Fórum dos Leitores


Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

Por Fórum dos Leitores

Queimadas

E o Congresso?

O Brasil está entregue aos incendiários e aos incêndios. Quando será que a Câmara dos Deputados e o Senado vão dar atenção a uma situação que está literalmente acabando com o Brasil? Quais as causas? O que fazer para acabar com estes incêndios cíclicos, criminosos ou não? Os R$ 23 bilhões perdoados dos partidos políticos bem que poderiam ser empregados nesta causa. Ou vai ficar por isso mesmo, todos os anos?

continua após a publicidade

Anneliese R. G. Fischer Thom

São Paulo

*

continua após a publicidade

Auxílio Gás

De R$ 3,4 bi para R$ 13,6 bi

Governo ignora aperto fiscal e quer multiplicar Auxílio Gás por quatro (Estadão, 27/8). Muito embora não seja contrário a programas sociais do governo, estes deveriam ser monitorados, já que não se trata de esmolas, mas sim de um apoio emergencial vinculado a portas de saída. No entanto, a multiplicação do Auxílio Gás de R$ 3,4 bilhões para R$ 13,6 bilhões em 2026, ano eleitoral, demonstra mais uma vez que o propósito real de Lula da Silva, nunca antes ignorado, é a fisiológica compra de votos nos rincões do Nordeste. Sem medo de errar, não posso me calar diante de um fato pouco comentado, de que estes “vales tudo” dados sem contrapartidas fazem com que os agraciados se acomodem à situação, bastando fazer mais alguns bicos para conseguir quase o que receberiam em empregos formais, mas sem a obrigação de cumprir horários e outros compromissos, sendo responsáveis pela dificuldade atual da contratação de trabalhadores de menor qualificação ou sem maiores exigências técnicas – fato que pode ser facilmente constatado e verificado de norte a sul do País, bastando para isso sair às ruas.

continua após a publicidade

Alberto Mac Dowell Figueiredo

São Carlos

*

continua após a publicidade

América Latina

‘Coisinhas’ sobre Lula

Segundo publicação da agência Ansa, o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, atacou seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, em razão da crise na Venezuela: “Se você quer respeito, me respeite, Lula. Se você quer que o povo bolivariano te respeite, respeite a vitória do presidente Maduro e não se deixe levar (pelos EUA)”, disse. O líder sandinista ainda lembrou os escândalos de corrupção envolvendo o governo Lula no passado, como o da Lava Jato. “Não foi o governo mais limpo, lembre-se bem, Lula, porque eu poderei contar várias coisinhas”, ameaçou Ortega. E quanto a Nicolás Maduro, quantas coisinhas ele também poderá contar sobre Lula?

continua após a publicidade

Simão Korn

São Paulo

*

continua após a publicidade

Contorcionismos

O Estadão de terça-feira (27/8) publicou matéria na página A12 que merecia ter chamada na primeira página. Trata-se de uma declaração de Daniel Ortega sobre Lula que vale a pena reproduzir: “Não me diga que as suas gestões foram extraordinárias” (...) “Aparentemente, não foram governos muito claros, muito limpos”. Vindo de um ditador, esquerdista, essa declaração tem peso relevante. Mas a avaliação de Ortega merece um reparo: ele poderia ter suprimido o “aparentemente”, que estaria sendo mais correto. Quanto à posição do governo Lula em relação à Venezuela, Ortega pode estar equivocado, pois Lula vai continuar fazendo contorcionismos para, ao fim, manter as suas boas relações com Nicolás Maduro. O tempo dirá.

José Carlos Lyrio Rocha

Vitória

*

Carta na manga

Não faltam provas e fatos para qualquer pessoa entender que houve uma grande fraude eleitoral na Venezuela. Então por que nosso presidente não posiciona o Brasil como mais uma nação a não aceitar os resultados? Maduro deve ter uma poderosa carta na manga contra Lula, e assim nosso presidente fica totalmente refém. Vergonha e tristeza.

Luiz Sertório

São Paulo

*

Correção

Os presidentes dos fundos de pensão Previ, Petros, Funcef e Postalis não foram nomeados pelo presidente Lula da Silva, como dito no editorial O maná dos fundos de pensão (24/8, A3). Eles foram designados pelos presidentes, respectivamente, do Banco do Brasil, da Petrobras, da Caixa e dos Correios, estes sim nomeados por Lula. A Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) propôs a mudança nas regras de investimento dos fundos de pensão, mas seu presidente, diferentemente do que disse o editorial, não participou da reunião de Lula com os presidentes dos fundos das estatais que tratou do assunto.

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

AGÊNCIAS REGULADORAS

Fica claro para o investidor que lê com olhar atento um editorial como Cobranças desarrazoadas (Estadão, 28/8, A3), de um jornal sério e do prestígio como o Estadão, que é proposital a postura do governo Lula em desestruturar as agências reguladoras. A independência da instituição de Estado que o capital privado enxerga como garantia às suas aplicações, mormente nas atividades monopolísticas em que as receitas das concessionárias dependem de um órgão técnico e apolítico, o governante míope e/ou mal intencionado, vê como obstáculo às suas vontades. Essa incompatibilidade demonstra que jamais, num clima como esse, a privatização de serviços de infraestrutura terá futuro no Brasil. No curto prazo, a única solução é o Congresso Nacional chamar para si a questão e transferir a subordinação de agências como a Aneel ao Judiciário, afinal, a mais importante missão do órgão é garantir às partes, consumidores e investidores que seus direitos e deveres serão observados e garantidos pelo Estado, independentemente do desejo dos políticos e governantes de ocasião. No longo prazo, como fazem com sucesso os Estados Unidos, a descentralização do poder concedente aos Estados é a medida comprovadamente mais eficaz ao País.

Nilson Otávio de Oliveira

São Paulo

*

ALEXANDRE DE MORAES

Após inúmeros atos e atitudes noticiadas pelo Estadão, inclusive no editorial Alexandre de Moraes ataca de novo (Estadão, 28/8, A3) ficam comprovadas as assertivas ditas pelo imortal Arthur Schopenhauer: “As palavras de uma pessoa são o reflexo de seu caráter”, e pelo inesquecível Bertolt Brecht: “Há juízes que são absolutamente incorruptíveis; ninguém consegue induzi-los a fazer justiça”.

Fernando de Oliveira Geribello

São Paulo

*

IMPEACHMENT

O que o presidente do Senado Federal está esperando para liberar a tramitação do pedido de impeachment de Alexandre de Moraes?

F. G. Salgado Cesar

Guarujá

*

‘CUIDADO’

Cuidado cidadão comum, você pode ter adquirido, sem saber, foro privilegiado e estar sendo investigado secretamente pelo ministro Alexandre de Moraes. Deve ser a tal de democracia relativa do presidente Lula.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

*

‘TUDO É POSSÍVEL’

Em reação à decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que paralisou a execução de todas as emendas parlamentares impositivas, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, desengavetou a PEC que permite o Congresso suspender decisões consideradas uma extrapolação das funções da Corte. A discussão dessa PEC vem bem a calhar diante do que está acontecendo na Venezuela neste momento. O antecessor de Nicolás Maduro, o não menos ditador Hugo Chávez, articulou e cooptou o Tribunal Supremo local (equivalente ao STF) de modo a implantar seu projeto autoritário de poder disfarçando-o de República. O relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança disse que o texto “não atenta, nem tende a abolir a separação dos Poderes”. Engano. Numa democracia plena, com os Três Poderes bem definidos, quem dá a última palavra é o Judiciário – regra básica, fundamental. Permitir a revisão e interferência do Congresso em decisões da Corte vilipendia os pilares da República e abre caminho para a venezuelização do país. Infelizmente, depois de o Congresso ter aprovado a PEC que anistia partidos, em outras palavras, auto anistia, tudo é possível.

Luciano Harary

São Paulo

*

DESMATAMENTO

O ministro Flávio Dino deveria instar o presidente Lula da Silva a parar de prevaricar e acabar com o desmatamento ilegal imediatamente. Nada justifica a inação do governo diante dos crimes ambientais que estão destruindo milhões de hectares no País inteiro. O fim do desmatamento ilegal em 2030 proposto por Lula significa ficar seis anos promovendo, incentivando e assistindo ao País ser destruído por um bando de ignorantes. Chega, basta.

Mário Barilá Filho

São Paulo

*

‘SALVADORES DA PÁTRIA’

Ao longo da história da política brasileira, sempre houve, e pelo andar da carruagem sempre haverá, um salvador da pátria, aquele que tem solução fácil para nossos problemas complexos. Jânio da Silva Quadros, o homem da vassoura que ia varrer a corrupção do Brasil. Fernando Collor de Mello, o caçador de marajás, que combateria os supersalários, tornando o Brasil mais justo. Agora, a novidade é o jovem Pablo Marçal, com sua língua afiada, e mais radical do que Jair Bolsonaro, vai resolver os problemas da cidade de São Paulo. Pobre Brasil, onde o gogó ainda elege despreparados, vendendo ilusão para incautos.

Luiz Thadeu Nunes e Silva

São Luís

*

‘ETERNA ÂNSIA’

Ex-parlamentares, tanto homens como mulheres, que não desencarnam nunca, passaram a cultivar mania patética, vexaminosa e melancólica. Vão passear e bater ponto nos plenários da Câmara e do Senado. Ficam olhando para o teto, esperam ser reconhecidos, saudosos dos tempos em que tinham mandato e não faziam nada. Eterna ânsia de aparecer. Tomam café, comem pão de queijo e jogam conversa fora com quem estiver do lado. Os recintos viram feira e casa da mãe Joana. Muitos deles se tornaram lobistas engomados, com crachá que os credencia oficialmente a defenderem os interesses mais espúrios. O desaforado e respeitado baiano Antônio Carlos Magalhães, quando era presidente do Senado e do Congresso, não dava moleza para essa gente. Raros se atreviam a contrariá-lo.

Vicente Limongi Netto

Brasília

*

HINO NACIONAL

A infeliz ideia da equipe do candidato Guilherme Boulos à prefeitura de São Paulo de mudar a letra do Hino Nacional para a ridícula linguagem neutra mostrou bem a filosofia do psolista. A importância que é dada à questão do gênero, inclusive à ponto de alterar nosso símbolo nacional, é um acinte ao mais humilde cidadão paulistano que deseja a implementação de projetos físicos que melhorem a qualidade de vida do seu povo. Boulos não tem a cabeça de administrador que a maior cidade da América do Sul exige. A complexidade da capital paulista é o xeque-mate em dois lances que estão à frente do candidato. O pessoal do Psol não sabe que o neutro foi assimilado pelo masculino desde sua passagem do latim para o português. Seria melhor se Boulos cantasse o hino em tupi-guarani.

Mário Negrão Borgonovi

Rio de Janeiro

*

AUSÊNCIA EM DEBATES

Agora virou praxe reduzir o número de candidatos convidados em debates, sabatinas e entrevistas. Nada mais antidemocrático para quem viveu a volta da democracia no Brasil após o golpe de 1964. Como teremos renovação, absolutamente necessária, se eleitor é tolido de ver todos os candidatos?

Alfredo Tucunduva

São Paulo

*

AVIAÇÃO BRASILEIRA

Como pode a aviação regional, que na década de 1950 chegou a atender 400 cidades, estar nesta decadência hoje? Infelizmente, viajar de avião é um transporte de luxo para poucos. Nos EUA, o céu é cortado por rotas aéreas e a preços acessíveis, enquanto que aqui há um desestímulo total, visto que o combustível para as aéreas regionais é até três vezes mais caro. Tanta politicagem em cima do setor tem um único objetivo: dar emprego para a companheirada e submeter o povo à miséria. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciado com tanta pompa, era para ter mostrado a que veio. E pensar que até hoje a Anac está sem presidente. Também, se for uma figurativa, melhor não ter, fica mais barato.

Izabel Avallone

São Paulo

*

POLÍTICA BRASILEIRA

O que houve? (Estadão, 25/8, C8), pergunta e encerra o articulista. Os partidos políticos recebem, no total, uma quantia bilionária para selecionar, dentre seus filiados, os melhores. Tudo indica que não estão cumprindo com este papel básico. Como regra geral, a política atrai pessoas de má índole e mal intencionada, e repele pessoas competentes e íntegras. Isto acontece pelo poder e impunidade que a atual política lhes oferece. Tudo indica que temos pessoas íntegras e competentes se filiando e até mesmo se candidatando. Pensando nas eleições proporcionais, de vereadores e deputados, os partidos precisam de pessoas com um perfil adequado para conseguir votos e cadeiras proporcionais. A questão parece residir na ocupação das cadeiras obtidas. Um grande número de votos, os que têm em mãos R$ 5 bilhões para gastar em campanhas, não têm dificuldade para conseguir. Então, a única saída que vejo é o esforço do eleitor, com sua força limitada, mas numericamente superior, concentrar seus votos para eleger aqueles que estão entre uma quantidade enorme de candidatos, mas têm a necessária integridade e competência. Daí a importância das redes de confiança e do voto distrital por vontade do eleitor para melhorar a qualidade dos eleitos.

Carlos Roberto Teixeira Netto

Rio De Janeiro

*

FUMAÇA DAS QUEIMADAS

Complementando o alerta do professor Reinaldo Bazito em Micropartículas trazem mais risco, mas há ainda carbono e enxofre (Estadão, 27/8, A16), os óxidos de nitrogênio também contribuem para a formação da chuva ácida e é o trióxido de enxofre que em contato com a água forma o ácido sulfúrico. O dióxido também pode ser oxidado a trióxido. O contato do dióxido de enxofre com a água forma o ácido sulfuroso, que também contribui para baixar o pH da chuva tornando-a ácida. O próprio dióxido de carbono (CO2) também contribui em menor extensão para a formação da chuva ácida.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

*

ANA BEATRIZ DO BRASIL

Era uma vez uma menina de 13 anos moradora na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, que foi atingida por uma das fatídicas balas perdidas, de fuzil, em mais um tiroteio entre polícia e traficantes na rotina do Estado, em 13 de junho de 2024. A bala entrou nas costas e atingiu vários órgãos de sua barriga. Inacreditavelmente, Ana Beatriz sobreviveu após duas operações. Uma de quatro horas no Hospital Evandro Freire, em Niterói. Ela perdeu o baço, o rim esquerdo, parte do intestino grosso, parte do estômago e a base do pulmão. Depois, foi transferida para o Hospital Souza Aguiar, sob os cuidados do médico Edmo Dutra Franco. Fez nova operação, ficando internda por 72 dias. Magrinha, simples, humilde e trabalhadora, Ana Beatriz passou estes dois meses e 12 dias internada, fazendo terços e pulseiras, com lindas contas coloridas. Sua incrível resistência física e mental e sua história de vida, resiliência e sobrevivência ao horror de viver no Rio de Janeiro, de todas as bandidagens, foi mostrada no Jornal Nacional da TV Globo, em 24 de agosto, para emoção geral do País. Que sua odisséia seja contada e relembrada para não ser mais repetida por outras tantas crianças, como as mortas por balas perdidas neste triste Brasil de tragédias anunciadas e repetidas ao infinito. Um beijo para você, querida Ana Beatriz, heroína do Brasil profundo.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

JUAN IZQUIERDO

Assusta constatar a falta de departamentos médicos capazes de identificar a doença cardíaca antes da ocorrência de um caso fatal. Os clubes são responsáveis.

Antonio Manoel Vasques Gomes

Rio de Janeiro

Queimadas

E o Congresso?

O Brasil está entregue aos incendiários e aos incêndios. Quando será que a Câmara dos Deputados e o Senado vão dar atenção a uma situação que está literalmente acabando com o Brasil? Quais as causas? O que fazer para acabar com estes incêndios cíclicos, criminosos ou não? Os R$ 23 bilhões perdoados dos partidos políticos bem que poderiam ser empregados nesta causa. Ou vai ficar por isso mesmo, todos os anos?

Anneliese R. G. Fischer Thom

São Paulo

*

Auxílio Gás

De R$ 3,4 bi para R$ 13,6 bi

Governo ignora aperto fiscal e quer multiplicar Auxílio Gás por quatro (Estadão, 27/8). Muito embora não seja contrário a programas sociais do governo, estes deveriam ser monitorados, já que não se trata de esmolas, mas sim de um apoio emergencial vinculado a portas de saída. No entanto, a multiplicação do Auxílio Gás de R$ 3,4 bilhões para R$ 13,6 bilhões em 2026, ano eleitoral, demonstra mais uma vez que o propósito real de Lula da Silva, nunca antes ignorado, é a fisiológica compra de votos nos rincões do Nordeste. Sem medo de errar, não posso me calar diante de um fato pouco comentado, de que estes “vales tudo” dados sem contrapartidas fazem com que os agraciados se acomodem à situação, bastando fazer mais alguns bicos para conseguir quase o que receberiam em empregos formais, mas sem a obrigação de cumprir horários e outros compromissos, sendo responsáveis pela dificuldade atual da contratação de trabalhadores de menor qualificação ou sem maiores exigências técnicas – fato que pode ser facilmente constatado e verificado de norte a sul do País, bastando para isso sair às ruas.

Alberto Mac Dowell Figueiredo

São Carlos

*

América Latina

‘Coisinhas’ sobre Lula

Segundo publicação da agência Ansa, o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, atacou seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, em razão da crise na Venezuela: “Se você quer respeito, me respeite, Lula. Se você quer que o povo bolivariano te respeite, respeite a vitória do presidente Maduro e não se deixe levar (pelos EUA)”, disse. O líder sandinista ainda lembrou os escândalos de corrupção envolvendo o governo Lula no passado, como o da Lava Jato. “Não foi o governo mais limpo, lembre-se bem, Lula, porque eu poderei contar várias coisinhas”, ameaçou Ortega. E quanto a Nicolás Maduro, quantas coisinhas ele também poderá contar sobre Lula?

Simão Korn

São Paulo

*

Contorcionismos

O Estadão de terça-feira (27/8) publicou matéria na página A12 que merecia ter chamada na primeira página. Trata-se de uma declaração de Daniel Ortega sobre Lula que vale a pena reproduzir: “Não me diga que as suas gestões foram extraordinárias” (...) “Aparentemente, não foram governos muito claros, muito limpos”. Vindo de um ditador, esquerdista, essa declaração tem peso relevante. Mas a avaliação de Ortega merece um reparo: ele poderia ter suprimido o “aparentemente”, que estaria sendo mais correto. Quanto à posição do governo Lula em relação à Venezuela, Ortega pode estar equivocado, pois Lula vai continuar fazendo contorcionismos para, ao fim, manter as suas boas relações com Nicolás Maduro. O tempo dirá.

José Carlos Lyrio Rocha

Vitória

*

Carta na manga

Não faltam provas e fatos para qualquer pessoa entender que houve uma grande fraude eleitoral na Venezuela. Então por que nosso presidente não posiciona o Brasil como mais uma nação a não aceitar os resultados? Maduro deve ter uma poderosa carta na manga contra Lula, e assim nosso presidente fica totalmente refém. Vergonha e tristeza.

Luiz Sertório

São Paulo

*

Correção

Os presidentes dos fundos de pensão Previ, Petros, Funcef e Postalis não foram nomeados pelo presidente Lula da Silva, como dito no editorial O maná dos fundos de pensão (24/8, A3). Eles foram designados pelos presidentes, respectivamente, do Banco do Brasil, da Petrobras, da Caixa e dos Correios, estes sim nomeados por Lula. A Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) propôs a mudança nas regras de investimento dos fundos de pensão, mas seu presidente, diferentemente do que disse o editorial, não participou da reunião de Lula com os presidentes dos fundos das estatais que tratou do assunto.

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

AGÊNCIAS REGULADORAS

Fica claro para o investidor que lê com olhar atento um editorial como Cobranças desarrazoadas (Estadão, 28/8, A3), de um jornal sério e do prestígio como o Estadão, que é proposital a postura do governo Lula em desestruturar as agências reguladoras. A independência da instituição de Estado que o capital privado enxerga como garantia às suas aplicações, mormente nas atividades monopolísticas em que as receitas das concessionárias dependem de um órgão técnico e apolítico, o governante míope e/ou mal intencionado, vê como obstáculo às suas vontades. Essa incompatibilidade demonstra que jamais, num clima como esse, a privatização de serviços de infraestrutura terá futuro no Brasil. No curto prazo, a única solução é o Congresso Nacional chamar para si a questão e transferir a subordinação de agências como a Aneel ao Judiciário, afinal, a mais importante missão do órgão é garantir às partes, consumidores e investidores que seus direitos e deveres serão observados e garantidos pelo Estado, independentemente do desejo dos políticos e governantes de ocasião. No longo prazo, como fazem com sucesso os Estados Unidos, a descentralização do poder concedente aos Estados é a medida comprovadamente mais eficaz ao País.

Nilson Otávio de Oliveira

São Paulo

*

ALEXANDRE DE MORAES

Após inúmeros atos e atitudes noticiadas pelo Estadão, inclusive no editorial Alexandre de Moraes ataca de novo (Estadão, 28/8, A3) ficam comprovadas as assertivas ditas pelo imortal Arthur Schopenhauer: “As palavras de uma pessoa são o reflexo de seu caráter”, e pelo inesquecível Bertolt Brecht: “Há juízes que são absolutamente incorruptíveis; ninguém consegue induzi-los a fazer justiça”.

Fernando de Oliveira Geribello

São Paulo

*

IMPEACHMENT

O que o presidente do Senado Federal está esperando para liberar a tramitação do pedido de impeachment de Alexandre de Moraes?

F. G. Salgado Cesar

Guarujá

*

‘CUIDADO’

Cuidado cidadão comum, você pode ter adquirido, sem saber, foro privilegiado e estar sendo investigado secretamente pelo ministro Alexandre de Moraes. Deve ser a tal de democracia relativa do presidente Lula.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

*

‘TUDO É POSSÍVEL’

Em reação à decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que paralisou a execução de todas as emendas parlamentares impositivas, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, desengavetou a PEC que permite o Congresso suspender decisões consideradas uma extrapolação das funções da Corte. A discussão dessa PEC vem bem a calhar diante do que está acontecendo na Venezuela neste momento. O antecessor de Nicolás Maduro, o não menos ditador Hugo Chávez, articulou e cooptou o Tribunal Supremo local (equivalente ao STF) de modo a implantar seu projeto autoritário de poder disfarçando-o de República. O relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança disse que o texto “não atenta, nem tende a abolir a separação dos Poderes”. Engano. Numa democracia plena, com os Três Poderes bem definidos, quem dá a última palavra é o Judiciário – regra básica, fundamental. Permitir a revisão e interferência do Congresso em decisões da Corte vilipendia os pilares da República e abre caminho para a venezuelização do país. Infelizmente, depois de o Congresso ter aprovado a PEC que anistia partidos, em outras palavras, auto anistia, tudo é possível.

Luciano Harary

São Paulo

*

DESMATAMENTO

O ministro Flávio Dino deveria instar o presidente Lula da Silva a parar de prevaricar e acabar com o desmatamento ilegal imediatamente. Nada justifica a inação do governo diante dos crimes ambientais que estão destruindo milhões de hectares no País inteiro. O fim do desmatamento ilegal em 2030 proposto por Lula significa ficar seis anos promovendo, incentivando e assistindo ao País ser destruído por um bando de ignorantes. Chega, basta.

Mário Barilá Filho

São Paulo

*

‘SALVADORES DA PÁTRIA’

Ao longo da história da política brasileira, sempre houve, e pelo andar da carruagem sempre haverá, um salvador da pátria, aquele que tem solução fácil para nossos problemas complexos. Jânio da Silva Quadros, o homem da vassoura que ia varrer a corrupção do Brasil. Fernando Collor de Mello, o caçador de marajás, que combateria os supersalários, tornando o Brasil mais justo. Agora, a novidade é o jovem Pablo Marçal, com sua língua afiada, e mais radical do que Jair Bolsonaro, vai resolver os problemas da cidade de São Paulo. Pobre Brasil, onde o gogó ainda elege despreparados, vendendo ilusão para incautos.

Luiz Thadeu Nunes e Silva

São Luís

*

‘ETERNA ÂNSIA’

Ex-parlamentares, tanto homens como mulheres, que não desencarnam nunca, passaram a cultivar mania patética, vexaminosa e melancólica. Vão passear e bater ponto nos plenários da Câmara e do Senado. Ficam olhando para o teto, esperam ser reconhecidos, saudosos dos tempos em que tinham mandato e não faziam nada. Eterna ânsia de aparecer. Tomam café, comem pão de queijo e jogam conversa fora com quem estiver do lado. Os recintos viram feira e casa da mãe Joana. Muitos deles se tornaram lobistas engomados, com crachá que os credencia oficialmente a defenderem os interesses mais espúrios. O desaforado e respeitado baiano Antônio Carlos Magalhães, quando era presidente do Senado e do Congresso, não dava moleza para essa gente. Raros se atreviam a contrariá-lo.

Vicente Limongi Netto

Brasília

*

HINO NACIONAL

A infeliz ideia da equipe do candidato Guilherme Boulos à prefeitura de São Paulo de mudar a letra do Hino Nacional para a ridícula linguagem neutra mostrou bem a filosofia do psolista. A importância que é dada à questão do gênero, inclusive à ponto de alterar nosso símbolo nacional, é um acinte ao mais humilde cidadão paulistano que deseja a implementação de projetos físicos que melhorem a qualidade de vida do seu povo. Boulos não tem a cabeça de administrador que a maior cidade da América do Sul exige. A complexidade da capital paulista é o xeque-mate em dois lances que estão à frente do candidato. O pessoal do Psol não sabe que o neutro foi assimilado pelo masculino desde sua passagem do latim para o português. Seria melhor se Boulos cantasse o hino em tupi-guarani.

Mário Negrão Borgonovi

Rio de Janeiro

*

AUSÊNCIA EM DEBATES

Agora virou praxe reduzir o número de candidatos convidados em debates, sabatinas e entrevistas. Nada mais antidemocrático para quem viveu a volta da democracia no Brasil após o golpe de 1964. Como teremos renovação, absolutamente necessária, se eleitor é tolido de ver todos os candidatos?

Alfredo Tucunduva

São Paulo

*

AVIAÇÃO BRASILEIRA

Como pode a aviação regional, que na década de 1950 chegou a atender 400 cidades, estar nesta decadência hoje? Infelizmente, viajar de avião é um transporte de luxo para poucos. Nos EUA, o céu é cortado por rotas aéreas e a preços acessíveis, enquanto que aqui há um desestímulo total, visto que o combustível para as aéreas regionais é até três vezes mais caro. Tanta politicagem em cima do setor tem um único objetivo: dar emprego para a companheirada e submeter o povo à miséria. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciado com tanta pompa, era para ter mostrado a que veio. E pensar que até hoje a Anac está sem presidente. Também, se for uma figurativa, melhor não ter, fica mais barato.

Izabel Avallone

São Paulo

*

POLÍTICA BRASILEIRA

O que houve? (Estadão, 25/8, C8), pergunta e encerra o articulista. Os partidos políticos recebem, no total, uma quantia bilionária para selecionar, dentre seus filiados, os melhores. Tudo indica que não estão cumprindo com este papel básico. Como regra geral, a política atrai pessoas de má índole e mal intencionada, e repele pessoas competentes e íntegras. Isto acontece pelo poder e impunidade que a atual política lhes oferece. Tudo indica que temos pessoas íntegras e competentes se filiando e até mesmo se candidatando. Pensando nas eleições proporcionais, de vereadores e deputados, os partidos precisam de pessoas com um perfil adequado para conseguir votos e cadeiras proporcionais. A questão parece residir na ocupação das cadeiras obtidas. Um grande número de votos, os que têm em mãos R$ 5 bilhões para gastar em campanhas, não têm dificuldade para conseguir. Então, a única saída que vejo é o esforço do eleitor, com sua força limitada, mas numericamente superior, concentrar seus votos para eleger aqueles que estão entre uma quantidade enorme de candidatos, mas têm a necessária integridade e competência. Daí a importância das redes de confiança e do voto distrital por vontade do eleitor para melhorar a qualidade dos eleitos.

Carlos Roberto Teixeira Netto

Rio De Janeiro

*

FUMAÇA DAS QUEIMADAS

Complementando o alerta do professor Reinaldo Bazito em Micropartículas trazem mais risco, mas há ainda carbono e enxofre (Estadão, 27/8, A16), os óxidos de nitrogênio também contribuem para a formação da chuva ácida e é o trióxido de enxofre que em contato com a água forma o ácido sulfúrico. O dióxido também pode ser oxidado a trióxido. O contato do dióxido de enxofre com a água forma o ácido sulfuroso, que também contribui para baixar o pH da chuva tornando-a ácida. O próprio dióxido de carbono (CO2) também contribui em menor extensão para a formação da chuva ácida.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

*

ANA BEATRIZ DO BRASIL

Era uma vez uma menina de 13 anos moradora na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, que foi atingida por uma das fatídicas balas perdidas, de fuzil, em mais um tiroteio entre polícia e traficantes na rotina do Estado, em 13 de junho de 2024. A bala entrou nas costas e atingiu vários órgãos de sua barriga. Inacreditavelmente, Ana Beatriz sobreviveu após duas operações. Uma de quatro horas no Hospital Evandro Freire, em Niterói. Ela perdeu o baço, o rim esquerdo, parte do intestino grosso, parte do estômago e a base do pulmão. Depois, foi transferida para o Hospital Souza Aguiar, sob os cuidados do médico Edmo Dutra Franco. Fez nova operação, ficando internda por 72 dias. Magrinha, simples, humilde e trabalhadora, Ana Beatriz passou estes dois meses e 12 dias internada, fazendo terços e pulseiras, com lindas contas coloridas. Sua incrível resistência física e mental e sua história de vida, resiliência e sobrevivência ao horror de viver no Rio de Janeiro, de todas as bandidagens, foi mostrada no Jornal Nacional da TV Globo, em 24 de agosto, para emoção geral do País. Que sua odisséia seja contada e relembrada para não ser mais repetida por outras tantas crianças, como as mortas por balas perdidas neste triste Brasil de tragédias anunciadas e repetidas ao infinito. Um beijo para você, querida Ana Beatriz, heroína do Brasil profundo.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

JUAN IZQUIERDO

Assusta constatar a falta de departamentos médicos capazes de identificar a doença cardíaca antes da ocorrência de um caso fatal. Os clubes são responsáveis.

Antonio Manoel Vasques Gomes

Rio de Janeiro

Queimadas

E o Congresso?

O Brasil está entregue aos incendiários e aos incêndios. Quando será que a Câmara dos Deputados e o Senado vão dar atenção a uma situação que está literalmente acabando com o Brasil? Quais as causas? O que fazer para acabar com estes incêndios cíclicos, criminosos ou não? Os R$ 23 bilhões perdoados dos partidos políticos bem que poderiam ser empregados nesta causa. Ou vai ficar por isso mesmo, todos os anos?

Anneliese R. G. Fischer Thom

São Paulo

*

Auxílio Gás

De R$ 3,4 bi para R$ 13,6 bi

Governo ignora aperto fiscal e quer multiplicar Auxílio Gás por quatro (Estadão, 27/8). Muito embora não seja contrário a programas sociais do governo, estes deveriam ser monitorados, já que não se trata de esmolas, mas sim de um apoio emergencial vinculado a portas de saída. No entanto, a multiplicação do Auxílio Gás de R$ 3,4 bilhões para R$ 13,6 bilhões em 2026, ano eleitoral, demonstra mais uma vez que o propósito real de Lula da Silva, nunca antes ignorado, é a fisiológica compra de votos nos rincões do Nordeste. Sem medo de errar, não posso me calar diante de um fato pouco comentado, de que estes “vales tudo” dados sem contrapartidas fazem com que os agraciados se acomodem à situação, bastando fazer mais alguns bicos para conseguir quase o que receberiam em empregos formais, mas sem a obrigação de cumprir horários e outros compromissos, sendo responsáveis pela dificuldade atual da contratação de trabalhadores de menor qualificação ou sem maiores exigências técnicas – fato que pode ser facilmente constatado e verificado de norte a sul do País, bastando para isso sair às ruas.

Alberto Mac Dowell Figueiredo

São Carlos

*

América Latina

‘Coisinhas’ sobre Lula

Segundo publicação da agência Ansa, o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, atacou seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, em razão da crise na Venezuela: “Se você quer respeito, me respeite, Lula. Se você quer que o povo bolivariano te respeite, respeite a vitória do presidente Maduro e não se deixe levar (pelos EUA)”, disse. O líder sandinista ainda lembrou os escândalos de corrupção envolvendo o governo Lula no passado, como o da Lava Jato. “Não foi o governo mais limpo, lembre-se bem, Lula, porque eu poderei contar várias coisinhas”, ameaçou Ortega. E quanto a Nicolás Maduro, quantas coisinhas ele também poderá contar sobre Lula?

Simão Korn

São Paulo

*

Contorcionismos

O Estadão de terça-feira (27/8) publicou matéria na página A12 que merecia ter chamada na primeira página. Trata-se de uma declaração de Daniel Ortega sobre Lula que vale a pena reproduzir: “Não me diga que as suas gestões foram extraordinárias” (...) “Aparentemente, não foram governos muito claros, muito limpos”. Vindo de um ditador, esquerdista, essa declaração tem peso relevante. Mas a avaliação de Ortega merece um reparo: ele poderia ter suprimido o “aparentemente”, que estaria sendo mais correto. Quanto à posição do governo Lula em relação à Venezuela, Ortega pode estar equivocado, pois Lula vai continuar fazendo contorcionismos para, ao fim, manter as suas boas relações com Nicolás Maduro. O tempo dirá.

José Carlos Lyrio Rocha

Vitória

*

Carta na manga

Não faltam provas e fatos para qualquer pessoa entender que houve uma grande fraude eleitoral na Venezuela. Então por que nosso presidente não posiciona o Brasil como mais uma nação a não aceitar os resultados? Maduro deve ter uma poderosa carta na manga contra Lula, e assim nosso presidente fica totalmente refém. Vergonha e tristeza.

Luiz Sertório

São Paulo

*

Correção

Os presidentes dos fundos de pensão Previ, Petros, Funcef e Postalis não foram nomeados pelo presidente Lula da Silva, como dito no editorial O maná dos fundos de pensão (24/8, A3). Eles foram designados pelos presidentes, respectivamente, do Banco do Brasil, da Petrobras, da Caixa e dos Correios, estes sim nomeados por Lula. A Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) propôs a mudança nas regras de investimento dos fundos de pensão, mas seu presidente, diferentemente do que disse o editorial, não participou da reunião de Lula com os presidentes dos fundos das estatais que tratou do assunto.

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

AGÊNCIAS REGULADORAS

Fica claro para o investidor que lê com olhar atento um editorial como Cobranças desarrazoadas (Estadão, 28/8, A3), de um jornal sério e do prestígio como o Estadão, que é proposital a postura do governo Lula em desestruturar as agências reguladoras. A independência da instituição de Estado que o capital privado enxerga como garantia às suas aplicações, mormente nas atividades monopolísticas em que as receitas das concessionárias dependem de um órgão técnico e apolítico, o governante míope e/ou mal intencionado, vê como obstáculo às suas vontades. Essa incompatibilidade demonstra que jamais, num clima como esse, a privatização de serviços de infraestrutura terá futuro no Brasil. No curto prazo, a única solução é o Congresso Nacional chamar para si a questão e transferir a subordinação de agências como a Aneel ao Judiciário, afinal, a mais importante missão do órgão é garantir às partes, consumidores e investidores que seus direitos e deveres serão observados e garantidos pelo Estado, independentemente do desejo dos políticos e governantes de ocasião. No longo prazo, como fazem com sucesso os Estados Unidos, a descentralização do poder concedente aos Estados é a medida comprovadamente mais eficaz ao País.

Nilson Otávio de Oliveira

São Paulo

*

ALEXANDRE DE MORAES

Após inúmeros atos e atitudes noticiadas pelo Estadão, inclusive no editorial Alexandre de Moraes ataca de novo (Estadão, 28/8, A3) ficam comprovadas as assertivas ditas pelo imortal Arthur Schopenhauer: “As palavras de uma pessoa são o reflexo de seu caráter”, e pelo inesquecível Bertolt Brecht: “Há juízes que são absolutamente incorruptíveis; ninguém consegue induzi-los a fazer justiça”.

Fernando de Oliveira Geribello

São Paulo

*

IMPEACHMENT

O que o presidente do Senado Federal está esperando para liberar a tramitação do pedido de impeachment de Alexandre de Moraes?

F. G. Salgado Cesar

Guarujá

*

‘CUIDADO’

Cuidado cidadão comum, você pode ter adquirido, sem saber, foro privilegiado e estar sendo investigado secretamente pelo ministro Alexandre de Moraes. Deve ser a tal de democracia relativa do presidente Lula.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

*

‘TUDO É POSSÍVEL’

Em reação à decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que paralisou a execução de todas as emendas parlamentares impositivas, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, desengavetou a PEC que permite o Congresso suspender decisões consideradas uma extrapolação das funções da Corte. A discussão dessa PEC vem bem a calhar diante do que está acontecendo na Venezuela neste momento. O antecessor de Nicolás Maduro, o não menos ditador Hugo Chávez, articulou e cooptou o Tribunal Supremo local (equivalente ao STF) de modo a implantar seu projeto autoritário de poder disfarçando-o de República. O relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança disse que o texto “não atenta, nem tende a abolir a separação dos Poderes”. Engano. Numa democracia plena, com os Três Poderes bem definidos, quem dá a última palavra é o Judiciário – regra básica, fundamental. Permitir a revisão e interferência do Congresso em decisões da Corte vilipendia os pilares da República e abre caminho para a venezuelização do país. Infelizmente, depois de o Congresso ter aprovado a PEC que anistia partidos, em outras palavras, auto anistia, tudo é possível.

Luciano Harary

São Paulo

*

DESMATAMENTO

O ministro Flávio Dino deveria instar o presidente Lula da Silva a parar de prevaricar e acabar com o desmatamento ilegal imediatamente. Nada justifica a inação do governo diante dos crimes ambientais que estão destruindo milhões de hectares no País inteiro. O fim do desmatamento ilegal em 2030 proposto por Lula significa ficar seis anos promovendo, incentivando e assistindo ao País ser destruído por um bando de ignorantes. Chega, basta.

Mário Barilá Filho

São Paulo

*

‘SALVADORES DA PÁTRIA’

Ao longo da história da política brasileira, sempre houve, e pelo andar da carruagem sempre haverá, um salvador da pátria, aquele que tem solução fácil para nossos problemas complexos. Jânio da Silva Quadros, o homem da vassoura que ia varrer a corrupção do Brasil. Fernando Collor de Mello, o caçador de marajás, que combateria os supersalários, tornando o Brasil mais justo. Agora, a novidade é o jovem Pablo Marçal, com sua língua afiada, e mais radical do que Jair Bolsonaro, vai resolver os problemas da cidade de São Paulo. Pobre Brasil, onde o gogó ainda elege despreparados, vendendo ilusão para incautos.

Luiz Thadeu Nunes e Silva

São Luís

*

‘ETERNA ÂNSIA’

Ex-parlamentares, tanto homens como mulheres, que não desencarnam nunca, passaram a cultivar mania patética, vexaminosa e melancólica. Vão passear e bater ponto nos plenários da Câmara e do Senado. Ficam olhando para o teto, esperam ser reconhecidos, saudosos dos tempos em que tinham mandato e não faziam nada. Eterna ânsia de aparecer. Tomam café, comem pão de queijo e jogam conversa fora com quem estiver do lado. Os recintos viram feira e casa da mãe Joana. Muitos deles se tornaram lobistas engomados, com crachá que os credencia oficialmente a defenderem os interesses mais espúrios. O desaforado e respeitado baiano Antônio Carlos Magalhães, quando era presidente do Senado e do Congresso, não dava moleza para essa gente. Raros se atreviam a contrariá-lo.

Vicente Limongi Netto

Brasília

*

HINO NACIONAL

A infeliz ideia da equipe do candidato Guilherme Boulos à prefeitura de São Paulo de mudar a letra do Hino Nacional para a ridícula linguagem neutra mostrou bem a filosofia do psolista. A importância que é dada à questão do gênero, inclusive à ponto de alterar nosso símbolo nacional, é um acinte ao mais humilde cidadão paulistano que deseja a implementação de projetos físicos que melhorem a qualidade de vida do seu povo. Boulos não tem a cabeça de administrador que a maior cidade da América do Sul exige. A complexidade da capital paulista é o xeque-mate em dois lances que estão à frente do candidato. O pessoal do Psol não sabe que o neutro foi assimilado pelo masculino desde sua passagem do latim para o português. Seria melhor se Boulos cantasse o hino em tupi-guarani.

Mário Negrão Borgonovi

Rio de Janeiro

*

AUSÊNCIA EM DEBATES

Agora virou praxe reduzir o número de candidatos convidados em debates, sabatinas e entrevistas. Nada mais antidemocrático para quem viveu a volta da democracia no Brasil após o golpe de 1964. Como teremos renovação, absolutamente necessária, se eleitor é tolido de ver todos os candidatos?

Alfredo Tucunduva

São Paulo

*

AVIAÇÃO BRASILEIRA

Como pode a aviação regional, que na década de 1950 chegou a atender 400 cidades, estar nesta decadência hoje? Infelizmente, viajar de avião é um transporte de luxo para poucos. Nos EUA, o céu é cortado por rotas aéreas e a preços acessíveis, enquanto que aqui há um desestímulo total, visto que o combustível para as aéreas regionais é até três vezes mais caro. Tanta politicagem em cima do setor tem um único objetivo: dar emprego para a companheirada e submeter o povo à miséria. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciado com tanta pompa, era para ter mostrado a que veio. E pensar que até hoje a Anac está sem presidente. Também, se for uma figurativa, melhor não ter, fica mais barato.

Izabel Avallone

São Paulo

*

POLÍTICA BRASILEIRA

O que houve? (Estadão, 25/8, C8), pergunta e encerra o articulista. Os partidos políticos recebem, no total, uma quantia bilionária para selecionar, dentre seus filiados, os melhores. Tudo indica que não estão cumprindo com este papel básico. Como regra geral, a política atrai pessoas de má índole e mal intencionada, e repele pessoas competentes e íntegras. Isto acontece pelo poder e impunidade que a atual política lhes oferece. Tudo indica que temos pessoas íntegras e competentes se filiando e até mesmo se candidatando. Pensando nas eleições proporcionais, de vereadores e deputados, os partidos precisam de pessoas com um perfil adequado para conseguir votos e cadeiras proporcionais. A questão parece residir na ocupação das cadeiras obtidas. Um grande número de votos, os que têm em mãos R$ 5 bilhões para gastar em campanhas, não têm dificuldade para conseguir. Então, a única saída que vejo é o esforço do eleitor, com sua força limitada, mas numericamente superior, concentrar seus votos para eleger aqueles que estão entre uma quantidade enorme de candidatos, mas têm a necessária integridade e competência. Daí a importância das redes de confiança e do voto distrital por vontade do eleitor para melhorar a qualidade dos eleitos.

Carlos Roberto Teixeira Netto

Rio De Janeiro

*

FUMAÇA DAS QUEIMADAS

Complementando o alerta do professor Reinaldo Bazito em Micropartículas trazem mais risco, mas há ainda carbono e enxofre (Estadão, 27/8, A16), os óxidos de nitrogênio também contribuem para a formação da chuva ácida e é o trióxido de enxofre que em contato com a água forma o ácido sulfúrico. O dióxido também pode ser oxidado a trióxido. O contato do dióxido de enxofre com a água forma o ácido sulfuroso, que também contribui para baixar o pH da chuva tornando-a ácida. O próprio dióxido de carbono (CO2) também contribui em menor extensão para a formação da chuva ácida.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

*

ANA BEATRIZ DO BRASIL

Era uma vez uma menina de 13 anos moradora na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, que foi atingida por uma das fatídicas balas perdidas, de fuzil, em mais um tiroteio entre polícia e traficantes na rotina do Estado, em 13 de junho de 2024. A bala entrou nas costas e atingiu vários órgãos de sua barriga. Inacreditavelmente, Ana Beatriz sobreviveu após duas operações. Uma de quatro horas no Hospital Evandro Freire, em Niterói. Ela perdeu o baço, o rim esquerdo, parte do intestino grosso, parte do estômago e a base do pulmão. Depois, foi transferida para o Hospital Souza Aguiar, sob os cuidados do médico Edmo Dutra Franco. Fez nova operação, ficando internda por 72 dias. Magrinha, simples, humilde e trabalhadora, Ana Beatriz passou estes dois meses e 12 dias internada, fazendo terços e pulseiras, com lindas contas coloridas. Sua incrível resistência física e mental e sua história de vida, resiliência e sobrevivência ao horror de viver no Rio de Janeiro, de todas as bandidagens, foi mostrada no Jornal Nacional da TV Globo, em 24 de agosto, para emoção geral do País. Que sua odisséia seja contada e relembrada para não ser mais repetida por outras tantas crianças, como as mortas por balas perdidas neste triste Brasil de tragédias anunciadas e repetidas ao infinito. Um beijo para você, querida Ana Beatriz, heroína do Brasil profundo.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

JUAN IZQUIERDO

Assusta constatar a falta de departamentos médicos capazes de identificar a doença cardíaca antes da ocorrência de um caso fatal. Os clubes são responsáveis.

Antonio Manoel Vasques Gomes

Rio de Janeiro

Queimadas

E o Congresso?

O Brasil está entregue aos incendiários e aos incêndios. Quando será que a Câmara dos Deputados e o Senado vão dar atenção a uma situação que está literalmente acabando com o Brasil? Quais as causas? O que fazer para acabar com estes incêndios cíclicos, criminosos ou não? Os R$ 23 bilhões perdoados dos partidos políticos bem que poderiam ser empregados nesta causa. Ou vai ficar por isso mesmo, todos os anos?

Anneliese R. G. Fischer Thom

São Paulo

*

Auxílio Gás

De R$ 3,4 bi para R$ 13,6 bi

Governo ignora aperto fiscal e quer multiplicar Auxílio Gás por quatro (Estadão, 27/8). Muito embora não seja contrário a programas sociais do governo, estes deveriam ser monitorados, já que não se trata de esmolas, mas sim de um apoio emergencial vinculado a portas de saída. No entanto, a multiplicação do Auxílio Gás de R$ 3,4 bilhões para R$ 13,6 bilhões em 2026, ano eleitoral, demonstra mais uma vez que o propósito real de Lula da Silva, nunca antes ignorado, é a fisiológica compra de votos nos rincões do Nordeste. Sem medo de errar, não posso me calar diante de um fato pouco comentado, de que estes “vales tudo” dados sem contrapartidas fazem com que os agraciados se acomodem à situação, bastando fazer mais alguns bicos para conseguir quase o que receberiam em empregos formais, mas sem a obrigação de cumprir horários e outros compromissos, sendo responsáveis pela dificuldade atual da contratação de trabalhadores de menor qualificação ou sem maiores exigências técnicas – fato que pode ser facilmente constatado e verificado de norte a sul do País, bastando para isso sair às ruas.

Alberto Mac Dowell Figueiredo

São Carlos

*

América Latina

‘Coisinhas’ sobre Lula

Segundo publicação da agência Ansa, o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, atacou seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, em razão da crise na Venezuela: “Se você quer respeito, me respeite, Lula. Se você quer que o povo bolivariano te respeite, respeite a vitória do presidente Maduro e não se deixe levar (pelos EUA)”, disse. O líder sandinista ainda lembrou os escândalos de corrupção envolvendo o governo Lula no passado, como o da Lava Jato. “Não foi o governo mais limpo, lembre-se bem, Lula, porque eu poderei contar várias coisinhas”, ameaçou Ortega. E quanto a Nicolás Maduro, quantas coisinhas ele também poderá contar sobre Lula?

Simão Korn

São Paulo

*

Contorcionismos

O Estadão de terça-feira (27/8) publicou matéria na página A12 que merecia ter chamada na primeira página. Trata-se de uma declaração de Daniel Ortega sobre Lula que vale a pena reproduzir: “Não me diga que as suas gestões foram extraordinárias” (...) “Aparentemente, não foram governos muito claros, muito limpos”. Vindo de um ditador, esquerdista, essa declaração tem peso relevante. Mas a avaliação de Ortega merece um reparo: ele poderia ter suprimido o “aparentemente”, que estaria sendo mais correto. Quanto à posição do governo Lula em relação à Venezuela, Ortega pode estar equivocado, pois Lula vai continuar fazendo contorcionismos para, ao fim, manter as suas boas relações com Nicolás Maduro. O tempo dirá.

José Carlos Lyrio Rocha

Vitória

*

Carta na manga

Não faltam provas e fatos para qualquer pessoa entender que houve uma grande fraude eleitoral na Venezuela. Então por que nosso presidente não posiciona o Brasil como mais uma nação a não aceitar os resultados? Maduro deve ter uma poderosa carta na manga contra Lula, e assim nosso presidente fica totalmente refém. Vergonha e tristeza.

Luiz Sertório

São Paulo

*

Correção

Os presidentes dos fundos de pensão Previ, Petros, Funcef e Postalis não foram nomeados pelo presidente Lula da Silva, como dito no editorial O maná dos fundos de pensão (24/8, A3). Eles foram designados pelos presidentes, respectivamente, do Banco do Brasil, da Petrobras, da Caixa e dos Correios, estes sim nomeados por Lula. A Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) propôs a mudança nas regras de investimento dos fundos de pensão, mas seu presidente, diferentemente do que disse o editorial, não participou da reunião de Lula com os presidentes dos fundos das estatais que tratou do assunto.

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

AGÊNCIAS REGULADORAS

Fica claro para o investidor que lê com olhar atento um editorial como Cobranças desarrazoadas (Estadão, 28/8, A3), de um jornal sério e do prestígio como o Estadão, que é proposital a postura do governo Lula em desestruturar as agências reguladoras. A independência da instituição de Estado que o capital privado enxerga como garantia às suas aplicações, mormente nas atividades monopolísticas em que as receitas das concessionárias dependem de um órgão técnico e apolítico, o governante míope e/ou mal intencionado, vê como obstáculo às suas vontades. Essa incompatibilidade demonstra que jamais, num clima como esse, a privatização de serviços de infraestrutura terá futuro no Brasil. No curto prazo, a única solução é o Congresso Nacional chamar para si a questão e transferir a subordinação de agências como a Aneel ao Judiciário, afinal, a mais importante missão do órgão é garantir às partes, consumidores e investidores que seus direitos e deveres serão observados e garantidos pelo Estado, independentemente do desejo dos políticos e governantes de ocasião. No longo prazo, como fazem com sucesso os Estados Unidos, a descentralização do poder concedente aos Estados é a medida comprovadamente mais eficaz ao País.

Nilson Otávio de Oliveira

São Paulo

*

ALEXANDRE DE MORAES

Após inúmeros atos e atitudes noticiadas pelo Estadão, inclusive no editorial Alexandre de Moraes ataca de novo (Estadão, 28/8, A3) ficam comprovadas as assertivas ditas pelo imortal Arthur Schopenhauer: “As palavras de uma pessoa são o reflexo de seu caráter”, e pelo inesquecível Bertolt Brecht: “Há juízes que são absolutamente incorruptíveis; ninguém consegue induzi-los a fazer justiça”.

Fernando de Oliveira Geribello

São Paulo

*

IMPEACHMENT

O que o presidente do Senado Federal está esperando para liberar a tramitação do pedido de impeachment de Alexandre de Moraes?

F. G. Salgado Cesar

Guarujá

*

‘CUIDADO’

Cuidado cidadão comum, você pode ter adquirido, sem saber, foro privilegiado e estar sendo investigado secretamente pelo ministro Alexandre de Moraes. Deve ser a tal de democracia relativa do presidente Lula.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

*

‘TUDO É POSSÍVEL’

Em reação à decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que paralisou a execução de todas as emendas parlamentares impositivas, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, desengavetou a PEC que permite o Congresso suspender decisões consideradas uma extrapolação das funções da Corte. A discussão dessa PEC vem bem a calhar diante do que está acontecendo na Venezuela neste momento. O antecessor de Nicolás Maduro, o não menos ditador Hugo Chávez, articulou e cooptou o Tribunal Supremo local (equivalente ao STF) de modo a implantar seu projeto autoritário de poder disfarçando-o de República. O relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança disse que o texto “não atenta, nem tende a abolir a separação dos Poderes”. Engano. Numa democracia plena, com os Três Poderes bem definidos, quem dá a última palavra é o Judiciário – regra básica, fundamental. Permitir a revisão e interferência do Congresso em decisões da Corte vilipendia os pilares da República e abre caminho para a venezuelização do país. Infelizmente, depois de o Congresso ter aprovado a PEC que anistia partidos, em outras palavras, auto anistia, tudo é possível.

Luciano Harary

São Paulo

*

DESMATAMENTO

O ministro Flávio Dino deveria instar o presidente Lula da Silva a parar de prevaricar e acabar com o desmatamento ilegal imediatamente. Nada justifica a inação do governo diante dos crimes ambientais que estão destruindo milhões de hectares no País inteiro. O fim do desmatamento ilegal em 2030 proposto por Lula significa ficar seis anos promovendo, incentivando e assistindo ao País ser destruído por um bando de ignorantes. Chega, basta.

Mário Barilá Filho

São Paulo

*

‘SALVADORES DA PÁTRIA’

Ao longo da história da política brasileira, sempre houve, e pelo andar da carruagem sempre haverá, um salvador da pátria, aquele que tem solução fácil para nossos problemas complexos. Jânio da Silva Quadros, o homem da vassoura que ia varrer a corrupção do Brasil. Fernando Collor de Mello, o caçador de marajás, que combateria os supersalários, tornando o Brasil mais justo. Agora, a novidade é o jovem Pablo Marçal, com sua língua afiada, e mais radical do que Jair Bolsonaro, vai resolver os problemas da cidade de São Paulo. Pobre Brasil, onde o gogó ainda elege despreparados, vendendo ilusão para incautos.

Luiz Thadeu Nunes e Silva

São Luís

*

‘ETERNA ÂNSIA’

Ex-parlamentares, tanto homens como mulheres, que não desencarnam nunca, passaram a cultivar mania patética, vexaminosa e melancólica. Vão passear e bater ponto nos plenários da Câmara e do Senado. Ficam olhando para o teto, esperam ser reconhecidos, saudosos dos tempos em que tinham mandato e não faziam nada. Eterna ânsia de aparecer. Tomam café, comem pão de queijo e jogam conversa fora com quem estiver do lado. Os recintos viram feira e casa da mãe Joana. Muitos deles se tornaram lobistas engomados, com crachá que os credencia oficialmente a defenderem os interesses mais espúrios. O desaforado e respeitado baiano Antônio Carlos Magalhães, quando era presidente do Senado e do Congresso, não dava moleza para essa gente. Raros se atreviam a contrariá-lo.

Vicente Limongi Netto

Brasília

*

HINO NACIONAL

A infeliz ideia da equipe do candidato Guilherme Boulos à prefeitura de São Paulo de mudar a letra do Hino Nacional para a ridícula linguagem neutra mostrou bem a filosofia do psolista. A importância que é dada à questão do gênero, inclusive à ponto de alterar nosso símbolo nacional, é um acinte ao mais humilde cidadão paulistano que deseja a implementação de projetos físicos que melhorem a qualidade de vida do seu povo. Boulos não tem a cabeça de administrador que a maior cidade da América do Sul exige. A complexidade da capital paulista é o xeque-mate em dois lances que estão à frente do candidato. O pessoal do Psol não sabe que o neutro foi assimilado pelo masculino desde sua passagem do latim para o português. Seria melhor se Boulos cantasse o hino em tupi-guarani.

Mário Negrão Borgonovi

Rio de Janeiro

*

AUSÊNCIA EM DEBATES

Agora virou praxe reduzir o número de candidatos convidados em debates, sabatinas e entrevistas. Nada mais antidemocrático para quem viveu a volta da democracia no Brasil após o golpe de 1964. Como teremos renovação, absolutamente necessária, se eleitor é tolido de ver todos os candidatos?

Alfredo Tucunduva

São Paulo

*

AVIAÇÃO BRASILEIRA

Como pode a aviação regional, que na década de 1950 chegou a atender 400 cidades, estar nesta decadência hoje? Infelizmente, viajar de avião é um transporte de luxo para poucos. Nos EUA, o céu é cortado por rotas aéreas e a preços acessíveis, enquanto que aqui há um desestímulo total, visto que o combustível para as aéreas regionais é até três vezes mais caro. Tanta politicagem em cima do setor tem um único objetivo: dar emprego para a companheirada e submeter o povo à miséria. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciado com tanta pompa, era para ter mostrado a que veio. E pensar que até hoje a Anac está sem presidente. Também, se for uma figurativa, melhor não ter, fica mais barato.

Izabel Avallone

São Paulo

*

POLÍTICA BRASILEIRA

O que houve? (Estadão, 25/8, C8), pergunta e encerra o articulista. Os partidos políticos recebem, no total, uma quantia bilionária para selecionar, dentre seus filiados, os melhores. Tudo indica que não estão cumprindo com este papel básico. Como regra geral, a política atrai pessoas de má índole e mal intencionada, e repele pessoas competentes e íntegras. Isto acontece pelo poder e impunidade que a atual política lhes oferece. Tudo indica que temos pessoas íntegras e competentes se filiando e até mesmo se candidatando. Pensando nas eleições proporcionais, de vereadores e deputados, os partidos precisam de pessoas com um perfil adequado para conseguir votos e cadeiras proporcionais. A questão parece residir na ocupação das cadeiras obtidas. Um grande número de votos, os que têm em mãos R$ 5 bilhões para gastar em campanhas, não têm dificuldade para conseguir. Então, a única saída que vejo é o esforço do eleitor, com sua força limitada, mas numericamente superior, concentrar seus votos para eleger aqueles que estão entre uma quantidade enorme de candidatos, mas têm a necessária integridade e competência. Daí a importância das redes de confiança e do voto distrital por vontade do eleitor para melhorar a qualidade dos eleitos.

Carlos Roberto Teixeira Netto

Rio De Janeiro

*

FUMAÇA DAS QUEIMADAS

Complementando o alerta do professor Reinaldo Bazito em Micropartículas trazem mais risco, mas há ainda carbono e enxofre (Estadão, 27/8, A16), os óxidos de nitrogênio também contribuem para a formação da chuva ácida e é o trióxido de enxofre que em contato com a água forma o ácido sulfúrico. O dióxido também pode ser oxidado a trióxido. O contato do dióxido de enxofre com a água forma o ácido sulfuroso, que também contribui para baixar o pH da chuva tornando-a ácida. O próprio dióxido de carbono (CO2) também contribui em menor extensão para a formação da chuva ácida.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

*

ANA BEATRIZ DO BRASIL

Era uma vez uma menina de 13 anos moradora na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, que foi atingida por uma das fatídicas balas perdidas, de fuzil, em mais um tiroteio entre polícia e traficantes na rotina do Estado, em 13 de junho de 2024. A bala entrou nas costas e atingiu vários órgãos de sua barriga. Inacreditavelmente, Ana Beatriz sobreviveu após duas operações. Uma de quatro horas no Hospital Evandro Freire, em Niterói. Ela perdeu o baço, o rim esquerdo, parte do intestino grosso, parte do estômago e a base do pulmão. Depois, foi transferida para o Hospital Souza Aguiar, sob os cuidados do médico Edmo Dutra Franco. Fez nova operação, ficando internda por 72 dias. Magrinha, simples, humilde e trabalhadora, Ana Beatriz passou estes dois meses e 12 dias internada, fazendo terços e pulseiras, com lindas contas coloridas. Sua incrível resistência física e mental e sua história de vida, resiliência e sobrevivência ao horror de viver no Rio de Janeiro, de todas as bandidagens, foi mostrada no Jornal Nacional da TV Globo, em 24 de agosto, para emoção geral do País. Que sua odisséia seja contada e relembrada para não ser mais repetida por outras tantas crianças, como as mortas por balas perdidas neste triste Brasil de tragédias anunciadas e repetidas ao infinito. Um beijo para você, querida Ana Beatriz, heroína do Brasil profundo.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

JUAN IZQUIERDO

Assusta constatar a falta de departamentos médicos capazes de identificar a doença cardíaca antes da ocorrência de um caso fatal. Os clubes são responsáveis.

Antonio Manoel Vasques Gomes

Rio de Janeiro

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.