Natal 2024
Renascimento
Se pensarmos no real significado do Natal, que é a comemoração do nascimento de Jesus de Nazaré, temos muito a festejar e a agradecer. Foi Ele quem nos deixou ensinamentos para evoluirmos rumo a uma perfeição relativa, porém um objetivo para todos nós, espíritos imortais. Em Jesus podemos exercitar esperança, compaixão, perdão e misericórdia. Que a comemoração de mais um Natal faça renascer, em toda a humanidade, o amor a Deus e ao próximo.
Armando Bergo Neto
Campinas
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Tempo de paz
Vamos mudar o Natal e nós próprios: em vez de darmos presentes, façamo-nos presentes onde reina a ausência: de afeto, de saúde, de liberdade, de direitos. Dobremos os joelhos junto à manjedoura que abriga tantos excluídos, imagens vivas do Menino de Belém. Feliz Natal, Brasil! Queira Deus que o Herodes que há em nós ceda lugar aos magos que creem e oferecem, no milagre da vida, o melhor de si. Que todas as lições deixadas por Jesus direcionem as nossas ações em cada dia do ano novo. O nascimento de Cristo é a melhor notícia que o mundo já recebeu. O Natal é momento de reflexão e de solidariedade. Seja o Natal tempo de paz em nossa família e no Brasil!
José Ribamar Pinheiro Filho
Brasília
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Indústria
Invasão chinesa
A respeito da reportagem especial do Estadão A nova face da indústria automobilística: montadoras chinesas mudam rotina de cidades no Brasil (22/12), um país que construiu as Usinas Hidrelétricas de Itaipu e Tucuruí, a Ponte Rio-Niterói, as usinas de Angra dos Reis, as linhas do Metrô de São Paulo, entre outras obras fantásticas pelo Brasil afora, não tem pessoal capacitado para construir fábricas de automóveis? Estamos criando empregos para cidadãos chineses. Será que o Ministério do Trabalho está fiscalizando se esses operários chineses, por exemplo, estão sendo contratados sob as leis brasileiras e registrados sob a CLT? Existe recolhimento de FGTS e das obrigações sociais? O governo brasileiro deveria exigir de investidores estrangeiros como nos casos citados na reportagem o uso exclusivo de mão de obra brasileira.
Hamilton Fogagnolo
São Paulo
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Deixados para trás
Como professor, eu constato diariamente que os alunos brasileiros mal são estimulados a estudar, concluir o ensino básico e fazer uma faculdade – que dirá uma pós-graduação, um mestrado e um doutorado. Os chineses estão chegando ao Brasil, tomando os empregos tecnológicos dos brasileiros e o nosso povo vai ficando aquém dos estudos, da educação, da tecnologia e dos melhores cargos e salários. É esse o Brasil do futuro, senhores políticos?
Alberto Utida
São Paulo
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Infraestrutura
Desabamento repentino
Ponte de TO desaba e caminhões caem no rio (Estadão, 23/12, A20). A imprensa nos informa que essa ponte sobre o Rio Tocantins foi construída há mais de 60 anos. Sabemos que o poder público não faz da melhor forma a manutenção das obras públicas. Seria interessante saber, portanto, quando foi a última vez que essa obra foi examinada por engenheiros e que providências foram tomadas. Se nada foi feito nos últimos anos, as autoridades são responsáveis pelo desabamento da estrutura e pelas mortes em decorrência dela, e deverão pagar por isso.
Aldo Bertolucci
São Paulo
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Vida em São Paulo
Barulho sem limite
Como adjetivar a sanção, pelo prefeito Ricardo Nunes, do fim do limite de barulho nos eventos e shows de grande porte em São Paulo (Estadão, 21/12)? O prefeito destaca a receita obtida com os eventos, ressaltando a necessidade de compatibilizar os interesses de moradores e promotores. Conta outra, prefeito Nunes. Aqui cabe a máxima “as coisas não andam tão ruins que não possam piorar”. Oremos!
José Perin Garcia
Santo André
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Boas-festas
O Estadão agradece e retribui os votos de Feliz Natal e próspero ano novo de Ademir Valezi; Agência Drumond – Assessoria de Comunicação (Joyce Nogueira); Igor Hideki Hamada; José Claudio Bertoncello; Marcus Lima Arquitetura e Urbanismo; e Sérgio Amad Costa.
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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br
ECONOMIA BRASILEIRA
‘Claramente, há uma reação exagerada do mercado’ (Estadão, 23/12, B3). Em relação à entrevista com o economista Eduardo Giannetti, gostaria de tecer os seguintes comentários: de modo geral, respeito a opinião do professor Giannetti, mas acho que suas respostas foram um pouco simplistas e otimistas demais, tendo em vista que um rombo orçamentário anual de 7,6% do PIB é claramente algo que poderia ser classificado de “calamitoso”, e não apenas um “exagero do mercado”. Também não houve qualquer menção à situação precária da nossa produtividade e ao fato de que, na média, o Brasil está crescendo até menos do que outros países emergentes. Nem foi lembrada a crescente insegurança jurídica que tem o potencial de afastar investimentos estrangeiros do nosso país, ou nossas desastradas defesas de líderes autoritários, que podem prejudicar seriamente nossas relações comerciais no futuro. Enfim, se nem representantes da própria academia se dão ao trabalho de analisar seriamente a nossa catastrófica situação econômica, que dirá um governo populista e retrógrado, que só vê como horizonte as próximas eleições? Tristes trópicos.
Fernando T. H. F. Machado
São Paulo
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EXPECTATIVAS
Gostei bastante da entrevista do professor Giannetti. Não quero demonizar nenhum setor econômico brasileiro, mas o mercado de ativos financeiros, embora central, representa apenas uma fração da economia brasileira. Às vezes, tem-se a impressão de que os operadores do mercado são os porta-vozes da economia nacional e que suas inclinações de humor representam imediatamente os demais setores. Contudo, se observamos os resultados do varejo brasileiro, os resultados de alguns setores da indústria, o agro, as taxas de investimento em formação de capital fixo, há um claro descolamento entre a economia que produz e gera valor e o sentimento da economia mais volátil, que investe em ativos. Numa economia, há perdedores e ganhadores, e o aumento de juros produz ganhadores do lado financeiro e perdedores do lado produtivo. Penso que, para a constituição de um debate público mais equilibrado e menos volátil, sem que as inclinações de um setor econômico estejam sobrerrepresentadas na agenda de tomada de decisões do País, e sem que os movimentos de manada causem consequências negativas para a economia real, é preciso considerar, com igual peso, as expectativas e interesses de quem está na ponta da economia, na ponta produtiva da economia. Isto é: aqueles que vão perder com o aumento contratado de três pontos na taxa Selic.
Felipe Eduardo Lázaro Braga
São Paulo
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PACOTE DE CORTE DE GASTOS
Muito mais fácil intervir no salário mínimo do que nos supersalários. Manda quem pode e obedece quem tem juízo. Em vigor, a lei dos mais fortes. E nós, humanos, não aprendemos nada até aqui.
Nivaldo Ribeiro Santos
São Paulo
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AS MOEDAS DE BRASÍLIA
Agora, que vão recolher as moedas dos laguinhos dos palácios em Brasília, nada mais irá impedir a normalização da economia brasileira.
Robert Haller
São Paulo
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PARA ONDE VAI O DINHEIRO?
Os jornais anunciam diariamente bilhões de reais em emendas parlamentares, mas não há qualquer notícia sobre as obras realizadas com esse dinheiro. Uma auditoria independente chegaria à conclusão de que o dinheiro das emendas parlamentares some pelo caminho sem realizar nada de relevante. Não há vontade política de tocar nesse assunto, situação e oposição estão unidas no desvio generalizado de dinheiro público das emendas parlamentares.
Mário Barilá Filho
São Paulo
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USINA DE CORRUPÇÃO
Importante o editorial Uma usina de corrupção (Estadão, 23/12, A3). Dinheiro é feito para contar as vistas do outro em qualquer negociação. Aprendemos isso com os poucos centavos da mesada, que vão para nossos pequenos negócios quando pequenos, sob a supervisão dos pais que ensinam o valor do dinheiro. Quando o filho aparece com um tênis novo que a mesada não comporta, os pais questionam de onde saiu o dinheiro. A resposta dada será o norte dali para a frente. Perda da mesada, devolver para o dono em caso de roubo e muita preocupação se a resposta não convencer, com inclusão de novos limites e vigilância reforçada. Se a família e alguns penduricalhos se reunirem na manobra de ludibriar o fornecedor de dinheiro, o caso não tem solução, a não ser quando houver a quebra deste fornecedor. Buscam, então, algum fornecedor mais experiente nessas traquinagens. O crime organizado ou a política. O primeiro é mais rígido que o pai que dá a mesada, ele não perdoa desvios e pune com a morte. Já o político depende de negociações sussurradas na calada da noite.
Carlos Ritter
Caxias do Sul (RS)
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VISTOSA JABUTICABA
O jornalista Fernando Gabeira abordou com propriedade as aberrações que representam as tais emendas parlamentares em seu artigo Emendas parlamentares, a grande jabuticaba (Estadão, 20/12, A6). Afinal, além de representar um foco de corrupção, a responsabilidade pela aplicação dos enormes recursos públicos fica diluída e de controle complicado. Além disso, o fracasso no emprego desses recursos não penaliza seus autores, como ocorre no regime parlamentarista. Trata-se, pois, de uma vistosa jabuticaba.
José Elias Laier
São Carlos
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REPÚBLICA EM CRISE
A nossa nação está colhendo o resultado de viver com um Executivo incompetente e inconsequente, um Legislativo chantagista e egoísta e um Judiciário composto por verdadeiros demiurgos.
Oscar Seckler Müller
São Paulo
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MAGDEBURGO, ALEMANHA
Taleb Abdulmohsen é um médico saudita responsável pelo atentado terrorista em Magdeburg, na Alemanha. A “caixa de pandora” aberta pela Europa no passado culmina numa solução explosiva de atentados que já se arrastam há mais de 20 anos, com as explosões nos trens de Madri, passando pelo sangrento atentado de Nice, em 2016. A Alemanha vira palco para mais uma demonstração do extremismo. Lamentável.
Sérgio Eckermann Passos
Porto Feliz
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AINDA A CIÊNCIA NA PANDEMIA
Em relação às considerações de Fernando Reinach no artigo O erro científico que custou vidas (Estadão, 21/12, A20), a questão primordial não foi apenas o engodo de Didier Raoult, mas a visão ideológica envolvida. Criaram primeiro uma narrativa de o vírus ter se originado na China, que tudo não passava de jogada comercial e, depois, escolheram um remédio – se não fosse esse, seria outro – para ir contra o que a ciência estava desenvolvendo. Não vejo como erro científico, mas como estratégia fascista de desinformação, tão conhecida e bem-sucedida um século atrás.
Adilson Roberto Gonçalves
Campinas
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NATAL E NOVO ANO
Natal é nascer e renascer para um mundo melhor. É uma data religiosa e uma festa de troca de presentes. É um dia de paz e reconciliação. De amor fraternal e reunião familiar. Como seria bom se fosse Natal 365 dias do ano e que o espírito natalino perdurasse para sempre. Que 2025 nos surpreenda e traga paz e melhores dias para os que sofrem neste mundo tão injusto e tão carente de solidariedade e verdadeiro amor ao próximo.
Paulo Sergio Arisi
Porto Alegre