Fórum dos Leitores


Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

Por Fórum dos Leitores

Eleição na Venezuela

‘Banho de sangue’

Na visita de Nicolás Maduro ao Brasil no ano passado, Lula da Silva disse que o rótulo de ditadura ao sistema político vigente na Venezuela não passava de “uma narrativa de antidemocracia e autoritarismo”. Falou também, na ocasião, que “o conceito de democracia é relativo”. E aconselhou Maduro: “Está nas suas mãos, companheiro, construir a sua narrativa e virar esse jogo para que a gente possa vencer definitivamente e a Venezuela volte a ser um país soberano, onde somente o seu povo, através de votação livre, diga quem é que vai governar aquele país”. Agora, a poucos dias da eleição venezuelana, Maduro vocifera que haverá um “banho de sangue” e uma “guerra civil fratricida” caso ele não vença a disputa. Pergunto: como reagirá o governo brasileiro diante da assertiva sanguinolenta e agressiva de Nicolás Maduro nesta semana? A sociedade brasileira aguarda por um mínimo de coerência e razoabilidade. Ou a enigmática diplomacia brasileira atual, impregnada de ideologia tacanha, vai mesmo silenciar?

continua após a publicidade

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

*

continua após a publicidade

Violência doméstica

Investigação concluída

Polícia Civil do Estado de São Paulo conclui inquérito e não indicia filho de Lula acusado de violência doméstica (Estadão, 19/7, A9). Será que, além de ser filho de Lula, ele é corintiano?

continua após a publicidade

Marisa Bodenstorfer

Lenting, Alemanha

*

continua após a publicidade

Eólicas offshore

Emenda pior que o soneto

Como noticiado no Estadão, foi adiada para agosto a votação final no Senado do projeto de lei sobre usinas eólicas offshore. Ao tramitar anteriormente na Câmara, esse projeto incorporou inúmeras “emendas jabutis” que nada têm que ver com eólica offshore e, forçosamente, impõe custos extraordinários para os consumidores de energia e, além do mais, inviabiliza a operação eficiente do Sistema Elétrico pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Tem jabuti para: 1) impor a contratação por 30 anos de 4.250 MW de termoelétricas a gás natural, a serem instaladas em locais específicos onde não tem gás, com a obrigação de serem acionadas pelo ONS, mesmo que os modelos operativos do próprio ONS indiquem o contrário; 2) tem jabuti que cria mais subsídios para projetos de biomassa e outros; 3) tem jabuti que prorroga por mais 20 anos os contratos de usinas que, por 20 anos, já foram subsidiadas pelo Programa de Incentivo às Fontes Alternativas (Proinfa), construídas e totalmente amortizadas; 4) tem jabuti para a contratação obrigatória por 25 anos de 4.900 MW de hidrelétricas de até 50 MW; e 5) também tem subsídio para contratação obrigatória de termoelétricas a carvão mineral. O texto do projeto de lei chega ao requinte de impor datas para a entrada em operação de usinas, independentemente do fato de haver ou não demanda para isso (é bom lembrar que a eventual sobra de energia, quando imposta compulsoriamente, é paga pelo consumidor). Tantas emendas jabutis tornam o projeto pior que o soneto (o projeto original), que já tinha em seu artigo 20 uma proposta de reserva de mercado para eólica offshore. Reserva de mercado implica contratação compulsória a custo mais elevado a ser arcado pelos consumidores de energia. É por essas e outras que o Brasil, com tantos recursos naturais, tem energia desnecessariamente cara. Quando será que nosso Congresso e nosso governo vão parar com iniciativas absurdas como essa e, realmente, propor caminhos que de fato beneficiem a sociedade brasileira?

continua após a publicidade

Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil

São Paulo

*

continua após a publicidade

Árvores em São Paulo

Brooklin Velho

Moro há 53 anos no Brooklin Velho, bairro arborizado de São Paulo. Entretanto, desde que as construtoras JLN, Fatto, MZI incorporadora e Lampur resolveram aqui construir condomínios, destroem dezenas de árvores numa rapidez inacreditável. Esperei um ano para receber autorização da Prefeitura para cortar uma árvore invadida por cupins no meu quintal. Acho que a lei deve ser igualitária para todos, mas as construtoras destroem as árvores tão logo adquirem o terreno. Dizem-nos que vão replantá-las. Onde? Desertificam o Brooklin Velho e replantam em qual zona da cidade? Ao lado de minha casa estão há dias usando a motosserra nas árvores que um casal de alemães carinhosamente deixou ao bairro. A vida continua. Mas o afã pelo lucro não pode nem deve destruir a natureza.

Lucila Peluffo Zahran

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

APAGÃO CIBERNÉTICO

“Microsoft relata falha em serviços que afeta usuários no mundo todo”. Antigamente, se dizia que um problema estava por um fio. Agora, estamos todos por um software, e tudo pode parar, infelizmente.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

*

FALAS DE LULA

Mais um culpado apontado por Lula. Desta vez, nada a ver com supostos CPFs. Questionado sobre uma infeliz declaração, rotina no seu dia a dia: “Corinthiano pode bater em mulher”, explicando, mas não justificando, o mitomaníaco presidente culpou a imprensa – CNPJ, que pinçou uma frase tirada do contexto. “Culpa do momento político que o Brasil vive, que dá a impressão de estarmos em uma guerra permanente. A mentira sobrepõe o fato concreto”, acusou Lula. Presidente, apesar do progressivo transtorno psicológico que o acomete, tenho a solução para acabar de vez com a agressão ao seu contexto (?), vez que você é o contexto por inteiro, nada a extrair. Ouça Caco Antibes: cala a boca, Magda! Limite-se a falar/discursar na intimidade de seu banheiro para o bem da Nação e do mercado. A claque lhe será fiel. Pense instalar uma mata secundária no entorno do Planalto, que servirá de habitat para seus micos e macacos-prego. Busque assessoria com o filhão, que entende do asseio e limpeza de ambientes zoológicos. Como piadista, nem os animadores de velórios o aceitarão no grupo de zap da confraria. Cala a boca, Lula!

Celso David de Oliveira

Recreio (RJ)

*

‘QUOCIENTE DE INCAPACITAÇÃO’

Depois desta última declaração de Lula da Silva: “Hoje, eu fiquei sabendo que tem pesquisa que mostra que depois de jogo de futebol aumenta a violência contra a mulher. Inacreditável. Se o cara é corinthiano, tudo bem”, só me resta concluir que temos um presidente com altíssimo QI: Quociente de Incapacitação para o cargo.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

DEMAGOGIA

Verborragia sem acidentes. O editorial Demagogia como natureza (Estadão, 18/7, A3) sintetiza com perfeição o total descrédito das falas do presidente Lula da Silva. Nem seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se importa mais com a sua irresponsável verborragia. Nem o mercado, por total descrédito, reage mais às falas presidenciais. É a total desmoralização que se tem notícias de um chefe de governo. William Shakespeare diria: “Que época terrível é esta, onde idiotas dirigem cegos”.

Nilson Otávio de Oliveira

São Paulo

*

LULA DA SILVA

Ele despertou a esperança no povo, a partir da sua consagração como mandatário máximo. Frustrou este mesmo povo, no entanto, como presidente pela primeira vez ao protagonizar episódios de corrupção, culminados até com a detenção. Repete hoje, em terceiro mandato, os mesmos chavões ultrapassados e lambuzados de ideologia improdutiva, pronunciados há mais de 20 anos, acrescidos de outros supostamente novos, entre os quais se destaca o referente à insistente tentativa de desmerecer a instituição cuja missão principal é a salvaguarda da moeda. Emite, na arena internacional, do alto dos seus quase 80 anos, conceitos equivocados, relacionados à geopolítica e a transações comerciais, que colocam o Brasil em situações constrangedoras. Diante deste superficial resumo, é inevitável a indagação: Lula da Silva terá apresentado algum crescimento como estadista ao longo de todo esse período? Aparentemente não.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

*

RIO SENA

Às vésperas da abertura oficial da Olimpíada de Paris, a prefeita da cidade, Anne Hidalgo, cumpriu em 17 de julho, sua promessa de mergulhar no icônico rio Sena para comprovar o resultado do investimento de US$ 1,5 bilhão em sua despoluição. Como se sabe, a cerimônia de abertura e as provas de triatlo e natação em águas abertas serão realizadas nas águas do rio, onde há mais de 100 anos é proibido ao cidadão comum nadar. Diante do caso, cabe perguntar ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), se aceitaria o desafio de mergulhar rio Tietê ou no Pinheiros sem usar traje de escafandro.

J. S. Decol

São Paulo

*

PROMESSA

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, deve ter tomado todas as vacinas disponíveis antes de nadar no rio Sena, para provar que o rio está limpinho. Depois deve ter ficado de molho numa banheira com cloro, outros desinfetantes e sais aromáticos.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

OLIMPÍADAS DE PARIS

Há poucos dias do início da Olimpíada de Paris, as atividades dos governantes franceses se concentram em mostrar que fizeram tudo para que o evento esportivo tivesse todas as condições de ser iniciado, posto que foram tomadas todas as providências. O rio Sena está despoluído, como a prefeita de Paris, ao nadar nele, comprovou. O que ainda é um tanto temeroso é a possibilidade de eventual atentado terrorista nos dias do evento, coisa que as autoridades governamentais certamente tomaram providencias cuidadosas para evitar tal tragédia.

José de Anchieta Nobre de Almeida

Rio de Janeiro

*

‘QUANDO VEREMOS EM SP?’

Nos programas dos candidatos à prefeitura de São Paulo não aparecem os rios Pinheiros, Tietê e Tamanduateí, o que causa estranheza. São Paulo é uma Veneza, mas os rios são esgotos. Em Paris, navegando pelo Sena, jantei num bateau mouche e a orquestra tocava a Suite Aquatica de Handel. Quando veremos isso em São Paulo?

Arsonval Mazzucco Muniz

São Paulo

*

DONALD TRUMP

Donald Trump conquistou a liderança dos republicanos e foi eleito pela primeira vez ao alinhar o partido aos interesses dos trabalhadores de classe média, incluindo a classe média baixa, que valorizam os princípios tradicionais e conservadores dos Estados Unidos e desejam realizar o sonho americano em suas vidas. Ele percebeu que a maioria silenciosa dos americanos estava mal representada. Para Trump, os democratas, liderados pelo deep state, políticos tradicionais e oligarcas que eram seus apoiadores, formavam o pântano que dominava Washington, abusando do poder para enriquecerem. Ao apontar J. D. Vance como companheiro de chapa, Trump escolheu um representante típico de seus principais eleitores. Vance, que veio de uma origem humilde, sonha em proporcionar oportunidades iguais a todos os cidadãos, acreditando que o trabalho árduo e a meritocracia cuidarão do resto. Inteligente e capaz, ele é jovem e representa as novas gerações que aspiram a um futuro brilhante para o país. Diferente dos políticos de carreira que enriqueceram em cargos públicos e cujas políticas demagógicas não resistem ao seu discurso, Vance não se enquadra nos estereótipos: é um homem do povo, casado com uma mulher de etnia indiana, que não é de direita e não comete excessos. Enquanto Trump é visto por muitos como um magneto atraindo todo tipo de críticas chavão, J. D. Vance repele, sem esforço, todas elas. Com a escolha de Vance como vice, Trump selecionou alguém que representa ainda melhor do que ele aqueles que o elegeram anteriormente.

Jorge Alberto Nurkin

São Paulo

*

ATENTADO EM BUTLER

No Brasil, em 2018, a facada elegeu Jair Bolsonaro. Nos EUA, ainda não está claro como o tiro de raspão em Trump irá interferir na eleição. A violência típica da extrema direita pode ser um tiro no pé. Os que estavam indecisos podem ver na volta do ex-presidente o açodamento desta violência. Mas, também, a elite masculina e branca pode ver na imagem do candidato sangrando a consolidação da hegemonia da força. Do outro lado, continua a candidatura cambaleante de Joe Biden, que poderia usar o atentado em seu benefício. Serão quatro meses de muita expectativa e tensão.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

*

GOLPE DE MESTRE

O mundo está mesmo de ponta-cabeça. Como pode a campanha de Trump se fortalecer ao sofrer um ataque à sua vida por meio dos mecanismos que ele mesmo defende como positivos para a sociedade: a posse e o uso de armas? Não deveria, ao contrário, enfraquecer? Abriu-se a oportunidade dos democratas darem um golpe de mestre neste momento: explorar esta incongruência, e, ao mesmo tempo, lançar um novo nome à presidência, substituindo o honrado, mas débil, Biden. Com isso, o jogo pode virar.

Francisco Eduardo Britto

São Paulo

*

SUPER-HERÓIS

Os super-heróis americanos e os vilões têm em comum o fato de terem ganhado seus superpoderes depois de algum acontecimento bizarro, como uma picada de aranha, um raio, etc. Donald Trump tem todas as características de um supervilão: egoísta, criminoso condenado e agressor sexual. Resta saber como Trump vai se comportar depois de ter levado um tiro de fuzil AR-15 na cabeça. Trump poderá se tornar um vilão ainda pior do que sempre foi ou se transformará em um mocinho honesto, do tipo que respeita as mulheres e ajuda os fracos e oprimidos. Hollywood está de olho nesta história, o mundo inteiro quer saber como Trump vai se comportar depois da bala na cabeça.

Mário Barilá Filho

São Paulo

*

JAVIER MILEI

É preciso enfatizar que promessas que não forem materializadas em ações efetivas o vento leva. Javier Milei coloca em marcha seu plano de reduzir o Estado na Argentina. Pode dar certo? (Estadão, 16/7) A proposta de Milei tem como objetivo reduzir o tamanho do Estado argentino, que entende-se tanto por gastos, redução de impostos e demissão de funcionários, contando com o aval de grande parte da sociedade argentina. Torço para que Milei consiga implementar seu plano, e que traga benefícios efetivos à Argentina, servindo de exemplo ao Brasil.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

HISTÓRIA

Da mesma forma que exaltou a conquista do Tetra, seguramente a imprensa esportiva não deixará de também destacar, com merecidas honras e orgulho, no próximo dia 21 de julho, os 54 anos da conquista do Tri, no México, formada por monstros sagrados como Pelé, Gerson, Rivelino, Carlos Alberto Torres, Tostão, Clodoaldo e Jairzinho.

Vicente Limongi Netto

Brasília

Eleição na Venezuela

‘Banho de sangue’

Na visita de Nicolás Maduro ao Brasil no ano passado, Lula da Silva disse que o rótulo de ditadura ao sistema político vigente na Venezuela não passava de “uma narrativa de antidemocracia e autoritarismo”. Falou também, na ocasião, que “o conceito de democracia é relativo”. E aconselhou Maduro: “Está nas suas mãos, companheiro, construir a sua narrativa e virar esse jogo para que a gente possa vencer definitivamente e a Venezuela volte a ser um país soberano, onde somente o seu povo, através de votação livre, diga quem é que vai governar aquele país”. Agora, a poucos dias da eleição venezuelana, Maduro vocifera que haverá um “banho de sangue” e uma “guerra civil fratricida” caso ele não vença a disputa. Pergunto: como reagirá o governo brasileiro diante da assertiva sanguinolenta e agressiva de Nicolás Maduro nesta semana? A sociedade brasileira aguarda por um mínimo de coerência e razoabilidade. Ou a enigmática diplomacia brasileira atual, impregnada de ideologia tacanha, vai mesmo silenciar?

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

*

Violência doméstica

Investigação concluída

Polícia Civil do Estado de São Paulo conclui inquérito e não indicia filho de Lula acusado de violência doméstica (Estadão, 19/7, A9). Será que, além de ser filho de Lula, ele é corintiano?

Marisa Bodenstorfer

Lenting, Alemanha

*

Eólicas offshore

Emenda pior que o soneto

Como noticiado no Estadão, foi adiada para agosto a votação final no Senado do projeto de lei sobre usinas eólicas offshore. Ao tramitar anteriormente na Câmara, esse projeto incorporou inúmeras “emendas jabutis” que nada têm que ver com eólica offshore e, forçosamente, impõe custos extraordinários para os consumidores de energia e, além do mais, inviabiliza a operação eficiente do Sistema Elétrico pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Tem jabuti para: 1) impor a contratação por 30 anos de 4.250 MW de termoelétricas a gás natural, a serem instaladas em locais específicos onde não tem gás, com a obrigação de serem acionadas pelo ONS, mesmo que os modelos operativos do próprio ONS indiquem o contrário; 2) tem jabuti que cria mais subsídios para projetos de biomassa e outros; 3) tem jabuti que prorroga por mais 20 anos os contratos de usinas que, por 20 anos, já foram subsidiadas pelo Programa de Incentivo às Fontes Alternativas (Proinfa), construídas e totalmente amortizadas; 4) tem jabuti para a contratação obrigatória por 25 anos de 4.900 MW de hidrelétricas de até 50 MW; e 5) também tem subsídio para contratação obrigatória de termoelétricas a carvão mineral. O texto do projeto de lei chega ao requinte de impor datas para a entrada em operação de usinas, independentemente do fato de haver ou não demanda para isso (é bom lembrar que a eventual sobra de energia, quando imposta compulsoriamente, é paga pelo consumidor). Tantas emendas jabutis tornam o projeto pior que o soneto (o projeto original), que já tinha em seu artigo 20 uma proposta de reserva de mercado para eólica offshore. Reserva de mercado implica contratação compulsória a custo mais elevado a ser arcado pelos consumidores de energia. É por essas e outras que o Brasil, com tantos recursos naturais, tem energia desnecessariamente cara. Quando será que nosso Congresso e nosso governo vão parar com iniciativas absurdas como essa e, realmente, propor caminhos que de fato beneficiem a sociedade brasileira?

Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil

São Paulo

*

Árvores em São Paulo

Brooklin Velho

Moro há 53 anos no Brooklin Velho, bairro arborizado de São Paulo. Entretanto, desde que as construtoras JLN, Fatto, MZI incorporadora e Lampur resolveram aqui construir condomínios, destroem dezenas de árvores numa rapidez inacreditável. Esperei um ano para receber autorização da Prefeitura para cortar uma árvore invadida por cupins no meu quintal. Acho que a lei deve ser igualitária para todos, mas as construtoras destroem as árvores tão logo adquirem o terreno. Dizem-nos que vão replantá-las. Onde? Desertificam o Brooklin Velho e replantam em qual zona da cidade? Ao lado de minha casa estão há dias usando a motosserra nas árvores que um casal de alemães carinhosamente deixou ao bairro. A vida continua. Mas o afã pelo lucro não pode nem deve destruir a natureza.

Lucila Peluffo Zahran

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

APAGÃO CIBERNÉTICO

“Microsoft relata falha em serviços que afeta usuários no mundo todo”. Antigamente, se dizia que um problema estava por um fio. Agora, estamos todos por um software, e tudo pode parar, infelizmente.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

*

FALAS DE LULA

Mais um culpado apontado por Lula. Desta vez, nada a ver com supostos CPFs. Questionado sobre uma infeliz declaração, rotina no seu dia a dia: “Corinthiano pode bater em mulher”, explicando, mas não justificando, o mitomaníaco presidente culpou a imprensa – CNPJ, que pinçou uma frase tirada do contexto. “Culpa do momento político que o Brasil vive, que dá a impressão de estarmos em uma guerra permanente. A mentira sobrepõe o fato concreto”, acusou Lula. Presidente, apesar do progressivo transtorno psicológico que o acomete, tenho a solução para acabar de vez com a agressão ao seu contexto (?), vez que você é o contexto por inteiro, nada a extrair. Ouça Caco Antibes: cala a boca, Magda! Limite-se a falar/discursar na intimidade de seu banheiro para o bem da Nação e do mercado. A claque lhe será fiel. Pense instalar uma mata secundária no entorno do Planalto, que servirá de habitat para seus micos e macacos-prego. Busque assessoria com o filhão, que entende do asseio e limpeza de ambientes zoológicos. Como piadista, nem os animadores de velórios o aceitarão no grupo de zap da confraria. Cala a boca, Lula!

Celso David de Oliveira

Recreio (RJ)

*

‘QUOCIENTE DE INCAPACITAÇÃO’

Depois desta última declaração de Lula da Silva: “Hoje, eu fiquei sabendo que tem pesquisa que mostra que depois de jogo de futebol aumenta a violência contra a mulher. Inacreditável. Se o cara é corinthiano, tudo bem”, só me resta concluir que temos um presidente com altíssimo QI: Quociente de Incapacitação para o cargo.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

DEMAGOGIA

Verborragia sem acidentes. O editorial Demagogia como natureza (Estadão, 18/7, A3) sintetiza com perfeição o total descrédito das falas do presidente Lula da Silva. Nem seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se importa mais com a sua irresponsável verborragia. Nem o mercado, por total descrédito, reage mais às falas presidenciais. É a total desmoralização que se tem notícias de um chefe de governo. William Shakespeare diria: “Que época terrível é esta, onde idiotas dirigem cegos”.

Nilson Otávio de Oliveira

São Paulo

*

LULA DA SILVA

Ele despertou a esperança no povo, a partir da sua consagração como mandatário máximo. Frustrou este mesmo povo, no entanto, como presidente pela primeira vez ao protagonizar episódios de corrupção, culminados até com a detenção. Repete hoje, em terceiro mandato, os mesmos chavões ultrapassados e lambuzados de ideologia improdutiva, pronunciados há mais de 20 anos, acrescidos de outros supostamente novos, entre os quais se destaca o referente à insistente tentativa de desmerecer a instituição cuja missão principal é a salvaguarda da moeda. Emite, na arena internacional, do alto dos seus quase 80 anos, conceitos equivocados, relacionados à geopolítica e a transações comerciais, que colocam o Brasil em situações constrangedoras. Diante deste superficial resumo, é inevitável a indagação: Lula da Silva terá apresentado algum crescimento como estadista ao longo de todo esse período? Aparentemente não.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

*

RIO SENA

Às vésperas da abertura oficial da Olimpíada de Paris, a prefeita da cidade, Anne Hidalgo, cumpriu em 17 de julho, sua promessa de mergulhar no icônico rio Sena para comprovar o resultado do investimento de US$ 1,5 bilhão em sua despoluição. Como se sabe, a cerimônia de abertura e as provas de triatlo e natação em águas abertas serão realizadas nas águas do rio, onde há mais de 100 anos é proibido ao cidadão comum nadar. Diante do caso, cabe perguntar ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), se aceitaria o desafio de mergulhar rio Tietê ou no Pinheiros sem usar traje de escafandro.

J. S. Decol

São Paulo

*

PROMESSA

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, deve ter tomado todas as vacinas disponíveis antes de nadar no rio Sena, para provar que o rio está limpinho. Depois deve ter ficado de molho numa banheira com cloro, outros desinfetantes e sais aromáticos.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

OLIMPÍADAS DE PARIS

Há poucos dias do início da Olimpíada de Paris, as atividades dos governantes franceses se concentram em mostrar que fizeram tudo para que o evento esportivo tivesse todas as condições de ser iniciado, posto que foram tomadas todas as providências. O rio Sena está despoluído, como a prefeita de Paris, ao nadar nele, comprovou. O que ainda é um tanto temeroso é a possibilidade de eventual atentado terrorista nos dias do evento, coisa que as autoridades governamentais certamente tomaram providencias cuidadosas para evitar tal tragédia.

José de Anchieta Nobre de Almeida

Rio de Janeiro

*

‘QUANDO VEREMOS EM SP?’

Nos programas dos candidatos à prefeitura de São Paulo não aparecem os rios Pinheiros, Tietê e Tamanduateí, o que causa estranheza. São Paulo é uma Veneza, mas os rios são esgotos. Em Paris, navegando pelo Sena, jantei num bateau mouche e a orquestra tocava a Suite Aquatica de Handel. Quando veremos isso em São Paulo?

Arsonval Mazzucco Muniz

São Paulo

*

DONALD TRUMP

Donald Trump conquistou a liderança dos republicanos e foi eleito pela primeira vez ao alinhar o partido aos interesses dos trabalhadores de classe média, incluindo a classe média baixa, que valorizam os princípios tradicionais e conservadores dos Estados Unidos e desejam realizar o sonho americano em suas vidas. Ele percebeu que a maioria silenciosa dos americanos estava mal representada. Para Trump, os democratas, liderados pelo deep state, políticos tradicionais e oligarcas que eram seus apoiadores, formavam o pântano que dominava Washington, abusando do poder para enriquecerem. Ao apontar J. D. Vance como companheiro de chapa, Trump escolheu um representante típico de seus principais eleitores. Vance, que veio de uma origem humilde, sonha em proporcionar oportunidades iguais a todos os cidadãos, acreditando que o trabalho árduo e a meritocracia cuidarão do resto. Inteligente e capaz, ele é jovem e representa as novas gerações que aspiram a um futuro brilhante para o país. Diferente dos políticos de carreira que enriqueceram em cargos públicos e cujas políticas demagógicas não resistem ao seu discurso, Vance não se enquadra nos estereótipos: é um homem do povo, casado com uma mulher de etnia indiana, que não é de direita e não comete excessos. Enquanto Trump é visto por muitos como um magneto atraindo todo tipo de críticas chavão, J. D. Vance repele, sem esforço, todas elas. Com a escolha de Vance como vice, Trump selecionou alguém que representa ainda melhor do que ele aqueles que o elegeram anteriormente.

Jorge Alberto Nurkin

São Paulo

*

ATENTADO EM BUTLER

No Brasil, em 2018, a facada elegeu Jair Bolsonaro. Nos EUA, ainda não está claro como o tiro de raspão em Trump irá interferir na eleição. A violência típica da extrema direita pode ser um tiro no pé. Os que estavam indecisos podem ver na volta do ex-presidente o açodamento desta violência. Mas, também, a elite masculina e branca pode ver na imagem do candidato sangrando a consolidação da hegemonia da força. Do outro lado, continua a candidatura cambaleante de Joe Biden, que poderia usar o atentado em seu benefício. Serão quatro meses de muita expectativa e tensão.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

*

GOLPE DE MESTRE

O mundo está mesmo de ponta-cabeça. Como pode a campanha de Trump se fortalecer ao sofrer um ataque à sua vida por meio dos mecanismos que ele mesmo defende como positivos para a sociedade: a posse e o uso de armas? Não deveria, ao contrário, enfraquecer? Abriu-se a oportunidade dos democratas darem um golpe de mestre neste momento: explorar esta incongruência, e, ao mesmo tempo, lançar um novo nome à presidência, substituindo o honrado, mas débil, Biden. Com isso, o jogo pode virar.

Francisco Eduardo Britto

São Paulo

*

SUPER-HERÓIS

Os super-heróis americanos e os vilões têm em comum o fato de terem ganhado seus superpoderes depois de algum acontecimento bizarro, como uma picada de aranha, um raio, etc. Donald Trump tem todas as características de um supervilão: egoísta, criminoso condenado e agressor sexual. Resta saber como Trump vai se comportar depois de ter levado um tiro de fuzil AR-15 na cabeça. Trump poderá se tornar um vilão ainda pior do que sempre foi ou se transformará em um mocinho honesto, do tipo que respeita as mulheres e ajuda os fracos e oprimidos. Hollywood está de olho nesta história, o mundo inteiro quer saber como Trump vai se comportar depois da bala na cabeça.

Mário Barilá Filho

São Paulo

*

JAVIER MILEI

É preciso enfatizar que promessas que não forem materializadas em ações efetivas o vento leva. Javier Milei coloca em marcha seu plano de reduzir o Estado na Argentina. Pode dar certo? (Estadão, 16/7) A proposta de Milei tem como objetivo reduzir o tamanho do Estado argentino, que entende-se tanto por gastos, redução de impostos e demissão de funcionários, contando com o aval de grande parte da sociedade argentina. Torço para que Milei consiga implementar seu plano, e que traga benefícios efetivos à Argentina, servindo de exemplo ao Brasil.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

HISTÓRIA

Da mesma forma que exaltou a conquista do Tetra, seguramente a imprensa esportiva não deixará de também destacar, com merecidas honras e orgulho, no próximo dia 21 de julho, os 54 anos da conquista do Tri, no México, formada por monstros sagrados como Pelé, Gerson, Rivelino, Carlos Alberto Torres, Tostão, Clodoaldo e Jairzinho.

Vicente Limongi Netto

Brasília

Eleição na Venezuela

‘Banho de sangue’

Na visita de Nicolás Maduro ao Brasil no ano passado, Lula da Silva disse que o rótulo de ditadura ao sistema político vigente na Venezuela não passava de “uma narrativa de antidemocracia e autoritarismo”. Falou também, na ocasião, que “o conceito de democracia é relativo”. E aconselhou Maduro: “Está nas suas mãos, companheiro, construir a sua narrativa e virar esse jogo para que a gente possa vencer definitivamente e a Venezuela volte a ser um país soberano, onde somente o seu povo, através de votação livre, diga quem é que vai governar aquele país”. Agora, a poucos dias da eleição venezuelana, Maduro vocifera que haverá um “banho de sangue” e uma “guerra civil fratricida” caso ele não vença a disputa. Pergunto: como reagirá o governo brasileiro diante da assertiva sanguinolenta e agressiva de Nicolás Maduro nesta semana? A sociedade brasileira aguarda por um mínimo de coerência e razoabilidade. Ou a enigmática diplomacia brasileira atual, impregnada de ideologia tacanha, vai mesmo silenciar?

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

*

Violência doméstica

Investigação concluída

Polícia Civil do Estado de São Paulo conclui inquérito e não indicia filho de Lula acusado de violência doméstica (Estadão, 19/7, A9). Será que, além de ser filho de Lula, ele é corintiano?

Marisa Bodenstorfer

Lenting, Alemanha

*

Eólicas offshore

Emenda pior que o soneto

Como noticiado no Estadão, foi adiada para agosto a votação final no Senado do projeto de lei sobre usinas eólicas offshore. Ao tramitar anteriormente na Câmara, esse projeto incorporou inúmeras “emendas jabutis” que nada têm que ver com eólica offshore e, forçosamente, impõe custos extraordinários para os consumidores de energia e, além do mais, inviabiliza a operação eficiente do Sistema Elétrico pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Tem jabuti para: 1) impor a contratação por 30 anos de 4.250 MW de termoelétricas a gás natural, a serem instaladas em locais específicos onde não tem gás, com a obrigação de serem acionadas pelo ONS, mesmo que os modelos operativos do próprio ONS indiquem o contrário; 2) tem jabuti que cria mais subsídios para projetos de biomassa e outros; 3) tem jabuti que prorroga por mais 20 anos os contratos de usinas que, por 20 anos, já foram subsidiadas pelo Programa de Incentivo às Fontes Alternativas (Proinfa), construídas e totalmente amortizadas; 4) tem jabuti para a contratação obrigatória por 25 anos de 4.900 MW de hidrelétricas de até 50 MW; e 5) também tem subsídio para contratação obrigatória de termoelétricas a carvão mineral. O texto do projeto de lei chega ao requinte de impor datas para a entrada em operação de usinas, independentemente do fato de haver ou não demanda para isso (é bom lembrar que a eventual sobra de energia, quando imposta compulsoriamente, é paga pelo consumidor). Tantas emendas jabutis tornam o projeto pior que o soneto (o projeto original), que já tinha em seu artigo 20 uma proposta de reserva de mercado para eólica offshore. Reserva de mercado implica contratação compulsória a custo mais elevado a ser arcado pelos consumidores de energia. É por essas e outras que o Brasil, com tantos recursos naturais, tem energia desnecessariamente cara. Quando será que nosso Congresso e nosso governo vão parar com iniciativas absurdas como essa e, realmente, propor caminhos que de fato beneficiem a sociedade brasileira?

Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil

São Paulo

*

Árvores em São Paulo

Brooklin Velho

Moro há 53 anos no Brooklin Velho, bairro arborizado de São Paulo. Entretanto, desde que as construtoras JLN, Fatto, MZI incorporadora e Lampur resolveram aqui construir condomínios, destroem dezenas de árvores numa rapidez inacreditável. Esperei um ano para receber autorização da Prefeitura para cortar uma árvore invadida por cupins no meu quintal. Acho que a lei deve ser igualitária para todos, mas as construtoras destroem as árvores tão logo adquirem o terreno. Dizem-nos que vão replantá-las. Onde? Desertificam o Brooklin Velho e replantam em qual zona da cidade? Ao lado de minha casa estão há dias usando a motosserra nas árvores que um casal de alemães carinhosamente deixou ao bairro. A vida continua. Mas o afã pelo lucro não pode nem deve destruir a natureza.

Lucila Peluffo Zahran

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

APAGÃO CIBERNÉTICO

“Microsoft relata falha em serviços que afeta usuários no mundo todo”. Antigamente, se dizia que um problema estava por um fio. Agora, estamos todos por um software, e tudo pode parar, infelizmente.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

*

FALAS DE LULA

Mais um culpado apontado por Lula. Desta vez, nada a ver com supostos CPFs. Questionado sobre uma infeliz declaração, rotina no seu dia a dia: “Corinthiano pode bater em mulher”, explicando, mas não justificando, o mitomaníaco presidente culpou a imprensa – CNPJ, que pinçou uma frase tirada do contexto. “Culpa do momento político que o Brasil vive, que dá a impressão de estarmos em uma guerra permanente. A mentira sobrepõe o fato concreto”, acusou Lula. Presidente, apesar do progressivo transtorno psicológico que o acomete, tenho a solução para acabar de vez com a agressão ao seu contexto (?), vez que você é o contexto por inteiro, nada a extrair. Ouça Caco Antibes: cala a boca, Magda! Limite-se a falar/discursar na intimidade de seu banheiro para o bem da Nação e do mercado. A claque lhe será fiel. Pense instalar uma mata secundária no entorno do Planalto, que servirá de habitat para seus micos e macacos-prego. Busque assessoria com o filhão, que entende do asseio e limpeza de ambientes zoológicos. Como piadista, nem os animadores de velórios o aceitarão no grupo de zap da confraria. Cala a boca, Lula!

Celso David de Oliveira

Recreio (RJ)

*

‘QUOCIENTE DE INCAPACITAÇÃO’

Depois desta última declaração de Lula da Silva: “Hoje, eu fiquei sabendo que tem pesquisa que mostra que depois de jogo de futebol aumenta a violência contra a mulher. Inacreditável. Se o cara é corinthiano, tudo bem”, só me resta concluir que temos um presidente com altíssimo QI: Quociente de Incapacitação para o cargo.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

DEMAGOGIA

Verborragia sem acidentes. O editorial Demagogia como natureza (Estadão, 18/7, A3) sintetiza com perfeição o total descrédito das falas do presidente Lula da Silva. Nem seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se importa mais com a sua irresponsável verborragia. Nem o mercado, por total descrédito, reage mais às falas presidenciais. É a total desmoralização que se tem notícias de um chefe de governo. William Shakespeare diria: “Que época terrível é esta, onde idiotas dirigem cegos”.

Nilson Otávio de Oliveira

São Paulo

*

LULA DA SILVA

Ele despertou a esperança no povo, a partir da sua consagração como mandatário máximo. Frustrou este mesmo povo, no entanto, como presidente pela primeira vez ao protagonizar episódios de corrupção, culminados até com a detenção. Repete hoje, em terceiro mandato, os mesmos chavões ultrapassados e lambuzados de ideologia improdutiva, pronunciados há mais de 20 anos, acrescidos de outros supostamente novos, entre os quais se destaca o referente à insistente tentativa de desmerecer a instituição cuja missão principal é a salvaguarda da moeda. Emite, na arena internacional, do alto dos seus quase 80 anos, conceitos equivocados, relacionados à geopolítica e a transações comerciais, que colocam o Brasil em situações constrangedoras. Diante deste superficial resumo, é inevitável a indagação: Lula da Silva terá apresentado algum crescimento como estadista ao longo de todo esse período? Aparentemente não.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

*

RIO SENA

Às vésperas da abertura oficial da Olimpíada de Paris, a prefeita da cidade, Anne Hidalgo, cumpriu em 17 de julho, sua promessa de mergulhar no icônico rio Sena para comprovar o resultado do investimento de US$ 1,5 bilhão em sua despoluição. Como se sabe, a cerimônia de abertura e as provas de triatlo e natação em águas abertas serão realizadas nas águas do rio, onde há mais de 100 anos é proibido ao cidadão comum nadar. Diante do caso, cabe perguntar ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), se aceitaria o desafio de mergulhar rio Tietê ou no Pinheiros sem usar traje de escafandro.

J. S. Decol

São Paulo

*

PROMESSA

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, deve ter tomado todas as vacinas disponíveis antes de nadar no rio Sena, para provar que o rio está limpinho. Depois deve ter ficado de molho numa banheira com cloro, outros desinfetantes e sais aromáticos.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

OLIMPÍADAS DE PARIS

Há poucos dias do início da Olimpíada de Paris, as atividades dos governantes franceses se concentram em mostrar que fizeram tudo para que o evento esportivo tivesse todas as condições de ser iniciado, posto que foram tomadas todas as providências. O rio Sena está despoluído, como a prefeita de Paris, ao nadar nele, comprovou. O que ainda é um tanto temeroso é a possibilidade de eventual atentado terrorista nos dias do evento, coisa que as autoridades governamentais certamente tomaram providencias cuidadosas para evitar tal tragédia.

José de Anchieta Nobre de Almeida

Rio de Janeiro

*

‘QUANDO VEREMOS EM SP?’

Nos programas dos candidatos à prefeitura de São Paulo não aparecem os rios Pinheiros, Tietê e Tamanduateí, o que causa estranheza. São Paulo é uma Veneza, mas os rios são esgotos. Em Paris, navegando pelo Sena, jantei num bateau mouche e a orquestra tocava a Suite Aquatica de Handel. Quando veremos isso em São Paulo?

Arsonval Mazzucco Muniz

São Paulo

*

DONALD TRUMP

Donald Trump conquistou a liderança dos republicanos e foi eleito pela primeira vez ao alinhar o partido aos interesses dos trabalhadores de classe média, incluindo a classe média baixa, que valorizam os princípios tradicionais e conservadores dos Estados Unidos e desejam realizar o sonho americano em suas vidas. Ele percebeu que a maioria silenciosa dos americanos estava mal representada. Para Trump, os democratas, liderados pelo deep state, políticos tradicionais e oligarcas que eram seus apoiadores, formavam o pântano que dominava Washington, abusando do poder para enriquecerem. Ao apontar J. D. Vance como companheiro de chapa, Trump escolheu um representante típico de seus principais eleitores. Vance, que veio de uma origem humilde, sonha em proporcionar oportunidades iguais a todos os cidadãos, acreditando que o trabalho árduo e a meritocracia cuidarão do resto. Inteligente e capaz, ele é jovem e representa as novas gerações que aspiram a um futuro brilhante para o país. Diferente dos políticos de carreira que enriqueceram em cargos públicos e cujas políticas demagógicas não resistem ao seu discurso, Vance não se enquadra nos estereótipos: é um homem do povo, casado com uma mulher de etnia indiana, que não é de direita e não comete excessos. Enquanto Trump é visto por muitos como um magneto atraindo todo tipo de críticas chavão, J. D. Vance repele, sem esforço, todas elas. Com a escolha de Vance como vice, Trump selecionou alguém que representa ainda melhor do que ele aqueles que o elegeram anteriormente.

Jorge Alberto Nurkin

São Paulo

*

ATENTADO EM BUTLER

No Brasil, em 2018, a facada elegeu Jair Bolsonaro. Nos EUA, ainda não está claro como o tiro de raspão em Trump irá interferir na eleição. A violência típica da extrema direita pode ser um tiro no pé. Os que estavam indecisos podem ver na volta do ex-presidente o açodamento desta violência. Mas, também, a elite masculina e branca pode ver na imagem do candidato sangrando a consolidação da hegemonia da força. Do outro lado, continua a candidatura cambaleante de Joe Biden, que poderia usar o atentado em seu benefício. Serão quatro meses de muita expectativa e tensão.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

*

GOLPE DE MESTRE

O mundo está mesmo de ponta-cabeça. Como pode a campanha de Trump se fortalecer ao sofrer um ataque à sua vida por meio dos mecanismos que ele mesmo defende como positivos para a sociedade: a posse e o uso de armas? Não deveria, ao contrário, enfraquecer? Abriu-se a oportunidade dos democratas darem um golpe de mestre neste momento: explorar esta incongruência, e, ao mesmo tempo, lançar um novo nome à presidência, substituindo o honrado, mas débil, Biden. Com isso, o jogo pode virar.

Francisco Eduardo Britto

São Paulo

*

SUPER-HERÓIS

Os super-heróis americanos e os vilões têm em comum o fato de terem ganhado seus superpoderes depois de algum acontecimento bizarro, como uma picada de aranha, um raio, etc. Donald Trump tem todas as características de um supervilão: egoísta, criminoso condenado e agressor sexual. Resta saber como Trump vai se comportar depois de ter levado um tiro de fuzil AR-15 na cabeça. Trump poderá se tornar um vilão ainda pior do que sempre foi ou se transformará em um mocinho honesto, do tipo que respeita as mulheres e ajuda os fracos e oprimidos. Hollywood está de olho nesta história, o mundo inteiro quer saber como Trump vai se comportar depois da bala na cabeça.

Mário Barilá Filho

São Paulo

*

JAVIER MILEI

É preciso enfatizar que promessas que não forem materializadas em ações efetivas o vento leva. Javier Milei coloca em marcha seu plano de reduzir o Estado na Argentina. Pode dar certo? (Estadão, 16/7) A proposta de Milei tem como objetivo reduzir o tamanho do Estado argentino, que entende-se tanto por gastos, redução de impostos e demissão de funcionários, contando com o aval de grande parte da sociedade argentina. Torço para que Milei consiga implementar seu plano, e que traga benefícios efetivos à Argentina, servindo de exemplo ao Brasil.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

HISTÓRIA

Da mesma forma que exaltou a conquista do Tetra, seguramente a imprensa esportiva não deixará de também destacar, com merecidas honras e orgulho, no próximo dia 21 de julho, os 54 anos da conquista do Tri, no México, formada por monstros sagrados como Pelé, Gerson, Rivelino, Carlos Alberto Torres, Tostão, Clodoaldo e Jairzinho.

Vicente Limongi Netto

Brasília

Eleição na Venezuela

‘Banho de sangue’

Na visita de Nicolás Maduro ao Brasil no ano passado, Lula da Silva disse que o rótulo de ditadura ao sistema político vigente na Venezuela não passava de “uma narrativa de antidemocracia e autoritarismo”. Falou também, na ocasião, que “o conceito de democracia é relativo”. E aconselhou Maduro: “Está nas suas mãos, companheiro, construir a sua narrativa e virar esse jogo para que a gente possa vencer definitivamente e a Venezuela volte a ser um país soberano, onde somente o seu povo, através de votação livre, diga quem é que vai governar aquele país”. Agora, a poucos dias da eleição venezuelana, Maduro vocifera que haverá um “banho de sangue” e uma “guerra civil fratricida” caso ele não vença a disputa. Pergunto: como reagirá o governo brasileiro diante da assertiva sanguinolenta e agressiva de Nicolás Maduro nesta semana? A sociedade brasileira aguarda por um mínimo de coerência e razoabilidade. Ou a enigmática diplomacia brasileira atual, impregnada de ideologia tacanha, vai mesmo silenciar?

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

*

Violência doméstica

Investigação concluída

Polícia Civil do Estado de São Paulo conclui inquérito e não indicia filho de Lula acusado de violência doméstica (Estadão, 19/7, A9). Será que, além de ser filho de Lula, ele é corintiano?

Marisa Bodenstorfer

Lenting, Alemanha

*

Eólicas offshore

Emenda pior que o soneto

Como noticiado no Estadão, foi adiada para agosto a votação final no Senado do projeto de lei sobre usinas eólicas offshore. Ao tramitar anteriormente na Câmara, esse projeto incorporou inúmeras “emendas jabutis” que nada têm que ver com eólica offshore e, forçosamente, impõe custos extraordinários para os consumidores de energia e, além do mais, inviabiliza a operação eficiente do Sistema Elétrico pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Tem jabuti para: 1) impor a contratação por 30 anos de 4.250 MW de termoelétricas a gás natural, a serem instaladas em locais específicos onde não tem gás, com a obrigação de serem acionadas pelo ONS, mesmo que os modelos operativos do próprio ONS indiquem o contrário; 2) tem jabuti que cria mais subsídios para projetos de biomassa e outros; 3) tem jabuti que prorroga por mais 20 anos os contratos de usinas que, por 20 anos, já foram subsidiadas pelo Programa de Incentivo às Fontes Alternativas (Proinfa), construídas e totalmente amortizadas; 4) tem jabuti para a contratação obrigatória por 25 anos de 4.900 MW de hidrelétricas de até 50 MW; e 5) também tem subsídio para contratação obrigatória de termoelétricas a carvão mineral. O texto do projeto de lei chega ao requinte de impor datas para a entrada em operação de usinas, independentemente do fato de haver ou não demanda para isso (é bom lembrar que a eventual sobra de energia, quando imposta compulsoriamente, é paga pelo consumidor). Tantas emendas jabutis tornam o projeto pior que o soneto (o projeto original), que já tinha em seu artigo 20 uma proposta de reserva de mercado para eólica offshore. Reserva de mercado implica contratação compulsória a custo mais elevado a ser arcado pelos consumidores de energia. É por essas e outras que o Brasil, com tantos recursos naturais, tem energia desnecessariamente cara. Quando será que nosso Congresso e nosso governo vão parar com iniciativas absurdas como essa e, realmente, propor caminhos que de fato beneficiem a sociedade brasileira?

Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil

São Paulo

*

Árvores em São Paulo

Brooklin Velho

Moro há 53 anos no Brooklin Velho, bairro arborizado de São Paulo. Entretanto, desde que as construtoras JLN, Fatto, MZI incorporadora e Lampur resolveram aqui construir condomínios, destroem dezenas de árvores numa rapidez inacreditável. Esperei um ano para receber autorização da Prefeitura para cortar uma árvore invadida por cupins no meu quintal. Acho que a lei deve ser igualitária para todos, mas as construtoras destroem as árvores tão logo adquirem o terreno. Dizem-nos que vão replantá-las. Onde? Desertificam o Brooklin Velho e replantam em qual zona da cidade? Ao lado de minha casa estão há dias usando a motosserra nas árvores que um casal de alemães carinhosamente deixou ao bairro. A vida continua. Mas o afã pelo lucro não pode nem deve destruir a natureza.

Lucila Peluffo Zahran

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

APAGÃO CIBERNÉTICO

“Microsoft relata falha em serviços que afeta usuários no mundo todo”. Antigamente, se dizia que um problema estava por um fio. Agora, estamos todos por um software, e tudo pode parar, infelizmente.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

*

FALAS DE LULA

Mais um culpado apontado por Lula. Desta vez, nada a ver com supostos CPFs. Questionado sobre uma infeliz declaração, rotina no seu dia a dia: “Corinthiano pode bater em mulher”, explicando, mas não justificando, o mitomaníaco presidente culpou a imprensa – CNPJ, que pinçou uma frase tirada do contexto. “Culpa do momento político que o Brasil vive, que dá a impressão de estarmos em uma guerra permanente. A mentira sobrepõe o fato concreto”, acusou Lula. Presidente, apesar do progressivo transtorno psicológico que o acomete, tenho a solução para acabar de vez com a agressão ao seu contexto (?), vez que você é o contexto por inteiro, nada a extrair. Ouça Caco Antibes: cala a boca, Magda! Limite-se a falar/discursar na intimidade de seu banheiro para o bem da Nação e do mercado. A claque lhe será fiel. Pense instalar uma mata secundária no entorno do Planalto, que servirá de habitat para seus micos e macacos-prego. Busque assessoria com o filhão, que entende do asseio e limpeza de ambientes zoológicos. Como piadista, nem os animadores de velórios o aceitarão no grupo de zap da confraria. Cala a boca, Lula!

Celso David de Oliveira

Recreio (RJ)

*

‘QUOCIENTE DE INCAPACITAÇÃO’

Depois desta última declaração de Lula da Silva: “Hoje, eu fiquei sabendo que tem pesquisa que mostra que depois de jogo de futebol aumenta a violência contra a mulher. Inacreditável. Se o cara é corinthiano, tudo bem”, só me resta concluir que temos um presidente com altíssimo QI: Quociente de Incapacitação para o cargo.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

DEMAGOGIA

Verborragia sem acidentes. O editorial Demagogia como natureza (Estadão, 18/7, A3) sintetiza com perfeição o total descrédito das falas do presidente Lula da Silva. Nem seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se importa mais com a sua irresponsável verborragia. Nem o mercado, por total descrédito, reage mais às falas presidenciais. É a total desmoralização que se tem notícias de um chefe de governo. William Shakespeare diria: “Que época terrível é esta, onde idiotas dirigem cegos”.

Nilson Otávio de Oliveira

São Paulo

*

LULA DA SILVA

Ele despertou a esperança no povo, a partir da sua consagração como mandatário máximo. Frustrou este mesmo povo, no entanto, como presidente pela primeira vez ao protagonizar episódios de corrupção, culminados até com a detenção. Repete hoje, em terceiro mandato, os mesmos chavões ultrapassados e lambuzados de ideologia improdutiva, pronunciados há mais de 20 anos, acrescidos de outros supostamente novos, entre os quais se destaca o referente à insistente tentativa de desmerecer a instituição cuja missão principal é a salvaguarda da moeda. Emite, na arena internacional, do alto dos seus quase 80 anos, conceitos equivocados, relacionados à geopolítica e a transações comerciais, que colocam o Brasil em situações constrangedoras. Diante deste superficial resumo, é inevitável a indagação: Lula da Silva terá apresentado algum crescimento como estadista ao longo de todo esse período? Aparentemente não.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

*

RIO SENA

Às vésperas da abertura oficial da Olimpíada de Paris, a prefeita da cidade, Anne Hidalgo, cumpriu em 17 de julho, sua promessa de mergulhar no icônico rio Sena para comprovar o resultado do investimento de US$ 1,5 bilhão em sua despoluição. Como se sabe, a cerimônia de abertura e as provas de triatlo e natação em águas abertas serão realizadas nas águas do rio, onde há mais de 100 anos é proibido ao cidadão comum nadar. Diante do caso, cabe perguntar ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), se aceitaria o desafio de mergulhar rio Tietê ou no Pinheiros sem usar traje de escafandro.

J. S. Decol

São Paulo

*

PROMESSA

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, deve ter tomado todas as vacinas disponíveis antes de nadar no rio Sena, para provar que o rio está limpinho. Depois deve ter ficado de molho numa banheira com cloro, outros desinfetantes e sais aromáticos.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

OLIMPÍADAS DE PARIS

Há poucos dias do início da Olimpíada de Paris, as atividades dos governantes franceses se concentram em mostrar que fizeram tudo para que o evento esportivo tivesse todas as condições de ser iniciado, posto que foram tomadas todas as providências. O rio Sena está despoluído, como a prefeita de Paris, ao nadar nele, comprovou. O que ainda é um tanto temeroso é a possibilidade de eventual atentado terrorista nos dias do evento, coisa que as autoridades governamentais certamente tomaram providencias cuidadosas para evitar tal tragédia.

José de Anchieta Nobre de Almeida

Rio de Janeiro

*

‘QUANDO VEREMOS EM SP?’

Nos programas dos candidatos à prefeitura de São Paulo não aparecem os rios Pinheiros, Tietê e Tamanduateí, o que causa estranheza. São Paulo é uma Veneza, mas os rios são esgotos. Em Paris, navegando pelo Sena, jantei num bateau mouche e a orquestra tocava a Suite Aquatica de Handel. Quando veremos isso em São Paulo?

Arsonval Mazzucco Muniz

São Paulo

*

DONALD TRUMP

Donald Trump conquistou a liderança dos republicanos e foi eleito pela primeira vez ao alinhar o partido aos interesses dos trabalhadores de classe média, incluindo a classe média baixa, que valorizam os princípios tradicionais e conservadores dos Estados Unidos e desejam realizar o sonho americano em suas vidas. Ele percebeu que a maioria silenciosa dos americanos estava mal representada. Para Trump, os democratas, liderados pelo deep state, políticos tradicionais e oligarcas que eram seus apoiadores, formavam o pântano que dominava Washington, abusando do poder para enriquecerem. Ao apontar J. D. Vance como companheiro de chapa, Trump escolheu um representante típico de seus principais eleitores. Vance, que veio de uma origem humilde, sonha em proporcionar oportunidades iguais a todos os cidadãos, acreditando que o trabalho árduo e a meritocracia cuidarão do resto. Inteligente e capaz, ele é jovem e representa as novas gerações que aspiram a um futuro brilhante para o país. Diferente dos políticos de carreira que enriqueceram em cargos públicos e cujas políticas demagógicas não resistem ao seu discurso, Vance não se enquadra nos estereótipos: é um homem do povo, casado com uma mulher de etnia indiana, que não é de direita e não comete excessos. Enquanto Trump é visto por muitos como um magneto atraindo todo tipo de críticas chavão, J. D. Vance repele, sem esforço, todas elas. Com a escolha de Vance como vice, Trump selecionou alguém que representa ainda melhor do que ele aqueles que o elegeram anteriormente.

Jorge Alberto Nurkin

São Paulo

*

ATENTADO EM BUTLER

No Brasil, em 2018, a facada elegeu Jair Bolsonaro. Nos EUA, ainda não está claro como o tiro de raspão em Trump irá interferir na eleição. A violência típica da extrema direita pode ser um tiro no pé. Os que estavam indecisos podem ver na volta do ex-presidente o açodamento desta violência. Mas, também, a elite masculina e branca pode ver na imagem do candidato sangrando a consolidação da hegemonia da força. Do outro lado, continua a candidatura cambaleante de Joe Biden, que poderia usar o atentado em seu benefício. Serão quatro meses de muita expectativa e tensão.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

*

GOLPE DE MESTRE

O mundo está mesmo de ponta-cabeça. Como pode a campanha de Trump se fortalecer ao sofrer um ataque à sua vida por meio dos mecanismos que ele mesmo defende como positivos para a sociedade: a posse e o uso de armas? Não deveria, ao contrário, enfraquecer? Abriu-se a oportunidade dos democratas darem um golpe de mestre neste momento: explorar esta incongruência, e, ao mesmo tempo, lançar um novo nome à presidência, substituindo o honrado, mas débil, Biden. Com isso, o jogo pode virar.

Francisco Eduardo Britto

São Paulo

*

SUPER-HERÓIS

Os super-heróis americanos e os vilões têm em comum o fato de terem ganhado seus superpoderes depois de algum acontecimento bizarro, como uma picada de aranha, um raio, etc. Donald Trump tem todas as características de um supervilão: egoísta, criminoso condenado e agressor sexual. Resta saber como Trump vai se comportar depois de ter levado um tiro de fuzil AR-15 na cabeça. Trump poderá se tornar um vilão ainda pior do que sempre foi ou se transformará em um mocinho honesto, do tipo que respeita as mulheres e ajuda os fracos e oprimidos. Hollywood está de olho nesta história, o mundo inteiro quer saber como Trump vai se comportar depois da bala na cabeça.

Mário Barilá Filho

São Paulo

*

JAVIER MILEI

É preciso enfatizar que promessas que não forem materializadas em ações efetivas o vento leva. Javier Milei coloca em marcha seu plano de reduzir o Estado na Argentina. Pode dar certo? (Estadão, 16/7) A proposta de Milei tem como objetivo reduzir o tamanho do Estado argentino, que entende-se tanto por gastos, redução de impostos e demissão de funcionários, contando com o aval de grande parte da sociedade argentina. Torço para que Milei consiga implementar seu plano, e que traga benefícios efetivos à Argentina, servindo de exemplo ao Brasil.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

HISTÓRIA

Da mesma forma que exaltou a conquista do Tetra, seguramente a imprensa esportiva não deixará de também destacar, com merecidas honras e orgulho, no próximo dia 21 de julho, os 54 anos da conquista do Tri, no México, formada por monstros sagrados como Pelé, Gerson, Rivelino, Carlos Alberto Torres, Tostão, Clodoaldo e Jairzinho.

Vicente Limongi Netto

Brasília

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.