Fórum dos Leitores


Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

Por Fórum dos Leitores

Eleição 2024

Segundo turno

Os debates de sexta-feira (25/10) encerraram a campanha eleitoral nos 51 municípios brasileiros (18 deles no Estado de São Paulo) onde haverá segundo turno hoje. Em São Paulo, a disputa é uma das mais apertadas da História. O prefeito Ricardo Nunes (MDB), que concorre à reeleição, recebeu 29,48% dos votos no primeiro turno; e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) conseguiu 29,07%. A campanha neste segundo turno foi turbulenta e carregada de ataques pessoais, que fogem ao objetivo de conquistar votos, servindo mais para potencializar desavenças e inimizades – bem de acordo com o esquema de polarização da política disseminado nacionalmente, segundo o qual o adversário é um inimigo cuja eliminação pode ser um objetivo ou possibilidade. Por uma questão de sobrevivência, as lideranças e os partidos políticos deveriam trabalhar pela pacificação e segurança do processo eleitoral, no qual o adversário é um concorrente a ser vencido, e nada mais. Passada esta eleição, restará a nós torcer para que em 2026 o País já tenha encontrado uma solução para baixar a temperatura da polarização e que o foco esteja na busca de votos, não na ofensa e na tentativa de destruição eleitoral (ou até física) do adversário. As ofensas, intransigências, mistificações e baixarias são impróprias e servem unicamente para confundir o eleitor na tentativa de fazê-lo votar em quem, na realidade, não tem condições de assumir e exercer o mandato. Para o bem geral, precisam acabar.

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Dirceu Cardoso Gonçalves

São Paulo

*

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Chuvas e eleição

Era só o que faltava: os temporais como salvação. São Pedro tem mandado verdadeiros dilúvios sobre a capital paulista, castigando ainda mais os paulistanos pela incúria de políticos passados e presentes. Infelizmente, essas catástrofes têm servido como tábua de salvação para o candidato oposicionista à Prefeitura, Guilherme Boulos, pois só o que lhe resta diante das pesquisas de intenção de voto é isto: um milagre vindo do Céu. Nada como dar uma voltinha pelos escombros pós-temporal, fazer cara de preocupado, triste e choroso – arte em que políticos são catedráticos – para, quem sabe, fisgar alguns incautos curiosos.

Sergio Dafré

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Jundiaí

*

Brasil

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Um iceberg

A suspeita de venda de sentenças judiciais por desembargadores e funcionários do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (Estadão, 25/10) demonstra que o Estado brasileiro é um iceberg cuja parte submersa se presta a ocultar interesses nada republicanos. Indica, também, que o modelo de gestão jurisdicional por nós adotado é ágil nas benesses a seus servidores, arcaico e lento na prestação do ordenamento jurídico à população e tendenciosamente fiscalizado. Na mesma trilha, a maioria de nossos congressistas, em vez de bem nos representar, transformou o Congresso Nacional numa nau corsária que saqueia o orçamento público. Os poucos discordantes são escorraçados da vida pública num sistema partidário de mão única, que beneficia os eleitos, jamais a população, e – o mais trágico – com os partidos financiados por nós. No Executivo, vige a visão do presidente de plantão exemplificada na atual intenção de modificar as agências reguladoras, afetando a autonomia delas, aproveitando-se dos eventos ocorridos com a Enel em São Paulo, mas sem promover a apuração de responsabilidades dos entes públicos omissos, conforme exposto pela imprensa. Ministros do governo ouvem e acolhem empresários reclamando da atuação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas se esquecem da proteção que as agências reguladoras oferecem a nós, cidadãos. Este viés populista e autoritário dos integrantes do Estado se revela em permanente fraude à essência de uma República condizente com nossas reais necessidades.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

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Ribeirão Preto

*

Cúpula do Brics

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O Brasil e o futuro

O Bric começou como uma quase brincadeira de um analista financeiro, foi levado a sério pelos gênios da diplomacia brasileira, tornou-se um bloco na prática, mas continuou quase simbólico. Agora, China e Rússia se apropriam da instituição e o Brasil assume um papel de pateta. Logo, a Rússia (ou Putin) vai para escanteio e os chineses, com visão de longo prazo, provavelmente já têm um projeto traçado – ao contrário de tolos como Celso Amorim e Lula, que, cegados por ideologia e narcisismo, não enxergam um palmo à sua frente.

Arnaldo Mandel

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

DIA DE ELEIÇÃO

Neste decisivo domingo do segundo turno da eleição para prefeito de São Paulo, cabe parodiar frase célebre da obra-prima O Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry, e alertar o eleitorado paulistano: Tu te tornas eternamente responsável pelo irresponsável que eleges. Alea jacta est.

J. S. Decol

São Paulo

*

GERALDO ALCKMIN NA CAMPANHA

Causou-me perplexidade, e até uma certa diversão, ver no noticiário televisivo o sr. Geraldo Alckmin dando seu apoio carregado se aparente emoção em favor do candidato da esquerda à prefeitura da Capital, sr. Guilherme Boulos. Depois do seu apoio ao atual presidente da República, não há mais surpresas. Os políticos, em boa quantidade, são seres a serem estudados. Se as pesquisas de opinião estiverem corretas até este domingo, a salada das eleições será servida sem chuchu. Que seja!

Rodrigo Cezar Pereira

São Paulo

*

TUDO POR UM VOTO

O candidato Guilherme Boulos se superou para conseguir votos. Como se não bastasse ter sido achincalhado pelo ex-candidato Pablo Marçal, resolveu fazer uma live no canal do ex-coach. Apesar de a entrevista ter sido “amistosa”, Boulos, com essa atitude, se mostrou - e ficou - mais por baixo do que umbigo de cobra. Diria aquela senhorinha de Taubaté: “Boulos é capaz de entregar foto da sua mãe de biquíni em troca de voto”. Isso é muito feio, menino.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

*

VALE-TUDO

Além da exibição de falta de vergonha em juntar-se com alguém que o chamou de “cheirador” e criar um laudo de internação por overdose, o candidato Boulos mostra não ter pudor algum nem caráter. O que vale é ganhar, seja lá como for. O que dizem os eleitores de seus preferidos por tal ato? Os de Marçal vão ver que ele não era nada além de um golpista. Mas e os eleitores da esquerda? Não estão incomodados? Ou o vale-tudo não os incomoda? Ninguém está decepcionado? Eu e milhares de eleitores estão indignados com a cara de pau de ambos.

Lucia Helena Flaquer

São Paulo

*

CONVICÇÕES

Neste domingo São Paulo vai se livrar do segundo pesadelo. Para se mostrar viável, o candidato do Psol, a serviço do PT, ao longo da campanha foi mudando de opinião sobre suas convicções, e é aí que mora o perigo. Uma vez eleito, não se sabe qual Guilherme Boulos assumiria a prefeitura, se o líder do MTST ou o “Boulinhos paz e amor” da Carta ao Povo de São Paulo, escrita a quatro mãos com seu criador, o atual presidente da República. Ainda bem que os paulistanos saberão distinguir o joio do trigo e a barricada de pneus queimando do diálogo, este sim, o principal pilar da democracia. Boulos, não.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

PARTIDO NANICO

Enquanto o PT parece finalmente ter se dado conta de que precisa renovar suas lideranças e suas ideias para seguir em frente, o mesmo acontece com o PL, cujo presidente, Valdemar Costa Neto, admitiu que seu partido não teria hoje votos para vencer uma eleição presidencial. Só que com uma diferença: Costa Neto inteligentemente defende atrair eleitores do centro; já o lulopetismo reconhece seu fracasso, sacramentado pelo péssimo desempenho nas eleições municipais, mas não sabe o que fazer e foge do centro como o diabo da cruz. A proeminência cada vez maior de políticos de centro-direita e de centro-esquerda são uma luz no fim do túnel para os brasileiros cansados de polarização e de extremismos. Se o PT não mudar de paradigmas (mudar significa mudar de fato, não fazer de conta que está mudando) vai se tornar um partido nanico.

Luciano Harary

São Paulo

*

DEMOCRACIA BRASILEIRA

Lula x Bolsonaro (Estadão, 25/10, A8). A Polícia Federal, devidamente orientada pelo Supremo, e apoiada por outros segmentos, continua passando pente fino na vida de Bolsonaro e assessores. Enquanto isso, o condenado em três instâncias a 12 anos de prisão, vergonhosamente anistiado pelo mesmo Supremo, continua presidindo o Brasil. Esta é a democracia brasileira.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

DESEMBARGADORES INVESTIGADOS

De acordo com operação da Polícia Federal, cinco desembargadotres do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (MS) teriam recebido milhões em dinheiro vivo para alterar sentenças de criminosos ricos. Foram todos denunciados e estão usando tornozeleiras eletrônicas.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

SUSPEITA DE VENDA DE SENTENÇAS

Quando menino, andando com meu pai pelas ruas da minha Barretos, ao passarmos defronte à casa do Dr. Garibaldi, ele se aproximava de mim, com voz baixa, quase sussurrando, tamanho o respeito, E me dizia: “casa do juiz de direito”. É de ficar estarrecido ao saber dessas notícias de venda de decisões por desembargadores.

Paulo Tarso J. Santos

São Paulo

*

‘ESCÁRNIO’

Cinco juízes de MS foram afastados por venda de sentenças. Coitados, se forem aposentados por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), passarão a receber seu ordenado pleno até o fim da vida e não poderão mais vender sentenças. O que nós, contribuintes, deveríamos pensar desse escárnio que é praticado há muitos anos?

Aldo Bertolucci

São Paulo

*

COMERCIANTES DE PRIMEIRA CLASSE

Os magistrados Sérgio F. Martins, Sideni S. Pimentel, Alexandre A. Barros, Vladimir A. da Silva e Marcos J. Brito, desembargadores do TJ-MS, tornaram-se comerciantes de primeira classe, de acordo com a Polícia Federal, e o seu produto seria a venda de sentenças judiciais. Estão usando tornozeleiras eletrônicas. Meu receio é de que sejam aposentados a bem do serviço público, com salários integrais!

Tania Tavares

São Paulo

*

PRESENTE DE GREGO

O editorial Presente de grego (Estadão, 23/10, A3) discorre sobre mais um cavalo de Troia envolvendo nosso Judiciário, que tem em suas regras internas sem controle a maior fonte de recursos para engordar os vencimentos, inclusive os isentos até do imposto de renda. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) criado para barrar essa farra com dinheiro público passou a atuar, como bem registrado, como um ativo sindicato da categoria. O Judiciário mais caro do mundo não tem limite. Pobre contribuinte.

José Elias Laier

São Paulo

*

MERCADOS E NOVAS TECNOLOGIAS

Empresários fazem avaliações e dão conselhos, conforme a reportagem Brasil tem de liderar debate da economia e do clima, dizem empresários (Estadão, 25/10, B10-B13), mas dentro da lógica pouco distributiva de benefícios, a população brasileira dificilmente terá ou sentirá os benefícios de uma economia verde no curto prazo que combata as mudanças climáticas. Já somos líderes globais em biocombustíveis e energia renovável, mas vejamos a situação social em que ainda estamos. Só pelo biotipo dos entrevistados (nenhum negro, 40% mulheres), entendemos qual a lógica por trás de mercados e novas tecnologias.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

*

‘GRANDE ARAPUCA’

A democracia sempre foi vista como a solução para todos os problemas, bastava derrubar as ditaduras e implantar um regime democrático e o país iria ter todos os problemas resolvidos. Os Estados Unidos, maior democracia do planeta, estão caminhando para eleger democraticamente uma pessoa condenada por uma infinidade de crimes, inclusive por agressão sexual, para presidir a República. Em tese, Donald Trump poderia governar o país da cadeia, basta ser democraticamente eleito. O Brasil segue sendo governado por um ex-presidiário semianalfabeto que tem como único adversário o autor de um fracasso golpe de Estado e uma infinidade de crimes de lesa Pátria. Lula e Bolsonaro jamais seriam aprovados no processo seletivo para escriturários do Banco do Brasil, mas para presidir a República só precisam do voto do povo e mais nada. A democracia se tornou uma grande arapuca, muitas vezes tão ruim ou pior que a pior ditadura. Está na hora de pensar numa outra forma de escolha dos governantes.

Mário Barilá Filho

São Paulo

*

ANEEL

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) esperou mais de 3 milhões de motivos para intimar a Enel pelo apagão em São Paulo? Assim que eu gosto, agência reguladora ágil, eficiente, responsável pelas tarifas cobradas e preocupada com a transmissão de energia.

Carlos Gaspar

São Paulo

*

VIOLÊNCIA NO RIO

O Rio de Janeiro está em guerra já há algum tempo, e cada vez mais piora: os milicianos contra os traficantes, a polícia contra os dois. As grandes vias são obstruídas ou fechadas para evitar mais vítimas; o governo tenta esconder a sua incapacidade de resolver o problema; a população fica assustada e desprotegida. A cidade maravilhosa está calamitosa, sem solução, em guerra civil. Rezemos.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

*

‘VERDADEIRA GUERRA’

Uma verdadeira guerra o que se viu no RJ, especificamente no Complexo de Israel. A polícia se mostrou totalmente despreparada. Se a intenção era fazer uma operação contra roubos de veículos e cargas, por que o local não foi preparado com antecedência, impedindo a circulação de pessoas? Ver o governador dizer que inocentes foram mortos pelo tráfico de drogas e não por um confronto com a polícia ajuda em que? Pessoas inocentes foram mortas e continuarão sendo, pois a lei beneficia o matador e as famílias que choram seus entes só aumentam.

Izabel Avallone

São Paulo

*

CORCOVADO

Um ícone mundial, uma das belezas do mundo, com entradas não tão baratas, banheiros inoperantes, portas empenadas e outras cositas más. Aqui é Brasil, em que padre agora é um superstar e com seguidores na internet. Onde está? Claro, fazendo algo mais importante: vendo as cores do Cristo para fazer média com algum evento, afinal, aparecer é preciso e faz bem ao ego. Dez, nota dez ao descaso.

Marieta Barugo

São Paulo

*

FLAMENGO

O Flamengo, com time estrelado, decantado pelos cronistas esportivos como um dos melhores elencos, para alguns o melhor, jogou 180 minutos contra o Peñarol, pela Libertadores, e não conseguiu fazer nem um gol. O Botafogo em 45 minutos fez 5. É bom os responsáveis pelas contratações no Flamengo verem bem quem estão comprando.

Panayotis Poulis

Rio de Janeiro

Eleição 2024

Segundo turno

Os debates de sexta-feira (25/10) encerraram a campanha eleitoral nos 51 municípios brasileiros (18 deles no Estado de São Paulo) onde haverá segundo turno hoje. Em São Paulo, a disputa é uma das mais apertadas da História. O prefeito Ricardo Nunes (MDB), que concorre à reeleição, recebeu 29,48% dos votos no primeiro turno; e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) conseguiu 29,07%. A campanha neste segundo turno foi turbulenta e carregada de ataques pessoais, que fogem ao objetivo de conquistar votos, servindo mais para potencializar desavenças e inimizades – bem de acordo com o esquema de polarização da política disseminado nacionalmente, segundo o qual o adversário é um inimigo cuja eliminação pode ser um objetivo ou possibilidade. Por uma questão de sobrevivência, as lideranças e os partidos políticos deveriam trabalhar pela pacificação e segurança do processo eleitoral, no qual o adversário é um concorrente a ser vencido, e nada mais. Passada esta eleição, restará a nós torcer para que em 2026 o País já tenha encontrado uma solução para baixar a temperatura da polarização e que o foco esteja na busca de votos, não na ofensa e na tentativa de destruição eleitoral (ou até física) do adversário. As ofensas, intransigências, mistificações e baixarias são impróprias e servem unicamente para confundir o eleitor na tentativa de fazê-lo votar em quem, na realidade, não tem condições de assumir e exercer o mandato. Para o bem geral, precisam acabar.

Dirceu Cardoso Gonçalves

São Paulo

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Chuvas e eleição

Era só o que faltava: os temporais como salvação. São Pedro tem mandado verdadeiros dilúvios sobre a capital paulista, castigando ainda mais os paulistanos pela incúria de políticos passados e presentes. Infelizmente, essas catástrofes têm servido como tábua de salvação para o candidato oposicionista à Prefeitura, Guilherme Boulos, pois só o que lhe resta diante das pesquisas de intenção de voto é isto: um milagre vindo do Céu. Nada como dar uma voltinha pelos escombros pós-temporal, fazer cara de preocupado, triste e choroso – arte em que políticos são catedráticos – para, quem sabe, fisgar alguns incautos curiosos.

Sergio Dafré

Jundiaí

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Brasil

Um iceberg

A suspeita de venda de sentenças judiciais por desembargadores e funcionários do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (Estadão, 25/10) demonstra que o Estado brasileiro é um iceberg cuja parte submersa se presta a ocultar interesses nada republicanos. Indica, também, que o modelo de gestão jurisdicional por nós adotado é ágil nas benesses a seus servidores, arcaico e lento na prestação do ordenamento jurídico à população e tendenciosamente fiscalizado. Na mesma trilha, a maioria de nossos congressistas, em vez de bem nos representar, transformou o Congresso Nacional numa nau corsária que saqueia o orçamento público. Os poucos discordantes são escorraçados da vida pública num sistema partidário de mão única, que beneficia os eleitos, jamais a população, e – o mais trágico – com os partidos financiados por nós. No Executivo, vige a visão do presidente de plantão exemplificada na atual intenção de modificar as agências reguladoras, afetando a autonomia delas, aproveitando-se dos eventos ocorridos com a Enel em São Paulo, mas sem promover a apuração de responsabilidades dos entes públicos omissos, conforme exposto pela imprensa. Ministros do governo ouvem e acolhem empresários reclamando da atuação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas se esquecem da proteção que as agências reguladoras oferecem a nós, cidadãos. Este viés populista e autoritário dos integrantes do Estado se revela em permanente fraude à essência de uma República condizente com nossas reais necessidades.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

Ribeirão Preto

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Cúpula do Brics

O Brasil e o futuro

O Bric começou como uma quase brincadeira de um analista financeiro, foi levado a sério pelos gênios da diplomacia brasileira, tornou-se um bloco na prática, mas continuou quase simbólico. Agora, China e Rússia se apropriam da instituição e o Brasil assume um papel de pateta. Logo, a Rússia (ou Putin) vai para escanteio e os chineses, com visão de longo prazo, provavelmente já têm um projeto traçado – ao contrário de tolos como Celso Amorim e Lula, que, cegados por ideologia e narcisismo, não enxergam um palmo à sua frente.

Arnaldo Mandel

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

DIA DE ELEIÇÃO

Neste decisivo domingo do segundo turno da eleição para prefeito de São Paulo, cabe parodiar frase célebre da obra-prima O Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry, e alertar o eleitorado paulistano: Tu te tornas eternamente responsável pelo irresponsável que eleges. Alea jacta est.

J. S. Decol

São Paulo

*

GERALDO ALCKMIN NA CAMPANHA

Causou-me perplexidade, e até uma certa diversão, ver no noticiário televisivo o sr. Geraldo Alckmin dando seu apoio carregado se aparente emoção em favor do candidato da esquerda à prefeitura da Capital, sr. Guilherme Boulos. Depois do seu apoio ao atual presidente da República, não há mais surpresas. Os políticos, em boa quantidade, são seres a serem estudados. Se as pesquisas de opinião estiverem corretas até este domingo, a salada das eleições será servida sem chuchu. Que seja!

Rodrigo Cezar Pereira

São Paulo

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TUDO POR UM VOTO

O candidato Guilherme Boulos se superou para conseguir votos. Como se não bastasse ter sido achincalhado pelo ex-candidato Pablo Marçal, resolveu fazer uma live no canal do ex-coach. Apesar de a entrevista ter sido “amistosa”, Boulos, com essa atitude, se mostrou - e ficou - mais por baixo do que umbigo de cobra. Diria aquela senhorinha de Taubaté: “Boulos é capaz de entregar foto da sua mãe de biquíni em troca de voto”. Isso é muito feio, menino.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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VALE-TUDO

Além da exibição de falta de vergonha em juntar-se com alguém que o chamou de “cheirador” e criar um laudo de internação por overdose, o candidato Boulos mostra não ter pudor algum nem caráter. O que vale é ganhar, seja lá como for. O que dizem os eleitores de seus preferidos por tal ato? Os de Marçal vão ver que ele não era nada além de um golpista. Mas e os eleitores da esquerda? Não estão incomodados? Ou o vale-tudo não os incomoda? Ninguém está decepcionado? Eu e milhares de eleitores estão indignados com a cara de pau de ambos.

Lucia Helena Flaquer

São Paulo

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CONVICÇÕES

Neste domingo São Paulo vai se livrar do segundo pesadelo. Para se mostrar viável, o candidato do Psol, a serviço do PT, ao longo da campanha foi mudando de opinião sobre suas convicções, e é aí que mora o perigo. Uma vez eleito, não se sabe qual Guilherme Boulos assumiria a prefeitura, se o líder do MTST ou o “Boulinhos paz e amor” da Carta ao Povo de São Paulo, escrita a quatro mãos com seu criador, o atual presidente da República. Ainda bem que os paulistanos saberão distinguir o joio do trigo e a barricada de pneus queimando do diálogo, este sim, o principal pilar da democracia. Boulos, não.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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PARTIDO NANICO

Enquanto o PT parece finalmente ter se dado conta de que precisa renovar suas lideranças e suas ideias para seguir em frente, o mesmo acontece com o PL, cujo presidente, Valdemar Costa Neto, admitiu que seu partido não teria hoje votos para vencer uma eleição presidencial. Só que com uma diferença: Costa Neto inteligentemente defende atrair eleitores do centro; já o lulopetismo reconhece seu fracasso, sacramentado pelo péssimo desempenho nas eleições municipais, mas não sabe o que fazer e foge do centro como o diabo da cruz. A proeminência cada vez maior de políticos de centro-direita e de centro-esquerda são uma luz no fim do túnel para os brasileiros cansados de polarização e de extremismos. Se o PT não mudar de paradigmas (mudar significa mudar de fato, não fazer de conta que está mudando) vai se tornar um partido nanico.

Luciano Harary

São Paulo

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DEMOCRACIA BRASILEIRA

Lula x Bolsonaro (Estadão, 25/10, A8). A Polícia Federal, devidamente orientada pelo Supremo, e apoiada por outros segmentos, continua passando pente fino na vida de Bolsonaro e assessores. Enquanto isso, o condenado em três instâncias a 12 anos de prisão, vergonhosamente anistiado pelo mesmo Supremo, continua presidindo o Brasil. Esta é a democracia brasileira.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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DESEMBARGADORES INVESTIGADOS

De acordo com operação da Polícia Federal, cinco desembargadotres do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (MS) teriam recebido milhões em dinheiro vivo para alterar sentenças de criminosos ricos. Foram todos denunciados e estão usando tornozeleiras eletrônicas.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

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SUSPEITA DE VENDA DE SENTENÇAS

Quando menino, andando com meu pai pelas ruas da minha Barretos, ao passarmos defronte à casa do Dr. Garibaldi, ele se aproximava de mim, com voz baixa, quase sussurrando, tamanho o respeito, E me dizia: “casa do juiz de direito”. É de ficar estarrecido ao saber dessas notícias de venda de decisões por desembargadores.

Paulo Tarso J. Santos

São Paulo

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‘ESCÁRNIO’

Cinco juízes de MS foram afastados por venda de sentenças. Coitados, se forem aposentados por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), passarão a receber seu ordenado pleno até o fim da vida e não poderão mais vender sentenças. O que nós, contribuintes, deveríamos pensar desse escárnio que é praticado há muitos anos?

Aldo Bertolucci

São Paulo

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COMERCIANTES DE PRIMEIRA CLASSE

Os magistrados Sérgio F. Martins, Sideni S. Pimentel, Alexandre A. Barros, Vladimir A. da Silva e Marcos J. Brito, desembargadores do TJ-MS, tornaram-se comerciantes de primeira classe, de acordo com a Polícia Federal, e o seu produto seria a venda de sentenças judiciais. Estão usando tornozeleiras eletrônicas. Meu receio é de que sejam aposentados a bem do serviço público, com salários integrais!

Tania Tavares

São Paulo

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PRESENTE DE GREGO

O editorial Presente de grego (Estadão, 23/10, A3) discorre sobre mais um cavalo de Troia envolvendo nosso Judiciário, que tem em suas regras internas sem controle a maior fonte de recursos para engordar os vencimentos, inclusive os isentos até do imposto de renda. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) criado para barrar essa farra com dinheiro público passou a atuar, como bem registrado, como um ativo sindicato da categoria. O Judiciário mais caro do mundo não tem limite. Pobre contribuinte.

José Elias Laier

São Paulo

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MERCADOS E NOVAS TECNOLOGIAS

Empresários fazem avaliações e dão conselhos, conforme a reportagem Brasil tem de liderar debate da economia e do clima, dizem empresários (Estadão, 25/10, B10-B13), mas dentro da lógica pouco distributiva de benefícios, a população brasileira dificilmente terá ou sentirá os benefícios de uma economia verde no curto prazo que combata as mudanças climáticas. Já somos líderes globais em biocombustíveis e energia renovável, mas vejamos a situação social em que ainda estamos. Só pelo biotipo dos entrevistados (nenhum negro, 40% mulheres), entendemos qual a lógica por trás de mercados e novas tecnologias.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

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‘GRANDE ARAPUCA’

A democracia sempre foi vista como a solução para todos os problemas, bastava derrubar as ditaduras e implantar um regime democrático e o país iria ter todos os problemas resolvidos. Os Estados Unidos, maior democracia do planeta, estão caminhando para eleger democraticamente uma pessoa condenada por uma infinidade de crimes, inclusive por agressão sexual, para presidir a República. Em tese, Donald Trump poderia governar o país da cadeia, basta ser democraticamente eleito. O Brasil segue sendo governado por um ex-presidiário semianalfabeto que tem como único adversário o autor de um fracasso golpe de Estado e uma infinidade de crimes de lesa Pátria. Lula e Bolsonaro jamais seriam aprovados no processo seletivo para escriturários do Banco do Brasil, mas para presidir a República só precisam do voto do povo e mais nada. A democracia se tornou uma grande arapuca, muitas vezes tão ruim ou pior que a pior ditadura. Está na hora de pensar numa outra forma de escolha dos governantes.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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ANEEL

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) esperou mais de 3 milhões de motivos para intimar a Enel pelo apagão em São Paulo? Assim que eu gosto, agência reguladora ágil, eficiente, responsável pelas tarifas cobradas e preocupada com a transmissão de energia.

Carlos Gaspar

São Paulo

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VIOLÊNCIA NO RIO

O Rio de Janeiro está em guerra já há algum tempo, e cada vez mais piora: os milicianos contra os traficantes, a polícia contra os dois. As grandes vias são obstruídas ou fechadas para evitar mais vítimas; o governo tenta esconder a sua incapacidade de resolver o problema; a população fica assustada e desprotegida. A cidade maravilhosa está calamitosa, sem solução, em guerra civil. Rezemos.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

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‘VERDADEIRA GUERRA’

Uma verdadeira guerra o que se viu no RJ, especificamente no Complexo de Israel. A polícia se mostrou totalmente despreparada. Se a intenção era fazer uma operação contra roubos de veículos e cargas, por que o local não foi preparado com antecedência, impedindo a circulação de pessoas? Ver o governador dizer que inocentes foram mortos pelo tráfico de drogas e não por um confronto com a polícia ajuda em que? Pessoas inocentes foram mortas e continuarão sendo, pois a lei beneficia o matador e as famílias que choram seus entes só aumentam.

Izabel Avallone

São Paulo

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CORCOVADO

Um ícone mundial, uma das belezas do mundo, com entradas não tão baratas, banheiros inoperantes, portas empenadas e outras cositas más. Aqui é Brasil, em que padre agora é um superstar e com seguidores na internet. Onde está? Claro, fazendo algo mais importante: vendo as cores do Cristo para fazer média com algum evento, afinal, aparecer é preciso e faz bem ao ego. Dez, nota dez ao descaso.

Marieta Barugo

São Paulo

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FLAMENGO

O Flamengo, com time estrelado, decantado pelos cronistas esportivos como um dos melhores elencos, para alguns o melhor, jogou 180 minutos contra o Peñarol, pela Libertadores, e não conseguiu fazer nem um gol. O Botafogo em 45 minutos fez 5. É bom os responsáveis pelas contratações no Flamengo verem bem quem estão comprando.

Panayotis Poulis

Rio de Janeiro

Eleição 2024

Segundo turno

Os debates de sexta-feira (25/10) encerraram a campanha eleitoral nos 51 municípios brasileiros (18 deles no Estado de São Paulo) onde haverá segundo turno hoje. Em São Paulo, a disputa é uma das mais apertadas da História. O prefeito Ricardo Nunes (MDB), que concorre à reeleição, recebeu 29,48% dos votos no primeiro turno; e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) conseguiu 29,07%. A campanha neste segundo turno foi turbulenta e carregada de ataques pessoais, que fogem ao objetivo de conquistar votos, servindo mais para potencializar desavenças e inimizades – bem de acordo com o esquema de polarização da política disseminado nacionalmente, segundo o qual o adversário é um inimigo cuja eliminação pode ser um objetivo ou possibilidade. Por uma questão de sobrevivência, as lideranças e os partidos políticos deveriam trabalhar pela pacificação e segurança do processo eleitoral, no qual o adversário é um concorrente a ser vencido, e nada mais. Passada esta eleição, restará a nós torcer para que em 2026 o País já tenha encontrado uma solução para baixar a temperatura da polarização e que o foco esteja na busca de votos, não na ofensa e na tentativa de destruição eleitoral (ou até física) do adversário. As ofensas, intransigências, mistificações e baixarias são impróprias e servem unicamente para confundir o eleitor na tentativa de fazê-lo votar em quem, na realidade, não tem condições de assumir e exercer o mandato. Para o bem geral, precisam acabar.

Dirceu Cardoso Gonçalves

São Paulo

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Chuvas e eleição

Era só o que faltava: os temporais como salvação. São Pedro tem mandado verdadeiros dilúvios sobre a capital paulista, castigando ainda mais os paulistanos pela incúria de políticos passados e presentes. Infelizmente, essas catástrofes têm servido como tábua de salvação para o candidato oposicionista à Prefeitura, Guilherme Boulos, pois só o que lhe resta diante das pesquisas de intenção de voto é isto: um milagre vindo do Céu. Nada como dar uma voltinha pelos escombros pós-temporal, fazer cara de preocupado, triste e choroso – arte em que políticos são catedráticos – para, quem sabe, fisgar alguns incautos curiosos.

Sergio Dafré

Jundiaí

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Brasil

Um iceberg

A suspeita de venda de sentenças judiciais por desembargadores e funcionários do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (Estadão, 25/10) demonstra que o Estado brasileiro é um iceberg cuja parte submersa se presta a ocultar interesses nada republicanos. Indica, também, que o modelo de gestão jurisdicional por nós adotado é ágil nas benesses a seus servidores, arcaico e lento na prestação do ordenamento jurídico à população e tendenciosamente fiscalizado. Na mesma trilha, a maioria de nossos congressistas, em vez de bem nos representar, transformou o Congresso Nacional numa nau corsária que saqueia o orçamento público. Os poucos discordantes são escorraçados da vida pública num sistema partidário de mão única, que beneficia os eleitos, jamais a população, e – o mais trágico – com os partidos financiados por nós. No Executivo, vige a visão do presidente de plantão exemplificada na atual intenção de modificar as agências reguladoras, afetando a autonomia delas, aproveitando-se dos eventos ocorridos com a Enel em São Paulo, mas sem promover a apuração de responsabilidades dos entes públicos omissos, conforme exposto pela imprensa. Ministros do governo ouvem e acolhem empresários reclamando da atuação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas se esquecem da proteção que as agências reguladoras oferecem a nós, cidadãos. Este viés populista e autoritário dos integrantes do Estado se revela em permanente fraude à essência de uma República condizente com nossas reais necessidades.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

Ribeirão Preto

*

Cúpula do Brics

O Brasil e o futuro

O Bric começou como uma quase brincadeira de um analista financeiro, foi levado a sério pelos gênios da diplomacia brasileira, tornou-se um bloco na prática, mas continuou quase simbólico. Agora, China e Rússia se apropriam da instituição e o Brasil assume um papel de pateta. Logo, a Rússia (ou Putin) vai para escanteio e os chineses, com visão de longo prazo, provavelmente já têm um projeto traçado – ao contrário de tolos como Celso Amorim e Lula, que, cegados por ideologia e narcisismo, não enxergam um palmo à sua frente.

Arnaldo Mandel

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

DIA DE ELEIÇÃO

Neste decisivo domingo do segundo turno da eleição para prefeito de São Paulo, cabe parodiar frase célebre da obra-prima O Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry, e alertar o eleitorado paulistano: Tu te tornas eternamente responsável pelo irresponsável que eleges. Alea jacta est.

J. S. Decol

São Paulo

*

GERALDO ALCKMIN NA CAMPANHA

Causou-me perplexidade, e até uma certa diversão, ver no noticiário televisivo o sr. Geraldo Alckmin dando seu apoio carregado se aparente emoção em favor do candidato da esquerda à prefeitura da Capital, sr. Guilherme Boulos. Depois do seu apoio ao atual presidente da República, não há mais surpresas. Os políticos, em boa quantidade, são seres a serem estudados. Se as pesquisas de opinião estiverem corretas até este domingo, a salada das eleições será servida sem chuchu. Que seja!

Rodrigo Cezar Pereira

São Paulo

*

TUDO POR UM VOTO

O candidato Guilherme Boulos se superou para conseguir votos. Como se não bastasse ter sido achincalhado pelo ex-candidato Pablo Marçal, resolveu fazer uma live no canal do ex-coach. Apesar de a entrevista ter sido “amistosa”, Boulos, com essa atitude, se mostrou - e ficou - mais por baixo do que umbigo de cobra. Diria aquela senhorinha de Taubaté: “Boulos é capaz de entregar foto da sua mãe de biquíni em troca de voto”. Isso é muito feio, menino.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

*

VALE-TUDO

Além da exibição de falta de vergonha em juntar-se com alguém que o chamou de “cheirador” e criar um laudo de internação por overdose, o candidato Boulos mostra não ter pudor algum nem caráter. O que vale é ganhar, seja lá como for. O que dizem os eleitores de seus preferidos por tal ato? Os de Marçal vão ver que ele não era nada além de um golpista. Mas e os eleitores da esquerda? Não estão incomodados? Ou o vale-tudo não os incomoda? Ninguém está decepcionado? Eu e milhares de eleitores estão indignados com a cara de pau de ambos.

Lucia Helena Flaquer

São Paulo

*

CONVICÇÕES

Neste domingo São Paulo vai se livrar do segundo pesadelo. Para se mostrar viável, o candidato do Psol, a serviço do PT, ao longo da campanha foi mudando de opinião sobre suas convicções, e é aí que mora o perigo. Uma vez eleito, não se sabe qual Guilherme Boulos assumiria a prefeitura, se o líder do MTST ou o “Boulinhos paz e amor” da Carta ao Povo de São Paulo, escrita a quatro mãos com seu criador, o atual presidente da República. Ainda bem que os paulistanos saberão distinguir o joio do trigo e a barricada de pneus queimando do diálogo, este sim, o principal pilar da democracia. Boulos, não.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

PARTIDO NANICO

Enquanto o PT parece finalmente ter se dado conta de que precisa renovar suas lideranças e suas ideias para seguir em frente, o mesmo acontece com o PL, cujo presidente, Valdemar Costa Neto, admitiu que seu partido não teria hoje votos para vencer uma eleição presidencial. Só que com uma diferença: Costa Neto inteligentemente defende atrair eleitores do centro; já o lulopetismo reconhece seu fracasso, sacramentado pelo péssimo desempenho nas eleições municipais, mas não sabe o que fazer e foge do centro como o diabo da cruz. A proeminência cada vez maior de políticos de centro-direita e de centro-esquerda são uma luz no fim do túnel para os brasileiros cansados de polarização e de extremismos. Se o PT não mudar de paradigmas (mudar significa mudar de fato, não fazer de conta que está mudando) vai se tornar um partido nanico.

Luciano Harary

São Paulo

*

DEMOCRACIA BRASILEIRA

Lula x Bolsonaro (Estadão, 25/10, A8). A Polícia Federal, devidamente orientada pelo Supremo, e apoiada por outros segmentos, continua passando pente fino na vida de Bolsonaro e assessores. Enquanto isso, o condenado em três instâncias a 12 anos de prisão, vergonhosamente anistiado pelo mesmo Supremo, continua presidindo o Brasil. Esta é a democracia brasileira.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

DESEMBARGADORES INVESTIGADOS

De acordo com operação da Polícia Federal, cinco desembargadotres do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (MS) teriam recebido milhões em dinheiro vivo para alterar sentenças de criminosos ricos. Foram todos denunciados e estão usando tornozeleiras eletrônicas.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

SUSPEITA DE VENDA DE SENTENÇAS

Quando menino, andando com meu pai pelas ruas da minha Barretos, ao passarmos defronte à casa do Dr. Garibaldi, ele se aproximava de mim, com voz baixa, quase sussurrando, tamanho o respeito, E me dizia: “casa do juiz de direito”. É de ficar estarrecido ao saber dessas notícias de venda de decisões por desembargadores.

Paulo Tarso J. Santos

São Paulo

*

‘ESCÁRNIO’

Cinco juízes de MS foram afastados por venda de sentenças. Coitados, se forem aposentados por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), passarão a receber seu ordenado pleno até o fim da vida e não poderão mais vender sentenças. O que nós, contribuintes, deveríamos pensar desse escárnio que é praticado há muitos anos?

Aldo Bertolucci

São Paulo

*

COMERCIANTES DE PRIMEIRA CLASSE

Os magistrados Sérgio F. Martins, Sideni S. Pimentel, Alexandre A. Barros, Vladimir A. da Silva e Marcos J. Brito, desembargadores do TJ-MS, tornaram-se comerciantes de primeira classe, de acordo com a Polícia Federal, e o seu produto seria a venda de sentenças judiciais. Estão usando tornozeleiras eletrônicas. Meu receio é de que sejam aposentados a bem do serviço público, com salários integrais!

Tania Tavares

São Paulo

*

PRESENTE DE GREGO

O editorial Presente de grego (Estadão, 23/10, A3) discorre sobre mais um cavalo de Troia envolvendo nosso Judiciário, que tem em suas regras internas sem controle a maior fonte de recursos para engordar os vencimentos, inclusive os isentos até do imposto de renda. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) criado para barrar essa farra com dinheiro público passou a atuar, como bem registrado, como um ativo sindicato da categoria. O Judiciário mais caro do mundo não tem limite. Pobre contribuinte.

José Elias Laier

São Paulo

*

MERCADOS E NOVAS TECNOLOGIAS

Empresários fazem avaliações e dão conselhos, conforme a reportagem Brasil tem de liderar debate da economia e do clima, dizem empresários (Estadão, 25/10, B10-B13), mas dentro da lógica pouco distributiva de benefícios, a população brasileira dificilmente terá ou sentirá os benefícios de uma economia verde no curto prazo que combata as mudanças climáticas. Já somos líderes globais em biocombustíveis e energia renovável, mas vejamos a situação social em que ainda estamos. Só pelo biotipo dos entrevistados (nenhum negro, 40% mulheres), entendemos qual a lógica por trás de mercados e novas tecnologias.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

*

‘GRANDE ARAPUCA’

A democracia sempre foi vista como a solução para todos os problemas, bastava derrubar as ditaduras e implantar um regime democrático e o país iria ter todos os problemas resolvidos. Os Estados Unidos, maior democracia do planeta, estão caminhando para eleger democraticamente uma pessoa condenada por uma infinidade de crimes, inclusive por agressão sexual, para presidir a República. Em tese, Donald Trump poderia governar o país da cadeia, basta ser democraticamente eleito. O Brasil segue sendo governado por um ex-presidiário semianalfabeto que tem como único adversário o autor de um fracasso golpe de Estado e uma infinidade de crimes de lesa Pátria. Lula e Bolsonaro jamais seriam aprovados no processo seletivo para escriturários do Banco do Brasil, mas para presidir a República só precisam do voto do povo e mais nada. A democracia se tornou uma grande arapuca, muitas vezes tão ruim ou pior que a pior ditadura. Está na hora de pensar numa outra forma de escolha dos governantes.

Mário Barilá Filho

São Paulo

*

ANEEL

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) esperou mais de 3 milhões de motivos para intimar a Enel pelo apagão em São Paulo? Assim que eu gosto, agência reguladora ágil, eficiente, responsável pelas tarifas cobradas e preocupada com a transmissão de energia.

Carlos Gaspar

São Paulo

*

VIOLÊNCIA NO RIO

O Rio de Janeiro está em guerra já há algum tempo, e cada vez mais piora: os milicianos contra os traficantes, a polícia contra os dois. As grandes vias são obstruídas ou fechadas para evitar mais vítimas; o governo tenta esconder a sua incapacidade de resolver o problema; a população fica assustada e desprotegida. A cidade maravilhosa está calamitosa, sem solução, em guerra civil. Rezemos.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

*

‘VERDADEIRA GUERRA’

Uma verdadeira guerra o que se viu no RJ, especificamente no Complexo de Israel. A polícia se mostrou totalmente despreparada. Se a intenção era fazer uma operação contra roubos de veículos e cargas, por que o local não foi preparado com antecedência, impedindo a circulação de pessoas? Ver o governador dizer que inocentes foram mortos pelo tráfico de drogas e não por um confronto com a polícia ajuda em que? Pessoas inocentes foram mortas e continuarão sendo, pois a lei beneficia o matador e as famílias que choram seus entes só aumentam.

Izabel Avallone

São Paulo

*

CORCOVADO

Um ícone mundial, uma das belezas do mundo, com entradas não tão baratas, banheiros inoperantes, portas empenadas e outras cositas más. Aqui é Brasil, em que padre agora é um superstar e com seguidores na internet. Onde está? Claro, fazendo algo mais importante: vendo as cores do Cristo para fazer média com algum evento, afinal, aparecer é preciso e faz bem ao ego. Dez, nota dez ao descaso.

Marieta Barugo

São Paulo

*

FLAMENGO

O Flamengo, com time estrelado, decantado pelos cronistas esportivos como um dos melhores elencos, para alguns o melhor, jogou 180 minutos contra o Peñarol, pela Libertadores, e não conseguiu fazer nem um gol. O Botafogo em 45 minutos fez 5. É bom os responsáveis pelas contratações no Flamengo verem bem quem estão comprando.

Panayotis Poulis

Rio de Janeiro

Eleição 2024

Segundo turno

Os debates de sexta-feira (25/10) encerraram a campanha eleitoral nos 51 municípios brasileiros (18 deles no Estado de São Paulo) onde haverá segundo turno hoje. Em São Paulo, a disputa é uma das mais apertadas da História. O prefeito Ricardo Nunes (MDB), que concorre à reeleição, recebeu 29,48% dos votos no primeiro turno; e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) conseguiu 29,07%. A campanha neste segundo turno foi turbulenta e carregada de ataques pessoais, que fogem ao objetivo de conquistar votos, servindo mais para potencializar desavenças e inimizades – bem de acordo com o esquema de polarização da política disseminado nacionalmente, segundo o qual o adversário é um inimigo cuja eliminação pode ser um objetivo ou possibilidade. Por uma questão de sobrevivência, as lideranças e os partidos políticos deveriam trabalhar pela pacificação e segurança do processo eleitoral, no qual o adversário é um concorrente a ser vencido, e nada mais. Passada esta eleição, restará a nós torcer para que em 2026 o País já tenha encontrado uma solução para baixar a temperatura da polarização e que o foco esteja na busca de votos, não na ofensa e na tentativa de destruição eleitoral (ou até física) do adversário. As ofensas, intransigências, mistificações e baixarias são impróprias e servem unicamente para confundir o eleitor na tentativa de fazê-lo votar em quem, na realidade, não tem condições de assumir e exercer o mandato. Para o bem geral, precisam acabar.

Dirceu Cardoso Gonçalves

São Paulo

*

Chuvas e eleição

Era só o que faltava: os temporais como salvação. São Pedro tem mandado verdadeiros dilúvios sobre a capital paulista, castigando ainda mais os paulistanos pela incúria de políticos passados e presentes. Infelizmente, essas catástrofes têm servido como tábua de salvação para o candidato oposicionista à Prefeitura, Guilherme Boulos, pois só o que lhe resta diante das pesquisas de intenção de voto é isto: um milagre vindo do Céu. Nada como dar uma voltinha pelos escombros pós-temporal, fazer cara de preocupado, triste e choroso – arte em que políticos são catedráticos – para, quem sabe, fisgar alguns incautos curiosos.

Sergio Dafré

Jundiaí

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Brasil

Um iceberg

A suspeita de venda de sentenças judiciais por desembargadores e funcionários do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (Estadão, 25/10) demonstra que o Estado brasileiro é um iceberg cuja parte submersa se presta a ocultar interesses nada republicanos. Indica, também, que o modelo de gestão jurisdicional por nós adotado é ágil nas benesses a seus servidores, arcaico e lento na prestação do ordenamento jurídico à população e tendenciosamente fiscalizado. Na mesma trilha, a maioria de nossos congressistas, em vez de bem nos representar, transformou o Congresso Nacional numa nau corsária que saqueia o orçamento público. Os poucos discordantes são escorraçados da vida pública num sistema partidário de mão única, que beneficia os eleitos, jamais a população, e – o mais trágico – com os partidos financiados por nós. No Executivo, vige a visão do presidente de plantão exemplificada na atual intenção de modificar as agências reguladoras, afetando a autonomia delas, aproveitando-se dos eventos ocorridos com a Enel em São Paulo, mas sem promover a apuração de responsabilidades dos entes públicos omissos, conforme exposto pela imprensa. Ministros do governo ouvem e acolhem empresários reclamando da atuação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas se esquecem da proteção que as agências reguladoras oferecem a nós, cidadãos. Este viés populista e autoritário dos integrantes do Estado se revela em permanente fraude à essência de uma República condizente com nossas reais necessidades.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

Ribeirão Preto

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Cúpula do Brics

O Brasil e o futuro

O Bric começou como uma quase brincadeira de um analista financeiro, foi levado a sério pelos gênios da diplomacia brasileira, tornou-se um bloco na prática, mas continuou quase simbólico. Agora, China e Rússia se apropriam da instituição e o Brasil assume um papel de pateta. Logo, a Rússia (ou Putin) vai para escanteio e os chineses, com visão de longo prazo, provavelmente já têm um projeto traçado – ao contrário de tolos como Celso Amorim e Lula, que, cegados por ideologia e narcisismo, não enxergam um palmo à sua frente.

Arnaldo Mandel

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

DIA DE ELEIÇÃO

Neste decisivo domingo do segundo turno da eleição para prefeito de São Paulo, cabe parodiar frase célebre da obra-prima O Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry, e alertar o eleitorado paulistano: Tu te tornas eternamente responsável pelo irresponsável que eleges. Alea jacta est.

J. S. Decol

São Paulo

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GERALDO ALCKMIN NA CAMPANHA

Causou-me perplexidade, e até uma certa diversão, ver no noticiário televisivo o sr. Geraldo Alckmin dando seu apoio carregado se aparente emoção em favor do candidato da esquerda à prefeitura da Capital, sr. Guilherme Boulos. Depois do seu apoio ao atual presidente da República, não há mais surpresas. Os políticos, em boa quantidade, são seres a serem estudados. Se as pesquisas de opinião estiverem corretas até este domingo, a salada das eleições será servida sem chuchu. Que seja!

Rodrigo Cezar Pereira

São Paulo

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TUDO POR UM VOTO

O candidato Guilherme Boulos se superou para conseguir votos. Como se não bastasse ter sido achincalhado pelo ex-candidato Pablo Marçal, resolveu fazer uma live no canal do ex-coach. Apesar de a entrevista ter sido “amistosa”, Boulos, com essa atitude, se mostrou - e ficou - mais por baixo do que umbigo de cobra. Diria aquela senhorinha de Taubaté: “Boulos é capaz de entregar foto da sua mãe de biquíni em troca de voto”. Isso é muito feio, menino.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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VALE-TUDO

Além da exibição de falta de vergonha em juntar-se com alguém que o chamou de “cheirador” e criar um laudo de internação por overdose, o candidato Boulos mostra não ter pudor algum nem caráter. O que vale é ganhar, seja lá como for. O que dizem os eleitores de seus preferidos por tal ato? Os de Marçal vão ver que ele não era nada além de um golpista. Mas e os eleitores da esquerda? Não estão incomodados? Ou o vale-tudo não os incomoda? Ninguém está decepcionado? Eu e milhares de eleitores estão indignados com a cara de pau de ambos.

Lucia Helena Flaquer

São Paulo

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CONVICÇÕES

Neste domingo São Paulo vai se livrar do segundo pesadelo. Para se mostrar viável, o candidato do Psol, a serviço do PT, ao longo da campanha foi mudando de opinião sobre suas convicções, e é aí que mora o perigo. Uma vez eleito, não se sabe qual Guilherme Boulos assumiria a prefeitura, se o líder do MTST ou o “Boulinhos paz e amor” da Carta ao Povo de São Paulo, escrita a quatro mãos com seu criador, o atual presidente da República. Ainda bem que os paulistanos saberão distinguir o joio do trigo e a barricada de pneus queimando do diálogo, este sim, o principal pilar da democracia. Boulos, não.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

PARTIDO NANICO

Enquanto o PT parece finalmente ter se dado conta de que precisa renovar suas lideranças e suas ideias para seguir em frente, o mesmo acontece com o PL, cujo presidente, Valdemar Costa Neto, admitiu que seu partido não teria hoje votos para vencer uma eleição presidencial. Só que com uma diferença: Costa Neto inteligentemente defende atrair eleitores do centro; já o lulopetismo reconhece seu fracasso, sacramentado pelo péssimo desempenho nas eleições municipais, mas não sabe o que fazer e foge do centro como o diabo da cruz. A proeminência cada vez maior de políticos de centro-direita e de centro-esquerda são uma luz no fim do túnel para os brasileiros cansados de polarização e de extremismos. Se o PT não mudar de paradigmas (mudar significa mudar de fato, não fazer de conta que está mudando) vai se tornar um partido nanico.

Luciano Harary

São Paulo

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DEMOCRACIA BRASILEIRA

Lula x Bolsonaro (Estadão, 25/10, A8). A Polícia Federal, devidamente orientada pelo Supremo, e apoiada por outros segmentos, continua passando pente fino na vida de Bolsonaro e assessores. Enquanto isso, o condenado em três instâncias a 12 anos de prisão, vergonhosamente anistiado pelo mesmo Supremo, continua presidindo o Brasil. Esta é a democracia brasileira.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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DESEMBARGADORES INVESTIGADOS

De acordo com operação da Polícia Federal, cinco desembargadotres do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (MS) teriam recebido milhões em dinheiro vivo para alterar sentenças de criminosos ricos. Foram todos denunciados e estão usando tornozeleiras eletrônicas.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

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SUSPEITA DE VENDA DE SENTENÇAS

Quando menino, andando com meu pai pelas ruas da minha Barretos, ao passarmos defronte à casa do Dr. Garibaldi, ele se aproximava de mim, com voz baixa, quase sussurrando, tamanho o respeito, E me dizia: “casa do juiz de direito”. É de ficar estarrecido ao saber dessas notícias de venda de decisões por desembargadores.

Paulo Tarso J. Santos

São Paulo

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‘ESCÁRNIO’

Cinco juízes de MS foram afastados por venda de sentenças. Coitados, se forem aposentados por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), passarão a receber seu ordenado pleno até o fim da vida e não poderão mais vender sentenças. O que nós, contribuintes, deveríamos pensar desse escárnio que é praticado há muitos anos?

Aldo Bertolucci

São Paulo

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COMERCIANTES DE PRIMEIRA CLASSE

Os magistrados Sérgio F. Martins, Sideni S. Pimentel, Alexandre A. Barros, Vladimir A. da Silva e Marcos J. Brito, desembargadores do TJ-MS, tornaram-se comerciantes de primeira classe, de acordo com a Polícia Federal, e o seu produto seria a venda de sentenças judiciais. Estão usando tornozeleiras eletrônicas. Meu receio é de que sejam aposentados a bem do serviço público, com salários integrais!

Tania Tavares

São Paulo

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PRESENTE DE GREGO

O editorial Presente de grego (Estadão, 23/10, A3) discorre sobre mais um cavalo de Troia envolvendo nosso Judiciário, que tem em suas regras internas sem controle a maior fonte de recursos para engordar os vencimentos, inclusive os isentos até do imposto de renda. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) criado para barrar essa farra com dinheiro público passou a atuar, como bem registrado, como um ativo sindicato da categoria. O Judiciário mais caro do mundo não tem limite. Pobre contribuinte.

José Elias Laier

São Paulo

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MERCADOS E NOVAS TECNOLOGIAS

Empresários fazem avaliações e dão conselhos, conforme a reportagem Brasil tem de liderar debate da economia e do clima, dizem empresários (Estadão, 25/10, B10-B13), mas dentro da lógica pouco distributiva de benefícios, a população brasileira dificilmente terá ou sentirá os benefícios de uma economia verde no curto prazo que combata as mudanças climáticas. Já somos líderes globais em biocombustíveis e energia renovável, mas vejamos a situação social em que ainda estamos. Só pelo biotipo dos entrevistados (nenhum negro, 40% mulheres), entendemos qual a lógica por trás de mercados e novas tecnologias.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

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‘GRANDE ARAPUCA’

A democracia sempre foi vista como a solução para todos os problemas, bastava derrubar as ditaduras e implantar um regime democrático e o país iria ter todos os problemas resolvidos. Os Estados Unidos, maior democracia do planeta, estão caminhando para eleger democraticamente uma pessoa condenada por uma infinidade de crimes, inclusive por agressão sexual, para presidir a República. Em tese, Donald Trump poderia governar o país da cadeia, basta ser democraticamente eleito. O Brasil segue sendo governado por um ex-presidiário semianalfabeto que tem como único adversário o autor de um fracasso golpe de Estado e uma infinidade de crimes de lesa Pátria. Lula e Bolsonaro jamais seriam aprovados no processo seletivo para escriturários do Banco do Brasil, mas para presidir a República só precisam do voto do povo e mais nada. A democracia se tornou uma grande arapuca, muitas vezes tão ruim ou pior que a pior ditadura. Está na hora de pensar numa outra forma de escolha dos governantes.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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ANEEL

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) esperou mais de 3 milhões de motivos para intimar a Enel pelo apagão em São Paulo? Assim que eu gosto, agência reguladora ágil, eficiente, responsável pelas tarifas cobradas e preocupada com a transmissão de energia.

Carlos Gaspar

São Paulo

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VIOLÊNCIA NO RIO

O Rio de Janeiro está em guerra já há algum tempo, e cada vez mais piora: os milicianos contra os traficantes, a polícia contra os dois. As grandes vias são obstruídas ou fechadas para evitar mais vítimas; o governo tenta esconder a sua incapacidade de resolver o problema; a população fica assustada e desprotegida. A cidade maravilhosa está calamitosa, sem solução, em guerra civil. Rezemos.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

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‘VERDADEIRA GUERRA’

Uma verdadeira guerra o que se viu no RJ, especificamente no Complexo de Israel. A polícia se mostrou totalmente despreparada. Se a intenção era fazer uma operação contra roubos de veículos e cargas, por que o local não foi preparado com antecedência, impedindo a circulação de pessoas? Ver o governador dizer que inocentes foram mortos pelo tráfico de drogas e não por um confronto com a polícia ajuda em que? Pessoas inocentes foram mortas e continuarão sendo, pois a lei beneficia o matador e as famílias que choram seus entes só aumentam.

Izabel Avallone

São Paulo

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CORCOVADO

Um ícone mundial, uma das belezas do mundo, com entradas não tão baratas, banheiros inoperantes, portas empenadas e outras cositas más. Aqui é Brasil, em que padre agora é um superstar e com seguidores na internet. Onde está? Claro, fazendo algo mais importante: vendo as cores do Cristo para fazer média com algum evento, afinal, aparecer é preciso e faz bem ao ego. Dez, nota dez ao descaso.

Marieta Barugo

São Paulo

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FLAMENGO

O Flamengo, com time estrelado, decantado pelos cronistas esportivos como um dos melhores elencos, para alguns o melhor, jogou 180 minutos contra o Peñarol, pela Libertadores, e não conseguiu fazer nem um gol. O Botafogo em 45 minutos fez 5. É bom os responsáveis pelas contratações no Flamengo verem bem quem estão comprando.

Panayotis Poulis

Rio de Janeiro

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