Fórum dos Leitores


Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

Por Fórum dos Leitores

30 anos do Plano Real

O futuro

Estudar a história do Brasil é fundamental para entender a quebra de paradigma que o Real representou à época de sua chegada. Desde os primórdios, como mostram os livros de História, sobretudo após a Independência, o mote no campo da economia nacional era a emissão monetária para custear uma perdulária máquina pública. Na prática, este sentido da historiografia brasileira não mudou. Desde a redemocratização, todavia, graças ao Real e seu arcabouço, foi aperfeiçoado. Como cidadãos, não podemos permitir a retomada da hiperinflação galopante que ceifou tantos anos e planos de nosso povo. A manutenção do sucesso do Plano Real nos próximos 30 anos passa por profunda mudança institucional no trato dos recursos públicos, trabalho prescrito desde sua idealização e que, no entanto, segue sem perspectivas de avanço.

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Roger Costa Gouveia

São Paulo

*

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Reflexões

Devemos aproveitar os 30 anos do Real para refletir sobre seu significado econômico, social e político. Recorro às palavras liderança e equipe, entre as razões do sucesso do plano, depois do insucesso dos anteriores Planos Cruzado, Bresser, Verão, Collor 1 e 2. Sob a liderança esclarecida de Fernando Henrique Cardoso foi formada uma equipe sem hierarquia, mas com consensos e consentimentos em torno de ideias e conhecimentos partilhados e, principalmente, um norte. Cito o testemunho de FHC: “Não quero passar a falsa impressão de que todos os caminhos percorridos estivessem traçados conscientemente desde o início. Ao contrário, houve muitos azares, dúvidas, tentativas e erros, correções de rota ao longo do processo. Mas não se perdeu o norte”. Roberto DaMatta, em Governo contra Estado? (Estadão, 26/5, C5), sintetizou: “O laureado Plano Real foi um projeto do e para o País. Ou seja, tanto para o governo quanto para o Estado e para a sociedade. Não fosse, porém, o temperamento excepcional de FHC, ele teria fracassado na permanente batalha entre o pessoal e o impessoal”. Quando da comemoração dos dez anos da vitória do Plano Real contra a hiperinflação, FHC propôs algumas reflexões que continuam atuais: “Governar é fazer escolhas, em meio a muitas incertezas e sob muitas restrições. Quase sempre, requer arcar com custos certos e imediatos para colher benefícios incertos e no longo prazo. Por isso, ao fazer a avaliação do Plano Real não se deve perder de vista as perguntas que realmente importam. Estamos hoje melhores do que há dez anos? E, ainda mais importante, em melhores condições para avançar na construção de um país mais desenvolvido e menos injusto? Creio que uma avaliação tão isenta quanto possível permite dizer que sim”.

João Pedro da Fonseca

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São Paulo

*

Comemoração

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Sobre o artigo Por que tanta festa, de Gustavo H. B. Franco, no Estadão de domingo (30/6, B5), temos mesmo de comemorar. Quem sabe nos ajude a evitar erros do passado, apesar de alguém já ter dito que “o que se aprende da História é que nada se aprende”. Sobre o Plano Real, a melhor síntese que ouvi foi de que teria sido a maior redistribuição de renda ocorrida neste país. E lembro que isso ocorreu mesmo com a oposição do PT, que governa este país atualmente. Afinal, que transferência de renda foi essa? A classe rica perdeu? Não! A classe média perdeu? Não! Como assim? A classe baixa ganhou! E tudo indica que todos ganharam. A sociedade ganhou. Então, de onde saíram esses recursos, se não do Estado que gastava de forma irresponsável e insensível? Será a prova de que precisamos para concluir que o Estado era e é o promotor da desigualdade social?

Carlos Roberto Teixeira Netto

Rio de Janeiro

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*

Municípios paulistas

Dependência de repasses

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Lendo a matéria Em SP, 185 cidades têm apenas 10% da verba necessária para bancar despesas (Estadão, 1º/7, A6), concluo que a solução é dar continuidade ao projeto de incorporação aos municípios maiores. É uma medida que efetivamente pode reduzir as despesas e os cabides de emprego.

Silvano Antônio Castro

São Paulo

*

Eleição na França

União no 2º turno

No 2º turno da eleição legislativa francesa, os partidos de esquerda, que cresceram no 1º turno, devem se unir ao partido de Macron para impedir que a extrema direita forme o governo. A França, que revolucionou o mundo com os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade, não pode cair nas mãos do atraso.

Sylvio Belém

Recife

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

30 ANOS DO PLANO REAL

Se existe algo a comemorar neste Brasil, – infelizmente há 21 anos governado por retrógrados como Lula da Silva, Dilma Rousseff e o fascista Jair Bolsonaro – entre outros avanços na gestão de Fernando Henrique Cardoso, foi o da criação do Real, que completou 30 anos neste 1.º de julho. Graças a um governo sóbrio, exclusivamente tentando servir a Nação, que se conseguiu com a participação de renomados economistas dizimar de vez uma hiperinflação que em 1993 chegou a marca estonteante de 2.477% ao ano. A partir de sua vigência, a família brasileira, principalmente das classes menos favorecidas, passaram a ter mais comida na mesa. E como ocorria, o trabalhador deixou de perder seu poder de compra com seu salário. O sucesso do Real como um bem comum é inigualável. E é bom que se traga à memória dos brasileiros que Lula, demagogo e populista que é, fez o diabo para impedir a introdução do Real na época, e até foi contra o Bolsa Escola (que depois espertamente transformou em Bolsa Família para dizer que era seu). Nestes 30 anos do Real a nossa reverência ao estadista Fernando Henrique Cardoso.

Paulo Panossian

São Carlos

*

‘FALTA DE SENSIBILIDADE’

Tanto Jair Bolsonaro quanto o PT foram contra o Plano Real. Isso mostra a falta de sensibilidade e conhecimento técnico em seus governos, hoje, após todos esses 30 anos de sua criação. Para eles só vale a política pelo poder da própria política. É muito pouco para o Brasil.

Luiz Frid

São Paulo

*

‘AVENTURA PREJUDICIAL’

Absurdo desejo inflacionário. Como Dilma Rousseff, Lula da Silva demonstra desejos intensos de almejar inflação para seus planos e projetos. Age exatamente desejando que a responsabilidade fiscal não predomine em seu governo. O tripé ortodoxo incomoda-o, ou seja: metas de inflação, dólar flutuante e responsabilidade fiscal. O Plano Real não merece ser destruído pelo lulopetismo. Os brasileiros não aceitam essa aventura altamente prejudicial ao País.

José Carlos de Carvalho Carneiro

Rio Claro

*

COMBATE À CORRUPÇÃO

Nada funciona em um país com hiperinflação. Vários planos tentaram resolver o problema, o plano Real alcançou o objetivo, o País vem colhendo benefícios até hoje com a estabilização da moeda. O Brasil deveria fazer um plano de combate à corrupção nos moldes do plano Real. Nada funciona direito em um ambiente impregnado de corrupção. O País está na lista dos países mais corruptos do mundo, no entanto, não se busca solução para esse problema que é tão ou até mais grave que a hiperinflação vencida pelo plano Real. Acabar com a corrupção generalizada no governo é condição fundamental para o Brasil finalmente sair do pântano do subdesenvolvimento de terceiro mundo e se tornar o melhor e mais rico país do mundo.

Mário Barilá Filho

São Paulo

*

DEMOCRACIA

Pérsio Arida está correto ao afirmar que democracia é a garantia da estabilidade, como diz a reportagem ‘A agricultura é a nossa história de sucesso e mostra o caminho’ (Estadão, 30/6, B8). Com todo respeito ao ex-presidente do BNDES e Banco Central, afirmo que a recíproca é verdadeira. Se o País atravessa uma catastrófica instabilidade econômica, podemos concluir também que a democracia não está garantida.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

PÉRSIO ARIDA

Quando será que o Pérsio Arida ganhará o Prêmio Nobel de Economia?

Cássio Mascarenhas de Rezende e Camargos

São Paulo

*

ITAMAR FRANCO

Nestes 30 anos do Plano Real e da estabilização econômica do Brasil, um ponto de toda essa história segue injustiçado. O grande legado de Itamar Franco. Panteão da estabilidade política num momento delicado de nossa democracia, o presidente Itamar e seu tom conciliador serviram de base para a reunificação nacional e a construção de dias melhores.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz

*

EDUCAÇÃO E SAÚDE

Em vários temas da Coluna do Estadão (Estadão, 1/7, A2) nota-se que o PT tem uma visão muito limitada sobre os dois principais problemas do Brasil: educação e saúde. É hora de implantar período integral e aumentar a participação dos jovens em escolas técnicas para melhorar os salários, complementada por um atendimento à saúde bem melhor, principalmente aos mais necessitados.

José Luiz Abraços

São Paulo

*

LULA DA SILVA

Meus cumprimentos ao Estadão pelo excelente e oportuno editorial A Arcádia de Lula (Estadão, 1/7, A3), que retratou com propriedade ímpar o perfil e a atuação medíocre do presidente nos 18 meses de seu terceiro (e oxalá o último) mandato e da tenebrosa era do lulopetismo no poder. Faltou apenas dizer que todos os dias, ao acordar, o demiurgo de Garanhuns deve dizer em voz alta diante do espelho à Luís XIV, ex-rei da França: ”O Estado sou eu”, assim como deve pontuar a.L e d.L para demarcar a história do País antes e depois de seu nascimento. Um caso patológico que merece investigação psíquica. Pobre Brasil.

J. S. Decol

São Paulo

*

‘INCAPACITADO’

Até quando Lula da Silva vai atentar contra os fatos? A sua insana e incansável saga de recontar a história sob o seu ponto de vista, como o Estadão já denunciou pela milionésima vez, a última no editorial A Arcádia de Lula (Estadão, 1/7, A3), é um atentado à decência. Acabamos de ver no debate dos candidatos americanos um Joe Biden que, infelizmente, se mostrou incapacitado para um novo mandato. Aqui, esse discurso na posse da pau-mandado Magda Chambriard na presidência da Petrobras mostrou um Lula da Silva incapacitado, não para uma nova reeleição, mas para continuar no atual cargo de presidente da República. Ao distorcer os fatos, comprovadíssimos, Lula da Silva deixou claro que não está em condições mentais normais. Ou está e é um mentiroso que zomba da boa vontade do povo brasileiro. Em ambos os casos, em vez da cadeira presidencial, ele deveria estar sentado no sofá da psiquiatria.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

POLÍTICA EXTERNA

Direita é direita em qualquer canto, esquerdas são diferentes. Assim, o neoliberalismo extremista dá as cartas no mundo todo, sendo a França a vítima da vez, e os setores progressistas da sociedade, rotulados genericamente como esquerda, batem cabeça e entregam o poder facilmente. Com os titubeios de Biden nos Estados Unidos e a valorização das mentiras de Donal Trump, a onda fascista não se dissipou e estamos todos perdidos.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

*

JOE BIDEN

A performance desastrada de Joe Biden no debate com Donald Trump fez com que democratas e jornais americanos, desesperados com a possibilidade da vitória de Trump nas eleições, clamassem pela renúncia imediata de Biden à candidatura, como se ele não tivesse mais condições físicas e mentais sequer para completar o atual mandato. Guardadas as devidas diferenças, vale lembrar um episódio ocorrido na cidade de São Paulo, em 1985. O então senador Fernando Henrique Cardoso disputava o cargo de prefeito com Jânio Quadros e liderava as pesquisas de intenção de voto. No último debate antes da eleição, um jornalista perguntou se ele acreditava em Deus. Por mais que se esforçasse, FHC não conseguiu responder e perdeu a eleição. Anos depois, Fernando Henrique tornou-se ministro da Fazenda, duas vezes presidente da República e é hoje considerado um dos maiores estadistas da história do Brasil. Fossem os seres humanos imunes a erros, gripes e dias infelizes, não seriam humanos. O questionamento em torno das condições de Biden de enfrentar um novo mandato é sim legítimo. Entretanto, o clamor pela sua renúncia é, neste momento, desnecessariamente precipitado e exagerado.

Luciano Harary

São Paulo

*

‘RETROCESSOS’

“Retrocessos à democracia, à ordem internacional, ao livre comércio e ao combate à crise climática”, enfatizou Lourival Sant’Anna em seu artigo intitulado E se Trump ganhar a eleição? (Estadão, 30/6, A16), em impecável análise sobre a eleição presidencial nos EUA. Trump faz parte do clube dos totalitários, voltados ao passado e ao retrocesso, como Vladimir Putin, Jair Bolsonaro e Lula 3.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

‘EXTREMISMOS’

Percebe-se que, sem escrúpulos, o mundo está se dedicando ao extremismo, seja de direita, seja de esquerda. Essa posição radical não é benéfica para ninguém. Nesse contexto encontramos os radicais e terroristas de plantão. É o que está acontecendo na Rússia, em Israel, no Hamas, em grande parte da Europa, nos EUA e agora também no Brasil, onde as ideologias se confrontam sem limite. Há que se fazer algo para que esse extremismo exacerbado não cresça e se torne um imenso problema que nem mesmo será resolvido com guerras e que tais. Chega de extremismo.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

*

‘OPORTUNO’

Muito lúcido, aterrorizante e oportuna a crônica de Ignácio de Loyola Brandão, intitulada Em pânico total (Estadão, 30/6, C3). Meus cumprimentos

José Martinhao

São Paulo

30 anos do Plano Real

O futuro

Estudar a história do Brasil é fundamental para entender a quebra de paradigma que o Real representou à época de sua chegada. Desde os primórdios, como mostram os livros de História, sobretudo após a Independência, o mote no campo da economia nacional era a emissão monetária para custear uma perdulária máquina pública. Na prática, este sentido da historiografia brasileira não mudou. Desde a redemocratização, todavia, graças ao Real e seu arcabouço, foi aperfeiçoado. Como cidadãos, não podemos permitir a retomada da hiperinflação galopante que ceifou tantos anos e planos de nosso povo. A manutenção do sucesso do Plano Real nos próximos 30 anos passa por profunda mudança institucional no trato dos recursos públicos, trabalho prescrito desde sua idealização e que, no entanto, segue sem perspectivas de avanço.

Roger Costa Gouveia

São Paulo

*

Reflexões

Devemos aproveitar os 30 anos do Real para refletir sobre seu significado econômico, social e político. Recorro às palavras liderança e equipe, entre as razões do sucesso do plano, depois do insucesso dos anteriores Planos Cruzado, Bresser, Verão, Collor 1 e 2. Sob a liderança esclarecida de Fernando Henrique Cardoso foi formada uma equipe sem hierarquia, mas com consensos e consentimentos em torno de ideias e conhecimentos partilhados e, principalmente, um norte. Cito o testemunho de FHC: “Não quero passar a falsa impressão de que todos os caminhos percorridos estivessem traçados conscientemente desde o início. Ao contrário, houve muitos azares, dúvidas, tentativas e erros, correções de rota ao longo do processo. Mas não se perdeu o norte”. Roberto DaMatta, em Governo contra Estado? (Estadão, 26/5, C5), sintetizou: “O laureado Plano Real foi um projeto do e para o País. Ou seja, tanto para o governo quanto para o Estado e para a sociedade. Não fosse, porém, o temperamento excepcional de FHC, ele teria fracassado na permanente batalha entre o pessoal e o impessoal”. Quando da comemoração dos dez anos da vitória do Plano Real contra a hiperinflação, FHC propôs algumas reflexões que continuam atuais: “Governar é fazer escolhas, em meio a muitas incertezas e sob muitas restrições. Quase sempre, requer arcar com custos certos e imediatos para colher benefícios incertos e no longo prazo. Por isso, ao fazer a avaliação do Plano Real não se deve perder de vista as perguntas que realmente importam. Estamos hoje melhores do que há dez anos? E, ainda mais importante, em melhores condições para avançar na construção de um país mais desenvolvido e menos injusto? Creio que uma avaliação tão isenta quanto possível permite dizer que sim”.

João Pedro da Fonseca

São Paulo

*

Comemoração

Sobre o artigo Por que tanta festa, de Gustavo H. B. Franco, no Estadão de domingo (30/6, B5), temos mesmo de comemorar. Quem sabe nos ajude a evitar erros do passado, apesar de alguém já ter dito que “o que se aprende da História é que nada se aprende”. Sobre o Plano Real, a melhor síntese que ouvi foi de que teria sido a maior redistribuição de renda ocorrida neste país. E lembro que isso ocorreu mesmo com a oposição do PT, que governa este país atualmente. Afinal, que transferência de renda foi essa? A classe rica perdeu? Não! A classe média perdeu? Não! Como assim? A classe baixa ganhou! E tudo indica que todos ganharam. A sociedade ganhou. Então, de onde saíram esses recursos, se não do Estado que gastava de forma irresponsável e insensível? Será a prova de que precisamos para concluir que o Estado era e é o promotor da desigualdade social?

Carlos Roberto Teixeira Netto

Rio de Janeiro

*

Municípios paulistas

Dependência de repasses

Lendo a matéria Em SP, 185 cidades têm apenas 10% da verba necessária para bancar despesas (Estadão, 1º/7, A6), concluo que a solução é dar continuidade ao projeto de incorporação aos municípios maiores. É uma medida que efetivamente pode reduzir as despesas e os cabides de emprego.

Silvano Antônio Castro

São Paulo

*

Eleição na França

União no 2º turno

No 2º turno da eleição legislativa francesa, os partidos de esquerda, que cresceram no 1º turno, devem se unir ao partido de Macron para impedir que a extrema direita forme o governo. A França, que revolucionou o mundo com os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade, não pode cair nas mãos do atraso.

Sylvio Belém

Recife

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

30 ANOS DO PLANO REAL

Se existe algo a comemorar neste Brasil, – infelizmente há 21 anos governado por retrógrados como Lula da Silva, Dilma Rousseff e o fascista Jair Bolsonaro – entre outros avanços na gestão de Fernando Henrique Cardoso, foi o da criação do Real, que completou 30 anos neste 1.º de julho. Graças a um governo sóbrio, exclusivamente tentando servir a Nação, que se conseguiu com a participação de renomados economistas dizimar de vez uma hiperinflação que em 1993 chegou a marca estonteante de 2.477% ao ano. A partir de sua vigência, a família brasileira, principalmente das classes menos favorecidas, passaram a ter mais comida na mesa. E como ocorria, o trabalhador deixou de perder seu poder de compra com seu salário. O sucesso do Real como um bem comum é inigualável. E é bom que se traga à memória dos brasileiros que Lula, demagogo e populista que é, fez o diabo para impedir a introdução do Real na época, e até foi contra o Bolsa Escola (que depois espertamente transformou em Bolsa Família para dizer que era seu). Nestes 30 anos do Real a nossa reverência ao estadista Fernando Henrique Cardoso.

Paulo Panossian

São Carlos

*

‘FALTA DE SENSIBILIDADE’

Tanto Jair Bolsonaro quanto o PT foram contra o Plano Real. Isso mostra a falta de sensibilidade e conhecimento técnico em seus governos, hoje, após todos esses 30 anos de sua criação. Para eles só vale a política pelo poder da própria política. É muito pouco para o Brasil.

Luiz Frid

São Paulo

*

‘AVENTURA PREJUDICIAL’

Absurdo desejo inflacionário. Como Dilma Rousseff, Lula da Silva demonstra desejos intensos de almejar inflação para seus planos e projetos. Age exatamente desejando que a responsabilidade fiscal não predomine em seu governo. O tripé ortodoxo incomoda-o, ou seja: metas de inflação, dólar flutuante e responsabilidade fiscal. O Plano Real não merece ser destruído pelo lulopetismo. Os brasileiros não aceitam essa aventura altamente prejudicial ao País.

José Carlos de Carvalho Carneiro

Rio Claro

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COMBATE À CORRUPÇÃO

Nada funciona em um país com hiperinflação. Vários planos tentaram resolver o problema, o plano Real alcançou o objetivo, o País vem colhendo benefícios até hoje com a estabilização da moeda. O Brasil deveria fazer um plano de combate à corrupção nos moldes do plano Real. Nada funciona direito em um ambiente impregnado de corrupção. O País está na lista dos países mais corruptos do mundo, no entanto, não se busca solução para esse problema que é tão ou até mais grave que a hiperinflação vencida pelo plano Real. Acabar com a corrupção generalizada no governo é condição fundamental para o Brasil finalmente sair do pântano do subdesenvolvimento de terceiro mundo e se tornar o melhor e mais rico país do mundo.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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DEMOCRACIA

Pérsio Arida está correto ao afirmar que democracia é a garantia da estabilidade, como diz a reportagem ‘A agricultura é a nossa história de sucesso e mostra o caminho’ (Estadão, 30/6, B8). Com todo respeito ao ex-presidente do BNDES e Banco Central, afirmo que a recíproca é verdadeira. Se o País atravessa uma catastrófica instabilidade econômica, podemos concluir também que a democracia não está garantida.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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PÉRSIO ARIDA

Quando será que o Pérsio Arida ganhará o Prêmio Nobel de Economia?

Cássio Mascarenhas de Rezende e Camargos

São Paulo

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ITAMAR FRANCO

Nestes 30 anos do Plano Real e da estabilização econômica do Brasil, um ponto de toda essa história segue injustiçado. O grande legado de Itamar Franco. Panteão da estabilidade política num momento delicado de nossa democracia, o presidente Itamar e seu tom conciliador serviram de base para a reunificação nacional e a construção de dias melhores.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz

*

EDUCAÇÃO E SAÚDE

Em vários temas da Coluna do Estadão (Estadão, 1/7, A2) nota-se que o PT tem uma visão muito limitada sobre os dois principais problemas do Brasil: educação e saúde. É hora de implantar período integral e aumentar a participação dos jovens em escolas técnicas para melhorar os salários, complementada por um atendimento à saúde bem melhor, principalmente aos mais necessitados.

José Luiz Abraços

São Paulo

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LULA DA SILVA

Meus cumprimentos ao Estadão pelo excelente e oportuno editorial A Arcádia de Lula (Estadão, 1/7, A3), que retratou com propriedade ímpar o perfil e a atuação medíocre do presidente nos 18 meses de seu terceiro (e oxalá o último) mandato e da tenebrosa era do lulopetismo no poder. Faltou apenas dizer que todos os dias, ao acordar, o demiurgo de Garanhuns deve dizer em voz alta diante do espelho à Luís XIV, ex-rei da França: ”O Estado sou eu”, assim como deve pontuar a.L e d.L para demarcar a história do País antes e depois de seu nascimento. Um caso patológico que merece investigação psíquica. Pobre Brasil.

J. S. Decol

São Paulo

*

‘INCAPACITADO’

Até quando Lula da Silva vai atentar contra os fatos? A sua insana e incansável saga de recontar a história sob o seu ponto de vista, como o Estadão já denunciou pela milionésima vez, a última no editorial A Arcádia de Lula (Estadão, 1/7, A3), é um atentado à decência. Acabamos de ver no debate dos candidatos americanos um Joe Biden que, infelizmente, se mostrou incapacitado para um novo mandato. Aqui, esse discurso na posse da pau-mandado Magda Chambriard na presidência da Petrobras mostrou um Lula da Silva incapacitado, não para uma nova reeleição, mas para continuar no atual cargo de presidente da República. Ao distorcer os fatos, comprovadíssimos, Lula da Silva deixou claro que não está em condições mentais normais. Ou está e é um mentiroso que zomba da boa vontade do povo brasileiro. Em ambos os casos, em vez da cadeira presidencial, ele deveria estar sentado no sofá da psiquiatria.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

POLÍTICA EXTERNA

Direita é direita em qualquer canto, esquerdas são diferentes. Assim, o neoliberalismo extremista dá as cartas no mundo todo, sendo a França a vítima da vez, e os setores progressistas da sociedade, rotulados genericamente como esquerda, batem cabeça e entregam o poder facilmente. Com os titubeios de Biden nos Estados Unidos e a valorização das mentiras de Donal Trump, a onda fascista não se dissipou e estamos todos perdidos.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

*

JOE BIDEN

A performance desastrada de Joe Biden no debate com Donald Trump fez com que democratas e jornais americanos, desesperados com a possibilidade da vitória de Trump nas eleições, clamassem pela renúncia imediata de Biden à candidatura, como se ele não tivesse mais condições físicas e mentais sequer para completar o atual mandato. Guardadas as devidas diferenças, vale lembrar um episódio ocorrido na cidade de São Paulo, em 1985. O então senador Fernando Henrique Cardoso disputava o cargo de prefeito com Jânio Quadros e liderava as pesquisas de intenção de voto. No último debate antes da eleição, um jornalista perguntou se ele acreditava em Deus. Por mais que se esforçasse, FHC não conseguiu responder e perdeu a eleição. Anos depois, Fernando Henrique tornou-se ministro da Fazenda, duas vezes presidente da República e é hoje considerado um dos maiores estadistas da história do Brasil. Fossem os seres humanos imunes a erros, gripes e dias infelizes, não seriam humanos. O questionamento em torno das condições de Biden de enfrentar um novo mandato é sim legítimo. Entretanto, o clamor pela sua renúncia é, neste momento, desnecessariamente precipitado e exagerado.

Luciano Harary

São Paulo

*

‘RETROCESSOS’

“Retrocessos à democracia, à ordem internacional, ao livre comércio e ao combate à crise climática”, enfatizou Lourival Sant’Anna em seu artigo intitulado E se Trump ganhar a eleição? (Estadão, 30/6, A16), em impecável análise sobre a eleição presidencial nos EUA. Trump faz parte do clube dos totalitários, voltados ao passado e ao retrocesso, como Vladimir Putin, Jair Bolsonaro e Lula 3.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

‘EXTREMISMOS’

Percebe-se que, sem escrúpulos, o mundo está se dedicando ao extremismo, seja de direita, seja de esquerda. Essa posição radical não é benéfica para ninguém. Nesse contexto encontramos os radicais e terroristas de plantão. É o que está acontecendo na Rússia, em Israel, no Hamas, em grande parte da Europa, nos EUA e agora também no Brasil, onde as ideologias se confrontam sem limite. Há que se fazer algo para que esse extremismo exacerbado não cresça e se torne um imenso problema que nem mesmo será resolvido com guerras e que tais. Chega de extremismo.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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‘OPORTUNO’

Muito lúcido, aterrorizante e oportuna a crônica de Ignácio de Loyola Brandão, intitulada Em pânico total (Estadão, 30/6, C3). Meus cumprimentos

José Martinhao

São Paulo

30 anos do Plano Real

O futuro

Estudar a história do Brasil é fundamental para entender a quebra de paradigma que o Real representou à época de sua chegada. Desde os primórdios, como mostram os livros de História, sobretudo após a Independência, o mote no campo da economia nacional era a emissão monetária para custear uma perdulária máquina pública. Na prática, este sentido da historiografia brasileira não mudou. Desde a redemocratização, todavia, graças ao Real e seu arcabouço, foi aperfeiçoado. Como cidadãos, não podemos permitir a retomada da hiperinflação galopante que ceifou tantos anos e planos de nosso povo. A manutenção do sucesso do Plano Real nos próximos 30 anos passa por profunda mudança institucional no trato dos recursos públicos, trabalho prescrito desde sua idealização e que, no entanto, segue sem perspectivas de avanço.

Roger Costa Gouveia

São Paulo

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Reflexões

Devemos aproveitar os 30 anos do Real para refletir sobre seu significado econômico, social e político. Recorro às palavras liderança e equipe, entre as razões do sucesso do plano, depois do insucesso dos anteriores Planos Cruzado, Bresser, Verão, Collor 1 e 2. Sob a liderança esclarecida de Fernando Henrique Cardoso foi formada uma equipe sem hierarquia, mas com consensos e consentimentos em torno de ideias e conhecimentos partilhados e, principalmente, um norte. Cito o testemunho de FHC: “Não quero passar a falsa impressão de que todos os caminhos percorridos estivessem traçados conscientemente desde o início. Ao contrário, houve muitos azares, dúvidas, tentativas e erros, correções de rota ao longo do processo. Mas não se perdeu o norte”. Roberto DaMatta, em Governo contra Estado? (Estadão, 26/5, C5), sintetizou: “O laureado Plano Real foi um projeto do e para o País. Ou seja, tanto para o governo quanto para o Estado e para a sociedade. Não fosse, porém, o temperamento excepcional de FHC, ele teria fracassado na permanente batalha entre o pessoal e o impessoal”. Quando da comemoração dos dez anos da vitória do Plano Real contra a hiperinflação, FHC propôs algumas reflexões que continuam atuais: “Governar é fazer escolhas, em meio a muitas incertezas e sob muitas restrições. Quase sempre, requer arcar com custos certos e imediatos para colher benefícios incertos e no longo prazo. Por isso, ao fazer a avaliação do Plano Real não se deve perder de vista as perguntas que realmente importam. Estamos hoje melhores do que há dez anos? E, ainda mais importante, em melhores condições para avançar na construção de um país mais desenvolvido e menos injusto? Creio que uma avaliação tão isenta quanto possível permite dizer que sim”.

João Pedro da Fonseca

São Paulo

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Comemoração

Sobre o artigo Por que tanta festa, de Gustavo H. B. Franco, no Estadão de domingo (30/6, B5), temos mesmo de comemorar. Quem sabe nos ajude a evitar erros do passado, apesar de alguém já ter dito que “o que se aprende da História é que nada se aprende”. Sobre o Plano Real, a melhor síntese que ouvi foi de que teria sido a maior redistribuição de renda ocorrida neste país. E lembro que isso ocorreu mesmo com a oposição do PT, que governa este país atualmente. Afinal, que transferência de renda foi essa? A classe rica perdeu? Não! A classe média perdeu? Não! Como assim? A classe baixa ganhou! E tudo indica que todos ganharam. A sociedade ganhou. Então, de onde saíram esses recursos, se não do Estado que gastava de forma irresponsável e insensível? Será a prova de que precisamos para concluir que o Estado era e é o promotor da desigualdade social?

Carlos Roberto Teixeira Netto

Rio de Janeiro

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Municípios paulistas

Dependência de repasses

Lendo a matéria Em SP, 185 cidades têm apenas 10% da verba necessária para bancar despesas (Estadão, 1º/7, A6), concluo que a solução é dar continuidade ao projeto de incorporação aos municípios maiores. É uma medida que efetivamente pode reduzir as despesas e os cabides de emprego.

Silvano Antônio Castro

São Paulo

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Eleição na França

União no 2º turno

No 2º turno da eleição legislativa francesa, os partidos de esquerda, que cresceram no 1º turno, devem se unir ao partido de Macron para impedir que a extrema direita forme o governo. A França, que revolucionou o mundo com os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade, não pode cair nas mãos do atraso.

Sylvio Belém

Recife

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

30 ANOS DO PLANO REAL

Se existe algo a comemorar neste Brasil, – infelizmente há 21 anos governado por retrógrados como Lula da Silva, Dilma Rousseff e o fascista Jair Bolsonaro – entre outros avanços na gestão de Fernando Henrique Cardoso, foi o da criação do Real, que completou 30 anos neste 1.º de julho. Graças a um governo sóbrio, exclusivamente tentando servir a Nação, que se conseguiu com a participação de renomados economistas dizimar de vez uma hiperinflação que em 1993 chegou a marca estonteante de 2.477% ao ano. A partir de sua vigência, a família brasileira, principalmente das classes menos favorecidas, passaram a ter mais comida na mesa. E como ocorria, o trabalhador deixou de perder seu poder de compra com seu salário. O sucesso do Real como um bem comum é inigualável. E é bom que se traga à memória dos brasileiros que Lula, demagogo e populista que é, fez o diabo para impedir a introdução do Real na época, e até foi contra o Bolsa Escola (que depois espertamente transformou em Bolsa Família para dizer que era seu). Nestes 30 anos do Real a nossa reverência ao estadista Fernando Henrique Cardoso.

Paulo Panossian

São Carlos

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‘FALTA DE SENSIBILIDADE’

Tanto Jair Bolsonaro quanto o PT foram contra o Plano Real. Isso mostra a falta de sensibilidade e conhecimento técnico em seus governos, hoje, após todos esses 30 anos de sua criação. Para eles só vale a política pelo poder da própria política. É muito pouco para o Brasil.

Luiz Frid

São Paulo

*

‘AVENTURA PREJUDICIAL’

Absurdo desejo inflacionário. Como Dilma Rousseff, Lula da Silva demonstra desejos intensos de almejar inflação para seus planos e projetos. Age exatamente desejando que a responsabilidade fiscal não predomine em seu governo. O tripé ortodoxo incomoda-o, ou seja: metas de inflação, dólar flutuante e responsabilidade fiscal. O Plano Real não merece ser destruído pelo lulopetismo. Os brasileiros não aceitam essa aventura altamente prejudicial ao País.

José Carlos de Carvalho Carneiro

Rio Claro

*

COMBATE À CORRUPÇÃO

Nada funciona em um país com hiperinflação. Vários planos tentaram resolver o problema, o plano Real alcançou o objetivo, o País vem colhendo benefícios até hoje com a estabilização da moeda. O Brasil deveria fazer um plano de combate à corrupção nos moldes do plano Real. Nada funciona direito em um ambiente impregnado de corrupção. O País está na lista dos países mais corruptos do mundo, no entanto, não se busca solução para esse problema que é tão ou até mais grave que a hiperinflação vencida pelo plano Real. Acabar com a corrupção generalizada no governo é condição fundamental para o Brasil finalmente sair do pântano do subdesenvolvimento de terceiro mundo e se tornar o melhor e mais rico país do mundo.

Mário Barilá Filho

São Paulo

*

DEMOCRACIA

Pérsio Arida está correto ao afirmar que democracia é a garantia da estabilidade, como diz a reportagem ‘A agricultura é a nossa história de sucesso e mostra o caminho’ (Estadão, 30/6, B8). Com todo respeito ao ex-presidente do BNDES e Banco Central, afirmo que a recíproca é verdadeira. Se o País atravessa uma catastrófica instabilidade econômica, podemos concluir também que a democracia não está garantida.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

PÉRSIO ARIDA

Quando será que o Pérsio Arida ganhará o Prêmio Nobel de Economia?

Cássio Mascarenhas de Rezende e Camargos

São Paulo

*

ITAMAR FRANCO

Nestes 30 anos do Plano Real e da estabilização econômica do Brasil, um ponto de toda essa história segue injustiçado. O grande legado de Itamar Franco. Panteão da estabilidade política num momento delicado de nossa democracia, o presidente Itamar e seu tom conciliador serviram de base para a reunificação nacional e a construção de dias melhores.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz

*

EDUCAÇÃO E SAÚDE

Em vários temas da Coluna do Estadão (Estadão, 1/7, A2) nota-se que o PT tem uma visão muito limitada sobre os dois principais problemas do Brasil: educação e saúde. É hora de implantar período integral e aumentar a participação dos jovens em escolas técnicas para melhorar os salários, complementada por um atendimento à saúde bem melhor, principalmente aos mais necessitados.

José Luiz Abraços

São Paulo

*

LULA DA SILVA

Meus cumprimentos ao Estadão pelo excelente e oportuno editorial A Arcádia de Lula (Estadão, 1/7, A3), que retratou com propriedade ímpar o perfil e a atuação medíocre do presidente nos 18 meses de seu terceiro (e oxalá o último) mandato e da tenebrosa era do lulopetismo no poder. Faltou apenas dizer que todos os dias, ao acordar, o demiurgo de Garanhuns deve dizer em voz alta diante do espelho à Luís XIV, ex-rei da França: ”O Estado sou eu”, assim como deve pontuar a.L e d.L para demarcar a história do País antes e depois de seu nascimento. Um caso patológico que merece investigação psíquica. Pobre Brasil.

J. S. Decol

São Paulo

*

‘INCAPACITADO’

Até quando Lula da Silva vai atentar contra os fatos? A sua insana e incansável saga de recontar a história sob o seu ponto de vista, como o Estadão já denunciou pela milionésima vez, a última no editorial A Arcádia de Lula (Estadão, 1/7, A3), é um atentado à decência. Acabamos de ver no debate dos candidatos americanos um Joe Biden que, infelizmente, se mostrou incapacitado para um novo mandato. Aqui, esse discurso na posse da pau-mandado Magda Chambriard na presidência da Petrobras mostrou um Lula da Silva incapacitado, não para uma nova reeleição, mas para continuar no atual cargo de presidente da República. Ao distorcer os fatos, comprovadíssimos, Lula da Silva deixou claro que não está em condições mentais normais. Ou está e é um mentiroso que zomba da boa vontade do povo brasileiro. Em ambos os casos, em vez da cadeira presidencial, ele deveria estar sentado no sofá da psiquiatria.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

POLÍTICA EXTERNA

Direita é direita em qualquer canto, esquerdas são diferentes. Assim, o neoliberalismo extremista dá as cartas no mundo todo, sendo a França a vítima da vez, e os setores progressistas da sociedade, rotulados genericamente como esquerda, batem cabeça e entregam o poder facilmente. Com os titubeios de Biden nos Estados Unidos e a valorização das mentiras de Donal Trump, a onda fascista não se dissipou e estamos todos perdidos.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

*

JOE BIDEN

A performance desastrada de Joe Biden no debate com Donald Trump fez com que democratas e jornais americanos, desesperados com a possibilidade da vitória de Trump nas eleições, clamassem pela renúncia imediata de Biden à candidatura, como se ele não tivesse mais condições físicas e mentais sequer para completar o atual mandato. Guardadas as devidas diferenças, vale lembrar um episódio ocorrido na cidade de São Paulo, em 1985. O então senador Fernando Henrique Cardoso disputava o cargo de prefeito com Jânio Quadros e liderava as pesquisas de intenção de voto. No último debate antes da eleição, um jornalista perguntou se ele acreditava em Deus. Por mais que se esforçasse, FHC não conseguiu responder e perdeu a eleição. Anos depois, Fernando Henrique tornou-se ministro da Fazenda, duas vezes presidente da República e é hoje considerado um dos maiores estadistas da história do Brasil. Fossem os seres humanos imunes a erros, gripes e dias infelizes, não seriam humanos. O questionamento em torno das condições de Biden de enfrentar um novo mandato é sim legítimo. Entretanto, o clamor pela sua renúncia é, neste momento, desnecessariamente precipitado e exagerado.

Luciano Harary

São Paulo

*

‘RETROCESSOS’

“Retrocessos à democracia, à ordem internacional, ao livre comércio e ao combate à crise climática”, enfatizou Lourival Sant’Anna em seu artigo intitulado E se Trump ganhar a eleição? (Estadão, 30/6, A16), em impecável análise sobre a eleição presidencial nos EUA. Trump faz parte do clube dos totalitários, voltados ao passado e ao retrocesso, como Vladimir Putin, Jair Bolsonaro e Lula 3.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

‘EXTREMISMOS’

Percebe-se que, sem escrúpulos, o mundo está se dedicando ao extremismo, seja de direita, seja de esquerda. Essa posição radical não é benéfica para ninguém. Nesse contexto encontramos os radicais e terroristas de plantão. É o que está acontecendo na Rússia, em Israel, no Hamas, em grande parte da Europa, nos EUA e agora também no Brasil, onde as ideologias se confrontam sem limite. Há que se fazer algo para que esse extremismo exacerbado não cresça e se torne um imenso problema que nem mesmo será resolvido com guerras e que tais. Chega de extremismo.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

*

‘OPORTUNO’

Muito lúcido, aterrorizante e oportuna a crônica de Ignácio de Loyola Brandão, intitulada Em pânico total (Estadão, 30/6, C3). Meus cumprimentos

José Martinhao

São Paulo

30 anos do Plano Real

O futuro

Estudar a história do Brasil é fundamental para entender a quebra de paradigma que o Real representou à época de sua chegada. Desde os primórdios, como mostram os livros de História, sobretudo após a Independência, o mote no campo da economia nacional era a emissão monetária para custear uma perdulária máquina pública. Na prática, este sentido da historiografia brasileira não mudou. Desde a redemocratização, todavia, graças ao Real e seu arcabouço, foi aperfeiçoado. Como cidadãos, não podemos permitir a retomada da hiperinflação galopante que ceifou tantos anos e planos de nosso povo. A manutenção do sucesso do Plano Real nos próximos 30 anos passa por profunda mudança institucional no trato dos recursos públicos, trabalho prescrito desde sua idealização e que, no entanto, segue sem perspectivas de avanço.

Roger Costa Gouveia

São Paulo

*

Reflexões

Devemos aproveitar os 30 anos do Real para refletir sobre seu significado econômico, social e político. Recorro às palavras liderança e equipe, entre as razões do sucesso do plano, depois do insucesso dos anteriores Planos Cruzado, Bresser, Verão, Collor 1 e 2. Sob a liderança esclarecida de Fernando Henrique Cardoso foi formada uma equipe sem hierarquia, mas com consensos e consentimentos em torno de ideias e conhecimentos partilhados e, principalmente, um norte. Cito o testemunho de FHC: “Não quero passar a falsa impressão de que todos os caminhos percorridos estivessem traçados conscientemente desde o início. Ao contrário, houve muitos azares, dúvidas, tentativas e erros, correções de rota ao longo do processo. Mas não se perdeu o norte”. Roberto DaMatta, em Governo contra Estado? (Estadão, 26/5, C5), sintetizou: “O laureado Plano Real foi um projeto do e para o País. Ou seja, tanto para o governo quanto para o Estado e para a sociedade. Não fosse, porém, o temperamento excepcional de FHC, ele teria fracassado na permanente batalha entre o pessoal e o impessoal”. Quando da comemoração dos dez anos da vitória do Plano Real contra a hiperinflação, FHC propôs algumas reflexões que continuam atuais: “Governar é fazer escolhas, em meio a muitas incertezas e sob muitas restrições. Quase sempre, requer arcar com custos certos e imediatos para colher benefícios incertos e no longo prazo. Por isso, ao fazer a avaliação do Plano Real não se deve perder de vista as perguntas que realmente importam. Estamos hoje melhores do que há dez anos? E, ainda mais importante, em melhores condições para avançar na construção de um país mais desenvolvido e menos injusto? Creio que uma avaliação tão isenta quanto possível permite dizer que sim”.

João Pedro da Fonseca

São Paulo

*

Comemoração

Sobre o artigo Por que tanta festa, de Gustavo H. B. Franco, no Estadão de domingo (30/6, B5), temos mesmo de comemorar. Quem sabe nos ajude a evitar erros do passado, apesar de alguém já ter dito que “o que se aprende da História é que nada se aprende”. Sobre o Plano Real, a melhor síntese que ouvi foi de que teria sido a maior redistribuição de renda ocorrida neste país. E lembro que isso ocorreu mesmo com a oposição do PT, que governa este país atualmente. Afinal, que transferência de renda foi essa? A classe rica perdeu? Não! A classe média perdeu? Não! Como assim? A classe baixa ganhou! E tudo indica que todos ganharam. A sociedade ganhou. Então, de onde saíram esses recursos, se não do Estado que gastava de forma irresponsável e insensível? Será a prova de que precisamos para concluir que o Estado era e é o promotor da desigualdade social?

Carlos Roberto Teixeira Netto

Rio de Janeiro

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Municípios paulistas

Dependência de repasses

Lendo a matéria Em SP, 185 cidades têm apenas 10% da verba necessária para bancar despesas (Estadão, 1º/7, A6), concluo que a solução é dar continuidade ao projeto de incorporação aos municípios maiores. É uma medida que efetivamente pode reduzir as despesas e os cabides de emprego.

Silvano Antônio Castro

São Paulo

*

Eleição na França

União no 2º turno

No 2º turno da eleição legislativa francesa, os partidos de esquerda, que cresceram no 1º turno, devem se unir ao partido de Macron para impedir que a extrema direita forme o governo. A França, que revolucionou o mundo com os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade, não pode cair nas mãos do atraso.

Sylvio Belém

Recife

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

30 ANOS DO PLANO REAL

Se existe algo a comemorar neste Brasil, – infelizmente há 21 anos governado por retrógrados como Lula da Silva, Dilma Rousseff e o fascista Jair Bolsonaro – entre outros avanços na gestão de Fernando Henrique Cardoso, foi o da criação do Real, que completou 30 anos neste 1.º de julho. Graças a um governo sóbrio, exclusivamente tentando servir a Nação, que se conseguiu com a participação de renomados economistas dizimar de vez uma hiperinflação que em 1993 chegou a marca estonteante de 2.477% ao ano. A partir de sua vigência, a família brasileira, principalmente das classes menos favorecidas, passaram a ter mais comida na mesa. E como ocorria, o trabalhador deixou de perder seu poder de compra com seu salário. O sucesso do Real como um bem comum é inigualável. E é bom que se traga à memória dos brasileiros que Lula, demagogo e populista que é, fez o diabo para impedir a introdução do Real na época, e até foi contra o Bolsa Escola (que depois espertamente transformou em Bolsa Família para dizer que era seu). Nestes 30 anos do Real a nossa reverência ao estadista Fernando Henrique Cardoso.

Paulo Panossian

São Carlos

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‘FALTA DE SENSIBILIDADE’

Tanto Jair Bolsonaro quanto o PT foram contra o Plano Real. Isso mostra a falta de sensibilidade e conhecimento técnico em seus governos, hoje, após todos esses 30 anos de sua criação. Para eles só vale a política pelo poder da própria política. É muito pouco para o Brasil.

Luiz Frid

São Paulo

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‘AVENTURA PREJUDICIAL’

Absurdo desejo inflacionário. Como Dilma Rousseff, Lula da Silva demonstra desejos intensos de almejar inflação para seus planos e projetos. Age exatamente desejando que a responsabilidade fiscal não predomine em seu governo. O tripé ortodoxo incomoda-o, ou seja: metas de inflação, dólar flutuante e responsabilidade fiscal. O Plano Real não merece ser destruído pelo lulopetismo. Os brasileiros não aceitam essa aventura altamente prejudicial ao País.

José Carlos de Carvalho Carneiro

Rio Claro

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COMBATE À CORRUPÇÃO

Nada funciona em um país com hiperinflação. Vários planos tentaram resolver o problema, o plano Real alcançou o objetivo, o País vem colhendo benefícios até hoje com a estabilização da moeda. O Brasil deveria fazer um plano de combate à corrupção nos moldes do plano Real. Nada funciona direito em um ambiente impregnado de corrupção. O País está na lista dos países mais corruptos do mundo, no entanto, não se busca solução para esse problema que é tão ou até mais grave que a hiperinflação vencida pelo plano Real. Acabar com a corrupção generalizada no governo é condição fundamental para o Brasil finalmente sair do pântano do subdesenvolvimento de terceiro mundo e se tornar o melhor e mais rico país do mundo.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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DEMOCRACIA

Pérsio Arida está correto ao afirmar que democracia é a garantia da estabilidade, como diz a reportagem ‘A agricultura é a nossa história de sucesso e mostra o caminho’ (Estadão, 30/6, B8). Com todo respeito ao ex-presidente do BNDES e Banco Central, afirmo que a recíproca é verdadeira. Se o País atravessa uma catastrófica instabilidade econômica, podemos concluir também que a democracia não está garantida.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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PÉRSIO ARIDA

Quando será que o Pérsio Arida ganhará o Prêmio Nobel de Economia?

Cássio Mascarenhas de Rezende e Camargos

São Paulo

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ITAMAR FRANCO

Nestes 30 anos do Plano Real e da estabilização econômica do Brasil, um ponto de toda essa história segue injustiçado. O grande legado de Itamar Franco. Panteão da estabilidade política num momento delicado de nossa democracia, o presidente Itamar e seu tom conciliador serviram de base para a reunificação nacional e a construção de dias melhores.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz

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EDUCAÇÃO E SAÚDE

Em vários temas da Coluna do Estadão (Estadão, 1/7, A2) nota-se que o PT tem uma visão muito limitada sobre os dois principais problemas do Brasil: educação e saúde. É hora de implantar período integral e aumentar a participação dos jovens em escolas técnicas para melhorar os salários, complementada por um atendimento à saúde bem melhor, principalmente aos mais necessitados.

José Luiz Abraços

São Paulo

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LULA DA SILVA

Meus cumprimentos ao Estadão pelo excelente e oportuno editorial A Arcádia de Lula (Estadão, 1/7, A3), que retratou com propriedade ímpar o perfil e a atuação medíocre do presidente nos 18 meses de seu terceiro (e oxalá o último) mandato e da tenebrosa era do lulopetismo no poder. Faltou apenas dizer que todos os dias, ao acordar, o demiurgo de Garanhuns deve dizer em voz alta diante do espelho à Luís XIV, ex-rei da França: ”O Estado sou eu”, assim como deve pontuar a.L e d.L para demarcar a história do País antes e depois de seu nascimento. Um caso patológico que merece investigação psíquica. Pobre Brasil.

J. S. Decol

São Paulo

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‘INCAPACITADO’

Até quando Lula da Silva vai atentar contra os fatos? A sua insana e incansável saga de recontar a história sob o seu ponto de vista, como o Estadão já denunciou pela milionésima vez, a última no editorial A Arcádia de Lula (Estadão, 1/7, A3), é um atentado à decência. Acabamos de ver no debate dos candidatos americanos um Joe Biden que, infelizmente, se mostrou incapacitado para um novo mandato. Aqui, esse discurso na posse da pau-mandado Magda Chambriard na presidência da Petrobras mostrou um Lula da Silva incapacitado, não para uma nova reeleição, mas para continuar no atual cargo de presidente da República. Ao distorcer os fatos, comprovadíssimos, Lula da Silva deixou claro que não está em condições mentais normais. Ou está e é um mentiroso que zomba da boa vontade do povo brasileiro. Em ambos os casos, em vez da cadeira presidencial, ele deveria estar sentado no sofá da psiquiatria.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

POLÍTICA EXTERNA

Direita é direita em qualquer canto, esquerdas são diferentes. Assim, o neoliberalismo extremista dá as cartas no mundo todo, sendo a França a vítima da vez, e os setores progressistas da sociedade, rotulados genericamente como esquerda, batem cabeça e entregam o poder facilmente. Com os titubeios de Biden nos Estados Unidos e a valorização das mentiras de Donal Trump, a onda fascista não se dissipou e estamos todos perdidos.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

*

JOE BIDEN

A performance desastrada de Joe Biden no debate com Donald Trump fez com que democratas e jornais americanos, desesperados com a possibilidade da vitória de Trump nas eleições, clamassem pela renúncia imediata de Biden à candidatura, como se ele não tivesse mais condições físicas e mentais sequer para completar o atual mandato. Guardadas as devidas diferenças, vale lembrar um episódio ocorrido na cidade de São Paulo, em 1985. O então senador Fernando Henrique Cardoso disputava o cargo de prefeito com Jânio Quadros e liderava as pesquisas de intenção de voto. No último debate antes da eleição, um jornalista perguntou se ele acreditava em Deus. Por mais que se esforçasse, FHC não conseguiu responder e perdeu a eleição. Anos depois, Fernando Henrique tornou-se ministro da Fazenda, duas vezes presidente da República e é hoje considerado um dos maiores estadistas da história do Brasil. Fossem os seres humanos imunes a erros, gripes e dias infelizes, não seriam humanos. O questionamento em torno das condições de Biden de enfrentar um novo mandato é sim legítimo. Entretanto, o clamor pela sua renúncia é, neste momento, desnecessariamente precipitado e exagerado.

Luciano Harary

São Paulo

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‘RETROCESSOS’

“Retrocessos à democracia, à ordem internacional, ao livre comércio e ao combate à crise climática”, enfatizou Lourival Sant’Anna em seu artigo intitulado E se Trump ganhar a eleição? (Estadão, 30/6, A16), em impecável análise sobre a eleição presidencial nos EUA. Trump faz parte do clube dos totalitários, voltados ao passado e ao retrocesso, como Vladimir Putin, Jair Bolsonaro e Lula 3.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

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‘EXTREMISMOS’

Percebe-se que, sem escrúpulos, o mundo está se dedicando ao extremismo, seja de direita, seja de esquerda. Essa posição radical não é benéfica para ninguém. Nesse contexto encontramos os radicais e terroristas de plantão. É o que está acontecendo na Rússia, em Israel, no Hamas, em grande parte da Europa, nos EUA e agora também no Brasil, onde as ideologias se confrontam sem limite. Há que se fazer algo para que esse extremismo exacerbado não cresça e se torne um imenso problema que nem mesmo será resolvido com guerras e que tais. Chega de extremismo.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

*

‘OPORTUNO’

Muito lúcido, aterrorizante e oportuna a crônica de Ignácio de Loyola Brandão, intitulada Em pânico total (Estadão, 30/6, C3). Meus cumprimentos

José Martinhao

São Paulo

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