Educação
Ano decisivo
O ano de 2022 é sem dúvida um dos anos mais importantes e decisivos para o Brasil. As eleições de outubro serão um divisor de águas entre um mínimo de esperança do povo brasileiro num futuro melhor ou mais quatro anos de estagnação econômica, cultural e, principalmente, educacional. Com quase dois anos de escolas fechadas, o abismo educacional em que caíram crianças e adolescentes, especialmente os da rede pública, é preocupante. Se não tivermos uma terceira via na disputa presidencial deste ano, que possa nos salvar do bolsonarismo e do lulismo, o Brasil terá mais quatro anos de tristeza e desmantelamento do ensino no País. Lembro que só a educação pode nos tirar da pobreza, da fome e da miséria causadas pela pandemia.
Francisco Freitas Chubaci franciscochubaci@gmail.com
São Paulo
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Os ‘nem-nem’
Sobre a manchete do Estado de ontem, 12 milhões de jovens no Brasil não estudam nem trabalham, muito pior que estes milhões de “nem-nem” são os 513 da Câmara, os 81 do Senado, os 11 do STF e o 1 do Palácio do Planalto, que não estão nem aí...
A.Fernandes standyball@hotmail.com
São Paulo
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Financiamento estudantil
Fies: Bolsonaro perdoa até 92% da dívida para estudantes de baixa renda e 86,5% para os demais (Estado, 1º/1, A11). O Brasil é o País do calote: o dos precatórios, o do Refis, o do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), etc. Idiotas são os estudantes que pagam as parcelas do financiamento estudantil em dia e as empresas que recolhem impostos em dia.
Renato Maia casaviaterra@hotmail.com
Prados (MG)
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Não bastasse eu, você e os pobres do Vale do Jequitinhonha pagarmos pelo financiamento subsidiado para milhares de pessoas cursarem faculdades particulares, agora temos de pagar por suas dívidas. Gostaria de saber quantas pessoas se formaram e quantas estão trabalhando na profissão escolhida, ou seja, se nossa contribuição foi bem aproveitada.
Ronaldo J. Neves de Carvalho rone@roneadm.com.br
São Paulo
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Pandemia
Empréstimo consignado
O presidente Bolsonaro sancionou, em 30/3/2021 a Lei 14.131/21, que aumentou o limite para a contratação de empréstimo consignado de 35% para 40% do benefício, por causa das dificuldades dos aposentados diante da pandemia. Essa lei vigoraria até 31/12/2021 e, se nada fosse feito, o limite voltaria para 35%. Na prática, quem utilizou o limite de 40% ficará agora automaticamente acima do limite de 35%, bloqueando por muito tempo a possibilidade de contratação de novos empréstimos. Isso pode estrangular os aposentados e pensionistas, porque a pandemia ainda não acabou – e, mesmo que tivesse acabado, seus efeitos financeiramente nocivos vão se prolongar por meses ou anos. Urge algum congressista levantar esta bandeira, a fim de socorrer aposentados e pensionistas que possam depender de novos empréstimos para manter seus compromissos e para a própria sobrevivência.
Ricardo Bruno Rickbruno@uol.com.br
São Paulo
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Energia
Custe o que custar
Em outubro de 2021, o presidente Bolsonaro afirmou que mandaria baixar o preço da conta de energia elétrica. Conclusão: passados mais de dois meses, não só não baixou, como manteve em vigor a chamada bandeira da escassez hídrica, e, ainda, o preço da energia será reajustado em módicos 9%, e não os 21% estimados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), graças ao “empréstimo” com dinheiro público de R$ 15 bilhões ao setor, evitando, assim, um tarifaço neste ano em que ele disputará a reeleição. Há algo de muito errado em tudo isso.
Jorge de Jesus Longato financeiro@cestadecompras.com.br
Mogi Mirim
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Artes
Encontro em Cataguases
Aproveito este espaço para convidar o autor do artigo O primeiro encontro das quatro vestais (2/1, A5), Claudio de Moura Castro, para conhecer in loco as obras que ele não conseguiu localizar no Google. Há, além de Joaquim Tenreiro, Oscar Niemeyer, Burle Marx e Cândido Portinari, citados no texto, vários outros artistas de renome cujas obras estão aqui expostas.
Eduardo Caetano de Souza educae@terra.com.br
Cataguases (MG)
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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br
'ESTADÃO, 147 ANOS'
Felicitações ao Estadão nosso de cada dia, pelos 147 anos de fundação - 142 de vida independente -, comemorados nesta data sob o novo e modernizado formato, que preservou intocado não só o firme compromisso com a rigorosa apuração e impressão da verdade dos fatos e acontecimentos do dia a dia no Brasil e no exterior, senão também com a inegociável liberdade de imprensa, com os ideais republicanos e com a defesa intransigente dos pilares do Estado Democrático de Direito. Hip hip, hurra! Vida longa ao centenário Estadão!
J. S. Decol decoljs@gmail.com
São Paulo
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AS FÉRIAS DE JAIR BOLSONARO
Um presidente que anda de jet-ski, faz manobras com carros em parque temático e outras fanfarrices despreza suas obrigações com o povo e, agora, está num hospital. Governar para quê?
Ricardo Fioravante Lorenzi ricardo.lorenzi@gmail.com
São Paulo
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DESGOVERNO
Continua o desgoverno Bolsonaro, tirando anualmente férias com o nosso dinheiro. Deslocamentos, seguranças, familiares, etc. É o homem de jet-ski, motoristas, danças, porta de boteco, etc. Enquanto isso, são 620 mil mortes na pandemia. Na Bahia e em Minas Gerais, pessoas morrendo, ficando sem casa, sem alimento, municípios sem estradas. E o homem continua mostrando insensibilidade com os problemas reais. Mantém seu mundo negacionista, de país irreal e mentiroso. Agora, depois de se expor como atleta (que agora não é), vai para onde? Tratar-se em São Paulo, o Estado que sempre critica. Enquanto isso, o Brasil continua sem governo.
Éllis A. Oliveira elliscnh@hotmail.com
Cunha
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LUXO OU NECESSIDADE?
O presidente Jair Bolsonaro estava em Santa Catarina quando sentiu fortes dores abdominais. Bolsonaro viajou e foi internado num hospital em São Paulo. O médico, dr. Antônio Macedo, que estava de férias nas Bahamas, foi levado para São Paulo num voo da Força Aérea Brasileira. Será que em Santa Catarina não existe nenhum bom hospital e médico com competência para cuidar do presidente? A cidade de São Paulo está lotada de excelentes médicos, mas nenhum tão habilidoso para cuidar de Bolsonaro. Quando preciso de um hospital, procuro o mais próximo de onde estou e sou atendido por um médico de plantão. Quando posso pagar por um médico particular, chamo o meu profissional de confiança. Bolsonaro, que tem a chave do cofre federal, escolhe o hospital e o médico que está em outro continente. Nem todos são iguais perante a lei. Gasta-se muito dinheiro com poucos e a maioria fica na fila do SUS, implorando por um médico ou por um remédio. É muito luxo!
José Carlos Saraiva da Costa jcsdc@uol.com.br
Belo Horizonte
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A VIDA DO PRESIDENTE
Se o Bolsonaro estimula a imunidade de rebanho, onde a morte é o que menos importa, por que devemos nos preocupar com a vida dele, quando sabemos que sua morte fará a Bolsa subir e o dólar cair? Chega de hipocrisia.
Oswaldo Baptista Pereira Filho oswaldocps@terra.com.br
Campinas
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OBSTRUÇÃO
Pergunta dirigida ao corpo médico que atende o presidente Bolsonaro em nova internação: a obstrução é intestinal, cerebral ou ambas?
APURAR A FACADA INTERESSA A TODOS O ano começa com o presidente da República internado por causa do ferimento e danos intestinais sofridos na facada de que foi vitima na campanha de 2018. O quadro nos leva a lembrar que, passados mais de três anos do crime, ainda não se conhece os autores intelectuais ou seus custeadores. Independente de a vítima ser Jair Bolsonaro, é importante lembrar que se a apuração demorarou não chegar aos responsáveis, os candidatos a todos os postos eletivos terão concretas razões para temer pela própria vida. Afinal, todo concorrente tem seus desafetos cuja carreira e atuação político-eleitoral poderão ser facilitadas pela eliminação da concorrência. A conclusão de que o agressor, Adélio Bispo, teria agido solitariamente e por conta própria é inverossímil, principalmente em se considerando tratar-se de alguém de baixa renda, que não teria condições de custear viagens e hospedagem nos lugares em que o candidato percorria. Outra questão pendente é a notíciade sua entrada nas dependências da Câmara Federal, distante 734 de Juiz de Fora MG) no mesmo dia e hora em que ali desferiu a facada em Bolsonaro. Não fosse a preso em flagrante, teria desaparecido e não haveria rastro para investigação. Outro esclarecimento devido é o custeio dos caros advogados que chegaram a Juiz de Fora logo após o atentado. Apuradas essas situação financeira, registro de entrada na Câmara e contratação dos advogados, surgirão os nomes dos integrantes da organização criminosa para quem o agressor trabalhou. Aí bastará o Ministério Público promover a quebra dos sigilos telefônico, fiscal e bancário dos citados para, com isso, obter as provas definitivas do envolvimento (ou não) de cada um. Isso é um procedimento indispensável para se chegar aos criminosos. Dirceu Cardoso Gonçalves aspomilpm@terra.com.br
São Paulo
Em 2022, o pato manco continuará sem governar, enquanto seus capachos continuam obedecendo e os cúmplices se locupletando com a farra macabra. Resta ao povo brasileiro ir às urnas para conseguir mudar desta vez, realmente, o que está aí.
Cecilia Centurion ceciliacenturion.g@gmail.com
São Paulo
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TRANSPORTE MAIS CARO
Em 2022, o aumento da tarifa do transporte público causará um enorme impacto na vida das pessoas. É hora de buscar uma solução definitiva para o problema. Um plano de renovação da frota (25% dos ônibus a cada dois anos) com a introdução do uso combinado de energia elétrica e de energia solar depende de um amplo projeto nacional e de financiamento internacional. A substituição do diesel (20% da tarifa) vai não só reduzir o valor cobrado na catraca (um real em cada cinco reais), como também melhorar a qualidade do ar, nas grandes cidades, com ganhos indiretos na saúde das pessoas e reduzindo os gastos públicos com doenças respiratórias. A utopia do país do futuro será possível em 2030.
Luiz Roberto da Costa Jr. lrcostajr@uol.com.br
Campinas
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COLCHA DE RETALHOS
A exemplo da norte-americana, toda Constituição prima por ser resumida, enunciando somente a matéria principal a ser usada e ventilada no contexto nacional, disciplinando as questões fundamentais e necessárias, sendo dela excluídas matérias que podem e merecem ser objeto de leis ordinárias. A nossa Carta Magna, designada por Ulysses Guimarães, natural de Rio Claro, São Paulo, de Constituição Cidadã, atualmente com mais de cem emendas e alterações, tornou-se uma colcha de retalhos, de difícil manuseio e ajustamentos para estudos. Mas está a servir ao nosso regime democrático, que, embora seja imperfeito, defeituoso e falho, é bem melhor que uma ditadura perfeita, no dizer de Mario Vargas Llosa (Os ditadores e o erro do Chile, Estado, 2/1, A11). Mas podemos melhorá-la e aperfeiçoá-la, com uma nova Constituinte, que seria aceita pelas forças democráticas do País?
José Carlos de Carvalho Carneiro carneirojcc@uol.com.br
Rio Claro
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MÁRIO VARGAS LLOSA
Concordo plenamente com o notável escritor peruano ao proclamar que prefere a mais medíocre democracia à mais perfeita ditadura, seja ela de direita ou de esquerda. Apesar de desconhecer qualquer ditadura perfeita na História. São todas doentias e perversas. O que me espanta nas posições políticas do ilustre premiado Nobel de Literatura é que tenha passado de comunista na juventude a ultradireitista na velhice. Em sua bem escrita coluna no Estadão de 1/1, ele se declara favorável à candidatura derrotada de José Antônio Kast, de extrema-direita assumido, no pleito do Chile e que deplora a vitória do socialista Gabriel Boric, como novo e jovem presidente chileno. Parece ser impossível para Vargas Llosa trilhar a senda da social democracia, do trabalhismo, da democracia progressista e cultivar a delicada orquídea da democracia com justiça social e felicidade para todos. De um intelectual de sua estatura esperávamos uma posição mais equilibrada entre o liberalismo e o socialismo, que nos liberte das polarizações tão nefastas às nações sul-americanas.
Paulo Sergio Arisi paulo.arisi@gmail.com
Porto Alegre
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PEDIDO DE DESCULPAS
A mais medíocre democracia é preferível a ditaduras, diz Vargas Llosa, frase do mesmo teor que de Winston Churchill “a democracia é a pior forma de governo, com exceção de todas as demais”, talvez um pedido de desculpa do Nobel de Literatura por ter apoiado Keiko Fugimori nas últimas eleições do Peru.
Marcos Barbosa micabarbosa@gmail.com
Casa Branca
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VICE-PRESIDÊNCIA
Com Bolsonaro hospitalizado novamente e Lula chegando aos 80 anos, será mais importante do que nunca saber quem serão os candidatos a vice-presidente em cada chapa. A escolha através do voto casado é um erro que já trouxe consequências desastrosas para o país, basta lembrar da péssima gestão de José Sarney, o vice de Tancredo Neves. Sarney jamais teria se elegido presidente da República, assim como Michel Temer. Geraldo Alckmin é outro que está ensaiando o pulo do gato, apostando que Lula não terminará o mandato e que a presidência cairá em seu colo. O Brasil deveria criar outros critérios para a vice presidência da República, assim como acabar com a indecente comprar de cargos de vice no parlamento. Em uma democracia de verdade só os diretamente eleitos deveriam ocupar os cargos eletivos no governo. Mário Barilá Filho mariobarila@yahoo.com.br
São Paulo
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VIDA DE POLÍTICO IMPORTANTE
Por um lado, quando quer, o presidente Jair Bolsonaro frequenta e é fotografado em lugares comuns, como um simples brasileiro. Por outro lado, quando precisa, frequenta os mais caros hospitais de São Paulo, utilizando o avião presidencial e todo o aparato de sua cara comitiva, sem considerar a disponibilidade gratuita, embora demorada, do SUS. Ganharia mais votos e o povo, mais saúde.
Carlos Gaspar carlos-gaspar@uol.com.br
São Paulo
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MÁSCARAS E A SÃO SILVESTRE
Vendo a foto publicada na edição de 1.º de janeiro (página A15), ilustrando excelente matéria sobre a tradicional prova paulistana de pedestrianismo, depreende-se que a grande maioria dos corredores não usava máscaras. Se assim é, por que, no Parque do Ibirapuera, não é permitida a entrada e a prática de caminhada/corrida sem o uso do acessório? Se o risco está na aglomeração, é evidente que na São Silvestre, sobretudo na estreita Avenida Paulista, por exemplo, existe muito mais gente aglomerada do que em qualquer parque paulistano, principalmente de segunda a sexta-feira. Frequento diariamente o maravilhoso Ibira para caminhar e gostaria de saber qual o critério adotado para um e outro caso.
José Antonio Braz Sola jose.sola@lwmail.com.br
São Paulo
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FEDERALISMO EM ALTA
Importante o destaque dado pelo recente editorial SP prova que política pública funciona (26/12, A3). De fato, nesta crise epidêmica, foi admirável a parceria de sociedade civil, Estados e municípios. Não obstante as criminosas campanhas contra as vacinas, há que reconhecer – e comemorar – que no enfrentamento da pandemia funcionou o federalismo brasileiro. Para levantar o moral dos mais pessimistas, vale lembrar que, no quadro de vacinação, o Estado de São Paulo, se fosse um país, estaria em terceiro lugar no ranking mundial de vacinação anticovid, com cerca de 80% da população com as duas doses tomadas.
Nilson Otávio de Oliveira noo@uol.com.br
São Paulo
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‘SP PROVA QUE POLÍTICA PÚBLICA FUNCIONA’
É preciso destacar, no combate à pandemia, o excelente trabalho do secretário de Saúde do Município de São Paulo, sr. Edson Aparecido.
José Renato Nascimento jrnasc@gmail.com
São Paulo
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PETROBRAS
Parabéns à Petrobras, só de dividendos repassou neste ano para o governo aproximados R$ 23,3 bilhões, sem roubalheiras, mostrando que nos governos anteriores, mesmo dando prejuízos, beneficiava somente os interesses da patota governista, políticos venais e irresponsáveis da época sob o manto protetor do Judiciário, Congresso e Senado. Com esses resultados tirados dos consumidores, sugiro ao governo atual mostrar a veio, repassar esses dividendos, que não são pouco, aos pobres de que Lula e sua patota tanto falavam e que em 14 anos de governo (Lula/Dilma) continuam pobres e na miséria. A Petrobras, com os lucros que não existiam, pode muito bem distribuir esses dividendos entre os mais necessitados.
Jaime E. Sanches jaime@carboroil.com.br
São Paulo
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ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS
É confortador, para quem persiste na luta pela defesa do idioma, da literatura, da escrita e da leitura, encontrar no Estadão a participação ativa, lúcida e coerente dos acadêmicos da Academia Paulista de Letras. No primeiro dia do ano, Desordem e regresso?, de Bolívar Lamounier, e Alvissareira, de Miguel Reale Júnior, ocuparam o precioso e disputado Espaço Aberto, igualmente frequentado por Rubens Barbosa. Antonio Penteado Mendonça todas as segundas-feiras esclarece e desvenda o universo securitário. Espero que haja oportunidade para recordar, logo mais, que a Semana de Arte Moderna de 1922 nasceu dentro da Academia Paulista de Letras e foi importante mudança de rumos na cultura brasileira. Seu centenário é a oportunidade para um outro grito em prol da cultura, tão negligenciada e oprimida nesta triste fase da vida nacional. A Academia Paulista de Letras, prestes a completar 113 anos de ininterrupta atividade, continua a participar ativamente da renovação do pensamento brasileiro.
José Renato Nalini, Presidente da Academia Paulista de Letras jose-nalini@uol.com.br
São Paulo