Fórum dos Leitores


Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

Por Fórum dos Leitores

Fiesp

Manifesto pró-democracia

Pergunta parada no ar sobre a polêmica envolvendo a direção da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp): se, quando presidia a poderosa entidade paulista, Paulo Skaf não se furtou a se declarar bolsonarista, qual a razão da implicância com o atual presidente, Josué Gomes da Silva, por ter assinado um manifesto pró-democracia sem ter-se manifestado abertamente apoiador de Luiz Inácio Lula da Silva? Como diz o velho adágio, “pau que bate em Chico também bate em Francisco”.

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Vicky Vogel

vogelvick7@gmail.com

Rio de Janeiro

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*

Americanas

Pé esquerdo

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Rombo na Americanas, uma das maiores varejistas do País. Investidores considerados pela Forbes como os mais ricos do Brasil supostamente envolvidos. Analistas de mercado, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), grandes bancos comeram moscas. Imaginem um pequeno investidor que chegou a pagar R$ 120 e vê seu patrimônio reduzido a R$ 2. Seus maiores acionistas fizeram o “L”. Não é um bom sintoma para o governo que se inicia. Pode ser pé esquerdo, com duplo sentido.

Paulo Henrique C. de Oliveira

ph.coimbraoliveira@gmail.com

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Rio de Janeiro

*

Governo Lula 3

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Impeachment de Dilma

O presidente Lula, na posse (bem merecida) da presidente do Banco do Brasil, Taciana Medeiros, se gabou de ter escolhido também a primeira presidente da República, Dilma Rousseff, que teria sido “covardemente” destituída. Esqueceu-se de dizer que ele a colocou lá pensando que poderia manobrá-la, mas não conseguiu. Ela, cercada de aloprados petistas, fez o que fez, os brasileiros saíram às ruas e deu no que deu: Jair Bolsonaro eleito. O sr. Lula, que parece estar começando bem, deve esquecer a ex-presidente Dilma para não despertar em nós a revolta por tudo que nos trouxe até aqui.

Cecilia Centurion

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ceciliacenturion.g@gmail.com

São Paulo

*

Em boa hora

Com frequência, nosso presidente Lula da Silva tem manifestado desagrado com relação ao impeachment de Dilma, como se ela tivesse sido injustiçada. É importante que seus assessores expliquem o que aconteceu naquele mandato por responsabilidade da ex-presidente. Baixou na marra a taxa de juros em vários pontos porcentuais, destruindo os parâmetros do mercado financeiro. Reduziu as tarifas de energia quase destruindo as concessionárias, cujas ações tiveram perdas enormes. Finalmente, mas não foi só isso, segurou os preços da Petrobras, que ficaram abaixo dos custos, quase quebrando a empresa. Sua herança foi a maior crise da história do Brasil com a explosão do desemprego, que subiu para 15%, e ainda estamos em busca de uma retomada. Lula tem que entender que o impeachment veio em boa hora.

Aldo Bertolucci

aldobertolucci@gmail.com

São Paulo

*

Ataque à democracia

Responsabilidade

Não voto na esquerda, e muito menos no PT. Sempre fui defensor das políticas liberais, como o Estado mínimo, cuidando somente do essencial. Não posso, entretanto, deixar de expressar indignação e revolta com os atos golpistas e o vandalismo ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro. Jair Bolsonaro precisa ser responsabilizado. Ao disseminar dúvidas sobre o processo eleitoral e atacar as instituições, Bolsonaro induziu essa multidão a invadir os prédios dos Três Poderes. Não tem como dissociá-lo dos ataques. Precisa ser investigado.

Deri Lemos Maia

derimaia@yahoo.com.br

Araçatuba

*

Cinema italiano

Lollobrigida (1927-2023)

Com a morte da atriz Gina Lollobrigida nesta segunda-feira, 16/1, perde o cinema italiano uma de suas mais expoentes figuras. E não vemos renovação desse formidável grupo que tanto nos encantou com sua beleza e arte. Minha geração está de luto, pois perdemos uma das poucas figuras que marcaram os anos que colocaram o cinema italiano entre os melhores do mundo. Adeus, Gina.

Delpino Verissimo da Costa

dcverissimo@gmail.com

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

LULA EXONERA MILITARES

O presidente Lula da Silva dispensou 43 militares do Palácio da Alvorada, assim como seus ajudantes de ordens, por falta de confiança. Pode-se dizer que essa falta de confiança não é só dele, mas de boa parte da opinião pública, horrorizada, não só com o que viu no dia 8 de janeiro, mas com a constatação cada vez mais evidente do apoio de militares em vários graus do escalão aos atos golpistas. Felizmente são minoria, mas uma minoria preocupante. Está na hora das Forças Armadas recuperarem sua boa imagem, muito maculada durante o governo de Jair Bolsonaro. Podem começar extirpando com firmeza, quanto antes, as ervas daninhas de dentro de suas fileiras.

Luciano Harary

lharary@hotmail.com

São Paulo

*

FALTA CONFIANÇA NAS FORÇAS ARMADAS

As exonerações dos 43 militares e as declarações do presidente Lula sobre sua falta de confiança nas Forças Armadas, em nada colaboram para estabelecer um caminho de paz e tranquilidade institucional no Brasil. Jair Bolsonaro se apequenou ao preferir o papel de líder de radicais ao de estadista da Nação. Lula deveria aprender com esse erro, governar para o Brasil, e não para suas bases. Muitos militares enxergaram em Bolsonaro, que jamais foi um militar exemplar, um contraponto ao sectarismo petista, e Lula tem agora a oportunidade de mostrar que não é sectário, radical, nem vingativo. Ao invés de exonerar ou generalizar, basta Lula governar para todos os brasileiros, ser um estadista, colocar os interesses da Nação acima dos partidários. Basta saber se Lula, que um dia caiu no canto da sereia da corrupção, cairá desta vez no canto bolsonarista da mediocridade.

Luciano de Oliveira e Silva

luciano.os@adv.oabsp.org.br

São Paulo

*

TROCA DE DÍVIDAS DA LAVA JATO

A troca do pagamento de multas da Lava Jato por execução de obras é de uma imoralidade e de uma cara de pau ímpar, ainda mais partindo do governo. Teremos desconto da multa, via superfaturamento do valor das obras e aumento do número de obras inacabadas (as empresas, na sua maioria, tem 20 anos para o pagamento das multas), ou seja, serão obras intermináveis e novamente a reunião do cartel original das empreiteiras. Lula 3 é igual ao governo Lula 1.

Vital Romaneli Penha

vitalromaneli@gmail.com

Jacareí

*

LULA TROCA COMANDO DA EBC

O ex-presidente Bolsonaro tinha como promessa de campanha extinguir a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) conhecida como “Traço”, devida a baixa audiência. Chegando lá fez o que vai fazer o presidente Lula, aparelhar a empresa com seus aliados e nela investir. É como bem disse o leitor Ely Weinstein (Fórum dos Leitores, 17/1), “a EBC será o 38.° ministério, o da Propaganda”.

Abel Pires Rodrigues

abel@knn.com.br

Rio de Janeiro

*

BOLSONARO PAUTA FALAS

O ex-presidente partiu para Miami e deu as costas para o País antes do final do seu mandato. Seu nome, no entanto, é o mais citado pelo novo governo desde o início da transição. Seja em Brasília, Araraquara ou Davos, Bolsonaro segue pautando a maioria das falas do presidente e dos ministros, para ficar apenas no primeiro escalão. O ambiente segue cada vez mais belicoso e a necessária pacificação nacional, uma quimera. Mais trabalho e menos vendeta fariam um bem enorme ao País.

Hamilton Varela

hamiltonvarela@gmail.com

São Carlos

*

TROCA DE PAPÉIS

A respeito dos abomináveis e ultrajantes crimes de lesa-pátria e lesa-democracia perpetrados por extremistas bolsonaristas no inacreditável espetáculo de vandalismo contra os Três Poderes, em Brasília, no fatídico domingo, 8 de janeiro, cabe uma digressão de troca de papéis. Imaginem qual teria sido a reação das forças de segurança do Distrito Federal e do Exército, caso o bárbaro ataque terrorista aos prédios do Executivo, Legislativo e Judiciário fosse cometido por uma turba de petistas de camisetas e bandeiras vermelhas em janeiro de 2018, sob a descabida justificativa de que a vitória nas urnas eletrônicas de Jair Bolsonaro tivesse sido fraudada.

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

*

SEM ANISTIA AOS GOLPISTAS

Li com atenção a carta de Luís F. Simões (Fórum dos Leitores, 16/1) sugerindo perdões e reconciliações por parte do grupo político que assumiu recentemente o governo como forma de unir o povo brasileiro, algo que jamais aconteceu desde que nasci (1942). Tenho orgulho de ser brasileiro e de ser neto de português. Meu conhecimento da história recente de nossa “santa terrinha” é pouco e só estive lá algumas poucas vezes. Entretanto, permito-me registrar que há uma grande diferença entre a Revolução dos Cravos (1974), que libertou Portugal do salazarismo, o final do Golpe de 1964 no Brasil, e as sucessivas tentativas de golpes do bolsonarismo desde 2018. Enquanto na Revolução dos Cravos o povo nas ruas portuguesas receberam os militares com pétalas de cravos, que cada um colocou no cano de seu respectivo fuzil, em Brasília, no dia 8 de janeiro, uma turba constituída de fanáticos, massa de manobra, inocentes úteis, desocupados e vários elementos desclassificados com vasta ficha policial, tentaram impedir o funcionamento de um governo legitimamente eleito, destruindo as sedes dos Três Poderes. Não é o governo dos meus sonhos, mas, sem dúvida, é impossível que seja pior que o anterior. Sou totalmente contra qualquer atitude de vingança, de repressão aos perdedores. Entretanto, todos devem responder por seus atos na forma da lei, sem privilégios, pois todos os crimes foram cometidos com a presunção de anistia que, se ocorrer, abrirá espaço para novas ações violentas.

Carlos Gonçalves de Faria

marshalfaria@gmail.com

São Paulo

*

BRASIL, UM PAÍS RASCUNHO

Desde que me entendo por gente, ouço a conclamação no sentido de ser imperativo “passar o Brasil a limpo”. Provavelmente, tiveram estímulos equivalentes após o País se tornar independente, quando, segundo os então arquitetos do movimento, deveriam livrar-se dos desmandos da corte portuguesa. Desde a proclamação da República seguiram-se exortações parecidas, em face da necessidade, bradada pelos novos timoneiros do Brasil, de abandonarem as mazelas da monarquia. O regime então implantado, teoricamente em vigor até hoje, serviu várias vezes ao longo de sua saga como palco para shows onde se explicitou a necessidade de apagar o antes e começar um novo, como se o que passou devesse ser totalmente cancelado (para empregar termo da moda), processo frequentemente decorrente de impulsos golpistas. O Partido dos Trabalhadores (PT), ao se reinstalar no poder, com um raivoso Lula da Silva em seu terceiro mandato, tenta formar uma atmosfera visando a convencer a sociedade que tudo realizado até o momento precisa ser desfeito e arrumado com outros atores, ou seja, o País precisa, mais uma vez, ser passado a limpo. Resta perguntar, com desalento: o Brasil é um país ou um rascunho? Quando chegaremos à versão definitiva?

Paulo Roberto Gotaç

pgotac@gmail.com

Rio de Janeiro

*

REGIMES AUTORITÁRIOS

Não consigo entender o motivo de inúmeros países estarem se inclinando para regimes autoritários. Será que seus povos não sabem lidar com o livre arbítrio?

Luiz Frid

fridluiz@gmail.com

São Paulo

*

SEQUESTRO DO PIX

Comentando a matéria do Estadão Com Pix, nº de sequestros no Estado de SP bate recorde em 15 anos (Estado, 17/1, A14), é por isso que jamais vou guardar meu dinheiro na coisa mais roubada do Brasil: o celular. No meu celular não tem aplicativo de banco, cartão, Pix, nem nada relacionado a dinheiro. E até agora não me fez falta.

Renato Maia

casaviaterra@hotmail.com

Prados (MG)

*

BANALIZAÇÃO DA PALAVRA GASTO

Gasto é um sacrifício financeiro, ou seja, um desembolso que precisa pagar à vista, no crédito, ou em qualquer outra modalidade de pagamento. Agora, a utilização deste gasto é o “X” da questão, que por sua vez pode representar um custo quando utilizado para beneficiar algo (retorna na forma de investimento) ou despesa (não retorna). Algumas despesas consumidas de forma errada podem se transformar em perda. Que fique claro, gasto é um sacrifício financeiro com a promessa de entregar alguma coisa.

Paulo Silva Santos

robertoprs50@gmail.com

São Bernardo do Campo

*

AVALIAÇÃO INFANTIL DA OCDE

O Brasil não pode ficar de fora desta inédita avaliação escolar infantil de crianças até 5 anos (Estado, 18/1, A14), que será realizado neste ano pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com a ajuda financeira de organizações privadas para que, inclusive, nossas crianças participem. E urge o Ministério da Educação (MEC) oficializar a participação do Brasil, já que, nesta avaliação, terão testes de linguagem e matemática, e coleta de informações de pais e professores. Dependemos da boa qualidade da formação das nossas crianças já na pré-escola, para sequência de sucesso dos nossos alunos até o nível superior. E com essa inédita avaliação certamente teremos a correta dimensão se estamos ou não no caminho certo da preparação escolar das nossas crianças.

Paulo Panossian

paulopanossian@hotmail.com

São Carlos

*

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2023

A Campanha da Fraternidade vem aí. Em todo o Brasil, na ocasião da quarta-feira de cinzas, será lançada a Campanha da Fraternidade 2023, com o tema “Fraternidade e Fome”, tendo como lema “Dai-lhes vós mesmos de comer”, inspirada no evangelho de Mateus. Pela terceira vez a fome é tratada pela Igreja no Brasil por meio da Campanha da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A primeira foi em 1975 e a segunda, em 1985. O tema é bastante atual e oportuno. Vivemos em um mundo onde a fome atinge multidões, uns esbanjam alimentos e outros não têm com o que se alimentar. A Campanha da Fraternidade pretende chamar a atenção da humanidade. Precisamos estar sensíveis e sermos capazes de repartir melhor nossos alimentos para que não falte a ninguém e cada um possa ter o pão nosso de cada dia. A Campanha da Fraternidade que nos ajudar a vivenciar o tempo quaresmal, especialmente a caridade e a justiça nos âmbitos pessoal, comunitário e social.

José Ribamar Pinheiro Filho

pinheirinhoma@hotmail.com

Brasília

*

CIDADE SEM LEI E ORDEM

O Rio de Janeiro é uma cidade do mais completo caos. Postes derrubados para roubo de lâmpadas de led, roubo de cabos de energia em todo lugar, assassinatos e feminicídios em toda parte, caminhões que sofrem roubo de carga o tempo inteiro e nas ruas a mais completa anarquia. Gente revirando lixo, pessoas em situação de rua em todo canto, vandalismo, muita sujeira e depredação, sem falar na imensa e colossal miséria da cidade. Miséria que transforma a cidade do Rio de Janeiro em uma sucursal do inferno. Nas ruas uma frequência horrível com um mar de desocupados, marginais. O meio ambiente da cidade também completamente abandonado, com lagoas imundas, um péssimo serviço de transporte com trens, metrô e ônibus em péssimo e terrível estado completam o quadro medonho da cidade. O Rio de Janeiro carece de empregos e de forte investimento social. A recuperação do destruído tecido urbano e social da cidade é algo para ontem. Nisto o governo federal tem que intervir de uma forma drástica. Hoje o Rio é uma cidade tomada pelo banditismo e pela marginalidade em todos os níveis, uma cidade sem lei e sem ordem.

Paulo Alves

pauloroberto.s.alves@hotmail.com

Rio de Janeiro

*

FÓRUM DOS LEITORES

O Estadão é o jornal de grande circulação que contempla, por meio de editoriais e artigos, a diversidade de pontos de vista, elemento indissociável de uma verdadeira democracia. O contraditório é salutar, legítimo, inescapável e construtivo, devendo ser encarado sem dogmatismo, sem ser rebaixado ao patamar das rotulações ou intrigas. Destaco, por oportuno, o espaço do Fórum de Leitores publicado na edição digital, que possibilita inclusão de maior número de cartas, dentre as quais não raro se encontram considerações de extrema pertinência.

Patricia Porto da Silva

portodasilva@terra.com.br

Rio de Janeiro

Fiesp

Manifesto pró-democracia

Pergunta parada no ar sobre a polêmica envolvendo a direção da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp): se, quando presidia a poderosa entidade paulista, Paulo Skaf não se furtou a se declarar bolsonarista, qual a razão da implicância com o atual presidente, Josué Gomes da Silva, por ter assinado um manifesto pró-democracia sem ter-se manifestado abertamente apoiador de Luiz Inácio Lula da Silva? Como diz o velho adágio, “pau que bate em Chico também bate em Francisco”.

Vicky Vogel

vogelvick7@gmail.com

Rio de Janeiro

*

Americanas

Pé esquerdo

Rombo na Americanas, uma das maiores varejistas do País. Investidores considerados pela Forbes como os mais ricos do Brasil supostamente envolvidos. Analistas de mercado, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), grandes bancos comeram moscas. Imaginem um pequeno investidor que chegou a pagar R$ 120 e vê seu patrimônio reduzido a R$ 2. Seus maiores acionistas fizeram o “L”. Não é um bom sintoma para o governo que se inicia. Pode ser pé esquerdo, com duplo sentido.

Paulo Henrique C. de Oliveira

ph.coimbraoliveira@gmail.com

Rio de Janeiro

*

Governo Lula 3

Impeachment de Dilma

O presidente Lula, na posse (bem merecida) da presidente do Banco do Brasil, Taciana Medeiros, se gabou de ter escolhido também a primeira presidente da República, Dilma Rousseff, que teria sido “covardemente” destituída. Esqueceu-se de dizer que ele a colocou lá pensando que poderia manobrá-la, mas não conseguiu. Ela, cercada de aloprados petistas, fez o que fez, os brasileiros saíram às ruas e deu no que deu: Jair Bolsonaro eleito. O sr. Lula, que parece estar começando bem, deve esquecer a ex-presidente Dilma para não despertar em nós a revolta por tudo que nos trouxe até aqui.

Cecilia Centurion

ceciliacenturion.g@gmail.com

São Paulo

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Em boa hora

Com frequência, nosso presidente Lula da Silva tem manifestado desagrado com relação ao impeachment de Dilma, como se ela tivesse sido injustiçada. É importante que seus assessores expliquem o que aconteceu naquele mandato por responsabilidade da ex-presidente. Baixou na marra a taxa de juros em vários pontos porcentuais, destruindo os parâmetros do mercado financeiro. Reduziu as tarifas de energia quase destruindo as concessionárias, cujas ações tiveram perdas enormes. Finalmente, mas não foi só isso, segurou os preços da Petrobras, que ficaram abaixo dos custos, quase quebrando a empresa. Sua herança foi a maior crise da história do Brasil com a explosão do desemprego, que subiu para 15%, e ainda estamos em busca de uma retomada. Lula tem que entender que o impeachment veio em boa hora.

Aldo Bertolucci

aldobertolucci@gmail.com

São Paulo

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Ataque à democracia

Responsabilidade

Não voto na esquerda, e muito menos no PT. Sempre fui defensor das políticas liberais, como o Estado mínimo, cuidando somente do essencial. Não posso, entretanto, deixar de expressar indignação e revolta com os atos golpistas e o vandalismo ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro. Jair Bolsonaro precisa ser responsabilizado. Ao disseminar dúvidas sobre o processo eleitoral e atacar as instituições, Bolsonaro induziu essa multidão a invadir os prédios dos Três Poderes. Não tem como dissociá-lo dos ataques. Precisa ser investigado.

Deri Lemos Maia

derimaia@yahoo.com.br

Araçatuba

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Cinema italiano

Lollobrigida (1927-2023)

Com a morte da atriz Gina Lollobrigida nesta segunda-feira, 16/1, perde o cinema italiano uma de suas mais expoentes figuras. E não vemos renovação desse formidável grupo que tanto nos encantou com sua beleza e arte. Minha geração está de luto, pois perdemos uma das poucas figuras que marcaram os anos que colocaram o cinema italiano entre os melhores do mundo. Adeus, Gina.

Delpino Verissimo da Costa

dcverissimo@gmail.com

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

LULA EXONERA MILITARES

O presidente Lula da Silva dispensou 43 militares do Palácio da Alvorada, assim como seus ajudantes de ordens, por falta de confiança. Pode-se dizer que essa falta de confiança não é só dele, mas de boa parte da opinião pública, horrorizada, não só com o que viu no dia 8 de janeiro, mas com a constatação cada vez mais evidente do apoio de militares em vários graus do escalão aos atos golpistas. Felizmente são minoria, mas uma minoria preocupante. Está na hora das Forças Armadas recuperarem sua boa imagem, muito maculada durante o governo de Jair Bolsonaro. Podem começar extirpando com firmeza, quanto antes, as ervas daninhas de dentro de suas fileiras.

Luciano Harary

lharary@hotmail.com

São Paulo

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FALTA CONFIANÇA NAS FORÇAS ARMADAS

As exonerações dos 43 militares e as declarações do presidente Lula sobre sua falta de confiança nas Forças Armadas, em nada colaboram para estabelecer um caminho de paz e tranquilidade institucional no Brasil. Jair Bolsonaro se apequenou ao preferir o papel de líder de radicais ao de estadista da Nação. Lula deveria aprender com esse erro, governar para o Brasil, e não para suas bases. Muitos militares enxergaram em Bolsonaro, que jamais foi um militar exemplar, um contraponto ao sectarismo petista, e Lula tem agora a oportunidade de mostrar que não é sectário, radical, nem vingativo. Ao invés de exonerar ou generalizar, basta Lula governar para todos os brasileiros, ser um estadista, colocar os interesses da Nação acima dos partidários. Basta saber se Lula, que um dia caiu no canto da sereia da corrupção, cairá desta vez no canto bolsonarista da mediocridade.

Luciano de Oliveira e Silva

luciano.os@adv.oabsp.org.br

São Paulo

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TROCA DE DÍVIDAS DA LAVA JATO

A troca do pagamento de multas da Lava Jato por execução de obras é de uma imoralidade e de uma cara de pau ímpar, ainda mais partindo do governo. Teremos desconto da multa, via superfaturamento do valor das obras e aumento do número de obras inacabadas (as empresas, na sua maioria, tem 20 anos para o pagamento das multas), ou seja, serão obras intermináveis e novamente a reunião do cartel original das empreiteiras. Lula 3 é igual ao governo Lula 1.

Vital Romaneli Penha

vitalromaneli@gmail.com

Jacareí

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LULA TROCA COMANDO DA EBC

O ex-presidente Bolsonaro tinha como promessa de campanha extinguir a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) conhecida como “Traço”, devida a baixa audiência. Chegando lá fez o que vai fazer o presidente Lula, aparelhar a empresa com seus aliados e nela investir. É como bem disse o leitor Ely Weinstein (Fórum dos Leitores, 17/1), “a EBC será o 38.° ministério, o da Propaganda”.

Abel Pires Rodrigues

abel@knn.com.br

Rio de Janeiro

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BOLSONARO PAUTA FALAS

O ex-presidente partiu para Miami e deu as costas para o País antes do final do seu mandato. Seu nome, no entanto, é o mais citado pelo novo governo desde o início da transição. Seja em Brasília, Araraquara ou Davos, Bolsonaro segue pautando a maioria das falas do presidente e dos ministros, para ficar apenas no primeiro escalão. O ambiente segue cada vez mais belicoso e a necessária pacificação nacional, uma quimera. Mais trabalho e menos vendeta fariam um bem enorme ao País.

Hamilton Varela

hamiltonvarela@gmail.com

São Carlos

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TROCA DE PAPÉIS

A respeito dos abomináveis e ultrajantes crimes de lesa-pátria e lesa-democracia perpetrados por extremistas bolsonaristas no inacreditável espetáculo de vandalismo contra os Três Poderes, em Brasília, no fatídico domingo, 8 de janeiro, cabe uma digressão de troca de papéis. Imaginem qual teria sido a reação das forças de segurança do Distrito Federal e do Exército, caso o bárbaro ataque terrorista aos prédios do Executivo, Legislativo e Judiciário fosse cometido por uma turba de petistas de camisetas e bandeiras vermelhas em janeiro de 2018, sob a descabida justificativa de que a vitória nas urnas eletrônicas de Jair Bolsonaro tivesse sido fraudada.

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

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SEM ANISTIA AOS GOLPISTAS

Li com atenção a carta de Luís F. Simões (Fórum dos Leitores, 16/1) sugerindo perdões e reconciliações por parte do grupo político que assumiu recentemente o governo como forma de unir o povo brasileiro, algo que jamais aconteceu desde que nasci (1942). Tenho orgulho de ser brasileiro e de ser neto de português. Meu conhecimento da história recente de nossa “santa terrinha” é pouco e só estive lá algumas poucas vezes. Entretanto, permito-me registrar que há uma grande diferença entre a Revolução dos Cravos (1974), que libertou Portugal do salazarismo, o final do Golpe de 1964 no Brasil, e as sucessivas tentativas de golpes do bolsonarismo desde 2018. Enquanto na Revolução dos Cravos o povo nas ruas portuguesas receberam os militares com pétalas de cravos, que cada um colocou no cano de seu respectivo fuzil, em Brasília, no dia 8 de janeiro, uma turba constituída de fanáticos, massa de manobra, inocentes úteis, desocupados e vários elementos desclassificados com vasta ficha policial, tentaram impedir o funcionamento de um governo legitimamente eleito, destruindo as sedes dos Três Poderes. Não é o governo dos meus sonhos, mas, sem dúvida, é impossível que seja pior que o anterior. Sou totalmente contra qualquer atitude de vingança, de repressão aos perdedores. Entretanto, todos devem responder por seus atos na forma da lei, sem privilégios, pois todos os crimes foram cometidos com a presunção de anistia que, se ocorrer, abrirá espaço para novas ações violentas.

Carlos Gonçalves de Faria

marshalfaria@gmail.com

São Paulo

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BRASIL, UM PAÍS RASCUNHO

Desde que me entendo por gente, ouço a conclamação no sentido de ser imperativo “passar o Brasil a limpo”. Provavelmente, tiveram estímulos equivalentes após o País se tornar independente, quando, segundo os então arquitetos do movimento, deveriam livrar-se dos desmandos da corte portuguesa. Desde a proclamação da República seguiram-se exortações parecidas, em face da necessidade, bradada pelos novos timoneiros do Brasil, de abandonarem as mazelas da monarquia. O regime então implantado, teoricamente em vigor até hoje, serviu várias vezes ao longo de sua saga como palco para shows onde se explicitou a necessidade de apagar o antes e começar um novo, como se o que passou devesse ser totalmente cancelado (para empregar termo da moda), processo frequentemente decorrente de impulsos golpistas. O Partido dos Trabalhadores (PT), ao se reinstalar no poder, com um raivoso Lula da Silva em seu terceiro mandato, tenta formar uma atmosfera visando a convencer a sociedade que tudo realizado até o momento precisa ser desfeito e arrumado com outros atores, ou seja, o País precisa, mais uma vez, ser passado a limpo. Resta perguntar, com desalento: o Brasil é um país ou um rascunho? Quando chegaremos à versão definitiva?

Paulo Roberto Gotaç

pgotac@gmail.com

Rio de Janeiro

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REGIMES AUTORITÁRIOS

Não consigo entender o motivo de inúmeros países estarem se inclinando para regimes autoritários. Será que seus povos não sabem lidar com o livre arbítrio?

Luiz Frid

fridluiz@gmail.com

São Paulo

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SEQUESTRO DO PIX

Comentando a matéria do Estadão Com Pix, nº de sequestros no Estado de SP bate recorde em 15 anos (Estado, 17/1, A14), é por isso que jamais vou guardar meu dinheiro na coisa mais roubada do Brasil: o celular. No meu celular não tem aplicativo de banco, cartão, Pix, nem nada relacionado a dinheiro. E até agora não me fez falta.

Renato Maia

casaviaterra@hotmail.com

Prados (MG)

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BANALIZAÇÃO DA PALAVRA GASTO

Gasto é um sacrifício financeiro, ou seja, um desembolso que precisa pagar à vista, no crédito, ou em qualquer outra modalidade de pagamento. Agora, a utilização deste gasto é o “X” da questão, que por sua vez pode representar um custo quando utilizado para beneficiar algo (retorna na forma de investimento) ou despesa (não retorna). Algumas despesas consumidas de forma errada podem se transformar em perda. Que fique claro, gasto é um sacrifício financeiro com a promessa de entregar alguma coisa.

Paulo Silva Santos

robertoprs50@gmail.com

São Bernardo do Campo

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AVALIAÇÃO INFANTIL DA OCDE

O Brasil não pode ficar de fora desta inédita avaliação escolar infantil de crianças até 5 anos (Estado, 18/1, A14), que será realizado neste ano pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com a ajuda financeira de organizações privadas para que, inclusive, nossas crianças participem. E urge o Ministério da Educação (MEC) oficializar a participação do Brasil, já que, nesta avaliação, terão testes de linguagem e matemática, e coleta de informações de pais e professores. Dependemos da boa qualidade da formação das nossas crianças já na pré-escola, para sequência de sucesso dos nossos alunos até o nível superior. E com essa inédita avaliação certamente teremos a correta dimensão se estamos ou não no caminho certo da preparação escolar das nossas crianças.

Paulo Panossian

paulopanossian@hotmail.com

São Carlos

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CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2023

A Campanha da Fraternidade vem aí. Em todo o Brasil, na ocasião da quarta-feira de cinzas, será lançada a Campanha da Fraternidade 2023, com o tema “Fraternidade e Fome”, tendo como lema “Dai-lhes vós mesmos de comer”, inspirada no evangelho de Mateus. Pela terceira vez a fome é tratada pela Igreja no Brasil por meio da Campanha da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A primeira foi em 1975 e a segunda, em 1985. O tema é bastante atual e oportuno. Vivemos em um mundo onde a fome atinge multidões, uns esbanjam alimentos e outros não têm com o que se alimentar. A Campanha da Fraternidade pretende chamar a atenção da humanidade. Precisamos estar sensíveis e sermos capazes de repartir melhor nossos alimentos para que não falte a ninguém e cada um possa ter o pão nosso de cada dia. A Campanha da Fraternidade que nos ajudar a vivenciar o tempo quaresmal, especialmente a caridade e a justiça nos âmbitos pessoal, comunitário e social.

José Ribamar Pinheiro Filho

pinheirinhoma@hotmail.com

Brasília

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CIDADE SEM LEI E ORDEM

O Rio de Janeiro é uma cidade do mais completo caos. Postes derrubados para roubo de lâmpadas de led, roubo de cabos de energia em todo lugar, assassinatos e feminicídios em toda parte, caminhões que sofrem roubo de carga o tempo inteiro e nas ruas a mais completa anarquia. Gente revirando lixo, pessoas em situação de rua em todo canto, vandalismo, muita sujeira e depredação, sem falar na imensa e colossal miséria da cidade. Miséria que transforma a cidade do Rio de Janeiro em uma sucursal do inferno. Nas ruas uma frequência horrível com um mar de desocupados, marginais. O meio ambiente da cidade também completamente abandonado, com lagoas imundas, um péssimo serviço de transporte com trens, metrô e ônibus em péssimo e terrível estado completam o quadro medonho da cidade. O Rio de Janeiro carece de empregos e de forte investimento social. A recuperação do destruído tecido urbano e social da cidade é algo para ontem. Nisto o governo federal tem que intervir de uma forma drástica. Hoje o Rio é uma cidade tomada pelo banditismo e pela marginalidade em todos os níveis, uma cidade sem lei e sem ordem.

Paulo Alves

pauloroberto.s.alves@hotmail.com

Rio de Janeiro

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FÓRUM DOS LEITORES

O Estadão é o jornal de grande circulação que contempla, por meio de editoriais e artigos, a diversidade de pontos de vista, elemento indissociável de uma verdadeira democracia. O contraditório é salutar, legítimo, inescapável e construtivo, devendo ser encarado sem dogmatismo, sem ser rebaixado ao patamar das rotulações ou intrigas. Destaco, por oportuno, o espaço do Fórum de Leitores publicado na edição digital, que possibilita inclusão de maior número de cartas, dentre as quais não raro se encontram considerações de extrema pertinência.

Patricia Porto da Silva

portodasilva@terra.com.br

Rio de Janeiro

Fiesp

Manifesto pró-democracia

Pergunta parada no ar sobre a polêmica envolvendo a direção da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp): se, quando presidia a poderosa entidade paulista, Paulo Skaf não se furtou a se declarar bolsonarista, qual a razão da implicância com o atual presidente, Josué Gomes da Silva, por ter assinado um manifesto pró-democracia sem ter-se manifestado abertamente apoiador de Luiz Inácio Lula da Silva? Como diz o velho adágio, “pau que bate em Chico também bate em Francisco”.

Vicky Vogel

vogelvick7@gmail.com

Rio de Janeiro

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Americanas

Pé esquerdo

Rombo na Americanas, uma das maiores varejistas do País. Investidores considerados pela Forbes como os mais ricos do Brasil supostamente envolvidos. Analistas de mercado, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), grandes bancos comeram moscas. Imaginem um pequeno investidor que chegou a pagar R$ 120 e vê seu patrimônio reduzido a R$ 2. Seus maiores acionistas fizeram o “L”. Não é um bom sintoma para o governo que se inicia. Pode ser pé esquerdo, com duplo sentido.

Paulo Henrique C. de Oliveira

ph.coimbraoliveira@gmail.com

Rio de Janeiro

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Governo Lula 3

Impeachment de Dilma

O presidente Lula, na posse (bem merecida) da presidente do Banco do Brasil, Taciana Medeiros, se gabou de ter escolhido também a primeira presidente da República, Dilma Rousseff, que teria sido “covardemente” destituída. Esqueceu-se de dizer que ele a colocou lá pensando que poderia manobrá-la, mas não conseguiu. Ela, cercada de aloprados petistas, fez o que fez, os brasileiros saíram às ruas e deu no que deu: Jair Bolsonaro eleito. O sr. Lula, que parece estar começando bem, deve esquecer a ex-presidente Dilma para não despertar em nós a revolta por tudo que nos trouxe até aqui.

Cecilia Centurion

ceciliacenturion.g@gmail.com

São Paulo

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Em boa hora

Com frequência, nosso presidente Lula da Silva tem manifestado desagrado com relação ao impeachment de Dilma, como se ela tivesse sido injustiçada. É importante que seus assessores expliquem o que aconteceu naquele mandato por responsabilidade da ex-presidente. Baixou na marra a taxa de juros em vários pontos porcentuais, destruindo os parâmetros do mercado financeiro. Reduziu as tarifas de energia quase destruindo as concessionárias, cujas ações tiveram perdas enormes. Finalmente, mas não foi só isso, segurou os preços da Petrobras, que ficaram abaixo dos custos, quase quebrando a empresa. Sua herança foi a maior crise da história do Brasil com a explosão do desemprego, que subiu para 15%, e ainda estamos em busca de uma retomada. Lula tem que entender que o impeachment veio em boa hora.

Aldo Bertolucci

aldobertolucci@gmail.com

São Paulo

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Ataque à democracia

Responsabilidade

Não voto na esquerda, e muito menos no PT. Sempre fui defensor das políticas liberais, como o Estado mínimo, cuidando somente do essencial. Não posso, entretanto, deixar de expressar indignação e revolta com os atos golpistas e o vandalismo ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro. Jair Bolsonaro precisa ser responsabilizado. Ao disseminar dúvidas sobre o processo eleitoral e atacar as instituições, Bolsonaro induziu essa multidão a invadir os prédios dos Três Poderes. Não tem como dissociá-lo dos ataques. Precisa ser investigado.

Deri Lemos Maia

derimaia@yahoo.com.br

Araçatuba

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Cinema italiano

Lollobrigida (1927-2023)

Com a morte da atriz Gina Lollobrigida nesta segunda-feira, 16/1, perde o cinema italiano uma de suas mais expoentes figuras. E não vemos renovação desse formidável grupo que tanto nos encantou com sua beleza e arte. Minha geração está de luto, pois perdemos uma das poucas figuras que marcaram os anos que colocaram o cinema italiano entre os melhores do mundo. Adeus, Gina.

Delpino Verissimo da Costa

dcverissimo@gmail.com

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

LULA EXONERA MILITARES

O presidente Lula da Silva dispensou 43 militares do Palácio da Alvorada, assim como seus ajudantes de ordens, por falta de confiança. Pode-se dizer que essa falta de confiança não é só dele, mas de boa parte da opinião pública, horrorizada, não só com o que viu no dia 8 de janeiro, mas com a constatação cada vez mais evidente do apoio de militares em vários graus do escalão aos atos golpistas. Felizmente são minoria, mas uma minoria preocupante. Está na hora das Forças Armadas recuperarem sua boa imagem, muito maculada durante o governo de Jair Bolsonaro. Podem começar extirpando com firmeza, quanto antes, as ervas daninhas de dentro de suas fileiras.

Luciano Harary

lharary@hotmail.com

São Paulo

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FALTA CONFIANÇA NAS FORÇAS ARMADAS

As exonerações dos 43 militares e as declarações do presidente Lula sobre sua falta de confiança nas Forças Armadas, em nada colaboram para estabelecer um caminho de paz e tranquilidade institucional no Brasil. Jair Bolsonaro se apequenou ao preferir o papel de líder de radicais ao de estadista da Nação. Lula deveria aprender com esse erro, governar para o Brasil, e não para suas bases. Muitos militares enxergaram em Bolsonaro, que jamais foi um militar exemplar, um contraponto ao sectarismo petista, e Lula tem agora a oportunidade de mostrar que não é sectário, radical, nem vingativo. Ao invés de exonerar ou generalizar, basta Lula governar para todos os brasileiros, ser um estadista, colocar os interesses da Nação acima dos partidários. Basta saber se Lula, que um dia caiu no canto da sereia da corrupção, cairá desta vez no canto bolsonarista da mediocridade.

Luciano de Oliveira e Silva

luciano.os@adv.oabsp.org.br

São Paulo

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TROCA DE DÍVIDAS DA LAVA JATO

A troca do pagamento de multas da Lava Jato por execução de obras é de uma imoralidade e de uma cara de pau ímpar, ainda mais partindo do governo. Teremos desconto da multa, via superfaturamento do valor das obras e aumento do número de obras inacabadas (as empresas, na sua maioria, tem 20 anos para o pagamento das multas), ou seja, serão obras intermináveis e novamente a reunião do cartel original das empreiteiras. Lula 3 é igual ao governo Lula 1.

Vital Romaneli Penha

vitalromaneli@gmail.com

Jacareí

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LULA TROCA COMANDO DA EBC

O ex-presidente Bolsonaro tinha como promessa de campanha extinguir a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) conhecida como “Traço”, devida a baixa audiência. Chegando lá fez o que vai fazer o presidente Lula, aparelhar a empresa com seus aliados e nela investir. É como bem disse o leitor Ely Weinstein (Fórum dos Leitores, 17/1), “a EBC será o 38.° ministério, o da Propaganda”.

Abel Pires Rodrigues

abel@knn.com.br

Rio de Janeiro

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BOLSONARO PAUTA FALAS

O ex-presidente partiu para Miami e deu as costas para o País antes do final do seu mandato. Seu nome, no entanto, é o mais citado pelo novo governo desde o início da transição. Seja em Brasília, Araraquara ou Davos, Bolsonaro segue pautando a maioria das falas do presidente e dos ministros, para ficar apenas no primeiro escalão. O ambiente segue cada vez mais belicoso e a necessária pacificação nacional, uma quimera. Mais trabalho e menos vendeta fariam um bem enorme ao País.

Hamilton Varela

hamiltonvarela@gmail.com

São Carlos

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TROCA DE PAPÉIS

A respeito dos abomináveis e ultrajantes crimes de lesa-pátria e lesa-democracia perpetrados por extremistas bolsonaristas no inacreditável espetáculo de vandalismo contra os Três Poderes, em Brasília, no fatídico domingo, 8 de janeiro, cabe uma digressão de troca de papéis. Imaginem qual teria sido a reação das forças de segurança do Distrito Federal e do Exército, caso o bárbaro ataque terrorista aos prédios do Executivo, Legislativo e Judiciário fosse cometido por uma turba de petistas de camisetas e bandeiras vermelhas em janeiro de 2018, sob a descabida justificativa de que a vitória nas urnas eletrônicas de Jair Bolsonaro tivesse sido fraudada.

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

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SEM ANISTIA AOS GOLPISTAS

Li com atenção a carta de Luís F. Simões (Fórum dos Leitores, 16/1) sugerindo perdões e reconciliações por parte do grupo político que assumiu recentemente o governo como forma de unir o povo brasileiro, algo que jamais aconteceu desde que nasci (1942). Tenho orgulho de ser brasileiro e de ser neto de português. Meu conhecimento da história recente de nossa “santa terrinha” é pouco e só estive lá algumas poucas vezes. Entretanto, permito-me registrar que há uma grande diferença entre a Revolução dos Cravos (1974), que libertou Portugal do salazarismo, o final do Golpe de 1964 no Brasil, e as sucessivas tentativas de golpes do bolsonarismo desde 2018. Enquanto na Revolução dos Cravos o povo nas ruas portuguesas receberam os militares com pétalas de cravos, que cada um colocou no cano de seu respectivo fuzil, em Brasília, no dia 8 de janeiro, uma turba constituída de fanáticos, massa de manobra, inocentes úteis, desocupados e vários elementos desclassificados com vasta ficha policial, tentaram impedir o funcionamento de um governo legitimamente eleito, destruindo as sedes dos Três Poderes. Não é o governo dos meus sonhos, mas, sem dúvida, é impossível que seja pior que o anterior. Sou totalmente contra qualquer atitude de vingança, de repressão aos perdedores. Entretanto, todos devem responder por seus atos na forma da lei, sem privilégios, pois todos os crimes foram cometidos com a presunção de anistia que, se ocorrer, abrirá espaço para novas ações violentas.

Carlos Gonçalves de Faria

marshalfaria@gmail.com

São Paulo

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BRASIL, UM PAÍS RASCUNHO

Desde que me entendo por gente, ouço a conclamação no sentido de ser imperativo “passar o Brasil a limpo”. Provavelmente, tiveram estímulos equivalentes após o País se tornar independente, quando, segundo os então arquitetos do movimento, deveriam livrar-se dos desmandos da corte portuguesa. Desde a proclamação da República seguiram-se exortações parecidas, em face da necessidade, bradada pelos novos timoneiros do Brasil, de abandonarem as mazelas da monarquia. O regime então implantado, teoricamente em vigor até hoje, serviu várias vezes ao longo de sua saga como palco para shows onde se explicitou a necessidade de apagar o antes e começar um novo, como se o que passou devesse ser totalmente cancelado (para empregar termo da moda), processo frequentemente decorrente de impulsos golpistas. O Partido dos Trabalhadores (PT), ao se reinstalar no poder, com um raivoso Lula da Silva em seu terceiro mandato, tenta formar uma atmosfera visando a convencer a sociedade que tudo realizado até o momento precisa ser desfeito e arrumado com outros atores, ou seja, o País precisa, mais uma vez, ser passado a limpo. Resta perguntar, com desalento: o Brasil é um país ou um rascunho? Quando chegaremos à versão definitiva?

Paulo Roberto Gotaç

pgotac@gmail.com

Rio de Janeiro

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REGIMES AUTORITÁRIOS

Não consigo entender o motivo de inúmeros países estarem se inclinando para regimes autoritários. Será que seus povos não sabem lidar com o livre arbítrio?

Luiz Frid

fridluiz@gmail.com

São Paulo

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SEQUESTRO DO PIX

Comentando a matéria do Estadão Com Pix, nº de sequestros no Estado de SP bate recorde em 15 anos (Estado, 17/1, A14), é por isso que jamais vou guardar meu dinheiro na coisa mais roubada do Brasil: o celular. No meu celular não tem aplicativo de banco, cartão, Pix, nem nada relacionado a dinheiro. E até agora não me fez falta.

Renato Maia

casaviaterra@hotmail.com

Prados (MG)

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BANALIZAÇÃO DA PALAVRA GASTO

Gasto é um sacrifício financeiro, ou seja, um desembolso que precisa pagar à vista, no crédito, ou em qualquer outra modalidade de pagamento. Agora, a utilização deste gasto é o “X” da questão, que por sua vez pode representar um custo quando utilizado para beneficiar algo (retorna na forma de investimento) ou despesa (não retorna). Algumas despesas consumidas de forma errada podem se transformar em perda. Que fique claro, gasto é um sacrifício financeiro com a promessa de entregar alguma coisa.

Paulo Silva Santos

robertoprs50@gmail.com

São Bernardo do Campo

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AVALIAÇÃO INFANTIL DA OCDE

O Brasil não pode ficar de fora desta inédita avaliação escolar infantil de crianças até 5 anos (Estado, 18/1, A14), que será realizado neste ano pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com a ajuda financeira de organizações privadas para que, inclusive, nossas crianças participem. E urge o Ministério da Educação (MEC) oficializar a participação do Brasil, já que, nesta avaliação, terão testes de linguagem e matemática, e coleta de informações de pais e professores. Dependemos da boa qualidade da formação das nossas crianças já na pré-escola, para sequência de sucesso dos nossos alunos até o nível superior. E com essa inédita avaliação certamente teremos a correta dimensão se estamos ou não no caminho certo da preparação escolar das nossas crianças.

Paulo Panossian

paulopanossian@hotmail.com

São Carlos

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CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2023

A Campanha da Fraternidade vem aí. Em todo o Brasil, na ocasião da quarta-feira de cinzas, será lançada a Campanha da Fraternidade 2023, com o tema “Fraternidade e Fome”, tendo como lema “Dai-lhes vós mesmos de comer”, inspirada no evangelho de Mateus. Pela terceira vez a fome é tratada pela Igreja no Brasil por meio da Campanha da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A primeira foi em 1975 e a segunda, em 1985. O tema é bastante atual e oportuno. Vivemos em um mundo onde a fome atinge multidões, uns esbanjam alimentos e outros não têm com o que se alimentar. A Campanha da Fraternidade pretende chamar a atenção da humanidade. Precisamos estar sensíveis e sermos capazes de repartir melhor nossos alimentos para que não falte a ninguém e cada um possa ter o pão nosso de cada dia. A Campanha da Fraternidade que nos ajudar a vivenciar o tempo quaresmal, especialmente a caridade e a justiça nos âmbitos pessoal, comunitário e social.

José Ribamar Pinheiro Filho

pinheirinhoma@hotmail.com

Brasília

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CIDADE SEM LEI E ORDEM

O Rio de Janeiro é uma cidade do mais completo caos. Postes derrubados para roubo de lâmpadas de led, roubo de cabos de energia em todo lugar, assassinatos e feminicídios em toda parte, caminhões que sofrem roubo de carga o tempo inteiro e nas ruas a mais completa anarquia. Gente revirando lixo, pessoas em situação de rua em todo canto, vandalismo, muita sujeira e depredação, sem falar na imensa e colossal miséria da cidade. Miséria que transforma a cidade do Rio de Janeiro em uma sucursal do inferno. Nas ruas uma frequência horrível com um mar de desocupados, marginais. O meio ambiente da cidade também completamente abandonado, com lagoas imundas, um péssimo serviço de transporte com trens, metrô e ônibus em péssimo e terrível estado completam o quadro medonho da cidade. O Rio de Janeiro carece de empregos e de forte investimento social. A recuperação do destruído tecido urbano e social da cidade é algo para ontem. Nisto o governo federal tem que intervir de uma forma drástica. Hoje o Rio é uma cidade tomada pelo banditismo e pela marginalidade em todos os níveis, uma cidade sem lei e sem ordem.

Paulo Alves

pauloroberto.s.alves@hotmail.com

Rio de Janeiro

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FÓRUM DOS LEITORES

O Estadão é o jornal de grande circulação que contempla, por meio de editoriais e artigos, a diversidade de pontos de vista, elemento indissociável de uma verdadeira democracia. O contraditório é salutar, legítimo, inescapável e construtivo, devendo ser encarado sem dogmatismo, sem ser rebaixado ao patamar das rotulações ou intrigas. Destaco, por oportuno, o espaço do Fórum de Leitores publicado na edição digital, que possibilita inclusão de maior número de cartas, dentre as quais não raro se encontram considerações de extrema pertinência.

Patricia Porto da Silva

portodasilva@terra.com.br

Rio de Janeiro

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