Fórum dos Leitores


Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

Por Fórum dos Leitores

Eleições 2024

Abstenções

No 2º turno da eleição para prefeito em São Paulo viu-se um aumento considerável do número de votos nulos/brancos e abstenções. No 1º turno as abstenções foram de 27,3%, um número grande de eleitores que consideraram que os candidatos não os representavam. No domingo passado, a abstenção aumentou e ficou em 31,54%. Acho que devemos pensar muito a respeito. Será que nossos interesses de segurança, educação e saúde estão sendo atingidos ou apenas maquiados para nos enganar e nos fazer pensar que tudo vai melhorar? Que partido de fato nos representa hoje? Registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) são ao todo 29. Será que temos tantos princípios e ideais políticos diferentes que justifiquem essa quantidade de partidos? Quando um político fica pulando de partido em partido, será que ele mudou de ideologia? Ou, pior, quando eu votei nele no partido A e, durante o mandato, ele muda para o partido B, o que aconteceu com os ideais que me fizeram acreditar e votar nele? E quando os partidos veem que vão perder e resolvem fazer coligações para tentar ganhar a eleição, o que aconteceu com todo o discurso anterior? Ou seja, os partidos hoje não representam nada e a ideologia dos políticos pode mudar a qualquer hora, conforme a vontade/necessidade de vencer uma eleição. A meu ver, é contra isso que devemos lutar num primeiro momento: enxugar o número de partidos, cobrar as promessas de campanha e, numa próxima eleição, não fazer doações para campanhas sem que haja mecanismos de controle do dinheiro arrecadado.

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Claudia Lebovits

São Paulo

*

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Lula e Bolsonaro

No 2º turno das eleições para prefeitos nas capitais brasileiras, o PT de Lula perdeu em São Paulo, Porto Alegre, Natal e Cuiabá. O PL de Jair Bolsonaro perdeu em Belo Horizonte, Fortaleza, Manaus, Goiânia, Palmas, Belém e João Pessoa. Está claro que os brasileiros sabem que Lula e Bolsonaro levaram o Brasil ao fundo do poço. Nos últimos anos, empresas multinacionais fugiram do País, a miséria aumentou, a moeda desvalorizou e nenhum novo empreendimento de grande volume trouxe empregos para os trabalhadores. A falta de segurança nas principais capitais assusta. O resultado das urnas foi a resposta dos eleitores aos farsantes e dissimulados.

José Carlos Saraiva da Costa

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Belo Horizonte

*

Triste missão

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Está se desenhando uma triste missão para Lula: programar o réquiem do PT.

Lincool Waldemar D’Andrea

São Paulo

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*

Meta de inflação

O que pensa Galípolo?

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Sobre a coluna de Alexandre Schwartsman intitulada Galípolo subscreve a proposta de seu mentor de elevar meta de inflação ou fingirá que não é com ele? (Estadão, 26/10), acho que a discussão sobre mudar o centro da meta de inflação é um debate importante e deve ser feito sem paixões. Independentemente de concordar ou discordar da necessidade de revisar a meta, há um relativo consenso de que o Brasil precisa escapar da armadilha da renda média e chegar ao patamar da renda alta. Se todos concordam que o objetivo é fazer com que o Brasil alcance o patamar de bem-estar econômico dos países desenvolvidos, é preciso então olhar para os países de renda alta e tentar entender o que eles fizeram, como eles conseguiram escapar da armadilha da renda média. Uma pergunta que precisamos responder é a seguinte: durante o período de transição entre a renda média e a renda alta, qual era a inflação desses países? Quantos desses países hoje considerados ricos mantiveram uma taxa de inflação de 1%, 2%, 3% ao ano? Hoje, o centro da meta brasileira é de 3%. A meta americana é de 2%; a meta dos europeus é de 2%; e a meta dos australianos é de 2% a 3% ao ano. Nós somos uma país de renda média, perseguindo uma meta de país de renda alta. Na minha modesta ignorância, fico receoso de que o Brasil, ao perseguir uma inflação de país rico, mesmo sendo um país de renda média, esteja prejudicando sua capacidade de se tornar um país rico. Se toda vez que o País ensaia aumentar suas taxas de crescimento, a autoridade monetária deprime a oferta de crédito aumentando juros, teremos de conviver eternamente com um crescimento de 1%? Não sei, mas gostaria de perguntar isso para o debate acadêmico: qual era a inflação dos países que hoje são considerados ricos durante o processo de enriquecimento? Talvez esses países tiveram de conciliar taxas razoáveis de crescimento com taxas moderadas de inflação.

Felipe Eduardo Lázaro Braga

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

LIMITE DO OPORTUNISMO

Errou feio o candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos ao aceitar uma live com o Pablo Marçal, que o acusou, sem prova, de ser usuário de drogas. Pensou que ia ganhar alguns votos dos(as) seguidores(as) deste último? Que lição ele está dando à sua filha que chorou na escola ao ouvir tal acusação, que o oportunismo não tem limite?

Omar El Seoud

São Paulo

*

ALTOS E BAIXOS

Por que será que todo derrotado é oportunista? Boulos perdeu a eleição e culpa Tarcísio. Quem acredita que alguém mudaria o voto sem a tal declaração? O que disse o governador não teve nenhuma surpresa, pois no 1.° turno os jornais noticiaram que Boulos foi o mais votado nas seções eleitorais instaladas em presídios e unidades socioeducativas. Se a notícia causou espanto, o eleitor teve tempo para mudar ou não seu voto. Interessante observar que essa notícia não incomodou Boulos em 10 de outubro. E agora vem o candidato derrotado buscar culpados? É ridículo ver o choro das pessoas porque o candidato se mostrou incompetentemente, e incapaz de mostrar melhor pontuação depois de quatro anos. O melhor para o deputado derrotado realmente é o divã. Com calma e paciência ele entenderá onde foi que errou. E quem sabe aprende a não ter altos e baixos.

Izabel Avallone

São Paulo

*

MÃOS À OBRA

Que o reeleito prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), faça boa governança em seu segundo mandato a partir de 1.º de janeiro de 2025 e saiba honrar os 3.393.110 de eleitores que sufragaram seu nome nas urnas no segundo turno. Como se sabe, a maior, mais rica e importante cidade do Brasil e da América Latina têm inúmeros e graves problemas a serem enfrentados e sanados. Mãos à obra.

J. S. Decol

São Paulo

*

PAIXÃO POLÍTICA

Guilherme Boulos ficou em terceiro lugar em São Paulo. Mas como, se só haviam dois candidatos na disputa? A abstenção ficou em segundo lugar com quase três milhões de pessoas que não foram votar (Boulos teve dois milhões e 300 mil votos). Foi a maior abstenção de todos os tempos, maior até que na época da pandemia. Isso mostra um certo descrédito da população na política e um certo cansaço com as opções colocadas na mesa. A cada três eleitores, um não foi votar. É muito. Não choveu, não tinha jogo de futebol, o transporte era gratuito e São Paulo não tem praia. O que faltou mesmo foi paixão pela política e especialmente pelos poliíticos. Para a democracia, isso não é bom.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

DIGNIDADE

Após uma derrota acachapante na eleição para a prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, em seu discurso de derrotado, diz que recuperou a dignidade da esquerda brasileira. O que será que ele quis dizer com isso?

Luiz Frid

São Paulo

*

RAZÃO

O resultado das eleições em São Paulo reflete bem a nova conscientização política no País. O que decide é a razão, e não mais fofocas, palavras fáceis, fúteis e sem proposições concretas, especialidade da esquerda, sempre perdida.

Arcangelo Sforcin Filho

São Paulo

*

‘PERDEDORES’

Jair Bolsonaro e Lula da Silva são os grandes perdedores das eleições municipais de 2024, e um dos motivos é que os quadros do PL e do PT são muito fracos. O outro é que nos dias de hoje já não se elege mais postes.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

*

POLARIZAÇÃO

É necessário acabar com essa polarização entre o tenente reformado como capitão, quando era para ser expulso e o ex-presidiário. Um se alimenta do outro e um é pior que o outro. A quem interessa manter essa polarização? Não sabem o mal que trazem ao País.

Carlos Tullio Schibuola

São Paulo

*

INVESTIGAÇÃO

O Supremo Tribunal Federal (STF) diz que vai investigar/discutir a influência das emendas parlamentares que turbinaram – e como – a reeleição de prefeitos ou indicados seus Brasil afora. E não só, já que os candidatos a vereador também se beneficiaram dos bilhões de reais injetados em seus municípios. Não é preciso ser nenhum expert em política pra ver que as eleições, com seu círculo vicioso e pernicioso, cada vez mais, estão sendo manipuladas por nosso dinheiro limpo, já que o bilionário fundo partidário é legal, mas torna-se sujo ao servir para compra de votos.

João Di Renna

Rio de Janeiro

*

O QUE OS BRASILEIROS QUEREM

O que os brasileiros querem realmente é que os políticos de plantão não sejam corruptos, negacionistas, radicais em suas convicções, que respeitam as leis e que sejam voltados ao bem-estar da população. Na verdade, pouco importa que sejam de esquerda ou de direita, o que conta mesmo é que não seja ex-presidiário ou futuro presidiário, como é o caso de Lula e Bolsonaro. Afinal, o País está carente de líderes políticos que tenham esses atributos difíceis de serem encontrados atualmente. Chega de Lula e chega de Bolsonaro. As últimas eleições mostraram que ambos estão reféns de suas próprias armadilhas. Basta.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

*

LÍDERES MAL-INFORMADOS

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, insiste em confundir direito de voto com dever de voto. Um esclarecimento para ela: neste país somos multados se não votarmos. Isso não é direito. Isso é obrigação. Isso não é democrático. Não temos o direito de não votar. Como pode uma juíza dos mais altos escalões errar tanto assim? Como pode este país andar para frente com líderes tão pouco informados?

Helton Perillo Ferreira Leite

Lorena

*

FIM DO CICLO

“Tempos difíceis criam homens fortes. Homens fortes criam tempos bons. Tempos bons criam homens fracos. Homens fracos criam tempos difíceis”, disse Geoff Michael Hopf, autor americano. Parece que estamos no fim do ciclo, próximos à recomeçá-lo.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz

*

PÁRIA INTERNACIONAL

Brics aprova adesão de 13 países, sem Venezuela, apesar da visita de Maduro (Estadão, 24/10, A10). O presidente da Rússia, Vladimir Putin, encerrou no dia 24, a 16.ª Cúpula dos Brics, da qual foi anfitrião e que lhe serviu de plataforma para combater a imagem de pária internacional. Nada é mais falso. A imagem de pária de Putin foi ou será apagada apenas para os inexpressivos gatos pingados que compõem o Brics e outras poucas ditaduras comunistas, alinhadas ideologicamente ao ditador russo. Para o resto do mundo, a imagem de Putin continua mais suja do que pau de galinheiro.

Maurilio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

ELEIÇÕES AMERICANAS

A eleição americana do próximo dia 5 é a mais importante deste primeiro quarto de século, como foram as eleições de Benito Mussolini em 1922 e de Hitler, em 1933. A democracia no mundo estará em risco se os eleitores americanos elegerem Donald Trump novamente. Os Estados Unidos não podem ser liderados por um fascista, como denunciou o General Mark Milley e o almirante John Kelly, participantes do governo Donald Trump, que encerrou com tentativa de golpe de Estado para sua permanência na presidência. Assim como Hitler elegeu os judeus como inimigo a ser destruído, Trump escolheu os imigrantes como o inimigo a ser expulso dos Estados Unidos.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

VIOLÊNCIA NO RIO DE JANEIRO

O estado de insegurança nos aterroriza e motiva inúmeras discussões. Reavivadas ante a tragédia na Avenida Brasil e o saldo de passageiros atingidos a caminho do trabalho por tiroteio. Há um quesito, porém, em geral omitido ou negligenciado nas ações de combate à atividade criminosa. Em notícias de apreensão de produtos, o material é mostrado em fotografias ao lado de referências à corporação condutora da ação repressiva. Curiosamente, porém, não é informado o destino que foi ou será dado ao material. Causando espécie e receio de que se torne alvo de disputas. Uma medida de contenção urgente consistiria em dar destino publicável às drogas apreendidas, ação que inviabilizasse em definitivo a respectiva reutilização. A se somar, logicamente, a outras medidas de asfixia convergentes para a extinção da mercadoria, sem a qual a atividade se tornaria impraticável ou reduzida. Enfim, o alvo principal do combate ao tráfico deveria ser a mercadoria, porque matar ou prender traficantes, além de pôr em risco a população, por si só não resolve, na medida que outros virão substituir os eliminados enquanto houver produto disponível e consumidores interessados.

Patricia Porto da Silva

Rio de Janeiro

Eleições 2024

Abstenções

No 2º turno da eleição para prefeito em São Paulo viu-se um aumento considerável do número de votos nulos/brancos e abstenções. No 1º turno as abstenções foram de 27,3%, um número grande de eleitores que consideraram que os candidatos não os representavam. No domingo passado, a abstenção aumentou e ficou em 31,54%. Acho que devemos pensar muito a respeito. Será que nossos interesses de segurança, educação e saúde estão sendo atingidos ou apenas maquiados para nos enganar e nos fazer pensar que tudo vai melhorar? Que partido de fato nos representa hoje? Registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) são ao todo 29. Será que temos tantos princípios e ideais políticos diferentes que justifiquem essa quantidade de partidos? Quando um político fica pulando de partido em partido, será que ele mudou de ideologia? Ou, pior, quando eu votei nele no partido A e, durante o mandato, ele muda para o partido B, o que aconteceu com os ideais que me fizeram acreditar e votar nele? E quando os partidos veem que vão perder e resolvem fazer coligações para tentar ganhar a eleição, o que aconteceu com todo o discurso anterior? Ou seja, os partidos hoje não representam nada e a ideologia dos políticos pode mudar a qualquer hora, conforme a vontade/necessidade de vencer uma eleição. A meu ver, é contra isso que devemos lutar num primeiro momento: enxugar o número de partidos, cobrar as promessas de campanha e, numa próxima eleição, não fazer doações para campanhas sem que haja mecanismos de controle do dinheiro arrecadado.

Claudia Lebovits

São Paulo

*

Lula e Bolsonaro

No 2º turno das eleições para prefeitos nas capitais brasileiras, o PT de Lula perdeu em São Paulo, Porto Alegre, Natal e Cuiabá. O PL de Jair Bolsonaro perdeu em Belo Horizonte, Fortaleza, Manaus, Goiânia, Palmas, Belém e João Pessoa. Está claro que os brasileiros sabem que Lula e Bolsonaro levaram o Brasil ao fundo do poço. Nos últimos anos, empresas multinacionais fugiram do País, a miséria aumentou, a moeda desvalorizou e nenhum novo empreendimento de grande volume trouxe empregos para os trabalhadores. A falta de segurança nas principais capitais assusta. O resultado das urnas foi a resposta dos eleitores aos farsantes e dissimulados.

José Carlos Saraiva da Costa

Belo Horizonte

*

Triste missão

Está se desenhando uma triste missão para Lula: programar o réquiem do PT.

Lincool Waldemar D’Andrea

São Paulo

*

Meta de inflação

O que pensa Galípolo?

Sobre a coluna de Alexandre Schwartsman intitulada Galípolo subscreve a proposta de seu mentor de elevar meta de inflação ou fingirá que não é com ele? (Estadão, 26/10), acho que a discussão sobre mudar o centro da meta de inflação é um debate importante e deve ser feito sem paixões. Independentemente de concordar ou discordar da necessidade de revisar a meta, há um relativo consenso de que o Brasil precisa escapar da armadilha da renda média e chegar ao patamar da renda alta. Se todos concordam que o objetivo é fazer com que o Brasil alcance o patamar de bem-estar econômico dos países desenvolvidos, é preciso então olhar para os países de renda alta e tentar entender o que eles fizeram, como eles conseguiram escapar da armadilha da renda média. Uma pergunta que precisamos responder é a seguinte: durante o período de transição entre a renda média e a renda alta, qual era a inflação desses países? Quantos desses países hoje considerados ricos mantiveram uma taxa de inflação de 1%, 2%, 3% ao ano? Hoje, o centro da meta brasileira é de 3%. A meta americana é de 2%; a meta dos europeus é de 2%; e a meta dos australianos é de 2% a 3% ao ano. Nós somos uma país de renda média, perseguindo uma meta de país de renda alta. Na minha modesta ignorância, fico receoso de que o Brasil, ao perseguir uma inflação de país rico, mesmo sendo um país de renda média, esteja prejudicando sua capacidade de se tornar um país rico. Se toda vez que o País ensaia aumentar suas taxas de crescimento, a autoridade monetária deprime a oferta de crédito aumentando juros, teremos de conviver eternamente com um crescimento de 1%? Não sei, mas gostaria de perguntar isso para o debate acadêmico: qual era a inflação dos países que hoje são considerados ricos durante o processo de enriquecimento? Talvez esses países tiveram de conciliar taxas razoáveis de crescimento com taxas moderadas de inflação.

Felipe Eduardo Lázaro Braga

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

LIMITE DO OPORTUNISMO

Errou feio o candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos ao aceitar uma live com o Pablo Marçal, que o acusou, sem prova, de ser usuário de drogas. Pensou que ia ganhar alguns votos dos(as) seguidores(as) deste último? Que lição ele está dando à sua filha que chorou na escola ao ouvir tal acusação, que o oportunismo não tem limite?

Omar El Seoud

São Paulo

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ALTOS E BAIXOS

Por que será que todo derrotado é oportunista? Boulos perdeu a eleição e culpa Tarcísio. Quem acredita que alguém mudaria o voto sem a tal declaração? O que disse o governador não teve nenhuma surpresa, pois no 1.° turno os jornais noticiaram que Boulos foi o mais votado nas seções eleitorais instaladas em presídios e unidades socioeducativas. Se a notícia causou espanto, o eleitor teve tempo para mudar ou não seu voto. Interessante observar que essa notícia não incomodou Boulos em 10 de outubro. E agora vem o candidato derrotado buscar culpados? É ridículo ver o choro das pessoas porque o candidato se mostrou incompetentemente, e incapaz de mostrar melhor pontuação depois de quatro anos. O melhor para o deputado derrotado realmente é o divã. Com calma e paciência ele entenderá onde foi que errou. E quem sabe aprende a não ter altos e baixos.

Izabel Avallone

São Paulo

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MÃOS À OBRA

Que o reeleito prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), faça boa governança em seu segundo mandato a partir de 1.º de janeiro de 2025 e saiba honrar os 3.393.110 de eleitores que sufragaram seu nome nas urnas no segundo turno. Como se sabe, a maior, mais rica e importante cidade do Brasil e da América Latina têm inúmeros e graves problemas a serem enfrentados e sanados. Mãos à obra.

J. S. Decol

São Paulo

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PAIXÃO POLÍTICA

Guilherme Boulos ficou em terceiro lugar em São Paulo. Mas como, se só haviam dois candidatos na disputa? A abstenção ficou em segundo lugar com quase três milhões de pessoas que não foram votar (Boulos teve dois milhões e 300 mil votos). Foi a maior abstenção de todos os tempos, maior até que na época da pandemia. Isso mostra um certo descrédito da população na política e um certo cansaço com as opções colocadas na mesa. A cada três eleitores, um não foi votar. É muito. Não choveu, não tinha jogo de futebol, o transporte era gratuito e São Paulo não tem praia. O que faltou mesmo foi paixão pela política e especialmente pelos poliíticos. Para a democracia, isso não é bom.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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DIGNIDADE

Após uma derrota acachapante na eleição para a prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, em seu discurso de derrotado, diz que recuperou a dignidade da esquerda brasileira. O que será que ele quis dizer com isso?

Luiz Frid

São Paulo

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RAZÃO

O resultado das eleições em São Paulo reflete bem a nova conscientização política no País. O que decide é a razão, e não mais fofocas, palavras fáceis, fúteis e sem proposições concretas, especialidade da esquerda, sempre perdida.

Arcangelo Sforcin Filho

São Paulo

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‘PERDEDORES’

Jair Bolsonaro e Lula da Silva são os grandes perdedores das eleições municipais de 2024, e um dos motivos é que os quadros do PL e do PT são muito fracos. O outro é que nos dias de hoje já não se elege mais postes.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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POLARIZAÇÃO

É necessário acabar com essa polarização entre o tenente reformado como capitão, quando era para ser expulso e o ex-presidiário. Um se alimenta do outro e um é pior que o outro. A quem interessa manter essa polarização? Não sabem o mal que trazem ao País.

Carlos Tullio Schibuola

São Paulo

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INVESTIGAÇÃO

O Supremo Tribunal Federal (STF) diz que vai investigar/discutir a influência das emendas parlamentares que turbinaram – e como – a reeleição de prefeitos ou indicados seus Brasil afora. E não só, já que os candidatos a vereador também se beneficiaram dos bilhões de reais injetados em seus municípios. Não é preciso ser nenhum expert em política pra ver que as eleições, com seu círculo vicioso e pernicioso, cada vez mais, estão sendo manipuladas por nosso dinheiro limpo, já que o bilionário fundo partidário é legal, mas torna-se sujo ao servir para compra de votos.

João Di Renna

Rio de Janeiro

*

O QUE OS BRASILEIROS QUEREM

O que os brasileiros querem realmente é que os políticos de plantão não sejam corruptos, negacionistas, radicais em suas convicções, que respeitam as leis e que sejam voltados ao bem-estar da população. Na verdade, pouco importa que sejam de esquerda ou de direita, o que conta mesmo é que não seja ex-presidiário ou futuro presidiário, como é o caso de Lula e Bolsonaro. Afinal, o País está carente de líderes políticos que tenham esses atributos difíceis de serem encontrados atualmente. Chega de Lula e chega de Bolsonaro. As últimas eleições mostraram que ambos estão reféns de suas próprias armadilhas. Basta.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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LÍDERES MAL-INFORMADOS

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, insiste em confundir direito de voto com dever de voto. Um esclarecimento para ela: neste país somos multados se não votarmos. Isso não é direito. Isso é obrigação. Isso não é democrático. Não temos o direito de não votar. Como pode uma juíza dos mais altos escalões errar tanto assim? Como pode este país andar para frente com líderes tão pouco informados?

Helton Perillo Ferreira Leite

Lorena

*

FIM DO CICLO

“Tempos difíceis criam homens fortes. Homens fortes criam tempos bons. Tempos bons criam homens fracos. Homens fracos criam tempos difíceis”, disse Geoff Michael Hopf, autor americano. Parece que estamos no fim do ciclo, próximos à recomeçá-lo.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz

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PÁRIA INTERNACIONAL

Brics aprova adesão de 13 países, sem Venezuela, apesar da visita de Maduro (Estadão, 24/10, A10). O presidente da Rússia, Vladimir Putin, encerrou no dia 24, a 16.ª Cúpula dos Brics, da qual foi anfitrião e que lhe serviu de plataforma para combater a imagem de pária internacional. Nada é mais falso. A imagem de pária de Putin foi ou será apagada apenas para os inexpressivos gatos pingados que compõem o Brics e outras poucas ditaduras comunistas, alinhadas ideologicamente ao ditador russo. Para o resto do mundo, a imagem de Putin continua mais suja do que pau de galinheiro.

Maurilio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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ELEIÇÕES AMERICANAS

A eleição americana do próximo dia 5 é a mais importante deste primeiro quarto de século, como foram as eleições de Benito Mussolini em 1922 e de Hitler, em 1933. A democracia no mundo estará em risco se os eleitores americanos elegerem Donald Trump novamente. Os Estados Unidos não podem ser liderados por um fascista, como denunciou o General Mark Milley e o almirante John Kelly, participantes do governo Donald Trump, que encerrou com tentativa de golpe de Estado para sua permanência na presidência. Assim como Hitler elegeu os judeus como inimigo a ser destruído, Trump escolheu os imigrantes como o inimigo a ser expulso dos Estados Unidos.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

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VIOLÊNCIA NO RIO DE JANEIRO

O estado de insegurança nos aterroriza e motiva inúmeras discussões. Reavivadas ante a tragédia na Avenida Brasil e o saldo de passageiros atingidos a caminho do trabalho por tiroteio. Há um quesito, porém, em geral omitido ou negligenciado nas ações de combate à atividade criminosa. Em notícias de apreensão de produtos, o material é mostrado em fotografias ao lado de referências à corporação condutora da ação repressiva. Curiosamente, porém, não é informado o destino que foi ou será dado ao material. Causando espécie e receio de que se torne alvo de disputas. Uma medida de contenção urgente consistiria em dar destino publicável às drogas apreendidas, ação que inviabilizasse em definitivo a respectiva reutilização. A se somar, logicamente, a outras medidas de asfixia convergentes para a extinção da mercadoria, sem a qual a atividade se tornaria impraticável ou reduzida. Enfim, o alvo principal do combate ao tráfico deveria ser a mercadoria, porque matar ou prender traficantes, além de pôr em risco a população, por si só não resolve, na medida que outros virão substituir os eliminados enquanto houver produto disponível e consumidores interessados.

Patricia Porto da Silva

Rio de Janeiro

Eleições 2024

Abstenções

No 2º turno da eleição para prefeito em São Paulo viu-se um aumento considerável do número de votos nulos/brancos e abstenções. No 1º turno as abstenções foram de 27,3%, um número grande de eleitores que consideraram que os candidatos não os representavam. No domingo passado, a abstenção aumentou e ficou em 31,54%. Acho que devemos pensar muito a respeito. Será que nossos interesses de segurança, educação e saúde estão sendo atingidos ou apenas maquiados para nos enganar e nos fazer pensar que tudo vai melhorar? Que partido de fato nos representa hoje? Registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) são ao todo 29. Será que temos tantos princípios e ideais políticos diferentes que justifiquem essa quantidade de partidos? Quando um político fica pulando de partido em partido, será que ele mudou de ideologia? Ou, pior, quando eu votei nele no partido A e, durante o mandato, ele muda para o partido B, o que aconteceu com os ideais que me fizeram acreditar e votar nele? E quando os partidos veem que vão perder e resolvem fazer coligações para tentar ganhar a eleição, o que aconteceu com todo o discurso anterior? Ou seja, os partidos hoje não representam nada e a ideologia dos políticos pode mudar a qualquer hora, conforme a vontade/necessidade de vencer uma eleição. A meu ver, é contra isso que devemos lutar num primeiro momento: enxugar o número de partidos, cobrar as promessas de campanha e, numa próxima eleição, não fazer doações para campanhas sem que haja mecanismos de controle do dinheiro arrecadado.

Claudia Lebovits

São Paulo

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Lula e Bolsonaro

No 2º turno das eleições para prefeitos nas capitais brasileiras, o PT de Lula perdeu em São Paulo, Porto Alegre, Natal e Cuiabá. O PL de Jair Bolsonaro perdeu em Belo Horizonte, Fortaleza, Manaus, Goiânia, Palmas, Belém e João Pessoa. Está claro que os brasileiros sabem que Lula e Bolsonaro levaram o Brasil ao fundo do poço. Nos últimos anos, empresas multinacionais fugiram do País, a miséria aumentou, a moeda desvalorizou e nenhum novo empreendimento de grande volume trouxe empregos para os trabalhadores. A falta de segurança nas principais capitais assusta. O resultado das urnas foi a resposta dos eleitores aos farsantes e dissimulados.

José Carlos Saraiva da Costa

Belo Horizonte

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Triste missão

Está se desenhando uma triste missão para Lula: programar o réquiem do PT.

Lincool Waldemar D’Andrea

São Paulo

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Meta de inflação

O que pensa Galípolo?

Sobre a coluna de Alexandre Schwartsman intitulada Galípolo subscreve a proposta de seu mentor de elevar meta de inflação ou fingirá que não é com ele? (Estadão, 26/10), acho que a discussão sobre mudar o centro da meta de inflação é um debate importante e deve ser feito sem paixões. Independentemente de concordar ou discordar da necessidade de revisar a meta, há um relativo consenso de que o Brasil precisa escapar da armadilha da renda média e chegar ao patamar da renda alta. Se todos concordam que o objetivo é fazer com que o Brasil alcance o patamar de bem-estar econômico dos países desenvolvidos, é preciso então olhar para os países de renda alta e tentar entender o que eles fizeram, como eles conseguiram escapar da armadilha da renda média. Uma pergunta que precisamos responder é a seguinte: durante o período de transição entre a renda média e a renda alta, qual era a inflação desses países? Quantos desses países hoje considerados ricos mantiveram uma taxa de inflação de 1%, 2%, 3% ao ano? Hoje, o centro da meta brasileira é de 3%. A meta americana é de 2%; a meta dos europeus é de 2%; e a meta dos australianos é de 2% a 3% ao ano. Nós somos uma país de renda média, perseguindo uma meta de país de renda alta. Na minha modesta ignorância, fico receoso de que o Brasil, ao perseguir uma inflação de país rico, mesmo sendo um país de renda média, esteja prejudicando sua capacidade de se tornar um país rico. Se toda vez que o País ensaia aumentar suas taxas de crescimento, a autoridade monetária deprime a oferta de crédito aumentando juros, teremos de conviver eternamente com um crescimento de 1%? Não sei, mas gostaria de perguntar isso para o debate acadêmico: qual era a inflação dos países que hoje são considerados ricos durante o processo de enriquecimento? Talvez esses países tiveram de conciliar taxas razoáveis de crescimento com taxas moderadas de inflação.

Felipe Eduardo Lázaro Braga

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

LIMITE DO OPORTUNISMO

Errou feio o candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos ao aceitar uma live com o Pablo Marçal, que o acusou, sem prova, de ser usuário de drogas. Pensou que ia ganhar alguns votos dos(as) seguidores(as) deste último? Que lição ele está dando à sua filha que chorou na escola ao ouvir tal acusação, que o oportunismo não tem limite?

Omar El Seoud

São Paulo

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ALTOS E BAIXOS

Por que será que todo derrotado é oportunista? Boulos perdeu a eleição e culpa Tarcísio. Quem acredita que alguém mudaria o voto sem a tal declaração? O que disse o governador não teve nenhuma surpresa, pois no 1.° turno os jornais noticiaram que Boulos foi o mais votado nas seções eleitorais instaladas em presídios e unidades socioeducativas. Se a notícia causou espanto, o eleitor teve tempo para mudar ou não seu voto. Interessante observar que essa notícia não incomodou Boulos em 10 de outubro. E agora vem o candidato derrotado buscar culpados? É ridículo ver o choro das pessoas porque o candidato se mostrou incompetentemente, e incapaz de mostrar melhor pontuação depois de quatro anos. O melhor para o deputado derrotado realmente é o divã. Com calma e paciência ele entenderá onde foi que errou. E quem sabe aprende a não ter altos e baixos.

Izabel Avallone

São Paulo

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MÃOS À OBRA

Que o reeleito prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), faça boa governança em seu segundo mandato a partir de 1.º de janeiro de 2025 e saiba honrar os 3.393.110 de eleitores que sufragaram seu nome nas urnas no segundo turno. Como se sabe, a maior, mais rica e importante cidade do Brasil e da América Latina têm inúmeros e graves problemas a serem enfrentados e sanados. Mãos à obra.

J. S. Decol

São Paulo

*

PAIXÃO POLÍTICA

Guilherme Boulos ficou em terceiro lugar em São Paulo. Mas como, se só haviam dois candidatos na disputa? A abstenção ficou em segundo lugar com quase três milhões de pessoas que não foram votar (Boulos teve dois milhões e 300 mil votos). Foi a maior abstenção de todos os tempos, maior até que na época da pandemia. Isso mostra um certo descrédito da população na política e um certo cansaço com as opções colocadas na mesa. A cada três eleitores, um não foi votar. É muito. Não choveu, não tinha jogo de futebol, o transporte era gratuito e São Paulo não tem praia. O que faltou mesmo foi paixão pela política e especialmente pelos poliíticos. Para a democracia, isso não é bom.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

DIGNIDADE

Após uma derrota acachapante na eleição para a prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, em seu discurso de derrotado, diz que recuperou a dignidade da esquerda brasileira. O que será que ele quis dizer com isso?

Luiz Frid

São Paulo

*

RAZÃO

O resultado das eleições em São Paulo reflete bem a nova conscientização política no País. O que decide é a razão, e não mais fofocas, palavras fáceis, fúteis e sem proposições concretas, especialidade da esquerda, sempre perdida.

Arcangelo Sforcin Filho

São Paulo

*

‘PERDEDORES’

Jair Bolsonaro e Lula da Silva são os grandes perdedores das eleições municipais de 2024, e um dos motivos é que os quadros do PL e do PT são muito fracos. O outro é que nos dias de hoje já não se elege mais postes.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

*

POLARIZAÇÃO

É necessário acabar com essa polarização entre o tenente reformado como capitão, quando era para ser expulso e o ex-presidiário. Um se alimenta do outro e um é pior que o outro. A quem interessa manter essa polarização? Não sabem o mal que trazem ao País.

Carlos Tullio Schibuola

São Paulo

*

INVESTIGAÇÃO

O Supremo Tribunal Federal (STF) diz que vai investigar/discutir a influência das emendas parlamentares que turbinaram – e como – a reeleição de prefeitos ou indicados seus Brasil afora. E não só, já que os candidatos a vereador também se beneficiaram dos bilhões de reais injetados em seus municípios. Não é preciso ser nenhum expert em política pra ver que as eleições, com seu círculo vicioso e pernicioso, cada vez mais, estão sendo manipuladas por nosso dinheiro limpo, já que o bilionário fundo partidário é legal, mas torna-se sujo ao servir para compra de votos.

João Di Renna

Rio de Janeiro

*

O QUE OS BRASILEIROS QUEREM

O que os brasileiros querem realmente é que os políticos de plantão não sejam corruptos, negacionistas, radicais em suas convicções, que respeitam as leis e que sejam voltados ao bem-estar da população. Na verdade, pouco importa que sejam de esquerda ou de direita, o que conta mesmo é que não seja ex-presidiário ou futuro presidiário, como é o caso de Lula e Bolsonaro. Afinal, o País está carente de líderes políticos que tenham esses atributos difíceis de serem encontrados atualmente. Chega de Lula e chega de Bolsonaro. As últimas eleições mostraram que ambos estão reféns de suas próprias armadilhas. Basta.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

*

LÍDERES MAL-INFORMADOS

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, insiste em confundir direito de voto com dever de voto. Um esclarecimento para ela: neste país somos multados se não votarmos. Isso não é direito. Isso é obrigação. Isso não é democrático. Não temos o direito de não votar. Como pode uma juíza dos mais altos escalões errar tanto assim? Como pode este país andar para frente com líderes tão pouco informados?

Helton Perillo Ferreira Leite

Lorena

*

FIM DO CICLO

“Tempos difíceis criam homens fortes. Homens fortes criam tempos bons. Tempos bons criam homens fracos. Homens fracos criam tempos difíceis”, disse Geoff Michael Hopf, autor americano. Parece que estamos no fim do ciclo, próximos à recomeçá-lo.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz

*

PÁRIA INTERNACIONAL

Brics aprova adesão de 13 países, sem Venezuela, apesar da visita de Maduro (Estadão, 24/10, A10). O presidente da Rússia, Vladimir Putin, encerrou no dia 24, a 16.ª Cúpula dos Brics, da qual foi anfitrião e que lhe serviu de plataforma para combater a imagem de pária internacional. Nada é mais falso. A imagem de pária de Putin foi ou será apagada apenas para os inexpressivos gatos pingados que compõem o Brics e outras poucas ditaduras comunistas, alinhadas ideologicamente ao ditador russo. Para o resto do mundo, a imagem de Putin continua mais suja do que pau de galinheiro.

Maurilio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

ELEIÇÕES AMERICANAS

A eleição americana do próximo dia 5 é a mais importante deste primeiro quarto de século, como foram as eleições de Benito Mussolini em 1922 e de Hitler, em 1933. A democracia no mundo estará em risco se os eleitores americanos elegerem Donald Trump novamente. Os Estados Unidos não podem ser liderados por um fascista, como denunciou o General Mark Milley e o almirante John Kelly, participantes do governo Donald Trump, que encerrou com tentativa de golpe de Estado para sua permanência na presidência. Assim como Hitler elegeu os judeus como inimigo a ser destruído, Trump escolheu os imigrantes como o inimigo a ser expulso dos Estados Unidos.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

VIOLÊNCIA NO RIO DE JANEIRO

O estado de insegurança nos aterroriza e motiva inúmeras discussões. Reavivadas ante a tragédia na Avenida Brasil e o saldo de passageiros atingidos a caminho do trabalho por tiroteio. Há um quesito, porém, em geral omitido ou negligenciado nas ações de combate à atividade criminosa. Em notícias de apreensão de produtos, o material é mostrado em fotografias ao lado de referências à corporação condutora da ação repressiva. Curiosamente, porém, não é informado o destino que foi ou será dado ao material. Causando espécie e receio de que se torne alvo de disputas. Uma medida de contenção urgente consistiria em dar destino publicável às drogas apreendidas, ação que inviabilizasse em definitivo a respectiva reutilização. A se somar, logicamente, a outras medidas de asfixia convergentes para a extinção da mercadoria, sem a qual a atividade se tornaria impraticável ou reduzida. Enfim, o alvo principal do combate ao tráfico deveria ser a mercadoria, porque matar ou prender traficantes, além de pôr em risco a população, por si só não resolve, na medida que outros virão substituir os eliminados enquanto houver produto disponível e consumidores interessados.

Patricia Porto da Silva

Rio de Janeiro

Eleições 2024

Abstenções

No 2º turno da eleição para prefeito em São Paulo viu-se um aumento considerável do número de votos nulos/brancos e abstenções. No 1º turno as abstenções foram de 27,3%, um número grande de eleitores que consideraram que os candidatos não os representavam. No domingo passado, a abstenção aumentou e ficou em 31,54%. Acho que devemos pensar muito a respeito. Será que nossos interesses de segurança, educação e saúde estão sendo atingidos ou apenas maquiados para nos enganar e nos fazer pensar que tudo vai melhorar? Que partido de fato nos representa hoje? Registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) são ao todo 29. Será que temos tantos princípios e ideais políticos diferentes que justifiquem essa quantidade de partidos? Quando um político fica pulando de partido em partido, será que ele mudou de ideologia? Ou, pior, quando eu votei nele no partido A e, durante o mandato, ele muda para o partido B, o que aconteceu com os ideais que me fizeram acreditar e votar nele? E quando os partidos veem que vão perder e resolvem fazer coligações para tentar ganhar a eleição, o que aconteceu com todo o discurso anterior? Ou seja, os partidos hoje não representam nada e a ideologia dos políticos pode mudar a qualquer hora, conforme a vontade/necessidade de vencer uma eleição. A meu ver, é contra isso que devemos lutar num primeiro momento: enxugar o número de partidos, cobrar as promessas de campanha e, numa próxima eleição, não fazer doações para campanhas sem que haja mecanismos de controle do dinheiro arrecadado.

Claudia Lebovits

São Paulo

*

Lula e Bolsonaro

No 2º turno das eleições para prefeitos nas capitais brasileiras, o PT de Lula perdeu em São Paulo, Porto Alegre, Natal e Cuiabá. O PL de Jair Bolsonaro perdeu em Belo Horizonte, Fortaleza, Manaus, Goiânia, Palmas, Belém e João Pessoa. Está claro que os brasileiros sabem que Lula e Bolsonaro levaram o Brasil ao fundo do poço. Nos últimos anos, empresas multinacionais fugiram do País, a miséria aumentou, a moeda desvalorizou e nenhum novo empreendimento de grande volume trouxe empregos para os trabalhadores. A falta de segurança nas principais capitais assusta. O resultado das urnas foi a resposta dos eleitores aos farsantes e dissimulados.

José Carlos Saraiva da Costa

Belo Horizonte

*

Triste missão

Está se desenhando uma triste missão para Lula: programar o réquiem do PT.

Lincool Waldemar D’Andrea

São Paulo

*

Meta de inflação

O que pensa Galípolo?

Sobre a coluna de Alexandre Schwartsman intitulada Galípolo subscreve a proposta de seu mentor de elevar meta de inflação ou fingirá que não é com ele? (Estadão, 26/10), acho que a discussão sobre mudar o centro da meta de inflação é um debate importante e deve ser feito sem paixões. Independentemente de concordar ou discordar da necessidade de revisar a meta, há um relativo consenso de que o Brasil precisa escapar da armadilha da renda média e chegar ao patamar da renda alta. Se todos concordam que o objetivo é fazer com que o Brasil alcance o patamar de bem-estar econômico dos países desenvolvidos, é preciso então olhar para os países de renda alta e tentar entender o que eles fizeram, como eles conseguiram escapar da armadilha da renda média. Uma pergunta que precisamos responder é a seguinte: durante o período de transição entre a renda média e a renda alta, qual era a inflação desses países? Quantos desses países hoje considerados ricos mantiveram uma taxa de inflação de 1%, 2%, 3% ao ano? Hoje, o centro da meta brasileira é de 3%. A meta americana é de 2%; a meta dos europeus é de 2%; e a meta dos australianos é de 2% a 3% ao ano. Nós somos uma país de renda média, perseguindo uma meta de país de renda alta. Na minha modesta ignorância, fico receoso de que o Brasil, ao perseguir uma inflação de país rico, mesmo sendo um país de renda média, esteja prejudicando sua capacidade de se tornar um país rico. Se toda vez que o País ensaia aumentar suas taxas de crescimento, a autoridade monetária deprime a oferta de crédito aumentando juros, teremos de conviver eternamente com um crescimento de 1%? Não sei, mas gostaria de perguntar isso para o debate acadêmico: qual era a inflação dos países que hoje são considerados ricos durante o processo de enriquecimento? Talvez esses países tiveram de conciliar taxas razoáveis de crescimento com taxas moderadas de inflação.

Felipe Eduardo Lázaro Braga

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

LIMITE DO OPORTUNISMO

Errou feio o candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos ao aceitar uma live com o Pablo Marçal, que o acusou, sem prova, de ser usuário de drogas. Pensou que ia ganhar alguns votos dos(as) seguidores(as) deste último? Que lição ele está dando à sua filha que chorou na escola ao ouvir tal acusação, que o oportunismo não tem limite?

Omar El Seoud

São Paulo

*

ALTOS E BAIXOS

Por que será que todo derrotado é oportunista? Boulos perdeu a eleição e culpa Tarcísio. Quem acredita que alguém mudaria o voto sem a tal declaração? O que disse o governador não teve nenhuma surpresa, pois no 1.° turno os jornais noticiaram que Boulos foi o mais votado nas seções eleitorais instaladas em presídios e unidades socioeducativas. Se a notícia causou espanto, o eleitor teve tempo para mudar ou não seu voto. Interessante observar que essa notícia não incomodou Boulos em 10 de outubro. E agora vem o candidato derrotado buscar culpados? É ridículo ver o choro das pessoas porque o candidato se mostrou incompetentemente, e incapaz de mostrar melhor pontuação depois de quatro anos. O melhor para o deputado derrotado realmente é o divã. Com calma e paciência ele entenderá onde foi que errou. E quem sabe aprende a não ter altos e baixos.

Izabel Avallone

São Paulo

*

MÃOS À OBRA

Que o reeleito prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), faça boa governança em seu segundo mandato a partir de 1.º de janeiro de 2025 e saiba honrar os 3.393.110 de eleitores que sufragaram seu nome nas urnas no segundo turno. Como se sabe, a maior, mais rica e importante cidade do Brasil e da América Latina têm inúmeros e graves problemas a serem enfrentados e sanados. Mãos à obra.

J. S. Decol

São Paulo

*

PAIXÃO POLÍTICA

Guilherme Boulos ficou em terceiro lugar em São Paulo. Mas como, se só haviam dois candidatos na disputa? A abstenção ficou em segundo lugar com quase três milhões de pessoas que não foram votar (Boulos teve dois milhões e 300 mil votos). Foi a maior abstenção de todos os tempos, maior até que na época da pandemia. Isso mostra um certo descrédito da população na política e um certo cansaço com as opções colocadas na mesa. A cada três eleitores, um não foi votar. É muito. Não choveu, não tinha jogo de futebol, o transporte era gratuito e São Paulo não tem praia. O que faltou mesmo foi paixão pela política e especialmente pelos poliíticos. Para a democracia, isso não é bom.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

DIGNIDADE

Após uma derrota acachapante na eleição para a prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, em seu discurso de derrotado, diz que recuperou a dignidade da esquerda brasileira. O que será que ele quis dizer com isso?

Luiz Frid

São Paulo

*

RAZÃO

O resultado das eleições em São Paulo reflete bem a nova conscientização política no País. O que decide é a razão, e não mais fofocas, palavras fáceis, fúteis e sem proposições concretas, especialidade da esquerda, sempre perdida.

Arcangelo Sforcin Filho

São Paulo

*

‘PERDEDORES’

Jair Bolsonaro e Lula da Silva são os grandes perdedores das eleições municipais de 2024, e um dos motivos é que os quadros do PL e do PT são muito fracos. O outro é que nos dias de hoje já não se elege mais postes.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

*

POLARIZAÇÃO

É necessário acabar com essa polarização entre o tenente reformado como capitão, quando era para ser expulso e o ex-presidiário. Um se alimenta do outro e um é pior que o outro. A quem interessa manter essa polarização? Não sabem o mal que trazem ao País.

Carlos Tullio Schibuola

São Paulo

*

INVESTIGAÇÃO

O Supremo Tribunal Federal (STF) diz que vai investigar/discutir a influência das emendas parlamentares que turbinaram – e como – a reeleição de prefeitos ou indicados seus Brasil afora. E não só, já que os candidatos a vereador também se beneficiaram dos bilhões de reais injetados em seus municípios. Não é preciso ser nenhum expert em política pra ver que as eleições, com seu círculo vicioso e pernicioso, cada vez mais, estão sendo manipuladas por nosso dinheiro limpo, já que o bilionário fundo partidário é legal, mas torna-se sujo ao servir para compra de votos.

João Di Renna

Rio de Janeiro

*

O QUE OS BRASILEIROS QUEREM

O que os brasileiros querem realmente é que os políticos de plantão não sejam corruptos, negacionistas, radicais em suas convicções, que respeitam as leis e que sejam voltados ao bem-estar da população. Na verdade, pouco importa que sejam de esquerda ou de direita, o que conta mesmo é que não seja ex-presidiário ou futuro presidiário, como é o caso de Lula e Bolsonaro. Afinal, o País está carente de líderes políticos que tenham esses atributos difíceis de serem encontrados atualmente. Chega de Lula e chega de Bolsonaro. As últimas eleições mostraram que ambos estão reféns de suas próprias armadilhas. Basta.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

*

LÍDERES MAL-INFORMADOS

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, insiste em confundir direito de voto com dever de voto. Um esclarecimento para ela: neste país somos multados se não votarmos. Isso não é direito. Isso é obrigação. Isso não é democrático. Não temos o direito de não votar. Como pode uma juíza dos mais altos escalões errar tanto assim? Como pode este país andar para frente com líderes tão pouco informados?

Helton Perillo Ferreira Leite

Lorena

*

FIM DO CICLO

“Tempos difíceis criam homens fortes. Homens fortes criam tempos bons. Tempos bons criam homens fracos. Homens fracos criam tempos difíceis”, disse Geoff Michael Hopf, autor americano. Parece que estamos no fim do ciclo, próximos à recomeçá-lo.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz

*

PÁRIA INTERNACIONAL

Brics aprova adesão de 13 países, sem Venezuela, apesar da visita de Maduro (Estadão, 24/10, A10). O presidente da Rússia, Vladimir Putin, encerrou no dia 24, a 16.ª Cúpula dos Brics, da qual foi anfitrião e que lhe serviu de plataforma para combater a imagem de pária internacional. Nada é mais falso. A imagem de pária de Putin foi ou será apagada apenas para os inexpressivos gatos pingados que compõem o Brics e outras poucas ditaduras comunistas, alinhadas ideologicamente ao ditador russo. Para o resto do mundo, a imagem de Putin continua mais suja do que pau de galinheiro.

Maurilio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

ELEIÇÕES AMERICANAS

A eleição americana do próximo dia 5 é a mais importante deste primeiro quarto de século, como foram as eleições de Benito Mussolini em 1922 e de Hitler, em 1933. A democracia no mundo estará em risco se os eleitores americanos elegerem Donald Trump novamente. Os Estados Unidos não podem ser liderados por um fascista, como denunciou o General Mark Milley e o almirante John Kelly, participantes do governo Donald Trump, que encerrou com tentativa de golpe de Estado para sua permanência na presidência. Assim como Hitler elegeu os judeus como inimigo a ser destruído, Trump escolheu os imigrantes como o inimigo a ser expulso dos Estados Unidos.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

VIOLÊNCIA NO RIO DE JANEIRO

O estado de insegurança nos aterroriza e motiva inúmeras discussões. Reavivadas ante a tragédia na Avenida Brasil e o saldo de passageiros atingidos a caminho do trabalho por tiroteio. Há um quesito, porém, em geral omitido ou negligenciado nas ações de combate à atividade criminosa. Em notícias de apreensão de produtos, o material é mostrado em fotografias ao lado de referências à corporação condutora da ação repressiva. Curiosamente, porém, não é informado o destino que foi ou será dado ao material. Causando espécie e receio de que se torne alvo de disputas. Uma medida de contenção urgente consistiria em dar destino publicável às drogas apreendidas, ação que inviabilizasse em definitivo a respectiva reutilização. A se somar, logicamente, a outras medidas de asfixia convergentes para a extinção da mercadoria, sem a qual a atividade se tornaria impraticável ou reduzida. Enfim, o alvo principal do combate ao tráfico deveria ser a mercadoria, porque matar ou prender traficantes, além de pôr em risco a população, por si só não resolve, na medida que outros virão substituir os eliminados enquanto houver produto disponível e consumidores interessados.

Patricia Porto da Silva

Rio de Janeiro

Eleições 2024

Abstenções

No 2º turno da eleição para prefeito em São Paulo viu-se um aumento considerável do número de votos nulos/brancos e abstenções. No 1º turno as abstenções foram de 27,3%, um número grande de eleitores que consideraram que os candidatos não os representavam. No domingo passado, a abstenção aumentou e ficou em 31,54%. Acho que devemos pensar muito a respeito. Será que nossos interesses de segurança, educação e saúde estão sendo atingidos ou apenas maquiados para nos enganar e nos fazer pensar que tudo vai melhorar? Que partido de fato nos representa hoje? Registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) são ao todo 29. Será que temos tantos princípios e ideais políticos diferentes que justifiquem essa quantidade de partidos? Quando um político fica pulando de partido em partido, será que ele mudou de ideologia? Ou, pior, quando eu votei nele no partido A e, durante o mandato, ele muda para o partido B, o que aconteceu com os ideais que me fizeram acreditar e votar nele? E quando os partidos veem que vão perder e resolvem fazer coligações para tentar ganhar a eleição, o que aconteceu com todo o discurso anterior? Ou seja, os partidos hoje não representam nada e a ideologia dos políticos pode mudar a qualquer hora, conforme a vontade/necessidade de vencer uma eleição. A meu ver, é contra isso que devemos lutar num primeiro momento: enxugar o número de partidos, cobrar as promessas de campanha e, numa próxima eleição, não fazer doações para campanhas sem que haja mecanismos de controle do dinheiro arrecadado.

Claudia Lebovits

São Paulo

*

Lula e Bolsonaro

No 2º turno das eleições para prefeitos nas capitais brasileiras, o PT de Lula perdeu em São Paulo, Porto Alegre, Natal e Cuiabá. O PL de Jair Bolsonaro perdeu em Belo Horizonte, Fortaleza, Manaus, Goiânia, Palmas, Belém e João Pessoa. Está claro que os brasileiros sabem que Lula e Bolsonaro levaram o Brasil ao fundo do poço. Nos últimos anos, empresas multinacionais fugiram do País, a miséria aumentou, a moeda desvalorizou e nenhum novo empreendimento de grande volume trouxe empregos para os trabalhadores. A falta de segurança nas principais capitais assusta. O resultado das urnas foi a resposta dos eleitores aos farsantes e dissimulados.

José Carlos Saraiva da Costa

Belo Horizonte

*

Triste missão

Está se desenhando uma triste missão para Lula: programar o réquiem do PT.

Lincool Waldemar D’Andrea

São Paulo

*

Meta de inflação

O que pensa Galípolo?

Sobre a coluna de Alexandre Schwartsman intitulada Galípolo subscreve a proposta de seu mentor de elevar meta de inflação ou fingirá que não é com ele? (Estadão, 26/10), acho que a discussão sobre mudar o centro da meta de inflação é um debate importante e deve ser feito sem paixões. Independentemente de concordar ou discordar da necessidade de revisar a meta, há um relativo consenso de que o Brasil precisa escapar da armadilha da renda média e chegar ao patamar da renda alta. Se todos concordam que o objetivo é fazer com que o Brasil alcance o patamar de bem-estar econômico dos países desenvolvidos, é preciso então olhar para os países de renda alta e tentar entender o que eles fizeram, como eles conseguiram escapar da armadilha da renda média. Uma pergunta que precisamos responder é a seguinte: durante o período de transição entre a renda média e a renda alta, qual era a inflação desses países? Quantos desses países hoje considerados ricos mantiveram uma taxa de inflação de 1%, 2%, 3% ao ano? Hoje, o centro da meta brasileira é de 3%. A meta americana é de 2%; a meta dos europeus é de 2%; e a meta dos australianos é de 2% a 3% ao ano. Nós somos uma país de renda média, perseguindo uma meta de país de renda alta. Na minha modesta ignorância, fico receoso de que o Brasil, ao perseguir uma inflação de país rico, mesmo sendo um país de renda média, esteja prejudicando sua capacidade de se tornar um país rico. Se toda vez que o País ensaia aumentar suas taxas de crescimento, a autoridade monetária deprime a oferta de crédito aumentando juros, teremos de conviver eternamente com um crescimento de 1%? Não sei, mas gostaria de perguntar isso para o debate acadêmico: qual era a inflação dos países que hoje são considerados ricos durante o processo de enriquecimento? Talvez esses países tiveram de conciliar taxas razoáveis de crescimento com taxas moderadas de inflação.

Felipe Eduardo Lázaro Braga

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

LIMITE DO OPORTUNISMO

Errou feio o candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos ao aceitar uma live com o Pablo Marçal, que o acusou, sem prova, de ser usuário de drogas. Pensou que ia ganhar alguns votos dos(as) seguidores(as) deste último? Que lição ele está dando à sua filha que chorou na escola ao ouvir tal acusação, que o oportunismo não tem limite?

Omar El Seoud

São Paulo

*

ALTOS E BAIXOS

Por que será que todo derrotado é oportunista? Boulos perdeu a eleição e culpa Tarcísio. Quem acredita que alguém mudaria o voto sem a tal declaração? O que disse o governador não teve nenhuma surpresa, pois no 1.° turno os jornais noticiaram que Boulos foi o mais votado nas seções eleitorais instaladas em presídios e unidades socioeducativas. Se a notícia causou espanto, o eleitor teve tempo para mudar ou não seu voto. Interessante observar que essa notícia não incomodou Boulos em 10 de outubro. E agora vem o candidato derrotado buscar culpados? É ridículo ver o choro das pessoas porque o candidato se mostrou incompetentemente, e incapaz de mostrar melhor pontuação depois de quatro anos. O melhor para o deputado derrotado realmente é o divã. Com calma e paciência ele entenderá onde foi que errou. E quem sabe aprende a não ter altos e baixos.

Izabel Avallone

São Paulo

*

MÃOS À OBRA

Que o reeleito prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), faça boa governança em seu segundo mandato a partir de 1.º de janeiro de 2025 e saiba honrar os 3.393.110 de eleitores que sufragaram seu nome nas urnas no segundo turno. Como se sabe, a maior, mais rica e importante cidade do Brasil e da América Latina têm inúmeros e graves problemas a serem enfrentados e sanados. Mãos à obra.

J. S. Decol

São Paulo

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PAIXÃO POLÍTICA

Guilherme Boulos ficou em terceiro lugar em São Paulo. Mas como, se só haviam dois candidatos na disputa? A abstenção ficou em segundo lugar com quase três milhões de pessoas que não foram votar (Boulos teve dois milhões e 300 mil votos). Foi a maior abstenção de todos os tempos, maior até que na época da pandemia. Isso mostra um certo descrédito da população na política e um certo cansaço com as opções colocadas na mesa. A cada três eleitores, um não foi votar. É muito. Não choveu, não tinha jogo de futebol, o transporte era gratuito e São Paulo não tem praia. O que faltou mesmo foi paixão pela política e especialmente pelos poliíticos. Para a democracia, isso não é bom.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

DIGNIDADE

Após uma derrota acachapante na eleição para a prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, em seu discurso de derrotado, diz que recuperou a dignidade da esquerda brasileira. O que será que ele quis dizer com isso?

Luiz Frid

São Paulo

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RAZÃO

O resultado das eleições em São Paulo reflete bem a nova conscientização política no País. O que decide é a razão, e não mais fofocas, palavras fáceis, fúteis e sem proposições concretas, especialidade da esquerda, sempre perdida.

Arcangelo Sforcin Filho

São Paulo

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‘PERDEDORES’

Jair Bolsonaro e Lula da Silva são os grandes perdedores das eleições municipais de 2024, e um dos motivos é que os quadros do PL e do PT são muito fracos. O outro é que nos dias de hoje já não se elege mais postes.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

*

POLARIZAÇÃO

É necessário acabar com essa polarização entre o tenente reformado como capitão, quando era para ser expulso e o ex-presidiário. Um se alimenta do outro e um é pior que o outro. A quem interessa manter essa polarização? Não sabem o mal que trazem ao País.

Carlos Tullio Schibuola

São Paulo

*

INVESTIGAÇÃO

O Supremo Tribunal Federal (STF) diz que vai investigar/discutir a influência das emendas parlamentares que turbinaram – e como – a reeleição de prefeitos ou indicados seus Brasil afora. E não só, já que os candidatos a vereador também se beneficiaram dos bilhões de reais injetados em seus municípios. Não é preciso ser nenhum expert em política pra ver que as eleições, com seu círculo vicioso e pernicioso, cada vez mais, estão sendo manipuladas por nosso dinheiro limpo, já que o bilionário fundo partidário é legal, mas torna-se sujo ao servir para compra de votos.

João Di Renna

Rio de Janeiro

*

O QUE OS BRASILEIROS QUEREM

O que os brasileiros querem realmente é que os políticos de plantão não sejam corruptos, negacionistas, radicais em suas convicções, que respeitam as leis e que sejam voltados ao bem-estar da população. Na verdade, pouco importa que sejam de esquerda ou de direita, o que conta mesmo é que não seja ex-presidiário ou futuro presidiário, como é o caso de Lula e Bolsonaro. Afinal, o País está carente de líderes políticos que tenham esses atributos difíceis de serem encontrados atualmente. Chega de Lula e chega de Bolsonaro. As últimas eleições mostraram que ambos estão reféns de suas próprias armadilhas. Basta.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

*

LÍDERES MAL-INFORMADOS

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, insiste em confundir direito de voto com dever de voto. Um esclarecimento para ela: neste país somos multados se não votarmos. Isso não é direito. Isso é obrigação. Isso não é democrático. Não temos o direito de não votar. Como pode uma juíza dos mais altos escalões errar tanto assim? Como pode este país andar para frente com líderes tão pouco informados?

Helton Perillo Ferreira Leite

Lorena

*

FIM DO CICLO

“Tempos difíceis criam homens fortes. Homens fortes criam tempos bons. Tempos bons criam homens fracos. Homens fracos criam tempos difíceis”, disse Geoff Michael Hopf, autor americano. Parece que estamos no fim do ciclo, próximos à recomeçá-lo.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz

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PÁRIA INTERNACIONAL

Brics aprova adesão de 13 países, sem Venezuela, apesar da visita de Maduro (Estadão, 24/10, A10). O presidente da Rússia, Vladimir Putin, encerrou no dia 24, a 16.ª Cúpula dos Brics, da qual foi anfitrião e que lhe serviu de plataforma para combater a imagem de pária internacional. Nada é mais falso. A imagem de pária de Putin foi ou será apagada apenas para os inexpressivos gatos pingados que compõem o Brics e outras poucas ditaduras comunistas, alinhadas ideologicamente ao ditador russo. Para o resto do mundo, a imagem de Putin continua mais suja do que pau de galinheiro.

Maurilio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

ELEIÇÕES AMERICANAS

A eleição americana do próximo dia 5 é a mais importante deste primeiro quarto de século, como foram as eleições de Benito Mussolini em 1922 e de Hitler, em 1933. A democracia no mundo estará em risco se os eleitores americanos elegerem Donald Trump novamente. Os Estados Unidos não podem ser liderados por um fascista, como denunciou o General Mark Milley e o almirante John Kelly, participantes do governo Donald Trump, que encerrou com tentativa de golpe de Estado para sua permanência na presidência. Assim como Hitler elegeu os judeus como inimigo a ser destruído, Trump escolheu os imigrantes como o inimigo a ser expulso dos Estados Unidos.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

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VIOLÊNCIA NO RIO DE JANEIRO

O estado de insegurança nos aterroriza e motiva inúmeras discussões. Reavivadas ante a tragédia na Avenida Brasil e o saldo de passageiros atingidos a caminho do trabalho por tiroteio. Há um quesito, porém, em geral omitido ou negligenciado nas ações de combate à atividade criminosa. Em notícias de apreensão de produtos, o material é mostrado em fotografias ao lado de referências à corporação condutora da ação repressiva. Curiosamente, porém, não é informado o destino que foi ou será dado ao material. Causando espécie e receio de que se torne alvo de disputas. Uma medida de contenção urgente consistiria em dar destino publicável às drogas apreendidas, ação que inviabilizasse em definitivo a respectiva reutilização. A se somar, logicamente, a outras medidas de asfixia convergentes para a extinção da mercadoria, sem a qual a atividade se tornaria impraticável ou reduzida. Enfim, o alvo principal do combate ao tráfico deveria ser a mercadoria, porque matar ou prender traficantes, além de pôr em risco a população, por si só não resolve, na medida que outros virão substituir os eliminados enquanto houver produto disponível e consumidores interessados.

Patricia Porto da Silva

Rio de Janeiro

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