Fórum dos Leitores


Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

Por Fórum dos Leitores

Política econômica

Que seja verdade

O anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o presidente Lula determinou o cumprimento do arcabouço fiscal e autorizou um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas é, evidentemente, muito bem-vindo. Desde que seja verdade. Não que Lula esteja blefando descaradamente, mas, por enquanto, são meras palavras ao vento. Haddad disse que “o presidente autorizou levar à frente R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento de 2025″. Muitos ministérios, todos sabem, foram cedidos por Lula ao Centrão em troca de apoio parlamentar. Difícil de acreditar que estes ministros aceitarão passivamente cortes substanciais sem chiadeira e, pior, sem alguma troca. As declarações de Haddad acalmaram o mercado. Mas, dependendo do que acontecer – ou do que não acontecer –, pode vir tempestade por aí.

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Luciano Harary

São Paulo

*

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A verborragia lulista

Já não era sem tempo que, afinal, o presidente Lula admitisse que algo precisa ser feito para conter a elevação do dólar. Contudo, a soberba o impediu de fazer um mea culpa, constatando que seus reiterados ataques ao presidente do Banco Central (BC) em muito contribuíram para a desvalorização do real ante a moeda americana, como atesta um sem-número de economistas, inclusive diversos que o apoiaram declaradamente para seu retorno ao terceiro mandato presidencial. Comprovadamente, porém, os substantivos modéstia e humildade jamais pertenceram ao dicionário lulista. Ao invés de se conter nas críticas a Campos Neto, Lula prefere atribuir ao presidente do BC e, mais recentemente, a alta do dólar a um “jogo de interesse especulativo contra o real” (sic). Estou vivamente curioso para saber quem terá tido a coragem, o desprendimento e o patriotismo de, na reunião convocada por Lula com seus ministros Fernando Haddad, Rui Costa e Simone Tebet, alertá-lo sobre sua verborragia inconsequente e insana contra a política desenvolvida pelos conselheiros do BC. Por fim, lembro ao presidente da República um provérbio que, com certeza, ele nunca seguirá: parvo calado por sábio é tomado.

Julio Strosberg

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São Paulo

*

Leilão do arroz

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Suspenso

Que bom que o governo federal descartou o leilão de importação de arroz porque o preço do produto caiu. Nada como a descoberta de uma maracutaia para a tomada dessa decisão. Quantos preços poderão ser reduzidos quando a honestidade for uma obrigação neste país?

Carlos Gaspar

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São Paulo

*

Eleição nos EUA

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Desista, Biden

Joe Biden deveria se reunir com Barack Obama e Bill Clinton para, juntos, ele anunciar sua desistência da reeleição, em favor de uma candidatura preferencialmente jovem e feminina na convenção do Partido Democrata, em agosto. Tanto Gretchen Whitmer, governadora de Michigan, como a vice-presidente Kamala Harris ou o jovem governador da Califórnia, Gavin Newsom, são ótimos nomes democratas para enfrentar Donald Trump na corrida para a Casa Branca, em 5 de novembro.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

Judiciário

O fórum em Lisboa

Interessante a análise que faz o advogado Nicolau da Rocha Cavalcanti no texto A luz de Lisboa (Estadão, 3/7, A4), sobre o Fórum Jurídico de Lisboa. Explica ele qual foi o grande motivo que o levou a escrever sobre o tema, contrariando a “impressão consolidada em alguns setores: a possibilidade de um diálogo público e transparente”. O fato é, no meu entender, que governados que somos pelos Três Poderes da Nação – quase um Foro Romano –, a situação atual nos remete a uma reflexão sobre a famosa frase atribuída ao imperador romano Júlio César, sobre sua bela segunda esposa Pompeia Sula: “À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta”.

Henrique J. Boneti

São Paulo

*

Brasília

A casa do senador

Segundo o senador Flávio Bolsonaro, a sua casa foi quitada com o suor do seu trabalho (Estadão, 4/7, A10). Gostaria de saber qual a sauna que ele frequenta.

Marcos Catap

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

VARIAÇÃO DO DÓLAR

A variação do dólar aqui entre nós não para de ocorrer, e o chamado Deus mercado vê a chance da alta dos juros, face a esta realidade que estamos vivenciando na nossa economia. Ao mesmo tempo, no resto do mundo, está havendo um movimento de desvalorização da moeda americana, tendo a China, Rússia e Índia, três potências que estão comandando transações entre si, usando em suas atividades comerciais, suas próprias moedas, o que, segundo os especialistas, vai possibilitar que a moeda americana deixe de ser como tem sido até agora: a moeda mais usada nas transações internacionais.

José de Anchieta Nobre de Almeida

Rio de Janeiro

*

SILÊNCIO DE OURO

O próprio Lula da Silva 3 deveria saber que as suas manifestações contra o Banco Central e altas constantes do dólar encontram uma interpretação de ação doentia ao ver dos observadores brasileiros. A cada manifestação sua o dólar sobe e cria uma situação incômoda para todos os integrantes do BC. Deveria lembrar-se do conselho bastante antigo: o calar é de ouro e o falar é de prata. Aliás o dístico relatado se encontra bem desenvolvido no editorial do Estadão: O silêncio é de ouro (Estadão, 4/7, A3). Com efeito, se Lula ficar quieto, já colabora muito com os problemas atuais difíceis de nossa economia, que necessita de paz e tranquilidade e nunca de convulsão imposta propositalmente.

José Carlos de Carvalho Carneiro

Rio Claro

*

‘CRUEL DILEMA’

Ao sopesar sobre o teor das piruetas verborrágicas de Lula da Silva, quando ele ataca o Banco Central por meio da atuação de seu presidente, em que a equipe trabalha no sentido de proteger a moeda e conter a ameaça inflacionária mediante decisões técnicas e majoritárias do Comitê correspondente, o cidadão brasileiro se põe a indagar: será que a consequente disparada do dólar traz benefícios financeiros pessoais ao mandatário quando ele espertamente dispara sua metralhadora unidirecional? Ou estará ele praticando o mais irresponsável tipo de populismo a fim de recuperar a popularidade perdida, ao insistir que, por seu comportamento, defende os pobres, quando, na verdade, ao bradar sandices em cascata como agora, acelera uma espécie de naufrágio coletivo dos mesmos destituídos que, habituados a eleger bravateiros, então imploram por sua ajuda, fazendo-o emergir como o grande salvador? Eis um cruel dilema.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

*

‘PROPOSTA INDECENTE’

Aliados de Lula defendem antecipar indicação ao BC para frear disparada do dólar (Estadão, 3/7, A2). Não é segredo para ninguém que a alta do dólar está atrelada, fundamentalmente, às falas inconsequentes de Lula. Mas, ao melhor estilo do lulopetismo, seus aliados, por ignorância e/ou mau caratismo, preferem jogar o ônus da alta da moeda norte americana nas costas do excelente Roberto Campos Neto, que faz um trabalho irretocável à frente do BC. A proposta indecente conta ainda com o apoio de Renan Calheiros, aquele mesmo, do Renangate, que por incrível que pareça é senador da República.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

‘RISCO CONCRETO’

Lula da Silva parece ter inveja de Jair Bolsonaro. O mito negou a covid-19. O demiurgo é um negacionista Da economia. Já disse que os livros desta ciência estão superados e que não fará ajuste fiscal em cima dos mais pobres. Se antes era Bolsonaro quem atirava no próprio pé, agora é a vez do petista fazer estrago no seu governo com falas inconsequentes. A escalada do dólar e a alta taxa de juros Selic se deve à relutância do petista em admitir a necessidade de corte de gastos para equilibrar as contas públicas – e também por conta de suas críticas infundadas sobre Campos Neto e à autonomia do Banco Central. Com o microfone na mão, Lula é um risco concreto para o próprio governo.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

*

‘MISÉRIA DEMOCRÁTICA’

O presidente Lula da Silva continua refém do seu eterno desgoverno. Lá atrás, era o Mensalão, depois veio o Petrolão, depois veio a prisão, e agora é a vez do Emendão. Na verdade, todos esses eventos retratam a miséria democrática em que vivemos, muito por causa de Lula e Dilma Rousseff. Pobre Brasil.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

*

‘ACÚMULO DE INDIGNAÇÃO’

Nos seus 18 meses de mandato o Lula, acumula indignação da Nação. Desde falas grosseiras na área internacional, por não respeitar o mercado, e desferir até ofensas ao eficiente presidente do BC, Roberto Campos Neto. Porém, sentindo o golpe da perda constante de popularidade, com o dólar batendo a casa preocupante dos R$ 5,70, o presidente, se é que sua palavra tem valor, prometeu agora responsabilidade com a situação fiscal. E como o mercado no mundo inteiro vive de expectativa, e no Brasil não é diferente, nesta quarta-feira, 3/7, a Bolsa subiu mais de 1%, e o dólar caiu fechando em R$ 5,56. Oxalá, o presidente doravante tenha um banho de loja de respeito a seu cargo e as regras universais de economia de gastar bem e somente com o que arrecada.

Paulo Panossian

São Carlos

*

RANKING DOS POLÍTICOS

De forma complementar ao interessante levantamento de Karina Ferreira na matéria intitulada O ranking dos políticos mais ricos (Estadão, 3/7, C6-C7), caberia uma correlação com os votos obtidos por tais políticos milionários e as doações realizadas para si próprios e para correligionários. A teoria do medalhão, de Machado de Assis, continua válida séculos depois.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

*

AMERICANAS

A abordagem do caso da empresa brasileira Americanas é exemplo de como a discriminação condiciona decisões judiciais e comportamento da polícia, a depender do status dos envolvidos. Desembarcou no Brasil uma investigada por envolvimento na fraude contábil daquela empresa. Um rombo de R$ 25 bilhões, com efeito cascata ainda não devidamente estimado a afetar acionistas, credores, fornecedores ou empregados de uma das maiores empresas do País. Em quais contas esse dinheiro foi parar ninguém sabe ninguém viu. Contudo, por determinação do juiz da 10.ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, o desembarque foi cercado de cuidados destinados a proteger a passageira do contato com a imprensa, etc. A executiva deveria se apresentar às autoridades “sem ser detida, nem algemada, nem passar por qualquer tipo de constrangimento ou vexame”, conforme matéria intitulada Ex-diretora chega ao País e entrega passaporte à PF (Estadão, B9, 2/7). Nada contra suspeitos e indiciados serem tratados com dignidade, mas esse princípio deveria ser estendido a todos, sem detrimento da lisura e imparcialidade do julgamento, naturalmente. No entanto, não é o que se vê em cenas diárias, em que meros suspeitos são exibidos em situações humilhantes, tratados até com certa agressividade, identidades expostas ante a opinião pública de tal modo que, mesmo que se provem inocentes depois, ficarão para sempre marcados com o estigma da suspeição, extensivamente à própria família.

Patricia Porto da Silva

Rio de Janeiro

*

PETRÓLEO

A gigantesca reserva de petróleo na região amazônica, uma imensidão de terra maior que muitos países a meu modo simplista, deve ser explorado. Com razão ambientalistas são contra, todavia, pior que exploração de petróleo é a contaminação dos rios e povos ribeirinhos com mercúrio na exploração do ouro. Órgãos internacionais e outros países, talvez por interesse, sejam contra, mas os Estados Unidos e a Europa gastam trilhões de dólares com guerras e mortes de crianças e inocentes, mandando umas merrecas para projetos verdes. A Amazônia vai ficar legal com esta riqueza explorada e seus dividendos sociais para aquela população tão desassistida desde sempre. O petróleo continua sendo nosso e a Amazônia também. As regiões no Brasil que tem petróleo geram riquezas, nenhum país do mundo vai ficar sentado em bilhões de barris de petróleo fazendo papel de bobo. Espero que o Brasil não seja o primeiro.

Manoel José Rodrigues

Paraná

*

VACINA CONTRA DENGUE

O Brasil registrou mais de 3 mil óbitos por dengue confirmados em 2024. Além disso, outras mortes seguem em investigação e podem ter sido causadas pela doença. Já podemos transferir o título de genocida que a esquerda dedicou ao ex-presidente e encaixar ao atual, principalmente porque sabemos que o mesmo já se vacinou em uma clínica particular contra a doença em questão, e se quer sabemos quando as vacinas serão importadas para dispor gratuitamente a todo povo que não tem condições de comprar as mesmas pela bagatela entre R$ 780 e R$ 980 (duas doses). Genocida é aquele que gasta milhões em viagens pagas com dinheiro do povo e não tem dinheiro para importar vacinas que evitariam as mortes dos cidadãos.

Leila Elston

São Paulo

*

‘REPUBLIQUETA DE BANANAS’

Conforme noticiado, a Suprema Corte dos EUA decidiu por seis votos a três que os ex-presidentes têm imunidade em atos oficiais, mas não em ações pessoais do período em que ocuparam a Casa Branca. Diante da polêmica decisão, cabe, por oportuno, reproduzir o que bem disse a juíza Sonia Sotomayor, da ala liberal: ”A maioria conservadora transformou a figura do presidente em rei acima da lei. Como nossa Constituição não protege um ex-presidente de responder por atos criminosos e de traição, eu discordo. Irônico, não é? O homem encarregado de fazer cumprir as leis agora pode simplesmente violá-las”. Com efeito, os EUA vão acabar virando uma republiqueta de bananas. God bless America.

J. S. Decol

São Paulo

*

‘COMÉDIA MALUCA’

Com a decisão da Suprema Corte em dar imunidade aos presidentes americanos, por meio do voto de seis juízes indicados por presidentes do Partido republicano, a juíza Sonia Sotomayor, indicada por Barack Obama, declarou que agora o presidente será um rei acima da lei. Esta decisão da Supremo beneficia Donald Trump, que de bobo da corte, como sempre se apresentou, passa a rei da Corte republicana. Parece comédia maluca de Hollywood.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

CANDIDATOS

Com Trump e Joe Biden como os candidatos nos EUA, e Bolsonaro e Lula no Brasil, só nos resta fazer como a hiena Hardy, que tornou famoso o bordão: “Oh céus, oh vida, oh azar... isso não vai dar certo”.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

*

KAMALA HARRIS

Não é só Lula que está seguindo os passos de Dilma. Considerando as possibilidades remotas de Biden vir a ser eleito ou desistir de concorrer, Kamala Harris irá substituí-lo. Ela tem o sexo e a cor de pele ideais para ganhar o apoio dos democratas. E lhe falta todo o resto para poder liderar os americanos. Nas palavras de Gutfeld: “se ela for acometida por demência senil, será uma evolução”. É preferível não pensar nada a pensar como ela pensa. Uma verdadeira Dilma no poder em Washington. Cheia de vontade de mandar.

Jorge Alberto Nurkin

São Paulo

Política econômica

Que seja verdade

O anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o presidente Lula determinou o cumprimento do arcabouço fiscal e autorizou um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas é, evidentemente, muito bem-vindo. Desde que seja verdade. Não que Lula esteja blefando descaradamente, mas, por enquanto, são meras palavras ao vento. Haddad disse que “o presidente autorizou levar à frente R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento de 2025″. Muitos ministérios, todos sabem, foram cedidos por Lula ao Centrão em troca de apoio parlamentar. Difícil de acreditar que estes ministros aceitarão passivamente cortes substanciais sem chiadeira e, pior, sem alguma troca. As declarações de Haddad acalmaram o mercado. Mas, dependendo do que acontecer – ou do que não acontecer –, pode vir tempestade por aí.

Luciano Harary

São Paulo

*

A verborragia lulista

Já não era sem tempo que, afinal, o presidente Lula admitisse que algo precisa ser feito para conter a elevação do dólar. Contudo, a soberba o impediu de fazer um mea culpa, constatando que seus reiterados ataques ao presidente do Banco Central (BC) em muito contribuíram para a desvalorização do real ante a moeda americana, como atesta um sem-número de economistas, inclusive diversos que o apoiaram declaradamente para seu retorno ao terceiro mandato presidencial. Comprovadamente, porém, os substantivos modéstia e humildade jamais pertenceram ao dicionário lulista. Ao invés de se conter nas críticas a Campos Neto, Lula prefere atribuir ao presidente do BC e, mais recentemente, a alta do dólar a um “jogo de interesse especulativo contra o real” (sic). Estou vivamente curioso para saber quem terá tido a coragem, o desprendimento e o patriotismo de, na reunião convocada por Lula com seus ministros Fernando Haddad, Rui Costa e Simone Tebet, alertá-lo sobre sua verborragia inconsequente e insana contra a política desenvolvida pelos conselheiros do BC. Por fim, lembro ao presidente da República um provérbio que, com certeza, ele nunca seguirá: parvo calado por sábio é tomado.

Julio Strosberg

São Paulo

*

Leilão do arroz

Suspenso

Que bom que o governo federal descartou o leilão de importação de arroz porque o preço do produto caiu. Nada como a descoberta de uma maracutaia para a tomada dessa decisão. Quantos preços poderão ser reduzidos quando a honestidade for uma obrigação neste país?

Carlos Gaspar

São Paulo

*

Eleição nos EUA

Desista, Biden

Joe Biden deveria se reunir com Barack Obama e Bill Clinton para, juntos, ele anunciar sua desistência da reeleição, em favor de uma candidatura preferencialmente jovem e feminina na convenção do Partido Democrata, em agosto. Tanto Gretchen Whitmer, governadora de Michigan, como a vice-presidente Kamala Harris ou o jovem governador da Califórnia, Gavin Newsom, são ótimos nomes democratas para enfrentar Donald Trump na corrida para a Casa Branca, em 5 de novembro.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

Judiciário

O fórum em Lisboa

Interessante a análise que faz o advogado Nicolau da Rocha Cavalcanti no texto A luz de Lisboa (Estadão, 3/7, A4), sobre o Fórum Jurídico de Lisboa. Explica ele qual foi o grande motivo que o levou a escrever sobre o tema, contrariando a “impressão consolidada em alguns setores: a possibilidade de um diálogo público e transparente”. O fato é, no meu entender, que governados que somos pelos Três Poderes da Nação – quase um Foro Romano –, a situação atual nos remete a uma reflexão sobre a famosa frase atribuída ao imperador romano Júlio César, sobre sua bela segunda esposa Pompeia Sula: “À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta”.

Henrique J. Boneti

São Paulo

*

Brasília

A casa do senador

Segundo o senador Flávio Bolsonaro, a sua casa foi quitada com o suor do seu trabalho (Estadão, 4/7, A10). Gostaria de saber qual a sauna que ele frequenta.

Marcos Catap

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

VARIAÇÃO DO DÓLAR

A variação do dólar aqui entre nós não para de ocorrer, e o chamado Deus mercado vê a chance da alta dos juros, face a esta realidade que estamos vivenciando na nossa economia. Ao mesmo tempo, no resto do mundo, está havendo um movimento de desvalorização da moeda americana, tendo a China, Rússia e Índia, três potências que estão comandando transações entre si, usando em suas atividades comerciais, suas próprias moedas, o que, segundo os especialistas, vai possibilitar que a moeda americana deixe de ser como tem sido até agora: a moeda mais usada nas transações internacionais.

José de Anchieta Nobre de Almeida

Rio de Janeiro

*

SILÊNCIO DE OURO

O próprio Lula da Silva 3 deveria saber que as suas manifestações contra o Banco Central e altas constantes do dólar encontram uma interpretação de ação doentia ao ver dos observadores brasileiros. A cada manifestação sua o dólar sobe e cria uma situação incômoda para todos os integrantes do BC. Deveria lembrar-se do conselho bastante antigo: o calar é de ouro e o falar é de prata. Aliás o dístico relatado se encontra bem desenvolvido no editorial do Estadão: O silêncio é de ouro (Estadão, 4/7, A3). Com efeito, se Lula ficar quieto, já colabora muito com os problemas atuais difíceis de nossa economia, que necessita de paz e tranquilidade e nunca de convulsão imposta propositalmente.

José Carlos de Carvalho Carneiro

Rio Claro

*

‘CRUEL DILEMA’

Ao sopesar sobre o teor das piruetas verborrágicas de Lula da Silva, quando ele ataca o Banco Central por meio da atuação de seu presidente, em que a equipe trabalha no sentido de proteger a moeda e conter a ameaça inflacionária mediante decisões técnicas e majoritárias do Comitê correspondente, o cidadão brasileiro se põe a indagar: será que a consequente disparada do dólar traz benefícios financeiros pessoais ao mandatário quando ele espertamente dispara sua metralhadora unidirecional? Ou estará ele praticando o mais irresponsável tipo de populismo a fim de recuperar a popularidade perdida, ao insistir que, por seu comportamento, defende os pobres, quando, na verdade, ao bradar sandices em cascata como agora, acelera uma espécie de naufrágio coletivo dos mesmos destituídos que, habituados a eleger bravateiros, então imploram por sua ajuda, fazendo-o emergir como o grande salvador? Eis um cruel dilema.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

*

‘PROPOSTA INDECENTE’

Aliados de Lula defendem antecipar indicação ao BC para frear disparada do dólar (Estadão, 3/7, A2). Não é segredo para ninguém que a alta do dólar está atrelada, fundamentalmente, às falas inconsequentes de Lula. Mas, ao melhor estilo do lulopetismo, seus aliados, por ignorância e/ou mau caratismo, preferem jogar o ônus da alta da moeda norte americana nas costas do excelente Roberto Campos Neto, que faz um trabalho irretocável à frente do BC. A proposta indecente conta ainda com o apoio de Renan Calheiros, aquele mesmo, do Renangate, que por incrível que pareça é senador da República.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

‘RISCO CONCRETO’

Lula da Silva parece ter inveja de Jair Bolsonaro. O mito negou a covid-19. O demiurgo é um negacionista Da economia. Já disse que os livros desta ciência estão superados e que não fará ajuste fiscal em cima dos mais pobres. Se antes era Bolsonaro quem atirava no próprio pé, agora é a vez do petista fazer estrago no seu governo com falas inconsequentes. A escalada do dólar e a alta taxa de juros Selic se deve à relutância do petista em admitir a necessidade de corte de gastos para equilibrar as contas públicas – e também por conta de suas críticas infundadas sobre Campos Neto e à autonomia do Banco Central. Com o microfone na mão, Lula é um risco concreto para o próprio governo.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

*

‘MISÉRIA DEMOCRÁTICA’

O presidente Lula da Silva continua refém do seu eterno desgoverno. Lá atrás, era o Mensalão, depois veio o Petrolão, depois veio a prisão, e agora é a vez do Emendão. Na verdade, todos esses eventos retratam a miséria democrática em que vivemos, muito por causa de Lula e Dilma Rousseff. Pobre Brasil.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

*

‘ACÚMULO DE INDIGNAÇÃO’

Nos seus 18 meses de mandato o Lula, acumula indignação da Nação. Desde falas grosseiras na área internacional, por não respeitar o mercado, e desferir até ofensas ao eficiente presidente do BC, Roberto Campos Neto. Porém, sentindo o golpe da perda constante de popularidade, com o dólar batendo a casa preocupante dos R$ 5,70, o presidente, se é que sua palavra tem valor, prometeu agora responsabilidade com a situação fiscal. E como o mercado no mundo inteiro vive de expectativa, e no Brasil não é diferente, nesta quarta-feira, 3/7, a Bolsa subiu mais de 1%, e o dólar caiu fechando em R$ 5,56. Oxalá, o presidente doravante tenha um banho de loja de respeito a seu cargo e as regras universais de economia de gastar bem e somente com o que arrecada.

Paulo Panossian

São Carlos

*

RANKING DOS POLÍTICOS

De forma complementar ao interessante levantamento de Karina Ferreira na matéria intitulada O ranking dos políticos mais ricos (Estadão, 3/7, C6-C7), caberia uma correlação com os votos obtidos por tais políticos milionários e as doações realizadas para si próprios e para correligionários. A teoria do medalhão, de Machado de Assis, continua válida séculos depois.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

*

AMERICANAS

A abordagem do caso da empresa brasileira Americanas é exemplo de como a discriminação condiciona decisões judiciais e comportamento da polícia, a depender do status dos envolvidos. Desembarcou no Brasil uma investigada por envolvimento na fraude contábil daquela empresa. Um rombo de R$ 25 bilhões, com efeito cascata ainda não devidamente estimado a afetar acionistas, credores, fornecedores ou empregados de uma das maiores empresas do País. Em quais contas esse dinheiro foi parar ninguém sabe ninguém viu. Contudo, por determinação do juiz da 10.ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, o desembarque foi cercado de cuidados destinados a proteger a passageira do contato com a imprensa, etc. A executiva deveria se apresentar às autoridades “sem ser detida, nem algemada, nem passar por qualquer tipo de constrangimento ou vexame”, conforme matéria intitulada Ex-diretora chega ao País e entrega passaporte à PF (Estadão, B9, 2/7). Nada contra suspeitos e indiciados serem tratados com dignidade, mas esse princípio deveria ser estendido a todos, sem detrimento da lisura e imparcialidade do julgamento, naturalmente. No entanto, não é o que se vê em cenas diárias, em que meros suspeitos são exibidos em situações humilhantes, tratados até com certa agressividade, identidades expostas ante a opinião pública de tal modo que, mesmo que se provem inocentes depois, ficarão para sempre marcados com o estigma da suspeição, extensivamente à própria família.

Patricia Porto da Silva

Rio de Janeiro

*

PETRÓLEO

A gigantesca reserva de petróleo na região amazônica, uma imensidão de terra maior que muitos países a meu modo simplista, deve ser explorado. Com razão ambientalistas são contra, todavia, pior que exploração de petróleo é a contaminação dos rios e povos ribeirinhos com mercúrio na exploração do ouro. Órgãos internacionais e outros países, talvez por interesse, sejam contra, mas os Estados Unidos e a Europa gastam trilhões de dólares com guerras e mortes de crianças e inocentes, mandando umas merrecas para projetos verdes. A Amazônia vai ficar legal com esta riqueza explorada e seus dividendos sociais para aquela população tão desassistida desde sempre. O petróleo continua sendo nosso e a Amazônia também. As regiões no Brasil que tem petróleo geram riquezas, nenhum país do mundo vai ficar sentado em bilhões de barris de petróleo fazendo papel de bobo. Espero que o Brasil não seja o primeiro.

Manoel José Rodrigues

Paraná

*

VACINA CONTRA DENGUE

O Brasil registrou mais de 3 mil óbitos por dengue confirmados em 2024. Além disso, outras mortes seguem em investigação e podem ter sido causadas pela doença. Já podemos transferir o título de genocida que a esquerda dedicou ao ex-presidente e encaixar ao atual, principalmente porque sabemos que o mesmo já se vacinou em uma clínica particular contra a doença em questão, e se quer sabemos quando as vacinas serão importadas para dispor gratuitamente a todo povo que não tem condições de comprar as mesmas pela bagatela entre R$ 780 e R$ 980 (duas doses). Genocida é aquele que gasta milhões em viagens pagas com dinheiro do povo e não tem dinheiro para importar vacinas que evitariam as mortes dos cidadãos.

Leila Elston

São Paulo

*

‘REPUBLIQUETA DE BANANAS’

Conforme noticiado, a Suprema Corte dos EUA decidiu por seis votos a três que os ex-presidentes têm imunidade em atos oficiais, mas não em ações pessoais do período em que ocuparam a Casa Branca. Diante da polêmica decisão, cabe, por oportuno, reproduzir o que bem disse a juíza Sonia Sotomayor, da ala liberal: ”A maioria conservadora transformou a figura do presidente em rei acima da lei. Como nossa Constituição não protege um ex-presidente de responder por atos criminosos e de traição, eu discordo. Irônico, não é? O homem encarregado de fazer cumprir as leis agora pode simplesmente violá-las”. Com efeito, os EUA vão acabar virando uma republiqueta de bananas. God bless America.

J. S. Decol

São Paulo

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‘COMÉDIA MALUCA’

Com a decisão da Suprema Corte em dar imunidade aos presidentes americanos, por meio do voto de seis juízes indicados por presidentes do Partido republicano, a juíza Sonia Sotomayor, indicada por Barack Obama, declarou que agora o presidente será um rei acima da lei. Esta decisão da Supremo beneficia Donald Trump, que de bobo da corte, como sempre se apresentou, passa a rei da Corte republicana. Parece comédia maluca de Hollywood.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

CANDIDATOS

Com Trump e Joe Biden como os candidatos nos EUA, e Bolsonaro e Lula no Brasil, só nos resta fazer como a hiena Hardy, que tornou famoso o bordão: “Oh céus, oh vida, oh azar... isso não vai dar certo”.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

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KAMALA HARRIS

Não é só Lula que está seguindo os passos de Dilma. Considerando as possibilidades remotas de Biden vir a ser eleito ou desistir de concorrer, Kamala Harris irá substituí-lo. Ela tem o sexo e a cor de pele ideais para ganhar o apoio dos democratas. E lhe falta todo o resto para poder liderar os americanos. Nas palavras de Gutfeld: “se ela for acometida por demência senil, será uma evolução”. É preferível não pensar nada a pensar como ela pensa. Uma verdadeira Dilma no poder em Washington. Cheia de vontade de mandar.

Jorge Alberto Nurkin

São Paulo

Política econômica

Que seja verdade

O anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o presidente Lula determinou o cumprimento do arcabouço fiscal e autorizou um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas é, evidentemente, muito bem-vindo. Desde que seja verdade. Não que Lula esteja blefando descaradamente, mas, por enquanto, são meras palavras ao vento. Haddad disse que “o presidente autorizou levar à frente R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento de 2025″. Muitos ministérios, todos sabem, foram cedidos por Lula ao Centrão em troca de apoio parlamentar. Difícil de acreditar que estes ministros aceitarão passivamente cortes substanciais sem chiadeira e, pior, sem alguma troca. As declarações de Haddad acalmaram o mercado. Mas, dependendo do que acontecer – ou do que não acontecer –, pode vir tempestade por aí.

Luciano Harary

São Paulo

*

A verborragia lulista

Já não era sem tempo que, afinal, o presidente Lula admitisse que algo precisa ser feito para conter a elevação do dólar. Contudo, a soberba o impediu de fazer um mea culpa, constatando que seus reiterados ataques ao presidente do Banco Central (BC) em muito contribuíram para a desvalorização do real ante a moeda americana, como atesta um sem-número de economistas, inclusive diversos que o apoiaram declaradamente para seu retorno ao terceiro mandato presidencial. Comprovadamente, porém, os substantivos modéstia e humildade jamais pertenceram ao dicionário lulista. Ao invés de se conter nas críticas a Campos Neto, Lula prefere atribuir ao presidente do BC e, mais recentemente, a alta do dólar a um “jogo de interesse especulativo contra o real” (sic). Estou vivamente curioso para saber quem terá tido a coragem, o desprendimento e o patriotismo de, na reunião convocada por Lula com seus ministros Fernando Haddad, Rui Costa e Simone Tebet, alertá-lo sobre sua verborragia inconsequente e insana contra a política desenvolvida pelos conselheiros do BC. Por fim, lembro ao presidente da República um provérbio que, com certeza, ele nunca seguirá: parvo calado por sábio é tomado.

Julio Strosberg

São Paulo

*

Leilão do arroz

Suspenso

Que bom que o governo federal descartou o leilão de importação de arroz porque o preço do produto caiu. Nada como a descoberta de uma maracutaia para a tomada dessa decisão. Quantos preços poderão ser reduzidos quando a honestidade for uma obrigação neste país?

Carlos Gaspar

São Paulo

*

Eleição nos EUA

Desista, Biden

Joe Biden deveria se reunir com Barack Obama e Bill Clinton para, juntos, ele anunciar sua desistência da reeleição, em favor de uma candidatura preferencialmente jovem e feminina na convenção do Partido Democrata, em agosto. Tanto Gretchen Whitmer, governadora de Michigan, como a vice-presidente Kamala Harris ou o jovem governador da Califórnia, Gavin Newsom, são ótimos nomes democratas para enfrentar Donald Trump na corrida para a Casa Branca, em 5 de novembro.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

Judiciário

O fórum em Lisboa

Interessante a análise que faz o advogado Nicolau da Rocha Cavalcanti no texto A luz de Lisboa (Estadão, 3/7, A4), sobre o Fórum Jurídico de Lisboa. Explica ele qual foi o grande motivo que o levou a escrever sobre o tema, contrariando a “impressão consolidada em alguns setores: a possibilidade de um diálogo público e transparente”. O fato é, no meu entender, que governados que somos pelos Três Poderes da Nação – quase um Foro Romano –, a situação atual nos remete a uma reflexão sobre a famosa frase atribuída ao imperador romano Júlio César, sobre sua bela segunda esposa Pompeia Sula: “À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta”.

Henrique J. Boneti

São Paulo

*

Brasília

A casa do senador

Segundo o senador Flávio Bolsonaro, a sua casa foi quitada com o suor do seu trabalho (Estadão, 4/7, A10). Gostaria de saber qual a sauna que ele frequenta.

Marcos Catap

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

VARIAÇÃO DO DÓLAR

A variação do dólar aqui entre nós não para de ocorrer, e o chamado Deus mercado vê a chance da alta dos juros, face a esta realidade que estamos vivenciando na nossa economia. Ao mesmo tempo, no resto do mundo, está havendo um movimento de desvalorização da moeda americana, tendo a China, Rússia e Índia, três potências que estão comandando transações entre si, usando em suas atividades comerciais, suas próprias moedas, o que, segundo os especialistas, vai possibilitar que a moeda americana deixe de ser como tem sido até agora: a moeda mais usada nas transações internacionais.

José de Anchieta Nobre de Almeida

Rio de Janeiro

*

SILÊNCIO DE OURO

O próprio Lula da Silva 3 deveria saber que as suas manifestações contra o Banco Central e altas constantes do dólar encontram uma interpretação de ação doentia ao ver dos observadores brasileiros. A cada manifestação sua o dólar sobe e cria uma situação incômoda para todos os integrantes do BC. Deveria lembrar-se do conselho bastante antigo: o calar é de ouro e o falar é de prata. Aliás o dístico relatado se encontra bem desenvolvido no editorial do Estadão: O silêncio é de ouro (Estadão, 4/7, A3). Com efeito, se Lula ficar quieto, já colabora muito com os problemas atuais difíceis de nossa economia, que necessita de paz e tranquilidade e nunca de convulsão imposta propositalmente.

José Carlos de Carvalho Carneiro

Rio Claro

*

‘CRUEL DILEMA’

Ao sopesar sobre o teor das piruetas verborrágicas de Lula da Silva, quando ele ataca o Banco Central por meio da atuação de seu presidente, em que a equipe trabalha no sentido de proteger a moeda e conter a ameaça inflacionária mediante decisões técnicas e majoritárias do Comitê correspondente, o cidadão brasileiro se põe a indagar: será que a consequente disparada do dólar traz benefícios financeiros pessoais ao mandatário quando ele espertamente dispara sua metralhadora unidirecional? Ou estará ele praticando o mais irresponsável tipo de populismo a fim de recuperar a popularidade perdida, ao insistir que, por seu comportamento, defende os pobres, quando, na verdade, ao bradar sandices em cascata como agora, acelera uma espécie de naufrágio coletivo dos mesmos destituídos que, habituados a eleger bravateiros, então imploram por sua ajuda, fazendo-o emergir como o grande salvador? Eis um cruel dilema.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

*

‘PROPOSTA INDECENTE’

Aliados de Lula defendem antecipar indicação ao BC para frear disparada do dólar (Estadão, 3/7, A2). Não é segredo para ninguém que a alta do dólar está atrelada, fundamentalmente, às falas inconsequentes de Lula. Mas, ao melhor estilo do lulopetismo, seus aliados, por ignorância e/ou mau caratismo, preferem jogar o ônus da alta da moeda norte americana nas costas do excelente Roberto Campos Neto, que faz um trabalho irretocável à frente do BC. A proposta indecente conta ainda com o apoio de Renan Calheiros, aquele mesmo, do Renangate, que por incrível que pareça é senador da República.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

‘RISCO CONCRETO’

Lula da Silva parece ter inveja de Jair Bolsonaro. O mito negou a covid-19. O demiurgo é um negacionista Da economia. Já disse que os livros desta ciência estão superados e que não fará ajuste fiscal em cima dos mais pobres. Se antes era Bolsonaro quem atirava no próprio pé, agora é a vez do petista fazer estrago no seu governo com falas inconsequentes. A escalada do dólar e a alta taxa de juros Selic se deve à relutância do petista em admitir a necessidade de corte de gastos para equilibrar as contas públicas – e também por conta de suas críticas infundadas sobre Campos Neto e à autonomia do Banco Central. Com o microfone na mão, Lula é um risco concreto para o próprio governo.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

*

‘MISÉRIA DEMOCRÁTICA’

O presidente Lula da Silva continua refém do seu eterno desgoverno. Lá atrás, era o Mensalão, depois veio o Petrolão, depois veio a prisão, e agora é a vez do Emendão. Na verdade, todos esses eventos retratam a miséria democrática em que vivemos, muito por causa de Lula e Dilma Rousseff. Pobre Brasil.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

*

‘ACÚMULO DE INDIGNAÇÃO’

Nos seus 18 meses de mandato o Lula, acumula indignação da Nação. Desde falas grosseiras na área internacional, por não respeitar o mercado, e desferir até ofensas ao eficiente presidente do BC, Roberto Campos Neto. Porém, sentindo o golpe da perda constante de popularidade, com o dólar batendo a casa preocupante dos R$ 5,70, o presidente, se é que sua palavra tem valor, prometeu agora responsabilidade com a situação fiscal. E como o mercado no mundo inteiro vive de expectativa, e no Brasil não é diferente, nesta quarta-feira, 3/7, a Bolsa subiu mais de 1%, e o dólar caiu fechando em R$ 5,56. Oxalá, o presidente doravante tenha um banho de loja de respeito a seu cargo e as regras universais de economia de gastar bem e somente com o que arrecada.

Paulo Panossian

São Carlos

*

RANKING DOS POLÍTICOS

De forma complementar ao interessante levantamento de Karina Ferreira na matéria intitulada O ranking dos políticos mais ricos (Estadão, 3/7, C6-C7), caberia uma correlação com os votos obtidos por tais políticos milionários e as doações realizadas para si próprios e para correligionários. A teoria do medalhão, de Machado de Assis, continua válida séculos depois.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

*

AMERICANAS

A abordagem do caso da empresa brasileira Americanas é exemplo de como a discriminação condiciona decisões judiciais e comportamento da polícia, a depender do status dos envolvidos. Desembarcou no Brasil uma investigada por envolvimento na fraude contábil daquela empresa. Um rombo de R$ 25 bilhões, com efeito cascata ainda não devidamente estimado a afetar acionistas, credores, fornecedores ou empregados de uma das maiores empresas do País. Em quais contas esse dinheiro foi parar ninguém sabe ninguém viu. Contudo, por determinação do juiz da 10.ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, o desembarque foi cercado de cuidados destinados a proteger a passageira do contato com a imprensa, etc. A executiva deveria se apresentar às autoridades “sem ser detida, nem algemada, nem passar por qualquer tipo de constrangimento ou vexame”, conforme matéria intitulada Ex-diretora chega ao País e entrega passaporte à PF (Estadão, B9, 2/7). Nada contra suspeitos e indiciados serem tratados com dignidade, mas esse princípio deveria ser estendido a todos, sem detrimento da lisura e imparcialidade do julgamento, naturalmente. No entanto, não é o que se vê em cenas diárias, em que meros suspeitos são exibidos em situações humilhantes, tratados até com certa agressividade, identidades expostas ante a opinião pública de tal modo que, mesmo que se provem inocentes depois, ficarão para sempre marcados com o estigma da suspeição, extensivamente à própria família.

Patricia Porto da Silva

Rio de Janeiro

*

PETRÓLEO

A gigantesca reserva de petróleo na região amazônica, uma imensidão de terra maior que muitos países a meu modo simplista, deve ser explorado. Com razão ambientalistas são contra, todavia, pior que exploração de petróleo é a contaminação dos rios e povos ribeirinhos com mercúrio na exploração do ouro. Órgãos internacionais e outros países, talvez por interesse, sejam contra, mas os Estados Unidos e a Europa gastam trilhões de dólares com guerras e mortes de crianças e inocentes, mandando umas merrecas para projetos verdes. A Amazônia vai ficar legal com esta riqueza explorada e seus dividendos sociais para aquela população tão desassistida desde sempre. O petróleo continua sendo nosso e a Amazônia também. As regiões no Brasil que tem petróleo geram riquezas, nenhum país do mundo vai ficar sentado em bilhões de barris de petróleo fazendo papel de bobo. Espero que o Brasil não seja o primeiro.

Manoel José Rodrigues

Paraná

*

VACINA CONTRA DENGUE

O Brasil registrou mais de 3 mil óbitos por dengue confirmados em 2024. Além disso, outras mortes seguem em investigação e podem ter sido causadas pela doença. Já podemos transferir o título de genocida que a esquerda dedicou ao ex-presidente e encaixar ao atual, principalmente porque sabemos que o mesmo já se vacinou em uma clínica particular contra a doença em questão, e se quer sabemos quando as vacinas serão importadas para dispor gratuitamente a todo povo que não tem condições de comprar as mesmas pela bagatela entre R$ 780 e R$ 980 (duas doses). Genocida é aquele que gasta milhões em viagens pagas com dinheiro do povo e não tem dinheiro para importar vacinas que evitariam as mortes dos cidadãos.

Leila Elston

São Paulo

*

‘REPUBLIQUETA DE BANANAS’

Conforme noticiado, a Suprema Corte dos EUA decidiu por seis votos a três que os ex-presidentes têm imunidade em atos oficiais, mas não em ações pessoais do período em que ocuparam a Casa Branca. Diante da polêmica decisão, cabe, por oportuno, reproduzir o que bem disse a juíza Sonia Sotomayor, da ala liberal: ”A maioria conservadora transformou a figura do presidente em rei acima da lei. Como nossa Constituição não protege um ex-presidente de responder por atos criminosos e de traição, eu discordo. Irônico, não é? O homem encarregado de fazer cumprir as leis agora pode simplesmente violá-las”. Com efeito, os EUA vão acabar virando uma republiqueta de bananas. God bless America.

J. S. Decol

São Paulo

*

‘COMÉDIA MALUCA’

Com a decisão da Suprema Corte em dar imunidade aos presidentes americanos, por meio do voto de seis juízes indicados por presidentes do Partido republicano, a juíza Sonia Sotomayor, indicada por Barack Obama, declarou que agora o presidente será um rei acima da lei. Esta decisão da Supremo beneficia Donald Trump, que de bobo da corte, como sempre se apresentou, passa a rei da Corte republicana. Parece comédia maluca de Hollywood.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

CANDIDATOS

Com Trump e Joe Biden como os candidatos nos EUA, e Bolsonaro e Lula no Brasil, só nos resta fazer como a hiena Hardy, que tornou famoso o bordão: “Oh céus, oh vida, oh azar... isso não vai dar certo”.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

*

KAMALA HARRIS

Não é só Lula que está seguindo os passos de Dilma. Considerando as possibilidades remotas de Biden vir a ser eleito ou desistir de concorrer, Kamala Harris irá substituí-lo. Ela tem o sexo e a cor de pele ideais para ganhar o apoio dos democratas. E lhe falta todo o resto para poder liderar os americanos. Nas palavras de Gutfeld: “se ela for acometida por demência senil, será uma evolução”. É preferível não pensar nada a pensar como ela pensa. Uma verdadeira Dilma no poder em Washington. Cheia de vontade de mandar.

Jorge Alberto Nurkin

São Paulo

Política econômica

Que seja verdade

O anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o presidente Lula determinou o cumprimento do arcabouço fiscal e autorizou um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas é, evidentemente, muito bem-vindo. Desde que seja verdade. Não que Lula esteja blefando descaradamente, mas, por enquanto, são meras palavras ao vento. Haddad disse que “o presidente autorizou levar à frente R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento de 2025″. Muitos ministérios, todos sabem, foram cedidos por Lula ao Centrão em troca de apoio parlamentar. Difícil de acreditar que estes ministros aceitarão passivamente cortes substanciais sem chiadeira e, pior, sem alguma troca. As declarações de Haddad acalmaram o mercado. Mas, dependendo do que acontecer – ou do que não acontecer –, pode vir tempestade por aí.

Luciano Harary

São Paulo

*

A verborragia lulista

Já não era sem tempo que, afinal, o presidente Lula admitisse que algo precisa ser feito para conter a elevação do dólar. Contudo, a soberba o impediu de fazer um mea culpa, constatando que seus reiterados ataques ao presidente do Banco Central (BC) em muito contribuíram para a desvalorização do real ante a moeda americana, como atesta um sem-número de economistas, inclusive diversos que o apoiaram declaradamente para seu retorno ao terceiro mandato presidencial. Comprovadamente, porém, os substantivos modéstia e humildade jamais pertenceram ao dicionário lulista. Ao invés de se conter nas críticas a Campos Neto, Lula prefere atribuir ao presidente do BC e, mais recentemente, a alta do dólar a um “jogo de interesse especulativo contra o real” (sic). Estou vivamente curioso para saber quem terá tido a coragem, o desprendimento e o patriotismo de, na reunião convocada por Lula com seus ministros Fernando Haddad, Rui Costa e Simone Tebet, alertá-lo sobre sua verborragia inconsequente e insana contra a política desenvolvida pelos conselheiros do BC. Por fim, lembro ao presidente da República um provérbio que, com certeza, ele nunca seguirá: parvo calado por sábio é tomado.

Julio Strosberg

São Paulo

*

Leilão do arroz

Suspenso

Que bom que o governo federal descartou o leilão de importação de arroz porque o preço do produto caiu. Nada como a descoberta de uma maracutaia para a tomada dessa decisão. Quantos preços poderão ser reduzidos quando a honestidade for uma obrigação neste país?

Carlos Gaspar

São Paulo

*

Eleição nos EUA

Desista, Biden

Joe Biden deveria se reunir com Barack Obama e Bill Clinton para, juntos, ele anunciar sua desistência da reeleição, em favor de uma candidatura preferencialmente jovem e feminina na convenção do Partido Democrata, em agosto. Tanto Gretchen Whitmer, governadora de Michigan, como a vice-presidente Kamala Harris ou o jovem governador da Califórnia, Gavin Newsom, são ótimos nomes democratas para enfrentar Donald Trump na corrida para a Casa Branca, em 5 de novembro.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

Judiciário

O fórum em Lisboa

Interessante a análise que faz o advogado Nicolau da Rocha Cavalcanti no texto A luz de Lisboa (Estadão, 3/7, A4), sobre o Fórum Jurídico de Lisboa. Explica ele qual foi o grande motivo que o levou a escrever sobre o tema, contrariando a “impressão consolidada em alguns setores: a possibilidade de um diálogo público e transparente”. O fato é, no meu entender, que governados que somos pelos Três Poderes da Nação – quase um Foro Romano –, a situação atual nos remete a uma reflexão sobre a famosa frase atribuída ao imperador romano Júlio César, sobre sua bela segunda esposa Pompeia Sula: “À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta”.

Henrique J. Boneti

São Paulo

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Brasília

A casa do senador

Segundo o senador Flávio Bolsonaro, a sua casa foi quitada com o suor do seu trabalho (Estadão, 4/7, A10). Gostaria de saber qual a sauna que ele frequenta.

Marcos Catap

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

VARIAÇÃO DO DÓLAR

A variação do dólar aqui entre nós não para de ocorrer, e o chamado Deus mercado vê a chance da alta dos juros, face a esta realidade que estamos vivenciando na nossa economia. Ao mesmo tempo, no resto do mundo, está havendo um movimento de desvalorização da moeda americana, tendo a China, Rússia e Índia, três potências que estão comandando transações entre si, usando em suas atividades comerciais, suas próprias moedas, o que, segundo os especialistas, vai possibilitar que a moeda americana deixe de ser como tem sido até agora: a moeda mais usada nas transações internacionais.

José de Anchieta Nobre de Almeida

Rio de Janeiro

*

SILÊNCIO DE OURO

O próprio Lula da Silva 3 deveria saber que as suas manifestações contra o Banco Central e altas constantes do dólar encontram uma interpretação de ação doentia ao ver dos observadores brasileiros. A cada manifestação sua o dólar sobe e cria uma situação incômoda para todos os integrantes do BC. Deveria lembrar-se do conselho bastante antigo: o calar é de ouro e o falar é de prata. Aliás o dístico relatado se encontra bem desenvolvido no editorial do Estadão: O silêncio é de ouro (Estadão, 4/7, A3). Com efeito, se Lula ficar quieto, já colabora muito com os problemas atuais difíceis de nossa economia, que necessita de paz e tranquilidade e nunca de convulsão imposta propositalmente.

José Carlos de Carvalho Carneiro

Rio Claro

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‘CRUEL DILEMA’

Ao sopesar sobre o teor das piruetas verborrágicas de Lula da Silva, quando ele ataca o Banco Central por meio da atuação de seu presidente, em que a equipe trabalha no sentido de proteger a moeda e conter a ameaça inflacionária mediante decisões técnicas e majoritárias do Comitê correspondente, o cidadão brasileiro se põe a indagar: será que a consequente disparada do dólar traz benefícios financeiros pessoais ao mandatário quando ele espertamente dispara sua metralhadora unidirecional? Ou estará ele praticando o mais irresponsável tipo de populismo a fim de recuperar a popularidade perdida, ao insistir que, por seu comportamento, defende os pobres, quando, na verdade, ao bradar sandices em cascata como agora, acelera uma espécie de naufrágio coletivo dos mesmos destituídos que, habituados a eleger bravateiros, então imploram por sua ajuda, fazendo-o emergir como o grande salvador? Eis um cruel dilema.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

*

‘PROPOSTA INDECENTE’

Aliados de Lula defendem antecipar indicação ao BC para frear disparada do dólar (Estadão, 3/7, A2). Não é segredo para ninguém que a alta do dólar está atrelada, fundamentalmente, às falas inconsequentes de Lula. Mas, ao melhor estilo do lulopetismo, seus aliados, por ignorância e/ou mau caratismo, preferem jogar o ônus da alta da moeda norte americana nas costas do excelente Roberto Campos Neto, que faz um trabalho irretocável à frente do BC. A proposta indecente conta ainda com o apoio de Renan Calheiros, aquele mesmo, do Renangate, que por incrível que pareça é senador da República.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

‘RISCO CONCRETO’

Lula da Silva parece ter inveja de Jair Bolsonaro. O mito negou a covid-19. O demiurgo é um negacionista Da economia. Já disse que os livros desta ciência estão superados e que não fará ajuste fiscal em cima dos mais pobres. Se antes era Bolsonaro quem atirava no próprio pé, agora é a vez do petista fazer estrago no seu governo com falas inconsequentes. A escalada do dólar e a alta taxa de juros Selic se deve à relutância do petista em admitir a necessidade de corte de gastos para equilibrar as contas públicas – e também por conta de suas críticas infundadas sobre Campos Neto e à autonomia do Banco Central. Com o microfone na mão, Lula é um risco concreto para o próprio governo.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

*

‘MISÉRIA DEMOCRÁTICA’

O presidente Lula da Silva continua refém do seu eterno desgoverno. Lá atrás, era o Mensalão, depois veio o Petrolão, depois veio a prisão, e agora é a vez do Emendão. Na verdade, todos esses eventos retratam a miséria democrática em que vivemos, muito por causa de Lula e Dilma Rousseff. Pobre Brasil.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

*

‘ACÚMULO DE INDIGNAÇÃO’

Nos seus 18 meses de mandato o Lula, acumula indignação da Nação. Desde falas grosseiras na área internacional, por não respeitar o mercado, e desferir até ofensas ao eficiente presidente do BC, Roberto Campos Neto. Porém, sentindo o golpe da perda constante de popularidade, com o dólar batendo a casa preocupante dos R$ 5,70, o presidente, se é que sua palavra tem valor, prometeu agora responsabilidade com a situação fiscal. E como o mercado no mundo inteiro vive de expectativa, e no Brasil não é diferente, nesta quarta-feira, 3/7, a Bolsa subiu mais de 1%, e o dólar caiu fechando em R$ 5,56. Oxalá, o presidente doravante tenha um banho de loja de respeito a seu cargo e as regras universais de economia de gastar bem e somente com o que arrecada.

Paulo Panossian

São Carlos

*

RANKING DOS POLÍTICOS

De forma complementar ao interessante levantamento de Karina Ferreira na matéria intitulada O ranking dos políticos mais ricos (Estadão, 3/7, C6-C7), caberia uma correlação com os votos obtidos por tais políticos milionários e as doações realizadas para si próprios e para correligionários. A teoria do medalhão, de Machado de Assis, continua válida séculos depois.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

*

AMERICANAS

A abordagem do caso da empresa brasileira Americanas é exemplo de como a discriminação condiciona decisões judiciais e comportamento da polícia, a depender do status dos envolvidos. Desembarcou no Brasil uma investigada por envolvimento na fraude contábil daquela empresa. Um rombo de R$ 25 bilhões, com efeito cascata ainda não devidamente estimado a afetar acionistas, credores, fornecedores ou empregados de uma das maiores empresas do País. Em quais contas esse dinheiro foi parar ninguém sabe ninguém viu. Contudo, por determinação do juiz da 10.ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, o desembarque foi cercado de cuidados destinados a proteger a passageira do contato com a imprensa, etc. A executiva deveria se apresentar às autoridades “sem ser detida, nem algemada, nem passar por qualquer tipo de constrangimento ou vexame”, conforme matéria intitulada Ex-diretora chega ao País e entrega passaporte à PF (Estadão, B9, 2/7). Nada contra suspeitos e indiciados serem tratados com dignidade, mas esse princípio deveria ser estendido a todos, sem detrimento da lisura e imparcialidade do julgamento, naturalmente. No entanto, não é o que se vê em cenas diárias, em que meros suspeitos são exibidos em situações humilhantes, tratados até com certa agressividade, identidades expostas ante a opinião pública de tal modo que, mesmo que se provem inocentes depois, ficarão para sempre marcados com o estigma da suspeição, extensivamente à própria família.

Patricia Porto da Silva

Rio de Janeiro

*

PETRÓLEO

A gigantesca reserva de petróleo na região amazônica, uma imensidão de terra maior que muitos países a meu modo simplista, deve ser explorado. Com razão ambientalistas são contra, todavia, pior que exploração de petróleo é a contaminação dos rios e povos ribeirinhos com mercúrio na exploração do ouro. Órgãos internacionais e outros países, talvez por interesse, sejam contra, mas os Estados Unidos e a Europa gastam trilhões de dólares com guerras e mortes de crianças e inocentes, mandando umas merrecas para projetos verdes. A Amazônia vai ficar legal com esta riqueza explorada e seus dividendos sociais para aquela população tão desassistida desde sempre. O petróleo continua sendo nosso e a Amazônia também. As regiões no Brasil que tem petróleo geram riquezas, nenhum país do mundo vai ficar sentado em bilhões de barris de petróleo fazendo papel de bobo. Espero que o Brasil não seja o primeiro.

Manoel José Rodrigues

Paraná

*

VACINA CONTRA DENGUE

O Brasil registrou mais de 3 mil óbitos por dengue confirmados em 2024. Além disso, outras mortes seguem em investigação e podem ter sido causadas pela doença. Já podemos transferir o título de genocida que a esquerda dedicou ao ex-presidente e encaixar ao atual, principalmente porque sabemos que o mesmo já se vacinou em uma clínica particular contra a doença em questão, e se quer sabemos quando as vacinas serão importadas para dispor gratuitamente a todo povo que não tem condições de comprar as mesmas pela bagatela entre R$ 780 e R$ 980 (duas doses). Genocida é aquele que gasta milhões em viagens pagas com dinheiro do povo e não tem dinheiro para importar vacinas que evitariam as mortes dos cidadãos.

Leila Elston

São Paulo

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‘REPUBLIQUETA DE BANANAS’

Conforme noticiado, a Suprema Corte dos EUA decidiu por seis votos a três que os ex-presidentes têm imunidade em atos oficiais, mas não em ações pessoais do período em que ocuparam a Casa Branca. Diante da polêmica decisão, cabe, por oportuno, reproduzir o que bem disse a juíza Sonia Sotomayor, da ala liberal: ”A maioria conservadora transformou a figura do presidente em rei acima da lei. Como nossa Constituição não protege um ex-presidente de responder por atos criminosos e de traição, eu discordo. Irônico, não é? O homem encarregado de fazer cumprir as leis agora pode simplesmente violá-las”. Com efeito, os EUA vão acabar virando uma republiqueta de bananas. God bless America.

J. S. Decol

São Paulo

*

‘COMÉDIA MALUCA’

Com a decisão da Suprema Corte em dar imunidade aos presidentes americanos, por meio do voto de seis juízes indicados por presidentes do Partido republicano, a juíza Sonia Sotomayor, indicada por Barack Obama, declarou que agora o presidente será um rei acima da lei. Esta decisão da Supremo beneficia Donald Trump, que de bobo da corte, como sempre se apresentou, passa a rei da Corte republicana. Parece comédia maluca de Hollywood.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

CANDIDATOS

Com Trump e Joe Biden como os candidatos nos EUA, e Bolsonaro e Lula no Brasil, só nos resta fazer como a hiena Hardy, que tornou famoso o bordão: “Oh céus, oh vida, oh azar... isso não vai dar certo”.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

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KAMALA HARRIS

Não é só Lula que está seguindo os passos de Dilma. Considerando as possibilidades remotas de Biden vir a ser eleito ou desistir de concorrer, Kamala Harris irá substituí-lo. Ela tem o sexo e a cor de pele ideais para ganhar o apoio dos democratas. E lhe falta todo o resto para poder liderar os americanos. Nas palavras de Gutfeld: “se ela for acometida por demência senil, será uma evolução”. É preferível não pensar nada a pensar como ela pensa. Uma verdadeira Dilma no poder em Washington. Cheia de vontade de mandar.

Jorge Alberto Nurkin

São Paulo

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