Fórum dos Leitores


Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

Por Fórum dos Leitores

Ambiente

Biomas em chamas

Ambientalistas dentro e fora do Brasil, inclusive a atual ministra do Meio Ambiente, culpavam Jair Bolsonaro pela falta de combate aos incêndios na Amazônia. Mas de janeiro até hoje, em pleno governo Lula, já foram registrados mais de 59 mil focos de incêndios na Amazônia, o Pantanal está em chamas e agora Marina Silva alega falta de recursos para o combate ao fogo. É uma vergonha que o Brasil, próximo de receber a Conferência do Clima da ONU em 2025 em Belém do Pará, veja estes biomas sendo consumidos dessa maneira.

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Humberto Schuwartz Soares

Vila Velha (ES)

*

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Congresso Nacional

Ficha Limpa

Projeto que enfraquece a Lei da Ficha Limpa avança no Senado (Estadão, 22/8, A12). Valendo-me do hábito de dar nomes a leis e projetos, proponho atribuir ao projeto que atenua a Lei da Ficha Limpa a designação de “O Crime Compensa”.

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Tibor Rabóczkay

São Paulo

*

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Poderes

Não estava decidido?

Estou perplexo e gostaria de entender: o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade a suspensão do pagamento de emendas parlamentares que não tenham transparência sobre a destinação do recurso e o proponente da emenda. Portanto, qual terá sido o escopo do almoço que reuniu membros dos Três Poderes para tratar de uma negociação (acerto) entre eles a respeito deste assunto? Já não estava decidido que da maneira que está não pode continuar?

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Silvano Antônio Castro

São Paulo

*

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Reforma ortográfica

A reunião dos Três Poderes nos sofás chersterfield da Corte Suprema, fotografada e publicada nesta semana, me fez pensar numa pequena, porém cirúrgica e necessária, reforma ortográfica na nossa Língua Portuguesa. Já é hora de retirarmos o acento agudo de acórdão e adotarmos, de uma vez por todas, redação condizente com a pronúncia acordão, utilizada por quem desconhece o real significado daquela palavra. Além de facilitar a vida de muitos, a mudança fará sentido diante da proximidade semântica que ambas as palavras vêm ganhando na realidade da vida institucional brasileira.

José Luis Ribeiro Brazuna

São Paulo

*

Correios

Banho de más notícias

Algumas notícias recentes me deixam muito desanimada. Primeiro, o caso do Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, que enfrenta problemas sérios por causa de aplicações feitas durante o governo Dilma Rousseff. Um ex-advogado do Postalis é o atual presidente dos Correios, que agora assume uma dívida de R$ 7,6 bilhões para socorrer o fundo dos prejuízos daquela época. E a estatal ainda diz que pretende lançar um serviço de gestão de documentos para a iniciativa privada. Fala sério! Como, se já é péssimo o trabalho de entrega de documentos e produtos pelos Correios? A seguir, no que se refere às contas públicas, o maior inimigo do governo Lula 3 é o PT. Gleisi Hoffmann não entende que responsabilidade fiscal é essencial para o crescimento do País e que, quanto maior a dívida, mais se alimenta a inflação, que penaliza mais os pobres. Mas eis que, agora, o BPC e a Previdência são os grandes responsáveis pelo déficit fiscal. Por fim, preciso entender melhor o que os presidentes da Câmara, do Senado, ministros do STF e representantes do governo federal estão acordando. Tenho minhas dúvidas sobre se de alguma forma eles pensam em algum acordo que favoreça o País. Realmente, está difícil, e parece que os impostos recolhidos da população continuarão sendo mal investidos.

Eleonora Franco

São Paulo

*

Uma tartaruga

Sobre o editorial O governo Dilma ainda dá prejuízo (Estadão, 22/8, A3), acrescento que a Empresa de Correios e Telégrafos (Correios), que há muitos anos foi um raro caso de estatal eficiente e confiável, hoje merece o título da pior transportadora do Brasil. Já tive uma encomenda internacional (código de rastreamento EE107462654TH) que foi entregue após nada menos do que 2 anos e 8 meses. Recentemente, recebi outra encomenda internacional (CE503807700FI) que só chegou após 46 dias do pagamento dos tributos – ou seja, a culpa não foi da Receita Federal. Abri quatro demandas na Ouvidoria dos Correios, sem resultado. Como cidadão, eu adoraria ver essa tartaruga privatizada.

Luciano Nogueira Marmontel

Pouso Alegre (MG)

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

ORÇAMENTO SECRETO

Será que o presidente Lula ainda não percebeu que o problema do orçamento secreto, emenda parlamentar ou outros codinomes tem apoio do próprio governo federal? Há em suas fileiras ministros que se beneficiam dessa excrecência para asfaltar rodovias de acesso ao seu Haras e Parque Luanna, no Maranhão. Há ministro chefe da Casa Civil que é dono de propriedade rural no interior da Bahia e que a mantém – para não chamar a atenção – em nome de sua aliada política, e recebeu por Pix uma singela quantia de R$ 42 milhões. Também, lá atrás, o próprio demiurgo já dava péssimos exemplos quando determinou a liberação de R$ 143 milhões, a toque de caixa, para o amigo prefeito petista de Araraquara. Agora, com cara de paisagem, Lula sabe que está no centro deste imbróglio e finge, como sempre, que não sabe de nada, mas la nave va.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

*

O TEMPO DIRÁ

Partindo da premissa jurídica de que o controle do Orçamento é primordialmente do Poder Executivo, o acordo que se fez tem como base a suspensão das emendas impositivas por determinação do ministro Flávio Dino e ratificada pela totalidade dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Eis que o Poder Legislativo assegurou a transparência das emendas, inclusive das emendas Pix. Ou seja: doravante, todo o encaminhamento de verbas orçamentárias aos parlamentares deverá ter indicação individual, além da transparência dos montantes, beneficiário e locais e situações contempladas. Ao Tribunal de Contas da União (TCU) cabe a fiscalização das condições acordadas entre os Três Poderes da República, devendo a sua atuação ser enérgica para evitar brechas e descumprimentos. O tempo dirá sobre o adimplemento do acordo.

José Carlos de carvalho Carneiro

Rio Claro

*

‘ANIMAL FARM’

O modelo é o habitual. O Poder Judiciário toma decisão polêmica após ser cutucado por algum partido político ou grupo de interesse e atinge um dos outros dois, normalmente o Legislativo, mais glutão de poder e recursos eleitoreiros para beneficiar seus integrantes. O Executivo quase sempre aparece como uma espécie de refém impedido de governar. É formada então uma crise midiática que inquieta a sociedade. O desassossego, no entanto, dura pouco pois surge a iniciativa da conciliação sob a forma de almoço ou jantar no qual representantes dos gladiadores firmam uma espécie de partilha do butim mediante acordos meio sigilosos, e tudo volta à mansidão artificial que logo será rompida por outro episódio conflituoso. Assim vai o Brasil tocando a vida. E o povo, sem reagir a toda essa festa que lembra a última cena do livro Animal Farm (Revolução dos Bichos, em português), de George Orwell, vê suas dificuldades cada vez mais amplificadas e desconsideradas.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

*

PLANEJAMENTO

Quando candidato, o presidente Lula da Silva não mostrou os seus planos de governo para nenhuma área, mas sim genericamente. Pois bem, ao ser eleito em outubro de 2022, teve, no mínimo, três meses para já reunir governadores e pedir que lhes enviasse quais áreas, dentre Educação, Cultura, Saúde, Segurança, Meio Ambiente, Agricultura, Trabalho, Indústria e Comércio, teria que atender com mais urgência. Baseado nisto, o governo federal distribuiria as verbas para que o governador e seus deputados usassem nas regiões do seu Estado, de acordo com as carências indicadas ao governo federal. Seria então fácil de fiscalizar. Quando não há planejamento, todos legislam em causa própria e criam o Orçamento impositivo.

Tania Tavares

São Paulo

*

PREJUÍZOS

O governo Dilma ainda dá prejuízo (Estadão, 22/8, A3). A direção dos Correios confessou dívida com o Postalis, concordando pagar R$ 7,6 bilhões, metade do rombo utilizado em investimentos podres que eram do interesse do governo petista da época. Grande parte do prejuízo total, estimado em R$ 15 bilhões, foi resultado de operações feitas durante o governo Dilma Rousseff. Desnecessário frisar como é descomunal o volume de recursos jogado no ralo da incúria, em negócios mal administrados e em fraudes no Postalis. Previ, Postalis, Funcef e Petros entraram como sócios da famigerada Sete Brasil, intermediando, junto com o governo petista, encomendas de equipamentos do pré-sal, que nada entregaram a não ser prejuízo bilionário. Está muito claro o porquê governos petistas são contra privatizações das estatais. Dilma, a pior presidente da história política do Brasil, que praticou, inquestionavelmente, crimes de responsabilidade, logo após sofrer o justo impeachment deveria ser recolhida a uma prisão.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

‘HERANÇA MALDITA’

Herança maldita da corrupção petista entre 2003 a meados de 2016, com Lula e Dilma, continua fazendo estragos. Como publica o Estadão com o título Correios fazem acordo e vão cobrir R$ 7,6 bilhões do rombo do Postalis (Estadão, 21/8, B1 e B2). Ou seja, este valor se refere a desastrada e vil administração petista nos fundos de pensão dos funcionários das estatais, como neste caso da matéria do jornal, relativo ao fundo do Postalis, no qual 50% do rombo (R$15 bilhões) são os funcionários dos Correios, que estão pagando. É assim que funciona o PT de Lula. Sem capacidade para governar, cria rombos envolto com corrupção, não desenvolve o País e ainda manda a conta para os trabalhadores.

Paulo Panossian

São Carlos

*

‘TROLL EM CAMPANHA’

O editorial ‘Troll’ na campanha eleitoral (Estadão, 22/8, A10) aborda uma situação inédita nas nossas campanhas eleitorais e na nossa própria democracia que é o candidato-vírus, no qual o editorial trata como Troll – como são chamados os agentes do caos em inglês –, que prefiro denominar de vírus por denominar melhor de quem se trata. No caso, o candidato Pablo Marçal (PRTB), que se promoveu nas redes sociais e se inscreveu como candidato apenas para tumultuar a campanha eleitoral em uma nova maneira de atacar a nossa democracia. Eu, como engenheiro, não estou habilitado a dar palpites em legislação. Porém, não creio que na nossa falte alguma lei, ou quiçá a própria Carta Magna, que possa enquadrar o cidadão, criminalmente, por tumultuar a campanha eleitoral e a própria democracia. Se tal ocorresse, ela não teria a lógica imprescindível. Na época em que foi aprovada a nossa Constituição, as pragas que surgiram com a informática não existiam, mas creio que temos como enquadrar um criminoso deste jaez, a começar com as acusações mentirosas. Quanto aos candidatos que se recusam a participar dos debates, devido à sua presença, estão fazendo exatamente o que ele quer, como aponta o editorial, quando poderiam aplicar um antivírus da democracia. Espero que o Tribunal Superior Eleitoral seja acionado e a sua digna presidente, a ministra Cármen Lúcia, tome providências imediatas contra o referido candidato.

Gilberto Pacini

São Paulo

*

DIA DO SOLDADO

Nesta quinta-feira, 22/8, o presidente Lula participou da cerimônia do Dia do Soldado. Quem vivenciou os insanos anos de chumbo da ditadura lembra bem que, na época, o que se comemorava no dia do soldado não era propriamente o soldado. Era mais um ensejo para exaltar o golpe militar de 1964 e a ditadura que passou a vigorar desde então. Felizmente, apesar das sequelas desse período negro e da tentativa de Jair Bolsonaro de reimplantar um regime autoritário, vivemos uma plena democracia a despeito de todos os problemas. A frase “lugar de militar é no quartel” não é de modo algum depreciativa. Apenas denota o caráter apolítico e apartidário que as Forças Armadas sempre deveriam ter, pois todas as aventuras em sentido contrário mostraram-se desastradas. Meus cumprimentos a todos os soldados.

Luciano Harary

São Paulo

*

FEMINICÍDIO

São frequentes pomposas reuniões, seminários e debates protestando contra o crescente feminicídio no Brasil. Muito lero-lero e nenhuma decisão política e governamental que realmente intimidam a avassaladora e trágica progressão dos assassinatos. O fato é que de nada valem as medidas oficiais existentes de proteção às mulheres agredidas e ameaçadas por patifes e covardes. A lei Maria da Penha não tem mais utilidade. Triste e necessária constatação. O Brasil precisa urgente de leis realmente duras que intimidem os canalhas. Legisladores mexem tanto na Constituição que deveriam ter coragem para acrescentar parágrafo na Carta Magna adotando prisão perpétua ou pena de morte para a famigerada escória de canalhas. Penas igualmente justas para estupradores e pedófilos.

Vicente Limongi Netto

Brasília

*

PABLO MARÇAL

A respeito da matéria Articuladores de sigla Pablo Marçal trocavam carros por cocaína, diz polícia (Estadão, 22/8, A8), cabe, por oportuno, perguntar: o dublê de coach e influencer é candidato à prefeitura de São Paulo nas próximas eleições pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) ou pelo famigerado Primeiro Comando da Capital (PCC)?

J. S. Decol

São Paulo

*

‘PRÓXIMO OBAMA’

O último Barack Obama brasileiro foi Fernando Henrique Cardoso. Quem será o próximo? Eduardo Leite ou Simone Tebet? Que seja logo.

José Renato Nascimento

São Paulo

*

INCÔMODO

Nossa cidade está jogada a própria sorte (abandonada) nas ruas Dr. César, n.º 373, e na rua Fernando Sandreschi, n.º 66, no bairro de Santana. São dois bares que chegaram por aqui há pouco tempo para tirar nossa tranquilidade. É pagode e sertanejo de quarta a domingo até 23h, às vezes passam da meia-noite. Detalhe: eu gosto de uma boa música, seja que ritmo for, porém, com respeito aos vizinhos que trabalham, estudam e têm o direito de descansar e ter paz depois de um dia corrido. Ligar para o Psiu é perder tempo, na última vez que tive notícias de uma fiscalização, os agentes não viram nada de mais, creio que mandaram fiscais com deficiência auditiva. Pergunto a quem devemos socorrer para recuperarmos a nossa paz?

José Roberto Alvarenga

São Paulo

*

‘VAMOS ACORDAR’

Feira de Santana, portal do sertão e a maior cidade do interior do estado da Bahia, deve à força do comércio do gado a partida para o seu estágio atual de município com uma economia mais diversificada. Urge um projeto de comunicação para mostrar a relevância do agro para a melhoria da qualidade de vida e interiorização do desenvolvimento. Será muito importante. As crianças precisam compreender que alimentos não são fabricados, são cultivados ou criados. Não podem surgir dos gabinetes acarpetados e climatizados da burocracia. Inovar é preciso, empreender é fundamental e planejar é estratégico. Conhecer a realidade das veredas. Compreender o caminho sob o sol e a favor do vento. É fundamental que nossa brava gente conheça o processo e a prática do inteligente progresso. Vamos acordar, adormecido gigante, para o desenvolvimento inovador, positivo e constante.

Paulo Cesar Bastos

Salvador

*

NOVO ESPAÇO

Loja da Magalu ocupará área em que ficava a Livraria Cultura (Estadão, 22/8, B11). O Brasil é um país surreal. Nele, uma livraria é substituída por uma loja de consumo.

Lincool Waldemar D Andrea

São Paulo

*

JUDICIALIZAÇÃO DO BEM

Meus cumprimentos pelos comentários sobre o Supremo no artigo de William Waack, sob o título Judicialização do bem (Estadão, 22/8, A11). De forma construtiva, porém assertiva, comenta iniciativas atuais inexplicáveis, e até certo ponto inaceitáveis, do STF. Porém, nesta balança de construtividade vs assertividade, sugiro sobrepor mais a segunda. Sem, no entanto, distanciar-se do seu exemplar didatismo, tão útil a todos nós, brasileiros.

Cesar Eduardo Jacob

São Paulo

Ambiente

Biomas em chamas

Ambientalistas dentro e fora do Brasil, inclusive a atual ministra do Meio Ambiente, culpavam Jair Bolsonaro pela falta de combate aos incêndios na Amazônia. Mas de janeiro até hoje, em pleno governo Lula, já foram registrados mais de 59 mil focos de incêndios na Amazônia, o Pantanal está em chamas e agora Marina Silva alega falta de recursos para o combate ao fogo. É uma vergonha que o Brasil, próximo de receber a Conferência do Clima da ONU em 2025 em Belém do Pará, veja estes biomas sendo consumidos dessa maneira.

Humberto Schuwartz Soares

Vila Velha (ES)

*

Congresso Nacional

Ficha Limpa

Projeto que enfraquece a Lei da Ficha Limpa avança no Senado (Estadão, 22/8, A12). Valendo-me do hábito de dar nomes a leis e projetos, proponho atribuir ao projeto que atenua a Lei da Ficha Limpa a designação de “O Crime Compensa”.

Tibor Rabóczkay

São Paulo

*

Poderes

Não estava decidido?

Estou perplexo e gostaria de entender: o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade a suspensão do pagamento de emendas parlamentares que não tenham transparência sobre a destinação do recurso e o proponente da emenda. Portanto, qual terá sido o escopo do almoço que reuniu membros dos Três Poderes para tratar de uma negociação (acerto) entre eles a respeito deste assunto? Já não estava decidido que da maneira que está não pode continuar?

Silvano Antônio Castro

São Paulo

*

Reforma ortográfica

A reunião dos Três Poderes nos sofás chersterfield da Corte Suprema, fotografada e publicada nesta semana, me fez pensar numa pequena, porém cirúrgica e necessária, reforma ortográfica na nossa Língua Portuguesa. Já é hora de retirarmos o acento agudo de acórdão e adotarmos, de uma vez por todas, redação condizente com a pronúncia acordão, utilizada por quem desconhece o real significado daquela palavra. Além de facilitar a vida de muitos, a mudança fará sentido diante da proximidade semântica que ambas as palavras vêm ganhando na realidade da vida institucional brasileira.

José Luis Ribeiro Brazuna

São Paulo

*

Correios

Banho de más notícias

Algumas notícias recentes me deixam muito desanimada. Primeiro, o caso do Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, que enfrenta problemas sérios por causa de aplicações feitas durante o governo Dilma Rousseff. Um ex-advogado do Postalis é o atual presidente dos Correios, que agora assume uma dívida de R$ 7,6 bilhões para socorrer o fundo dos prejuízos daquela época. E a estatal ainda diz que pretende lançar um serviço de gestão de documentos para a iniciativa privada. Fala sério! Como, se já é péssimo o trabalho de entrega de documentos e produtos pelos Correios? A seguir, no que se refere às contas públicas, o maior inimigo do governo Lula 3 é o PT. Gleisi Hoffmann não entende que responsabilidade fiscal é essencial para o crescimento do País e que, quanto maior a dívida, mais se alimenta a inflação, que penaliza mais os pobres. Mas eis que, agora, o BPC e a Previdência são os grandes responsáveis pelo déficit fiscal. Por fim, preciso entender melhor o que os presidentes da Câmara, do Senado, ministros do STF e representantes do governo federal estão acordando. Tenho minhas dúvidas sobre se de alguma forma eles pensam em algum acordo que favoreça o País. Realmente, está difícil, e parece que os impostos recolhidos da população continuarão sendo mal investidos.

Eleonora Franco

São Paulo

*

Uma tartaruga

Sobre o editorial O governo Dilma ainda dá prejuízo (Estadão, 22/8, A3), acrescento que a Empresa de Correios e Telégrafos (Correios), que há muitos anos foi um raro caso de estatal eficiente e confiável, hoje merece o título da pior transportadora do Brasil. Já tive uma encomenda internacional (código de rastreamento EE107462654TH) que foi entregue após nada menos do que 2 anos e 8 meses. Recentemente, recebi outra encomenda internacional (CE503807700FI) que só chegou após 46 dias do pagamento dos tributos – ou seja, a culpa não foi da Receita Federal. Abri quatro demandas na Ouvidoria dos Correios, sem resultado. Como cidadão, eu adoraria ver essa tartaruga privatizada.

Luciano Nogueira Marmontel

Pouso Alegre (MG)

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

ORÇAMENTO SECRETO

Será que o presidente Lula ainda não percebeu que o problema do orçamento secreto, emenda parlamentar ou outros codinomes tem apoio do próprio governo federal? Há em suas fileiras ministros que se beneficiam dessa excrecência para asfaltar rodovias de acesso ao seu Haras e Parque Luanna, no Maranhão. Há ministro chefe da Casa Civil que é dono de propriedade rural no interior da Bahia e que a mantém – para não chamar a atenção – em nome de sua aliada política, e recebeu por Pix uma singela quantia de R$ 42 milhões. Também, lá atrás, o próprio demiurgo já dava péssimos exemplos quando determinou a liberação de R$ 143 milhões, a toque de caixa, para o amigo prefeito petista de Araraquara. Agora, com cara de paisagem, Lula sabe que está no centro deste imbróglio e finge, como sempre, que não sabe de nada, mas la nave va.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

*

O TEMPO DIRÁ

Partindo da premissa jurídica de que o controle do Orçamento é primordialmente do Poder Executivo, o acordo que se fez tem como base a suspensão das emendas impositivas por determinação do ministro Flávio Dino e ratificada pela totalidade dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Eis que o Poder Legislativo assegurou a transparência das emendas, inclusive das emendas Pix. Ou seja: doravante, todo o encaminhamento de verbas orçamentárias aos parlamentares deverá ter indicação individual, além da transparência dos montantes, beneficiário e locais e situações contempladas. Ao Tribunal de Contas da União (TCU) cabe a fiscalização das condições acordadas entre os Três Poderes da República, devendo a sua atuação ser enérgica para evitar brechas e descumprimentos. O tempo dirá sobre o adimplemento do acordo.

José Carlos de carvalho Carneiro

Rio Claro

*

‘ANIMAL FARM’

O modelo é o habitual. O Poder Judiciário toma decisão polêmica após ser cutucado por algum partido político ou grupo de interesse e atinge um dos outros dois, normalmente o Legislativo, mais glutão de poder e recursos eleitoreiros para beneficiar seus integrantes. O Executivo quase sempre aparece como uma espécie de refém impedido de governar. É formada então uma crise midiática que inquieta a sociedade. O desassossego, no entanto, dura pouco pois surge a iniciativa da conciliação sob a forma de almoço ou jantar no qual representantes dos gladiadores firmam uma espécie de partilha do butim mediante acordos meio sigilosos, e tudo volta à mansidão artificial que logo será rompida por outro episódio conflituoso. Assim vai o Brasil tocando a vida. E o povo, sem reagir a toda essa festa que lembra a última cena do livro Animal Farm (Revolução dos Bichos, em português), de George Orwell, vê suas dificuldades cada vez mais amplificadas e desconsideradas.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

*

PLANEJAMENTO

Quando candidato, o presidente Lula da Silva não mostrou os seus planos de governo para nenhuma área, mas sim genericamente. Pois bem, ao ser eleito em outubro de 2022, teve, no mínimo, três meses para já reunir governadores e pedir que lhes enviasse quais áreas, dentre Educação, Cultura, Saúde, Segurança, Meio Ambiente, Agricultura, Trabalho, Indústria e Comércio, teria que atender com mais urgência. Baseado nisto, o governo federal distribuiria as verbas para que o governador e seus deputados usassem nas regiões do seu Estado, de acordo com as carências indicadas ao governo federal. Seria então fácil de fiscalizar. Quando não há planejamento, todos legislam em causa própria e criam o Orçamento impositivo.

Tania Tavares

São Paulo

*

PREJUÍZOS

O governo Dilma ainda dá prejuízo (Estadão, 22/8, A3). A direção dos Correios confessou dívida com o Postalis, concordando pagar R$ 7,6 bilhões, metade do rombo utilizado em investimentos podres que eram do interesse do governo petista da época. Grande parte do prejuízo total, estimado em R$ 15 bilhões, foi resultado de operações feitas durante o governo Dilma Rousseff. Desnecessário frisar como é descomunal o volume de recursos jogado no ralo da incúria, em negócios mal administrados e em fraudes no Postalis. Previ, Postalis, Funcef e Petros entraram como sócios da famigerada Sete Brasil, intermediando, junto com o governo petista, encomendas de equipamentos do pré-sal, que nada entregaram a não ser prejuízo bilionário. Está muito claro o porquê governos petistas são contra privatizações das estatais. Dilma, a pior presidente da história política do Brasil, que praticou, inquestionavelmente, crimes de responsabilidade, logo após sofrer o justo impeachment deveria ser recolhida a uma prisão.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

‘HERANÇA MALDITA’

Herança maldita da corrupção petista entre 2003 a meados de 2016, com Lula e Dilma, continua fazendo estragos. Como publica o Estadão com o título Correios fazem acordo e vão cobrir R$ 7,6 bilhões do rombo do Postalis (Estadão, 21/8, B1 e B2). Ou seja, este valor se refere a desastrada e vil administração petista nos fundos de pensão dos funcionários das estatais, como neste caso da matéria do jornal, relativo ao fundo do Postalis, no qual 50% do rombo (R$15 bilhões) são os funcionários dos Correios, que estão pagando. É assim que funciona o PT de Lula. Sem capacidade para governar, cria rombos envolto com corrupção, não desenvolve o País e ainda manda a conta para os trabalhadores.

Paulo Panossian

São Carlos

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‘TROLL EM CAMPANHA’

O editorial ‘Troll’ na campanha eleitoral (Estadão, 22/8, A10) aborda uma situação inédita nas nossas campanhas eleitorais e na nossa própria democracia que é o candidato-vírus, no qual o editorial trata como Troll – como são chamados os agentes do caos em inglês –, que prefiro denominar de vírus por denominar melhor de quem se trata. No caso, o candidato Pablo Marçal (PRTB), que se promoveu nas redes sociais e se inscreveu como candidato apenas para tumultuar a campanha eleitoral em uma nova maneira de atacar a nossa democracia. Eu, como engenheiro, não estou habilitado a dar palpites em legislação. Porém, não creio que na nossa falte alguma lei, ou quiçá a própria Carta Magna, que possa enquadrar o cidadão, criminalmente, por tumultuar a campanha eleitoral e a própria democracia. Se tal ocorresse, ela não teria a lógica imprescindível. Na época em que foi aprovada a nossa Constituição, as pragas que surgiram com a informática não existiam, mas creio que temos como enquadrar um criminoso deste jaez, a começar com as acusações mentirosas. Quanto aos candidatos que se recusam a participar dos debates, devido à sua presença, estão fazendo exatamente o que ele quer, como aponta o editorial, quando poderiam aplicar um antivírus da democracia. Espero que o Tribunal Superior Eleitoral seja acionado e a sua digna presidente, a ministra Cármen Lúcia, tome providências imediatas contra o referido candidato.

Gilberto Pacini

São Paulo

*

DIA DO SOLDADO

Nesta quinta-feira, 22/8, o presidente Lula participou da cerimônia do Dia do Soldado. Quem vivenciou os insanos anos de chumbo da ditadura lembra bem que, na época, o que se comemorava no dia do soldado não era propriamente o soldado. Era mais um ensejo para exaltar o golpe militar de 1964 e a ditadura que passou a vigorar desde então. Felizmente, apesar das sequelas desse período negro e da tentativa de Jair Bolsonaro de reimplantar um regime autoritário, vivemos uma plena democracia a despeito de todos os problemas. A frase “lugar de militar é no quartel” não é de modo algum depreciativa. Apenas denota o caráter apolítico e apartidário que as Forças Armadas sempre deveriam ter, pois todas as aventuras em sentido contrário mostraram-se desastradas. Meus cumprimentos a todos os soldados.

Luciano Harary

São Paulo

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FEMINICÍDIO

São frequentes pomposas reuniões, seminários e debates protestando contra o crescente feminicídio no Brasil. Muito lero-lero e nenhuma decisão política e governamental que realmente intimidam a avassaladora e trágica progressão dos assassinatos. O fato é que de nada valem as medidas oficiais existentes de proteção às mulheres agredidas e ameaçadas por patifes e covardes. A lei Maria da Penha não tem mais utilidade. Triste e necessária constatação. O Brasil precisa urgente de leis realmente duras que intimidem os canalhas. Legisladores mexem tanto na Constituição que deveriam ter coragem para acrescentar parágrafo na Carta Magna adotando prisão perpétua ou pena de morte para a famigerada escória de canalhas. Penas igualmente justas para estupradores e pedófilos.

Vicente Limongi Netto

Brasília

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PABLO MARÇAL

A respeito da matéria Articuladores de sigla Pablo Marçal trocavam carros por cocaína, diz polícia (Estadão, 22/8, A8), cabe, por oportuno, perguntar: o dublê de coach e influencer é candidato à prefeitura de São Paulo nas próximas eleições pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) ou pelo famigerado Primeiro Comando da Capital (PCC)?

J. S. Decol

São Paulo

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‘PRÓXIMO OBAMA’

O último Barack Obama brasileiro foi Fernando Henrique Cardoso. Quem será o próximo? Eduardo Leite ou Simone Tebet? Que seja logo.

José Renato Nascimento

São Paulo

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INCÔMODO

Nossa cidade está jogada a própria sorte (abandonada) nas ruas Dr. César, n.º 373, e na rua Fernando Sandreschi, n.º 66, no bairro de Santana. São dois bares que chegaram por aqui há pouco tempo para tirar nossa tranquilidade. É pagode e sertanejo de quarta a domingo até 23h, às vezes passam da meia-noite. Detalhe: eu gosto de uma boa música, seja que ritmo for, porém, com respeito aos vizinhos que trabalham, estudam e têm o direito de descansar e ter paz depois de um dia corrido. Ligar para o Psiu é perder tempo, na última vez que tive notícias de uma fiscalização, os agentes não viram nada de mais, creio que mandaram fiscais com deficiência auditiva. Pergunto a quem devemos socorrer para recuperarmos a nossa paz?

José Roberto Alvarenga

São Paulo

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‘VAMOS ACORDAR’

Feira de Santana, portal do sertão e a maior cidade do interior do estado da Bahia, deve à força do comércio do gado a partida para o seu estágio atual de município com uma economia mais diversificada. Urge um projeto de comunicação para mostrar a relevância do agro para a melhoria da qualidade de vida e interiorização do desenvolvimento. Será muito importante. As crianças precisam compreender que alimentos não são fabricados, são cultivados ou criados. Não podem surgir dos gabinetes acarpetados e climatizados da burocracia. Inovar é preciso, empreender é fundamental e planejar é estratégico. Conhecer a realidade das veredas. Compreender o caminho sob o sol e a favor do vento. É fundamental que nossa brava gente conheça o processo e a prática do inteligente progresso. Vamos acordar, adormecido gigante, para o desenvolvimento inovador, positivo e constante.

Paulo Cesar Bastos

Salvador

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NOVO ESPAÇO

Loja da Magalu ocupará área em que ficava a Livraria Cultura (Estadão, 22/8, B11). O Brasil é um país surreal. Nele, uma livraria é substituída por uma loja de consumo.

Lincool Waldemar D Andrea

São Paulo

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JUDICIALIZAÇÃO DO BEM

Meus cumprimentos pelos comentários sobre o Supremo no artigo de William Waack, sob o título Judicialização do bem (Estadão, 22/8, A11). De forma construtiva, porém assertiva, comenta iniciativas atuais inexplicáveis, e até certo ponto inaceitáveis, do STF. Porém, nesta balança de construtividade vs assertividade, sugiro sobrepor mais a segunda. Sem, no entanto, distanciar-se do seu exemplar didatismo, tão útil a todos nós, brasileiros.

Cesar Eduardo Jacob

São Paulo

Ambiente

Biomas em chamas

Ambientalistas dentro e fora do Brasil, inclusive a atual ministra do Meio Ambiente, culpavam Jair Bolsonaro pela falta de combate aos incêndios na Amazônia. Mas de janeiro até hoje, em pleno governo Lula, já foram registrados mais de 59 mil focos de incêndios na Amazônia, o Pantanal está em chamas e agora Marina Silva alega falta de recursos para o combate ao fogo. É uma vergonha que o Brasil, próximo de receber a Conferência do Clima da ONU em 2025 em Belém do Pará, veja estes biomas sendo consumidos dessa maneira.

Humberto Schuwartz Soares

Vila Velha (ES)

*

Congresso Nacional

Ficha Limpa

Projeto que enfraquece a Lei da Ficha Limpa avança no Senado (Estadão, 22/8, A12). Valendo-me do hábito de dar nomes a leis e projetos, proponho atribuir ao projeto que atenua a Lei da Ficha Limpa a designação de “O Crime Compensa”.

Tibor Rabóczkay

São Paulo

*

Poderes

Não estava decidido?

Estou perplexo e gostaria de entender: o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade a suspensão do pagamento de emendas parlamentares que não tenham transparência sobre a destinação do recurso e o proponente da emenda. Portanto, qual terá sido o escopo do almoço que reuniu membros dos Três Poderes para tratar de uma negociação (acerto) entre eles a respeito deste assunto? Já não estava decidido que da maneira que está não pode continuar?

Silvano Antônio Castro

São Paulo

*

Reforma ortográfica

A reunião dos Três Poderes nos sofás chersterfield da Corte Suprema, fotografada e publicada nesta semana, me fez pensar numa pequena, porém cirúrgica e necessária, reforma ortográfica na nossa Língua Portuguesa. Já é hora de retirarmos o acento agudo de acórdão e adotarmos, de uma vez por todas, redação condizente com a pronúncia acordão, utilizada por quem desconhece o real significado daquela palavra. Além de facilitar a vida de muitos, a mudança fará sentido diante da proximidade semântica que ambas as palavras vêm ganhando na realidade da vida institucional brasileira.

José Luis Ribeiro Brazuna

São Paulo

*

Correios

Banho de más notícias

Algumas notícias recentes me deixam muito desanimada. Primeiro, o caso do Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, que enfrenta problemas sérios por causa de aplicações feitas durante o governo Dilma Rousseff. Um ex-advogado do Postalis é o atual presidente dos Correios, que agora assume uma dívida de R$ 7,6 bilhões para socorrer o fundo dos prejuízos daquela época. E a estatal ainda diz que pretende lançar um serviço de gestão de documentos para a iniciativa privada. Fala sério! Como, se já é péssimo o trabalho de entrega de documentos e produtos pelos Correios? A seguir, no que se refere às contas públicas, o maior inimigo do governo Lula 3 é o PT. Gleisi Hoffmann não entende que responsabilidade fiscal é essencial para o crescimento do País e que, quanto maior a dívida, mais se alimenta a inflação, que penaliza mais os pobres. Mas eis que, agora, o BPC e a Previdência são os grandes responsáveis pelo déficit fiscal. Por fim, preciso entender melhor o que os presidentes da Câmara, do Senado, ministros do STF e representantes do governo federal estão acordando. Tenho minhas dúvidas sobre se de alguma forma eles pensam em algum acordo que favoreça o País. Realmente, está difícil, e parece que os impostos recolhidos da população continuarão sendo mal investidos.

Eleonora Franco

São Paulo

*

Uma tartaruga

Sobre o editorial O governo Dilma ainda dá prejuízo (Estadão, 22/8, A3), acrescento que a Empresa de Correios e Telégrafos (Correios), que há muitos anos foi um raro caso de estatal eficiente e confiável, hoje merece o título da pior transportadora do Brasil. Já tive uma encomenda internacional (código de rastreamento EE107462654TH) que foi entregue após nada menos do que 2 anos e 8 meses. Recentemente, recebi outra encomenda internacional (CE503807700FI) que só chegou após 46 dias do pagamento dos tributos – ou seja, a culpa não foi da Receita Federal. Abri quatro demandas na Ouvidoria dos Correios, sem resultado. Como cidadão, eu adoraria ver essa tartaruga privatizada.

Luciano Nogueira Marmontel

Pouso Alegre (MG)

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

ORÇAMENTO SECRETO

Será que o presidente Lula ainda não percebeu que o problema do orçamento secreto, emenda parlamentar ou outros codinomes tem apoio do próprio governo federal? Há em suas fileiras ministros que se beneficiam dessa excrecência para asfaltar rodovias de acesso ao seu Haras e Parque Luanna, no Maranhão. Há ministro chefe da Casa Civil que é dono de propriedade rural no interior da Bahia e que a mantém – para não chamar a atenção – em nome de sua aliada política, e recebeu por Pix uma singela quantia de R$ 42 milhões. Também, lá atrás, o próprio demiurgo já dava péssimos exemplos quando determinou a liberação de R$ 143 milhões, a toque de caixa, para o amigo prefeito petista de Araraquara. Agora, com cara de paisagem, Lula sabe que está no centro deste imbróglio e finge, como sempre, que não sabe de nada, mas la nave va.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

*

O TEMPO DIRÁ

Partindo da premissa jurídica de que o controle do Orçamento é primordialmente do Poder Executivo, o acordo que se fez tem como base a suspensão das emendas impositivas por determinação do ministro Flávio Dino e ratificada pela totalidade dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Eis que o Poder Legislativo assegurou a transparência das emendas, inclusive das emendas Pix. Ou seja: doravante, todo o encaminhamento de verbas orçamentárias aos parlamentares deverá ter indicação individual, além da transparência dos montantes, beneficiário e locais e situações contempladas. Ao Tribunal de Contas da União (TCU) cabe a fiscalização das condições acordadas entre os Três Poderes da República, devendo a sua atuação ser enérgica para evitar brechas e descumprimentos. O tempo dirá sobre o adimplemento do acordo.

José Carlos de carvalho Carneiro

Rio Claro

*

‘ANIMAL FARM’

O modelo é o habitual. O Poder Judiciário toma decisão polêmica após ser cutucado por algum partido político ou grupo de interesse e atinge um dos outros dois, normalmente o Legislativo, mais glutão de poder e recursos eleitoreiros para beneficiar seus integrantes. O Executivo quase sempre aparece como uma espécie de refém impedido de governar. É formada então uma crise midiática que inquieta a sociedade. O desassossego, no entanto, dura pouco pois surge a iniciativa da conciliação sob a forma de almoço ou jantar no qual representantes dos gladiadores firmam uma espécie de partilha do butim mediante acordos meio sigilosos, e tudo volta à mansidão artificial que logo será rompida por outro episódio conflituoso. Assim vai o Brasil tocando a vida. E o povo, sem reagir a toda essa festa que lembra a última cena do livro Animal Farm (Revolução dos Bichos, em português), de George Orwell, vê suas dificuldades cada vez mais amplificadas e desconsideradas.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

*

PLANEJAMENTO

Quando candidato, o presidente Lula da Silva não mostrou os seus planos de governo para nenhuma área, mas sim genericamente. Pois bem, ao ser eleito em outubro de 2022, teve, no mínimo, três meses para já reunir governadores e pedir que lhes enviasse quais áreas, dentre Educação, Cultura, Saúde, Segurança, Meio Ambiente, Agricultura, Trabalho, Indústria e Comércio, teria que atender com mais urgência. Baseado nisto, o governo federal distribuiria as verbas para que o governador e seus deputados usassem nas regiões do seu Estado, de acordo com as carências indicadas ao governo federal. Seria então fácil de fiscalizar. Quando não há planejamento, todos legislam em causa própria e criam o Orçamento impositivo.

Tania Tavares

São Paulo

*

PREJUÍZOS

O governo Dilma ainda dá prejuízo (Estadão, 22/8, A3). A direção dos Correios confessou dívida com o Postalis, concordando pagar R$ 7,6 bilhões, metade do rombo utilizado em investimentos podres que eram do interesse do governo petista da época. Grande parte do prejuízo total, estimado em R$ 15 bilhões, foi resultado de operações feitas durante o governo Dilma Rousseff. Desnecessário frisar como é descomunal o volume de recursos jogado no ralo da incúria, em negócios mal administrados e em fraudes no Postalis. Previ, Postalis, Funcef e Petros entraram como sócios da famigerada Sete Brasil, intermediando, junto com o governo petista, encomendas de equipamentos do pré-sal, que nada entregaram a não ser prejuízo bilionário. Está muito claro o porquê governos petistas são contra privatizações das estatais. Dilma, a pior presidente da história política do Brasil, que praticou, inquestionavelmente, crimes de responsabilidade, logo após sofrer o justo impeachment deveria ser recolhida a uma prisão.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

‘HERANÇA MALDITA’

Herança maldita da corrupção petista entre 2003 a meados de 2016, com Lula e Dilma, continua fazendo estragos. Como publica o Estadão com o título Correios fazem acordo e vão cobrir R$ 7,6 bilhões do rombo do Postalis (Estadão, 21/8, B1 e B2). Ou seja, este valor se refere a desastrada e vil administração petista nos fundos de pensão dos funcionários das estatais, como neste caso da matéria do jornal, relativo ao fundo do Postalis, no qual 50% do rombo (R$15 bilhões) são os funcionários dos Correios, que estão pagando. É assim que funciona o PT de Lula. Sem capacidade para governar, cria rombos envolto com corrupção, não desenvolve o País e ainda manda a conta para os trabalhadores.

Paulo Panossian

São Carlos

*

‘TROLL EM CAMPANHA’

O editorial ‘Troll’ na campanha eleitoral (Estadão, 22/8, A10) aborda uma situação inédita nas nossas campanhas eleitorais e na nossa própria democracia que é o candidato-vírus, no qual o editorial trata como Troll – como são chamados os agentes do caos em inglês –, que prefiro denominar de vírus por denominar melhor de quem se trata. No caso, o candidato Pablo Marçal (PRTB), que se promoveu nas redes sociais e se inscreveu como candidato apenas para tumultuar a campanha eleitoral em uma nova maneira de atacar a nossa democracia. Eu, como engenheiro, não estou habilitado a dar palpites em legislação. Porém, não creio que na nossa falte alguma lei, ou quiçá a própria Carta Magna, que possa enquadrar o cidadão, criminalmente, por tumultuar a campanha eleitoral e a própria democracia. Se tal ocorresse, ela não teria a lógica imprescindível. Na época em que foi aprovada a nossa Constituição, as pragas que surgiram com a informática não existiam, mas creio que temos como enquadrar um criminoso deste jaez, a começar com as acusações mentirosas. Quanto aos candidatos que se recusam a participar dos debates, devido à sua presença, estão fazendo exatamente o que ele quer, como aponta o editorial, quando poderiam aplicar um antivírus da democracia. Espero que o Tribunal Superior Eleitoral seja acionado e a sua digna presidente, a ministra Cármen Lúcia, tome providências imediatas contra o referido candidato.

Gilberto Pacini

São Paulo

*

DIA DO SOLDADO

Nesta quinta-feira, 22/8, o presidente Lula participou da cerimônia do Dia do Soldado. Quem vivenciou os insanos anos de chumbo da ditadura lembra bem que, na época, o que se comemorava no dia do soldado não era propriamente o soldado. Era mais um ensejo para exaltar o golpe militar de 1964 e a ditadura que passou a vigorar desde então. Felizmente, apesar das sequelas desse período negro e da tentativa de Jair Bolsonaro de reimplantar um regime autoritário, vivemos uma plena democracia a despeito de todos os problemas. A frase “lugar de militar é no quartel” não é de modo algum depreciativa. Apenas denota o caráter apolítico e apartidário que as Forças Armadas sempre deveriam ter, pois todas as aventuras em sentido contrário mostraram-se desastradas. Meus cumprimentos a todos os soldados.

Luciano Harary

São Paulo

*

FEMINICÍDIO

São frequentes pomposas reuniões, seminários e debates protestando contra o crescente feminicídio no Brasil. Muito lero-lero e nenhuma decisão política e governamental que realmente intimidam a avassaladora e trágica progressão dos assassinatos. O fato é que de nada valem as medidas oficiais existentes de proteção às mulheres agredidas e ameaçadas por patifes e covardes. A lei Maria da Penha não tem mais utilidade. Triste e necessária constatação. O Brasil precisa urgente de leis realmente duras que intimidem os canalhas. Legisladores mexem tanto na Constituição que deveriam ter coragem para acrescentar parágrafo na Carta Magna adotando prisão perpétua ou pena de morte para a famigerada escória de canalhas. Penas igualmente justas para estupradores e pedófilos.

Vicente Limongi Netto

Brasília

*

PABLO MARÇAL

A respeito da matéria Articuladores de sigla Pablo Marçal trocavam carros por cocaína, diz polícia (Estadão, 22/8, A8), cabe, por oportuno, perguntar: o dublê de coach e influencer é candidato à prefeitura de São Paulo nas próximas eleições pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) ou pelo famigerado Primeiro Comando da Capital (PCC)?

J. S. Decol

São Paulo

*

‘PRÓXIMO OBAMA’

O último Barack Obama brasileiro foi Fernando Henrique Cardoso. Quem será o próximo? Eduardo Leite ou Simone Tebet? Que seja logo.

José Renato Nascimento

São Paulo

*

INCÔMODO

Nossa cidade está jogada a própria sorte (abandonada) nas ruas Dr. César, n.º 373, e na rua Fernando Sandreschi, n.º 66, no bairro de Santana. São dois bares que chegaram por aqui há pouco tempo para tirar nossa tranquilidade. É pagode e sertanejo de quarta a domingo até 23h, às vezes passam da meia-noite. Detalhe: eu gosto de uma boa música, seja que ritmo for, porém, com respeito aos vizinhos que trabalham, estudam e têm o direito de descansar e ter paz depois de um dia corrido. Ligar para o Psiu é perder tempo, na última vez que tive notícias de uma fiscalização, os agentes não viram nada de mais, creio que mandaram fiscais com deficiência auditiva. Pergunto a quem devemos socorrer para recuperarmos a nossa paz?

José Roberto Alvarenga

São Paulo

*

‘VAMOS ACORDAR’

Feira de Santana, portal do sertão e a maior cidade do interior do estado da Bahia, deve à força do comércio do gado a partida para o seu estágio atual de município com uma economia mais diversificada. Urge um projeto de comunicação para mostrar a relevância do agro para a melhoria da qualidade de vida e interiorização do desenvolvimento. Será muito importante. As crianças precisam compreender que alimentos não são fabricados, são cultivados ou criados. Não podem surgir dos gabinetes acarpetados e climatizados da burocracia. Inovar é preciso, empreender é fundamental e planejar é estratégico. Conhecer a realidade das veredas. Compreender o caminho sob o sol e a favor do vento. É fundamental que nossa brava gente conheça o processo e a prática do inteligente progresso. Vamos acordar, adormecido gigante, para o desenvolvimento inovador, positivo e constante.

Paulo Cesar Bastos

Salvador

*

NOVO ESPAÇO

Loja da Magalu ocupará área em que ficava a Livraria Cultura (Estadão, 22/8, B11). O Brasil é um país surreal. Nele, uma livraria é substituída por uma loja de consumo.

Lincool Waldemar D Andrea

São Paulo

*

JUDICIALIZAÇÃO DO BEM

Meus cumprimentos pelos comentários sobre o Supremo no artigo de William Waack, sob o título Judicialização do bem (Estadão, 22/8, A11). De forma construtiva, porém assertiva, comenta iniciativas atuais inexplicáveis, e até certo ponto inaceitáveis, do STF. Porém, nesta balança de construtividade vs assertividade, sugiro sobrepor mais a segunda. Sem, no entanto, distanciar-se do seu exemplar didatismo, tão útil a todos nós, brasileiros.

Cesar Eduardo Jacob

São Paulo

Ambiente

Biomas em chamas

Ambientalistas dentro e fora do Brasil, inclusive a atual ministra do Meio Ambiente, culpavam Jair Bolsonaro pela falta de combate aos incêndios na Amazônia. Mas de janeiro até hoje, em pleno governo Lula, já foram registrados mais de 59 mil focos de incêndios na Amazônia, o Pantanal está em chamas e agora Marina Silva alega falta de recursos para o combate ao fogo. É uma vergonha que o Brasil, próximo de receber a Conferência do Clima da ONU em 2025 em Belém do Pará, veja estes biomas sendo consumidos dessa maneira.

Humberto Schuwartz Soares

Vila Velha (ES)

*

Congresso Nacional

Ficha Limpa

Projeto que enfraquece a Lei da Ficha Limpa avança no Senado (Estadão, 22/8, A12). Valendo-me do hábito de dar nomes a leis e projetos, proponho atribuir ao projeto que atenua a Lei da Ficha Limpa a designação de “O Crime Compensa”.

Tibor Rabóczkay

São Paulo

*

Poderes

Não estava decidido?

Estou perplexo e gostaria de entender: o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade a suspensão do pagamento de emendas parlamentares que não tenham transparência sobre a destinação do recurso e o proponente da emenda. Portanto, qual terá sido o escopo do almoço que reuniu membros dos Três Poderes para tratar de uma negociação (acerto) entre eles a respeito deste assunto? Já não estava decidido que da maneira que está não pode continuar?

Silvano Antônio Castro

São Paulo

*

Reforma ortográfica

A reunião dos Três Poderes nos sofás chersterfield da Corte Suprema, fotografada e publicada nesta semana, me fez pensar numa pequena, porém cirúrgica e necessária, reforma ortográfica na nossa Língua Portuguesa. Já é hora de retirarmos o acento agudo de acórdão e adotarmos, de uma vez por todas, redação condizente com a pronúncia acordão, utilizada por quem desconhece o real significado daquela palavra. Além de facilitar a vida de muitos, a mudança fará sentido diante da proximidade semântica que ambas as palavras vêm ganhando na realidade da vida institucional brasileira.

José Luis Ribeiro Brazuna

São Paulo

*

Correios

Banho de más notícias

Algumas notícias recentes me deixam muito desanimada. Primeiro, o caso do Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, que enfrenta problemas sérios por causa de aplicações feitas durante o governo Dilma Rousseff. Um ex-advogado do Postalis é o atual presidente dos Correios, que agora assume uma dívida de R$ 7,6 bilhões para socorrer o fundo dos prejuízos daquela época. E a estatal ainda diz que pretende lançar um serviço de gestão de documentos para a iniciativa privada. Fala sério! Como, se já é péssimo o trabalho de entrega de documentos e produtos pelos Correios? A seguir, no que se refere às contas públicas, o maior inimigo do governo Lula 3 é o PT. Gleisi Hoffmann não entende que responsabilidade fiscal é essencial para o crescimento do País e que, quanto maior a dívida, mais se alimenta a inflação, que penaliza mais os pobres. Mas eis que, agora, o BPC e a Previdência são os grandes responsáveis pelo déficit fiscal. Por fim, preciso entender melhor o que os presidentes da Câmara, do Senado, ministros do STF e representantes do governo federal estão acordando. Tenho minhas dúvidas sobre se de alguma forma eles pensam em algum acordo que favoreça o País. Realmente, está difícil, e parece que os impostos recolhidos da população continuarão sendo mal investidos.

Eleonora Franco

São Paulo

*

Uma tartaruga

Sobre o editorial O governo Dilma ainda dá prejuízo (Estadão, 22/8, A3), acrescento que a Empresa de Correios e Telégrafos (Correios), que há muitos anos foi um raro caso de estatal eficiente e confiável, hoje merece o título da pior transportadora do Brasil. Já tive uma encomenda internacional (código de rastreamento EE107462654TH) que foi entregue após nada menos do que 2 anos e 8 meses. Recentemente, recebi outra encomenda internacional (CE503807700FI) que só chegou após 46 dias do pagamento dos tributos – ou seja, a culpa não foi da Receita Federal. Abri quatro demandas na Ouvidoria dos Correios, sem resultado. Como cidadão, eu adoraria ver essa tartaruga privatizada.

Luciano Nogueira Marmontel

Pouso Alegre (MG)

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

ORÇAMENTO SECRETO

Será que o presidente Lula ainda não percebeu que o problema do orçamento secreto, emenda parlamentar ou outros codinomes tem apoio do próprio governo federal? Há em suas fileiras ministros que se beneficiam dessa excrecência para asfaltar rodovias de acesso ao seu Haras e Parque Luanna, no Maranhão. Há ministro chefe da Casa Civil que é dono de propriedade rural no interior da Bahia e que a mantém – para não chamar a atenção – em nome de sua aliada política, e recebeu por Pix uma singela quantia de R$ 42 milhões. Também, lá atrás, o próprio demiurgo já dava péssimos exemplos quando determinou a liberação de R$ 143 milhões, a toque de caixa, para o amigo prefeito petista de Araraquara. Agora, com cara de paisagem, Lula sabe que está no centro deste imbróglio e finge, como sempre, que não sabe de nada, mas la nave va.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

*

O TEMPO DIRÁ

Partindo da premissa jurídica de que o controle do Orçamento é primordialmente do Poder Executivo, o acordo que se fez tem como base a suspensão das emendas impositivas por determinação do ministro Flávio Dino e ratificada pela totalidade dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Eis que o Poder Legislativo assegurou a transparência das emendas, inclusive das emendas Pix. Ou seja: doravante, todo o encaminhamento de verbas orçamentárias aos parlamentares deverá ter indicação individual, além da transparência dos montantes, beneficiário e locais e situações contempladas. Ao Tribunal de Contas da União (TCU) cabe a fiscalização das condições acordadas entre os Três Poderes da República, devendo a sua atuação ser enérgica para evitar brechas e descumprimentos. O tempo dirá sobre o adimplemento do acordo.

José Carlos de carvalho Carneiro

Rio Claro

*

‘ANIMAL FARM’

O modelo é o habitual. O Poder Judiciário toma decisão polêmica após ser cutucado por algum partido político ou grupo de interesse e atinge um dos outros dois, normalmente o Legislativo, mais glutão de poder e recursos eleitoreiros para beneficiar seus integrantes. O Executivo quase sempre aparece como uma espécie de refém impedido de governar. É formada então uma crise midiática que inquieta a sociedade. O desassossego, no entanto, dura pouco pois surge a iniciativa da conciliação sob a forma de almoço ou jantar no qual representantes dos gladiadores firmam uma espécie de partilha do butim mediante acordos meio sigilosos, e tudo volta à mansidão artificial que logo será rompida por outro episódio conflituoso. Assim vai o Brasil tocando a vida. E o povo, sem reagir a toda essa festa que lembra a última cena do livro Animal Farm (Revolução dos Bichos, em português), de George Orwell, vê suas dificuldades cada vez mais amplificadas e desconsideradas.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

*

PLANEJAMENTO

Quando candidato, o presidente Lula da Silva não mostrou os seus planos de governo para nenhuma área, mas sim genericamente. Pois bem, ao ser eleito em outubro de 2022, teve, no mínimo, três meses para já reunir governadores e pedir que lhes enviasse quais áreas, dentre Educação, Cultura, Saúde, Segurança, Meio Ambiente, Agricultura, Trabalho, Indústria e Comércio, teria que atender com mais urgência. Baseado nisto, o governo federal distribuiria as verbas para que o governador e seus deputados usassem nas regiões do seu Estado, de acordo com as carências indicadas ao governo federal. Seria então fácil de fiscalizar. Quando não há planejamento, todos legislam em causa própria e criam o Orçamento impositivo.

Tania Tavares

São Paulo

*

PREJUÍZOS

O governo Dilma ainda dá prejuízo (Estadão, 22/8, A3). A direção dos Correios confessou dívida com o Postalis, concordando pagar R$ 7,6 bilhões, metade do rombo utilizado em investimentos podres que eram do interesse do governo petista da época. Grande parte do prejuízo total, estimado em R$ 15 bilhões, foi resultado de operações feitas durante o governo Dilma Rousseff. Desnecessário frisar como é descomunal o volume de recursos jogado no ralo da incúria, em negócios mal administrados e em fraudes no Postalis. Previ, Postalis, Funcef e Petros entraram como sócios da famigerada Sete Brasil, intermediando, junto com o governo petista, encomendas de equipamentos do pré-sal, que nada entregaram a não ser prejuízo bilionário. Está muito claro o porquê governos petistas são contra privatizações das estatais. Dilma, a pior presidente da história política do Brasil, que praticou, inquestionavelmente, crimes de responsabilidade, logo após sofrer o justo impeachment deveria ser recolhida a uma prisão.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

‘HERANÇA MALDITA’

Herança maldita da corrupção petista entre 2003 a meados de 2016, com Lula e Dilma, continua fazendo estragos. Como publica o Estadão com o título Correios fazem acordo e vão cobrir R$ 7,6 bilhões do rombo do Postalis (Estadão, 21/8, B1 e B2). Ou seja, este valor se refere a desastrada e vil administração petista nos fundos de pensão dos funcionários das estatais, como neste caso da matéria do jornal, relativo ao fundo do Postalis, no qual 50% do rombo (R$15 bilhões) são os funcionários dos Correios, que estão pagando. É assim que funciona o PT de Lula. Sem capacidade para governar, cria rombos envolto com corrupção, não desenvolve o País e ainda manda a conta para os trabalhadores.

Paulo Panossian

São Carlos

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‘TROLL EM CAMPANHA’

O editorial ‘Troll’ na campanha eleitoral (Estadão, 22/8, A10) aborda uma situação inédita nas nossas campanhas eleitorais e na nossa própria democracia que é o candidato-vírus, no qual o editorial trata como Troll – como são chamados os agentes do caos em inglês –, que prefiro denominar de vírus por denominar melhor de quem se trata. No caso, o candidato Pablo Marçal (PRTB), que se promoveu nas redes sociais e se inscreveu como candidato apenas para tumultuar a campanha eleitoral em uma nova maneira de atacar a nossa democracia. Eu, como engenheiro, não estou habilitado a dar palpites em legislação. Porém, não creio que na nossa falte alguma lei, ou quiçá a própria Carta Magna, que possa enquadrar o cidadão, criminalmente, por tumultuar a campanha eleitoral e a própria democracia. Se tal ocorresse, ela não teria a lógica imprescindível. Na época em que foi aprovada a nossa Constituição, as pragas que surgiram com a informática não existiam, mas creio que temos como enquadrar um criminoso deste jaez, a começar com as acusações mentirosas. Quanto aos candidatos que se recusam a participar dos debates, devido à sua presença, estão fazendo exatamente o que ele quer, como aponta o editorial, quando poderiam aplicar um antivírus da democracia. Espero que o Tribunal Superior Eleitoral seja acionado e a sua digna presidente, a ministra Cármen Lúcia, tome providências imediatas contra o referido candidato.

Gilberto Pacini

São Paulo

*

DIA DO SOLDADO

Nesta quinta-feira, 22/8, o presidente Lula participou da cerimônia do Dia do Soldado. Quem vivenciou os insanos anos de chumbo da ditadura lembra bem que, na época, o que se comemorava no dia do soldado não era propriamente o soldado. Era mais um ensejo para exaltar o golpe militar de 1964 e a ditadura que passou a vigorar desde então. Felizmente, apesar das sequelas desse período negro e da tentativa de Jair Bolsonaro de reimplantar um regime autoritário, vivemos uma plena democracia a despeito de todos os problemas. A frase “lugar de militar é no quartel” não é de modo algum depreciativa. Apenas denota o caráter apolítico e apartidário que as Forças Armadas sempre deveriam ter, pois todas as aventuras em sentido contrário mostraram-se desastradas. Meus cumprimentos a todos os soldados.

Luciano Harary

São Paulo

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FEMINICÍDIO

São frequentes pomposas reuniões, seminários e debates protestando contra o crescente feminicídio no Brasil. Muito lero-lero e nenhuma decisão política e governamental que realmente intimidam a avassaladora e trágica progressão dos assassinatos. O fato é que de nada valem as medidas oficiais existentes de proteção às mulheres agredidas e ameaçadas por patifes e covardes. A lei Maria da Penha não tem mais utilidade. Triste e necessária constatação. O Brasil precisa urgente de leis realmente duras que intimidem os canalhas. Legisladores mexem tanto na Constituição que deveriam ter coragem para acrescentar parágrafo na Carta Magna adotando prisão perpétua ou pena de morte para a famigerada escória de canalhas. Penas igualmente justas para estupradores e pedófilos.

Vicente Limongi Netto

Brasília

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PABLO MARÇAL

A respeito da matéria Articuladores de sigla Pablo Marçal trocavam carros por cocaína, diz polícia (Estadão, 22/8, A8), cabe, por oportuno, perguntar: o dublê de coach e influencer é candidato à prefeitura de São Paulo nas próximas eleições pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) ou pelo famigerado Primeiro Comando da Capital (PCC)?

J. S. Decol

São Paulo

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‘PRÓXIMO OBAMA’

O último Barack Obama brasileiro foi Fernando Henrique Cardoso. Quem será o próximo? Eduardo Leite ou Simone Tebet? Que seja logo.

José Renato Nascimento

São Paulo

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INCÔMODO

Nossa cidade está jogada a própria sorte (abandonada) nas ruas Dr. César, n.º 373, e na rua Fernando Sandreschi, n.º 66, no bairro de Santana. São dois bares que chegaram por aqui há pouco tempo para tirar nossa tranquilidade. É pagode e sertanejo de quarta a domingo até 23h, às vezes passam da meia-noite. Detalhe: eu gosto de uma boa música, seja que ritmo for, porém, com respeito aos vizinhos que trabalham, estudam e têm o direito de descansar e ter paz depois de um dia corrido. Ligar para o Psiu é perder tempo, na última vez que tive notícias de uma fiscalização, os agentes não viram nada de mais, creio que mandaram fiscais com deficiência auditiva. Pergunto a quem devemos socorrer para recuperarmos a nossa paz?

José Roberto Alvarenga

São Paulo

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‘VAMOS ACORDAR’

Feira de Santana, portal do sertão e a maior cidade do interior do estado da Bahia, deve à força do comércio do gado a partida para o seu estágio atual de município com uma economia mais diversificada. Urge um projeto de comunicação para mostrar a relevância do agro para a melhoria da qualidade de vida e interiorização do desenvolvimento. Será muito importante. As crianças precisam compreender que alimentos não são fabricados, são cultivados ou criados. Não podem surgir dos gabinetes acarpetados e climatizados da burocracia. Inovar é preciso, empreender é fundamental e planejar é estratégico. Conhecer a realidade das veredas. Compreender o caminho sob o sol e a favor do vento. É fundamental que nossa brava gente conheça o processo e a prática do inteligente progresso. Vamos acordar, adormecido gigante, para o desenvolvimento inovador, positivo e constante.

Paulo Cesar Bastos

Salvador

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NOVO ESPAÇO

Loja da Magalu ocupará área em que ficava a Livraria Cultura (Estadão, 22/8, B11). O Brasil é um país surreal. Nele, uma livraria é substituída por uma loja de consumo.

Lincool Waldemar D Andrea

São Paulo

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JUDICIALIZAÇÃO DO BEM

Meus cumprimentos pelos comentários sobre o Supremo no artigo de William Waack, sob o título Judicialização do bem (Estadão, 22/8, A11). De forma construtiva, porém assertiva, comenta iniciativas atuais inexplicáveis, e até certo ponto inaceitáveis, do STF. Porém, nesta balança de construtividade vs assertividade, sugiro sobrepor mais a segunda. Sem, no entanto, distanciar-se do seu exemplar didatismo, tão útil a todos nós, brasileiros.

Cesar Eduardo Jacob

São Paulo

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