Fórum dos Leitores


Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

Por Fórum dos Leitores

Economia

Um só dinheiro

Foi interessantíssima a colocação na primeira página do Estadão de sábado de dois assuntos em sentidos opostos, mas com relação direta. Enquanto a arrecadação de impostos cai, o desemprego também cai. O dinheiro é um só, e fica claro que, ou é represado pelo Estado, e enterrado em sua inútil ineficiência e distribuído entre a elite política, ou é distribuído em renda pela população, que faz girar e crescer a economia.

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Carlos Taparelli

CeduTaparelli@outlook.com

São Paulo

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*

Judiciário

Saber jurídico

continua após a publicidade

A autoridade do Supremo Tribunal Federal (STF), instância máxima do poder sem voto da República, decorre fundamentalmente do notável saber jurídico de seus membros, característica analisada pelos políticos no Senado de maneira pouco rigorosa de uns tempos para cá. Sabendo dessa falha, os políticos agora tentam corrigir esse fato criando um instrumento de anulação de decisões do STF. O caminho deveria ter sido a aprovação de candidatos sem ligações de proximidade com quem indica. Como até advogado de quem indica acabou virando ministro, realmente não dá para esperar mesmo muita sabedoria, e algo para corrigir isso deve mesmo ser feito.

José Elias Laier

joseeliaslaier@gmail.com

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São Carlos

*

Sérgio Moro

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Dentre as muitas acusações que pesam sobre o senador Sérgio Moro, as de que, enquanto juiz federal, pediu grampo para monitorar ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), juízes e desembargadores são gravíssimas. Deveria ser afastado de suas funções até o resultado das investigações.

Jorge de Jesus Longato

financeiro@cestadecompras.com.br

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Mogi-Mirim

Meio ambiente

Rio Amazonas

Um Amazonas seco na primeira página do Estadão (30/9). Mais que foto, é uma radiografia da gestão ambiental. Emoldurada, ficaria ótima no gabinete da ministra Marina Silva.

A. Fernandes

standyball@hotmail.com

São Paulo

*

Marco temporal

Gosto muito dos artigos do professor Fernando Reinach, sempre com informações consistentes. No entanto, suas considerações sobre as comunidades indígenas poderem reclamar qualquer área em qualquer ponto do País, só porque havia populações indígenas quando da chegada dos colonizadores, carece de suporte (Marco temporal: o Brasil precisa dele?, 30/9, A20). A Constituição federal fala em forma tradicional de ocupação. A toda evidência, nenhum remanescente dos grupos indígenas que aqui estavam, por exemplo, no Pátio do Colégio, em São Paulo, poderia ocupar aquela área de acordo com seus usos, costumes e tradições. Da mesma forma, diversamente do que já dito por um ministro do STF, nenhuma comunidade indígena iria pleitear a demarcação de terra na Praia de Copacabana, pois totalmente imprópria para ser explorada conforme sua tradição. A comunidade indígena que hoje existe no Pico do Jaraguá há muito lá vive. Ocorre que a favelização de muitas áreas da cidade acabou por envolver aquela comunidade, sem que o poder público tomasse qualquer providência, em que pese antigas reivindicações daquela população. Portanto, afirmar que sem a definição do marco temporal qualquer área poderá ser convertida em área indígena não tem sustentação antropológica e/ou histórica.

Ana Lúcia Amaral

anamaral@uol.com.br

São Paulo

*

Saúde

Cigarro eletrônico

Na Coluna do Estadão, a senadora Soraya Thronicke critica a Anvisa por ficar alheia à regulamentação dos vapes (30/9, A2). Como regulamentar algo que é proibido? Os vapes têm se mostrado uma alternativa equivocada e muito tóxica ao tabaco. Estudos proliferam na academia mostrando que os danos pulmonares são devastadores, principalmente por conter substâncias carcinogênicas e citotóxicas, metais pesados e solventes. Por isso foram proibidos. Regulamentar uma ameaça desse quilate nos faz pensar que o cuidado com a saúde dos brasileiros não causa preocupação aos nossos legisladores.

Carlos Ritter

carlos_ritter@yahoo.com.br

Caxias do Sul (RS)

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

EVITA TUPINIQUIM

No dia 4 de setembro, o Rio Grande do Sul foi atingido por um ciclone extratropical, que deixou dezenas de mortos e milhares de desabrigados. Lula da Silva não teve “tempo” para ir ao RS, primeiro por uma indisposição, depois por conta de uma viagem internacional e, após a viagem, por puro desinteresse – não há outra explicação. No dia 28 de setembro, portanto 24 dias depois, Lula mandou Janja da Silva ao RS como uma forma de se reabilitar com o povo gaúcho. A ida de Janja, agora, deslegitima a solidariedade oficialmente prestada pelo vice Geraldo Alckmin, dias após a tragédia. O que Janja foi fazer no RS? Há quem diga que é um teste para uma futura candidatura ao Planalto no lugar de Lula. Nesse caso, o povo gaúcho, atingido pelo ciclone, foi um cobaia para as pretensões de Lula e do PT visando às próximas eleições? Se é isso mesmo e se Janja passou no teste, podemos dizer que temos uma Evita tupiniquim?

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

lgtsaraiva@gmail.com

Salvador

*

CIÊNCIA QUE SALVA VIDAS

Acompanhando os detalhes que cercam a cirurgia de artroplastia do quadril (colocação de prótese) de Lula, a quem desejamos pronta recuperação, é que nos certificamos do quão importante são os investimentos em ciência e tecnologia. Infelizmente, governos não têm dado grande atenção para o urgente aumento de verbas para pesquisas científicas. Mesmo assim, nossos cientistas têm se superado com esforço incomum para servir a população com desenvolvimento de equipamentos e medicamentos que estão recuperando pacientes e salvando vidas. Agora é um bom momento para o nosso presidente, felizmente beneficiado por esses avanços, se conscientizar e alavancar os investimentos nas áreas. Um ato nobre a favor do bem comum.

Paulo Panossian

paulopanossian@hotmail.com

São Paulo

*

CIRURGIA EM HOSPITAL PARTICULAR

É muito estranho e até mesmo inexplicável que o pai dos pobres, o homem que jamais vai sossegar enquanto não conseguir dar três refeições aos mais necessitados e humildes, inclusive picanha, não tenha optado por realizar as cirurgias que fez pelo SUS, mas sim num hospital particular, o que confirmaria que ele, embora presidente da República, é uma pessoa simples e que desde sempre rejeita mordomias. A bem da verdade, de todas as acusações de falsas promessas na campanha que fazem a Lula, temos de reconhecer que ele nunca disse que se precisasse usaria o SUS.

Mario Miguel

mmlimpeza@terra.com.br

Jundiaí

*

ARTROPLASTIA DE QUADRIL

Inacreditável, o aparato criado para a cirurgia de Lula, considerada o “procedimento do século” – justificando o slogan atual: “União e reconstrução”. Nessas horas devemos nos lembrar do “Brasil, um país de todos (pagarem essa conta)”.

Carlos Gaspar

carlos-gaspar@uol.com.br

São Paulo

*

QUEDA DE BRAÇO

O encontro do presidente Lula da Silva com Roberto Campos Neto, do Banco Central (BC), arranjado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi cercado de mistérios. Até agora o que se sabe das conversas é o que o porta-voz, Haddad, transmitiu à imprensa. Imagens, sons e o tradicional aperto de mãos “ficaram no breu”. O encontro foi institucional, produtivo e cordial, afirmou Haddad. Elementar, é claro que as duas partes discutiram o corte da taxa Selic, pedra no sapato do presidente, senso de responsabilidade do presidente do BC e de muito interesse do ministro da Fazenda. Porém, totalmente inócua essa forçada de barra, porque sabemos que a taxa de juros não será reduzida abaixo de dois dígitos, tanto que o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou 0,5% de redução para as duas últimas reuniões de 2023. Mas a queda de braço vai continuar neste “restinho” de ano e ao longo de 2024, a não ser que o presidente Lula, após a operação das pálpebras, consiga enxergar melhor o atual cenário econômico, e que “aquela pessoa” passe a ser chamada pelo nome.

Sergio Dafré

sergio_dafre@hotmail.com

Jundiaí

*

NOVO OLHAR

Com a cirurgia de blefaroplastia (retirada do excesso de pele sobre as pálpebras), será que o presidente Lula terá um novo olhar sobre o Centrão?

Vital Romaneli Penha

vitalromaneli@gmail.com

Jacareí

*

QUEM DÁ AS CARTAS

É difícil que algo de bom aconteça pelo bem do povo com um Congresso em que o presidente da Câmara é quem dá as cartas, visando só à grana do povo para se dar bem com seus vassalos. Já conseguiu praticamente tudo, mas agora exige a Caixa Econômica Federal de porteira fechada. E Lula é refém disso. Um Congresso que tem bancada da bala, num país onde a violência explode e já domina Estados como o Rio de Janeiro e a Bahia. Os parlamentares que chegaram lá na onda do bolsonarismo, a maioria sem preparo algum para a vida política, complicam ainda mais a situação. Estamos ficando sem saída.

Jane Araújo

janeandrade48@gmail.com

Brasília

*

PARLAMENTARES DESPREPARADOS

Todas as pessoas que pretendem se candidatar a cargos eletivos deveriam ser aprovadas no Concurso Nacional Unificado. O País não vai sair nunca do pântano do subdesenvolvimento de terceiro mundo com parlamentares despreparados. Os últimos três presidentes da República eleitos sequer sabem falar inglês. O País precisa subir muito o nível de seus governantes, precisa também acabar com o monopólio dos partidos políticos, que têm o poder de nomear os governantes sem qualquer participação da população nesse processo, cabendo ao povo o irrelevante papel de escolher entre os escolhidos pelos partidos políticos.

Mário Barilá Filho

mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

*

GUERRA DOS PODERES

Eliane Cantanhêde, de maneira cirúrgica, explicou que, atualmente, quem está em guerra são os Três Poderes e sem qualquer possibilidade de hastear uma “bandeira branca” (Estado, 29/9, A9). O novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, é a favor da “pacificação nacional” para acabar de vez com o “nós contra eles”. A pretensão é válida, mas não se pode esquecer que o “nós contra eles” teve início exatamente pelo PT, cuja ideia se infiltrou nas entranhas dos Três Poderes, como explicou o ministro Barroso quando tocou nas divergências entre a esquerda e a direita que dividem o País ao meio. Tomara que tenha sucesso.

Júlio Roberto Ayres Brisola

jrobrisola@uol.com.br

São Paulo

*

A JUSTIÇA QUE MERECEMOS

Os cidadãos brasileiros assistiram incrédulos aos discursos proferidos na posse do ministro Luís Roberto Barroso na presidência do STF. Nesta, o decano, ministro Gilmar Mendes, tergiversou sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro e aclamou o atual como grande estadista. O ministro empossado classificou nossa Justiça como uma das “mais produtivas do planeta”, além de fazer um discurso misturando as funções daquela Corte com aquelas das searas do Legislativo. Quanto a adequar o Poder Judiciário à realidade e eliminar seu autopoder de estabelecer suas próprias remunerações e avantajadas mordomias, não tocou nesses temas. Tampouco foram reconhecidos os prejuízos causados pelos morosos trâmites processuais que, no interregno, nos submetem a uma irônica quase anomia, mesmo com a fartura de leis disponíveis, porém inócuas até serem aplicadas. Percebe-se também o ceticismo da população quanto à imparcialidade de seus integrantes com a permissão da participação de parentes do julgador no trâmite processual, e ainda da participação de eventos patrocinados por partes em julgamento. Consagrando a decepção, na sequência assistiu-se a um rega-bofe digno de reinos, jamais de uma República. Esta não é a Justiça que merecemos.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

honyldo@gmail.com

Ribeirão Preto

*

LEI RETROATIVA

Banco do Brasil é investigado por participação na escravidão. Duas perguntas. 1) A lei retroage? 2) Supondo que a lei de hoje sirva para julgar atos de 150 anos atrás, a Igreja Católica, que promovia a escravidão de povos originários e de africanos, e que tinha inúmeros escravos, também será condenada a ressarcir os descendentes de escravizados?

Celso Francisco Álvares Leite

celso@celsoleite.com.br

São Paulo

*

INDENIZAÇÃO PORTUGUESA

O que de fato esses procuradores fazem para contribuir para o País ir para frente? Os precatórios já serão um desarranjo financeiro nos bolsos dos contribuintes. Dessa forma, deveríamos solicitar uma indenização a Portugal, por terem limpado durante anos riquezas minerais e vegetais, bem como por terem sido introdutores da escravidão em nossas terras e pelo legado cultural vigente até então da monarquia travestida de República.

Mauro Bilman

maurobilman@gmail.com

São Paulo

*

BARULHO DE MOTOS

Vale reforçar a mensagem do leitor José Renato Nascimento (Fórum dos Leitores, 29/9, A4): as motos fazem o que querem nas ruas de São Paulo. Desrespeitam (e muito) a velocidade determinada, passam no farol vermelho, trafegam na contramão e nas ciclovias, invadem as calçadas. E, como se não bastassem todas essas irregularidades que assustam os pedestres e os motoristas, muitas trafegam com um barulho ensurdecedor no escapamento, agravando a altíssima poluição sonora da cidade. Não há fiscalização para isso? Não se pode fazer uma intensa campanha de conscientização dos motociclistas? Como está não dá para permanecer.

Francisco Eduardo Britto

britto@znnalinha.com.br

São Paulo

*

CACHAÇA BRASILEIRA

Sobre a interessante matéria Por que só brasileiro bebe cachaça? (30/9, C6 e C7), embora eu seja totalmente leigo em cachaça, achei curiosa a falta de menções a bebidas que me parecem suas equivalentes (até mais que o citado rum), como saquê, vodca ou tequila. Mas entendo alguma coisa de música e, para mim, comparar cachaça a vinho é como comparar Marina Sena a Elis Regina.

Ayrton Mugnaini Jr.

milledischi@yahoo.com.br

São Paulo

*

BOLHA JOVEM

Alice Ferraz, em sua coluna de sábado (Estado, 30/9, C3), definiu como ninguém ainda havia feito na imprensa o mundo das bolhas em que todos nós, os 8 bilhões de terráqueos, vivemos. Há uns cinco anos cheguei à Rua da Praia, no centro de Porto Alegre, e me deparei com uma fila de jovens por vários quarteirões. Uma garota me informou que era para ver a banda Foo Fighters, de quem eu nunca ouvira falar. Era a bolha jovem desconhecida para mim, em minha bolha de ouvir outros sons, em outro planeta.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

Economia

Um só dinheiro

Foi interessantíssima a colocação na primeira página do Estadão de sábado de dois assuntos em sentidos opostos, mas com relação direta. Enquanto a arrecadação de impostos cai, o desemprego também cai. O dinheiro é um só, e fica claro que, ou é represado pelo Estado, e enterrado em sua inútil ineficiência e distribuído entre a elite política, ou é distribuído em renda pela população, que faz girar e crescer a economia.

Carlos Taparelli

CeduTaparelli@outlook.com

São Paulo

*

Judiciário

Saber jurídico

A autoridade do Supremo Tribunal Federal (STF), instância máxima do poder sem voto da República, decorre fundamentalmente do notável saber jurídico de seus membros, característica analisada pelos políticos no Senado de maneira pouco rigorosa de uns tempos para cá. Sabendo dessa falha, os políticos agora tentam corrigir esse fato criando um instrumento de anulação de decisões do STF. O caminho deveria ter sido a aprovação de candidatos sem ligações de proximidade com quem indica. Como até advogado de quem indica acabou virando ministro, realmente não dá para esperar mesmo muita sabedoria, e algo para corrigir isso deve mesmo ser feito.

José Elias Laier

joseeliaslaier@gmail.com

São Carlos

*

Sérgio Moro

Dentre as muitas acusações que pesam sobre o senador Sérgio Moro, as de que, enquanto juiz federal, pediu grampo para monitorar ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), juízes e desembargadores são gravíssimas. Deveria ser afastado de suas funções até o resultado das investigações.

Jorge de Jesus Longato

financeiro@cestadecompras.com.br

Mogi-Mirim

Meio ambiente

Rio Amazonas

Um Amazonas seco na primeira página do Estadão (30/9). Mais que foto, é uma radiografia da gestão ambiental. Emoldurada, ficaria ótima no gabinete da ministra Marina Silva.

A. Fernandes

standyball@hotmail.com

São Paulo

*

Marco temporal

Gosto muito dos artigos do professor Fernando Reinach, sempre com informações consistentes. No entanto, suas considerações sobre as comunidades indígenas poderem reclamar qualquer área em qualquer ponto do País, só porque havia populações indígenas quando da chegada dos colonizadores, carece de suporte (Marco temporal: o Brasil precisa dele?, 30/9, A20). A Constituição federal fala em forma tradicional de ocupação. A toda evidência, nenhum remanescente dos grupos indígenas que aqui estavam, por exemplo, no Pátio do Colégio, em São Paulo, poderia ocupar aquela área de acordo com seus usos, costumes e tradições. Da mesma forma, diversamente do que já dito por um ministro do STF, nenhuma comunidade indígena iria pleitear a demarcação de terra na Praia de Copacabana, pois totalmente imprópria para ser explorada conforme sua tradição. A comunidade indígena que hoje existe no Pico do Jaraguá há muito lá vive. Ocorre que a favelização de muitas áreas da cidade acabou por envolver aquela comunidade, sem que o poder público tomasse qualquer providência, em que pese antigas reivindicações daquela população. Portanto, afirmar que sem a definição do marco temporal qualquer área poderá ser convertida em área indígena não tem sustentação antropológica e/ou histórica.

Ana Lúcia Amaral

anamaral@uol.com.br

São Paulo

*

Saúde

Cigarro eletrônico

Na Coluna do Estadão, a senadora Soraya Thronicke critica a Anvisa por ficar alheia à regulamentação dos vapes (30/9, A2). Como regulamentar algo que é proibido? Os vapes têm se mostrado uma alternativa equivocada e muito tóxica ao tabaco. Estudos proliferam na academia mostrando que os danos pulmonares são devastadores, principalmente por conter substâncias carcinogênicas e citotóxicas, metais pesados e solventes. Por isso foram proibidos. Regulamentar uma ameaça desse quilate nos faz pensar que o cuidado com a saúde dos brasileiros não causa preocupação aos nossos legisladores.

Carlos Ritter

carlos_ritter@yahoo.com.br

Caxias do Sul (RS)

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

EVITA TUPINIQUIM

No dia 4 de setembro, o Rio Grande do Sul foi atingido por um ciclone extratropical, que deixou dezenas de mortos e milhares de desabrigados. Lula da Silva não teve “tempo” para ir ao RS, primeiro por uma indisposição, depois por conta de uma viagem internacional e, após a viagem, por puro desinteresse – não há outra explicação. No dia 28 de setembro, portanto 24 dias depois, Lula mandou Janja da Silva ao RS como uma forma de se reabilitar com o povo gaúcho. A ida de Janja, agora, deslegitima a solidariedade oficialmente prestada pelo vice Geraldo Alckmin, dias após a tragédia. O que Janja foi fazer no RS? Há quem diga que é um teste para uma futura candidatura ao Planalto no lugar de Lula. Nesse caso, o povo gaúcho, atingido pelo ciclone, foi um cobaia para as pretensões de Lula e do PT visando às próximas eleições? Se é isso mesmo e se Janja passou no teste, podemos dizer que temos uma Evita tupiniquim?

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

lgtsaraiva@gmail.com

Salvador

*

CIÊNCIA QUE SALVA VIDAS

Acompanhando os detalhes que cercam a cirurgia de artroplastia do quadril (colocação de prótese) de Lula, a quem desejamos pronta recuperação, é que nos certificamos do quão importante são os investimentos em ciência e tecnologia. Infelizmente, governos não têm dado grande atenção para o urgente aumento de verbas para pesquisas científicas. Mesmo assim, nossos cientistas têm se superado com esforço incomum para servir a população com desenvolvimento de equipamentos e medicamentos que estão recuperando pacientes e salvando vidas. Agora é um bom momento para o nosso presidente, felizmente beneficiado por esses avanços, se conscientizar e alavancar os investimentos nas áreas. Um ato nobre a favor do bem comum.

Paulo Panossian

paulopanossian@hotmail.com

São Paulo

*

CIRURGIA EM HOSPITAL PARTICULAR

É muito estranho e até mesmo inexplicável que o pai dos pobres, o homem que jamais vai sossegar enquanto não conseguir dar três refeições aos mais necessitados e humildes, inclusive picanha, não tenha optado por realizar as cirurgias que fez pelo SUS, mas sim num hospital particular, o que confirmaria que ele, embora presidente da República, é uma pessoa simples e que desde sempre rejeita mordomias. A bem da verdade, de todas as acusações de falsas promessas na campanha que fazem a Lula, temos de reconhecer que ele nunca disse que se precisasse usaria o SUS.

Mario Miguel

mmlimpeza@terra.com.br

Jundiaí

*

ARTROPLASTIA DE QUADRIL

Inacreditável, o aparato criado para a cirurgia de Lula, considerada o “procedimento do século” – justificando o slogan atual: “União e reconstrução”. Nessas horas devemos nos lembrar do “Brasil, um país de todos (pagarem essa conta)”.

Carlos Gaspar

carlos-gaspar@uol.com.br

São Paulo

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QUEDA DE BRAÇO

O encontro do presidente Lula da Silva com Roberto Campos Neto, do Banco Central (BC), arranjado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi cercado de mistérios. Até agora o que se sabe das conversas é o que o porta-voz, Haddad, transmitiu à imprensa. Imagens, sons e o tradicional aperto de mãos “ficaram no breu”. O encontro foi institucional, produtivo e cordial, afirmou Haddad. Elementar, é claro que as duas partes discutiram o corte da taxa Selic, pedra no sapato do presidente, senso de responsabilidade do presidente do BC e de muito interesse do ministro da Fazenda. Porém, totalmente inócua essa forçada de barra, porque sabemos que a taxa de juros não será reduzida abaixo de dois dígitos, tanto que o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou 0,5% de redução para as duas últimas reuniões de 2023. Mas a queda de braço vai continuar neste “restinho” de ano e ao longo de 2024, a não ser que o presidente Lula, após a operação das pálpebras, consiga enxergar melhor o atual cenário econômico, e que “aquela pessoa” passe a ser chamada pelo nome.

Sergio Dafré

sergio_dafre@hotmail.com

Jundiaí

*

NOVO OLHAR

Com a cirurgia de blefaroplastia (retirada do excesso de pele sobre as pálpebras), será que o presidente Lula terá um novo olhar sobre o Centrão?

Vital Romaneli Penha

vitalromaneli@gmail.com

Jacareí

*

QUEM DÁ AS CARTAS

É difícil que algo de bom aconteça pelo bem do povo com um Congresso em que o presidente da Câmara é quem dá as cartas, visando só à grana do povo para se dar bem com seus vassalos. Já conseguiu praticamente tudo, mas agora exige a Caixa Econômica Federal de porteira fechada. E Lula é refém disso. Um Congresso que tem bancada da bala, num país onde a violência explode e já domina Estados como o Rio de Janeiro e a Bahia. Os parlamentares que chegaram lá na onda do bolsonarismo, a maioria sem preparo algum para a vida política, complicam ainda mais a situação. Estamos ficando sem saída.

Jane Araújo

janeandrade48@gmail.com

Brasília

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PARLAMENTARES DESPREPARADOS

Todas as pessoas que pretendem se candidatar a cargos eletivos deveriam ser aprovadas no Concurso Nacional Unificado. O País não vai sair nunca do pântano do subdesenvolvimento de terceiro mundo com parlamentares despreparados. Os últimos três presidentes da República eleitos sequer sabem falar inglês. O País precisa subir muito o nível de seus governantes, precisa também acabar com o monopólio dos partidos políticos, que têm o poder de nomear os governantes sem qualquer participação da população nesse processo, cabendo ao povo o irrelevante papel de escolher entre os escolhidos pelos partidos políticos.

Mário Barilá Filho

mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

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GUERRA DOS PODERES

Eliane Cantanhêde, de maneira cirúrgica, explicou que, atualmente, quem está em guerra são os Três Poderes e sem qualquer possibilidade de hastear uma “bandeira branca” (Estado, 29/9, A9). O novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, é a favor da “pacificação nacional” para acabar de vez com o “nós contra eles”. A pretensão é válida, mas não se pode esquecer que o “nós contra eles” teve início exatamente pelo PT, cuja ideia se infiltrou nas entranhas dos Três Poderes, como explicou o ministro Barroso quando tocou nas divergências entre a esquerda e a direita que dividem o País ao meio. Tomara que tenha sucesso.

Júlio Roberto Ayres Brisola

jrobrisola@uol.com.br

São Paulo

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A JUSTIÇA QUE MERECEMOS

Os cidadãos brasileiros assistiram incrédulos aos discursos proferidos na posse do ministro Luís Roberto Barroso na presidência do STF. Nesta, o decano, ministro Gilmar Mendes, tergiversou sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro e aclamou o atual como grande estadista. O ministro empossado classificou nossa Justiça como uma das “mais produtivas do planeta”, além de fazer um discurso misturando as funções daquela Corte com aquelas das searas do Legislativo. Quanto a adequar o Poder Judiciário à realidade e eliminar seu autopoder de estabelecer suas próprias remunerações e avantajadas mordomias, não tocou nesses temas. Tampouco foram reconhecidos os prejuízos causados pelos morosos trâmites processuais que, no interregno, nos submetem a uma irônica quase anomia, mesmo com a fartura de leis disponíveis, porém inócuas até serem aplicadas. Percebe-se também o ceticismo da população quanto à imparcialidade de seus integrantes com a permissão da participação de parentes do julgador no trâmite processual, e ainda da participação de eventos patrocinados por partes em julgamento. Consagrando a decepção, na sequência assistiu-se a um rega-bofe digno de reinos, jamais de uma República. Esta não é a Justiça que merecemos.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

honyldo@gmail.com

Ribeirão Preto

*

LEI RETROATIVA

Banco do Brasil é investigado por participação na escravidão. Duas perguntas. 1) A lei retroage? 2) Supondo que a lei de hoje sirva para julgar atos de 150 anos atrás, a Igreja Católica, que promovia a escravidão de povos originários e de africanos, e que tinha inúmeros escravos, também será condenada a ressarcir os descendentes de escravizados?

Celso Francisco Álvares Leite

celso@celsoleite.com.br

São Paulo

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INDENIZAÇÃO PORTUGUESA

O que de fato esses procuradores fazem para contribuir para o País ir para frente? Os precatórios já serão um desarranjo financeiro nos bolsos dos contribuintes. Dessa forma, deveríamos solicitar uma indenização a Portugal, por terem limpado durante anos riquezas minerais e vegetais, bem como por terem sido introdutores da escravidão em nossas terras e pelo legado cultural vigente até então da monarquia travestida de República.

Mauro Bilman

maurobilman@gmail.com

São Paulo

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BARULHO DE MOTOS

Vale reforçar a mensagem do leitor José Renato Nascimento (Fórum dos Leitores, 29/9, A4): as motos fazem o que querem nas ruas de São Paulo. Desrespeitam (e muito) a velocidade determinada, passam no farol vermelho, trafegam na contramão e nas ciclovias, invadem as calçadas. E, como se não bastassem todas essas irregularidades que assustam os pedestres e os motoristas, muitas trafegam com um barulho ensurdecedor no escapamento, agravando a altíssima poluição sonora da cidade. Não há fiscalização para isso? Não se pode fazer uma intensa campanha de conscientização dos motociclistas? Como está não dá para permanecer.

Francisco Eduardo Britto

britto@znnalinha.com.br

São Paulo

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CACHAÇA BRASILEIRA

Sobre a interessante matéria Por que só brasileiro bebe cachaça? (30/9, C6 e C7), embora eu seja totalmente leigo em cachaça, achei curiosa a falta de menções a bebidas que me parecem suas equivalentes (até mais que o citado rum), como saquê, vodca ou tequila. Mas entendo alguma coisa de música e, para mim, comparar cachaça a vinho é como comparar Marina Sena a Elis Regina.

Ayrton Mugnaini Jr.

milledischi@yahoo.com.br

São Paulo

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BOLHA JOVEM

Alice Ferraz, em sua coluna de sábado (Estado, 30/9, C3), definiu como ninguém ainda havia feito na imprensa o mundo das bolhas em que todos nós, os 8 bilhões de terráqueos, vivemos. Há uns cinco anos cheguei à Rua da Praia, no centro de Porto Alegre, e me deparei com uma fila de jovens por vários quarteirões. Uma garota me informou que era para ver a banda Foo Fighters, de quem eu nunca ouvira falar. Era a bolha jovem desconhecida para mim, em minha bolha de ouvir outros sons, em outro planeta.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

Economia

Um só dinheiro

Foi interessantíssima a colocação na primeira página do Estadão de sábado de dois assuntos em sentidos opostos, mas com relação direta. Enquanto a arrecadação de impostos cai, o desemprego também cai. O dinheiro é um só, e fica claro que, ou é represado pelo Estado, e enterrado em sua inútil ineficiência e distribuído entre a elite política, ou é distribuído em renda pela população, que faz girar e crescer a economia.

Carlos Taparelli

CeduTaparelli@outlook.com

São Paulo

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Judiciário

Saber jurídico

A autoridade do Supremo Tribunal Federal (STF), instância máxima do poder sem voto da República, decorre fundamentalmente do notável saber jurídico de seus membros, característica analisada pelos políticos no Senado de maneira pouco rigorosa de uns tempos para cá. Sabendo dessa falha, os políticos agora tentam corrigir esse fato criando um instrumento de anulação de decisões do STF. O caminho deveria ter sido a aprovação de candidatos sem ligações de proximidade com quem indica. Como até advogado de quem indica acabou virando ministro, realmente não dá para esperar mesmo muita sabedoria, e algo para corrigir isso deve mesmo ser feito.

José Elias Laier

joseeliaslaier@gmail.com

São Carlos

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Sérgio Moro

Dentre as muitas acusações que pesam sobre o senador Sérgio Moro, as de que, enquanto juiz federal, pediu grampo para monitorar ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), juízes e desembargadores são gravíssimas. Deveria ser afastado de suas funções até o resultado das investigações.

Jorge de Jesus Longato

financeiro@cestadecompras.com.br

Mogi-Mirim

Meio ambiente

Rio Amazonas

Um Amazonas seco na primeira página do Estadão (30/9). Mais que foto, é uma radiografia da gestão ambiental. Emoldurada, ficaria ótima no gabinete da ministra Marina Silva.

A. Fernandes

standyball@hotmail.com

São Paulo

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Marco temporal

Gosto muito dos artigos do professor Fernando Reinach, sempre com informações consistentes. No entanto, suas considerações sobre as comunidades indígenas poderem reclamar qualquer área em qualquer ponto do País, só porque havia populações indígenas quando da chegada dos colonizadores, carece de suporte (Marco temporal: o Brasil precisa dele?, 30/9, A20). A Constituição federal fala em forma tradicional de ocupação. A toda evidência, nenhum remanescente dos grupos indígenas que aqui estavam, por exemplo, no Pátio do Colégio, em São Paulo, poderia ocupar aquela área de acordo com seus usos, costumes e tradições. Da mesma forma, diversamente do que já dito por um ministro do STF, nenhuma comunidade indígena iria pleitear a demarcação de terra na Praia de Copacabana, pois totalmente imprópria para ser explorada conforme sua tradição. A comunidade indígena que hoje existe no Pico do Jaraguá há muito lá vive. Ocorre que a favelização de muitas áreas da cidade acabou por envolver aquela comunidade, sem que o poder público tomasse qualquer providência, em que pese antigas reivindicações daquela população. Portanto, afirmar que sem a definição do marco temporal qualquer área poderá ser convertida em área indígena não tem sustentação antropológica e/ou histórica.

Ana Lúcia Amaral

anamaral@uol.com.br

São Paulo

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Saúde

Cigarro eletrônico

Na Coluna do Estadão, a senadora Soraya Thronicke critica a Anvisa por ficar alheia à regulamentação dos vapes (30/9, A2). Como regulamentar algo que é proibido? Os vapes têm se mostrado uma alternativa equivocada e muito tóxica ao tabaco. Estudos proliferam na academia mostrando que os danos pulmonares são devastadores, principalmente por conter substâncias carcinogênicas e citotóxicas, metais pesados e solventes. Por isso foram proibidos. Regulamentar uma ameaça desse quilate nos faz pensar que o cuidado com a saúde dos brasileiros não causa preocupação aos nossos legisladores.

Carlos Ritter

carlos_ritter@yahoo.com.br

Caxias do Sul (RS)

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

EVITA TUPINIQUIM

No dia 4 de setembro, o Rio Grande do Sul foi atingido por um ciclone extratropical, que deixou dezenas de mortos e milhares de desabrigados. Lula da Silva não teve “tempo” para ir ao RS, primeiro por uma indisposição, depois por conta de uma viagem internacional e, após a viagem, por puro desinteresse – não há outra explicação. No dia 28 de setembro, portanto 24 dias depois, Lula mandou Janja da Silva ao RS como uma forma de se reabilitar com o povo gaúcho. A ida de Janja, agora, deslegitima a solidariedade oficialmente prestada pelo vice Geraldo Alckmin, dias após a tragédia. O que Janja foi fazer no RS? Há quem diga que é um teste para uma futura candidatura ao Planalto no lugar de Lula. Nesse caso, o povo gaúcho, atingido pelo ciclone, foi um cobaia para as pretensões de Lula e do PT visando às próximas eleições? Se é isso mesmo e se Janja passou no teste, podemos dizer que temos uma Evita tupiniquim?

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

lgtsaraiva@gmail.com

Salvador

*

CIÊNCIA QUE SALVA VIDAS

Acompanhando os detalhes que cercam a cirurgia de artroplastia do quadril (colocação de prótese) de Lula, a quem desejamos pronta recuperação, é que nos certificamos do quão importante são os investimentos em ciência e tecnologia. Infelizmente, governos não têm dado grande atenção para o urgente aumento de verbas para pesquisas científicas. Mesmo assim, nossos cientistas têm se superado com esforço incomum para servir a população com desenvolvimento de equipamentos e medicamentos que estão recuperando pacientes e salvando vidas. Agora é um bom momento para o nosso presidente, felizmente beneficiado por esses avanços, se conscientizar e alavancar os investimentos nas áreas. Um ato nobre a favor do bem comum.

Paulo Panossian

paulopanossian@hotmail.com

São Paulo

*

CIRURGIA EM HOSPITAL PARTICULAR

É muito estranho e até mesmo inexplicável que o pai dos pobres, o homem que jamais vai sossegar enquanto não conseguir dar três refeições aos mais necessitados e humildes, inclusive picanha, não tenha optado por realizar as cirurgias que fez pelo SUS, mas sim num hospital particular, o que confirmaria que ele, embora presidente da República, é uma pessoa simples e que desde sempre rejeita mordomias. A bem da verdade, de todas as acusações de falsas promessas na campanha que fazem a Lula, temos de reconhecer que ele nunca disse que se precisasse usaria o SUS.

Mario Miguel

mmlimpeza@terra.com.br

Jundiaí

*

ARTROPLASTIA DE QUADRIL

Inacreditável, o aparato criado para a cirurgia de Lula, considerada o “procedimento do século” – justificando o slogan atual: “União e reconstrução”. Nessas horas devemos nos lembrar do “Brasil, um país de todos (pagarem essa conta)”.

Carlos Gaspar

carlos-gaspar@uol.com.br

São Paulo

*

QUEDA DE BRAÇO

O encontro do presidente Lula da Silva com Roberto Campos Neto, do Banco Central (BC), arranjado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi cercado de mistérios. Até agora o que se sabe das conversas é o que o porta-voz, Haddad, transmitiu à imprensa. Imagens, sons e o tradicional aperto de mãos “ficaram no breu”. O encontro foi institucional, produtivo e cordial, afirmou Haddad. Elementar, é claro que as duas partes discutiram o corte da taxa Selic, pedra no sapato do presidente, senso de responsabilidade do presidente do BC e de muito interesse do ministro da Fazenda. Porém, totalmente inócua essa forçada de barra, porque sabemos que a taxa de juros não será reduzida abaixo de dois dígitos, tanto que o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou 0,5% de redução para as duas últimas reuniões de 2023. Mas a queda de braço vai continuar neste “restinho” de ano e ao longo de 2024, a não ser que o presidente Lula, após a operação das pálpebras, consiga enxergar melhor o atual cenário econômico, e que “aquela pessoa” passe a ser chamada pelo nome.

Sergio Dafré

sergio_dafre@hotmail.com

Jundiaí

*

NOVO OLHAR

Com a cirurgia de blefaroplastia (retirada do excesso de pele sobre as pálpebras), será que o presidente Lula terá um novo olhar sobre o Centrão?

Vital Romaneli Penha

vitalromaneli@gmail.com

Jacareí

*

QUEM DÁ AS CARTAS

É difícil que algo de bom aconteça pelo bem do povo com um Congresso em que o presidente da Câmara é quem dá as cartas, visando só à grana do povo para se dar bem com seus vassalos. Já conseguiu praticamente tudo, mas agora exige a Caixa Econômica Federal de porteira fechada. E Lula é refém disso. Um Congresso que tem bancada da bala, num país onde a violência explode e já domina Estados como o Rio de Janeiro e a Bahia. Os parlamentares que chegaram lá na onda do bolsonarismo, a maioria sem preparo algum para a vida política, complicam ainda mais a situação. Estamos ficando sem saída.

Jane Araújo

janeandrade48@gmail.com

Brasília

*

PARLAMENTARES DESPREPARADOS

Todas as pessoas que pretendem se candidatar a cargos eletivos deveriam ser aprovadas no Concurso Nacional Unificado. O País não vai sair nunca do pântano do subdesenvolvimento de terceiro mundo com parlamentares despreparados. Os últimos três presidentes da República eleitos sequer sabem falar inglês. O País precisa subir muito o nível de seus governantes, precisa também acabar com o monopólio dos partidos políticos, que têm o poder de nomear os governantes sem qualquer participação da população nesse processo, cabendo ao povo o irrelevante papel de escolher entre os escolhidos pelos partidos políticos.

Mário Barilá Filho

mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

*

GUERRA DOS PODERES

Eliane Cantanhêde, de maneira cirúrgica, explicou que, atualmente, quem está em guerra são os Três Poderes e sem qualquer possibilidade de hastear uma “bandeira branca” (Estado, 29/9, A9). O novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, é a favor da “pacificação nacional” para acabar de vez com o “nós contra eles”. A pretensão é válida, mas não se pode esquecer que o “nós contra eles” teve início exatamente pelo PT, cuja ideia se infiltrou nas entranhas dos Três Poderes, como explicou o ministro Barroso quando tocou nas divergências entre a esquerda e a direita que dividem o País ao meio. Tomara que tenha sucesso.

Júlio Roberto Ayres Brisola

jrobrisola@uol.com.br

São Paulo

*

A JUSTIÇA QUE MERECEMOS

Os cidadãos brasileiros assistiram incrédulos aos discursos proferidos na posse do ministro Luís Roberto Barroso na presidência do STF. Nesta, o decano, ministro Gilmar Mendes, tergiversou sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro e aclamou o atual como grande estadista. O ministro empossado classificou nossa Justiça como uma das “mais produtivas do planeta”, além de fazer um discurso misturando as funções daquela Corte com aquelas das searas do Legislativo. Quanto a adequar o Poder Judiciário à realidade e eliminar seu autopoder de estabelecer suas próprias remunerações e avantajadas mordomias, não tocou nesses temas. Tampouco foram reconhecidos os prejuízos causados pelos morosos trâmites processuais que, no interregno, nos submetem a uma irônica quase anomia, mesmo com a fartura de leis disponíveis, porém inócuas até serem aplicadas. Percebe-se também o ceticismo da população quanto à imparcialidade de seus integrantes com a permissão da participação de parentes do julgador no trâmite processual, e ainda da participação de eventos patrocinados por partes em julgamento. Consagrando a decepção, na sequência assistiu-se a um rega-bofe digno de reinos, jamais de uma República. Esta não é a Justiça que merecemos.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

honyldo@gmail.com

Ribeirão Preto

*

LEI RETROATIVA

Banco do Brasil é investigado por participação na escravidão. Duas perguntas. 1) A lei retroage? 2) Supondo que a lei de hoje sirva para julgar atos de 150 anos atrás, a Igreja Católica, que promovia a escravidão de povos originários e de africanos, e que tinha inúmeros escravos, também será condenada a ressarcir os descendentes de escravizados?

Celso Francisco Álvares Leite

celso@celsoleite.com.br

São Paulo

*

INDENIZAÇÃO PORTUGUESA

O que de fato esses procuradores fazem para contribuir para o País ir para frente? Os precatórios já serão um desarranjo financeiro nos bolsos dos contribuintes. Dessa forma, deveríamos solicitar uma indenização a Portugal, por terem limpado durante anos riquezas minerais e vegetais, bem como por terem sido introdutores da escravidão em nossas terras e pelo legado cultural vigente até então da monarquia travestida de República.

Mauro Bilman

maurobilman@gmail.com

São Paulo

*

BARULHO DE MOTOS

Vale reforçar a mensagem do leitor José Renato Nascimento (Fórum dos Leitores, 29/9, A4): as motos fazem o que querem nas ruas de São Paulo. Desrespeitam (e muito) a velocidade determinada, passam no farol vermelho, trafegam na contramão e nas ciclovias, invadem as calçadas. E, como se não bastassem todas essas irregularidades que assustam os pedestres e os motoristas, muitas trafegam com um barulho ensurdecedor no escapamento, agravando a altíssima poluição sonora da cidade. Não há fiscalização para isso? Não se pode fazer uma intensa campanha de conscientização dos motociclistas? Como está não dá para permanecer.

Francisco Eduardo Britto

britto@znnalinha.com.br

São Paulo

*

CACHAÇA BRASILEIRA

Sobre a interessante matéria Por que só brasileiro bebe cachaça? (30/9, C6 e C7), embora eu seja totalmente leigo em cachaça, achei curiosa a falta de menções a bebidas que me parecem suas equivalentes (até mais que o citado rum), como saquê, vodca ou tequila. Mas entendo alguma coisa de música e, para mim, comparar cachaça a vinho é como comparar Marina Sena a Elis Regina.

Ayrton Mugnaini Jr.

milledischi@yahoo.com.br

São Paulo

*

BOLHA JOVEM

Alice Ferraz, em sua coluna de sábado (Estado, 30/9, C3), definiu como ninguém ainda havia feito na imprensa o mundo das bolhas em que todos nós, os 8 bilhões de terráqueos, vivemos. Há uns cinco anos cheguei à Rua da Praia, no centro de Porto Alegre, e me deparei com uma fila de jovens por vários quarteirões. Uma garota me informou que era para ver a banda Foo Fighters, de quem eu nunca ouvira falar. Era a bolha jovem desconhecida para mim, em minha bolha de ouvir outros sons, em outro planeta.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

Economia

Um só dinheiro

Foi interessantíssima a colocação na primeira página do Estadão de sábado de dois assuntos em sentidos opostos, mas com relação direta. Enquanto a arrecadação de impostos cai, o desemprego também cai. O dinheiro é um só, e fica claro que, ou é represado pelo Estado, e enterrado em sua inútil ineficiência e distribuído entre a elite política, ou é distribuído em renda pela população, que faz girar e crescer a economia.

Carlos Taparelli

CeduTaparelli@outlook.com

São Paulo

*

Judiciário

Saber jurídico

A autoridade do Supremo Tribunal Federal (STF), instância máxima do poder sem voto da República, decorre fundamentalmente do notável saber jurídico de seus membros, característica analisada pelos políticos no Senado de maneira pouco rigorosa de uns tempos para cá. Sabendo dessa falha, os políticos agora tentam corrigir esse fato criando um instrumento de anulação de decisões do STF. O caminho deveria ter sido a aprovação de candidatos sem ligações de proximidade com quem indica. Como até advogado de quem indica acabou virando ministro, realmente não dá para esperar mesmo muita sabedoria, e algo para corrigir isso deve mesmo ser feito.

José Elias Laier

joseeliaslaier@gmail.com

São Carlos

*

Sérgio Moro

Dentre as muitas acusações que pesam sobre o senador Sérgio Moro, as de que, enquanto juiz federal, pediu grampo para monitorar ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), juízes e desembargadores são gravíssimas. Deveria ser afastado de suas funções até o resultado das investigações.

Jorge de Jesus Longato

financeiro@cestadecompras.com.br

Mogi-Mirim

Meio ambiente

Rio Amazonas

Um Amazonas seco na primeira página do Estadão (30/9). Mais que foto, é uma radiografia da gestão ambiental. Emoldurada, ficaria ótima no gabinete da ministra Marina Silva.

A. Fernandes

standyball@hotmail.com

São Paulo

*

Marco temporal

Gosto muito dos artigos do professor Fernando Reinach, sempre com informações consistentes. No entanto, suas considerações sobre as comunidades indígenas poderem reclamar qualquer área em qualquer ponto do País, só porque havia populações indígenas quando da chegada dos colonizadores, carece de suporte (Marco temporal: o Brasil precisa dele?, 30/9, A20). A Constituição federal fala em forma tradicional de ocupação. A toda evidência, nenhum remanescente dos grupos indígenas que aqui estavam, por exemplo, no Pátio do Colégio, em São Paulo, poderia ocupar aquela área de acordo com seus usos, costumes e tradições. Da mesma forma, diversamente do que já dito por um ministro do STF, nenhuma comunidade indígena iria pleitear a demarcação de terra na Praia de Copacabana, pois totalmente imprópria para ser explorada conforme sua tradição. A comunidade indígena que hoje existe no Pico do Jaraguá há muito lá vive. Ocorre que a favelização de muitas áreas da cidade acabou por envolver aquela comunidade, sem que o poder público tomasse qualquer providência, em que pese antigas reivindicações daquela população. Portanto, afirmar que sem a definição do marco temporal qualquer área poderá ser convertida em área indígena não tem sustentação antropológica e/ou histórica.

Ana Lúcia Amaral

anamaral@uol.com.br

São Paulo

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Saúde

Cigarro eletrônico

Na Coluna do Estadão, a senadora Soraya Thronicke critica a Anvisa por ficar alheia à regulamentação dos vapes (30/9, A2). Como regulamentar algo que é proibido? Os vapes têm se mostrado uma alternativa equivocada e muito tóxica ao tabaco. Estudos proliferam na academia mostrando que os danos pulmonares são devastadores, principalmente por conter substâncias carcinogênicas e citotóxicas, metais pesados e solventes. Por isso foram proibidos. Regulamentar uma ameaça desse quilate nos faz pensar que o cuidado com a saúde dos brasileiros não causa preocupação aos nossos legisladores.

Carlos Ritter

carlos_ritter@yahoo.com.br

Caxias do Sul (RS)

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

EVITA TUPINIQUIM

No dia 4 de setembro, o Rio Grande do Sul foi atingido por um ciclone extratropical, que deixou dezenas de mortos e milhares de desabrigados. Lula da Silva não teve “tempo” para ir ao RS, primeiro por uma indisposição, depois por conta de uma viagem internacional e, após a viagem, por puro desinteresse – não há outra explicação. No dia 28 de setembro, portanto 24 dias depois, Lula mandou Janja da Silva ao RS como uma forma de se reabilitar com o povo gaúcho. A ida de Janja, agora, deslegitima a solidariedade oficialmente prestada pelo vice Geraldo Alckmin, dias após a tragédia. O que Janja foi fazer no RS? Há quem diga que é um teste para uma futura candidatura ao Planalto no lugar de Lula. Nesse caso, o povo gaúcho, atingido pelo ciclone, foi um cobaia para as pretensões de Lula e do PT visando às próximas eleições? Se é isso mesmo e se Janja passou no teste, podemos dizer que temos uma Evita tupiniquim?

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

lgtsaraiva@gmail.com

Salvador

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CIÊNCIA QUE SALVA VIDAS

Acompanhando os detalhes que cercam a cirurgia de artroplastia do quadril (colocação de prótese) de Lula, a quem desejamos pronta recuperação, é que nos certificamos do quão importante são os investimentos em ciência e tecnologia. Infelizmente, governos não têm dado grande atenção para o urgente aumento de verbas para pesquisas científicas. Mesmo assim, nossos cientistas têm se superado com esforço incomum para servir a população com desenvolvimento de equipamentos e medicamentos que estão recuperando pacientes e salvando vidas. Agora é um bom momento para o nosso presidente, felizmente beneficiado por esses avanços, se conscientizar e alavancar os investimentos nas áreas. Um ato nobre a favor do bem comum.

Paulo Panossian

paulopanossian@hotmail.com

São Paulo

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CIRURGIA EM HOSPITAL PARTICULAR

É muito estranho e até mesmo inexplicável que o pai dos pobres, o homem que jamais vai sossegar enquanto não conseguir dar três refeições aos mais necessitados e humildes, inclusive picanha, não tenha optado por realizar as cirurgias que fez pelo SUS, mas sim num hospital particular, o que confirmaria que ele, embora presidente da República, é uma pessoa simples e que desde sempre rejeita mordomias. A bem da verdade, de todas as acusações de falsas promessas na campanha que fazem a Lula, temos de reconhecer que ele nunca disse que se precisasse usaria o SUS.

Mario Miguel

mmlimpeza@terra.com.br

Jundiaí

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ARTROPLASTIA DE QUADRIL

Inacreditável, o aparato criado para a cirurgia de Lula, considerada o “procedimento do século” – justificando o slogan atual: “União e reconstrução”. Nessas horas devemos nos lembrar do “Brasil, um país de todos (pagarem essa conta)”.

Carlos Gaspar

carlos-gaspar@uol.com.br

São Paulo

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QUEDA DE BRAÇO

O encontro do presidente Lula da Silva com Roberto Campos Neto, do Banco Central (BC), arranjado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi cercado de mistérios. Até agora o que se sabe das conversas é o que o porta-voz, Haddad, transmitiu à imprensa. Imagens, sons e o tradicional aperto de mãos “ficaram no breu”. O encontro foi institucional, produtivo e cordial, afirmou Haddad. Elementar, é claro que as duas partes discutiram o corte da taxa Selic, pedra no sapato do presidente, senso de responsabilidade do presidente do BC e de muito interesse do ministro da Fazenda. Porém, totalmente inócua essa forçada de barra, porque sabemos que a taxa de juros não será reduzida abaixo de dois dígitos, tanto que o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou 0,5% de redução para as duas últimas reuniões de 2023. Mas a queda de braço vai continuar neste “restinho” de ano e ao longo de 2024, a não ser que o presidente Lula, após a operação das pálpebras, consiga enxergar melhor o atual cenário econômico, e que “aquela pessoa” passe a ser chamada pelo nome.

Sergio Dafré

sergio_dafre@hotmail.com

Jundiaí

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NOVO OLHAR

Com a cirurgia de blefaroplastia (retirada do excesso de pele sobre as pálpebras), será que o presidente Lula terá um novo olhar sobre o Centrão?

Vital Romaneli Penha

vitalromaneli@gmail.com

Jacareí

*

QUEM DÁ AS CARTAS

É difícil que algo de bom aconteça pelo bem do povo com um Congresso em que o presidente da Câmara é quem dá as cartas, visando só à grana do povo para se dar bem com seus vassalos. Já conseguiu praticamente tudo, mas agora exige a Caixa Econômica Federal de porteira fechada. E Lula é refém disso. Um Congresso que tem bancada da bala, num país onde a violência explode e já domina Estados como o Rio de Janeiro e a Bahia. Os parlamentares que chegaram lá na onda do bolsonarismo, a maioria sem preparo algum para a vida política, complicam ainda mais a situação. Estamos ficando sem saída.

Jane Araújo

janeandrade48@gmail.com

Brasília

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PARLAMENTARES DESPREPARADOS

Todas as pessoas que pretendem se candidatar a cargos eletivos deveriam ser aprovadas no Concurso Nacional Unificado. O País não vai sair nunca do pântano do subdesenvolvimento de terceiro mundo com parlamentares despreparados. Os últimos três presidentes da República eleitos sequer sabem falar inglês. O País precisa subir muito o nível de seus governantes, precisa também acabar com o monopólio dos partidos políticos, que têm o poder de nomear os governantes sem qualquer participação da população nesse processo, cabendo ao povo o irrelevante papel de escolher entre os escolhidos pelos partidos políticos.

Mário Barilá Filho

mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

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GUERRA DOS PODERES

Eliane Cantanhêde, de maneira cirúrgica, explicou que, atualmente, quem está em guerra são os Três Poderes e sem qualquer possibilidade de hastear uma “bandeira branca” (Estado, 29/9, A9). O novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, é a favor da “pacificação nacional” para acabar de vez com o “nós contra eles”. A pretensão é válida, mas não se pode esquecer que o “nós contra eles” teve início exatamente pelo PT, cuja ideia se infiltrou nas entranhas dos Três Poderes, como explicou o ministro Barroso quando tocou nas divergências entre a esquerda e a direita que dividem o País ao meio. Tomara que tenha sucesso.

Júlio Roberto Ayres Brisola

jrobrisola@uol.com.br

São Paulo

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A JUSTIÇA QUE MERECEMOS

Os cidadãos brasileiros assistiram incrédulos aos discursos proferidos na posse do ministro Luís Roberto Barroso na presidência do STF. Nesta, o decano, ministro Gilmar Mendes, tergiversou sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro e aclamou o atual como grande estadista. O ministro empossado classificou nossa Justiça como uma das “mais produtivas do planeta”, além de fazer um discurso misturando as funções daquela Corte com aquelas das searas do Legislativo. Quanto a adequar o Poder Judiciário à realidade e eliminar seu autopoder de estabelecer suas próprias remunerações e avantajadas mordomias, não tocou nesses temas. Tampouco foram reconhecidos os prejuízos causados pelos morosos trâmites processuais que, no interregno, nos submetem a uma irônica quase anomia, mesmo com a fartura de leis disponíveis, porém inócuas até serem aplicadas. Percebe-se também o ceticismo da população quanto à imparcialidade de seus integrantes com a permissão da participação de parentes do julgador no trâmite processual, e ainda da participação de eventos patrocinados por partes em julgamento. Consagrando a decepção, na sequência assistiu-se a um rega-bofe digno de reinos, jamais de uma República. Esta não é a Justiça que merecemos.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

honyldo@gmail.com

Ribeirão Preto

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LEI RETROATIVA

Banco do Brasil é investigado por participação na escravidão. Duas perguntas. 1) A lei retroage? 2) Supondo que a lei de hoje sirva para julgar atos de 150 anos atrás, a Igreja Católica, que promovia a escravidão de povos originários e de africanos, e que tinha inúmeros escravos, também será condenada a ressarcir os descendentes de escravizados?

Celso Francisco Álvares Leite

celso@celsoleite.com.br

São Paulo

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INDENIZAÇÃO PORTUGUESA

O que de fato esses procuradores fazem para contribuir para o País ir para frente? Os precatórios já serão um desarranjo financeiro nos bolsos dos contribuintes. Dessa forma, deveríamos solicitar uma indenização a Portugal, por terem limpado durante anos riquezas minerais e vegetais, bem como por terem sido introdutores da escravidão em nossas terras e pelo legado cultural vigente até então da monarquia travestida de República.

Mauro Bilman

maurobilman@gmail.com

São Paulo

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BARULHO DE MOTOS

Vale reforçar a mensagem do leitor José Renato Nascimento (Fórum dos Leitores, 29/9, A4): as motos fazem o que querem nas ruas de São Paulo. Desrespeitam (e muito) a velocidade determinada, passam no farol vermelho, trafegam na contramão e nas ciclovias, invadem as calçadas. E, como se não bastassem todas essas irregularidades que assustam os pedestres e os motoristas, muitas trafegam com um barulho ensurdecedor no escapamento, agravando a altíssima poluição sonora da cidade. Não há fiscalização para isso? Não se pode fazer uma intensa campanha de conscientização dos motociclistas? Como está não dá para permanecer.

Francisco Eduardo Britto

britto@znnalinha.com.br

São Paulo

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CACHAÇA BRASILEIRA

Sobre a interessante matéria Por que só brasileiro bebe cachaça? (30/9, C6 e C7), embora eu seja totalmente leigo em cachaça, achei curiosa a falta de menções a bebidas que me parecem suas equivalentes (até mais que o citado rum), como saquê, vodca ou tequila. Mas entendo alguma coisa de música e, para mim, comparar cachaça a vinho é como comparar Marina Sena a Elis Regina.

Ayrton Mugnaini Jr.

milledischi@yahoo.com.br

São Paulo

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BOLHA JOVEM

Alice Ferraz, em sua coluna de sábado (Estado, 30/9, C3), definiu como ninguém ainda havia feito na imprensa o mundo das bolhas em que todos nós, os 8 bilhões de terráqueos, vivemos. Há uns cinco anos cheguei à Rua da Praia, no centro de Porto Alegre, e me deparei com uma fila de jovens por vários quarteirões. Uma garota me informou que era para ver a banda Foo Fighters, de quem eu nunca ouvira falar. Era a bolha jovem desconhecida para mim, em minha bolha de ouvir outros sons, em outro planeta.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

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