Fórum dos Leitores


Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

Por Fórum dos Leitores

Operação Venire

As joias sauditas

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e 11 aliados por supostamente terem vendido ou tentado vender joias recebidas do governo da Arábia Saudita (Estadão, 5/7). O foco da investigação deveria ser, no entanto, o porquê de ele ter recebido todas essas joias. Os valores delas são elevados e a pergunta que fica é: por que foram dados tais presentes a Bolsonaro? Pela cor de seus olhos?

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Roberto Croitor

São Paulo

*

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Brasil-Argentina

Milei no Brasil

A desavença entre os presidentes Lula da Silva e Javier Milei já foi longe demais. Neste sábado o mandatário argentino virá ao Brasil para encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro em Balneário Camboriú (SC). Isso motivou o cancelamento de visita de Lula, no mesmo dia e hora, a Itajaí, distante 17 km. A assessoria de Lula disse que a viagem a Santa Catarina não estava programada, mas petistas aliados do presidente confirmaram que a agenda existia e foi suspensa, possivelmente para evitar manifestações ou protestos entre seguidores e simpatizantes dos dois lados. Está na hora de amigos, auxiliares ou correligionários com alguma ascendência opinativa sobre os dois chefes de Estado fazerem algo para acabar com a desinteligência em favor da manutenção da regularidade nas relações dos dois países, tradicionais amigos, maiores economias do continente e sócios majoritários do Mercosul. Não devem estes dois senhores priorizar o pessoal a ponto de isso azedar as relações entre os dois líderes continentais. Deixar isso acontecer é investir na inviabilidade, o que não é bom para ambos os lados nem para a vizinhança.

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Dirceu Cardoso Gonçalves

São Paulo

*

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Reforma tributária

No palanque

Na cerimônia de lançamento do Plano Safra 2024/2025, no Palácio do Planalto, Lula disse que vai “ficar feliz” se puder “comprar carne sem imposto”. Isso é populismo hipócrita do sr. Lula da Silva. Foi sua própria equipe econômica quem elaborou a regulamentação da reforma tributária. Se era sua vontade, por que não fez constar no texto original que a carne e o frango já estivessem na cesta básica com isenção total de ICMS? Mas todos nós sabemos que, em cima de um palanque, Lula joga para a torcida.

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Deri Lemos Maia

Araçatuba

*

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Pantanal e Amazônia

A caminho da vergonha

O Brasil segue em chamas: o Pantanal e a Amazônia têm batido recordes de queimadas – todos os incêndios criminosos. O País precisa de legislação que de fato proteja o meio ambiente e puna os criminosos da floresta. Um bom começo seria impor uma moratória de cinco anos para a recuperação de áreas atingidas por queimadas. Essas áreas não poderiam receber plantio nem gado por cinco anos, independentemente de o fogo ter sido criminoso ou não. Até onde se sabe, não existe um único dono de fazenda preso por provocar incêndios, no máximo algum peão que acendeu o fósforo. O governo Lula da Silva só mudou o discurso, a boiada continua passando, a destruição só aumenta e não há multas nem punições. O Brasil pode passar muita vergonha na COP 30 em 2025, com a Amazônia envolta na tradicional nuvem de fumaça das queimadas e a falta de saneamento básico de Belém do Pará. Triste realidade.

Mário Barilá Filho

São Paulo

*

Sem protesto

O Brasil está batendo recordes de queimadas, mas a ativista Greta Thunberg parece ter-se esquecido do Brasil. Por quê?

Carlos Alberto Duarte

São Paulo

*

Vida na cidade

Motos barulhentas

Em 2022 eu enviei carta a este Fórum com a informação de que na cidade de São Luís (MA) blitze da Polícia Militar multavam motos que estivessem produzindo barulho acima de 50 decibéis. Agora, em 2024, o Estadão trouxe uma notícia esperada por muitos que almejam viver em paz: Bauru quer multar motos muito barulhentas (3/7, D4). A Câmara de Vereadores da cidade paulista aprovou um projeto de lei que proíbe a venda de motos com escapamentos que emitem ruídos acima do permitido. Tenho certeza de que muitos cidadãos vão torcer para que o projeto seja aprovado. Minha esperança é de que em São Paulo apareça algum vereador que possa também defender essa bandeira.

Carlos Benjamin de Castro

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

‘CONSTRANGEDOR’

Haddad diz que Lula mandou preservar arcabouço e anuncia corte de R$ 25,9 bi em despesas em 2025 (Estadão, 3/7, B1 e B2). Que constrangedor. Não basta ser mandado, é preciso também revelar a saia justa em rede nacional. O ocorrido só vem corroborar o que já se suspeitava. Haddad é mais um pau-mandado de Lula, que não consegue impor conhecimentos econômicos para o chefe porque não os possui, por medo de perder a boquinha, ou ambos. Pior. Os cortes serão aplicados em despesas obrigatórias. Provavelmente, para Haddad, é menos vergonhoso ser afrontado por alguém de conhecimento raso como Lula, do que pedir demissão e deixar de receber o polpudo contracheque no fim do mês. Manda quem pode, obedece quem tem juízo e não tem dignidade.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

‘CONJUNTURA SEM RUMO’

Difícil entender como uma postura nada sincera, dando conta que foram abertos novos e higiênicos canais de comunicação, encenada por Lula Da Silva e seu Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, poderá realmente melhorar o ambiente econômico brasileiro diante do mercado. Talvez seja mais correto considerar o day after da reunião entre os dois, supostamente selando a ressurreição do arcabouço fiscal, como simples queima de fogos, igual aos observados no réveillon. Após a cessação dos arabescos luminosos no céu, tudo voltará a ser como antes, conjuntura sem rumo definido e debilidade de investimentos, com erupções populistas à procura de culpados.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

*

‘INCONTINÊNCIA VERBAL’

A respeito do oportuno editorial O silêncio é de ouro (Estadão, 4/7, A3), que trata da desvalorização do real e da disparada do dólar (6,4% em junho e 15,1% no primeiro semestre), cabe dizer que não é “o mercado que realiza um ataque especulativo contra a moeda brasileira”, como declarou equivocadamente o presidente Lula da Silva, mas, sim, os seus destemperados, descabidos e intermináveis ataques pessoais contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Se controlar a sua folclórica incontinência verbal e parar de falar tanta asneira a moeda americana para de subir.

J. S. Decol

São Paulo

*

‘ACALMAR O PRESIDENTE’

De nada vai adiantar indicar agora o próximo presidente do Banco Central, como sugerem aliados do presidente Lula, visando supostamente frear a disparada do dólar. O que importa é como o indicado, seja lá quem e quando for, vai se comportar quando assumir o posto. Lula declarou em entrevista que o então presidente do BC, Henrique Meirelles, durante sua gestão como presidente, tinha total autonomia, mesmo o BC não sendo independente à época. O que acontecia, na realidade, é que Meirelles foi indicado por Lula, o tinha como amigo e confiava nele. Os tempos mudaram, o BC é autônomo e seu atual presidente, Roberto Campos Neto, embora tenha sido indicado por Jair Bolsonaro e cometido pequenos deslizes comportamentais, faz uma gestão técnica impecável mantendo a inflação, que tanto prejudica os pobres, sob controle. Não é o dólar que os aliados de Lula tem que acalmar. É o próprio.

Luciano Harary

São Paulo

*

COMISSÃO DE DESAPARECIDOS

Lula recria comissão para investigar crimes praticados durante a ditadura militar. Excessos foram cometidos pelo Estado e pelos terroristas, e ambos foram anistiados pela Lei nº 6683, de modo amplo total e irrestrito Os aludidos terroristas ou suas famílias já foram indenizados e recebem pensões vitalícias. Por que será que essa comissão vai ser ressuscitada? Será que vai aprovar indenização para civis e militares atingidos pelos ataques dos inocentes terroristas?

Jose Alcides Muller

Avaré

*

‘SUSPENSÃO DA LEI’

Freio de arrumação (Estadão, 4/7, A17). Os cavalinhos é que mais se divertem e são bem tratados, mas para os vereadores eles sofrem maus-tratos. Os frequentadores do Jockey Club se divertem com o lazer oferecido e com as corridas, com apostas ou sem apostas. Mas, na verdade, o que interessa mesmo são os 600 mil metros quadrados da área para especulação imobiliária, e que o prefeito assinou no dia seguinte. Um assunto que há 3 anos era inviável, mas chegaram as eleições, como quase tudo na política não tem lógica, e sim muitos interesses. Ainda bem que a Justiça suspendeu essa injustiça. Os cavalinhos agradecem.

Arcangelo Sforcin Filho

São Paulo

*

JOCKEY CLUB

Estive no Jockey Club de São Paulo só uma vez na minha vida. Gostei. Mas, por que proibir corridas de cavalo e permitir Tele Sena anunciada na TV a cada dez minutos, loterias, bets, etc.? E para quê construir prédios também se já agora, em todos os bairros, há tantos novos edifícios bem altos esem ocupantes?

Maria Veronika Kéri

São Paulo

*

INSISTÊNCIA

Algozes da democracia. Após ser exercido o pior governo da história do Brasil, Jair Bolsonaro se transformou em um líder político, influenciando as escolhas de candidatos para as próximas eleições. Lula da Silva retornou para seu terceiro mandato, agora carregado de mágoas, ideias antigas, além de falas e comportamento não condizentes com o cargo que ocupa. E, mesmo assim, preserva forte liderança política. No Congresso, rege o indecente jogo de preservação dos poderes praticado pelos atuais presidentes, seguidamente reeleitos em seus Estados. E pior, são apoiados por seus pares, que assim agem em troca de inconstitucionais Emendas Pix, jogando pela janela dos fundos nossa representatividade. Nossos vereadores atuam como capatazes do poder econômico local, com destaque para o mercado imobiliário, jamais preocupados com a população que o elegeu. A atual questão do uso do solo no entorno do Jockey Club de São Paulo é basilar na comprovação destas afirmações. Considerando que somos nós que elegemos e pagamos a conta, urge uma reflexão sobre nossa insistência em continuar com esses algozes da democracia.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

São Paulo

*

TRÊS PODERES

O Supremo Tribunal Federal, que se mudou para Portugal; o Legislativo que só legisla para o benefício financeiro de seus 518 deputados e 81 senadores, e o Executivo que só pensa em se reeleger, comprando apoio do Congresso e do Judiciário, são três castas pairando acima da Nação, que sobrevive perplexa, contemplando a alienação dos três poderes que tudo podem no país de fantasia que faz de conta que é uma Respública (coisa, causa, casa do povo).

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

POLUÍDO BARULHO

O lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar no Planalto foi o palco para Lula desferir uma das pérolas de quarta-feira, 3/7, sempre municiando os shows de humor. Indagado se o Banco Central deveria intervir na valorização do dólar em relação ao real, em ardiloso e sarcástico tom, fugindo à pergunta, respondeu o presidente: “Agora eu vou falar sobre feijão e arroz, depois eu converso”. Não bastante as picanhas x abóboras, pés x pescoços de galinhas, cervejinha x celular e arroz de sorveteria, indigesto roteiro de seus espetáculos, sabendo que foi um tiro no pé o leilão para a inoportuna importação de arroz, escandaloso e promíscuo procedimento abortado em razão dos gritos da sociedade, eis que Lula, em mais uma tentativa para abafar o desastre de seu governo, refletido no peso da moeda norte-americana, incluiu o popular feijão em sua absurda cesta de discursos, desatinos e arroubos. Populista de alambrados e alambiques, aventureiro e cascateiro, será que o mitômano Lula da Silva se inspirou na canção do saudoso Gonzaguinha para fazer-nos crer que um caldinho do preto que satisfaz, parceiro do arroz abortado, é uma boa pedida para acompanhar a cervejinha dos jovens sem celular? Dentro em breve, ouviremos que os pés e pescoços de galinhas, sugeridos aos pobres em substituição à picanha, são os ingredientes básicos para uma boa canja, prato que fartamente degustou na Polícia Federal de Curitiba. Lula, na cesta e no cardápio do Brasil os ingredientes são outros. Canja não dá sustância. “Para evitar críticas, não faça nada, não diga nada e não seja nada”, disse Elbert Hubbard, escritor norte-americano. Se nada está sendo feito e muita besteira falada, sendo você quem é, para aquietar o mercado, afastadas as manipulações políticas com a infelicidade e a dor alheia, a pemba está contigo. Queremos arroz e feijão a custos de feijão com arroz, justos, sem sobrepreços e sem sorveteiros a intermediar. O dólar, o euro ou qualquer outra moeda não têm culpa nessa picaretagem. Nossa Senhora do Silêncio, orai por nós. Afastai-nos de todo esse poluído barulho.

Celso David de Oliveira

Rio de Janeiro

*

HOSPITAIS DO RJ

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou que em breve será apresentado um programa de reestruturação dos seis hospitais federais do Rio de Janeiro. Nada justifica o governo federal manter aquelas unidades, e o melhor seria repassá-las à iniciativa privada. Lembrando também que, ao depor à CPI da covid-19, o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel denunciou desvios de recursos naquelas unidades, e que os hospitais federais do Rio têm dono.

Jorge de Jesus Longato

Mogi Mirim

*

JOE BIDEN

A falta de condições de Joe Biden para exercer a presidência americana não começou na semana passada. Mas tem sido resolvida de fato por uma equipe ligada a Barack Obama que assumiu o poder, e por uma mídia aliada encarregada de esconder o fato. O problema é que agora tudo isso veio à tona e o público americano percebeu. Conseguir fazê-lo esquecer e voltar a acreditar mais no que eles falam do que no que os seus olhos vêem não é tarefa fácil. Os oligarcas e o deep state, normalmente tão habilidosos, não esperavam que a situação saísse de controle e chegasse a esse ponto. Donald Trump é uma ameaça real, especialmente considerando que estará imune por atos que vier a praticar no exercício da presidência e que arrisca conquistar as duas casas. São agruras que os ilusionistas têm de aprender a enfrentar melhor num mundo em que a informação passou a ser descentralizada e o voto dos cidadãos não é facilmente manipulado.

Jorge Alberto Nurkin

São Paulo

*

ETARISMO

O etarismo de grande parte das lideranças governamentais e empresariais globais é uma das grandes preocupações que vivemos atualmente, como exemplifica o caso americano, onde os dois candidatos à presidência dos Estados Unidos apresentam esta característica etária. O que vai acontecer no futuro que está à nossa frente somente os que estiverem aqui poderão dizer qual será esta realidade.

José de Anchieta Nobre de Almeida

Rio de Janeiro

*

TURBULÊNCIAS

Turbulências em aeronaves estão ocorrendo com maior frequência. A boa notícia é que os fabricantes afirmam que elas não são capazes, mesmo as mais severas, de derrubar os jatos modernos, projetados para resistir a estes fenômenos. Quem vem sofrendo são tripulantes e passageiros, sendo que um faleceu recentemente, não resistindo aos impactos sofridos durante o voo. A pergunta que fica é a seguinte: será que esses fenômenos indetectáveis, pelo menos até o momento, têm a ver com as mudanças climáticas pelas quais está passando o nosso planeta? Com a palavra, os especialistas.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

Operação Venire

As joias sauditas

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e 11 aliados por supostamente terem vendido ou tentado vender joias recebidas do governo da Arábia Saudita (Estadão, 5/7). O foco da investigação deveria ser, no entanto, o porquê de ele ter recebido todas essas joias. Os valores delas são elevados e a pergunta que fica é: por que foram dados tais presentes a Bolsonaro? Pela cor de seus olhos?

Roberto Croitor

São Paulo

*

Brasil-Argentina

Milei no Brasil

A desavença entre os presidentes Lula da Silva e Javier Milei já foi longe demais. Neste sábado o mandatário argentino virá ao Brasil para encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro em Balneário Camboriú (SC). Isso motivou o cancelamento de visita de Lula, no mesmo dia e hora, a Itajaí, distante 17 km. A assessoria de Lula disse que a viagem a Santa Catarina não estava programada, mas petistas aliados do presidente confirmaram que a agenda existia e foi suspensa, possivelmente para evitar manifestações ou protestos entre seguidores e simpatizantes dos dois lados. Está na hora de amigos, auxiliares ou correligionários com alguma ascendência opinativa sobre os dois chefes de Estado fazerem algo para acabar com a desinteligência em favor da manutenção da regularidade nas relações dos dois países, tradicionais amigos, maiores economias do continente e sócios majoritários do Mercosul. Não devem estes dois senhores priorizar o pessoal a ponto de isso azedar as relações entre os dois líderes continentais. Deixar isso acontecer é investir na inviabilidade, o que não é bom para ambos os lados nem para a vizinhança.

Dirceu Cardoso Gonçalves

São Paulo

*

Reforma tributária

No palanque

Na cerimônia de lançamento do Plano Safra 2024/2025, no Palácio do Planalto, Lula disse que vai “ficar feliz” se puder “comprar carne sem imposto”. Isso é populismo hipócrita do sr. Lula da Silva. Foi sua própria equipe econômica quem elaborou a regulamentação da reforma tributária. Se era sua vontade, por que não fez constar no texto original que a carne e o frango já estivessem na cesta básica com isenção total de ICMS? Mas todos nós sabemos que, em cima de um palanque, Lula joga para a torcida.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

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Pantanal e Amazônia

A caminho da vergonha

O Brasil segue em chamas: o Pantanal e a Amazônia têm batido recordes de queimadas – todos os incêndios criminosos. O País precisa de legislação que de fato proteja o meio ambiente e puna os criminosos da floresta. Um bom começo seria impor uma moratória de cinco anos para a recuperação de áreas atingidas por queimadas. Essas áreas não poderiam receber plantio nem gado por cinco anos, independentemente de o fogo ter sido criminoso ou não. Até onde se sabe, não existe um único dono de fazenda preso por provocar incêndios, no máximo algum peão que acendeu o fósforo. O governo Lula da Silva só mudou o discurso, a boiada continua passando, a destruição só aumenta e não há multas nem punições. O Brasil pode passar muita vergonha na COP 30 em 2025, com a Amazônia envolta na tradicional nuvem de fumaça das queimadas e a falta de saneamento básico de Belém do Pará. Triste realidade.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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Sem protesto

O Brasil está batendo recordes de queimadas, mas a ativista Greta Thunberg parece ter-se esquecido do Brasil. Por quê?

Carlos Alberto Duarte

São Paulo

*

Vida na cidade

Motos barulhentas

Em 2022 eu enviei carta a este Fórum com a informação de que na cidade de São Luís (MA) blitze da Polícia Militar multavam motos que estivessem produzindo barulho acima de 50 decibéis. Agora, em 2024, o Estadão trouxe uma notícia esperada por muitos que almejam viver em paz: Bauru quer multar motos muito barulhentas (3/7, D4). A Câmara de Vereadores da cidade paulista aprovou um projeto de lei que proíbe a venda de motos com escapamentos que emitem ruídos acima do permitido. Tenho certeza de que muitos cidadãos vão torcer para que o projeto seja aprovado. Minha esperança é de que em São Paulo apareça algum vereador que possa também defender essa bandeira.

Carlos Benjamin de Castro

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

‘CONSTRANGEDOR’

Haddad diz que Lula mandou preservar arcabouço e anuncia corte de R$ 25,9 bi em despesas em 2025 (Estadão, 3/7, B1 e B2). Que constrangedor. Não basta ser mandado, é preciso também revelar a saia justa em rede nacional. O ocorrido só vem corroborar o que já se suspeitava. Haddad é mais um pau-mandado de Lula, que não consegue impor conhecimentos econômicos para o chefe porque não os possui, por medo de perder a boquinha, ou ambos. Pior. Os cortes serão aplicados em despesas obrigatórias. Provavelmente, para Haddad, é menos vergonhoso ser afrontado por alguém de conhecimento raso como Lula, do que pedir demissão e deixar de receber o polpudo contracheque no fim do mês. Manda quem pode, obedece quem tem juízo e não tem dignidade.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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‘CONJUNTURA SEM RUMO’

Difícil entender como uma postura nada sincera, dando conta que foram abertos novos e higiênicos canais de comunicação, encenada por Lula Da Silva e seu Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, poderá realmente melhorar o ambiente econômico brasileiro diante do mercado. Talvez seja mais correto considerar o day after da reunião entre os dois, supostamente selando a ressurreição do arcabouço fiscal, como simples queima de fogos, igual aos observados no réveillon. Após a cessação dos arabescos luminosos no céu, tudo voltará a ser como antes, conjuntura sem rumo definido e debilidade de investimentos, com erupções populistas à procura de culpados.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

*

‘INCONTINÊNCIA VERBAL’

A respeito do oportuno editorial O silêncio é de ouro (Estadão, 4/7, A3), que trata da desvalorização do real e da disparada do dólar (6,4% em junho e 15,1% no primeiro semestre), cabe dizer que não é “o mercado que realiza um ataque especulativo contra a moeda brasileira”, como declarou equivocadamente o presidente Lula da Silva, mas, sim, os seus destemperados, descabidos e intermináveis ataques pessoais contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Se controlar a sua folclórica incontinência verbal e parar de falar tanta asneira a moeda americana para de subir.

J. S. Decol

São Paulo

*

‘ACALMAR O PRESIDENTE’

De nada vai adiantar indicar agora o próximo presidente do Banco Central, como sugerem aliados do presidente Lula, visando supostamente frear a disparada do dólar. O que importa é como o indicado, seja lá quem e quando for, vai se comportar quando assumir o posto. Lula declarou em entrevista que o então presidente do BC, Henrique Meirelles, durante sua gestão como presidente, tinha total autonomia, mesmo o BC não sendo independente à época. O que acontecia, na realidade, é que Meirelles foi indicado por Lula, o tinha como amigo e confiava nele. Os tempos mudaram, o BC é autônomo e seu atual presidente, Roberto Campos Neto, embora tenha sido indicado por Jair Bolsonaro e cometido pequenos deslizes comportamentais, faz uma gestão técnica impecável mantendo a inflação, que tanto prejudica os pobres, sob controle. Não é o dólar que os aliados de Lula tem que acalmar. É o próprio.

Luciano Harary

São Paulo

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COMISSÃO DE DESAPARECIDOS

Lula recria comissão para investigar crimes praticados durante a ditadura militar. Excessos foram cometidos pelo Estado e pelos terroristas, e ambos foram anistiados pela Lei nº 6683, de modo amplo total e irrestrito Os aludidos terroristas ou suas famílias já foram indenizados e recebem pensões vitalícias. Por que será que essa comissão vai ser ressuscitada? Será que vai aprovar indenização para civis e militares atingidos pelos ataques dos inocentes terroristas?

Jose Alcides Muller

Avaré

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‘SUSPENSÃO DA LEI’

Freio de arrumação (Estadão, 4/7, A17). Os cavalinhos é que mais se divertem e são bem tratados, mas para os vereadores eles sofrem maus-tratos. Os frequentadores do Jockey Club se divertem com o lazer oferecido e com as corridas, com apostas ou sem apostas. Mas, na verdade, o que interessa mesmo são os 600 mil metros quadrados da área para especulação imobiliária, e que o prefeito assinou no dia seguinte. Um assunto que há 3 anos era inviável, mas chegaram as eleições, como quase tudo na política não tem lógica, e sim muitos interesses. Ainda bem que a Justiça suspendeu essa injustiça. Os cavalinhos agradecem.

Arcangelo Sforcin Filho

São Paulo

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JOCKEY CLUB

Estive no Jockey Club de São Paulo só uma vez na minha vida. Gostei. Mas, por que proibir corridas de cavalo e permitir Tele Sena anunciada na TV a cada dez minutos, loterias, bets, etc.? E para quê construir prédios também se já agora, em todos os bairros, há tantos novos edifícios bem altos esem ocupantes?

Maria Veronika Kéri

São Paulo

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INSISTÊNCIA

Algozes da democracia. Após ser exercido o pior governo da história do Brasil, Jair Bolsonaro se transformou em um líder político, influenciando as escolhas de candidatos para as próximas eleições. Lula da Silva retornou para seu terceiro mandato, agora carregado de mágoas, ideias antigas, além de falas e comportamento não condizentes com o cargo que ocupa. E, mesmo assim, preserva forte liderança política. No Congresso, rege o indecente jogo de preservação dos poderes praticado pelos atuais presidentes, seguidamente reeleitos em seus Estados. E pior, são apoiados por seus pares, que assim agem em troca de inconstitucionais Emendas Pix, jogando pela janela dos fundos nossa representatividade. Nossos vereadores atuam como capatazes do poder econômico local, com destaque para o mercado imobiliário, jamais preocupados com a população que o elegeu. A atual questão do uso do solo no entorno do Jockey Club de São Paulo é basilar na comprovação destas afirmações. Considerando que somos nós que elegemos e pagamos a conta, urge uma reflexão sobre nossa insistência em continuar com esses algozes da democracia.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

São Paulo

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TRÊS PODERES

O Supremo Tribunal Federal, que se mudou para Portugal; o Legislativo que só legisla para o benefício financeiro de seus 518 deputados e 81 senadores, e o Executivo que só pensa em se reeleger, comprando apoio do Congresso e do Judiciário, são três castas pairando acima da Nação, que sobrevive perplexa, contemplando a alienação dos três poderes que tudo podem no país de fantasia que faz de conta que é uma Respública (coisa, causa, casa do povo).

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

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POLUÍDO BARULHO

O lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar no Planalto foi o palco para Lula desferir uma das pérolas de quarta-feira, 3/7, sempre municiando os shows de humor. Indagado se o Banco Central deveria intervir na valorização do dólar em relação ao real, em ardiloso e sarcástico tom, fugindo à pergunta, respondeu o presidente: “Agora eu vou falar sobre feijão e arroz, depois eu converso”. Não bastante as picanhas x abóboras, pés x pescoços de galinhas, cervejinha x celular e arroz de sorveteria, indigesto roteiro de seus espetáculos, sabendo que foi um tiro no pé o leilão para a inoportuna importação de arroz, escandaloso e promíscuo procedimento abortado em razão dos gritos da sociedade, eis que Lula, em mais uma tentativa para abafar o desastre de seu governo, refletido no peso da moeda norte-americana, incluiu o popular feijão em sua absurda cesta de discursos, desatinos e arroubos. Populista de alambrados e alambiques, aventureiro e cascateiro, será que o mitômano Lula da Silva se inspirou na canção do saudoso Gonzaguinha para fazer-nos crer que um caldinho do preto que satisfaz, parceiro do arroz abortado, é uma boa pedida para acompanhar a cervejinha dos jovens sem celular? Dentro em breve, ouviremos que os pés e pescoços de galinhas, sugeridos aos pobres em substituição à picanha, são os ingredientes básicos para uma boa canja, prato que fartamente degustou na Polícia Federal de Curitiba. Lula, na cesta e no cardápio do Brasil os ingredientes são outros. Canja não dá sustância. “Para evitar críticas, não faça nada, não diga nada e não seja nada”, disse Elbert Hubbard, escritor norte-americano. Se nada está sendo feito e muita besteira falada, sendo você quem é, para aquietar o mercado, afastadas as manipulações políticas com a infelicidade e a dor alheia, a pemba está contigo. Queremos arroz e feijão a custos de feijão com arroz, justos, sem sobrepreços e sem sorveteiros a intermediar. O dólar, o euro ou qualquer outra moeda não têm culpa nessa picaretagem. Nossa Senhora do Silêncio, orai por nós. Afastai-nos de todo esse poluído barulho.

Celso David de Oliveira

Rio de Janeiro

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HOSPITAIS DO RJ

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou que em breve será apresentado um programa de reestruturação dos seis hospitais federais do Rio de Janeiro. Nada justifica o governo federal manter aquelas unidades, e o melhor seria repassá-las à iniciativa privada. Lembrando também que, ao depor à CPI da covid-19, o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel denunciou desvios de recursos naquelas unidades, e que os hospitais federais do Rio têm dono.

Jorge de Jesus Longato

Mogi Mirim

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JOE BIDEN

A falta de condições de Joe Biden para exercer a presidência americana não começou na semana passada. Mas tem sido resolvida de fato por uma equipe ligada a Barack Obama que assumiu o poder, e por uma mídia aliada encarregada de esconder o fato. O problema é que agora tudo isso veio à tona e o público americano percebeu. Conseguir fazê-lo esquecer e voltar a acreditar mais no que eles falam do que no que os seus olhos vêem não é tarefa fácil. Os oligarcas e o deep state, normalmente tão habilidosos, não esperavam que a situação saísse de controle e chegasse a esse ponto. Donald Trump é uma ameaça real, especialmente considerando que estará imune por atos que vier a praticar no exercício da presidência e que arrisca conquistar as duas casas. São agruras que os ilusionistas têm de aprender a enfrentar melhor num mundo em que a informação passou a ser descentralizada e o voto dos cidadãos não é facilmente manipulado.

Jorge Alberto Nurkin

São Paulo

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ETARISMO

O etarismo de grande parte das lideranças governamentais e empresariais globais é uma das grandes preocupações que vivemos atualmente, como exemplifica o caso americano, onde os dois candidatos à presidência dos Estados Unidos apresentam esta característica etária. O que vai acontecer no futuro que está à nossa frente somente os que estiverem aqui poderão dizer qual será esta realidade.

José de Anchieta Nobre de Almeida

Rio de Janeiro

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TURBULÊNCIAS

Turbulências em aeronaves estão ocorrendo com maior frequência. A boa notícia é que os fabricantes afirmam que elas não são capazes, mesmo as mais severas, de derrubar os jatos modernos, projetados para resistir a estes fenômenos. Quem vem sofrendo são tripulantes e passageiros, sendo que um faleceu recentemente, não resistindo aos impactos sofridos durante o voo. A pergunta que fica é a seguinte: será que esses fenômenos indetectáveis, pelo menos até o momento, têm a ver com as mudanças climáticas pelas quais está passando o nosso planeta? Com a palavra, os especialistas.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

Operação Venire

As joias sauditas

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e 11 aliados por supostamente terem vendido ou tentado vender joias recebidas do governo da Arábia Saudita (Estadão, 5/7). O foco da investigação deveria ser, no entanto, o porquê de ele ter recebido todas essas joias. Os valores delas são elevados e a pergunta que fica é: por que foram dados tais presentes a Bolsonaro? Pela cor de seus olhos?

Roberto Croitor

São Paulo

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Brasil-Argentina

Milei no Brasil

A desavença entre os presidentes Lula da Silva e Javier Milei já foi longe demais. Neste sábado o mandatário argentino virá ao Brasil para encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro em Balneário Camboriú (SC). Isso motivou o cancelamento de visita de Lula, no mesmo dia e hora, a Itajaí, distante 17 km. A assessoria de Lula disse que a viagem a Santa Catarina não estava programada, mas petistas aliados do presidente confirmaram que a agenda existia e foi suspensa, possivelmente para evitar manifestações ou protestos entre seguidores e simpatizantes dos dois lados. Está na hora de amigos, auxiliares ou correligionários com alguma ascendência opinativa sobre os dois chefes de Estado fazerem algo para acabar com a desinteligência em favor da manutenção da regularidade nas relações dos dois países, tradicionais amigos, maiores economias do continente e sócios majoritários do Mercosul. Não devem estes dois senhores priorizar o pessoal a ponto de isso azedar as relações entre os dois líderes continentais. Deixar isso acontecer é investir na inviabilidade, o que não é bom para ambos os lados nem para a vizinhança.

Dirceu Cardoso Gonçalves

São Paulo

*

Reforma tributária

No palanque

Na cerimônia de lançamento do Plano Safra 2024/2025, no Palácio do Planalto, Lula disse que vai “ficar feliz” se puder “comprar carne sem imposto”. Isso é populismo hipócrita do sr. Lula da Silva. Foi sua própria equipe econômica quem elaborou a regulamentação da reforma tributária. Se era sua vontade, por que não fez constar no texto original que a carne e o frango já estivessem na cesta básica com isenção total de ICMS? Mas todos nós sabemos que, em cima de um palanque, Lula joga para a torcida.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

*

Pantanal e Amazônia

A caminho da vergonha

O Brasil segue em chamas: o Pantanal e a Amazônia têm batido recordes de queimadas – todos os incêndios criminosos. O País precisa de legislação que de fato proteja o meio ambiente e puna os criminosos da floresta. Um bom começo seria impor uma moratória de cinco anos para a recuperação de áreas atingidas por queimadas. Essas áreas não poderiam receber plantio nem gado por cinco anos, independentemente de o fogo ter sido criminoso ou não. Até onde se sabe, não existe um único dono de fazenda preso por provocar incêndios, no máximo algum peão que acendeu o fósforo. O governo Lula da Silva só mudou o discurso, a boiada continua passando, a destruição só aumenta e não há multas nem punições. O Brasil pode passar muita vergonha na COP 30 em 2025, com a Amazônia envolta na tradicional nuvem de fumaça das queimadas e a falta de saneamento básico de Belém do Pará. Triste realidade.

Mário Barilá Filho

São Paulo

*

Sem protesto

O Brasil está batendo recordes de queimadas, mas a ativista Greta Thunberg parece ter-se esquecido do Brasil. Por quê?

Carlos Alberto Duarte

São Paulo

*

Vida na cidade

Motos barulhentas

Em 2022 eu enviei carta a este Fórum com a informação de que na cidade de São Luís (MA) blitze da Polícia Militar multavam motos que estivessem produzindo barulho acima de 50 decibéis. Agora, em 2024, o Estadão trouxe uma notícia esperada por muitos que almejam viver em paz: Bauru quer multar motos muito barulhentas (3/7, D4). A Câmara de Vereadores da cidade paulista aprovou um projeto de lei que proíbe a venda de motos com escapamentos que emitem ruídos acima do permitido. Tenho certeza de que muitos cidadãos vão torcer para que o projeto seja aprovado. Minha esperança é de que em São Paulo apareça algum vereador que possa também defender essa bandeira.

Carlos Benjamin de Castro

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

‘CONSTRANGEDOR’

Haddad diz que Lula mandou preservar arcabouço e anuncia corte de R$ 25,9 bi em despesas em 2025 (Estadão, 3/7, B1 e B2). Que constrangedor. Não basta ser mandado, é preciso também revelar a saia justa em rede nacional. O ocorrido só vem corroborar o que já se suspeitava. Haddad é mais um pau-mandado de Lula, que não consegue impor conhecimentos econômicos para o chefe porque não os possui, por medo de perder a boquinha, ou ambos. Pior. Os cortes serão aplicados em despesas obrigatórias. Provavelmente, para Haddad, é menos vergonhoso ser afrontado por alguém de conhecimento raso como Lula, do que pedir demissão e deixar de receber o polpudo contracheque no fim do mês. Manda quem pode, obedece quem tem juízo e não tem dignidade.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

‘CONJUNTURA SEM RUMO’

Difícil entender como uma postura nada sincera, dando conta que foram abertos novos e higiênicos canais de comunicação, encenada por Lula Da Silva e seu Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, poderá realmente melhorar o ambiente econômico brasileiro diante do mercado. Talvez seja mais correto considerar o day after da reunião entre os dois, supostamente selando a ressurreição do arcabouço fiscal, como simples queima de fogos, igual aos observados no réveillon. Após a cessação dos arabescos luminosos no céu, tudo voltará a ser como antes, conjuntura sem rumo definido e debilidade de investimentos, com erupções populistas à procura de culpados.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

*

‘INCONTINÊNCIA VERBAL’

A respeito do oportuno editorial O silêncio é de ouro (Estadão, 4/7, A3), que trata da desvalorização do real e da disparada do dólar (6,4% em junho e 15,1% no primeiro semestre), cabe dizer que não é “o mercado que realiza um ataque especulativo contra a moeda brasileira”, como declarou equivocadamente o presidente Lula da Silva, mas, sim, os seus destemperados, descabidos e intermináveis ataques pessoais contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Se controlar a sua folclórica incontinência verbal e parar de falar tanta asneira a moeda americana para de subir.

J. S. Decol

São Paulo

*

‘ACALMAR O PRESIDENTE’

De nada vai adiantar indicar agora o próximo presidente do Banco Central, como sugerem aliados do presidente Lula, visando supostamente frear a disparada do dólar. O que importa é como o indicado, seja lá quem e quando for, vai se comportar quando assumir o posto. Lula declarou em entrevista que o então presidente do BC, Henrique Meirelles, durante sua gestão como presidente, tinha total autonomia, mesmo o BC não sendo independente à época. O que acontecia, na realidade, é que Meirelles foi indicado por Lula, o tinha como amigo e confiava nele. Os tempos mudaram, o BC é autônomo e seu atual presidente, Roberto Campos Neto, embora tenha sido indicado por Jair Bolsonaro e cometido pequenos deslizes comportamentais, faz uma gestão técnica impecável mantendo a inflação, que tanto prejudica os pobres, sob controle. Não é o dólar que os aliados de Lula tem que acalmar. É o próprio.

Luciano Harary

São Paulo

*

COMISSÃO DE DESAPARECIDOS

Lula recria comissão para investigar crimes praticados durante a ditadura militar. Excessos foram cometidos pelo Estado e pelos terroristas, e ambos foram anistiados pela Lei nº 6683, de modo amplo total e irrestrito Os aludidos terroristas ou suas famílias já foram indenizados e recebem pensões vitalícias. Por que será que essa comissão vai ser ressuscitada? Será que vai aprovar indenização para civis e militares atingidos pelos ataques dos inocentes terroristas?

Jose Alcides Muller

Avaré

*

‘SUSPENSÃO DA LEI’

Freio de arrumação (Estadão, 4/7, A17). Os cavalinhos é que mais se divertem e são bem tratados, mas para os vereadores eles sofrem maus-tratos. Os frequentadores do Jockey Club se divertem com o lazer oferecido e com as corridas, com apostas ou sem apostas. Mas, na verdade, o que interessa mesmo são os 600 mil metros quadrados da área para especulação imobiliária, e que o prefeito assinou no dia seguinte. Um assunto que há 3 anos era inviável, mas chegaram as eleições, como quase tudo na política não tem lógica, e sim muitos interesses. Ainda bem que a Justiça suspendeu essa injustiça. Os cavalinhos agradecem.

Arcangelo Sforcin Filho

São Paulo

*

JOCKEY CLUB

Estive no Jockey Club de São Paulo só uma vez na minha vida. Gostei. Mas, por que proibir corridas de cavalo e permitir Tele Sena anunciada na TV a cada dez minutos, loterias, bets, etc.? E para quê construir prédios também se já agora, em todos os bairros, há tantos novos edifícios bem altos esem ocupantes?

Maria Veronika Kéri

São Paulo

*

INSISTÊNCIA

Algozes da democracia. Após ser exercido o pior governo da história do Brasil, Jair Bolsonaro se transformou em um líder político, influenciando as escolhas de candidatos para as próximas eleições. Lula da Silva retornou para seu terceiro mandato, agora carregado de mágoas, ideias antigas, além de falas e comportamento não condizentes com o cargo que ocupa. E, mesmo assim, preserva forte liderança política. No Congresso, rege o indecente jogo de preservação dos poderes praticado pelos atuais presidentes, seguidamente reeleitos em seus Estados. E pior, são apoiados por seus pares, que assim agem em troca de inconstitucionais Emendas Pix, jogando pela janela dos fundos nossa representatividade. Nossos vereadores atuam como capatazes do poder econômico local, com destaque para o mercado imobiliário, jamais preocupados com a população que o elegeu. A atual questão do uso do solo no entorno do Jockey Club de São Paulo é basilar na comprovação destas afirmações. Considerando que somos nós que elegemos e pagamos a conta, urge uma reflexão sobre nossa insistência em continuar com esses algozes da democracia.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

São Paulo

*

TRÊS PODERES

O Supremo Tribunal Federal, que se mudou para Portugal; o Legislativo que só legisla para o benefício financeiro de seus 518 deputados e 81 senadores, e o Executivo que só pensa em se reeleger, comprando apoio do Congresso e do Judiciário, são três castas pairando acima da Nação, que sobrevive perplexa, contemplando a alienação dos três poderes que tudo podem no país de fantasia que faz de conta que é uma Respública (coisa, causa, casa do povo).

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

POLUÍDO BARULHO

O lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar no Planalto foi o palco para Lula desferir uma das pérolas de quarta-feira, 3/7, sempre municiando os shows de humor. Indagado se o Banco Central deveria intervir na valorização do dólar em relação ao real, em ardiloso e sarcástico tom, fugindo à pergunta, respondeu o presidente: “Agora eu vou falar sobre feijão e arroz, depois eu converso”. Não bastante as picanhas x abóboras, pés x pescoços de galinhas, cervejinha x celular e arroz de sorveteria, indigesto roteiro de seus espetáculos, sabendo que foi um tiro no pé o leilão para a inoportuna importação de arroz, escandaloso e promíscuo procedimento abortado em razão dos gritos da sociedade, eis que Lula, em mais uma tentativa para abafar o desastre de seu governo, refletido no peso da moeda norte-americana, incluiu o popular feijão em sua absurda cesta de discursos, desatinos e arroubos. Populista de alambrados e alambiques, aventureiro e cascateiro, será que o mitômano Lula da Silva se inspirou na canção do saudoso Gonzaguinha para fazer-nos crer que um caldinho do preto que satisfaz, parceiro do arroz abortado, é uma boa pedida para acompanhar a cervejinha dos jovens sem celular? Dentro em breve, ouviremos que os pés e pescoços de galinhas, sugeridos aos pobres em substituição à picanha, são os ingredientes básicos para uma boa canja, prato que fartamente degustou na Polícia Federal de Curitiba. Lula, na cesta e no cardápio do Brasil os ingredientes são outros. Canja não dá sustância. “Para evitar críticas, não faça nada, não diga nada e não seja nada”, disse Elbert Hubbard, escritor norte-americano. Se nada está sendo feito e muita besteira falada, sendo você quem é, para aquietar o mercado, afastadas as manipulações políticas com a infelicidade e a dor alheia, a pemba está contigo. Queremos arroz e feijão a custos de feijão com arroz, justos, sem sobrepreços e sem sorveteiros a intermediar. O dólar, o euro ou qualquer outra moeda não têm culpa nessa picaretagem. Nossa Senhora do Silêncio, orai por nós. Afastai-nos de todo esse poluído barulho.

Celso David de Oliveira

Rio de Janeiro

*

HOSPITAIS DO RJ

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou que em breve será apresentado um programa de reestruturação dos seis hospitais federais do Rio de Janeiro. Nada justifica o governo federal manter aquelas unidades, e o melhor seria repassá-las à iniciativa privada. Lembrando também que, ao depor à CPI da covid-19, o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel denunciou desvios de recursos naquelas unidades, e que os hospitais federais do Rio têm dono.

Jorge de Jesus Longato

Mogi Mirim

*

JOE BIDEN

A falta de condições de Joe Biden para exercer a presidência americana não começou na semana passada. Mas tem sido resolvida de fato por uma equipe ligada a Barack Obama que assumiu o poder, e por uma mídia aliada encarregada de esconder o fato. O problema é que agora tudo isso veio à tona e o público americano percebeu. Conseguir fazê-lo esquecer e voltar a acreditar mais no que eles falam do que no que os seus olhos vêem não é tarefa fácil. Os oligarcas e o deep state, normalmente tão habilidosos, não esperavam que a situação saísse de controle e chegasse a esse ponto. Donald Trump é uma ameaça real, especialmente considerando que estará imune por atos que vier a praticar no exercício da presidência e que arrisca conquistar as duas casas. São agruras que os ilusionistas têm de aprender a enfrentar melhor num mundo em que a informação passou a ser descentralizada e o voto dos cidadãos não é facilmente manipulado.

Jorge Alberto Nurkin

São Paulo

*

ETARISMO

O etarismo de grande parte das lideranças governamentais e empresariais globais é uma das grandes preocupações que vivemos atualmente, como exemplifica o caso americano, onde os dois candidatos à presidência dos Estados Unidos apresentam esta característica etária. O que vai acontecer no futuro que está à nossa frente somente os que estiverem aqui poderão dizer qual será esta realidade.

José de Anchieta Nobre de Almeida

Rio de Janeiro

*

TURBULÊNCIAS

Turbulências em aeronaves estão ocorrendo com maior frequência. A boa notícia é que os fabricantes afirmam que elas não são capazes, mesmo as mais severas, de derrubar os jatos modernos, projetados para resistir a estes fenômenos. Quem vem sofrendo são tripulantes e passageiros, sendo que um faleceu recentemente, não resistindo aos impactos sofridos durante o voo. A pergunta que fica é a seguinte: será que esses fenômenos indetectáveis, pelo menos até o momento, têm a ver com as mudanças climáticas pelas quais está passando o nosso planeta? Com a palavra, os especialistas.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

Operação Venire

As joias sauditas

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e 11 aliados por supostamente terem vendido ou tentado vender joias recebidas do governo da Arábia Saudita (Estadão, 5/7). O foco da investigação deveria ser, no entanto, o porquê de ele ter recebido todas essas joias. Os valores delas são elevados e a pergunta que fica é: por que foram dados tais presentes a Bolsonaro? Pela cor de seus olhos?

Roberto Croitor

São Paulo

*

Brasil-Argentina

Milei no Brasil

A desavença entre os presidentes Lula da Silva e Javier Milei já foi longe demais. Neste sábado o mandatário argentino virá ao Brasil para encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro em Balneário Camboriú (SC). Isso motivou o cancelamento de visita de Lula, no mesmo dia e hora, a Itajaí, distante 17 km. A assessoria de Lula disse que a viagem a Santa Catarina não estava programada, mas petistas aliados do presidente confirmaram que a agenda existia e foi suspensa, possivelmente para evitar manifestações ou protestos entre seguidores e simpatizantes dos dois lados. Está na hora de amigos, auxiliares ou correligionários com alguma ascendência opinativa sobre os dois chefes de Estado fazerem algo para acabar com a desinteligência em favor da manutenção da regularidade nas relações dos dois países, tradicionais amigos, maiores economias do continente e sócios majoritários do Mercosul. Não devem estes dois senhores priorizar o pessoal a ponto de isso azedar as relações entre os dois líderes continentais. Deixar isso acontecer é investir na inviabilidade, o que não é bom para ambos os lados nem para a vizinhança.

Dirceu Cardoso Gonçalves

São Paulo

*

Reforma tributária

No palanque

Na cerimônia de lançamento do Plano Safra 2024/2025, no Palácio do Planalto, Lula disse que vai “ficar feliz” se puder “comprar carne sem imposto”. Isso é populismo hipócrita do sr. Lula da Silva. Foi sua própria equipe econômica quem elaborou a regulamentação da reforma tributária. Se era sua vontade, por que não fez constar no texto original que a carne e o frango já estivessem na cesta básica com isenção total de ICMS? Mas todos nós sabemos que, em cima de um palanque, Lula joga para a torcida.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

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Pantanal e Amazônia

A caminho da vergonha

O Brasil segue em chamas: o Pantanal e a Amazônia têm batido recordes de queimadas – todos os incêndios criminosos. O País precisa de legislação que de fato proteja o meio ambiente e puna os criminosos da floresta. Um bom começo seria impor uma moratória de cinco anos para a recuperação de áreas atingidas por queimadas. Essas áreas não poderiam receber plantio nem gado por cinco anos, independentemente de o fogo ter sido criminoso ou não. Até onde se sabe, não existe um único dono de fazenda preso por provocar incêndios, no máximo algum peão que acendeu o fósforo. O governo Lula da Silva só mudou o discurso, a boiada continua passando, a destruição só aumenta e não há multas nem punições. O Brasil pode passar muita vergonha na COP 30 em 2025, com a Amazônia envolta na tradicional nuvem de fumaça das queimadas e a falta de saneamento básico de Belém do Pará. Triste realidade.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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Sem protesto

O Brasil está batendo recordes de queimadas, mas a ativista Greta Thunberg parece ter-se esquecido do Brasil. Por quê?

Carlos Alberto Duarte

São Paulo

*

Vida na cidade

Motos barulhentas

Em 2022 eu enviei carta a este Fórum com a informação de que na cidade de São Luís (MA) blitze da Polícia Militar multavam motos que estivessem produzindo barulho acima de 50 decibéis. Agora, em 2024, o Estadão trouxe uma notícia esperada por muitos que almejam viver em paz: Bauru quer multar motos muito barulhentas (3/7, D4). A Câmara de Vereadores da cidade paulista aprovou um projeto de lei que proíbe a venda de motos com escapamentos que emitem ruídos acima do permitido. Tenho certeza de que muitos cidadãos vão torcer para que o projeto seja aprovado. Minha esperança é de que em São Paulo apareça algum vereador que possa também defender essa bandeira.

Carlos Benjamin de Castro

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

‘CONSTRANGEDOR’

Haddad diz que Lula mandou preservar arcabouço e anuncia corte de R$ 25,9 bi em despesas em 2025 (Estadão, 3/7, B1 e B2). Que constrangedor. Não basta ser mandado, é preciso também revelar a saia justa em rede nacional. O ocorrido só vem corroborar o que já se suspeitava. Haddad é mais um pau-mandado de Lula, que não consegue impor conhecimentos econômicos para o chefe porque não os possui, por medo de perder a boquinha, ou ambos. Pior. Os cortes serão aplicados em despesas obrigatórias. Provavelmente, para Haddad, é menos vergonhoso ser afrontado por alguém de conhecimento raso como Lula, do que pedir demissão e deixar de receber o polpudo contracheque no fim do mês. Manda quem pode, obedece quem tem juízo e não tem dignidade.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

‘CONJUNTURA SEM RUMO’

Difícil entender como uma postura nada sincera, dando conta que foram abertos novos e higiênicos canais de comunicação, encenada por Lula Da Silva e seu Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, poderá realmente melhorar o ambiente econômico brasileiro diante do mercado. Talvez seja mais correto considerar o day after da reunião entre os dois, supostamente selando a ressurreição do arcabouço fiscal, como simples queima de fogos, igual aos observados no réveillon. Após a cessação dos arabescos luminosos no céu, tudo voltará a ser como antes, conjuntura sem rumo definido e debilidade de investimentos, com erupções populistas à procura de culpados.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

*

‘INCONTINÊNCIA VERBAL’

A respeito do oportuno editorial O silêncio é de ouro (Estadão, 4/7, A3), que trata da desvalorização do real e da disparada do dólar (6,4% em junho e 15,1% no primeiro semestre), cabe dizer que não é “o mercado que realiza um ataque especulativo contra a moeda brasileira”, como declarou equivocadamente o presidente Lula da Silva, mas, sim, os seus destemperados, descabidos e intermináveis ataques pessoais contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Se controlar a sua folclórica incontinência verbal e parar de falar tanta asneira a moeda americana para de subir.

J. S. Decol

São Paulo

*

‘ACALMAR O PRESIDENTE’

De nada vai adiantar indicar agora o próximo presidente do Banco Central, como sugerem aliados do presidente Lula, visando supostamente frear a disparada do dólar. O que importa é como o indicado, seja lá quem e quando for, vai se comportar quando assumir o posto. Lula declarou em entrevista que o então presidente do BC, Henrique Meirelles, durante sua gestão como presidente, tinha total autonomia, mesmo o BC não sendo independente à época. O que acontecia, na realidade, é que Meirelles foi indicado por Lula, o tinha como amigo e confiava nele. Os tempos mudaram, o BC é autônomo e seu atual presidente, Roberto Campos Neto, embora tenha sido indicado por Jair Bolsonaro e cometido pequenos deslizes comportamentais, faz uma gestão técnica impecável mantendo a inflação, que tanto prejudica os pobres, sob controle. Não é o dólar que os aliados de Lula tem que acalmar. É o próprio.

Luciano Harary

São Paulo

*

COMISSÃO DE DESAPARECIDOS

Lula recria comissão para investigar crimes praticados durante a ditadura militar. Excessos foram cometidos pelo Estado e pelos terroristas, e ambos foram anistiados pela Lei nº 6683, de modo amplo total e irrestrito Os aludidos terroristas ou suas famílias já foram indenizados e recebem pensões vitalícias. Por que será que essa comissão vai ser ressuscitada? Será que vai aprovar indenização para civis e militares atingidos pelos ataques dos inocentes terroristas?

Jose Alcides Muller

Avaré

*

‘SUSPENSÃO DA LEI’

Freio de arrumação (Estadão, 4/7, A17). Os cavalinhos é que mais se divertem e são bem tratados, mas para os vereadores eles sofrem maus-tratos. Os frequentadores do Jockey Club se divertem com o lazer oferecido e com as corridas, com apostas ou sem apostas. Mas, na verdade, o que interessa mesmo são os 600 mil metros quadrados da área para especulação imobiliária, e que o prefeito assinou no dia seguinte. Um assunto que há 3 anos era inviável, mas chegaram as eleições, como quase tudo na política não tem lógica, e sim muitos interesses. Ainda bem que a Justiça suspendeu essa injustiça. Os cavalinhos agradecem.

Arcangelo Sforcin Filho

São Paulo

*

JOCKEY CLUB

Estive no Jockey Club de São Paulo só uma vez na minha vida. Gostei. Mas, por que proibir corridas de cavalo e permitir Tele Sena anunciada na TV a cada dez minutos, loterias, bets, etc.? E para quê construir prédios também se já agora, em todos os bairros, há tantos novos edifícios bem altos esem ocupantes?

Maria Veronika Kéri

São Paulo

*

INSISTÊNCIA

Algozes da democracia. Após ser exercido o pior governo da história do Brasil, Jair Bolsonaro se transformou em um líder político, influenciando as escolhas de candidatos para as próximas eleições. Lula da Silva retornou para seu terceiro mandato, agora carregado de mágoas, ideias antigas, além de falas e comportamento não condizentes com o cargo que ocupa. E, mesmo assim, preserva forte liderança política. No Congresso, rege o indecente jogo de preservação dos poderes praticado pelos atuais presidentes, seguidamente reeleitos em seus Estados. E pior, são apoiados por seus pares, que assim agem em troca de inconstitucionais Emendas Pix, jogando pela janela dos fundos nossa representatividade. Nossos vereadores atuam como capatazes do poder econômico local, com destaque para o mercado imobiliário, jamais preocupados com a população que o elegeu. A atual questão do uso do solo no entorno do Jockey Club de São Paulo é basilar na comprovação destas afirmações. Considerando que somos nós que elegemos e pagamos a conta, urge uma reflexão sobre nossa insistência em continuar com esses algozes da democracia.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

São Paulo

*

TRÊS PODERES

O Supremo Tribunal Federal, que se mudou para Portugal; o Legislativo que só legisla para o benefício financeiro de seus 518 deputados e 81 senadores, e o Executivo que só pensa em se reeleger, comprando apoio do Congresso e do Judiciário, são três castas pairando acima da Nação, que sobrevive perplexa, contemplando a alienação dos três poderes que tudo podem no país de fantasia que faz de conta que é uma Respública (coisa, causa, casa do povo).

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

POLUÍDO BARULHO

O lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar no Planalto foi o palco para Lula desferir uma das pérolas de quarta-feira, 3/7, sempre municiando os shows de humor. Indagado se o Banco Central deveria intervir na valorização do dólar em relação ao real, em ardiloso e sarcástico tom, fugindo à pergunta, respondeu o presidente: “Agora eu vou falar sobre feijão e arroz, depois eu converso”. Não bastante as picanhas x abóboras, pés x pescoços de galinhas, cervejinha x celular e arroz de sorveteria, indigesto roteiro de seus espetáculos, sabendo que foi um tiro no pé o leilão para a inoportuna importação de arroz, escandaloso e promíscuo procedimento abortado em razão dos gritos da sociedade, eis que Lula, em mais uma tentativa para abafar o desastre de seu governo, refletido no peso da moeda norte-americana, incluiu o popular feijão em sua absurda cesta de discursos, desatinos e arroubos. Populista de alambrados e alambiques, aventureiro e cascateiro, será que o mitômano Lula da Silva se inspirou na canção do saudoso Gonzaguinha para fazer-nos crer que um caldinho do preto que satisfaz, parceiro do arroz abortado, é uma boa pedida para acompanhar a cervejinha dos jovens sem celular? Dentro em breve, ouviremos que os pés e pescoços de galinhas, sugeridos aos pobres em substituição à picanha, são os ingredientes básicos para uma boa canja, prato que fartamente degustou na Polícia Federal de Curitiba. Lula, na cesta e no cardápio do Brasil os ingredientes são outros. Canja não dá sustância. “Para evitar críticas, não faça nada, não diga nada e não seja nada”, disse Elbert Hubbard, escritor norte-americano. Se nada está sendo feito e muita besteira falada, sendo você quem é, para aquietar o mercado, afastadas as manipulações políticas com a infelicidade e a dor alheia, a pemba está contigo. Queremos arroz e feijão a custos de feijão com arroz, justos, sem sobrepreços e sem sorveteiros a intermediar. O dólar, o euro ou qualquer outra moeda não têm culpa nessa picaretagem. Nossa Senhora do Silêncio, orai por nós. Afastai-nos de todo esse poluído barulho.

Celso David de Oliveira

Rio de Janeiro

*

HOSPITAIS DO RJ

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou que em breve será apresentado um programa de reestruturação dos seis hospitais federais do Rio de Janeiro. Nada justifica o governo federal manter aquelas unidades, e o melhor seria repassá-las à iniciativa privada. Lembrando também que, ao depor à CPI da covid-19, o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel denunciou desvios de recursos naquelas unidades, e que os hospitais federais do Rio têm dono.

Jorge de Jesus Longato

Mogi Mirim

*

JOE BIDEN

A falta de condições de Joe Biden para exercer a presidência americana não começou na semana passada. Mas tem sido resolvida de fato por uma equipe ligada a Barack Obama que assumiu o poder, e por uma mídia aliada encarregada de esconder o fato. O problema é que agora tudo isso veio à tona e o público americano percebeu. Conseguir fazê-lo esquecer e voltar a acreditar mais no que eles falam do que no que os seus olhos vêem não é tarefa fácil. Os oligarcas e o deep state, normalmente tão habilidosos, não esperavam que a situação saísse de controle e chegasse a esse ponto. Donald Trump é uma ameaça real, especialmente considerando que estará imune por atos que vier a praticar no exercício da presidência e que arrisca conquistar as duas casas. São agruras que os ilusionistas têm de aprender a enfrentar melhor num mundo em que a informação passou a ser descentralizada e o voto dos cidadãos não é facilmente manipulado.

Jorge Alberto Nurkin

São Paulo

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ETARISMO

O etarismo de grande parte das lideranças governamentais e empresariais globais é uma das grandes preocupações que vivemos atualmente, como exemplifica o caso americano, onde os dois candidatos à presidência dos Estados Unidos apresentam esta característica etária. O que vai acontecer no futuro que está à nossa frente somente os que estiverem aqui poderão dizer qual será esta realidade.

José de Anchieta Nobre de Almeida

Rio de Janeiro

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TURBULÊNCIAS

Turbulências em aeronaves estão ocorrendo com maior frequência. A boa notícia é que os fabricantes afirmam que elas não são capazes, mesmo as mais severas, de derrubar os jatos modernos, projetados para resistir a estes fenômenos. Quem vem sofrendo são tripulantes e passageiros, sendo que um faleceu recentemente, não resistindo aos impactos sofridos durante o voo. A pergunta que fica é a seguinte: será que esses fenômenos indetectáveis, pelo menos até o momento, têm a ver com as mudanças climáticas pelas quais está passando o nosso planeta? Com a palavra, os especialistas.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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