Fórum dos Leitores


Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

Por Fórum dos Leitores

Política monetária

Banco Central

Independência do Banco Central é ‘uma bobagem’, afirma Lula (19/1, B2). Debochar de um Banco Central (BC) independente é uma completa falta de conhecimento sobre a realidade financeira internacional. O nosso BC tem agido com uma competência enorme e, graças a ele, não tivemos uma disparada de inflação como aconteceu na Argentina. Praticamente todos os países desenvolvidos mantêm seu Banco Central para atuar com completa independência como guardião da moeda. Veja o reflexo no mercado dos comentários negativos a respeito da independência do BC.

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Marco Antonio Martignoni

mmartignoni1941@gmail.com

São Paulo

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*

O presidente e os juros

Quando o presidente Lula da Silva fala de economia, os juros sobem, o Tesouro paga mais para captar, os produtos dependentes do valor do dólar ficam mais caros para os brasileiros, etc. Depois, com o silêncio presidencial, as coisas vão se acomodando. Aí, sua excelência lança novos diatribes e o ciclo se repete, como visto nesta quinta.

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Cássio Mascarenhas

cassiocam@terra.com.br

São Paulo

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*

Ataque à democracia

Perda de confiança

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O ex-ministro-chefe do GSI no governo Michel Temer, general Sérgio Etchegoyen, criticou a declaração do presidente Lula de que ele “perdeu a confiança” em parte das Forças Armadas e denominou essa afirmação de “profunda covardia”, alegando que nenhum general viria a público responder à “ofensa”. Há alguns equívocos por parte do general. Desde o dia dos ataques em Brasília, o silêncio das Forças em relação ao episódio está para lá de ensurdecedor. A instituição já poderia e deveria há muito ter vindo a público reafirmar sua lealdade à Constituição, à democracia e aos princípios republicanos, repudiar com veemência a tentativa de golpe de Estado por parte dos extremistas, desculpar-se pelas falhas que ocorreram na prevenção e na segurança desses ataques e se comprometer a punir com rigor os militares que participaram direta ou indiretamente dos atos golpistas. A perda de confiança não é só de Lula. É de boa parte da população que assistiu indignada a essa infâmia e apreciaria escutar palavras tranquilizadoras por parte das Forças Armadas. Nenhum militar é obrigado a gostar do cidadão Luiz Inácio. Mas é obrigado a servir lealmente à Nação e ao presidente da República.

Luciano Harary

lharary@hotmail.com

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São Paulo

*

Brasil, EUA e Israel

Governos populistas de extrema direita vêm colocando em risco a democracia nos Estados Unidos, no Brasil e em Israel. Qualquer ameaça golpista ao Estado Democrático de Direito é intolerável, e quem a planeja, financia ou executa deve ser punido com o rigor da lei.

Marcos Abrão

m.abrao@terra.com.br

São Paulo

*

Edifícios de Brasília

Os edifícios de Brasília projetados por Oscar Niemeyer representam nossa democracia, nossa cultura e excelência técnica. Seu valor simbólico foi mais uma vez atacado, dessa vez pelo artigo do economista Roberto Macedo (19/1, A4). O texto ignora que Brasília é Patrimônio Cultural da Humanidade, tombado pela Unesco e pelo Iphan, e que deve ser preservada em suas características essenciais. Sugere colocar paredes de alvenaria e portas de ferro em obras que são referência da modernidade para o mundo todo. Não podemos jamais desconsiderar a dimensão civilizatória da arquitetura e do urbanismo. Essa banalização da nossa profissão ajuda a explicar por que 82% das obras no Brasil são feitas sem o auxílio técnico de arquitetos e engenheiros. Na década de 1960, quando Brasília foi construída, nosso projeto para o Brasil focava na modernidade e no desenvolvimento. Qual projeto vamos construir após a depredação?

Nadia Somekh,

presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil e professora emérita da Universidade Mackenzie, com apoio das entidades IAB, FNA, Asbea, Abea, Abap e Fenea

leonardo.echeverria@caubr.gov.br

Brasília

*

Resposta à leitora: Agradeço a leitura e seus comentários, mas eles não apontam saída para o problema da vulnerabilidade em que se encontram os edifícios abordados em meu artigo. Patrimônio Mundial, tombamento, referência da humanidade e dimensão civilizatória não garantem a segurança dos prédios.

Roberto Macedo, articulista

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

MUITA FALAÇÃO E POUCA AÇÃO

Acertou na mosca o ex-diretor do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, quando disse: “uma coisa é o Haddad falar, outra é convencer o Lula e o PT a fazer.” Enquanto Lula e o PT continuarem no palanque, seguiremos assim, muita falação e pouca ação.

Vital Romaneli Penha

vitalromaneli@gmail.com

Jacareí

*

TENTATIVA DE DESTITUIÇÃO

Nestes tempos estranhos de alta tensão que o País vive, a direita bolsonarista radical está tentando destituir no tapetão dois presidentes legitimamente eleitos “dentro das quatro linhas”: Lula da Silva, da Presidência da República, e Josué Gomes, da direção da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A que ponto chegamos.

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

*

JUIZ TEM REDES SOCIAIS SUSPENSAS

Como cidadão que preza a democracia e a justiça, fiquei extremamente decepcionado com a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em suspender as contas nas redes sociais do juiz Luis Carlos Valois. Há muitos anos acompanho suas postagens esclarecedoras sobre o sistema prisional brasileiro, suas críticas sobre a guerra às drogas, entre outros assuntos pertinentes a todos os cidadãos. Espero que nosso valoroso ministro da Justiça, Flávio Dino, se posicione sobre esse ato indecoroso em plena reforma democrática. Urge todas as instituições respeitarem a Constituição e a garantia que todos possuem de liberdade de expressão.

Daniel Marques

danielmarquesvgp@gmail.com

Virginópolis (MG)

*

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Nos mandatos anteriores o presidente Lula da Silva investiu muito nas universidades com o objetivo de aparelhá-las e manter seu controle. No entanto, essa política não cobriu os cursos de primeiro grau, reduzindo a possibilidade de evolução das nossas crianças. A nomeação do atual ministro da Educação, Camilo Santana, parece estar na direção correta para que o Brasil se torne uma imensa Sobral, município que melhorou os salários e incentivos dos professores e é um exemplo de sucesso no desempenho de seus alunos. Boas-vindas ao ministro e seus executivos.

Aldo Bertolucci

aldobertolucci@gmail.com

São Paulo

*

GASTOS COM EDUCAÇÃO

O presidente Lula já disse contundentemente, várias vezes, que entende que gastos com saúde e educação não são gastos, e sim, investimento para o futuro. Tudo para nos convencer que deveriam ficar fora do teto de gastos. Lula certamente já deve ter ouvido a frase dita -durante a crise dos mísseis cubanos, em 1962- pelo então presidente dos Estados Unidos, Jonh F. Kennedy: “governar é definir prioridades”. Vale para todos os países e em especial para este que ele começa a governar agora.

Abel Pires Rodrigues

abel@knn.com.br

Rio de Janeiro

*

CORONEL PEDE GOLPE

O ex-GSI, o coronel do Exército José Placídio Matias dos Santos, pediu golpe e ofendeu o comandante da Marinha. Placídio precisa ser punido severamente na Justiça e servir como exemplo que não há tolerância para atos e falas golpistas.

Marcos Barbosa

micabarbosa@gmail.com

Casa Branca

*

DEMOCRACIA INABALADA

Sobre o editorial O STF e a democracia inabalada (Estado, 19/1, A3), vou pinçar um recado que está dado já quase ao final do texto: “A campanha Democracia Inabalada (a ser lançada em mídia nacional) vem, portanto, em boa hora. Ao explicitar que a reconstrução do STF é muito mais do que reerguer um edifício, ela também é alerta a todos os ministros da Corte. Há um longo trabalho de resgate da legitimidade e do prestígio do STF perante a sociedade, trabalho este alicerçado por decisões técnicas e fundamentadas, rigorosamente contidas dentro dos limites de competência da Corte. Essa contenção é fundamental para preservar a autoridade do STF ao longo do tempo. O judiciário aplica a lei. No caso, o Supremo defende e aplica a Constituição, que é extensa e aborda inúmeros temas. De toda forma, isso não autoriza o STF a tomar o espaço da política ou a abraçar atribuições funcionais que não lhe competem”. Agora, nas minhas palavras, é incrível ter que dizer isso, mas o STF precisa voltar a pautar suas decisões pela Carta Magna, agir como um colegiado e evitar decisões monocráticas intempestivas, algumas, incompreensíveis. Não à toa metade da população disse não confiar no STF, em recente pesquisa amplamente divulgada. E, concluindo, para resgatar a confiança da sociedade não será uma campanha como “Democracia Inabalada” que vai dar conta do recado, mas a postura do STF daqui para a frente.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

lgtsaraiva@gmail.com

Salvador

*

DEPREDAÇÃO DOS TRÊS PODERES

Provoca assombro ver a depredação que um enorme grupo de lunáticos fizeram nas sedes dos Três Poderes em Brasília. Ao concebê-los, Oscar Niemeyer jamais imaginaria que uma turba de fanáticos iria tão facilmente detoná-los, quebrando dezenas de vidros de forma tão violenta, grosseira, com tanto ódio e danificando tantas obras de arte de valor afetivo e artístico inestimáveis. O grande arquiteto, que fez de Brasília um monumento à democracia, não suportaria ver como essas criaturas destruíram tanta coisa, como se não valessem nada. Essas pessoas representam uma significativa parcela da população que enxergaram em Jair Bolsonaro um exemplo a ser seguido e mais, admirado. A que ponto de mediocridade e baixo nível de civilidade chegou essa gente que sequer sente vergonha de apoiar um sujeito que nem tem coragem de estar presente para se responsabilizar pelo que foi capaz de despertar nessas pessoas que acreditam nele. E acreditam em quê? Acreditam em versões mentirosas e distorcidas sobre urnas eletrônicas, sobre costumes, sobre comunismo, sobre corrupção e outras coisas que dependem muito mais de nossa própria visão de mundo, do que a vontade de um governante seria capaz de impor. Que essa gente caia em si e que a fragilidade dos palácios nunca mais seja confundida com a fragilidade de nossas instituições. E que as Forças Armadas recuperem sua respeitabilidade, lembrando que não podem fazer política, porque são forças de Estado e não de governo, goste-se ou não, do eleito democraticamente, e espelhem-se nos militares de países desenvolvidos. Quem sabe assim, teremos a paz e a estabilidade que o povo brasileiro merece para que o País possa se desenvolver e prosperar.

Eliana França Leme

efleme@gmail.com

Campinas

*

‘DRÁCULA’ RESISTIU AOS ATAQUES

Os terroristas aloprados, durante a invasão ao Palácio do Planalto, resolveram também atacar o ‘Drácula’, o cavalo ‘847′ da Polícia Militar. Na barbárie feriram o equino, machucando o seu olho, quase levando a cegueira. A pancadaria também alcançou o soldado que o guiava. Mesmo assim, ambos resistiram à depredação. A cena do cavalo machucado chocou os brasileiros, causando revolta contra esses marginais invasores. Na verdade, maltratar animais é crime, com até cinco anos de reclusão. Depois não adianta chorar.

Júlio Roberto Ayres Brisola

jrobrisola@uol.com.br

São Paulo

*

SEGURANÇA NAS SEDES DOS TRÊS PODERES

Li o artigo Os vulneráveis edifícios envidraçados de Brasília (Estado, 19/1, A4), assinado por Roberto Macedo. Certamente os ossos de Oscar Niemeyer tremeram em seu caixão quando se lê as sugestões da matéria sobre segurança dos edifícios e as compara com o Palácio de Buckingham, na Inglaterra, e a Casa Branca, nos EUA. No entanto, são imóveis tombados, e não é possível realizar suas sugestões. Ademais, o projeto de nosso mais renomado arquiteto foi justamente a proximidade de nossos poderes com o povo brasileiro. Tudo sem cercadinhos. Nossas cercas são a democracia. Nossas barreiras são o próprio povo brasileiro. Embora não possa concordar com diversas decisões de alguns ministros, algumas manifestamente ilegais, no tocante ao rito processual, valho-me de parte da expressão do ministro do STF, Luís Roberto Barroso. Nossa democracia não são portas, janelas e vidros, ela vai muito além disso. Ela está em nossa revolta ao que ocorreu. Ela está em nossos corações e no pacifismo de um povo.

Jose Rubens de Macedo Soares Sobrinho

joserubens@jrmacedoadv.com.br

São Paulo

*

LEI ANTITERROR

Marcelo Godoy lembra, em notável artigo O terrorismo e o ex-presidente (Estado, 18/1, A9), a tentativa do líder do governo Bolsonaro, deputado federal Vitor Hugo (PL-GO) de criar uma severa lei antiterror, que agora, ante os atos de 8 janeiro, se voltariam contra eles, em efeito bumerangue, não previsto pelos autores do projeto. Se tivesse sido aprovado levaria todos para a cadeia sumariamente.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

*

CASAS PARA ABRIGAR SEM-TETO

Ótima iniciativa da Prefeitura de São Paulo em conceber abrigos para pessoas em situação de rua (Estado, 18/1, A14), inspirada em projetos de outros países. A moradia é essencial para se dar dignidade ao cidadão e sua família. A iniciativa ainda insere outros benefícios sociais fundamentais, como educação e saúde. Precisamos disso: menos discurso e mais ação. Parabéns.

Luiz Antonio Amaro da Silva

zulloamaro@hotmail.com

Guarulhos

*

QUEDA DA POPULAÇÃO NA CHINA

Quanto aos problemas causados pela queda da população na China, que também teremos que enfrentar aqui no Brasil, fica a questão: o que é mais importante, salvar o planeta, reduzindo a população mundial, dando condições de sobrevivência às gerações futuras, ou garantir o nosso conforto e sustento agora, mantendo a população atual?

Radoico Câmara Guimarães

radoico@gmail.com

São Paulo

*

LEITURA DO JORNAL IMPRESSO

Muito interessante a abordagem de Nicolau da Rocha Cavalcanti (Estado, 18/1, A4) sobre a importância da leitura do jornal impresso. Eu como muitos brasileiros tenho a leitura do jornal como uma forma de estar mais conectado com a verdade, por meio do jornalismo compromissado com a realidade dos fatos. O jornalista representa um braço da democracia, assim como opiniões divergentes alimentam a democracia e nos fazem evoluir. A tecnologia é boa, sem dúvida, mas ainda prefiro o impresso. É como ler um livro, estamos mais próximos do texto ao poder tocar no papel. Sinto como se a energia de quem escreveu pudesse ser sentida no momento da leitura.

Valdeci Vieira

valdecivieira1982@hotmail.com

Tatuí

*

HÁBITO DA LEITURA

O artigo de Nicolau da Rocha Cavalcanti (O jornal impresso e a cidadania, 18/1, A4) é uma alerta para que gerações futuras não sejam pessoas sem formação crítica, sem opiniões com informações “fast-food” recebidas via rede social. Temos que ter jornais impressos em cafés, academias, restaurantes e nos aviões, para criar o hábito de manusear e passar a ler conteúdos sólidos, não importa o assunto.

Tomiko Yamaguchi

tomyam@uol.com.br

São Paulo

Política monetária

Banco Central

Independência do Banco Central é ‘uma bobagem’, afirma Lula (19/1, B2). Debochar de um Banco Central (BC) independente é uma completa falta de conhecimento sobre a realidade financeira internacional. O nosso BC tem agido com uma competência enorme e, graças a ele, não tivemos uma disparada de inflação como aconteceu na Argentina. Praticamente todos os países desenvolvidos mantêm seu Banco Central para atuar com completa independência como guardião da moeda. Veja o reflexo no mercado dos comentários negativos a respeito da independência do BC.

Marco Antonio Martignoni

mmartignoni1941@gmail.com

São Paulo

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O presidente e os juros

Quando o presidente Lula da Silva fala de economia, os juros sobem, o Tesouro paga mais para captar, os produtos dependentes do valor do dólar ficam mais caros para os brasileiros, etc. Depois, com o silêncio presidencial, as coisas vão se acomodando. Aí, sua excelência lança novos diatribes e o ciclo se repete, como visto nesta quinta.

Cássio Mascarenhas

cassiocam@terra.com.br

São Paulo

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Ataque à democracia

Perda de confiança

O ex-ministro-chefe do GSI no governo Michel Temer, general Sérgio Etchegoyen, criticou a declaração do presidente Lula de que ele “perdeu a confiança” em parte das Forças Armadas e denominou essa afirmação de “profunda covardia”, alegando que nenhum general viria a público responder à “ofensa”. Há alguns equívocos por parte do general. Desde o dia dos ataques em Brasília, o silêncio das Forças em relação ao episódio está para lá de ensurdecedor. A instituição já poderia e deveria há muito ter vindo a público reafirmar sua lealdade à Constituição, à democracia e aos princípios republicanos, repudiar com veemência a tentativa de golpe de Estado por parte dos extremistas, desculpar-se pelas falhas que ocorreram na prevenção e na segurança desses ataques e se comprometer a punir com rigor os militares que participaram direta ou indiretamente dos atos golpistas. A perda de confiança não é só de Lula. É de boa parte da população que assistiu indignada a essa infâmia e apreciaria escutar palavras tranquilizadoras por parte das Forças Armadas. Nenhum militar é obrigado a gostar do cidadão Luiz Inácio. Mas é obrigado a servir lealmente à Nação e ao presidente da República.

Luciano Harary

lharary@hotmail.com

São Paulo

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Brasil, EUA e Israel

Governos populistas de extrema direita vêm colocando em risco a democracia nos Estados Unidos, no Brasil e em Israel. Qualquer ameaça golpista ao Estado Democrático de Direito é intolerável, e quem a planeja, financia ou executa deve ser punido com o rigor da lei.

Marcos Abrão

m.abrao@terra.com.br

São Paulo

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Edifícios de Brasília

Os edifícios de Brasília projetados por Oscar Niemeyer representam nossa democracia, nossa cultura e excelência técnica. Seu valor simbólico foi mais uma vez atacado, dessa vez pelo artigo do economista Roberto Macedo (19/1, A4). O texto ignora que Brasília é Patrimônio Cultural da Humanidade, tombado pela Unesco e pelo Iphan, e que deve ser preservada em suas características essenciais. Sugere colocar paredes de alvenaria e portas de ferro em obras que são referência da modernidade para o mundo todo. Não podemos jamais desconsiderar a dimensão civilizatória da arquitetura e do urbanismo. Essa banalização da nossa profissão ajuda a explicar por que 82% das obras no Brasil são feitas sem o auxílio técnico de arquitetos e engenheiros. Na década de 1960, quando Brasília foi construída, nosso projeto para o Brasil focava na modernidade e no desenvolvimento. Qual projeto vamos construir após a depredação?

Nadia Somekh,

presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil e professora emérita da Universidade Mackenzie, com apoio das entidades IAB, FNA, Asbea, Abea, Abap e Fenea

leonardo.echeverria@caubr.gov.br

Brasília

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Resposta à leitora: Agradeço a leitura e seus comentários, mas eles não apontam saída para o problema da vulnerabilidade em que se encontram os edifícios abordados em meu artigo. Patrimônio Mundial, tombamento, referência da humanidade e dimensão civilizatória não garantem a segurança dos prédios.

Roberto Macedo, articulista

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

MUITA FALAÇÃO E POUCA AÇÃO

Acertou na mosca o ex-diretor do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, quando disse: “uma coisa é o Haddad falar, outra é convencer o Lula e o PT a fazer.” Enquanto Lula e o PT continuarem no palanque, seguiremos assim, muita falação e pouca ação.

Vital Romaneli Penha

vitalromaneli@gmail.com

Jacareí

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TENTATIVA DE DESTITUIÇÃO

Nestes tempos estranhos de alta tensão que o País vive, a direita bolsonarista radical está tentando destituir no tapetão dois presidentes legitimamente eleitos “dentro das quatro linhas”: Lula da Silva, da Presidência da República, e Josué Gomes, da direção da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A que ponto chegamos.

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

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JUIZ TEM REDES SOCIAIS SUSPENSAS

Como cidadão que preza a democracia e a justiça, fiquei extremamente decepcionado com a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em suspender as contas nas redes sociais do juiz Luis Carlos Valois. Há muitos anos acompanho suas postagens esclarecedoras sobre o sistema prisional brasileiro, suas críticas sobre a guerra às drogas, entre outros assuntos pertinentes a todos os cidadãos. Espero que nosso valoroso ministro da Justiça, Flávio Dino, se posicione sobre esse ato indecoroso em plena reforma democrática. Urge todas as instituições respeitarem a Constituição e a garantia que todos possuem de liberdade de expressão.

Daniel Marques

danielmarquesvgp@gmail.com

Virginópolis (MG)

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Nos mandatos anteriores o presidente Lula da Silva investiu muito nas universidades com o objetivo de aparelhá-las e manter seu controle. No entanto, essa política não cobriu os cursos de primeiro grau, reduzindo a possibilidade de evolução das nossas crianças. A nomeação do atual ministro da Educação, Camilo Santana, parece estar na direção correta para que o Brasil se torne uma imensa Sobral, município que melhorou os salários e incentivos dos professores e é um exemplo de sucesso no desempenho de seus alunos. Boas-vindas ao ministro e seus executivos.

Aldo Bertolucci

aldobertolucci@gmail.com

São Paulo

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GASTOS COM EDUCAÇÃO

O presidente Lula já disse contundentemente, várias vezes, que entende que gastos com saúde e educação não são gastos, e sim, investimento para o futuro. Tudo para nos convencer que deveriam ficar fora do teto de gastos. Lula certamente já deve ter ouvido a frase dita -durante a crise dos mísseis cubanos, em 1962- pelo então presidente dos Estados Unidos, Jonh F. Kennedy: “governar é definir prioridades”. Vale para todos os países e em especial para este que ele começa a governar agora.

Abel Pires Rodrigues

abel@knn.com.br

Rio de Janeiro

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CORONEL PEDE GOLPE

O ex-GSI, o coronel do Exército José Placídio Matias dos Santos, pediu golpe e ofendeu o comandante da Marinha. Placídio precisa ser punido severamente na Justiça e servir como exemplo que não há tolerância para atos e falas golpistas.

Marcos Barbosa

micabarbosa@gmail.com

Casa Branca

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DEMOCRACIA INABALADA

Sobre o editorial O STF e a democracia inabalada (Estado, 19/1, A3), vou pinçar um recado que está dado já quase ao final do texto: “A campanha Democracia Inabalada (a ser lançada em mídia nacional) vem, portanto, em boa hora. Ao explicitar que a reconstrução do STF é muito mais do que reerguer um edifício, ela também é alerta a todos os ministros da Corte. Há um longo trabalho de resgate da legitimidade e do prestígio do STF perante a sociedade, trabalho este alicerçado por decisões técnicas e fundamentadas, rigorosamente contidas dentro dos limites de competência da Corte. Essa contenção é fundamental para preservar a autoridade do STF ao longo do tempo. O judiciário aplica a lei. No caso, o Supremo defende e aplica a Constituição, que é extensa e aborda inúmeros temas. De toda forma, isso não autoriza o STF a tomar o espaço da política ou a abraçar atribuições funcionais que não lhe competem”. Agora, nas minhas palavras, é incrível ter que dizer isso, mas o STF precisa voltar a pautar suas decisões pela Carta Magna, agir como um colegiado e evitar decisões monocráticas intempestivas, algumas, incompreensíveis. Não à toa metade da população disse não confiar no STF, em recente pesquisa amplamente divulgada. E, concluindo, para resgatar a confiança da sociedade não será uma campanha como “Democracia Inabalada” que vai dar conta do recado, mas a postura do STF daqui para a frente.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

lgtsaraiva@gmail.com

Salvador

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DEPREDAÇÃO DOS TRÊS PODERES

Provoca assombro ver a depredação que um enorme grupo de lunáticos fizeram nas sedes dos Três Poderes em Brasília. Ao concebê-los, Oscar Niemeyer jamais imaginaria que uma turba de fanáticos iria tão facilmente detoná-los, quebrando dezenas de vidros de forma tão violenta, grosseira, com tanto ódio e danificando tantas obras de arte de valor afetivo e artístico inestimáveis. O grande arquiteto, que fez de Brasília um monumento à democracia, não suportaria ver como essas criaturas destruíram tanta coisa, como se não valessem nada. Essas pessoas representam uma significativa parcela da população que enxergaram em Jair Bolsonaro um exemplo a ser seguido e mais, admirado. A que ponto de mediocridade e baixo nível de civilidade chegou essa gente que sequer sente vergonha de apoiar um sujeito que nem tem coragem de estar presente para se responsabilizar pelo que foi capaz de despertar nessas pessoas que acreditam nele. E acreditam em quê? Acreditam em versões mentirosas e distorcidas sobre urnas eletrônicas, sobre costumes, sobre comunismo, sobre corrupção e outras coisas que dependem muito mais de nossa própria visão de mundo, do que a vontade de um governante seria capaz de impor. Que essa gente caia em si e que a fragilidade dos palácios nunca mais seja confundida com a fragilidade de nossas instituições. E que as Forças Armadas recuperem sua respeitabilidade, lembrando que não podem fazer política, porque são forças de Estado e não de governo, goste-se ou não, do eleito democraticamente, e espelhem-se nos militares de países desenvolvidos. Quem sabe assim, teremos a paz e a estabilidade que o povo brasileiro merece para que o País possa se desenvolver e prosperar.

Eliana França Leme

efleme@gmail.com

Campinas

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‘DRÁCULA’ RESISTIU AOS ATAQUES

Os terroristas aloprados, durante a invasão ao Palácio do Planalto, resolveram também atacar o ‘Drácula’, o cavalo ‘847′ da Polícia Militar. Na barbárie feriram o equino, machucando o seu olho, quase levando a cegueira. A pancadaria também alcançou o soldado que o guiava. Mesmo assim, ambos resistiram à depredação. A cena do cavalo machucado chocou os brasileiros, causando revolta contra esses marginais invasores. Na verdade, maltratar animais é crime, com até cinco anos de reclusão. Depois não adianta chorar.

Júlio Roberto Ayres Brisola

jrobrisola@uol.com.br

São Paulo

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SEGURANÇA NAS SEDES DOS TRÊS PODERES

Li o artigo Os vulneráveis edifícios envidraçados de Brasília (Estado, 19/1, A4), assinado por Roberto Macedo. Certamente os ossos de Oscar Niemeyer tremeram em seu caixão quando se lê as sugestões da matéria sobre segurança dos edifícios e as compara com o Palácio de Buckingham, na Inglaterra, e a Casa Branca, nos EUA. No entanto, são imóveis tombados, e não é possível realizar suas sugestões. Ademais, o projeto de nosso mais renomado arquiteto foi justamente a proximidade de nossos poderes com o povo brasileiro. Tudo sem cercadinhos. Nossas cercas são a democracia. Nossas barreiras são o próprio povo brasileiro. Embora não possa concordar com diversas decisões de alguns ministros, algumas manifestamente ilegais, no tocante ao rito processual, valho-me de parte da expressão do ministro do STF, Luís Roberto Barroso. Nossa democracia não são portas, janelas e vidros, ela vai muito além disso. Ela está em nossa revolta ao que ocorreu. Ela está em nossos corações e no pacifismo de um povo.

Jose Rubens de Macedo Soares Sobrinho

joserubens@jrmacedoadv.com.br

São Paulo

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LEI ANTITERROR

Marcelo Godoy lembra, em notável artigo O terrorismo e o ex-presidente (Estado, 18/1, A9), a tentativa do líder do governo Bolsonaro, deputado federal Vitor Hugo (PL-GO) de criar uma severa lei antiterror, que agora, ante os atos de 8 janeiro, se voltariam contra eles, em efeito bumerangue, não previsto pelos autores do projeto. Se tivesse sido aprovado levaria todos para a cadeia sumariamente.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

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CASAS PARA ABRIGAR SEM-TETO

Ótima iniciativa da Prefeitura de São Paulo em conceber abrigos para pessoas em situação de rua (Estado, 18/1, A14), inspirada em projetos de outros países. A moradia é essencial para se dar dignidade ao cidadão e sua família. A iniciativa ainda insere outros benefícios sociais fundamentais, como educação e saúde. Precisamos disso: menos discurso e mais ação. Parabéns.

Luiz Antonio Amaro da Silva

zulloamaro@hotmail.com

Guarulhos

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QUEDA DA POPULAÇÃO NA CHINA

Quanto aos problemas causados pela queda da população na China, que também teremos que enfrentar aqui no Brasil, fica a questão: o que é mais importante, salvar o planeta, reduzindo a população mundial, dando condições de sobrevivência às gerações futuras, ou garantir o nosso conforto e sustento agora, mantendo a população atual?

Radoico Câmara Guimarães

radoico@gmail.com

São Paulo

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LEITURA DO JORNAL IMPRESSO

Muito interessante a abordagem de Nicolau da Rocha Cavalcanti (Estado, 18/1, A4) sobre a importância da leitura do jornal impresso. Eu como muitos brasileiros tenho a leitura do jornal como uma forma de estar mais conectado com a verdade, por meio do jornalismo compromissado com a realidade dos fatos. O jornalista representa um braço da democracia, assim como opiniões divergentes alimentam a democracia e nos fazem evoluir. A tecnologia é boa, sem dúvida, mas ainda prefiro o impresso. É como ler um livro, estamos mais próximos do texto ao poder tocar no papel. Sinto como se a energia de quem escreveu pudesse ser sentida no momento da leitura.

Valdeci Vieira

valdecivieira1982@hotmail.com

Tatuí

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HÁBITO DA LEITURA

O artigo de Nicolau da Rocha Cavalcanti (O jornal impresso e a cidadania, 18/1, A4) é uma alerta para que gerações futuras não sejam pessoas sem formação crítica, sem opiniões com informações “fast-food” recebidas via rede social. Temos que ter jornais impressos em cafés, academias, restaurantes e nos aviões, para criar o hábito de manusear e passar a ler conteúdos sólidos, não importa o assunto.

Tomiko Yamaguchi

tomyam@uol.com.br

São Paulo

Política monetária

Banco Central

Independência do Banco Central é ‘uma bobagem’, afirma Lula (19/1, B2). Debochar de um Banco Central (BC) independente é uma completa falta de conhecimento sobre a realidade financeira internacional. O nosso BC tem agido com uma competência enorme e, graças a ele, não tivemos uma disparada de inflação como aconteceu na Argentina. Praticamente todos os países desenvolvidos mantêm seu Banco Central para atuar com completa independência como guardião da moeda. Veja o reflexo no mercado dos comentários negativos a respeito da independência do BC.

Marco Antonio Martignoni

mmartignoni1941@gmail.com

São Paulo

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O presidente e os juros

Quando o presidente Lula da Silva fala de economia, os juros sobem, o Tesouro paga mais para captar, os produtos dependentes do valor do dólar ficam mais caros para os brasileiros, etc. Depois, com o silêncio presidencial, as coisas vão se acomodando. Aí, sua excelência lança novos diatribes e o ciclo se repete, como visto nesta quinta.

Cássio Mascarenhas

cassiocam@terra.com.br

São Paulo

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Ataque à democracia

Perda de confiança

O ex-ministro-chefe do GSI no governo Michel Temer, general Sérgio Etchegoyen, criticou a declaração do presidente Lula de que ele “perdeu a confiança” em parte das Forças Armadas e denominou essa afirmação de “profunda covardia”, alegando que nenhum general viria a público responder à “ofensa”. Há alguns equívocos por parte do general. Desde o dia dos ataques em Brasília, o silêncio das Forças em relação ao episódio está para lá de ensurdecedor. A instituição já poderia e deveria há muito ter vindo a público reafirmar sua lealdade à Constituição, à democracia e aos princípios republicanos, repudiar com veemência a tentativa de golpe de Estado por parte dos extremistas, desculpar-se pelas falhas que ocorreram na prevenção e na segurança desses ataques e se comprometer a punir com rigor os militares que participaram direta ou indiretamente dos atos golpistas. A perda de confiança não é só de Lula. É de boa parte da população que assistiu indignada a essa infâmia e apreciaria escutar palavras tranquilizadoras por parte das Forças Armadas. Nenhum militar é obrigado a gostar do cidadão Luiz Inácio. Mas é obrigado a servir lealmente à Nação e ao presidente da República.

Luciano Harary

lharary@hotmail.com

São Paulo

*

Brasil, EUA e Israel

Governos populistas de extrema direita vêm colocando em risco a democracia nos Estados Unidos, no Brasil e em Israel. Qualquer ameaça golpista ao Estado Democrático de Direito é intolerável, e quem a planeja, financia ou executa deve ser punido com o rigor da lei.

Marcos Abrão

m.abrao@terra.com.br

São Paulo

*

Edifícios de Brasília

Os edifícios de Brasília projetados por Oscar Niemeyer representam nossa democracia, nossa cultura e excelência técnica. Seu valor simbólico foi mais uma vez atacado, dessa vez pelo artigo do economista Roberto Macedo (19/1, A4). O texto ignora que Brasília é Patrimônio Cultural da Humanidade, tombado pela Unesco e pelo Iphan, e que deve ser preservada em suas características essenciais. Sugere colocar paredes de alvenaria e portas de ferro em obras que são referência da modernidade para o mundo todo. Não podemos jamais desconsiderar a dimensão civilizatória da arquitetura e do urbanismo. Essa banalização da nossa profissão ajuda a explicar por que 82% das obras no Brasil são feitas sem o auxílio técnico de arquitetos e engenheiros. Na década de 1960, quando Brasília foi construída, nosso projeto para o Brasil focava na modernidade e no desenvolvimento. Qual projeto vamos construir após a depredação?

Nadia Somekh,

presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil e professora emérita da Universidade Mackenzie, com apoio das entidades IAB, FNA, Asbea, Abea, Abap e Fenea

leonardo.echeverria@caubr.gov.br

Brasília

*

Resposta à leitora: Agradeço a leitura e seus comentários, mas eles não apontam saída para o problema da vulnerabilidade em que se encontram os edifícios abordados em meu artigo. Patrimônio Mundial, tombamento, referência da humanidade e dimensão civilizatória não garantem a segurança dos prédios.

Roberto Macedo, articulista

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

MUITA FALAÇÃO E POUCA AÇÃO

Acertou na mosca o ex-diretor do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, quando disse: “uma coisa é o Haddad falar, outra é convencer o Lula e o PT a fazer.” Enquanto Lula e o PT continuarem no palanque, seguiremos assim, muita falação e pouca ação.

Vital Romaneli Penha

vitalromaneli@gmail.com

Jacareí

*

TENTATIVA DE DESTITUIÇÃO

Nestes tempos estranhos de alta tensão que o País vive, a direita bolsonarista radical está tentando destituir no tapetão dois presidentes legitimamente eleitos “dentro das quatro linhas”: Lula da Silva, da Presidência da República, e Josué Gomes, da direção da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A que ponto chegamos.

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

*

JUIZ TEM REDES SOCIAIS SUSPENSAS

Como cidadão que preza a democracia e a justiça, fiquei extremamente decepcionado com a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em suspender as contas nas redes sociais do juiz Luis Carlos Valois. Há muitos anos acompanho suas postagens esclarecedoras sobre o sistema prisional brasileiro, suas críticas sobre a guerra às drogas, entre outros assuntos pertinentes a todos os cidadãos. Espero que nosso valoroso ministro da Justiça, Flávio Dino, se posicione sobre esse ato indecoroso em plena reforma democrática. Urge todas as instituições respeitarem a Constituição e a garantia que todos possuem de liberdade de expressão.

Daniel Marques

danielmarquesvgp@gmail.com

Virginópolis (MG)

*

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Nos mandatos anteriores o presidente Lula da Silva investiu muito nas universidades com o objetivo de aparelhá-las e manter seu controle. No entanto, essa política não cobriu os cursos de primeiro grau, reduzindo a possibilidade de evolução das nossas crianças. A nomeação do atual ministro da Educação, Camilo Santana, parece estar na direção correta para que o Brasil se torne uma imensa Sobral, município que melhorou os salários e incentivos dos professores e é um exemplo de sucesso no desempenho de seus alunos. Boas-vindas ao ministro e seus executivos.

Aldo Bertolucci

aldobertolucci@gmail.com

São Paulo

*

GASTOS COM EDUCAÇÃO

O presidente Lula já disse contundentemente, várias vezes, que entende que gastos com saúde e educação não são gastos, e sim, investimento para o futuro. Tudo para nos convencer que deveriam ficar fora do teto de gastos. Lula certamente já deve ter ouvido a frase dita -durante a crise dos mísseis cubanos, em 1962- pelo então presidente dos Estados Unidos, Jonh F. Kennedy: “governar é definir prioridades”. Vale para todos os países e em especial para este que ele começa a governar agora.

Abel Pires Rodrigues

abel@knn.com.br

Rio de Janeiro

*

CORONEL PEDE GOLPE

O ex-GSI, o coronel do Exército José Placídio Matias dos Santos, pediu golpe e ofendeu o comandante da Marinha. Placídio precisa ser punido severamente na Justiça e servir como exemplo que não há tolerância para atos e falas golpistas.

Marcos Barbosa

micabarbosa@gmail.com

Casa Branca

*

DEMOCRACIA INABALADA

Sobre o editorial O STF e a democracia inabalada (Estado, 19/1, A3), vou pinçar um recado que está dado já quase ao final do texto: “A campanha Democracia Inabalada (a ser lançada em mídia nacional) vem, portanto, em boa hora. Ao explicitar que a reconstrução do STF é muito mais do que reerguer um edifício, ela também é alerta a todos os ministros da Corte. Há um longo trabalho de resgate da legitimidade e do prestígio do STF perante a sociedade, trabalho este alicerçado por decisões técnicas e fundamentadas, rigorosamente contidas dentro dos limites de competência da Corte. Essa contenção é fundamental para preservar a autoridade do STF ao longo do tempo. O judiciário aplica a lei. No caso, o Supremo defende e aplica a Constituição, que é extensa e aborda inúmeros temas. De toda forma, isso não autoriza o STF a tomar o espaço da política ou a abraçar atribuições funcionais que não lhe competem”. Agora, nas minhas palavras, é incrível ter que dizer isso, mas o STF precisa voltar a pautar suas decisões pela Carta Magna, agir como um colegiado e evitar decisões monocráticas intempestivas, algumas, incompreensíveis. Não à toa metade da população disse não confiar no STF, em recente pesquisa amplamente divulgada. E, concluindo, para resgatar a confiança da sociedade não será uma campanha como “Democracia Inabalada” que vai dar conta do recado, mas a postura do STF daqui para a frente.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

lgtsaraiva@gmail.com

Salvador

*

DEPREDAÇÃO DOS TRÊS PODERES

Provoca assombro ver a depredação que um enorme grupo de lunáticos fizeram nas sedes dos Três Poderes em Brasília. Ao concebê-los, Oscar Niemeyer jamais imaginaria que uma turba de fanáticos iria tão facilmente detoná-los, quebrando dezenas de vidros de forma tão violenta, grosseira, com tanto ódio e danificando tantas obras de arte de valor afetivo e artístico inestimáveis. O grande arquiteto, que fez de Brasília um monumento à democracia, não suportaria ver como essas criaturas destruíram tanta coisa, como se não valessem nada. Essas pessoas representam uma significativa parcela da população que enxergaram em Jair Bolsonaro um exemplo a ser seguido e mais, admirado. A que ponto de mediocridade e baixo nível de civilidade chegou essa gente que sequer sente vergonha de apoiar um sujeito que nem tem coragem de estar presente para se responsabilizar pelo que foi capaz de despertar nessas pessoas que acreditam nele. E acreditam em quê? Acreditam em versões mentirosas e distorcidas sobre urnas eletrônicas, sobre costumes, sobre comunismo, sobre corrupção e outras coisas que dependem muito mais de nossa própria visão de mundo, do que a vontade de um governante seria capaz de impor. Que essa gente caia em si e que a fragilidade dos palácios nunca mais seja confundida com a fragilidade de nossas instituições. E que as Forças Armadas recuperem sua respeitabilidade, lembrando que não podem fazer política, porque são forças de Estado e não de governo, goste-se ou não, do eleito democraticamente, e espelhem-se nos militares de países desenvolvidos. Quem sabe assim, teremos a paz e a estabilidade que o povo brasileiro merece para que o País possa se desenvolver e prosperar.

Eliana França Leme

efleme@gmail.com

Campinas

*

‘DRÁCULA’ RESISTIU AOS ATAQUES

Os terroristas aloprados, durante a invasão ao Palácio do Planalto, resolveram também atacar o ‘Drácula’, o cavalo ‘847′ da Polícia Militar. Na barbárie feriram o equino, machucando o seu olho, quase levando a cegueira. A pancadaria também alcançou o soldado que o guiava. Mesmo assim, ambos resistiram à depredação. A cena do cavalo machucado chocou os brasileiros, causando revolta contra esses marginais invasores. Na verdade, maltratar animais é crime, com até cinco anos de reclusão. Depois não adianta chorar.

Júlio Roberto Ayres Brisola

jrobrisola@uol.com.br

São Paulo

*

SEGURANÇA NAS SEDES DOS TRÊS PODERES

Li o artigo Os vulneráveis edifícios envidraçados de Brasília (Estado, 19/1, A4), assinado por Roberto Macedo. Certamente os ossos de Oscar Niemeyer tremeram em seu caixão quando se lê as sugestões da matéria sobre segurança dos edifícios e as compara com o Palácio de Buckingham, na Inglaterra, e a Casa Branca, nos EUA. No entanto, são imóveis tombados, e não é possível realizar suas sugestões. Ademais, o projeto de nosso mais renomado arquiteto foi justamente a proximidade de nossos poderes com o povo brasileiro. Tudo sem cercadinhos. Nossas cercas são a democracia. Nossas barreiras são o próprio povo brasileiro. Embora não possa concordar com diversas decisões de alguns ministros, algumas manifestamente ilegais, no tocante ao rito processual, valho-me de parte da expressão do ministro do STF, Luís Roberto Barroso. Nossa democracia não são portas, janelas e vidros, ela vai muito além disso. Ela está em nossa revolta ao que ocorreu. Ela está em nossos corações e no pacifismo de um povo.

Jose Rubens de Macedo Soares Sobrinho

joserubens@jrmacedoadv.com.br

São Paulo

*

LEI ANTITERROR

Marcelo Godoy lembra, em notável artigo O terrorismo e o ex-presidente (Estado, 18/1, A9), a tentativa do líder do governo Bolsonaro, deputado federal Vitor Hugo (PL-GO) de criar uma severa lei antiterror, que agora, ante os atos de 8 janeiro, se voltariam contra eles, em efeito bumerangue, não previsto pelos autores do projeto. Se tivesse sido aprovado levaria todos para a cadeia sumariamente.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

*

CASAS PARA ABRIGAR SEM-TETO

Ótima iniciativa da Prefeitura de São Paulo em conceber abrigos para pessoas em situação de rua (Estado, 18/1, A14), inspirada em projetos de outros países. A moradia é essencial para se dar dignidade ao cidadão e sua família. A iniciativa ainda insere outros benefícios sociais fundamentais, como educação e saúde. Precisamos disso: menos discurso e mais ação. Parabéns.

Luiz Antonio Amaro da Silva

zulloamaro@hotmail.com

Guarulhos

*

QUEDA DA POPULAÇÃO NA CHINA

Quanto aos problemas causados pela queda da população na China, que também teremos que enfrentar aqui no Brasil, fica a questão: o que é mais importante, salvar o planeta, reduzindo a população mundial, dando condições de sobrevivência às gerações futuras, ou garantir o nosso conforto e sustento agora, mantendo a população atual?

Radoico Câmara Guimarães

radoico@gmail.com

São Paulo

*

LEITURA DO JORNAL IMPRESSO

Muito interessante a abordagem de Nicolau da Rocha Cavalcanti (Estado, 18/1, A4) sobre a importância da leitura do jornal impresso. Eu como muitos brasileiros tenho a leitura do jornal como uma forma de estar mais conectado com a verdade, por meio do jornalismo compromissado com a realidade dos fatos. O jornalista representa um braço da democracia, assim como opiniões divergentes alimentam a democracia e nos fazem evoluir. A tecnologia é boa, sem dúvida, mas ainda prefiro o impresso. É como ler um livro, estamos mais próximos do texto ao poder tocar no papel. Sinto como se a energia de quem escreveu pudesse ser sentida no momento da leitura.

Valdeci Vieira

valdecivieira1982@hotmail.com

Tatuí

*

HÁBITO DA LEITURA

O artigo de Nicolau da Rocha Cavalcanti (O jornal impresso e a cidadania, 18/1, A4) é uma alerta para que gerações futuras não sejam pessoas sem formação crítica, sem opiniões com informações “fast-food” recebidas via rede social. Temos que ter jornais impressos em cafés, academias, restaurantes e nos aviões, para criar o hábito de manusear e passar a ler conteúdos sólidos, não importa o assunto.

Tomiko Yamaguchi

tomyam@uol.com.br

São Paulo

Política monetária

Banco Central

Independência do Banco Central é ‘uma bobagem’, afirma Lula (19/1, B2). Debochar de um Banco Central (BC) independente é uma completa falta de conhecimento sobre a realidade financeira internacional. O nosso BC tem agido com uma competência enorme e, graças a ele, não tivemos uma disparada de inflação como aconteceu na Argentina. Praticamente todos os países desenvolvidos mantêm seu Banco Central para atuar com completa independência como guardião da moeda. Veja o reflexo no mercado dos comentários negativos a respeito da independência do BC.

Marco Antonio Martignoni

mmartignoni1941@gmail.com

São Paulo

*

O presidente e os juros

Quando o presidente Lula da Silva fala de economia, os juros sobem, o Tesouro paga mais para captar, os produtos dependentes do valor do dólar ficam mais caros para os brasileiros, etc. Depois, com o silêncio presidencial, as coisas vão se acomodando. Aí, sua excelência lança novos diatribes e o ciclo se repete, como visto nesta quinta.

Cássio Mascarenhas

cassiocam@terra.com.br

São Paulo

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Ataque à democracia

Perda de confiança

O ex-ministro-chefe do GSI no governo Michel Temer, general Sérgio Etchegoyen, criticou a declaração do presidente Lula de que ele “perdeu a confiança” em parte das Forças Armadas e denominou essa afirmação de “profunda covardia”, alegando que nenhum general viria a público responder à “ofensa”. Há alguns equívocos por parte do general. Desde o dia dos ataques em Brasília, o silêncio das Forças em relação ao episódio está para lá de ensurdecedor. A instituição já poderia e deveria há muito ter vindo a público reafirmar sua lealdade à Constituição, à democracia e aos princípios republicanos, repudiar com veemência a tentativa de golpe de Estado por parte dos extremistas, desculpar-se pelas falhas que ocorreram na prevenção e na segurança desses ataques e se comprometer a punir com rigor os militares que participaram direta ou indiretamente dos atos golpistas. A perda de confiança não é só de Lula. É de boa parte da população que assistiu indignada a essa infâmia e apreciaria escutar palavras tranquilizadoras por parte das Forças Armadas. Nenhum militar é obrigado a gostar do cidadão Luiz Inácio. Mas é obrigado a servir lealmente à Nação e ao presidente da República.

Luciano Harary

lharary@hotmail.com

São Paulo

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Brasil, EUA e Israel

Governos populistas de extrema direita vêm colocando em risco a democracia nos Estados Unidos, no Brasil e em Israel. Qualquer ameaça golpista ao Estado Democrático de Direito é intolerável, e quem a planeja, financia ou executa deve ser punido com o rigor da lei.

Marcos Abrão

m.abrao@terra.com.br

São Paulo

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Edifícios de Brasília

Os edifícios de Brasília projetados por Oscar Niemeyer representam nossa democracia, nossa cultura e excelência técnica. Seu valor simbólico foi mais uma vez atacado, dessa vez pelo artigo do economista Roberto Macedo (19/1, A4). O texto ignora que Brasília é Patrimônio Cultural da Humanidade, tombado pela Unesco e pelo Iphan, e que deve ser preservada em suas características essenciais. Sugere colocar paredes de alvenaria e portas de ferro em obras que são referência da modernidade para o mundo todo. Não podemos jamais desconsiderar a dimensão civilizatória da arquitetura e do urbanismo. Essa banalização da nossa profissão ajuda a explicar por que 82% das obras no Brasil são feitas sem o auxílio técnico de arquitetos e engenheiros. Na década de 1960, quando Brasília foi construída, nosso projeto para o Brasil focava na modernidade e no desenvolvimento. Qual projeto vamos construir após a depredação?

Nadia Somekh,

presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil e professora emérita da Universidade Mackenzie, com apoio das entidades IAB, FNA, Asbea, Abea, Abap e Fenea

leonardo.echeverria@caubr.gov.br

Brasília

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Resposta à leitora: Agradeço a leitura e seus comentários, mas eles não apontam saída para o problema da vulnerabilidade em que se encontram os edifícios abordados em meu artigo. Patrimônio Mundial, tombamento, referência da humanidade e dimensão civilizatória não garantem a segurança dos prédios.

Roberto Macedo, articulista

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

MUITA FALAÇÃO E POUCA AÇÃO

Acertou na mosca o ex-diretor do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, quando disse: “uma coisa é o Haddad falar, outra é convencer o Lula e o PT a fazer.” Enquanto Lula e o PT continuarem no palanque, seguiremos assim, muita falação e pouca ação.

Vital Romaneli Penha

vitalromaneli@gmail.com

Jacareí

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TENTATIVA DE DESTITUIÇÃO

Nestes tempos estranhos de alta tensão que o País vive, a direita bolsonarista radical está tentando destituir no tapetão dois presidentes legitimamente eleitos “dentro das quatro linhas”: Lula da Silva, da Presidência da República, e Josué Gomes, da direção da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A que ponto chegamos.

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

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JUIZ TEM REDES SOCIAIS SUSPENSAS

Como cidadão que preza a democracia e a justiça, fiquei extremamente decepcionado com a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em suspender as contas nas redes sociais do juiz Luis Carlos Valois. Há muitos anos acompanho suas postagens esclarecedoras sobre o sistema prisional brasileiro, suas críticas sobre a guerra às drogas, entre outros assuntos pertinentes a todos os cidadãos. Espero que nosso valoroso ministro da Justiça, Flávio Dino, se posicione sobre esse ato indecoroso em plena reforma democrática. Urge todas as instituições respeitarem a Constituição e a garantia que todos possuem de liberdade de expressão.

Daniel Marques

danielmarquesvgp@gmail.com

Virginópolis (MG)

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Nos mandatos anteriores o presidente Lula da Silva investiu muito nas universidades com o objetivo de aparelhá-las e manter seu controle. No entanto, essa política não cobriu os cursos de primeiro grau, reduzindo a possibilidade de evolução das nossas crianças. A nomeação do atual ministro da Educação, Camilo Santana, parece estar na direção correta para que o Brasil se torne uma imensa Sobral, município que melhorou os salários e incentivos dos professores e é um exemplo de sucesso no desempenho de seus alunos. Boas-vindas ao ministro e seus executivos.

Aldo Bertolucci

aldobertolucci@gmail.com

São Paulo

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GASTOS COM EDUCAÇÃO

O presidente Lula já disse contundentemente, várias vezes, que entende que gastos com saúde e educação não são gastos, e sim, investimento para o futuro. Tudo para nos convencer que deveriam ficar fora do teto de gastos. Lula certamente já deve ter ouvido a frase dita -durante a crise dos mísseis cubanos, em 1962- pelo então presidente dos Estados Unidos, Jonh F. Kennedy: “governar é definir prioridades”. Vale para todos os países e em especial para este que ele começa a governar agora.

Abel Pires Rodrigues

abel@knn.com.br

Rio de Janeiro

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CORONEL PEDE GOLPE

O ex-GSI, o coronel do Exército José Placídio Matias dos Santos, pediu golpe e ofendeu o comandante da Marinha. Placídio precisa ser punido severamente na Justiça e servir como exemplo que não há tolerância para atos e falas golpistas.

Marcos Barbosa

micabarbosa@gmail.com

Casa Branca

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DEMOCRACIA INABALADA

Sobre o editorial O STF e a democracia inabalada (Estado, 19/1, A3), vou pinçar um recado que está dado já quase ao final do texto: “A campanha Democracia Inabalada (a ser lançada em mídia nacional) vem, portanto, em boa hora. Ao explicitar que a reconstrução do STF é muito mais do que reerguer um edifício, ela também é alerta a todos os ministros da Corte. Há um longo trabalho de resgate da legitimidade e do prestígio do STF perante a sociedade, trabalho este alicerçado por decisões técnicas e fundamentadas, rigorosamente contidas dentro dos limites de competência da Corte. Essa contenção é fundamental para preservar a autoridade do STF ao longo do tempo. O judiciário aplica a lei. No caso, o Supremo defende e aplica a Constituição, que é extensa e aborda inúmeros temas. De toda forma, isso não autoriza o STF a tomar o espaço da política ou a abraçar atribuições funcionais que não lhe competem”. Agora, nas minhas palavras, é incrível ter que dizer isso, mas o STF precisa voltar a pautar suas decisões pela Carta Magna, agir como um colegiado e evitar decisões monocráticas intempestivas, algumas, incompreensíveis. Não à toa metade da população disse não confiar no STF, em recente pesquisa amplamente divulgada. E, concluindo, para resgatar a confiança da sociedade não será uma campanha como “Democracia Inabalada” que vai dar conta do recado, mas a postura do STF daqui para a frente.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

lgtsaraiva@gmail.com

Salvador

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DEPREDAÇÃO DOS TRÊS PODERES

Provoca assombro ver a depredação que um enorme grupo de lunáticos fizeram nas sedes dos Três Poderes em Brasília. Ao concebê-los, Oscar Niemeyer jamais imaginaria que uma turba de fanáticos iria tão facilmente detoná-los, quebrando dezenas de vidros de forma tão violenta, grosseira, com tanto ódio e danificando tantas obras de arte de valor afetivo e artístico inestimáveis. O grande arquiteto, que fez de Brasília um monumento à democracia, não suportaria ver como essas criaturas destruíram tanta coisa, como se não valessem nada. Essas pessoas representam uma significativa parcela da população que enxergaram em Jair Bolsonaro um exemplo a ser seguido e mais, admirado. A que ponto de mediocridade e baixo nível de civilidade chegou essa gente que sequer sente vergonha de apoiar um sujeito que nem tem coragem de estar presente para se responsabilizar pelo que foi capaz de despertar nessas pessoas que acreditam nele. E acreditam em quê? Acreditam em versões mentirosas e distorcidas sobre urnas eletrônicas, sobre costumes, sobre comunismo, sobre corrupção e outras coisas que dependem muito mais de nossa própria visão de mundo, do que a vontade de um governante seria capaz de impor. Que essa gente caia em si e que a fragilidade dos palácios nunca mais seja confundida com a fragilidade de nossas instituições. E que as Forças Armadas recuperem sua respeitabilidade, lembrando que não podem fazer política, porque são forças de Estado e não de governo, goste-se ou não, do eleito democraticamente, e espelhem-se nos militares de países desenvolvidos. Quem sabe assim, teremos a paz e a estabilidade que o povo brasileiro merece para que o País possa se desenvolver e prosperar.

Eliana França Leme

efleme@gmail.com

Campinas

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‘DRÁCULA’ RESISTIU AOS ATAQUES

Os terroristas aloprados, durante a invasão ao Palácio do Planalto, resolveram também atacar o ‘Drácula’, o cavalo ‘847′ da Polícia Militar. Na barbárie feriram o equino, machucando o seu olho, quase levando a cegueira. A pancadaria também alcançou o soldado que o guiava. Mesmo assim, ambos resistiram à depredação. A cena do cavalo machucado chocou os brasileiros, causando revolta contra esses marginais invasores. Na verdade, maltratar animais é crime, com até cinco anos de reclusão. Depois não adianta chorar.

Júlio Roberto Ayres Brisola

jrobrisola@uol.com.br

São Paulo

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SEGURANÇA NAS SEDES DOS TRÊS PODERES

Li o artigo Os vulneráveis edifícios envidraçados de Brasília (Estado, 19/1, A4), assinado por Roberto Macedo. Certamente os ossos de Oscar Niemeyer tremeram em seu caixão quando se lê as sugestões da matéria sobre segurança dos edifícios e as compara com o Palácio de Buckingham, na Inglaterra, e a Casa Branca, nos EUA. No entanto, são imóveis tombados, e não é possível realizar suas sugestões. Ademais, o projeto de nosso mais renomado arquiteto foi justamente a proximidade de nossos poderes com o povo brasileiro. Tudo sem cercadinhos. Nossas cercas são a democracia. Nossas barreiras são o próprio povo brasileiro. Embora não possa concordar com diversas decisões de alguns ministros, algumas manifestamente ilegais, no tocante ao rito processual, valho-me de parte da expressão do ministro do STF, Luís Roberto Barroso. Nossa democracia não são portas, janelas e vidros, ela vai muito além disso. Ela está em nossa revolta ao que ocorreu. Ela está em nossos corações e no pacifismo de um povo.

Jose Rubens de Macedo Soares Sobrinho

joserubens@jrmacedoadv.com.br

São Paulo

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LEI ANTITERROR

Marcelo Godoy lembra, em notável artigo O terrorismo e o ex-presidente (Estado, 18/1, A9), a tentativa do líder do governo Bolsonaro, deputado federal Vitor Hugo (PL-GO) de criar uma severa lei antiterror, que agora, ante os atos de 8 janeiro, se voltariam contra eles, em efeito bumerangue, não previsto pelos autores do projeto. Se tivesse sido aprovado levaria todos para a cadeia sumariamente.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

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CASAS PARA ABRIGAR SEM-TETO

Ótima iniciativa da Prefeitura de São Paulo em conceber abrigos para pessoas em situação de rua (Estado, 18/1, A14), inspirada em projetos de outros países. A moradia é essencial para se dar dignidade ao cidadão e sua família. A iniciativa ainda insere outros benefícios sociais fundamentais, como educação e saúde. Precisamos disso: menos discurso e mais ação. Parabéns.

Luiz Antonio Amaro da Silva

zulloamaro@hotmail.com

Guarulhos

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QUEDA DA POPULAÇÃO NA CHINA

Quanto aos problemas causados pela queda da população na China, que também teremos que enfrentar aqui no Brasil, fica a questão: o que é mais importante, salvar o planeta, reduzindo a população mundial, dando condições de sobrevivência às gerações futuras, ou garantir o nosso conforto e sustento agora, mantendo a população atual?

Radoico Câmara Guimarães

radoico@gmail.com

São Paulo

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LEITURA DO JORNAL IMPRESSO

Muito interessante a abordagem de Nicolau da Rocha Cavalcanti (Estado, 18/1, A4) sobre a importância da leitura do jornal impresso. Eu como muitos brasileiros tenho a leitura do jornal como uma forma de estar mais conectado com a verdade, por meio do jornalismo compromissado com a realidade dos fatos. O jornalista representa um braço da democracia, assim como opiniões divergentes alimentam a democracia e nos fazem evoluir. A tecnologia é boa, sem dúvida, mas ainda prefiro o impresso. É como ler um livro, estamos mais próximos do texto ao poder tocar no papel. Sinto como se a energia de quem escreveu pudesse ser sentida no momento da leitura.

Valdeci Vieira

valdecivieira1982@hotmail.com

Tatuí

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HÁBITO DA LEITURA

O artigo de Nicolau da Rocha Cavalcanti (O jornal impresso e a cidadania, 18/1, A4) é uma alerta para que gerações futuras não sejam pessoas sem formação crítica, sem opiniões com informações “fast-food” recebidas via rede social. Temos que ter jornais impressos em cafés, academias, restaurantes e nos aviões, para criar o hábito de manusear e passar a ler conteúdos sólidos, não importa o assunto.

Tomiko Yamaguchi

tomyam@uol.com.br

São Paulo

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