Fórum dos Leitores


Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

Por Fórum dos Leitores

11 de Setembro

20 anos depois

Como contextualizar os 20 anos desde aquela fatídica terça-feira? Impossível ser sucinto. Mas podemos ponderar que a ingenuidade e o otimismo do fim do século 20 terminaram ali. O 11 de setembro de 2001 foi, de fato, o primeiro dia deste século. O terrorismo hollywoodiano, protagonizado pelo fanatismo islâmico, desencadeou a guerra certa (Afeganistão) e a guerra errada (Iraque). A guerra errada tirou o foco da guerra certa e fez com que os esforços para criar um Afeganistão mais moderno e seguro fossem minados. O mundo, aliás, nunca mais foi seguro. Quem viu aquele filme de terror, ao vivo, nunca conseguiu se esquecer. O planeta parou naquelas duas horas. O triste saldo destes 20 anos pode ser resumido no naufrágio do Afeganistão neste 2021. Seja pela fraqueza ou covardia do exército afegão diante do Taleban; ou pelo fracasso de Joe Biden na execução do plano da saída norte-americana do território afegão. O legado? Nunca deixamos de temer outro ataque, infelizmente. Mas nunca, nunca vamos nos esquecer daquele dia.

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SÉRGIO ECKERMANN PASSOS SEPASSOS@YAHOO.COM.BR

PORTO FELIZ

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A nota de Bolsonaro

‘Daqui pra frente...’

“Daqui pra frente tudo vai ser diferente” é trecho de uma música antológica de Roberto Carlos que fez parte da minha infância. É bem o tom da nota divulgada por Jair Bolsonaro na quinta-feira, acenando com um suposto apaziguamento das tensões institucionais, dois dias após mais uma sessão de ataques à democracia e ameaças grotescas ao Supremo Tribunal Federal (STF) perante uma turba composta, nas palavras do ministro do STF Luís Roberto Barroso, por “fanáticos” e “mercenários” que parecem ter dificuldade em entender que o presidente não é nenhum “Messias”: não é mito, nem salvador, tampouco redentor. Nem ele, nem Lula, nem qualquer outra figura populista e autocrática que se intitule salvadora da Pátria. A nota de Bolsonaro não engana ninguém – brevemente, ele voltará à carga, como aconteceu diversas outras vezes. Seus seguidores é que precisam começar a pensar. Diferente.

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LUCIANO HARARY LHARARY@HOTMAIL.COM

SÃO PAULO

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Governando com a bílis

O 7 de Setembro foi um sucesso em termos de participação. 125 mil pessoas na Avenida Paulista? Qual o quê! Tinha muito mais. Lembrei-me das manifestações pró-impeachment de Dilma e, pelas imagens, deu para perceber que havia tantos participantes quanto nos protestos daquela época. Um sucesso! O.k., mas e o dia seguinte? O que era para acontecer? Destituição dos ministros do STF, o Parlamento sendo posto de joelhos, caminhoneiros bloqueando estradas, etc. Esse era o retrato que estava na cabeça dos seguidores radicais (que não são poucos) de Bolsonaro. Mas veio a ducha de água fria: a tal Declaração à Nação. Evidentemente que esse recuo não estava previsto. Já há “explicações” de que isso fazia parte de um acordão preconcebido. É perseverar no erro. O que fico imaginando é a decepção da horda de fanáticos que não viram nada do que estava prenunciado. Num primeiro momento, os caminhoneiros na estrada receberam fake news segundo as quais havia sido decretado estado de sítio e que o STF fora dissolvido. No mínimo, a decepção de boa parte deste pessoal com o capitão terá sido imensa. Quer governar com a bílis? Dá nisso! Mas cabe registrar: nem Bolsonaro nem Lula!

FERNANDO PROCÓPIO DE A. FERRAZ

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FERNANDO@PROCOPIOFERRAZ.COM.BR

SÃO PAULO

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Inflação

Super V

Em 2020, a inflação acumulada em 12 meses chegou ao nível de Primeiro Mundo, 1,88%, a menor taxa num período anual desde janeiro de 1999 (1,65%). Em pouco mais de um ano, os preços do varejo dispararam nada menos que exorbitantes 9,68%. Nos 12 meses até agosto passado, a eletricidade encareceu 21,08%; os combustíveis domésticos, como o gás, 30,22%; as carnes, 30,77%. O grupo cereais, leguminosas e oleaginosas, incluindo o feijão com arroz de cada dia, 25,39%. Como se vê, em vez de a economia se recuperar em V, como prometido e anunciado pelo sempre otimista ministro Paulo Poliana Guedes, é a inflação que se recupera em super V. Pobre Bra$il...

J. S. DECOL DECOLJS@GMAIL.COM

SÃO PAULO

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Resultado das crises

A alta da inflação medida pelo IBGE no mês de agosto (+0,87%) foi a maior para o mês dos últimos 21 anos. E o Planalto, comandado por um presidente que se lixa para o bem-estar da família brasileira, é culpado pela maior parte dessa inflação. Um terço dela vem da alta dos preços dos combustíveis, da energia elétrica e dos alimentos, resultado de uma gestão presidencial que desde o início só provocou crises institucionais e com tradicionais parceiros comerciais do Brasil, além de não respeitar a ciência nem se preocupar com salvar a vida dos brasileiros nesta pandemia (já são mais de 585 mil mortos). Estamos órfãos de presidente.

PAULO PANOSSIAN PAULOPANOSSIAN@HOTMAIL.COM

SÃO CARLOS

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Crise hídrica

Sol e vento

Surpresa? Muito ao contrário, todos sabiam há muito tempo do risco de mais uma crise hídrica no Brasil. E nenhuma providência prática foi tomada. Voltamos a investir nas termoelétricas, caras e poluentes, sempre provisórias, favorecendo grupos econômicos ligados ao governo do momento. O óbvio ululante: sol e vento são eternos. Por que, então, não investir maciçamente em energias solar e eólica? Poluição zero e permanentes, sempre ligadas. Acho genial a ideia que começou a ser implantada, ainda que timidamente: grandes painéis fotovoltaicos flutuantes nos reservatórios das usinas, de modo a aproveitar toda a linha de transmissão que já existe. Não me digam que falta dinheiro...

FERNANDO DE MATTOS BARRETTO FEMABAR76@GMAIL.COM

SÃO PAULO

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

20 ANOS DO 11 DE SETEMBRO

Hoje se completam 20 anos dos atentados de 11 de setembro de 2001. Duas décadas depois, o Ocidente ainda não entendeu bem o que estava por trás do ocorrido. O que pediram os terroristas que sequestraram os aviões? Aparentemente nada. E o que pretendiam ao jogá-los contra o World Trade Center? Algo simples: apenas promover jihad contra os infiéis, matar quantos mais pudessem e morrer como mujahids. O termo jihad se refere à “guerra santa” travada contra os inimigos da religião muçulmana. Quem a executa é conhecido como mujahid. Extremistas islâmicos interpretam estes conceitos literalmente e de forma extremada, vivendo numa guerra constante contra todos os “não crentes”. Para isso, o terrorismo islâmico pratica ataques suicidas, sequestros de pessoas, de aviões, etc., e atua em muitas partes do mundo. Tradicionalmente, quatro grupos extremistas islâmicos são responsáveis por 74% de todas as mortes causadas pelo terrorismo: Estado Islâmico, Boko Haram, o Taleban e a Al-Qaeda. Somando a isso as vítimas dos grupos terroristas patrocinados pelo Irã, obtém-se a grande maioria das mortes causada pelo terror nas últimas décadas. Dentro deste contexto, o Califado do Estado Islâmico ou o recentemente estabelecido pelo Taleban no Afeganistão, assim como o Estado Teocrático do Irã, atuam como embriões de um estado pan-islâmico que objetiva estabelecer o cumprimento rígido da lei islâmica e a supremacia do islã sobre todas as outras religiões. “Alá ou a espada.” Qual composição é possível com estes grupos? A prevista na tradução que eles dão para o termo islã: submissão, rendição. Foi por isso que Joe Biden conseguiu dialogar com eles ao render-se perante o Taleban. E, para dar continuidade a estes entendimentos, terá de render-se cada vez mais. Como eles interpretaram o que ocorreu? Como o reinício de uma série de batalhas vitoriosas que pretendem travar contra os infiéis. E os cânticos de “Morte aos EUA” continuam na liderança das paradas de sucesso do novo Califado. Assim como há 20 anos, quando ainda não haviam recebido o Afeganistão de presente. Assim como os cânticos de “Morte aos EUA” de Teerã que veem na derrota americana um sinal do final dos tempos na versão muçulmana. Biden pode não ter percebido, mas sua política conseguiu agradar aos extremistas sunitas e xiitas ao mesmo tempo. Para que pudessem comemorar o 11 de Setembro como há muito tempo não faziam. E sonhar com suas futuras realizações. 

Jorge A. Nurkin jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

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GAVETAS LACRADAS

O presidente gosta mesmo é da gaveta de Arthur Lira, que guarda as dezenas de pedidos de impeachment contra ele. Ele aprecia muito as gavetas dos policiais federais, que estão abarrotadas de comprovações de atos ilícitos cometidos por ele e seus três filhos políticos. O diretor-geral da Polícia Federal é amigo da família Bolsonaro. Retardar os processos é a ordem do dia, ou melhor, de todos os dias, desde janeiro de 2019. A bizarra gastança dos quatro Bolsonaros causa perplexidade em todo o Brasil. Blindar-se é a prioridade do nosso presidente, que move as peças do complexo tabuleiro de xadrez no Congresso e no Executivo, contando com a arte e a ciência política. A inegável derrota nas urnas em outubro de 2022 motiva a rejeição das urnas eletrônicas. Os eleitores precisam fiscalizar cuidadosamente cada estágio desse confuso jogo de palavras e de mensagens nas redes sociais. 

José Carlos Saraiva da Costa jcsdc@uol.com.br

Belo Horizonte

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SEMPRE NO PALANQUE

O pusilânime, desorientado e perturbador presidente Jair Bolsonaro, em um dia, derruba a Bolsa de Valores e eleva a cotação do dólar com suas palavras ameaçadoras à nação; no outro, pede o fim da greve e da rebeldia de alguns caminhoneiros porque poderia atingir negativamente a economia do País; em outro dia, acena para os chineses, após ter passado meses a fio criticando negativamente a China. Também prometeu aceitar e respeitar a decisão do Congresso Nacional sobre a questão do voto impresso e, então, após ser derrotado, profere discursos pregando o voto impresso. E a lista de esquizofrenias, ou de meras patifarias, expande-se a perder de vista; e nós, brasileiros, envergonhados e constrangidos, aguardamos que as instituições responsáveis estanquem esses desvarios descabidos que maculam a nossa imagem, a nossa história e a nossa dignidade moral, intelectual e espiritual. Fora, descabido personagem sempre à procura de um palanque circense!

Marcelo Gomes Jorge Feres marcelo.gomes.jorge.feres@gmail.com

Rio de Janeiro

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CHAVES

Bolsonaro plagiando o personagem Chaves: foi sem querer, querendo. 

Adalberto Amaral Allegrini adalberto.allegrini@gmail.com

Bragança Paulista

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ACABOU O GOVERNO BOLSONARO

Depois do fatídico 7 de Setembro, patrocinado com recursos públicos por esse irresponsável Jair Bolsonaro, que mais uma vez afrontou as nossas instituições, acabou o seu governo, diga-se, que nunca existiu... Perdeu totalmente o crédito e o respeito da nossa sociedade! Como disse o ministro do STF Luís Roberto Barroso, em duro discurso, “a falta de compostura (de Bolsonaro) nos envergonha perante o mundo”. E segue, se “o que nos une é o respeito à Constituição”, “não se pode destruir instituições para encobrir fracassos”. Ou seja, fracassos e escárnios deste esquizofrênico e mal-intencionado presidente, que, como diz Barroso, transforma o nosso Brasil em vítima de “chacota e desprezo mundial”! Porém, o ministro reafirma, “hoje todas as pessoas de bem sabem quem é o farsante nesta história”. Jair Bolsonaro vive pendurado nas suas milícias, e no Centrão, que pelo jeito logo deve abandonar o barco do Planalto. Porém, uma triste realidade, enquanto Bolsonaro despreza o povo e ridiculariza a imagem do Brasil, a atividade econômica sucumbe, a inflação está cada vez mais alta, o desemprego e a pobreza angustiam a família brasileira.

Paulo Panossian paulopanossian@hotmail.com

São Carlos

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CACHIMBO DA PAZ

O ex-presidente Michel Temer surpreende. Com sua fala mansa, gestos contidos, esconde inaudito poder de conciliação e articulação. Costurar conversa entre Bolsonaro e Alexandre de Moraes já foi um feito que mereceria medalha de ouro na convergência de atitudes. Escrever uma carta e fazer com que Bolsonaro não só a aprovasse, mas, principalmente, lesse como sinal de aprovação passa a ser um plus em convencimento. O ex-presidente Temer faz jus a um prêmio. A combinação de todos estes feitos o eleva a um patamar ainda maior: indicação ao Prêmio Nobel da Paz. Infelizmente, como vemos na história, os ganhadores do prêmio deveram a premiação ao acordo do momento. A discórdia permaneceu de fato. É o que se acredita que acontecerá neste caso também, mas isso não desmerece a competência da articulação. Parabéns ao ex-presidente Temer. Que a paz seja eterna enquanto dure.

 Sergio Holl Lara jrmholl.idt@terra.com.br

Indaiatuba

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QUESTÃO DE DNA

Não é porque Jair Bolsonaro recuou que ele vai mudar. Está no seu DNA que ele não é confiável. Bolsonaro não tem condições de continuar na chefia da Nação. Além de despreparado, é nocivo; ele deve se dar por muito satisfeito em ter chegado tão longe – presidente de um dos maiores países do mundo, sem nenhum pré-requisito para tal. É urgente mandar Bolsonaro pra casa, evitando estrago maior.

Luiz Thadeu Nunes e Silva luiz.thadeu@uol.com.br

São Luís

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DESCULPAS

Imorrível. Imbroxável. Incomível. E, como “grande patriota”, amarelável.

A.Fernandes standyball@hotmail.com

São Paulo

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SINCERIDADE

Após essa sincera carta, você mudaria a sua opinião e compraria um carro usado dele?

Guto Pacheco jam.pacheco@uol.com.br

São Paulo

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BOLSONARO, PAZ E AMOR

Graças à intervenção do ex-presidente Michel Temer, pessoa regrada e que teve sua vida pautada pelo bom senso, Bolsonaro admitiu excessos e se desculpou por suas manifestações contra ministros do STF. Antes tarde do que nunca! Mas, como já demonstrou em outras oportunidades, Bolsonaro, com suas costumeiras bravatas e linguajar chulo, não se acomodará perante os chamados “inimigos”.

José Alcides Muller josealcidesmuller@hotmail.com

Avaré

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SEM CACOETE PARA DAR GOLPE         Jair Bolsonaro é craque não como atleta, mas em conseguir dar “tiro no próprio pé”. Agrediu e xingou as instituições sem dó nem piedade. Percebendo que mais uma vez “falhou”, resolveu se retratar. Na verdade, o mito não tem nem mesmo cacoete para dar “golpe”. Como já dizia aquela senhorinha de Taubaté: “Cão que ladra não morde, meu filho”. Mais uma vergonha internacional!            Júlio Roberto Ayres Brisola jrobrisola@uol.com.br

São Paulo

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ISSO É SUFICIENTE?

O presidente Bolsonaro usou o palanque no dia da comemoração da nossa Independência para fazer discursos agressivos aos demais Poderes da República. E depois das críticas decidiu recuar. Mas não veio a público, e sim usou um texto elaborado pelo ex-presidente Michel Temer. E pensa que fez o suficiente para recuperar o seu conceito. A que ponto chegamos.

Uriel Villas Boas urielvillasboas@yahoo.com.br

Santos

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TUDO NA MESMA…

Bolsonaro mudou o discurso para ficar tudo na mesma, repararam? Sabe que seus milhares de apoiadores não se incomodam com seu comportamento sem nexo.

Ademir Valezi valezi@uol.com.br

São Paulo

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O BRASIL TEM JEITO?

Está difícil entender o que interessa ao Brasil. Michel Temer ajudou o presidente, surtiu efeito? Sim, pois o dólar caiu e a bolsa subiu. Boa resposta para a Economia. Mas é preciso mais, não precisa ser Ph.D. para saber que o presidente sozinho não consegue mudar a rede de intrigas e interesses que se instalou nessa política. Enquanto não tivermos homens estadistas, o que veremos é essa eterna briga que só atrasa o País. Senão vejamos. Quem está disputando o poder se interessa pela vida do povo? Essa gente que briga pelo poder sabe que, se quisesse, poderia mudar esse estado de coisas. Privatizar a Petrobras, os Correios e tantas outras estatais. Mas isso dá trabalho, fácil mesmo é apostar na anarquia e no caos, pois a vida desses que brigam está garantida.

Izabel Avallone izabelavallone@gmail.com

São Paulo

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MOMENTO POLÍTICO

Como cidadão brasileiro, fico totalmente estarrecido com nosso quadro político. Dia 7 de setembro eu esperava ouvir notícias positivas sobre o enfrentamento de problemas que todos nós sentimos na pele: desemprego assustador, inflação descontrolada, mortandade pelo vírus, corrupção cada vez mais visível. Nada foi dito, esses assuntos são secundários para esse fantoche que se limitou a insultar o Judiciário e fazer comício criminoso para a eleição de 2022. Passam-se apenas 2 dias e o fantoche volta atrás e desdiz o que havia dito, chora no colo do ex-presidente Michel Temer, suplica aos caminhoneiros que voltem a trabalhar. Minha dúvida: podemos continuar a ser conduzidos por um mentecapto que diariamente dá mostras de seu desarranjo mental? Nelson Penteado de Castro pentecas@uol.com.br

São Paulo

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A CONTA CHEGOU

Os responsáveis pelo Brasil estar sem água deveriam ser instados a responder criminalmente pelas suas ações. A ministra da Agricultura deveria responder por permitir e estimular o crescimento insustentável do agronegócio, atividade que consome mais de 80% da água usada no País, água que agora está fazendo falta para todos. Teresa Cristina deve responder também pelo desastre do Pantanal, centenas de barragens e miniusinas hidrelétricas construídas sem estudos de impacto ambiental acabaram com o fluxo natural das águas e o bioma não alaga mais. A teoria do boi bombeiro, defendida pela ministra, se provou catastrófica, o Pantanal se transformou num pasto seco. O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e seu sucessor devem responder por estimular o desmatamento da Amazônia, acabar com as multas e por promoverem um desmonte completo dos institutos de defesa do meio ambiente. A mineração ilegal explodiu na Amazônia graças ao apoio de Ricardo Salles e de seu assessor, que hoje é o ministro do meio ambiente. O agronegócio deve responder pela sua ganância cega de querer desmatar sempre mais, sua burrice atávica, incapaz de buscar alternativas mais lucrativas do que a soja e a pecuária extensiva. A conta do aumento do preço da energia deve ser paga integralmente pelo agronegócio, maior usuário das águas brasileiras. De nada adianta mandar a população tomar banho rápido e o agronegócio continuar irrigando milhões de hectares de terra como se não houvesse amanhã. O Brasil precisa punir os responsáveis pela catástrofe ambiental que o País enfrenta e mudar radicalmente de rumo na preservação do meio ambiente e no agronegócio. Mário Barilá Filho mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

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CELSO MING

Parabéns ao colunista Celso Ming pela didática, acessível (porém profunda) opinião expressa em sua coluna de ontem (A inflação, outra surpresa negativa,B2) neste jornal.

Com respeitosa admiração,

Cesar Eduardo Jacob cesared30@gmail.com

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ABERRAÇÕES DA INTERNET

Nunca as redes sociais da internet, reproduziram tantas opiniões dos que usam tal ferramenta, principalmente opiniões políticas. É evidente que tais opiniões têm aberrações de todos os tipos, algumas até cômicas e irracionais, que, se não fosse o jornalismo profissional dos veículos impressos e outros, não teríamos condições de nos situarmos corretamente sobre a dura realidade que estamos vivendo, em que grande parte de nossas atuais lideranças políticas estão num emaranhado comportamental nunca visto entre nós.

José de Anchieta Nobre de Almeida josedalmeida@globo.com

Rio de Janeiro

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PROGRAMAÇÃO DA TV

Tendo em vista que mais de 90% da população brasileira dorme a partir das 22 horas, não faz sentido programas de elevado interesse coletivo serem transmitidos após esse horário, pois não são vistos pelo público-alvo. Emissoras de TV, revejam a programação e cumpram o que estabelece o artigo 221 da Constituição Federal.

Edivan Batista Carvalho edivanbatista@yahoo.com.br

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11 de Setembro

20 anos depois

Como contextualizar os 20 anos desde aquela fatídica terça-feira? Impossível ser sucinto. Mas podemos ponderar que a ingenuidade e o otimismo do fim do século 20 terminaram ali. O 11 de setembro de 2001 foi, de fato, o primeiro dia deste século. O terrorismo hollywoodiano, protagonizado pelo fanatismo islâmico, desencadeou a guerra certa (Afeganistão) e a guerra errada (Iraque). A guerra errada tirou o foco da guerra certa e fez com que os esforços para criar um Afeganistão mais moderno e seguro fossem minados. O mundo, aliás, nunca mais foi seguro. Quem viu aquele filme de terror, ao vivo, nunca conseguiu se esquecer. O planeta parou naquelas duas horas. O triste saldo destes 20 anos pode ser resumido no naufrágio do Afeganistão neste 2021. Seja pela fraqueza ou covardia do exército afegão diante do Taleban; ou pelo fracasso de Joe Biden na execução do plano da saída norte-americana do território afegão. O legado? Nunca deixamos de temer outro ataque, infelizmente. Mas nunca, nunca vamos nos esquecer daquele dia.

SÉRGIO ECKERMANN PASSOS SEPASSOS@YAHOO.COM.BR

PORTO FELIZ

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A nota de Bolsonaro

‘Daqui pra frente...’

“Daqui pra frente tudo vai ser diferente” é trecho de uma música antológica de Roberto Carlos que fez parte da minha infância. É bem o tom da nota divulgada por Jair Bolsonaro na quinta-feira, acenando com um suposto apaziguamento das tensões institucionais, dois dias após mais uma sessão de ataques à democracia e ameaças grotescas ao Supremo Tribunal Federal (STF) perante uma turba composta, nas palavras do ministro do STF Luís Roberto Barroso, por “fanáticos” e “mercenários” que parecem ter dificuldade em entender que o presidente não é nenhum “Messias”: não é mito, nem salvador, tampouco redentor. Nem ele, nem Lula, nem qualquer outra figura populista e autocrática que se intitule salvadora da Pátria. A nota de Bolsonaro não engana ninguém – brevemente, ele voltará à carga, como aconteceu diversas outras vezes. Seus seguidores é que precisam começar a pensar. Diferente.

LUCIANO HARARY LHARARY@HOTMAIL.COM

SÃO PAULO

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Governando com a bílis

O 7 de Setembro foi um sucesso em termos de participação. 125 mil pessoas na Avenida Paulista? Qual o quê! Tinha muito mais. Lembrei-me das manifestações pró-impeachment de Dilma e, pelas imagens, deu para perceber que havia tantos participantes quanto nos protestos daquela época. Um sucesso! O.k., mas e o dia seguinte? O que era para acontecer? Destituição dos ministros do STF, o Parlamento sendo posto de joelhos, caminhoneiros bloqueando estradas, etc. Esse era o retrato que estava na cabeça dos seguidores radicais (que não são poucos) de Bolsonaro. Mas veio a ducha de água fria: a tal Declaração à Nação. Evidentemente que esse recuo não estava previsto. Já há “explicações” de que isso fazia parte de um acordão preconcebido. É perseverar no erro. O que fico imaginando é a decepção da horda de fanáticos que não viram nada do que estava prenunciado. Num primeiro momento, os caminhoneiros na estrada receberam fake news segundo as quais havia sido decretado estado de sítio e que o STF fora dissolvido. No mínimo, a decepção de boa parte deste pessoal com o capitão terá sido imensa. Quer governar com a bílis? Dá nisso! Mas cabe registrar: nem Bolsonaro nem Lula!

FERNANDO PROCÓPIO DE A. FERRAZ

FERNANDO@PROCOPIOFERRAZ.COM.BR

SÃO PAULO

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Inflação

Super V

Em 2020, a inflação acumulada em 12 meses chegou ao nível de Primeiro Mundo, 1,88%, a menor taxa num período anual desde janeiro de 1999 (1,65%). Em pouco mais de um ano, os preços do varejo dispararam nada menos que exorbitantes 9,68%. Nos 12 meses até agosto passado, a eletricidade encareceu 21,08%; os combustíveis domésticos, como o gás, 30,22%; as carnes, 30,77%. O grupo cereais, leguminosas e oleaginosas, incluindo o feijão com arroz de cada dia, 25,39%. Como se vê, em vez de a economia se recuperar em V, como prometido e anunciado pelo sempre otimista ministro Paulo Poliana Guedes, é a inflação que se recupera em super V. Pobre Bra$il...

J. S. DECOL DECOLJS@GMAIL.COM

SÃO PAULO

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Resultado das crises

A alta da inflação medida pelo IBGE no mês de agosto (+0,87%) foi a maior para o mês dos últimos 21 anos. E o Planalto, comandado por um presidente que se lixa para o bem-estar da família brasileira, é culpado pela maior parte dessa inflação. Um terço dela vem da alta dos preços dos combustíveis, da energia elétrica e dos alimentos, resultado de uma gestão presidencial que desde o início só provocou crises institucionais e com tradicionais parceiros comerciais do Brasil, além de não respeitar a ciência nem se preocupar com salvar a vida dos brasileiros nesta pandemia (já são mais de 585 mil mortos). Estamos órfãos de presidente.

PAULO PANOSSIAN PAULOPANOSSIAN@HOTMAIL.COM

SÃO CARLOS

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Crise hídrica

Sol e vento

Surpresa? Muito ao contrário, todos sabiam há muito tempo do risco de mais uma crise hídrica no Brasil. E nenhuma providência prática foi tomada. Voltamos a investir nas termoelétricas, caras e poluentes, sempre provisórias, favorecendo grupos econômicos ligados ao governo do momento. O óbvio ululante: sol e vento são eternos. Por que, então, não investir maciçamente em energias solar e eólica? Poluição zero e permanentes, sempre ligadas. Acho genial a ideia que começou a ser implantada, ainda que timidamente: grandes painéis fotovoltaicos flutuantes nos reservatórios das usinas, de modo a aproveitar toda a linha de transmissão que já existe. Não me digam que falta dinheiro...

FERNANDO DE MATTOS BARRETTO FEMABAR76@GMAIL.COM

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20 ANOS DO 11 DE SETEMBRO

Hoje se completam 20 anos dos atentados de 11 de setembro de 2001. Duas décadas depois, o Ocidente ainda não entendeu bem o que estava por trás do ocorrido. O que pediram os terroristas que sequestraram os aviões? Aparentemente nada. E o que pretendiam ao jogá-los contra o World Trade Center? Algo simples: apenas promover jihad contra os infiéis, matar quantos mais pudessem e morrer como mujahids. O termo jihad se refere à “guerra santa” travada contra os inimigos da religião muçulmana. Quem a executa é conhecido como mujahid. Extremistas islâmicos interpretam estes conceitos literalmente e de forma extremada, vivendo numa guerra constante contra todos os “não crentes”. Para isso, o terrorismo islâmico pratica ataques suicidas, sequestros de pessoas, de aviões, etc., e atua em muitas partes do mundo. Tradicionalmente, quatro grupos extremistas islâmicos são responsáveis por 74% de todas as mortes causadas pelo terrorismo: Estado Islâmico, Boko Haram, o Taleban e a Al-Qaeda. Somando a isso as vítimas dos grupos terroristas patrocinados pelo Irã, obtém-se a grande maioria das mortes causada pelo terror nas últimas décadas. Dentro deste contexto, o Califado do Estado Islâmico ou o recentemente estabelecido pelo Taleban no Afeganistão, assim como o Estado Teocrático do Irã, atuam como embriões de um estado pan-islâmico que objetiva estabelecer o cumprimento rígido da lei islâmica e a supremacia do islã sobre todas as outras religiões. “Alá ou a espada.” Qual composição é possível com estes grupos? A prevista na tradução que eles dão para o termo islã: submissão, rendição. Foi por isso que Joe Biden conseguiu dialogar com eles ao render-se perante o Taleban. E, para dar continuidade a estes entendimentos, terá de render-se cada vez mais. Como eles interpretaram o que ocorreu? Como o reinício de uma série de batalhas vitoriosas que pretendem travar contra os infiéis. E os cânticos de “Morte aos EUA” continuam na liderança das paradas de sucesso do novo Califado. Assim como há 20 anos, quando ainda não haviam recebido o Afeganistão de presente. Assim como os cânticos de “Morte aos EUA” de Teerã que veem na derrota americana um sinal do final dos tempos na versão muçulmana. Biden pode não ter percebido, mas sua política conseguiu agradar aos extremistas sunitas e xiitas ao mesmo tempo. Para que pudessem comemorar o 11 de Setembro como há muito tempo não faziam. E sonhar com suas futuras realizações. 

Jorge A. Nurkin jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

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GAVETAS LACRADAS

O presidente gosta mesmo é da gaveta de Arthur Lira, que guarda as dezenas de pedidos de impeachment contra ele. Ele aprecia muito as gavetas dos policiais federais, que estão abarrotadas de comprovações de atos ilícitos cometidos por ele e seus três filhos políticos. O diretor-geral da Polícia Federal é amigo da família Bolsonaro. Retardar os processos é a ordem do dia, ou melhor, de todos os dias, desde janeiro de 2019. A bizarra gastança dos quatro Bolsonaros causa perplexidade em todo o Brasil. Blindar-se é a prioridade do nosso presidente, que move as peças do complexo tabuleiro de xadrez no Congresso e no Executivo, contando com a arte e a ciência política. A inegável derrota nas urnas em outubro de 2022 motiva a rejeição das urnas eletrônicas. Os eleitores precisam fiscalizar cuidadosamente cada estágio desse confuso jogo de palavras e de mensagens nas redes sociais. 

José Carlos Saraiva da Costa jcsdc@uol.com.br

Belo Horizonte

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SEMPRE NO PALANQUE

O pusilânime, desorientado e perturbador presidente Jair Bolsonaro, em um dia, derruba a Bolsa de Valores e eleva a cotação do dólar com suas palavras ameaçadoras à nação; no outro, pede o fim da greve e da rebeldia de alguns caminhoneiros porque poderia atingir negativamente a economia do País; em outro dia, acena para os chineses, após ter passado meses a fio criticando negativamente a China. Também prometeu aceitar e respeitar a decisão do Congresso Nacional sobre a questão do voto impresso e, então, após ser derrotado, profere discursos pregando o voto impresso. E a lista de esquizofrenias, ou de meras patifarias, expande-se a perder de vista; e nós, brasileiros, envergonhados e constrangidos, aguardamos que as instituições responsáveis estanquem esses desvarios descabidos que maculam a nossa imagem, a nossa história e a nossa dignidade moral, intelectual e espiritual. Fora, descabido personagem sempre à procura de um palanque circense!

Marcelo Gomes Jorge Feres marcelo.gomes.jorge.feres@gmail.com

Rio de Janeiro

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CHAVES

Bolsonaro plagiando o personagem Chaves: foi sem querer, querendo. 

Adalberto Amaral Allegrini adalberto.allegrini@gmail.com

Bragança Paulista

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ACABOU O GOVERNO BOLSONARO

Depois do fatídico 7 de Setembro, patrocinado com recursos públicos por esse irresponsável Jair Bolsonaro, que mais uma vez afrontou as nossas instituições, acabou o seu governo, diga-se, que nunca existiu... Perdeu totalmente o crédito e o respeito da nossa sociedade! Como disse o ministro do STF Luís Roberto Barroso, em duro discurso, “a falta de compostura (de Bolsonaro) nos envergonha perante o mundo”. E segue, se “o que nos une é o respeito à Constituição”, “não se pode destruir instituições para encobrir fracassos”. Ou seja, fracassos e escárnios deste esquizofrênico e mal-intencionado presidente, que, como diz Barroso, transforma o nosso Brasil em vítima de “chacota e desprezo mundial”! Porém, o ministro reafirma, “hoje todas as pessoas de bem sabem quem é o farsante nesta história”. Jair Bolsonaro vive pendurado nas suas milícias, e no Centrão, que pelo jeito logo deve abandonar o barco do Planalto. Porém, uma triste realidade, enquanto Bolsonaro despreza o povo e ridiculariza a imagem do Brasil, a atividade econômica sucumbe, a inflação está cada vez mais alta, o desemprego e a pobreza angustiam a família brasileira.

Paulo Panossian paulopanossian@hotmail.com

São Carlos

*

CACHIMBO DA PAZ

O ex-presidente Michel Temer surpreende. Com sua fala mansa, gestos contidos, esconde inaudito poder de conciliação e articulação. Costurar conversa entre Bolsonaro e Alexandre de Moraes já foi um feito que mereceria medalha de ouro na convergência de atitudes. Escrever uma carta e fazer com que Bolsonaro não só a aprovasse, mas, principalmente, lesse como sinal de aprovação passa a ser um plus em convencimento. O ex-presidente Temer faz jus a um prêmio. A combinação de todos estes feitos o eleva a um patamar ainda maior: indicação ao Prêmio Nobel da Paz. Infelizmente, como vemos na história, os ganhadores do prêmio deveram a premiação ao acordo do momento. A discórdia permaneceu de fato. É o que se acredita que acontecerá neste caso também, mas isso não desmerece a competência da articulação. Parabéns ao ex-presidente Temer. Que a paz seja eterna enquanto dure.

 Sergio Holl Lara jrmholl.idt@terra.com.br

Indaiatuba

*

QUESTÃO DE DNA

Não é porque Jair Bolsonaro recuou que ele vai mudar. Está no seu DNA que ele não é confiável. Bolsonaro não tem condições de continuar na chefia da Nação. Além de despreparado, é nocivo; ele deve se dar por muito satisfeito em ter chegado tão longe – presidente de um dos maiores países do mundo, sem nenhum pré-requisito para tal. É urgente mandar Bolsonaro pra casa, evitando estrago maior.

Luiz Thadeu Nunes e Silva luiz.thadeu@uol.com.br

São Luís

*

DESCULPAS

Imorrível. Imbroxável. Incomível. E, como “grande patriota”, amarelável.

A.Fernandes standyball@hotmail.com

São Paulo

*

SINCERIDADE

Após essa sincera carta, você mudaria a sua opinião e compraria um carro usado dele?

Guto Pacheco jam.pacheco@uol.com.br

São Paulo

*

BOLSONARO, PAZ E AMOR

Graças à intervenção do ex-presidente Michel Temer, pessoa regrada e que teve sua vida pautada pelo bom senso, Bolsonaro admitiu excessos e se desculpou por suas manifestações contra ministros do STF. Antes tarde do que nunca! Mas, como já demonstrou em outras oportunidades, Bolsonaro, com suas costumeiras bravatas e linguajar chulo, não se acomodará perante os chamados “inimigos”.

José Alcides Muller josealcidesmuller@hotmail.com

Avaré

*

SEM CACOETE PARA DAR GOLPE         Jair Bolsonaro é craque não como atleta, mas em conseguir dar “tiro no próprio pé”. Agrediu e xingou as instituições sem dó nem piedade. Percebendo que mais uma vez “falhou”, resolveu se retratar. Na verdade, o mito não tem nem mesmo cacoete para dar “golpe”. Como já dizia aquela senhorinha de Taubaté: “Cão que ladra não morde, meu filho”. Mais uma vergonha internacional!            Júlio Roberto Ayres Brisola jrobrisola@uol.com.br

São Paulo

*

ISSO É SUFICIENTE?

O presidente Bolsonaro usou o palanque no dia da comemoração da nossa Independência para fazer discursos agressivos aos demais Poderes da República. E depois das críticas decidiu recuar. Mas não veio a público, e sim usou um texto elaborado pelo ex-presidente Michel Temer. E pensa que fez o suficiente para recuperar o seu conceito. A que ponto chegamos.

Uriel Villas Boas urielvillasboas@yahoo.com.br

Santos

*

TUDO NA MESMA…

Bolsonaro mudou o discurso para ficar tudo na mesma, repararam? Sabe que seus milhares de apoiadores não se incomodam com seu comportamento sem nexo.

Ademir Valezi valezi@uol.com.br

São Paulo

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O BRASIL TEM JEITO?

Está difícil entender o que interessa ao Brasil. Michel Temer ajudou o presidente, surtiu efeito? Sim, pois o dólar caiu e a bolsa subiu. Boa resposta para a Economia. Mas é preciso mais, não precisa ser Ph.D. para saber que o presidente sozinho não consegue mudar a rede de intrigas e interesses que se instalou nessa política. Enquanto não tivermos homens estadistas, o que veremos é essa eterna briga que só atrasa o País. Senão vejamos. Quem está disputando o poder se interessa pela vida do povo? Essa gente que briga pelo poder sabe que, se quisesse, poderia mudar esse estado de coisas. Privatizar a Petrobras, os Correios e tantas outras estatais. Mas isso dá trabalho, fácil mesmo é apostar na anarquia e no caos, pois a vida desses que brigam está garantida.

Izabel Avallone izabelavallone@gmail.com

São Paulo

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MOMENTO POLÍTICO

Como cidadão brasileiro, fico totalmente estarrecido com nosso quadro político. Dia 7 de setembro eu esperava ouvir notícias positivas sobre o enfrentamento de problemas que todos nós sentimos na pele: desemprego assustador, inflação descontrolada, mortandade pelo vírus, corrupção cada vez mais visível. Nada foi dito, esses assuntos são secundários para esse fantoche que se limitou a insultar o Judiciário e fazer comício criminoso para a eleição de 2022. Passam-se apenas 2 dias e o fantoche volta atrás e desdiz o que havia dito, chora no colo do ex-presidente Michel Temer, suplica aos caminhoneiros que voltem a trabalhar. Minha dúvida: podemos continuar a ser conduzidos por um mentecapto que diariamente dá mostras de seu desarranjo mental? Nelson Penteado de Castro pentecas@uol.com.br

São Paulo

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A CONTA CHEGOU

Os responsáveis pelo Brasil estar sem água deveriam ser instados a responder criminalmente pelas suas ações. A ministra da Agricultura deveria responder por permitir e estimular o crescimento insustentável do agronegócio, atividade que consome mais de 80% da água usada no País, água que agora está fazendo falta para todos. Teresa Cristina deve responder também pelo desastre do Pantanal, centenas de barragens e miniusinas hidrelétricas construídas sem estudos de impacto ambiental acabaram com o fluxo natural das águas e o bioma não alaga mais. A teoria do boi bombeiro, defendida pela ministra, se provou catastrófica, o Pantanal se transformou num pasto seco. O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e seu sucessor devem responder por estimular o desmatamento da Amazônia, acabar com as multas e por promoverem um desmonte completo dos institutos de defesa do meio ambiente. A mineração ilegal explodiu na Amazônia graças ao apoio de Ricardo Salles e de seu assessor, que hoje é o ministro do meio ambiente. O agronegócio deve responder pela sua ganância cega de querer desmatar sempre mais, sua burrice atávica, incapaz de buscar alternativas mais lucrativas do que a soja e a pecuária extensiva. A conta do aumento do preço da energia deve ser paga integralmente pelo agronegócio, maior usuário das águas brasileiras. De nada adianta mandar a população tomar banho rápido e o agronegócio continuar irrigando milhões de hectares de terra como se não houvesse amanhã. O Brasil precisa punir os responsáveis pela catástrofe ambiental que o País enfrenta e mudar radicalmente de rumo na preservação do meio ambiente e no agronegócio. Mário Barilá Filho mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

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CELSO MING

Parabéns ao colunista Celso Ming pela didática, acessível (porém profunda) opinião expressa em sua coluna de ontem (A inflação, outra surpresa negativa,B2) neste jornal.

Com respeitosa admiração,

Cesar Eduardo Jacob cesared30@gmail.com

*

ABERRAÇÕES DA INTERNET

Nunca as redes sociais da internet, reproduziram tantas opiniões dos que usam tal ferramenta, principalmente opiniões políticas. É evidente que tais opiniões têm aberrações de todos os tipos, algumas até cômicas e irracionais, que, se não fosse o jornalismo profissional dos veículos impressos e outros, não teríamos condições de nos situarmos corretamente sobre a dura realidade que estamos vivendo, em que grande parte de nossas atuais lideranças políticas estão num emaranhado comportamental nunca visto entre nós.

José de Anchieta Nobre de Almeida josedalmeida@globo.com

Rio de Janeiro

*

PROGRAMAÇÃO DA TV

Tendo em vista que mais de 90% da população brasileira dorme a partir das 22 horas, não faz sentido programas de elevado interesse coletivo serem transmitidos após esse horário, pois não são vistos pelo público-alvo. Emissoras de TV, revejam a programação e cumpram o que estabelece o artigo 221 da Constituição Federal.

Edivan Batista Carvalho edivanbatista@yahoo.com.br

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11 de Setembro

20 anos depois

Como contextualizar os 20 anos desde aquela fatídica terça-feira? Impossível ser sucinto. Mas podemos ponderar que a ingenuidade e o otimismo do fim do século 20 terminaram ali. O 11 de setembro de 2001 foi, de fato, o primeiro dia deste século. O terrorismo hollywoodiano, protagonizado pelo fanatismo islâmico, desencadeou a guerra certa (Afeganistão) e a guerra errada (Iraque). A guerra errada tirou o foco da guerra certa e fez com que os esforços para criar um Afeganistão mais moderno e seguro fossem minados. O mundo, aliás, nunca mais foi seguro. Quem viu aquele filme de terror, ao vivo, nunca conseguiu se esquecer. O planeta parou naquelas duas horas. O triste saldo destes 20 anos pode ser resumido no naufrágio do Afeganistão neste 2021. Seja pela fraqueza ou covardia do exército afegão diante do Taleban; ou pelo fracasso de Joe Biden na execução do plano da saída norte-americana do território afegão. O legado? Nunca deixamos de temer outro ataque, infelizmente. Mas nunca, nunca vamos nos esquecer daquele dia.

SÉRGIO ECKERMANN PASSOS SEPASSOS@YAHOO.COM.BR

PORTO FELIZ

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A nota de Bolsonaro

‘Daqui pra frente...’

“Daqui pra frente tudo vai ser diferente” é trecho de uma música antológica de Roberto Carlos que fez parte da minha infância. É bem o tom da nota divulgada por Jair Bolsonaro na quinta-feira, acenando com um suposto apaziguamento das tensões institucionais, dois dias após mais uma sessão de ataques à democracia e ameaças grotescas ao Supremo Tribunal Federal (STF) perante uma turba composta, nas palavras do ministro do STF Luís Roberto Barroso, por “fanáticos” e “mercenários” que parecem ter dificuldade em entender que o presidente não é nenhum “Messias”: não é mito, nem salvador, tampouco redentor. Nem ele, nem Lula, nem qualquer outra figura populista e autocrática que se intitule salvadora da Pátria. A nota de Bolsonaro não engana ninguém – brevemente, ele voltará à carga, como aconteceu diversas outras vezes. Seus seguidores é que precisam começar a pensar. Diferente.

LUCIANO HARARY LHARARY@HOTMAIL.COM

SÃO PAULO

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Governando com a bílis

O 7 de Setembro foi um sucesso em termos de participação. 125 mil pessoas na Avenida Paulista? Qual o quê! Tinha muito mais. Lembrei-me das manifestações pró-impeachment de Dilma e, pelas imagens, deu para perceber que havia tantos participantes quanto nos protestos daquela época. Um sucesso! O.k., mas e o dia seguinte? O que era para acontecer? Destituição dos ministros do STF, o Parlamento sendo posto de joelhos, caminhoneiros bloqueando estradas, etc. Esse era o retrato que estava na cabeça dos seguidores radicais (que não são poucos) de Bolsonaro. Mas veio a ducha de água fria: a tal Declaração à Nação. Evidentemente que esse recuo não estava previsto. Já há “explicações” de que isso fazia parte de um acordão preconcebido. É perseverar no erro. O que fico imaginando é a decepção da horda de fanáticos que não viram nada do que estava prenunciado. Num primeiro momento, os caminhoneiros na estrada receberam fake news segundo as quais havia sido decretado estado de sítio e que o STF fora dissolvido. No mínimo, a decepção de boa parte deste pessoal com o capitão terá sido imensa. Quer governar com a bílis? Dá nisso! Mas cabe registrar: nem Bolsonaro nem Lula!

FERNANDO PROCÓPIO DE A. FERRAZ

FERNANDO@PROCOPIOFERRAZ.COM.BR

SÃO PAULO

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Inflação

Super V

Em 2020, a inflação acumulada em 12 meses chegou ao nível de Primeiro Mundo, 1,88%, a menor taxa num período anual desde janeiro de 1999 (1,65%). Em pouco mais de um ano, os preços do varejo dispararam nada menos que exorbitantes 9,68%. Nos 12 meses até agosto passado, a eletricidade encareceu 21,08%; os combustíveis domésticos, como o gás, 30,22%; as carnes, 30,77%. O grupo cereais, leguminosas e oleaginosas, incluindo o feijão com arroz de cada dia, 25,39%. Como se vê, em vez de a economia se recuperar em V, como prometido e anunciado pelo sempre otimista ministro Paulo Poliana Guedes, é a inflação que se recupera em super V. Pobre Bra$il...

J. S. DECOL DECOLJS@GMAIL.COM

SÃO PAULO

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Resultado das crises

A alta da inflação medida pelo IBGE no mês de agosto (+0,87%) foi a maior para o mês dos últimos 21 anos. E o Planalto, comandado por um presidente que se lixa para o bem-estar da família brasileira, é culpado pela maior parte dessa inflação. Um terço dela vem da alta dos preços dos combustíveis, da energia elétrica e dos alimentos, resultado de uma gestão presidencial que desde o início só provocou crises institucionais e com tradicionais parceiros comerciais do Brasil, além de não respeitar a ciência nem se preocupar com salvar a vida dos brasileiros nesta pandemia (já são mais de 585 mil mortos). Estamos órfãos de presidente.

PAULO PANOSSIAN PAULOPANOSSIAN@HOTMAIL.COM

SÃO CARLOS

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Crise hídrica

Sol e vento

Surpresa? Muito ao contrário, todos sabiam há muito tempo do risco de mais uma crise hídrica no Brasil. E nenhuma providência prática foi tomada. Voltamos a investir nas termoelétricas, caras e poluentes, sempre provisórias, favorecendo grupos econômicos ligados ao governo do momento. O óbvio ululante: sol e vento são eternos. Por que, então, não investir maciçamente em energias solar e eólica? Poluição zero e permanentes, sempre ligadas. Acho genial a ideia que começou a ser implantada, ainda que timidamente: grandes painéis fotovoltaicos flutuantes nos reservatórios das usinas, de modo a aproveitar toda a linha de transmissão que já existe. Não me digam que falta dinheiro...

FERNANDO DE MATTOS BARRETTO FEMABAR76@GMAIL.COM

SÃO PAULO

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

20 ANOS DO 11 DE SETEMBRO

Hoje se completam 20 anos dos atentados de 11 de setembro de 2001. Duas décadas depois, o Ocidente ainda não entendeu bem o que estava por trás do ocorrido. O que pediram os terroristas que sequestraram os aviões? Aparentemente nada. E o que pretendiam ao jogá-los contra o World Trade Center? Algo simples: apenas promover jihad contra os infiéis, matar quantos mais pudessem e morrer como mujahids. O termo jihad se refere à “guerra santa” travada contra os inimigos da religião muçulmana. Quem a executa é conhecido como mujahid. Extremistas islâmicos interpretam estes conceitos literalmente e de forma extremada, vivendo numa guerra constante contra todos os “não crentes”. Para isso, o terrorismo islâmico pratica ataques suicidas, sequestros de pessoas, de aviões, etc., e atua em muitas partes do mundo. Tradicionalmente, quatro grupos extremistas islâmicos são responsáveis por 74% de todas as mortes causadas pelo terrorismo: Estado Islâmico, Boko Haram, o Taleban e a Al-Qaeda. Somando a isso as vítimas dos grupos terroristas patrocinados pelo Irã, obtém-se a grande maioria das mortes causada pelo terror nas últimas décadas. Dentro deste contexto, o Califado do Estado Islâmico ou o recentemente estabelecido pelo Taleban no Afeganistão, assim como o Estado Teocrático do Irã, atuam como embriões de um estado pan-islâmico que objetiva estabelecer o cumprimento rígido da lei islâmica e a supremacia do islã sobre todas as outras religiões. “Alá ou a espada.” Qual composição é possível com estes grupos? A prevista na tradução que eles dão para o termo islã: submissão, rendição. Foi por isso que Joe Biden conseguiu dialogar com eles ao render-se perante o Taleban. E, para dar continuidade a estes entendimentos, terá de render-se cada vez mais. Como eles interpretaram o que ocorreu? Como o reinício de uma série de batalhas vitoriosas que pretendem travar contra os infiéis. E os cânticos de “Morte aos EUA” continuam na liderança das paradas de sucesso do novo Califado. Assim como há 20 anos, quando ainda não haviam recebido o Afeganistão de presente. Assim como os cânticos de “Morte aos EUA” de Teerã que veem na derrota americana um sinal do final dos tempos na versão muçulmana. Biden pode não ter percebido, mas sua política conseguiu agradar aos extremistas sunitas e xiitas ao mesmo tempo. Para que pudessem comemorar o 11 de Setembro como há muito tempo não faziam. E sonhar com suas futuras realizações. 

Jorge A. Nurkin jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

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GAVETAS LACRADAS

O presidente gosta mesmo é da gaveta de Arthur Lira, que guarda as dezenas de pedidos de impeachment contra ele. Ele aprecia muito as gavetas dos policiais federais, que estão abarrotadas de comprovações de atos ilícitos cometidos por ele e seus três filhos políticos. O diretor-geral da Polícia Federal é amigo da família Bolsonaro. Retardar os processos é a ordem do dia, ou melhor, de todos os dias, desde janeiro de 2019. A bizarra gastança dos quatro Bolsonaros causa perplexidade em todo o Brasil. Blindar-se é a prioridade do nosso presidente, que move as peças do complexo tabuleiro de xadrez no Congresso e no Executivo, contando com a arte e a ciência política. A inegável derrota nas urnas em outubro de 2022 motiva a rejeição das urnas eletrônicas. Os eleitores precisam fiscalizar cuidadosamente cada estágio desse confuso jogo de palavras e de mensagens nas redes sociais. 

José Carlos Saraiva da Costa jcsdc@uol.com.br

Belo Horizonte

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SEMPRE NO PALANQUE

O pusilânime, desorientado e perturbador presidente Jair Bolsonaro, em um dia, derruba a Bolsa de Valores e eleva a cotação do dólar com suas palavras ameaçadoras à nação; no outro, pede o fim da greve e da rebeldia de alguns caminhoneiros porque poderia atingir negativamente a economia do País; em outro dia, acena para os chineses, após ter passado meses a fio criticando negativamente a China. Também prometeu aceitar e respeitar a decisão do Congresso Nacional sobre a questão do voto impresso e, então, após ser derrotado, profere discursos pregando o voto impresso. E a lista de esquizofrenias, ou de meras patifarias, expande-se a perder de vista; e nós, brasileiros, envergonhados e constrangidos, aguardamos que as instituições responsáveis estanquem esses desvarios descabidos que maculam a nossa imagem, a nossa história e a nossa dignidade moral, intelectual e espiritual. Fora, descabido personagem sempre à procura de um palanque circense!

Marcelo Gomes Jorge Feres marcelo.gomes.jorge.feres@gmail.com

Rio de Janeiro

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CHAVES

Bolsonaro plagiando o personagem Chaves: foi sem querer, querendo. 

Adalberto Amaral Allegrini adalberto.allegrini@gmail.com

Bragança Paulista

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ACABOU O GOVERNO BOLSONARO

Depois do fatídico 7 de Setembro, patrocinado com recursos públicos por esse irresponsável Jair Bolsonaro, que mais uma vez afrontou as nossas instituições, acabou o seu governo, diga-se, que nunca existiu... Perdeu totalmente o crédito e o respeito da nossa sociedade! Como disse o ministro do STF Luís Roberto Barroso, em duro discurso, “a falta de compostura (de Bolsonaro) nos envergonha perante o mundo”. E segue, se “o que nos une é o respeito à Constituição”, “não se pode destruir instituições para encobrir fracassos”. Ou seja, fracassos e escárnios deste esquizofrênico e mal-intencionado presidente, que, como diz Barroso, transforma o nosso Brasil em vítima de “chacota e desprezo mundial”! Porém, o ministro reafirma, “hoje todas as pessoas de bem sabem quem é o farsante nesta história”. Jair Bolsonaro vive pendurado nas suas milícias, e no Centrão, que pelo jeito logo deve abandonar o barco do Planalto. Porém, uma triste realidade, enquanto Bolsonaro despreza o povo e ridiculariza a imagem do Brasil, a atividade econômica sucumbe, a inflação está cada vez mais alta, o desemprego e a pobreza angustiam a família brasileira.

Paulo Panossian paulopanossian@hotmail.com

São Carlos

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CACHIMBO DA PAZ

O ex-presidente Michel Temer surpreende. Com sua fala mansa, gestos contidos, esconde inaudito poder de conciliação e articulação. Costurar conversa entre Bolsonaro e Alexandre de Moraes já foi um feito que mereceria medalha de ouro na convergência de atitudes. Escrever uma carta e fazer com que Bolsonaro não só a aprovasse, mas, principalmente, lesse como sinal de aprovação passa a ser um plus em convencimento. O ex-presidente Temer faz jus a um prêmio. A combinação de todos estes feitos o eleva a um patamar ainda maior: indicação ao Prêmio Nobel da Paz. Infelizmente, como vemos na história, os ganhadores do prêmio deveram a premiação ao acordo do momento. A discórdia permaneceu de fato. É o que se acredita que acontecerá neste caso também, mas isso não desmerece a competência da articulação. Parabéns ao ex-presidente Temer. Que a paz seja eterna enquanto dure.

 Sergio Holl Lara jrmholl.idt@terra.com.br

Indaiatuba

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QUESTÃO DE DNA

Não é porque Jair Bolsonaro recuou que ele vai mudar. Está no seu DNA que ele não é confiável. Bolsonaro não tem condições de continuar na chefia da Nação. Além de despreparado, é nocivo; ele deve se dar por muito satisfeito em ter chegado tão longe – presidente de um dos maiores países do mundo, sem nenhum pré-requisito para tal. É urgente mandar Bolsonaro pra casa, evitando estrago maior.

Luiz Thadeu Nunes e Silva luiz.thadeu@uol.com.br

São Luís

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DESCULPAS

Imorrível. Imbroxável. Incomível. E, como “grande patriota”, amarelável.

A.Fernandes standyball@hotmail.com

São Paulo

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SINCERIDADE

Após essa sincera carta, você mudaria a sua opinião e compraria um carro usado dele?

Guto Pacheco jam.pacheco@uol.com.br

São Paulo

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BOLSONARO, PAZ E AMOR

Graças à intervenção do ex-presidente Michel Temer, pessoa regrada e que teve sua vida pautada pelo bom senso, Bolsonaro admitiu excessos e se desculpou por suas manifestações contra ministros do STF. Antes tarde do que nunca! Mas, como já demonstrou em outras oportunidades, Bolsonaro, com suas costumeiras bravatas e linguajar chulo, não se acomodará perante os chamados “inimigos”.

José Alcides Muller josealcidesmuller@hotmail.com

Avaré

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SEM CACOETE PARA DAR GOLPE         Jair Bolsonaro é craque não como atleta, mas em conseguir dar “tiro no próprio pé”. Agrediu e xingou as instituições sem dó nem piedade. Percebendo que mais uma vez “falhou”, resolveu se retratar. Na verdade, o mito não tem nem mesmo cacoete para dar “golpe”. Como já dizia aquela senhorinha de Taubaté: “Cão que ladra não morde, meu filho”. Mais uma vergonha internacional!            Júlio Roberto Ayres Brisola jrobrisola@uol.com.br

São Paulo

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ISSO É SUFICIENTE?

O presidente Bolsonaro usou o palanque no dia da comemoração da nossa Independência para fazer discursos agressivos aos demais Poderes da República. E depois das críticas decidiu recuar. Mas não veio a público, e sim usou um texto elaborado pelo ex-presidente Michel Temer. E pensa que fez o suficiente para recuperar o seu conceito. A que ponto chegamos.

Uriel Villas Boas urielvillasboas@yahoo.com.br

Santos

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TUDO NA MESMA…

Bolsonaro mudou o discurso para ficar tudo na mesma, repararam? Sabe que seus milhares de apoiadores não se incomodam com seu comportamento sem nexo.

Ademir Valezi valezi@uol.com.br

São Paulo

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O BRASIL TEM JEITO?

Está difícil entender o que interessa ao Brasil. Michel Temer ajudou o presidente, surtiu efeito? Sim, pois o dólar caiu e a bolsa subiu. Boa resposta para a Economia. Mas é preciso mais, não precisa ser Ph.D. para saber que o presidente sozinho não consegue mudar a rede de intrigas e interesses que se instalou nessa política. Enquanto não tivermos homens estadistas, o que veremos é essa eterna briga que só atrasa o País. Senão vejamos. Quem está disputando o poder se interessa pela vida do povo? Essa gente que briga pelo poder sabe que, se quisesse, poderia mudar esse estado de coisas. Privatizar a Petrobras, os Correios e tantas outras estatais. Mas isso dá trabalho, fácil mesmo é apostar na anarquia e no caos, pois a vida desses que brigam está garantida.

Izabel Avallone izabelavallone@gmail.com

São Paulo

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MOMENTO POLÍTICO

Como cidadão brasileiro, fico totalmente estarrecido com nosso quadro político. Dia 7 de setembro eu esperava ouvir notícias positivas sobre o enfrentamento de problemas que todos nós sentimos na pele: desemprego assustador, inflação descontrolada, mortandade pelo vírus, corrupção cada vez mais visível. Nada foi dito, esses assuntos são secundários para esse fantoche que se limitou a insultar o Judiciário e fazer comício criminoso para a eleição de 2022. Passam-se apenas 2 dias e o fantoche volta atrás e desdiz o que havia dito, chora no colo do ex-presidente Michel Temer, suplica aos caminhoneiros que voltem a trabalhar. Minha dúvida: podemos continuar a ser conduzidos por um mentecapto que diariamente dá mostras de seu desarranjo mental? Nelson Penteado de Castro pentecas@uol.com.br

São Paulo

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A CONTA CHEGOU

Os responsáveis pelo Brasil estar sem água deveriam ser instados a responder criminalmente pelas suas ações. A ministra da Agricultura deveria responder por permitir e estimular o crescimento insustentável do agronegócio, atividade que consome mais de 80% da água usada no País, água que agora está fazendo falta para todos. Teresa Cristina deve responder também pelo desastre do Pantanal, centenas de barragens e miniusinas hidrelétricas construídas sem estudos de impacto ambiental acabaram com o fluxo natural das águas e o bioma não alaga mais. A teoria do boi bombeiro, defendida pela ministra, se provou catastrófica, o Pantanal se transformou num pasto seco. O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e seu sucessor devem responder por estimular o desmatamento da Amazônia, acabar com as multas e por promoverem um desmonte completo dos institutos de defesa do meio ambiente. A mineração ilegal explodiu na Amazônia graças ao apoio de Ricardo Salles e de seu assessor, que hoje é o ministro do meio ambiente. O agronegócio deve responder pela sua ganância cega de querer desmatar sempre mais, sua burrice atávica, incapaz de buscar alternativas mais lucrativas do que a soja e a pecuária extensiva. A conta do aumento do preço da energia deve ser paga integralmente pelo agronegócio, maior usuário das águas brasileiras. De nada adianta mandar a população tomar banho rápido e o agronegócio continuar irrigando milhões de hectares de terra como se não houvesse amanhã. O Brasil precisa punir os responsáveis pela catástrofe ambiental que o País enfrenta e mudar radicalmente de rumo na preservação do meio ambiente e no agronegócio. Mário Barilá Filho mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

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CELSO MING

Parabéns ao colunista Celso Ming pela didática, acessível (porém profunda) opinião expressa em sua coluna de ontem (A inflação, outra surpresa negativa,B2) neste jornal.

Com respeitosa admiração,

Cesar Eduardo Jacob cesared30@gmail.com

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ABERRAÇÕES DA INTERNET

Nunca as redes sociais da internet, reproduziram tantas opiniões dos que usam tal ferramenta, principalmente opiniões políticas. É evidente que tais opiniões têm aberrações de todos os tipos, algumas até cômicas e irracionais, que, se não fosse o jornalismo profissional dos veículos impressos e outros, não teríamos condições de nos situarmos corretamente sobre a dura realidade que estamos vivendo, em que grande parte de nossas atuais lideranças políticas estão num emaranhado comportamental nunca visto entre nós.

José de Anchieta Nobre de Almeida josedalmeida@globo.com

Rio de Janeiro

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PROGRAMAÇÃO DA TV

Tendo em vista que mais de 90% da população brasileira dorme a partir das 22 horas, não faz sentido programas de elevado interesse coletivo serem transmitidos após esse horário, pois não são vistos pelo público-alvo. Emissoras de TV, revejam a programação e cumpram o que estabelece o artigo 221 da Constituição Federal.

Edivan Batista Carvalho edivanbatista@yahoo.com.br

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