Fórum dos Leitores


Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

Por Fórum dos Leitores

Trabalho

Contribuição assistencial

Como trabalhador, acho que a cobrança da contribuição assistencial pelos sindicatos é pertinente desde seja espontânea e que os trabalhadores tenham participação direta nas decisões, mantendo o equilíbrio entre as representações e evitando, assim, abusos de poder. Como disse o professor Hélio Zylberstajn em reportagem do Estadão (STF forma maioria para sindicato cobrar não associado, 2/9, B5), o sindicato tem de ser uma instituição de escolha dos trabalhadores e, acrescento, apolítica.

continua após a publicidade

Jaime E. Sanches

jaime@carboroil.com.br

São Paulo

continua após a publicidade

*

Interesses dos associados

A lógica é a evolução, não o retrocesso, que é o que está acontecendo com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a contribuição assistencial. Fossem os sindicatos verdadeiramente defensores apenas dos interesses dos associados, não haveria tanta discórdia quanto à cobrança de uma contribuição espontânea. Contudo, essas entidades se transformaram em puxadinhos de partidos políticos e seus braços financeiros, distorcendo a finalidade dos sindicatos, bem como assumindo posições políticas não delegadas pelos associados.

continua após a publicidade

Paulo Tarso J. Santos

ptjsantos@yahoo.com.br

São Paulo

continua após a publicidade

*

Segurança

PCC

continua após a publicidade

Editorial do Estadão sobre a história do PCC (2/9, A3) revela total ineficiência do sistema prisional e da própria Justiça do Brasil, que punem com exagero o pequeno infrator e tratam com pão de ló os grandes criminosos, que comandam as cadeias e dominam o tráfico de drogas, os roubos de carga e os assaltos e corrompem funcionários do Estado. Um poder à parte neste Brasil dos fora da lei.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

continua após a publicidade

Porto Alegre

*

Aumento de penas

Enquanto as prisões brasileiras derem aos presos o tratamento que sabemos darem hoje, qualquer aumento de penas para furto e roubo, como quer um projeto de lei na Câmara dos Deputados, só servirá para tornar os criminosos mais competentes e ousados nas tarefas a que se dedicavam.

Euclides Rossignoli

clidesrossi@gmail.com

Ourinhos

*

São Paulo

Azar dos moradores

Gostaria de parabenizar Fernando Reinach pelo artigo Os trouxas de Cerqueira César (2/9, A26). Retrata perfeitamente o paliteiro que se tornou a nossa cidade, e não só o bairro de Cerqueira César. O mesmo está acontecendo em Moema, Vila Olímpia e Brooklin. Sou moradora de Moema, e a destruição do comércio local, onde fazíamos tudo a pé, é gritante. A cidade foi loteada para construtoras que estão levantando prédios em todos os espaços. Além de todo este desconforto tão bem relatado por Reinach, penso ainda em como vai ficar a infraestrutura de saneamento e luz. Apesar de as construtoras terem cálculos sobre o tema, atualmente Moema é um bairro que acaba a luz com frequência. Fico pensando em quando todos esses empreendimentos estiverem prontos. Como sempre, azar dos moradores.

Glória Maia Bonadio

gloria.mb@gmail.com

São Paulo

*

Cidade pós-pandemia

Excelente o editorial As cidades no pós-pandemia (1/9, A3). O que vemos hoje em São Paulo é um canteiro de obras desenfreado, com preços altíssimos de imóveis minúsculos, um centro deteriorado, Cracolândia e sujeira. É preciso mais do que um Plano Diretor para consertar tamanho estrago. É preciso vontade política e responsabilidade pública.

Elisabeth Migliavacca

São Paulo

*

Direito ao crack

“Não há um direito a drogar-se e permanecer drogado”, pontuou o ministro do STF Gilmar Mendes sobre o voto para descriminalizar o consumo de drogas para uso pessoal. Então, por que, na cidade de São Paulo, os dependentes químicos de crack têm muito mais direitos que os milhares de moradores, trabalhadores, empreendedores e frequentadores das cracolândias – no centro e espalhadas –, ocupadas por centenas de adictos cada vez mais violentos? Ora, a coexistência é impossível. Assim, os governos municipal e estadual, que não obtêm resultados para a imensa população não viciada, agem em favor do quê ou de quem?

Suely Mandelbaum

suely.m@terra.com.br

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

JUSCELINO FILHO

Em 6/1, na primeira reunião ministerial do governo, o presidente Lula da Silva foi muito claro aos recentes empossados de que o ministro que não andar na linha seria convidado a sair do governo. Não demorou e o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), saiu da linha no caso do leilão de cavalos de raça, uso indevido de avião da FAB, recebimentos de diárias para esse evento e outros desalinhamentos, tudo revelado nos mínimos detalhes por este jornal à época. Reuniu-se com o presidente, devolveu as diárias e, por interesses partidários, foi mantido no cargo e não se falou mais no assunto. Agora, novas denúncias surgiram contra o ministro. Suspeito de desvio de verba pública, teve seus bens bloqueados por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. A pergunta que não quer calar: será que os interesses partidários serão novamente sobrepostos aos graves fatos expostos ou o senhor presidente, incontinenti, demitirá o ministro? Ó dúvida atroz! Talvez a prevista minirreforma ministerial facilite as coisas e “aliviem a pressão” no Palácio do Planalto.

Sergio Dafré

sergio_dafre@hotmail.com

Jundiaí

*

PERMANÊNCIA DO MINISTRO

Diante da condenável e inexplicável inação do presidente Lula, que ainda não exonerou o famigerado ministro das Comunicações, Juscelino Filho, após a revelação de seu inadmissível envolvimento em uma série de milionários malfeitos de toda ordem, cabe perguntar o que mais será necessário para a sua imediata demissão: que cometa um assalto à mão armada à luz do dia ou um assassinato? Como se vê, o rabo preso de Lula com o União Brasil é até agora a garantia de impunidade e permanência do ministro à frente da importante pasta do governo. Até quando?

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

*

MINISTÉRIOS DE LULA

Será que chegamos a meia centena de ministérios ainda este ano? Empenho do governo e pressão do Centrão indicam que a meta será alcançada. Apenas uma pergunta: o ministro das Comunicações, aquele que gosta de cavalos e usa avião da FAB para participar de leilões, vai continuar no cargo? Ninguém merece!

Jose Perin Garcia

jperin@uol.com.br

Santo André

*

CRÍTICAS A ROBERTO CAMPOS NETO

As palavras proferidas pelo presidente Lula sobre o presidente do Banco Central estão igualando cada vez mais o atual presidente ao ex-presidente Jair Bolsonaro, os dois movidos a vingança. Tudo que é do outro lado é ruim, só o nosso lado é bom.

Vital Romaneli Penha

vitalromaneli@gmail.com

Jacareí

*

SUPREMO X CONGRESSO

O STF está decidindo sobre a volta do imposto sindical e indo de encontro ao que foi decidido pelo Congresso, que aprovou a reforma trabalhista, em 2017. Em primeiro lugar, por que o STF está deliberando sobre algo que não lhe diz respeito? Depois, quando falam em “consórcio PT-STF” ou “STF, puxadinho do PT”, isso é tratado como um insulto, um desrespeito para com a Corte Suprema. Mas não é essa mesma Corte que está desrespeitando uma decisão do povo brasileiro, através dos seus representantes eleitos?

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

lgtsaraiva@gmail.com

Salvador

*

TAXA SINDICAL

É um absurdo o Supremo Tribunal Federal se posicionar a favor da cobrança de taxa sindical a não associados! Mudamos e não estou sabendo que vivemos em ditadura!

Enzo Claudio Giulio Ceccon

enzo.ceccon@gmail.com

São Paulo

*

DEZ MAIORES ECONOMIAS

Agência vê Brasil de volta ao grupo das 10 maiores economias ainda este ano (2/9, B3). Decerto, isso terá sido alguma “manobra” descoberta pela Austin Rating no juízo da dra. Elena Landau.

Luiz Carlos Gomes Godoi

vlggoddi@gmail.com

Santos

*

CICLOS DE RIQUEZA

Quando foi descoberto petróleo no pré-sal, 15 anos atrás, todos pensaram que o Brasil iria finalmente sair do terceiro mundo com a enxurrada de dinheiro novo entrando na economia. O petróleo foi explorado com grande sucesso, a Petrobras se tornou uma das maiores empresas do mundo, mas não houve uma grande mudança no padrão de vida brasileiro – o País continua atolado no subdesenvolvimento do terceiro mundo. O Brasil já viveu outros grandes ciclos de riqueza – borracha, café, soja –, mas o resultado é sempre o mesmo: acúmulo de riqueza para poucos enquanto ainda há miséria entre a população. Para romper esse ciclo o País deveria investir boa parte do dinheiro do pré-sal em educação, mas é claro que isso não aconteceu nem vai acontecer nunca. A Petrobras vai continuar distribuindo bilhões em dividendos para seus acionistas, e o País vai continuar atolado no terceiro mundo até o fim dos tempos.

Mário Barilá Filho

mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

*

ESVAZIAMENTO FINANCEIRO

O editorial PCC forte é reflexo de Estado fraco (2/9, A3) toca no ponto certo do sucesso dos bandidos do Primeiro Comando da Capital (PCC), ou seja, no sucesso financeiro, e consequente capacidade de comprar facilidades. Como na luta contra a máfia nos EUA, quase um século atrás, somente o esvaziamento financeiro pode acabar com essa escória.

José Elias Laier

joseeliaslaier@gmail.com

São Carlos

*

FACÇÕES CRIMINOSAS

É muito simples entender por que facções criminosas prosperam no Brasil: os políticos que elegemos no Congresso Nacional, nas Assembleias Estaduais e nas Câmaras Municipais praticam crimes do colarinho branco sem nenhuma punição, e são um excelente exemplo para o PCC e o Comando Vermelho. Os narcoestados se expandem a jato e a sociedade de bem patina no Estado ineficiente. Quando o comando criminoso PCC conseguir dominar de vez o Congresso Nacional, a paz retornará à Nação. Vamos e convenhamos, um país governado por um ex-presidiário condenado por corrupção só pode dar no que está dando.

José Roberto Iglesias

rzeiglezias@gmail.com

São Paulo

*

OPERAÇÃO ESCUDO

A propósito da reportagem Conselho federal pede fim de ação policial na Baixada (2/9, A29), e deixando claro que não compactuo com quaisquer violências praticadas por quem quer que seja, questiono como cidadão sujeito às maiores violências que ocorrem neste país quando é que os ínclitos componentes do Conselho Nacional dos Direitos Humanos irão se preocupar conosco, os pagadores de impostos que sustentam a eles e a própria polícia? Será que a quantidade de detidos, sendo mais de duas centenas procurados e com antecedentes criminais, não justifica a continuidade da referida operação, obviamente cuidando-se para que ações injustificadas sejam investigadas e punidas? Mais ainda, houve alguma recomendação ou ação efetiva desse órgão para apoio psicológico e psiquiátrico para todas as famílias das milhares de vítimas da bandidagem?

Carlos Ayrton Biasetto

carlos.biasetto@gmail.com

São Paulo

*

VILA GUILHERME

Dia 12 de setembro, aniversário do bairro de Vila Guilherme, a “pérola da Zona Norte”. Com 111 anos de existência, o que o bairro poderia ganhar de presente: a) manutenção e conservação da placa do cão Salomão abandonada na Praça Oscar da Silva; b) acrescentar, editar ou adicionar na placa indicativa da Avenida Guilherme: Guilherme Praun da Silva – o fundador do bairro de Vila Guilherme; c) conservação e manutenção do túmulo do sr. Guilherme Praun da Silva (em completo abandono) no Cemitério da Consolação; d) inauguração de uma estátua, totem, obelisco ou placa em homenagem ao sr. Guilherme Praun da Silva; e) dar o nome do sr. Guilherme Praun da Silva a alguma das praças sem nome no bairro; f) homenagear o sr. Agenor Gomes, fundador do primeiro zoológico na Vila Guilherme, com uma placa, totem, obelisco ou estátua.

Edgard Martins

voedgard.martins2409@gmail.com

São Paulo

*

RUAS INABITÁVEIS

Parabéns ao professor Fernando Reinach pelo texto Os trouxas de Cerqueira César (2/9, A26), com um adendo: trouxas somos todos nós. Os trouxas habitantes de uma cidade devastada pela especulação imobiliária, que, a pretexto de “adensamento”, torna ruas intransitáveis e inabitáveis. Avenidas e bairros, já no limite da exaustão, sem adequada infraestrutura, em especial viária, que os atenda ou os desafogue (Rebouças, Nove de Julho, Santo Amaro, Afonso Brás, Joaquim Floriano, República do Líbano, Indianópolis, Faria Lima, Itaim, Vila Olímpia, entre incontáveis outros e somente para ficarmos com aqueles em que transito ou tento transitar). Mais desanimador é o Plano Diretor na mão de pessoas sem a mínima competência para tanto, movidas por interesses outros que não o bem comum ou o desenvolvimento racional e humano da cidade.

Domingos Fernando Refinetti

domingos.refinetti@wkadvogados.com

São Paulo

*

OS BAIRROS DA MINHA VIDA

Triste realidade. A coluna de Fernando Reinach retratou muito bem o bairro em que minha mãe viveu por mais de 50 anos, era exatamente como ele descreveu. Eu me mudei para a Granja Viana na década de 1990, em busca de tranquilidade para minhas filhas crescerem. A granja hoje está se deteriorando rapidamente, mais que a Cerqueira César retratada. Falta total de infraestrutura mínima (nem rede de esgoto temos) e centenas de novos empreendimentos, inclusive com muitos prédios num bairro que nasceu para ser um local arborizado e tranquilo. As ruas não dão conta de tanto carro – e aqui, diferente de lá, se precisa do carro para comprar um simples pão –, o trânsito é caótico, interferindo na Raposo Tavares, que é o único acesso para o bairro e que não sofre nenhuma interferência do poder público – ao contrário da Castelo Branco, que sempre está sendo melhorada. Um percurso que se pode fazer em cinco minutos, de madrugada, pode-se levar até 60 de dia. Resultado: minha filha não quis mais saber das Raposo Tavares e São Camilo – uma das duas principais ruas do bairro, que, ao contrário do nome “avenida”, é uma via de duas mãos, e em muitos trechos nem calçada tem. Mas empreendimentos com nomes chamativos para os trouxas (como bem definiu Fernando Reinach) aludem ao “eco”, ao verde (a primeira coisa que as construtoras fazem é derrubar todas as árvores, muitas centenárias, e plantar meia dúzia de palmeiras). Sem contar o grande paliteiro que está rapidamente se formando ao longo da Raposo Tavares, diminuindo cada vez mais a chance de um alargamento da via, até para poder melhorar o transporte público, que, diga-se de passagem, é precário. Bem, voltando à minha filha, ela se cansou desta confusão diária e resolveu ir morar no apartamento da avó – que maravilha, fazer tudo a pé! Enfim, os bairros da minha vida estão sendo destruídos, assim como tantos outros nesta minha São Paulo, sem planejamento, sem controle, com o único intuito do lucro fácil e rápido em prejuízo da população. Um desabafo sincero após ler aquela coluna com lágrimas nos olhos.

Cristina Cardoso

cricardoso23m@gmail.com

Carapicuíba

*

CHEGADA DOS IPÊS

A chegada dos ipês coloridos deixa Brasília ainda mais bela, alegre, amorosa e cativante. O ipê branco abranda a alma. O amarelo encanta corações. O roxo alimenta esperança. O ipê lilás exorta a paz. Os pés de ipês são recheados de dignidade. Suas folhagens saúdam o amanhecer. O aroma dos ipês tem a pureza dos sentimentos. Embalam o cotidiano e embelezam o Sol. Quando as folhas começam a cair, os ipês partem para nova missão: juntam-se ao barro para arar e semear a vida eterna.

Vicente Limongi Netto

limonginetto@hotmail.com

Brasília

Trabalho

Contribuição assistencial

Como trabalhador, acho que a cobrança da contribuição assistencial pelos sindicatos é pertinente desde seja espontânea e que os trabalhadores tenham participação direta nas decisões, mantendo o equilíbrio entre as representações e evitando, assim, abusos de poder. Como disse o professor Hélio Zylberstajn em reportagem do Estadão (STF forma maioria para sindicato cobrar não associado, 2/9, B5), o sindicato tem de ser uma instituição de escolha dos trabalhadores e, acrescento, apolítica.

Jaime E. Sanches

jaime@carboroil.com.br

São Paulo

*

Interesses dos associados

A lógica é a evolução, não o retrocesso, que é o que está acontecendo com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a contribuição assistencial. Fossem os sindicatos verdadeiramente defensores apenas dos interesses dos associados, não haveria tanta discórdia quanto à cobrança de uma contribuição espontânea. Contudo, essas entidades se transformaram em puxadinhos de partidos políticos e seus braços financeiros, distorcendo a finalidade dos sindicatos, bem como assumindo posições políticas não delegadas pelos associados.

Paulo Tarso J. Santos

ptjsantos@yahoo.com.br

São Paulo

*

Segurança

PCC

Editorial do Estadão sobre a história do PCC (2/9, A3) revela total ineficiência do sistema prisional e da própria Justiça do Brasil, que punem com exagero o pequeno infrator e tratam com pão de ló os grandes criminosos, que comandam as cadeias e dominam o tráfico de drogas, os roubos de carga e os assaltos e corrompem funcionários do Estado. Um poder à parte neste Brasil dos fora da lei.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

*

Aumento de penas

Enquanto as prisões brasileiras derem aos presos o tratamento que sabemos darem hoje, qualquer aumento de penas para furto e roubo, como quer um projeto de lei na Câmara dos Deputados, só servirá para tornar os criminosos mais competentes e ousados nas tarefas a que se dedicavam.

Euclides Rossignoli

clidesrossi@gmail.com

Ourinhos

*

São Paulo

Azar dos moradores

Gostaria de parabenizar Fernando Reinach pelo artigo Os trouxas de Cerqueira César (2/9, A26). Retrata perfeitamente o paliteiro que se tornou a nossa cidade, e não só o bairro de Cerqueira César. O mesmo está acontecendo em Moema, Vila Olímpia e Brooklin. Sou moradora de Moema, e a destruição do comércio local, onde fazíamos tudo a pé, é gritante. A cidade foi loteada para construtoras que estão levantando prédios em todos os espaços. Além de todo este desconforto tão bem relatado por Reinach, penso ainda em como vai ficar a infraestrutura de saneamento e luz. Apesar de as construtoras terem cálculos sobre o tema, atualmente Moema é um bairro que acaba a luz com frequência. Fico pensando em quando todos esses empreendimentos estiverem prontos. Como sempre, azar dos moradores.

Glória Maia Bonadio

gloria.mb@gmail.com

São Paulo

*

Cidade pós-pandemia

Excelente o editorial As cidades no pós-pandemia (1/9, A3). O que vemos hoje em São Paulo é um canteiro de obras desenfreado, com preços altíssimos de imóveis minúsculos, um centro deteriorado, Cracolândia e sujeira. É preciso mais do que um Plano Diretor para consertar tamanho estrago. É preciso vontade política e responsabilidade pública.

Elisabeth Migliavacca

São Paulo

*

Direito ao crack

“Não há um direito a drogar-se e permanecer drogado”, pontuou o ministro do STF Gilmar Mendes sobre o voto para descriminalizar o consumo de drogas para uso pessoal. Então, por que, na cidade de São Paulo, os dependentes químicos de crack têm muito mais direitos que os milhares de moradores, trabalhadores, empreendedores e frequentadores das cracolândias – no centro e espalhadas –, ocupadas por centenas de adictos cada vez mais violentos? Ora, a coexistência é impossível. Assim, os governos municipal e estadual, que não obtêm resultados para a imensa população não viciada, agem em favor do quê ou de quem?

Suely Mandelbaum

suely.m@terra.com.br

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

JUSCELINO FILHO

Em 6/1, na primeira reunião ministerial do governo, o presidente Lula da Silva foi muito claro aos recentes empossados de que o ministro que não andar na linha seria convidado a sair do governo. Não demorou e o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), saiu da linha no caso do leilão de cavalos de raça, uso indevido de avião da FAB, recebimentos de diárias para esse evento e outros desalinhamentos, tudo revelado nos mínimos detalhes por este jornal à época. Reuniu-se com o presidente, devolveu as diárias e, por interesses partidários, foi mantido no cargo e não se falou mais no assunto. Agora, novas denúncias surgiram contra o ministro. Suspeito de desvio de verba pública, teve seus bens bloqueados por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. A pergunta que não quer calar: será que os interesses partidários serão novamente sobrepostos aos graves fatos expostos ou o senhor presidente, incontinenti, demitirá o ministro? Ó dúvida atroz! Talvez a prevista minirreforma ministerial facilite as coisas e “aliviem a pressão” no Palácio do Planalto.

Sergio Dafré

sergio_dafre@hotmail.com

Jundiaí

*

PERMANÊNCIA DO MINISTRO

Diante da condenável e inexplicável inação do presidente Lula, que ainda não exonerou o famigerado ministro das Comunicações, Juscelino Filho, após a revelação de seu inadmissível envolvimento em uma série de milionários malfeitos de toda ordem, cabe perguntar o que mais será necessário para a sua imediata demissão: que cometa um assalto à mão armada à luz do dia ou um assassinato? Como se vê, o rabo preso de Lula com o União Brasil é até agora a garantia de impunidade e permanência do ministro à frente da importante pasta do governo. Até quando?

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

*

MINISTÉRIOS DE LULA

Será que chegamos a meia centena de ministérios ainda este ano? Empenho do governo e pressão do Centrão indicam que a meta será alcançada. Apenas uma pergunta: o ministro das Comunicações, aquele que gosta de cavalos e usa avião da FAB para participar de leilões, vai continuar no cargo? Ninguém merece!

Jose Perin Garcia

jperin@uol.com.br

Santo André

*

CRÍTICAS A ROBERTO CAMPOS NETO

As palavras proferidas pelo presidente Lula sobre o presidente do Banco Central estão igualando cada vez mais o atual presidente ao ex-presidente Jair Bolsonaro, os dois movidos a vingança. Tudo que é do outro lado é ruim, só o nosso lado é bom.

Vital Romaneli Penha

vitalromaneli@gmail.com

Jacareí

*

SUPREMO X CONGRESSO

O STF está decidindo sobre a volta do imposto sindical e indo de encontro ao que foi decidido pelo Congresso, que aprovou a reforma trabalhista, em 2017. Em primeiro lugar, por que o STF está deliberando sobre algo que não lhe diz respeito? Depois, quando falam em “consórcio PT-STF” ou “STF, puxadinho do PT”, isso é tratado como um insulto, um desrespeito para com a Corte Suprema. Mas não é essa mesma Corte que está desrespeitando uma decisão do povo brasileiro, através dos seus representantes eleitos?

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

lgtsaraiva@gmail.com

Salvador

*

TAXA SINDICAL

É um absurdo o Supremo Tribunal Federal se posicionar a favor da cobrança de taxa sindical a não associados! Mudamos e não estou sabendo que vivemos em ditadura!

Enzo Claudio Giulio Ceccon

enzo.ceccon@gmail.com

São Paulo

*

DEZ MAIORES ECONOMIAS

Agência vê Brasil de volta ao grupo das 10 maiores economias ainda este ano (2/9, B3). Decerto, isso terá sido alguma “manobra” descoberta pela Austin Rating no juízo da dra. Elena Landau.

Luiz Carlos Gomes Godoi

vlggoddi@gmail.com

Santos

*

CICLOS DE RIQUEZA

Quando foi descoberto petróleo no pré-sal, 15 anos atrás, todos pensaram que o Brasil iria finalmente sair do terceiro mundo com a enxurrada de dinheiro novo entrando na economia. O petróleo foi explorado com grande sucesso, a Petrobras se tornou uma das maiores empresas do mundo, mas não houve uma grande mudança no padrão de vida brasileiro – o País continua atolado no subdesenvolvimento do terceiro mundo. O Brasil já viveu outros grandes ciclos de riqueza – borracha, café, soja –, mas o resultado é sempre o mesmo: acúmulo de riqueza para poucos enquanto ainda há miséria entre a população. Para romper esse ciclo o País deveria investir boa parte do dinheiro do pré-sal em educação, mas é claro que isso não aconteceu nem vai acontecer nunca. A Petrobras vai continuar distribuindo bilhões em dividendos para seus acionistas, e o País vai continuar atolado no terceiro mundo até o fim dos tempos.

Mário Barilá Filho

mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

*

ESVAZIAMENTO FINANCEIRO

O editorial PCC forte é reflexo de Estado fraco (2/9, A3) toca no ponto certo do sucesso dos bandidos do Primeiro Comando da Capital (PCC), ou seja, no sucesso financeiro, e consequente capacidade de comprar facilidades. Como na luta contra a máfia nos EUA, quase um século atrás, somente o esvaziamento financeiro pode acabar com essa escória.

José Elias Laier

joseeliaslaier@gmail.com

São Carlos

*

FACÇÕES CRIMINOSAS

É muito simples entender por que facções criminosas prosperam no Brasil: os políticos que elegemos no Congresso Nacional, nas Assembleias Estaduais e nas Câmaras Municipais praticam crimes do colarinho branco sem nenhuma punição, e são um excelente exemplo para o PCC e o Comando Vermelho. Os narcoestados se expandem a jato e a sociedade de bem patina no Estado ineficiente. Quando o comando criminoso PCC conseguir dominar de vez o Congresso Nacional, a paz retornará à Nação. Vamos e convenhamos, um país governado por um ex-presidiário condenado por corrupção só pode dar no que está dando.

José Roberto Iglesias

rzeiglezias@gmail.com

São Paulo

*

OPERAÇÃO ESCUDO

A propósito da reportagem Conselho federal pede fim de ação policial na Baixada (2/9, A29), e deixando claro que não compactuo com quaisquer violências praticadas por quem quer que seja, questiono como cidadão sujeito às maiores violências que ocorrem neste país quando é que os ínclitos componentes do Conselho Nacional dos Direitos Humanos irão se preocupar conosco, os pagadores de impostos que sustentam a eles e a própria polícia? Será que a quantidade de detidos, sendo mais de duas centenas procurados e com antecedentes criminais, não justifica a continuidade da referida operação, obviamente cuidando-se para que ações injustificadas sejam investigadas e punidas? Mais ainda, houve alguma recomendação ou ação efetiva desse órgão para apoio psicológico e psiquiátrico para todas as famílias das milhares de vítimas da bandidagem?

Carlos Ayrton Biasetto

carlos.biasetto@gmail.com

São Paulo

*

VILA GUILHERME

Dia 12 de setembro, aniversário do bairro de Vila Guilherme, a “pérola da Zona Norte”. Com 111 anos de existência, o que o bairro poderia ganhar de presente: a) manutenção e conservação da placa do cão Salomão abandonada na Praça Oscar da Silva; b) acrescentar, editar ou adicionar na placa indicativa da Avenida Guilherme: Guilherme Praun da Silva – o fundador do bairro de Vila Guilherme; c) conservação e manutenção do túmulo do sr. Guilherme Praun da Silva (em completo abandono) no Cemitério da Consolação; d) inauguração de uma estátua, totem, obelisco ou placa em homenagem ao sr. Guilherme Praun da Silva; e) dar o nome do sr. Guilherme Praun da Silva a alguma das praças sem nome no bairro; f) homenagear o sr. Agenor Gomes, fundador do primeiro zoológico na Vila Guilherme, com uma placa, totem, obelisco ou estátua.

Edgard Martins

voedgard.martins2409@gmail.com

São Paulo

*

RUAS INABITÁVEIS

Parabéns ao professor Fernando Reinach pelo texto Os trouxas de Cerqueira César (2/9, A26), com um adendo: trouxas somos todos nós. Os trouxas habitantes de uma cidade devastada pela especulação imobiliária, que, a pretexto de “adensamento”, torna ruas intransitáveis e inabitáveis. Avenidas e bairros, já no limite da exaustão, sem adequada infraestrutura, em especial viária, que os atenda ou os desafogue (Rebouças, Nove de Julho, Santo Amaro, Afonso Brás, Joaquim Floriano, República do Líbano, Indianópolis, Faria Lima, Itaim, Vila Olímpia, entre incontáveis outros e somente para ficarmos com aqueles em que transito ou tento transitar). Mais desanimador é o Plano Diretor na mão de pessoas sem a mínima competência para tanto, movidas por interesses outros que não o bem comum ou o desenvolvimento racional e humano da cidade.

Domingos Fernando Refinetti

domingos.refinetti@wkadvogados.com

São Paulo

*

OS BAIRROS DA MINHA VIDA

Triste realidade. A coluna de Fernando Reinach retratou muito bem o bairro em que minha mãe viveu por mais de 50 anos, era exatamente como ele descreveu. Eu me mudei para a Granja Viana na década de 1990, em busca de tranquilidade para minhas filhas crescerem. A granja hoje está se deteriorando rapidamente, mais que a Cerqueira César retratada. Falta total de infraestrutura mínima (nem rede de esgoto temos) e centenas de novos empreendimentos, inclusive com muitos prédios num bairro que nasceu para ser um local arborizado e tranquilo. As ruas não dão conta de tanto carro – e aqui, diferente de lá, se precisa do carro para comprar um simples pão –, o trânsito é caótico, interferindo na Raposo Tavares, que é o único acesso para o bairro e que não sofre nenhuma interferência do poder público – ao contrário da Castelo Branco, que sempre está sendo melhorada. Um percurso que se pode fazer em cinco minutos, de madrugada, pode-se levar até 60 de dia. Resultado: minha filha não quis mais saber das Raposo Tavares e São Camilo – uma das duas principais ruas do bairro, que, ao contrário do nome “avenida”, é uma via de duas mãos, e em muitos trechos nem calçada tem. Mas empreendimentos com nomes chamativos para os trouxas (como bem definiu Fernando Reinach) aludem ao “eco”, ao verde (a primeira coisa que as construtoras fazem é derrubar todas as árvores, muitas centenárias, e plantar meia dúzia de palmeiras). Sem contar o grande paliteiro que está rapidamente se formando ao longo da Raposo Tavares, diminuindo cada vez mais a chance de um alargamento da via, até para poder melhorar o transporte público, que, diga-se de passagem, é precário. Bem, voltando à minha filha, ela se cansou desta confusão diária e resolveu ir morar no apartamento da avó – que maravilha, fazer tudo a pé! Enfim, os bairros da minha vida estão sendo destruídos, assim como tantos outros nesta minha São Paulo, sem planejamento, sem controle, com o único intuito do lucro fácil e rápido em prejuízo da população. Um desabafo sincero após ler aquela coluna com lágrimas nos olhos.

Cristina Cardoso

cricardoso23m@gmail.com

Carapicuíba

*

CHEGADA DOS IPÊS

A chegada dos ipês coloridos deixa Brasília ainda mais bela, alegre, amorosa e cativante. O ipê branco abranda a alma. O amarelo encanta corações. O roxo alimenta esperança. O ipê lilás exorta a paz. Os pés de ipês são recheados de dignidade. Suas folhagens saúdam o amanhecer. O aroma dos ipês tem a pureza dos sentimentos. Embalam o cotidiano e embelezam o Sol. Quando as folhas começam a cair, os ipês partem para nova missão: juntam-se ao barro para arar e semear a vida eterna.

Vicente Limongi Netto

limonginetto@hotmail.com

Brasília

Trabalho

Contribuição assistencial

Como trabalhador, acho que a cobrança da contribuição assistencial pelos sindicatos é pertinente desde seja espontânea e que os trabalhadores tenham participação direta nas decisões, mantendo o equilíbrio entre as representações e evitando, assim, abusos de poder. Como disse o professor Hélio Zylberstajn em reportagem do Estadão (STF forma maioria para sindicato cobrar não associado, 2/9, B5), o sindicato tem de ser uma instituição de escolha dos trabalhadores e, acrescento, apolítica.

Jaime E. Sanches

jaime@carboroil.com.br

São Paulo

*

Interesses dos associados

A lógica é a evolução, não o retrocesso, que é o que está acontecendo com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a contribuição assistencial. Fossem os sindicatos verdadeiramente defensores apenas dos interesses dos associados, não haveria tanta discórdia quanto à cobrança de uma contribuição espontânea. Contudo, essas entidades se transformaram em puxadinhos de partidos políticos e seus braços financeiros, distorcendo a finalidade dos sindicatos, bem como assumindo posições políticas não delegadas pelos associados.

Paulo Tarso J. Santos

ptjsantos@yahoo.com.br

São Paulo

*

Segurança

PCC

Editorial do Estadão sobre a história do PCC (2/9, A3) revela total ineficiência do sistema prisional e da própria Justiça do Brasil, que punem com exagero o pequeno infrator e tratam com pão de ló os grandes criminosos, que comandam as cadeias e dominam o tráfico de drogas, os roubos de carga e os assaltos e corrompem funcionários do Estado. Um poder à parte neste Brasil dos fora da lei.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

*

Aumento de penas

Enquanto as prisões brasileiras derem aos presos o tratamento que sabemos darem hoje, qualquer aumento de penas para furto e roubo, como quer um projeto de lei na Câmara dos Deputados, só servirá para tornar os criminosos mais competentes e ousados nas tarefas a que se dedicavam.

Euclides Rossignoli

clidesrossi@gmail.com

Ourinhos

*

São Paulo

Azar dos moradores

Gostaria de parabenizar Fernando Reinach pelo artigo Os trouxas de Cerqueira César (2/9, A26). Retrata perfeitamente o paliteiro que se tornou a nossa cidade, e não só o bairro de Cerqueira César. O mesmo está acontecendo em Moema, Vila Olímpia e Brooklin. Sou moradora de Moema, e a destruição do comércio local, onde fazíamos tudo a pé, é gritante. A cidade foi loteada para construtoras que estão levantando prédios em todos os espaços. Além de todo este desconforto tão bem relatado por Reinach, penso ainda em como vai ficar a infraestrutura de saneamento e luz. Apesar de as construtoras terem cálculos sobre o tema, atualmente Moema é um bairro que acaba a luz com frequência. Fico pensando em quando todos esses empreendimentos estiverem prontos. Como sempre, azar dos moradores.

Glória Maia Bonadio

gloria.mb@gmail.com

São Paulo

*

Cidade pós-pandemia

Excelente o editorial As cidades no pós-pandemia (1/9, A3). O que vemos hoje em São Paulo é um canteiro de obras desenfreado, com preços altíssimos de imóveis minúsculos, um centro deteriorado, Cracolândia e sujeira. É preciso mais do que um Plano Diretor para consertar tamanho estrago. É preciso vontade política e responsabilidade pública.

Elisabeth Migliavacca

São Paulo

*

Direito ao crack

“Não há um direito a drogar-se e permanecer drogado”, pontuou o ministro do STF Gilmar Mendes sobre o voto para descriminalizar o consumo de drogas para uso pessoal. Então, por que, na cidade de São Paulo, os dependentes químicos de crack têm muito mais direitos que os milhares de moradores, trabalhadores, empreendedores e frequentadores das cracolândias – no centro e espalhadas –, ocupadas por centenas de adictos cada vez mais violentos? Ora, a coexistência é impossível. Assim, os governos municipal e estadual, que não obtêm resultados para a imensa população não viciada, agem em favor do quê ou de quem?

Suely Mandelbaum

suely.m@terra.com.br

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

JUSCELINO FILHO

Em 6/1, na primeira reunião ministerial do governo, o presidente Lula da Silva foi muito claro aos recentes empossados de que o ministro que não andar na linha seria convidado a sair do governo. Não demorou e o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), saiu da linha no caso do leilão de cavalos de raça, uso indevido de avião da FAB, recebimentos de diárias para esse evento e outros desalinhamentos, tudo revelado nos mínimos detalhes por este jornal à época. Reuniu-se com o presidente, devolveu as diárias e, por interesses partidários, foi mantido no cargo e não se falou mais no assunto. Agora, novas denúncias surgiram contra o ministro. Suspeito de desvio de verba pública, teve seus bens bloqueados por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. A pergunta que não quer calar: será que os interesses partidários serão novamente sobrepostos aos graves fatos expostos ou o senhor presidente, incontinenti, demitirá o ministro? Ó dúvida atroz! Talvez a prevista minirreforma ministerial facilite as coisas e “aliviem a pressão” no Palácio do Planalto.

Sergio Dafré

sergio_dafre@hotmail.com

Jundiaí

*

PERMANÊNCIA DO MINISTRO

Diante da condenável e inexplicável inação do presidente Lula, que ainda não exonerou o famigerado ministro das Comunicações, Juscelino Filho, após a revelação de seu inadmissível envolvimento em uma série de milionários malfeitos de toda ordem, cabe perguntar o que mais será necessário para a sua imediata demissão: que cometa um assalto à mão armada à luz do dia ou um assassinato? Como se vê, o rabo preso de Lula com o União Brasil é até agora a garantia de impunidade e permanência do ministro à frente da importante pasta do governo. Até quando?

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

*

MINISTÉRIOS DE LULA

Será que chegamos a meia centena de ministérios ainda este ano? Empenho do governo e pressão do Centrão indicam que a meta será alcançada. Apenas uma pergunta: o ministro das Comunicações, aquele que gosta de cavalos e usa avião da FAB para participar de leilões, vai continuar no cargo? Ninguém merece!

Jose Perin Garcia

jperin@uol.com.br

Santo André

*

CRÍTICAS A ROBERTO CAMPOS NETO

As palavras proferidas pelo presidente Lula sobre o presidente do Banco Central estão igualando cada vez mais o atual presidente ao ex-presidente Jair Bolsonaro, os dois movidos a vingança. Tudo que é do outro lado é ruim, só o nosso lado é bom.

Vital Romaneli Penha

vitalromaneli@gmail.com

Jacareí

*

SUPREMO X CONGRESSO

O STF está decidindo sobre a volta do imposto sindical e indo de encontro ao que foi decidido pelo Congresso, que aprovou a reforma trabalhista, em 2017. Em primeiro lugar, por que o STF está deliberando sobre algo que não lhe diz respeito? Depois, quando falam em “consórcio PT-STF” ou “STF, puxadinho do PT”, isso é tratado como um insulto, um desrespeito para com a Corte Suprema. Mas não é essa mesma Corte que está desrespeitando uma decisão do povo brasileiro, através dos seus representantes eleitos?

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

lgtsaraiva@gmail.com

Salvador

*

TAXA SINDICAL

É um absurdo o Supremo Tribunal Federal se posicionar a favor da cobrança de taxa sindical a não associados! Mudamos e não estou sabendo que vivemos em ditadura!

Enzo Claudio Giulio Ceccon

enzo.ceccon@gmail.com

São Paulo

*

DEZ MAIORES ECONOMIAS

Agência vê Brasil de volta ao grupo das 10 maiores economias ainda este ano (2/9, B3). Decerto, isso terá sido alguma “manobra” descoberta pela Austin Rating no juízo da dra. Elena Landau.

Luiz Carlos Gomes Godoi

vlggoddi@gmail.com

Santos

*

CICLOS DE RIQUEZA

Quando foi descoberto petróleo no pré-sal, 15 anos atrás, todos pensaram que o Brasil iria finalmente sair do terceiro mundo com a enxurrada de dinheiro novo entrando na economia. O petróleo foi explorado com grande sucesso, a Petrobras se tornou uma das maiores empresas do mundo, mas não houve uma grande mudança no padrão de vida brasileiro – o País continua atolado no subdesenvolvimento do terceiro mundo. O Brasil já viveu outros grandes ciclos de riqueza – borracha, café, soja –, mas o resultado é sempre o mesmo: acúmulo de riqueza para poucos enquanto ainda há miséria entre a população. Para romper esse ciclo o País deveria investir boa parte do dinheiro do pré-sal em educação, mas é claro que isso não aconteceu nem vai acontecer nunca. A Petrobras vai continuar distribuindo bilhões em dividendos para seus acionistas, e o País vai continuar atolado no terceiro mundo até o fim dos tempos.

Mário Barilá Filho

mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

*

ESVAZIAMENTO FINANCEIRO

O editorial PCC forte é reflexo de Estado fraco (2/9, A3) toca no ponto certo do sucesso dos bandidos do Primeiro Comando da Capital (PCC), ou seja, no sucesso financeiro, e consequente capacidade de comprar facilidades. Como na luta contra a máfia nos EUA, quase um século atrás, somente o esvaziamento financeiro pode acabar com essa escória.

José Elias Laier

joseeliaslaier@gmail.com

São Carlos

*

FACÇÕES CRIMINOSAS

É muito simples entender por que facções criminosas prosperam no Brasil: os políticos que elegemos no Congresso Nacional, nas Assembleias Estaduais e nas Câmaras Municipais praticam crimes do colarinho branco sem nenhuma punição, e são um excelente exemplo para o PCC e o Comando Vermelho. Os narcoestados se expandem a jato e a sociedade de bem patina no Estado ineficiente. Quando o comando criminoso PCC conseguir dominar de vez o Congresso Nacional, a paz retornará à Nação. Vamos e convenhamos, um país governado por um ex-presidiário condenado por corrupção só pode dar no que está dando.

José Roberto Iglesias

rzeiglezias@gmail.com

São Paulo

*

OPERAÇÃO ESCUDO

A propósito da reportagem Conselho federal pede fim de ação policial na Baixada (2/9, A29), e deixando claro que não compactuo com quaisquer violências praticadas por quem quer que seja, questiono como cidadão sujeito às maiores violências que ocorrem neste país quando é que os ínclitos componentes do Conselho Nacional dos Direitos Humanos irão se preocupar conosco, os pagadores de impostos que sustentam a eles e a própria polícia? Será que a quantidade de detidos, sendo mais de duas centenas procurados e com antecedentes criminais, não justifica a continuidade da referida operação, obviamente cuidando-se para que ações injustificadas sejam investigadas e punidas? Mais ainda, houve alguma recomendação ou ação efetiva desse órgão para apoio psicológico e psiquiátrico para todas as famílias das milhares de vítimas da bandidagem?

Carlos Ayrton Biasetto

carlos.biasetto@gmail.com

São Paulo

*

VILA GUILHERME

Dia 12 de setembro, aniversário do bairro de Vila Guilherme, a “pérola da Zona Norte”. Com 111 anos de existência, o que o bairro poderia ganhar de presente: a) manutenção e conservação da placa do cão Salomão abandonada na Praça Oscar da Silva; b) acrescentar, editar ou adicionar na placa indicativa da Avenida Guilherme: Guilherme Praun da Silva – o fundador do bairro de Vila Guilherme; c) conservação e manutenção do túmulo do sr. Guilherme Praun da Silva (em completo abandono) no Cemitério da Consolação; d) inauguração de uma estátua, totem, obelisco ou placa em homenagem ao sr. Guilherme Praun da Silva; e) dar o nome do sr. Guilherme Praun da Silva a alguma das praças sem nome no bairro; f) homenagear o sr. Agenor Gomes, fundador do primeiro zoológico na Vila Guilherme, com uma placa, totem, obelisco ou estátua.

Edgard Martins

voedgard.martins2409@gmail.com

São Paulo

*

RUAS INABITÁVEIS

Parabéns ao professor Fernando Reinach pelo texto Os trouxas de Cerqueira César (2/9, A26), com um adendo: trouxas somos todos nós. Os trouxas habitantes de uma cidade devastada pela especulação imobiliária, que, a pretexto de “adensamento”, torna ruas intransitáveis e inabitáveis. Avenidas e bairros, já no limite da exaustão, sem adequada infraestrutura, em especial viária, que os atenda ou os desafogue (Rebouças, Nove de Julho, Santo Amaro, Afonso Brás, Joaquim Floriano, República do Líbano, Indianópolis, Faria Lima, Itaim, Vila Olímpia, entre incontáveis outros e somente para ficarmos com aqueles em que transito ou tento transitar). Mais desanimador é o Plano Diretor na mão de pessoas sem a mínima competência para tanto, movidas por interesses outros que não o bem comum ou o desenvolvimento racional e humano da cidade.

Domingos Fernando Refinetti

domingos.refinetti@wkadvogados.com

São Paulo

*

OS BAIRROS DA MINHA VIDA

Triste realidade. A coluna de Fernando Reinach retratou muito bem o bairro em que minha mãe viveu por mais de 50 anos, era exatamente como ele descreveu. Eu me mudei para a Granja Viana na década de 1990, em busca de tranquilidade para minhas filhas crescerem. A granja hoje está se deteriorando rapidamente, mais que a Cerqueira César retratada. Falta total de infraestrutura mínima (nem rede de esgoto temos) e centenas de novos empreendimentos, inclusive com muitos prédios num bairro que nasceu para ser um local arborizado e tranquilo. As ruas não dão conta de tanto carro – e aqui, diferente de lá, se precisa do carro para comprar um simples pão –, o trânsito é caótico, interferindo na Raposo Tavares, que é o único acesso para o bairro e que não sofre nenhuma interferência do poder público – ao contrário da Castelo Branco, que sempre está sendo melhorada. Um percurso que se pode fazer em cinco minutos, de madrugada, pode-se levar até 60 de dia. Resultado: minha filha não quis mais saber das Raposo Tavares e São Camilo – uma das duas principais ruas do bairro, que, ao contrário do nome “avenida”, é uma via de duas mãos, e em muitos trechos nem calçada tem. Mas empreendimentos com nomes chamativos para os trouxas (como bem definiu Fernando Reinach) aludem ao “eco”, ao verde (a primeira coisa que as construtoras fazem é derrubar todas as árvores, muitas centenárias, e plantar meia dúzia de palmeiras). Sem contar o grande paliteiro que está rapidamente se formando ao longo da Raposo Tavares, diminuindo cada vez mais a chance de um alargamento da via, até para poder melhorar o transporte público, que, diga-se de passagem, é precário. Bem, voltando à minha filha, ela se cansou desta confusão diária e resolveu ir morar no apartamento da avó – que maravilha, fazer tudo a pé! Enfim, os bairros da minha vida estão sendo destruídos, assim como tantos outros nesta minha São Paulo, sem planejamento, sem controle, com o único intuito do lucro fácil e rápido em prejuízo da população. Um desabafo sincero após ler aquela coluna com lágrimas nos olhos.

Cristina Cardoso

cricardoso23m@gmail.com

Carapicuíba

*

CHEGADA DOS IPÊS

A chegada dos ipês coloridos deixa Brasília ainda mais bela, alegre, amorosa e cativante. O ipê branco abranda a alma. O amarelo encanta corações. O roxo alimenta esperança. O ipê lilás exorta a paz. Os pés de ipês são recheados de dignidade. Suas folhagens saúdam o amanhecer. O aroma dos ipês tem a pureza dos sentimentos. Embalam o cotidiano e embelezam o Sol. Quando as folhas começam a cair, os ipês partem para nova missão: juntam-se ao barro para arar e semear a vida eterna.

Vicente Limongi Netto

limonginetto@hotmail.com

Brasília

Trabalho

Contribuição assistencial

Como trabalhador, acho que a cobrança da contribuição assistencial pelos sindicatos é pertinente desde seja espontânea e que os trabalhadores tenham participação direta nas decisões, mantendo o equilíbrio entre as representações e evitando, assim, abusos de poder. Como disse o professor Hélio Zylberstajn em reportagem do Estadão (STF forma maioria para sindicato cobrar não associado, 2/9, B5), o sindicato tem de ser uma instituição de escolha dos trabalhadores e, acrescento, apolítica.

Jaime E. Sanches

jaime@carboroil.com.br

São Paulo

*

Interesses dos associados

A lógica é a evolução, não o retrocesso, que é o que está acontecendo com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a contribuição assistencial. Fossem os sindicatos verdadeiramente defensores apenas dos interesses dos associados, não haveria tanta discórdia quanto à cobrança de uma contribuição espontânea. Contudo, essas entidades se transformaram em puxadinhos de partidos políticos e seus braços financeiros, distorcendo a finalidade dos sindicatos, bem como assumindo posições políticas não delegadas pelos associados.

Paulo Tarso J. Santos

ptjsantos@yahoo.com.br

São Paulo

*

Segurança

PCC

Editorial do Estadão sobre a história do PCC (2/9, A3) revela total ineficiência do sistema prisional e da própria Justiça do Brasil, que punem com exagero o pequeno infrator e tratam com pão de ló os grandes criminosos, que comandam as cadeias e dominam o tráfico de drogas, os roubos de carga e os assaltos e corrompem funcionários do Estado. Um poder à parte neste Brasil dos fora da lei.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

*

Aumento de penas

Enquanto as prisões brasileiras derem aos presos o tratamento que sabemos darem hoje, qualquer aumento de penas para furto e roubo, como quer um projeto de lei na Câmara dos Deputados, só servirá para tornar os criminosos mais competentes e ousados nas tarefas a que se dedicavam.

Euclides Rossignoli

clidesrossi@gmail.com

Ourinhos

*

São Paulo

Azar dos moradores

Gostaria de parabenizar Fernando Reinach pelo artigo Os trouxas de Cerqueira César (2/9, A26). Retrata perfeitamente o paliteiro que se tornou a nossa cidade, e não só o bairro de Cerqueira César. O mesmo está acontecendo em Moema, Vila Olímpia e Brooklin. Sou moradora de Moema, e a destruição do comércio local, onde fazíamos tudo a pé, é gritante. A cidade foi loteada para construtoras que estão levantando prédios em todos os espaços. Além de todo este desconforto tão bem relatado por Reinach, penso ainda em como vai ficar a infraestrutura de saneamento e luz. Apesar de as construtoras terem cálculos sobre o tema, atualmente Moema é um bairro que acaba a luz com frequência. Fico pensando em quando todos esses empreendimentos estiverem prontos. Como sempre, azar dos moradores.

Glória Maia Bonadio

gloria.mb@gmail.com

São Paulo

*

Cidade pós-pandemia

Excelente o editorial As cidades no pós-pandemia (1/9, A3). O que vemos hoje em São Paulo é um canteiro de obras desenfreado, com preços altíssimos de imóveis minúsculos, um centro deteriorado, Cracolândia e sujeira. É preciso mais do que um Plano Diretor para consertar tamanho estrago. É preciso vontade política e responsabilidade pública.

Elisabeth Migliavacca

São Paulo

*

Direito ao crack

“Não há um direito a drogar-se e permanecer drogado”, pontuou o ministro do STF Gilmar Mendes sobre o voto para descriminalizar o consumo de drogas para uso pessoal. Então, por que, na cidade de São Paulo, os dependentes químicos de crack têm muito mais direitos que os milhares de moradores, trabalhadores, empreendedores e frequentadores das cracolândias – no centro e espalhadas –, ocupadas por centenas de adictos cada vez mais violentos? Ora, a coexistência é impossível. Assim, os governos municipal e estadual, que não obtêm resultados para a imensa população não viciada, agem em favor do quê ou de quem?

Suely Mandelbaum

suely.m@terra.com.br

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

JUSCELINO FILHO

Em 6/1, na primeira reunião ministerial do governo, o presidente Lula da Silva foi muito claro aos recentes empossados de que o ministro que não andar na linha seria convidado a sair do governo. Não demorou e o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), saiu da linha no caso do leilão de cavalos de raça, uso indevido de avião da FAB, recebimentos de diárias para esse evento e outros desalinhamentos, tudo revelado nos mínimos detalhes por este jornal à época. Reuniu-se com o presidente, devolveu as diárias e, por interesses partidários, foi mantido no cargo e não se falou mais no assunto. Agora, novas denúncias surgiram contra o ministro. Suspeito de desvio de verba pública, teve seus bens bloqueados por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. A pergunta que não quer calar: será que os interesses partidários serão novamente sobrepostos aos graves fatos expostos ou o senhor presidente, incontinenti, demitirá o ministro? Ó dúvida atroz! Talvez a prevista minirreforma ministerial facilite as coisas e “aliviem a pressão” no Palácio do Planalto.

Sergio Dafré

sergio_dafre@hotmail.com

Jundiaí

*

PERMANÊNCIA DO MINISTRO

Diante da condenável e inexplicável inação do presidente Lula, que ainda não exonerou o famigerado ministro das Comunicações, Juscelino Filho, após a revelação de seu inadmissível envolvimento em uma série de milionários malfeitos de toda ordem, cabe perguntar o que mais será necessário para a sua imediata demissão: que cometa um assalto à mão armada à luz do dia ou um assassinato? Como se vê, o rabo preso de Lula com o União Brasil é até agora a garantia de impunidade e permanência do ministro à frente da importante pasta do governo. Até quando?

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

*

MINISTÉRIOS DE LULA

Será que chegamos a meia centena de ministérios ainda este ano? Empenho do governo e pressão do Centrão indicam que a meta será alcançada. Apenas uma pergunta: o ministro das Comunicações, aquele que gosta de cavalos e usa avião da FAB para participar de leilões, vai continuar no cargo? Ninguém merece!

Jose Perin Garcia

jperin@uol.com.br

Santo André

*

CRÍTICAS A ROBERTO CAMPOS NETO

As palavras proferidas pelo presidente Lula sobre o presidente do Banco Central estão igualando cada vez mais o atual presidente ao ex-presidente Jair Bolsonaro, os dois movidos a vingança. Tudo que é do outro lado é ruim, só o nosso lado é bom.

Vital Romaneli Penha

vitalromaneli@gmail.com

Jacareí

*

SUPREMO X CONGRESSO

O STF está decidindo sobre a volta do imposto sindical e indo de encontro ao que foi decidido pelo Congresso, que aprovou a reforma trabalhista, em 2017. Em primeiro lugar, por que o STF está deliberando sobre algo que não lhe diz respeito? Depois, quando falam em “consórcio PT-STF” ou “STF, puxadinho do PT”, isso é tratado como um insulto, um desrespeito para com a Corte Suprema. Mas não é essa mesma Corte que está desrespeitando uma decisão do povo brasileiro, através dos seus representantes eleitos?

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

lgtsaraiva@gmail.com

Salvador

*

TAXA SINDICAL

É um absurdo o Supremo Tribunal Federal se posicionar a favor da cobrança de taxa sindical a não associados! Mudamos e não estou sabendo que vivemos em ditadura!

Enzo Claudio Giulio Ceccon

enzo.ceccon@gmail.com

São Paulo

*

DEZ MAIORES ECONOMIAS

Agência vê Brasil de volta ao grupo das 10 maiores economias ainda este ano (2/9, B3). Decerto, isso terá sido alguma “manobra” descoberta pela Austin Rating no juízo da dra. Elena Landau.

Luiz Carlos Gomes Godoi

vlggoddi@gmail.com

Santos

*

CICLOS DE RIQUEZA

Quando foi descoberto petróleo no pré-sal, 15 anos atrás, todos pensaram que o Brasil iria finalmente sair do terceiro mundo com a enxurrada de dinheiro novo entrando na economia. O petróleo foi explorado com grande sucesso, a Petrobras se tornou uma das maiores empresas do mundo, mas não houve uma grande mudança no padrão de vida brasileiro – o País continua atolado no subdesenvolvimento do terceiro mundo. O Brasil já viveu outros grandes ciclos de riqueza – borracha, café, soja –, mas o resultado é sempre o mesmo: acúmulo de riqueza para poucos enquanto ainda há miséria entre a população. Para romper esse ciclo o País deveria investir boa parte do dinheiro do pré-sal em educação, mas é claro que isso não aconteceu nem vai acontecer nunca. A Petrobras vai continuar distribuindo bilhões em dividendos para seus acionistas, e o País vai continuar atolado no terceiro mundo até o fim dos tempos.

Mário Barilá Filho

mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

*

ESVAZIAMENTO FINANCEIRO

O editorial PCC forte é reflexo de Estado fraco (2/9, A3) toca no ponto certo do sucesso dos bandidos do Primeiro Comando da Capital (PCC), ou seja, no sucesso financeiro, e consequente capacidade de comprar facilidades. Como na luta contra a máfia nos EUA, quase um século atrás, somente o esvaziamento financeiro pode acabar com essa escória.

José Elias Laier

joseeliaslaier@gmail.com

São Carlos

*

FACÇÕES CRIMINOSAS

É muito simples entender por que facções criminosas prosperam no Brasil: os políticos que elegemos no Congresso Nacional, nas Assembleias Estaduais e nas Câmaras Municipais praticam crimes do colarinho branco sem nenhuma punição, e são um excelente exemplo para o PCC e o Comando Vermelho. Os narcoestados se expandem a jato e a sociedade de bem patina no Estado ineficiente. Quando o comando criminoso PCC conseguir dominar de vez o Congresso Nacional, a paz retornará à Nação. Vamos e convenhamos, um país governado por um ex-presidiário condenado por corrupção só pode dar no que está dando.

José Roberto Iglesias

rzeiglezias@gmail.com

São Paulo

*

OPERAÇÃO ESCUDO

A propósito da reportagem Conselho federal pede fim de ação policial na Baixada (2/9, A29), e deixando claro que não compactuo com quaisquer violências praticadas por quem quer que seja, questiono como cidadão sujeito às maiores violências que ocorrem neste país quando é que os ínclitos componentes do Conselho Nacional dos Direitos Humanos irão se preocupar conosco, os pagadores de impostos que sustentam a eles e a própria polícia? Será que a quantidade de detidos, sendo mais de duas centenas procurados e com antecedentes criminais, não justifica a continuidade da referida operação, obviamente cuidando-se para que ações injustificadas sejam investigadas e punidas? Mais ainda, houve alguma recomendação ou ação efetiva desse órgão para apoio psicológico e psiquiátrico para todas as famílias das milhares de vítimas da bandidagem?

Carlos Ayrton Biasetto

carlos.biasetto@gmail.com

São Paulo

*

VILA GUILHERME

Dia 12 de setembro, aniversário do bairro de Vila Guilherme, a “pérola da Zona Norte”. Com 111 anos de existência, o que o bairro poderia ganhar de presente: a) manutenção e conservação da placa do cão Salomão abandonada na Praça Oscar da Silva; b) acrescentar, editar ou adicionar na placa indicativa da Avenida Guilherme: Guilherme Praun da Silva – o fundador do bairro de Vila Guilherme; c) conservação e manutenção do túmulo do sr. Guilherme Praun da Silva (em completo abandono) no Cemitério da Consolação; d) inauguração de uma estátua, totem, obelisco ou placa em homenagem ao sr. Guilherme Praun da Silva; e) dar o nome do sr. Guilherme Praun da Silva a alguma das praças sem nome no bairro; f) homenagear o sr. Agenor Gomes, fundador do primeiro zoológico na Vila Guilherme, com uma placa, totem, obelisco ou estátua.

Edgard Martins

voedgard.martins2409@gmail.com

São Paulo

*

RUAS INABITÁVEIS

Parabéns ao professor Fernando Reinach pelo texto Os trouxas de Cerqueira César (2/9, A26), com um adendo: trouxas somos todos nós. Os trouxas habitantes de uma cidade devastada pela especulação imobiliária, que, a pretexto de “adensamento”, torna ruas intransitáveis e inabitáveis. Avenidas e bairros, já no limite da exaustão, sem adequada infraestrutura, em especial viária, que os atenda ou os desafogue (Rebouças, Nove de Julho, Santo Amaro, Afonso Brás, Joaquim Floriano, República do Líbano, Indianópolis, Faria Lima, Itaim, Vila Olímpia, entre incontáveis outros e somente para ficarmos com aqueles em que transito ou tento transitar). Mais desanimador é o Plano Diretor na mão de pessoas sem a mínima competência para tanto, movidas por interesses outros que não o bem comum ou o desenvolvimento racional e humano da cidade.

Domingos Fernando Refinetti

domingos.refinetti@wkadvogados.com

São Paulo

*

OS BAIRROS DA MINHA VIDA

Triste realidade. A coluna de Fernando Reinach retratou muito bem o bairro em que minha mãe viveu por mais de 50 anos, era exatamente como ele descreveu. Eu me mudei para a Granja Viana na década de 1990, em busca de tranquilidade para minhas filhas crescerem. A granja hoje está se deteriorando rapidamente, mais que a Cerqueira César retratada. Falta total de infraestrutura mínima (nem rede de esgoto temos) e centenas de novos empreendimentos, inclusive com muitos prédios num bairro que nasceu para ser um local arborizado e tranquilo. As ruas não dão conta de tanto carro – e aqui, diferente de lá, se precisa do carro para comprar um simples pão –, o trânsito é caótico, interferindo na Raposo Tavares, que é o único acesso para o bairro e que não sofre nenhuma interferência do poder público – ao contrário da Castelo Branco, que sempre está sendo melhorada. Um percurso que se pode fazer em cinco minutos, de madrugada, pode-se levar até 60 de dia. Resultado: minha filha não quis mais saber das Raposo Tavares e São Camilo – uma das duas principais ruas do bairro, que, ao contrário do nome “avenida”, é uma via de duas mãos, e em muitos trechos nem calçada tem. Mas empreendimentos com nomes chamativos para os trouxas (como bem definiu Fernando Reinach) aludem ao “eco”, ao verde (a primeira coisa que as construtoras fazem é derrubar todas as árvores, muitas centenárias, e plantar meia dúzia de palmeiras). Sem contar o grande paliteiro que está rapidamente se formando ao longo da Raposo Tavares, diminuindo cada vez mais a chance de um alargamento da via, até para poder melhorar o transporte público, que, diga-se de passagem, é precário. Bem, voltando à minha filha, ela se cansou desta confusão diária e resolveu ir morar no apartamento da avó – que maravilha, fazer tudo a pé! Enfim, os bairros da minha vida estão sendo destruídos, assim como tantos outros nesta minha São Paulo, sem planejamento, sem controle, com o único intuito do lucro fácil e rápido em prejuízo da população. Um desabafo sincero após ler aquela coluna com lágrimas nos olhos.

Cristina Cardoso

cricardoso23m@gmail.com

Carapicuíba

*

CHEGADA DOS IPÊS

A chegada dos ipês coloridos deixa Brasília ainda mais bela, alegre, amorosa e cativante. O ipê branco abranda a alma. O amarelo encanta corações. O roxo alimenta esperança. O ipê lilás exorta a paz. Os pés de ipês são recheados de dignidade. Suas folhagens saúdam o amanhecer. O aroma dos ipês tem a pureza dos sentimentos. Embalam o cotidiano e embelezam o Sol. Quando as folhas começam a cair, os ipês partem para nova missão: juntam-se ao barro para arar e semear a vida eterna.

Vicente Limongi Netto

limonginetto@hotmail.com

Brasília

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.