Fórum dos Leitores


Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

Por Fórum dos Leitores

Caso Juscelino Filho

Não se trata da verdade

Ao ser perguntado sobre a situação do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, o presidente Lula afirmou em entrevista: “Você sabe o que eu falo para os meus ministros, quando acontece uma denúncia contra eles? Eu chamo eles e falo o seguinte: ‘Olha, a verdade absoluta é só você que sabe’”. Sim, está certo. Uma pessoa acusada de um crime, só ela própria sabe a verdade absoluta. Entretanto, a afirmação de Lula contempla, por sua vez, somente uma meia-verdade. Pois está para nascer um delinquente contumaz que não alegue inocência, ao menos num primeiro momento, quando confrontado com os fatos. Juscelino terá de lançar mão de boa dose de criatividade para refutar as conclusões da Polícia Federal que culminaram com o indiciamento dele por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, após extensa investigação. Fato é que a manutenção do ministro no cargo nada tem que ver com a verdade. É mera estratégia de Lula para manter a tênue ligação dele com o Centrão, do qual o União Brasil, partido de Juscelino, faz parte. O resto é ladainha.

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Luciano Harary

São Paulo

*

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O Brasil quer saber

Perguntinha boba: o que será que o ínclito sr. Juscelino Filho sabe do excelso sr. Lula da Silva que não conta para nós?

Carmen Leda Rocha

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São Paulo

*

Inflação

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O preço do arroz

A preocupação do governo com o aumento do preço do arroz é legítima, ele está de fato subindo mais que a inflação. Mas não por falta de suprimento, e sim por aumento nos custos de produção. A propósito, isso está ocorrendo com todos os alimentos, e importar tudo com o dólar caro como está não vai ajudar em nada, nem para o arroz nem para os demais itens. Mas, então, o que fazer? Domar a inflação. Como? O tal do equilíbrio fiscal ajudaria muito.

Jorge A. Nurkin

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São Paulo

*

Necessário ajuste fiscal

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Não é segredo para ninguém, nem mesmo para os mais ingênuos, que o Brasil precisará, mais cedo ou mais cedo ainda, promover um forte ajuste nas contas públicas. É notório que o Estado gasta muito mais do que arrecada e que, portanto, não é sustentável manter as coisas do jeito que estão. Mas as propostas de aperto sempre recaem sobre a população mais vulnerável, seja na revisão de benefícios sociais ou no endurecimento de regras previdenciárias – uma vez que muitos não conseguem manter as contribuições ao INSS e, em paralelo, contratar um sistema de previdência complementar. Precisamos, sim, rever os gastos com o Judiciário, com o Congresso Nacional e até mesmo no âmbito da aposentadoria dos militares, respeitando, por óbvio, as especificidades da categoria. Mas é inaceitável impor restrições à população, que geralmente paga todas as contas geradas pela incompetência administrativa do Executivo e do Legislativo.

Willian Martins

Guararema

*

Operação Churrascada

Perguntas a responder

O papel de um desembargador é julgar casos. Pressupõe conhecimento, formação e ética para chegar a esse papel. Quando um caso como o que envolve o desembargador Ivo de Almeida, do Tribunal de Justiça de São Paulo, vem à tona, como cidadão eu pergunto: há quanto tempo isso acontece? Como crime financeiro que também é, como a Receita Federal não o identifica? Como não foi identificado antes pelas instâncias judiciais? Quantos casos mais como este existem? Quem mais está envolvido? Qual será a punição para cada um (aposentadoria com salário integral)? E, principalmente, quem comprou as sentenças que ele teria vendido? Gostaria muito de viver num país onde essas perguntas fossem respondidas.

Humberto Cordioli

São Paulo

*

Meio ambiente

Incêndios no Pantanal

Recorde de incêndios no Pantanal (Estadão, 24/6). E agora, a culpa é de quem, de Bolsonaro?

Sergio Cortez

São Paulo

*

Cemitério Campo Grande

Furto de bronze

Nenhum grama de bronze sobreviveu aos saqueadores dos jazigos do Cemitério do Campo Grande, em São Paulo. Para maior escárnio, agora encontramos tabuletas com os dizeres: “Não abandone seu jazigo, recadastre-se!”. Rir ou chorar?

Andrea Noceto degli Oddi

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

AVANÇO DA JOGATINA

Aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal o jogo do bicho. Todas as suas espécies e características estão para serem liberadas no País. Bom de um lado, ruim de outro porque deveria haver, dos senadores da República, a precaução contra o uso do jogo do bicho pelo crime organizado, ou como diz o Estadão no editorial O avanço da jogatina (Estadão, 25/6, A3), ”legaliza até o jogo do bicho, notória lavanderia de dinheiro de criminosos sanguinários, o que deixa claro seu caráter absolutamente deletério para o País”. Deve-se aproveitar o jogo para endereçar os rendimentos decorrentes para a saúde, a educação e a segurança pública, ceifando as possibilidades que propicia ao crime organizado ou atividades outras e não aceitáveis.

José Carlos de Carvalho Carneiro

Rio Claro

*

EMPRESAS PÚBLICAS

Lula turbina intervenções nas estatais e repete as gestões anteriores do PT (Estadão, 23/6, B4 e B5). Governo Lula 3 reedita Estado empresário das administrações petistas anteriores, no qual os ex-presidentes Michel Temer e Jair Bolsonaro se esforçaram para desmontar entre 2016 e 2022. Naquele período, as empresas estatais diminuíram de 228 para 122, mas assim que o PT voltou ao poder, embora tenha aumentado apenas uma estatal – hoje são 123 – admitiu 4 mil funcionários nas estatais e bancos públicos. O quadro inchou de 434 mil para 438 mil empregados, uma ampliação de 0,9% em 15 meses. Ainda registram-se as interferências do governo na Petrobras, que teve o seu lucro diminuído em 33% e pode se refletir em outras empresa do governo. O governo tem o direito de optar pela política econômica que melhor entendam seus dirigentes. Mas todo governante é responsável pelos resultados decorrentes de sua governança. Quando abandonou a austeridade dos antecessores, e abriu as portas do Estado empresário para contratar políticos, dirigentes partidários e outros aliados aos postos nesses negócios, o presidente deve estar ciente de que o resultado dessa manobra será colocado sobre suas costas, como bônus se tudo der certo ou na forma de ônus se a conclusão for negativa. Tudo aquilo que o capital privado é capaz de instalar, operar e manter, deve ser viabilizado por meio de PPPs (Parcerias Público Privadas) ou outros formatos onde o Estado cria o regulamento e normas, contrata o operador e fiscaliza sua execução. Como já vigorou no passado, gastar dinheiro público para manter empresas do governo, só quando elas são absolutamente necessárias e não há investidor interessado em adquiri-las. Mantê-las como cabides de emprego, jamais.

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

São Paulo

*

30 ANOS DO PLANO REAL

Na semana da efeméride de comemoração dos 30 anos de criação do distópico Plano Real, que logrou colocar rédeas na cabeça do dragão da inflação em 1994, cabe, por oportuno, cumprimentar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso por sua idealização e concretude, e pelo seu aniversário de 93 anos, recém-comemorado. Viva o Brasil, o Real e FHC.

J. S. Decol

São Paulo

*

GILMARPALOOZA

Diante das robustas manifestações políticas que estão ocorrendo em Lisboa, Portugal, com a sangrenta esquerda na berlinda, estou curioso sobre o sucesso do XII Fórum Jurídico de Lisboa, de 26 a 28 de junho, organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) do empresário Gilmar Mendes, também ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) nos intervalos das conexões dos voos internacionais. Os pré-ecos do festival jurídico lusitano não soaram bem para a sociedade brasileira. Em razão disso, ao apagar das luzes, check in’s foram cancelados por muitas celebridades, constituídas, inicialmente, em sua extrema maioria por ministros de Estado, do STF, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelos presidentes do Senado e Câmara dos Deputados, entre outros profissionais do direito. Porteira aberta, bora passear em euros e dólares. Curiosamente, o evento tomou o nome de Gilmarpalooza. Os imorais porquês dispensam desenhos e ilustrações, artes proibidas para menores de 18 anos. Será que o supremo decano abriu concorrência direta com o “Rock in Rio Lisboa”, ocorrido nos dias 16, 18 e 23 de junho? Bom lembrar que a cantora Camila Cabello foi vaiada no palco Mundo. O show de encerramento da cantora Luísa Sonza causou revolta entre seus fãs, igualmente. Sendo assim, Gilmar, desnecessário se deslocar para tão longe. A Luísa Sonza está escalada para o Rock in Rio em setembro próximo, na Cidade do Rock, no Rio de Janeiro. Um bom motivo para o seu apoteótico encontro com a Sonza e respectivas claques. Mas, à parte o discutível e (in)oportuno objeto desse Gilmarpalooza, em pleno verão europeu, se o motivo maior está no dindin e passeios no após, cobertos pelo recesso, alguns dias de trabalho enforcados e férias a compensar, difícil resistir à cobiça, não é, ministro? Entretanto, para todos os efeitos, eticamente, ao contribuinte, nada justifica a necessidade desses rotineiros piqueniques internacionais para falar mal do Brasil. Jesus. Sou pelo Gilmar in Rio. Venha. As ruas estão a clamar pelo seu passeio na orla de Copacabana.

Celso David de Oliveira

Rio de Janeiro

*

EXPLICAÇÕES DO MINISTRO

O fórum Gilmarpalooza que será realizado em Portugal nos dias 26, 27 e 28 de junho é uma ótima oportunidade para o ministro Gilmar Mendes, o anfitrião, vir a público fazer uma autocrítica dos excessos cometidos pelo STF? Dizer que não compactua com as decisões equivocadas e vergonhosas proferidas pelo seu colega o ministro Dias Toffoli no âmbito da Lava Jato. Da mesma forma dizer que não concorda quando o Supremo intervém em assuntos do Legislativo; é salutar para a nossa democracia se o decano se posicionasse a respeito das ilegalidades cometidas pelo ministro Alexandre de Moraes ao manter por tempo indeterminado o inquérito das milícias digitais. Já que possui notório saber jurídico e ser o mais experiente ministro do STF, dizer se são lícitas as prisões preventivas que se arrastam por tempo indefinido no inquérito Lesa-pátria que apura a invasão do 8 de janeiro. Tudo isso e muito mais merece uma explicação do decano.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

*

‘MENTES REABASTECIDAS’

Diante do que representa em despesa pública e dias de afastamento do trabalho, é de se esperar que os participantes do Fórum de Lisboa retornem à colônia com mentes reabastecidas de propostas capazes de iluminar o equacionamento dos desafios, hoje colocados ao desenvolvimento harmonioso da sociedade brasileira. Que haja retorno tangível para a população. Algo, enfim, que repercuta para além das comendas e adições curriculares.

Patricia Porto da Silva

Rio de Janeiro

*

PRIMAZIA DA CONSTITUIÇÃO

O artigo do advogado Ruy Martins Altenfelder Silva, intitulado Primazia da Constituição (Estadão, 24/6, A4), que discorre sobre os ensinamentos do professor José Horácio Medeiros Teixeira, deve ser lido, especialmente, pelos membros do STF, sem contar os legisladores a quem cabe promover uma profunda reforma do nosso Judiciário.

José Elias Laier

São Paulo

*

CRISE CLIMÁTICA

Por mais que alguns dos negacionistas continuem tentando negar as mudanças climáticas, trata-se de uma realidade fática que continua nos afetando. O calor neste inverno tem derrubado as vendas das roupas de frio, como está acontecendo nos grandes centros de vendas de roupas pelo Brasil afora. Tal realidade somente quem viver os tempos que teremos a nossa frente poderão ser presenciados.

José de Anchieta Nobre de Almeida

Rio de Janeiro

*

PREJUÍZO AMBIENTAL

O Pantanal está sendo erradicado pelo fogo, todos os incêndios são provocados pelo homem com o objetivo de abrir caminho para pasto. Não se ouve falar em multas, punições, nada. O Rio Grande do Sul ainda sofre os efeitos das enchentes sem precedentes que arrasaram o Estado. A Amazônia caminha para enfrentar uma nova seca histórica. Diante de tudo de ruim que está acontecendo no meio ambiente, a resposta do governo é pífia e irrelevante: culpar as mudanças climáticas, o fenômeno La Niña e seguir destruindo o País inteiro para produzir ração para os porcos chineses, ganhar uma merreca vendendo boi vivo e exportando grãos para alegria dos países que compram os bois e os grãos brasileiros, agregam valor e ganham dinheiro de verdade.

Mário Barilá Filho

São Paulo

*

DESMATAMENTO

É muito divulgado a diminuição do porcentual de desmatamento da Amazônia e do Cerrado, só não vejo divulgação de áreas reflorestadas. Seria fácil este número para o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Deveria ter uma lei mais dura para o desmatamento: desmatou a área é automaticamente confiscada pelo governo e reflorestada. Sobre o meio ambiente, tem muito workshop e pouca ação, infelizmente.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

*

AUSÊNCIA DE BOLEIROS

Assisti o jogo da seleção brasileira contra a Costa Rica nesta segunda-feira, 24/6, e achei a seleção muita afoita, com muita correria. Creio que falta à nossa seleção o que o Brasil sempre teve como diferencial e agora não tem mais. Me explico: falta o que chamamos de boleiro(s). Temos excelentes jogadores, mas todos europeizados. Como nossos jogadores saem do Brasil muito jovens, se transformam em autômatos, em atletas que jogam futebol. Nas mãos de treinadores que privilegiam a organização tática, deixam de ser boleiros. Boleiro é o cara que dribla, que improvisa, que usa a malandragem com a bola nos pés, que para e faz a leitura do jogo, que olha para o lado esquerdo e faz uma jogada pelo lado direito. Ontem eu senti falta do boleiro. Onde estão os sucessores de Didi, Garrincha, Pelé, Gerson, Rivelino, Romário, Zico, Falcão, Cerezo, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo, Sócrates e outros? Continuamos produzindo grandes jogadores para os europeus desfrutarem, porém boleiros não produzimos mais. Estevão poderia vir a ser um boleiro, mas vai para a Europa e a sua ginga será inibida pelos técnicos de lá. Aprendemos disciplina tática e perdemos a malandragem que é a matéria-prima do boleiro e que foi o diferencial do nosso futebol.

Jose J. Rosa

São Paulo

*

BRASIL x COSTA RICA

Estreia decepcionante. Bate um medo de o Brasil perder a Copa América. Imagine!

José Ribamar Pinheiro Filho

Brasília

*

VINI JR.

Por que o atleta Vini Jr, considerado o melhor jogador de futebol do mundo, além de jogar magistralmente no seu time atual, o Real Madri, não joga assim quando defende a seleção canarinho? Afinal, só marcou três gols nos 31 jogos em que defendeu a camisa da seleção.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

*

INCÓGNITA

O mundo mágico da Grécia do século IV a.C parece não ter seus mistérios até hoje desvendados. E talvez volte a manifestar-se, o que seria a salvação de um planeta entrópico muito antes de suas previsões científicas. Deuses dos povos, no momento em que o futebol avulta em sua prática de lazer humano, projetam-se sobre os deuses do futebol. O futebol da Costa Rica, débil e jovem, ganha paridade ao brasileiro e o trava no zero. Restaura-se a magia incógnita? Os deuses do esporte histórico de nosso Brasil se vergam aos deuses de um povo sem exército, simples, fraterno e feliz.

Amadeu Roberto Garrido de Paula

São Paulo

*

‘LIMITAÇÃO TÉCNICA’

Em sua estreia, a seleção brasileira demostrou limitação técnica ao não conseguir furar a retranca de um adversário claramente inferior, que obteve um resultado histórico. As desculpas para o empate foram o tamanho pequeno do campo (com a metragem mínima para o padrão Fifa), a falta de espaço até para bater o escanteio, o VAR (anulando um gol) e a atuação da arbitragem. Cercar o juiz com várias reclamações e pedidos de pênalti demonstram a falta de autocrítica de um grupo que chutou muito a gol, mas finalizava mal em direção à meta adversária e não conseguiu vencer a partida.

Luiz Roberto da Costa Jr.

Campinas

Caso Juscelino Filho

Não se trata da verdade

Ao ser perguntado sobre a situação do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, o presidente Lula afirmou em entrevista: “Você sabe o que eu falo para os meus ministros, quando acontece uma denúncia contra eles? Eu chamo eles e falo o seguinte: ‘Olha, a verdade absoluta é só você que sabe’”. Sim, está certo. Uma pessoa acusada de um crime, só ela própria sabe a verdade absoluta. Entretanto, a afirmação de Lula contempla, por sua vez, somente uma meia-verdade. Pois está para nascer um delinquente contumaz que não alegue inocência, ao menos num primeiro momento, quando confrontado com os fatos. Juscelino terá de lançar mão de boa dose de criatividade para refutar as conclusões da Polícia Federal que culminaram com o indiciamento dele por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, após extensa investigação. Fato é que a manutenção do ministro no cargo nada tem que ver com a verdade. É mera estratégia de Lula para manter a tênue ligação dele com o Centrão, do qual o União Brasil, partido de Juscelino, faz parte. O resto é ladainha.

Luciano Harary

São Paulo

*

O Brasil quer saber

Perguntinha boba: o que será que o ínclito sr. Juscelino Filho sabe do excelso sr. Lula da Silva que não conta para nós?

Carmen Leda Rocha

São Paulo

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Inflação

O preço do arroz

A preocupação do governo com o aumento do preço do arroz é legítima, ele está de fato subindo mais que a inflação. Mas não por falta de suprimento, e sim por aumento nos custos de produção. A propósito, isso está ocorrendo com todos os alimentos, e importar tudo com o dólar caro como está não vai ajudar em nada, nem para o arroz nem para os demais itens. Mas, então, o que fazer? Domar a inflação. Como? O tal do equilíbrio fiscal ajudaria muito.

Jorge A. Nurkin

São Paulo

*

Necessário ajuste fiscal

Não é segredo para ninguém, nem mesmo para os mais ingênuos, que o Brasil precisará, mais cedo ou mais cedo ainda, promover um forte ajuste nas contas públicas. É notório que o Estado gasta muito mais do que arrecada e que, portanto, não é sustentável manter as coisas do jeito que estão. Mas as propostas de aperto sempre recaem sobre a população mais vulnerável, seja na revisão de benefícios sociais ou no endurecimento de regras previdenciárias – uma vez que muitos não conseguem manter as contribuições ao INSS e, em paralelo, contratar um sistema de previdência complementar. Precisamos, sim, rever os gastos com o Judiciário, com o Congresso Nacional e até mesmo no âmbito da aposentadoria dos militares, respeitando, por óbvio, as especificidades da categoria. Mas é inaceitável impor restrições à população, que geralmente paga todas as contas geradas pela incompetência administrativa do Executivo e do Legislativo.

Willian Martins

Guararema

*

Operação Churrascada

Perguntas a responder

O papel de um desembargador é julgar casos. Pressupõe conhecimento, formação e ética para chegar a esse papel. Quando um caso como o que envolve o desembargador Ivo de Almeida, do Tribunal de Justiça de São Paulo, vem à tona, como cidadão eu pergunto: há quanto tempo isso acontece? Como crime financeiro que também é, como a Receita Federal não o identifica? Como não foi identificado antes pelas instâncias judiciais? Quantos casos mais como este existem? Quem mais está envolvido? Qual será a punição para cada um (aposentadoria com salário integral)? E, principalmente, quem comprou as sentenças que ele teria vendido? Gostaria muito de viver num país onde essas perguntas fossem respondidas.

Humberto Cordioli

São Paulo

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Meio ambiente

Incêndios no Pantanal

Recorde de incêndios no Pantanal (Estadão, 24/6). E agora, a culpa é de quem, de Bolsonaro?

Sergio Cortez

São Paulo

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Cemitério Campo Grande

Furto de bronze

Nenhum grama de bronze sobreviveu aos saqueadores dos jazigos do Cemitério do Campo Grande, em São Paulo. Para maior escárnio, agora encontramos tabuletas com os dizeres: “Não abandone seu jazigo, recadastre-se!”. Rir ou chorar?

Andrea Noceto degli Oddi

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

AVANÇO DA JOGATINA

Aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal o jogo do bicho. Todas as suas espécies e características estão para serem liberadas no País. Bom de um lado, ruim de outro porque deveria haver, dos senadores da República, a precaução contra o uso do jogo do bicho pelo crime organizado, ou como diz o Estadão no editorial O avanço da jogatina (Estadão, 25/6, A3), ”legaliza até o jogo do bicho, notória lavanderia de dinheiro de criminosos sanguinários, o que deixa claro seu caráter absolutamente deletério para o País”. Deve-se aproveitar o jogo para endereçar os rendimentos decorrentes para a saúde, a educação e a segurança pública, ceifando as possibilidades que propicia ao crime organizado ou atividades outras e não aceitáveis.

José Carlos de Carvalho Carneiro

Rio Claro

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EMPRESAS PÚBLICAS

Lula turbina intervenções nas estatais e repete as gestões anteriores do PT (Estadão, 23/6, B4 e B5). Governo Lula 3 reedita Estado empresário das administrações petistas anteriores, no qual os ex-presidentes Michel Temer e Jair Bolsonaro se esforçaram para desmontar entre 2016 e 2022. Naquele período, as empresas estatais diminuíram de 228 para 122, mas assim que o PT voltou ao poder, embora tenha aumentado apenas uma estatal – hoje são 123 – admitiu 4 mil funcionários nas estatais e bancos públicos. O quadro inchou de 434 mil para 438 mil empregados, uma ampliação de 0,9% em 15 meses. Ainda registram-se as interferências do governo na Petrobras, que teve o seu lucro diminuído em 33% e pode se refletir em outras empresa do governo. O governo tem o direito de optar pela política econômica que melhor entendam seus dirigentes. Mas todo governante é responsável pelos resultados decorrentes de sua governança. Quando abandonou a austeridade dos antecessores, e abriu as portas do Estado empresário para contratar políticos, dirigentes partidários e outros aliados aos postos nesses negócios, o presidente deve estar ciente de que o resultado dessa manobra será colocado sobre suas costas, como bônus se tudo der certo ou na forma de ônus se a conclusão for negativa. Tudo aquilo que o capital privado é capaz de instalar, operar e manter, deve ser viabilizado por meio de PPPs (Parcerias Público Privadas) ou outros formatos onde o Estado cria o regulamento e normas, contrata o operador e fiscaliza sua execução. Como já vigorou no passado, gastar dinheiro público para manter empresas do governo, só quando elas são absolutamente necessárias e não há investidor interessado em adquiri-las. Mantê-las como cabides de emprego, jamais.

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

São Paulo

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30 ANOS DO PLANO REAL

Na semana da efeméride de comemoração dos 30 anos de criação do distópico Plano Real, que logrou colocar rédeas na cabeça do dragão da inflação em 1994, cabe, por oportuno, cumprimentar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso por sua idealização e concretude, e pelo seu aniversário de 93 anos, recém-comemorado. Viva o Brasil, o Real e FHC.

J. S. Decol

São Paulo

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GILMARPALOOZA

Diante das robustas manifestações políticas que estão ocorrendo em Lisboa, Portugal, com a sangrenta esquerda na berlinda, estou curioso sobre o sucesso do XII Fórum Jurídico de Lisboa, de 26 a 28 de junho, organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) do empresário Gilmar Mendes, também ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) nos intervalos das conexões dos voos internacionais. Os pré-ecos do festival jurídico lusitano não soaram bem para a sociedade brasileira. Em razão disso, ao apagar das luzes, check in’s foram cancelados por muitas celebridades, constituídas, inicialmente, em sua extrema maioria por ministros de Estado, do STF, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelos presidentes do Senado e Câmara dos Deputados, entre outros profissionais do direito. Porteira aberta, bora passear em euros e dólares. Curiosamente, o evento tomou o nome de Gilmarpalooza. Os imorais porquês dispensam desenhos e ilustrações, artes proibidas para menores de 18 anos. Será que o supremo decano abriu concorrência direta com o “Rock in Rio Lisboa”, ocorrido nos dias 16, 18 e 23 de junho? Bom lembrar que a cantora Camila Cabello foi vaiada no palco Mundo. O show de encerramento da cantora Luísa Sonza causou revolta entre seus fãs, igualmente. Sendo assim, Gilmar, desnecessário se deslocar para tão longe. A Luísa Sonza está escalada para o Rock in Rio em setembro próximo, na Cidade do Rock, no Rio de Janeiro. Um bom motivo para o seu apoteótico encontro com a Sonza e respectivas claques. Mas, à parte o discutível e (in)oportuno objeto desse Gilmarpalooza, em pleno verão europeu, se o motivo maior está no dindin e passeios no após, cobertos pelo recesso, alguns dias de trabalho enforcados e férias a compensar, difícil resistir à cobiça, não é, ministro? Entretanto, para todos os efeitos, eticamente, ao contribuinte, nada justifica a necessidade desses rotineiros piqueniques internacionais para falar mal do Brasil. Jesus. Sou pelo Gilmar in Rio. Venha. As ruas estão a clamar pelo seu passeio na orla de Copacabana.

Celso David de Oliveira

Rio de Janeiro

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EXPLICAÇÕES DO MINISTRO

O fórum Gilmarpalooza que será realizado em Portugal nos dias 26, 27 e 28 de junho é uma ótima oportunidade para o ministro Gilmar Mendes, o anfitrião, vir a público fazer uma autocrítica dos excessos cometidos pelo STF? Dizer que não compactua com as decisões equivocadas e vergonhosas proferidas pelo seu colega o ministro Dias Toffoli no âmbito da Lava Jato. Da mesma forma dizer que não concorda quando o Supremo intervém em assuntos do Legislativo; é salutar para a nossa democracia se o decano se posicionasse a respeito das ilegalidades cometidas pelo ministro Alexandre de Moraes ao manter por tempo indeterminado o inquérito das milícias digitais. Já que possui notório saber jurídico e ser o mais experiente ministro do STF, dizer se são lícitas as prisões preventivas que se arrastam por tempo indefinido no inquérito Lesa-pátria que apura a invasão do 8 de janeiro. Tudo isso e muito mais merece uma explicação do decano.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

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‘MENTES REABASTECIDAS’

Diante do que representa em despesa pública e dias de afastamento do trabalho, é de se esperar que os participantes do Fórum de Lisboa retornem à colônia com mentes reabastecidas de propostas capazes de iluminar o equacionamento dos desafios, hoje colocados ao desenvolvimento harmonioso da sociedade brasileira. Que haja retorno tangível para a população. Algo, enfim, que repercuta para além das comendas e adições curriculares.

Patricia Porto da Silva

Rio de Janeiro

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PRIMAZIA DA CONSTITUIÇÃO

O artigo do advogado Ruy Martins Altenfelder Silva, intitulado Primazia da Constituição (Estadão, 24/6, A4), que discorre sobre os ensinamentos do professor José Horácio Medeiros Teixeira, deve ser lido, especialmente, pelos membros do STF, sem contar os legisladores a quem cabe promover uma profunda reforma do nosso Judiciário.

José Elias Laier

São Paulo

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CRISE CLIMÁTICA

Por mais que alguns dos negacionistas continuem tentando negar as mudanças climáticas, trata-se de uma realidade fática que continua nos afetando. O calor neste inverno tem derrubado as vendas das roupas de frio, como está acontecendo nos grandes centros de vendas de roupas pelo Brasil afora. Tal realidade somente quem viver os tempos que teremos a nossa frente poderão ser presenciados.

José de Anchieta Nobre de Almeida

Rio de Janeiro

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PREJUÍZO AMBIENTAL

O Pantanal está sendo erradicado pelo fogo, todos os incêndios são provocados pelo homem com o objetivo de abrir caminho para pasto. Não se ouve falar em multas, punições, nada. O Rio Grande do Sul ainda sofre os efeitos das enchentes sem precedentes que arrasaram o Estado. A Amazônia caminha para enfrentar uma nova seca histórica. Diante de tudo de ruim que está acontecendo no meio ambiente, a resposta do governo é pífia e irrelevante: culpar as mudanças climáticas, o fenômeno La Niña e seguir destruindo o País inteiro para produzir ração para os porcos chineses, ganhar uma merreca vendendo boi vivo e exportando grãos para alegria dos países que compram os bois e os grãos brasileiros, agregam valor e ganham dinheiro de verdade.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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DESMATAMENTO

É muito divulgado a diminuição do porcentual de desmatamento da Amazônia e do Cerrado, só não vejo divulgação de áreas reflorestadas. Seria fácil este número para o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Deveria ter uma lei mais dura para o desmatamento: desmatou a área é automaticamente confiscada pelo governo e reflorestada. Sobre o meio ambiente, tem muito workshop e pouca ação, infelizmente.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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AUSÊNCIA DE BOLEIROS

Assisti o jogo da seleção brasileira contra a Costa Rica nesta segunda-feira, 24/6, e achei a seleção muita afoita, com muita correria. Creio que falta à nossa seleção o que o Brasil sempre teve como diferencial e agora não tem mais. Me explico: falta o que chamamos de boleiro(s). Temos excelentes jogadores, mas todos europeizados. Como nossos jogadores saem do Brasil muito jovens, se transformam em autômatos, em atletas que jogam futebol. Nas mãos de treinadores que privilegiam a organização tática, deixam de ser boleiros. Boleiro é o cara que dribla, que improvisa, que usa a malandragem com a bola nos pés, que para e faz a leitura do jogo, que olha para o lado esquerdo e faz uma jogada pelo lado direito. Ontem eu senti falta do boleiro. Onde estão os sucessores de Didi, Garrincha, Pelé, Gerson, Rivelino, Romário, Zico, Falcão, Cerezo, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo, Sócrates e outros? Continuamos produzindo grandes jogadores para os europeus desfrutarem, porém boleiros não produzimos mais. Estevão poderia vir a ser um boleiro, mas vai para a Europa e a sua ginga será inibida pelos técnicos de lá. Aprendemos disciplina tática e perdemos a malandragem que é a matéria-prima do boleiro e que foi o diferencial do nosso futebol.

Jose J. Rosa

São Paulo

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BRASIL x COSTA RICA

Estreia decepcionante. Bate um medo de o Brasil perder a Copa América. Imagine!

José Ribamar Pinheiro Filho

Brasília

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VINI JR.

Por que o atleta Vini Jr, considerado o melhor jogador de futebol do mundo, além de jogar magistralmente no seu time atual, o Real Madri, não joga assim quando defende a seleção canarinho? Afinal, só marcou três gols nos 31 jogos em que defendeu a camisa da seleção.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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INCÓGNITA

O mundo mágico da Grécia do século IV a.C parece não ter seus mistérios até hoje desvendados. E talvez volte a manifestar-se, o que seria a salvação de um planeta entrópico muito antes de suas previsões científicas. Deuses dos povos, no momento em que o futebol avulta em sua prática de lazer humano, projetam-se sobre os deuses do futebol. O futebol da Costa Rica, débil e jovem, ganha paridade ao brasileiro e o trava no zero. Restaura-se a magia incógnita? Os deuses do esporte histórico de nosso Brasil se vergam aos deuses de um povo sem exército, simples, fraterno e feliz.

Amadeu Roberto Garrido de Paula

São Paulo

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‘LIMITAÇÃO TÉCNICA’

Em sua estreia, a seleção brasileira demostrou limitação técnica ao não conseguir furar a retranca de um adversário claramente inferior, que obteve um resultado histórico. As desculpas para o empate foram o tamanho pequeno do campo (com a metragem mínima para o padrão Fifa), a falta de espaço até para bater o escanteio, o VAR (anulando um gol) e a atuação da arbitragem. Cercar o juiz com várias reclamações e pedidos de pênalti demonstram a falta de autocrítica de um grupo que chutou muito a gol, mas finalizava mal em direção à meta adversária e não conseguiu vencer a partida.

Luiz Roberto da Costa Jr.

Campinas

Caso Juscelino Filho

Não se trata da verdade

Ao ser perguntado sobre a situação do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, o presidente Lula afirmou em entrevista: “Você sabe o que eu falo para os meus ministros, quando acontece uma denúncia contra eles? Eu chamo eles e falo o seguinte: ‘Olha, a verdade absoluta é só você que sabe’”. Sim, está certo. Uma pessoa acusada de um crime, só ela própria sabe a verdade absoluta. Entretanto, a afirmação de Lula contempla, por sua vez, somente uma meia-verdade. Pois está para nascer um delinquente contumaz que não alegue inocência, ao menos num primeiro momento, quando confrontado com os fatos. Juscelino terá de lançar mão de boa dose de criatividade para refutar as conclusões da Polícia Federal que culminaram com o indiciamento dele por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, após extensa investigação. Fato é que a manutenção do ministro no cargo nada tem que ver com a verdade. É mera estratégia de Lula para manter a tênue ligação dele com o Centrão, do qual o União Brasil, partido de Juscelino, faz parte. O resto é ladainha.

Luciano Harary

São Paulo

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O Brasil quer saber

Perguntinha boba: o que será que o ínclito sr. Juscelino Filho sabe do excelso sr. Lula da Silva que não conta para nós?

Carmen Leda Rocha

São Paulo

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Inflação

O preço do arroz

A preocupação do governo com o aumento do preço do arroz é legítima, ele está de fato subindo mais que a inflação. Mas não por falta de suprimento, e sim por aumento nos custos de produção. A propósito, isso está ocorrendo com todos os alimentos, e importar tudo com o dólar caro como está não vai ajudar em nada, nem para o arroz nem para os demais itens. Mas, então, o que fazer? Domar a inflação. Como? O tal do equilíbrio fiscal ajudaria muito.

Jorge A. Nurkin

São Paulo

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Necessário ajuste fiscal

Não é segredo para ninguém, nem mesmo para os mais ingênuos, que o Brasil precisará, mais cedo ou mais cedo ainda, promover um forte ajuste nas contas públicas. É notório que o Estado gasta muito mais do que arrecada e que, portanto, não é sustentável manter as coisas do jeito que estão. Mas as propostas de aperto sempre recaem sobre a população mais vulnerável, seja na revisão de benefícios sociais ou no endurecimento de regras previdenciárias – uma vez que muitos não conseguem manter as contribuições ao INSS e, em paralelo, contratar um sistema de previdência complementar. Precisamos, sim, rever os gastos com o Judiciário, com o Congresso Nacional e até mesmo no âmbito da aposentadoria dos militares, respeitando, por óbvio, as especificidades da categoria. Mas é inaceitável impor restrições à população, que geralmente paga todas as contas geradas pela incompetência administrativa do Executivo e do Legislativo.

Willian Martins

Guararema

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Operação Churrascada

Perguntas a responder

O papel de um desembargador é julgar casos. Pressupõe conhecimento, formação e ética para chegar a esse papel. Quando um caso como o que envolve o desembargador Ivo de Almeida, do Tribunal de Justiça de São Paulo, vem à tona, como cidadão eu pergunto: há quanto tempo isso acontece? Como crime financeiro que também é, como a Receita Federal não o identifica? Como não foi identificado antes pelas instâncias judiciais? Quantos casos mais como este existem? Quem mais está envolvido? Qual será a punição para cada um (aposentadoria com salário integral)? E, principalmente, quem comprou as sentenças que ele teria vendido? Gostaria muito de viver num país onde essas perguntas fossem respondidas.

Humberto Cordioli

São Paulo

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Meio ambiente

Incêndios no Pantanal

Recorde de incêndios no Pantanal (Estadão, 24/6). E agora, a culpa é de quem, de Bolsonaro?

Sergio Cortez

São Paulo

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Cemitério Campo Grande

Furto de bronze

Nenhum grama de bronze sobreviveu aos saqueadores dos jazigos do Cemitério do Campo Grande, em São Paulo. Para maior escárnio, agora encontramos tabuletas com os dizeres: “Não abandone seu jazigo, recadastre-se!”. Rir ou chorar?

Andrea Noceto degli Oddi

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

AVANÇO DA JOGATINA

Aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal o jogo do bicho. Todas as suas espécies e características estão para serem liberadas no País. Bom de um lado, ruim de outro porque deveria haver, dos senadores da República, a precaução contra o uso do jogo do bicho pelo crime organizado, ou como diz o Estadão no editorial O avanço da jogatina (Estadão, 25/6, A3), ”legaliza até o jogo do bicho, notória lavanderia de dinheiro de criminosos sanguinários, o que deixa claro seu caráter absolutamente deletério para o País”. Deve-se aproveitar o jogo para endereçar os rendimentos decorrentes para a saúde, a educação e a segurança pública, ceifando as possibilidades que propicia ao crime organizado ou atividades outras e não aceitáveis.

José Carlos de Carvalho Carneiro

Rio Claro

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EMPRESAS PÚBLICAS

Lula turbina intervenções nas estatais e repete as gestões anteriores do PT (Estadão, 23/6, B4 e B5). Governo Lula 3 reedita Estado empresário das administrações petistas anteriores, no qual os ex-presidentes Michel Temer e Jair Bolsonaro se esforçaram para desmontar entre 2016 e 2022. Naquele período, as empresas estatais diminuíram de 228 para 122, mas assim que o PT voltou ao poder, embora tenha aumentado apenas uma estatal – hoje são 123 – admitiu 4 mil funcionários nas estatais e bancos públicos. O quadro inchou de 434 mil para 438 mil empregados, uma ampliação de 0,9% em 15 meses. Ainda registram-se as interferências do governo na Petrobras, que teve o seu lucro diminuído em 33% e pode se refletir em outras empresa do governo. O governo tem o direito de optar pela política econômica que melhor entendam seus dirigentes. Mas todo governante é responsável pelos resultados decorrentes de sua governança. Quando abandonou a austeridade dos antecessores, e abriu as portas do Estado empresário para contratar políticos, dirigentes partidários e outros aliados aos postos nesses negócios, o presidente deve estar ciente de que o resultado dessa manobra será colocado sobre suas costas, como bônus se tudo der certo ou na forma de ônus se a conclusão for negativa. Tudo aquilo que o capital privado é capaz de instalar, operar e manter, deve ser viabilizado por meio de PPPs (Parcerias Público Privadas) ou outros formatos onde o Estado cria o regulamento e normas, contrata o operador e fiscaliza sua execução. Como já vigorou no passado, gastar dinheiro público para manter empresas do governo, só quando elas são absolutamente necessárias e não há investidor interessado em adquiri-las. Mantê-las como cabides de emprego, jamais.

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

São Paulo

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30 ANOS DO PLANO REAL

Na semana da efeméride de comemoração dos 30 anos de criação do distópico Plano Real, que logrou colocar rédeas na cabeça do dragão da inflação em 1994, cabe, por oportuno, cumprimentar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso por sua idealização e concretude, e pelo seu aniversário de 93 anos, recém-comemorado. Viva o Brasil, o Real e FHC.

J. S. Decol

São Paulo

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GILMARPALOOZA

Diante das robustas manifestações políticas que estão ocorrendo em Lisboa, Portugal, com a sangrenta esquerda na berlinda, estou curioso sobre o sucesso do XII Fórum Jurídico de Lisboa, de 26 a 28 de junho, organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) do empresário Gilmar Mendes, também ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) nos intervalos das conexões dos voos internacionais. Os pré-ecos do festival jurídico lusitano não soaram bem para a sociedade brasileira. Em razão disso, ao apagar das luzes, check in’s foram cancelados por muitas celebridades, constituídas, inicialmente, em sua extrema maioria por ministros de Estado, do STF, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelos presidentes do Senado e Câmara dos Deputados, entre outros profissionais do direito. Porteira aberta, bora passear em euros e dólares. Curiosamente, o evento tomou o nome de Gilmarpalooza. Os imorais porquês dispensam desenhos e ilustrações, artes proibidas para menores de 18 anos. Será que o supremo decano abriu concorrência direta com o “Rock in Rio Lisboa”, ocorrido nos dias 16, 18 e 23 de junho? Bom lembrar que a cantora Camila Cabello foi vaiada no palco Mundo. O show de encerramento da cantora Luísa Sonza causou revolta entre seus fãs, igualmente. Sendo assim, Gilmar, desnecessário se deslocar para tão longe. A Luísa Sonza está escalada para o Rock in Rio em setembro próximo, na Cidade do Rock, no Rio de Janeiro. Um bom motivo para o seu apoteótico encontro com a Sonza e respectivas claques. Mas, à parte o discutível e (in)oportuno objeto desse Gilmarpalooza, em pleno verão europeu, se o motivo maior está no dindin e passeios no após, cobertos pelo recesso, alguns dias de trabalho enforcados e férias a compensar, difícil resistir à cobiça, não é, ministro? Entretanto, para todos os efeitos, eticamente, ao contribuinte, nada justifica a necessidade desses rotineiros piqueniques internacionais para falar mal do Brasil. Jesus. Sou pelo Gilmar in Rio. Venha. As ruas estão a clamar pelo seu passeio na orla de Copacabana.

Celso David de Oliveira

Rio de Janeiro

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EXPLICAÇÕES DO MINISTRO

O fórum Gilmarpalooza que será realizado em Portugal nos dias 26, 27 e 28 de junho é uma ótima oportunidade para o ministro Gilmar Mendes, o anfitrião, vir a público fazer uma autocrítica dos excessos cometidos pelo STF? Dizer que não compactua com as decisões equivocadas e vergonhosas proferidas pelo seu colega o ministro Dias Toffoli no âmbito da Lava Jato. Da mesma forma dizer que não concorda quando o Supremo intervém em assuntos do Legislativo; é salutar para a nossa democracia se o decano se posicionasse a respeito das ilegalidades cometidas pelo ministro Alexandre de Moraes ao manter por tempo indeterminado o inquérito das milícias digitais. Já que possui notório saber jurídico e ser o mais experiente ministro do STF, dizer se são lícitas as prisões preventivas que se arrastam por tempo indefinido no inquérito Lesa-pátria que apura a invasão do 8 de janeiro. Tudo isso e muito mais merece uma explicação do decano.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

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‘MENTES REABASTECIDAS’

Diante do que representa em despesa pública e dias de afastamento do trabalho, é de se esperar que os participantes do Fórum de Lisboa retornem à colônia com mentes reabastecidas de propostas capazes de iluminar o equacionamento dos desafios, hoje colocados ao desenvolvimento harmonioso da sociedade brasileira. Que haja retorno tangível para a população. Algo, enfim, que repercuta para além das comendas e adições curriculares.

Patricia Porto da Silva

Rio de Janeiro

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PRIMAZIA DA CONSTITUIÇÃO

O artigo do advogado Ruy Martins Altenfelder Silva, intitulado Primazia da Constituição (Estadão, 24/6, A4), que discorre sobre os ensinamentos do professor José Horácio Medeiros Teixeira, deve ser lido, especialmente, pelos membros do STF, sem contar os legisladores a quem cabe promover uma profunda reforma do nosso Judiciário.

José Elias Laier

São Paulo

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CRISE CLIMÁTICA

Por mais que alguns dos negacionistas continuem tentando negar as mudanças climáticas, trata-se de uma realidade fática que continua nos afetando. O calor neste inverno tem derrubado as vendas das roupas de frio, como está acontecendo nos grandes centros de vendas de roupas pelo Brasil afora. Tal realidade somente quem viver os tempos que teremos a nossa frente poderão ser presenciados.

José de Anchieta Nobre de Almeida

Rio de Janeiro

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PREJUÍZO AMBIENTAL

O Pantanal está sendo erradicado pelo fogo, todos os incêndios são provocados pelo homem com o objetivo de abrir caminho para pasto. Não se ouve falar em multas, punições, nada. O Rio Grande do Sul ainda sofre os efeitos das enchentes sem precedentes que arrasaram o Estado. A Amazônia caminha para enfrentar uma nova seca histórica. Diante de tudo de ruim que está acontecendo no meio ambiente, a resposta do governo é pífia e irrelevante: culpar as mudanças climáticas, o fenômeno La Niña e seguir destruindo o País inteiro para produzir ração para os porcos chineses, ganhar uma merreca vendendo boi vivo e exportando grãos para alegria dos países que compram os bois e os grãos brasileiros, agregam valor e ganham dinheiro de verdade.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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DESMATAMENTO

É muito divulgado a diminuição do porcentual de desmatamento da Amazônia e do Cerrado, só não vejo divulgação de áreas reflorestadas. Seria fácil este número para o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Deveria ter uma lei mais dura para o desmatamento: desmatou a área é automaticamente confiscada pelo governo e reflorestada. Sobre o meio ambiente, tem muito workshop e pouca ação, infelizmente.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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AUSÊNCIA DE BOLEIROS

Assisti o jogo da seleção brasileira contra a Costa Rica nesta segunda-feira, 24/6, e achei a seleção muita afoita, com muita correria. Creio que falta à nossa seleção o que o Brasil sempre teve como diferencial e agora não tem mais. Me explico: falta o que chamamos de boleiro(s). Temos excelentes jogadores, mas todos europeizados. Como nossos jogadores saem do Brasil muito jovens, se transformam em autômatos, em atletas que jogam futebol. Nas mãos de treinadores que privilegiam a organização tática, deixam de ser boleiros. Boleiro é o cara que dribla, que improvisa, que usa a malandragem com a bola nos pés, que para e faz a leitura do jogo, que olha para o lado esquerdo e faz uma jogada pelo lado direito. Ontem eu senti falta do boleiro. Onde estão os sucessores de Didi, Garrincha, Pelé, Gerson, Rivelino, Romário, Zico, Falcão, Cerezo, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo, Sócrates e outros? Continuamos produzindo grandes jogadores para os europeus desfrutarem, porém boleiros não produzimos mais. Estevão poderia vir a ser um boleiro, mas vai para a Europa e a sua ginga será inibida pelos técnicos de lá. Aprendemos disciplina tática e perdemos a malandragem que é a matéria-prima do boleiro e que foi o diferencial do nosso futebol.

Jose J. Rosa

São Paulo

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BRASIL x COSTA RICA

Estreia decepcionante. Bate um medo de o Brasil perder a Copa América. Imagine!

José Ribamar Pinheiro Filho

Brasília

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VINI JR.

Por que o atleta Vini Jr, considerado o melhor jogador de futebol do mundo, além de jogar magistralmente no seu time atual, o Real Madri, não joga assim quando defende a seleção canarinho? Afinal, só marcou três gols nos 31 jogos em que defendeu a camisa da seleção.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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INCÓGNITA

O mundo mágico da Grécia do século IV a.C parece não ter seus mistérios até hoje desvendados. E talvez volte a manifestar-se, o que seria a salvação de um planeta entrópico muito antes de suas previsões científicas. Deuses dos povos, no momento em que o futebol avulta em sua prática de lazer humano, projetam-se sobre os deuses do futebol. O futebol da Costa Rica, débil e jovem, ganha paridade ao brasileiro e o trava no zero. Restaura-se a magia incógnita? Os deuses do esporte histórico de nosso Brasil se vergam aos deuses de um povo sem exército, simples, fraterno e feliz.

Amadeu Roberto Garrido de Paula

São Paulo

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‘LIMITAÇÃO TÉCNICA’

Em sua estreia, a seleção brasileira demostrou limitação técnica ao não conseguir furar a retranca de um adversário claramente inferior, que obteve um resultado histórico. As desculpas para o empate foram o tamanho pequeno do campo (com a metragem mínima para o padrão Fifa), a falta de espaço até para bater o escanteio, o VAR (anulando um gol) e a atuação da arbitragem. Cercar o juiz com várias reclamações e pedidos de pênalti demonstram a falta de autocrítica de um grupo que chutou muito a gol, mas finalizava mal em direção à meta adversária e não conseguiu vencer a partida.

Luiz Roberto da Costa Jr.

Campinas

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