulista, que postaram comentários depreciativos contra a colega de classe Patrícia Linares, de 44 anos. Quando alguém acima dos 40 anos ingressa numa faculdade, seja ela a primeira em sua vida escolar ou uma nova, deve merecer de seus colegas admiração e respeito pelo esforço e dedicação, jamais reprovação e desrespeito pela diferença etária. Às preconceituosas alunas, nota zero, com reprovação e condenação da sociedade; a Patrícia Linares, nota 10, com os aplausos e incentivos para que siga adiante e se forme com louvor merecido.

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

ESCÂNDALO DAS JOIAS

O escândalo das joias ainda pode manchar a imagem de Jair Bolsonaro, segundo Silvio Cascione (Estado, 14/3, A12). Ainda, oras? Já manchou. É um típico caso de ladrão de galinha, com todo o respeito a estes.

Marcos Barbosa

micabarbosa@gmail.com

Casa Branca

*

O GOVERNO QUE NÃO ACABA NUNCA

Os artigos assinados pelo jornalista J. R. Guzzo costumam ser claros, diretos e contundentes. O de domingo, 12/3, não fica atrás. Ainda que discorde do colunista em algumas posições enunciadas vez por outra em seus textos, não jogo fora a criança com a água do banho. Valorizo sua clarividência acerca de distorções e dissimulações presentes na política nacional. Prendam o morto (12/3, A12) consegue sintetizar, com pitadas de humor e ironia, o “fenômeno do governo que não acaba nunca”.

Patricia Porto da Silva

portodasilva@terra.com.br

Rio de Janeiro

*

PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO

É estarrecedora a ideia de que o União Brasil, entre outros partidos do Centrão, tenha acesso a tantos cargos relevantes. A pergunta é: quem os elegeu? No mínimo devem representar parte da sociedade brasileira, ou será que o sistema político-eleitoral está tão deturpado que eles se elegem representando apenas a si próprios e a um seleto grupo que os elegeu? No presidencialismo de coalizão devemos tomar muito cuidado com quem elegemos para o Congresso. Ou Lula da Silva assim o faz ou não governa.

Maria Ísis Meireles Monteiro de Barros

misismb@hotmail.com

Santa Rita do Passa Quatro

*

POSSE DE ARMAS

A propósito do artigo do procurador da República dr. Roberto Livianu (Armas + impunidade: o ovo da serpente?, 6/3, A4), venho comentar que é bom que o governo esteja agora se preocupando em limitar drasticamente a posse de armas dos grupos dos Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs). Em seguida, venho propor que sejam imediatamente extintos daquele grupo os colecionadores e os caçadores. A troco de que alguém deseja colecionar armas? Eles que colecionem outra coisa qualquer. Quanto aos caçadores, não sei por que ainda existem, se atualmente é proibida por lei a caça de qualquer animal silvestre, seja veado, capivara, onça ou outros da nossa fauna. Assim, eles vão caçar o quê? Finalmente, com relação ao clube de atiradores desportivos, não apoio muito os seus motivos, já que armas não são fabricadas para recreação das pessoas e sim para matar. Não obstante, ao aceitarmos suas atividades, é necessário que sua posse de armamento seja rigorosamente fiscalizada. O grande problema é que alguns bandidos e traficantes se infiltram nos CACs com o objetivo único de, aproveitando o pretexto, adquirir novas armas.

Eduardo Mendes Huet

ed.bacellar@hotmail.com

Birigui

*

SUJEITOS OCULTOS DO 8/1

Ao ler A quem serviu o terrorismo? (A4, 13/3), em que Jose Roberto Nalini indaga sobre os responsáveis pela destruição de 8/1, lembro-me do que sei sobre guerras: salvo raras e honrosas exceções, só os soldados pagam o pato, pois os verdadeiros responsáveis estão muito longe das trincheiras. Há soldados culpados e há os ingênuos manipulados, mas os responsáveis são apenas culpados. Os que financiaram e os que se omitiram no esquema de segurança. E parece que assim vai continuar, pois o nosso sistema político-judiciário é fraco com os fortes. Agora vão erguer um memorial (Coluna do Estadão, 13/3, A2) para nunca nos esquecermos, mas quem não devemos esquecer, se os verdadeiros responsáveis são (e permanecerão) sujeitos ocultos?

Sandra Maria Gonçalves

sandgon46@gmail.com

São Paulo

*

NICARÁGUA

Digna de nota a coragem do PSB, de Geraldo Alckmin, manifestando-se contra as prisões arbitrárias que ocorrem na Nicarágua.

Jorge Alberto Nurkin

jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

*

PAPA FRANCISCO

Eleito após a renúncia de Bento XVI, o papa argentino procurou neste tempo criar uma maior aproximação dos fiéis e humanizar a figura do pontífice, com gestos de simplicidade. Francisco, dez anos: uma revolução a partir do próprio nome. O ineditismo das palavras, dos gestos e, até mesmo, do silêncio são recordados neste marco comemorativo da primeira década de pontificado do papa Francisco.

José Ribamar Pinheiro Filho

pinheirinhoma@hotmail.com

Brasília

*

ALVO DE GROSSERIA

Li o que aconteceu com a estudante Patrícia Linares, de Bauru, que foi alvo de grosseria de três colegas de faculdade por ter 44 anos de idade. Eu, com os meus 72 anos, digo para Patrícia passar por cima de tamanha burrice dessas jovens. Sabe, Patrícia, você chegou aos 44 anos de idade e elas não sabem se chegarão aos 44 e nem mesmo em que condições poderão chegar. Outro lembrete: os pais delas com certeza devem ter mais idade do que você e duvido de que fiquem felizes com alguma gozação devido à idade.

Sérgio Barbosa

sergiobarbosa19@gmail.com

Batatais

*

QUEM PAGA A FACULDADE

Tomei conhecimento que uma aluna de um curso universitário protestou nas redes sociais contra admissão de uma aluna de mais de 40 anos, quedei-me basbaque. Tenho a honra de ter me formado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) com 50 anos de idade. É verdade que já era formado em dois outros curso universitários. Eu e minha mulher pagamos nossos cursos com dinheiro obtido trabalhando, sem ajuda de nossos pais, bolsas nem algo parecido. Eu e meus dois filhos uspianos, além de termos contribuído com nossos impostos minimizando gastos governamentais, ainda procuramos compensar a gratuidade de nossos cursos prestando serviços sociais. Prefiro nem saber quem paga ou o que faz e como vive a alunazinha contrária a ter colega de 40 anos.

Carlos Gonçalves de Faria

marshalfaria@gmail.com

São Paulo

*

NUNCA É TARDE PARA APRENDER

Nunca é tarde para aprender, ou melhor, aprender é uma constante da vida. Muitas pessoas não tiveram a oportunidade de estudar no momento ideal de suas vidas, por isso recorrem às escolas quando têm oportunidade, isso às vezes com idades avançadas. Parabéns a esses estudantes por estarem recuperando o tempo perdido. É lamentável que alunos tenham preconceitos com os colegas retardatários. Vamos evitar desrespeito e vamos todos estudar juntos. Pessoas mais cultas ajudam o Brasil a melhorar.

Marco Antonio Martignoni

mmartignoni1941@gmail.com

São Paulo

*

SOB VARA

É fato que a sociedade machista e elitista valoriza menos social e profissionalmente as mulheres e os negros em relação ao homem branco. Também é reconhecido que até meados do século passado as mulheres eram criadas como sinhazinhas do lar, mães de proles do amado marido e que os negros haviam sido abandonados à própria sorte após serem “libertados” pela princesa em 1888. Quanto aos negros, as políticas afirmativas como a adoção de cotas têm servido para provisoriamente acelerar o processo de inclusão e, no caso das mulheres, as estatísticas demonstram que já são maioria nos cursos superiores e, do jeito que a coisa vai, logo serão os homens que pedirão proteção. No entanto, uma coisa que agasta é a concepção positivista de tentar moldar hábitos sociais por força de lei e não pelo convencimento lógico, como se fossemos leõezinhos amestráveis sob vara.

Alberto Mac Dowell Figueiredo

amdfigueiredo@terra.com.br

São Carlos

*

MULHERES NO ALTO ESCALÃO

A coluna Alto Escalão de 12/3 (Estado, B6) informa a contratação ou promoção de 18 mulheres para cargos de alta direção de empresas dos mais variados setores. Não há menção a nenhum homem. Sempre passo os olhos pela coluna e não me lembro de ter visto essa dominância absoluta em semanas anteriores. O empoderamento feminino cresce a olhos vistos, e a pressão sobre os rapazes aumenta dia a dia. Vamos lá, moças, a vez de vocês chegou.

Flávio Madureira Padula

flvpadula@gmail.com

São Paulo

*

PROBLEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO

O Estadão sempre foi um jornal preocupado com o problema educacional brasileiro, simbolizado no apoio dado ao Manifesto dos Pioneiros da Educação, em 1932, e na nomeação de Armando de Sales Oliveira, o primeiro Reitor da USP. O editorial Educação ruim faz mal ao PIB (13/3, A3) me fez lembrar de um discurso pronunciado em 16 de abril de 2009, na Câmara dos Deputados, em que eu lembrei Anísio Teixeira, em seu discurso de posse no antigo Inep, em 1952, hoje Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, falando da importância de um movimento de reverificação e reavaliação de nossos esforços em educação.

Paes Landim

juridico.paeslandim@gmail.com

Brasília

*

CRIADOURO DE MOSQUITOS

Foi construído um prédio na altura do n.º 1.100 da Rua República do Iraque, onde foi feita uma laje totalmente impermeabilizada e com muretas, e o escoamento de água de chuva é ínfimo, formando uma verdadeira piscina para criadouro de mosquitos. Não se vê ninguém tentando eliminar o problema, e o imóvel está vazio, esperando alguém alugar. Solicito urgência para o caso, pois a procriação dos insetos é iminente.

Alberto Jose Caram

albertojosecaram@gmail.com

São Paulo

*

‘PROGRAMA ENCHENTE QUASE ZERO’

Além da morte da senhora moradora de Moema, envergonha mais ainda a falta de ação dos vários governos estaduais e municipais ao longo de décadas. Todo ano milhares de paulistanos da periferia perdem tudo e, alguns, a vida. O atual governador, que apresenta um currículo de tocador de obras, sabe perfeitamente que é possível domar e reduzir a quase zero as enchentes. São Paulo tem capacidade financeira para montar um “programa enchente quase zero” e acabar com esse drama. Falta vontade política. O governador que fizer isso sairá aclamado e com cacife para chegar ao Planalto.

João Israel Neiva

jneiva@uol.com.br

Cabo Frio (RJ)

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.