Fórum dos Leitores


Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

Por Fórum dos Leitores

Eleição nos EUA

Autocrítica

Com a vitória de Donald Trump por larga margem, cabe aos que se opõem à onda da direita populista e autoritária fazerem uma autocrítica séria e uma correção urgente de rumos. É preciso abandonar temas e posições birrentas que só causam desgaste e impopularidade, a começar pela pauta woke e identitária e pelo flerte com regimes autoritários (Putin, Maduro, China, Irã, etc.). É necessário entrar de cabeça no universo digital, compreender e falar a linguagem das gerações que ali interagem; é indispensável convencer a vasta parcela pendular dos eleitores de que a democracia liberal é, sim, o melhor de todos os regimes políticos e aquele que mais entrega bem-estar e qualidade de vida.

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Flavio Calichman

São Paulo

*

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Trumpxit

Se Trump cumprir a promessa de impor tarifas generalizadas às importações, a eleição do republicano terá o mesmo efeito do Brexit: os EUA vão caminhar para um isolacionismo tarifário que vai empobrecer a sociedade americana, do mesmo modo que a saída da União Europeia empobreceu a sociedade do Reino Unido. Será o Trumpxit.

Felipe Eduardo Lázaro Braga

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São Paulo

*

Ajuste no Brasil

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Vitória de Trump aumenta risco mundial e impõe ao Brasil pacote mais duro de cortes de gastos (análise de Alvaro Gribel, Estadão, 6/11). “Para o Brasil, o recado é claro de que é preciso acelerar o pacote de ajuste fiscal.” Mas isso é ótimo. Se nossos dirigentes não são capazes de fazer a lição de casa pelo amor, que seja pela dor, imposta pela vitória do candidato republicano. Por linhas tortas, talvez Trump obrigue a atual gestão brasileira a acelerar as medidas de ajuste fiscal, tão necessárias para a saúde financeira do País.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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*

Antissemitismo

Cenário obscuro

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As demonstrações antissemitas na Universidade Federal do Ceará (UFC) no dia 30 de outubro, narradas em editorial do Estadão de 7/11 (Os antissemitas estão à vontade), pintam um cenário obscuro, perigoso e único: o renascimento do nazismo, pelas mãos da esquerda brasileira. As demonstrações pró-Palestina, turbinadas pelo PT e seus aliados, usam o discurso do antissionismo para encobrirem a disseminação de pautas antissemitas. Não há como dissociar o antissemitismo do antissionismo. Ser contra uma nação é, sim, ser contra o seu povo.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz

*

Insegurança

A leitura do editorial Os antissemitas estão à vontade (7/11, A19) aumenta a minha insegurança para continuar vivendo e trabalhando no Brasil. Os elementos que provocaram o episódio repugnante conseguem fazer com que os judeus brasileiros, como eu e minha família, pensem seriamente em viver em algum lugar mais seguro. Apesar do estado de guerra quase permanente, Israel ainda é o lugar mais seguro e confiável para os judeus. Apesar do amor que sinto pelo Brasil, país onde nasci e me criei, olho para trás e penso nos judeus alemães e de outros países europeus diante da ameaça nazista, que quase conseguiu exterminar os judeus da Europa, além de outros “indesejáveis” como ciganos, gays e pessoas com deficiência. A maioria dos países árabes, após a criação do Estado de Israel, expulsou a maior parte de sua população judaica, algumas remanescentes há mais de milênio. Uma pena que as autoridades máximas do Brasil só fazem contribuir para que episódios como o da Federal do Ceará se repitam.

Arnaldo Goltcher

São Paulo

*

O direito de existir

O antissionismo é antissemitismo? Sim. Sionismo é: 1) o reconhecimento de que Israel tem direito a existir; e 2) levar pessoas para Israel. O movimento sionista data do fim do século 19, quando um grupo de judeus, levando em conta a perseguição milenar contra este povo, decidiu que eles deveriam ter um país próprio, onde pudessem se refugiar do antissemitismo que grassava – e ainda grassa – no mundo todo. No Brasil, prestemos atenção ao exemplo citado no editorial Os antissemitas estão à vontade. Negar hoje em dia a existência a Israel é negar aos judeus do mundo todo um último refúgio, um local onde eles não sejam perseguidos. Porém concordar com a existência de Israel não significa concordar com o governo de Israel. Uma coisa é não concordar com este último, e outra não concordar com a existência de Israel. Isso é antissemitismo lascado.

Valdemar W. Setzer

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

TEMPOS RUINS

É lamentável que dentre 81 senadores não tenha um candidato que queira ser o presidente do Senado. Vamos ter novamente Davi Alcolumbre? Onde está o senador Oriovisto Guimarães? Por que um senador tido e havido como um dos melhores senadores não se candidata? Pela candidatura de dois nomes sem expressão, Eliziane Gama e Marcos Pontes, já se vê que é melhor apoiar um boneco que se dispõe a ajoelhar. Por outro lado, Alcolumbre garantiu à bancada petista que o partido terá um espaço relevante nas comissões da Casa e possivelmente na mesa diretora, conforme aponta o Valor Econômico. Tendo esses cargos, o PT e Lula estarão garantidos, ou seja, o que se quer é um presidente do Senado que diga amém ao governo. Tempos ruins pela frente.

Izabel Avallone

São Paulo

*

SEGURANÇA PÚBLICA

Cadeias cheias e ruas perigosas (Estadão, 6/11, A4). O artigo de Nicolau da Rocha Cavalcante no Estadão é chocante, pois contrasta com o que vimos presenciando há já alguns anos no combate à criminalidade. Embora o artigo se atenha mais à polícia do Estado do Rio de Janeiro, o que temos visto é o desencorajamento das abordagens policiais, face a que se prende e se solta, o mesmo bandido, inúmeras vezes, e a Justiça impedindo prisões de traficantes, mesmo com a prova do crime, que é a apreensão de quantidade de drogas que são incriminatórias do delito. Indignação. Parece-me que existe, na sociedade coletiva cívico/policialesca/jurídica, um certo conluio coletivo, inconsciente de autoproteção, de que a droga apreendida não pode ser subtraída da sociedade que a consome, e à qual o dinheiro tudo pode.

Carlos Leonel Imenes.

São Paulo

*

SEQUESTRO DO ORÇAMENTO

O ex-ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior vê sequestro do Orçamento pelo Legislativo, segundo matéria intitulada Reale Jr. vê ‘sequestro’ do Orçamento pelo Legislativo (Estadão, 6/11, A9). Segundo ele, o País vive um momento de podridão. Também achamos. O ministro Flavio Dino está tentando exigir mais transparência. Já passou da hora da sociedade exigir moralidade desse Congresso.

Cleo Aidar

São Paulo

*

VERGONHA NACIONAL

Só quem acredita em Papai Noel deixa a politicalha de plantão elaborar um projeto sobre a regulamentação das emendas parlamentares. Na verdade, é o mesmo que colocar uma raposa na porta do galinheiro. O resultado todos já sabem, “a raposa engorda e as galinhas somem”. Tal proposta já foi rechaçada pelas organizações Transparência Brasil, Transparências Internacional Brasil e Associação Contas Abertas, que afirmaram que essa excrescência aumentará a corrupção já instalada. Afinal, acabar com essa sandice é o que deve ser feito, e que, além de tudo, prejudica fatalmente o equilíbrio fiscal do Brasil. Ninguém suporta ver transferências de bilhões de reais que não identifica o emissor e muito menos beneficiário, se não para os próprios bolsos. Basta dessa vergonha nacional.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

*

CORTE DE GASTOS

Não sou economista. Sou professora aposentada e dona de casa bem-sucedida. Cortar gastos significa cortar aquilo que é despesa desnecessária. Por exemplo, privatizar ou liquidar empresas estatais deficitárias, demitir funcionários não concursados em cargos de confiança, acabar com viagens de autoridades em jatos da FAB, deixar de participar de simpósios turísticos, observar o teto salarial, acabar com privilégios nas altas esferas dos Três Poderes e em todos os níveis, reduzir o tamanho do Legislativo, acabar com fundos eleitorais e emendas parlamentares, etc. Se não observar este mínimo que relatei é melhor não fazer nada. Deixar como está. E rezar.

Iria de Sá Dodde

Rio de Janeiro

*

CANDIDATO ELIMINADO

Como pode o Enem eliminar sumariamente um candidato diabético que faz uso de aparelho medidor de diabetes que não pode ser removido do corpo, sob pena de perder ou inutiliza-lo, e ser muito caro, sem antes consultar seguro da área? Isso porque é a instituição que seleciona candidatos para os cursos de medicina. Absurdo e está piorando.

Alberto Utida

São Paulo

*

EXTREMA DIREITA

A extrema direita é a mesma quando perde as eleições. Aqui, o inelegível Jair Bolsonaro silenciou quando venceu em 2018 e chorou falando em fraude quando perdeu a reeleição em 2022. Agora, seu patrão Donald Trump, que ameaçava denunciar as eleições como fraudulentas, quando as pesquisas indicavam empate técnico, se cala. Afinal, houve ou não fraude?

Sylvio Belém

Recife

*

FALA DE BOLSONARO

“Trump me tem como uma pessoa que ele gosta, é como você se apaixonar por alguém de graça”, disse Bolsonaro após a vitória de Trump. O amor é lindo.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

*

ANSIEDADE

Vitória de Trump põe Lula, professores da USP e banqueiros de ‘pegada social’ em ansiedade extrema (Estadão, 6/11). Em seu precioso artigo, J. R. Guzzo afirma: “querem mesmo combater o fascismo? É só mandar a Polícia Federal ‘cumprir mandatos’ na nossa ’suprema corte’, como diz Lula. Vai sair de lá com um camburão lotado com o que existe de mais parecido a um fascista de carteirinha nesta altura do século XXI”. Mestre Guzzo corretíssimo e genial, como sempre.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

DIVISÃO ELEITORAL

Observando a votação dos eleitores, nota-se que ocorre uma pequena divisão eleitoral na sociedade americana, embora Trump saia fortalecido no Congresso e, como consequência, tenha mais facilidade de impor as suas ideias.

José Luiz Abraços

São Paulo

*

‘PUTIN AMERICANO’

Donald Trump retorna ao trono da White House como senhor absoluto, com maioria no Senado, na Câmara dos Deputados e na Corte Suprema. Um novo rei Sol dourado em nova era dourada, apesar de ser purpurina dourada. Vingativo e perverso, vai fazer uma devassa na alta burocracia de Washington. Um Vladimir Putin americano.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

ESQUERDA ESTADUNIDENSE

A esquerda precisa aprender a bater. Donald Trump deveria ter apanhado durante toda a campanha, a condenação por crime sexual deveria ter sido esfregada na sua cara o dia inteiro. A melhor maneira de lidar com um valentão como Trump é bater até ele chorar, e aí continuar batendo até ele sumir. Ninguém bateu em Trump tanto quanto ele merecia, deu no que deu. Joe Biden era um candidato fraco que teve sorte de ter ganhado de Trump por muito pouco. Os democratas conseguiram encontrar uma candidata ainda mais fraca que Biden. Os democratas têm dois meses para fazer Donald Trump se arrepender de ter nascido, foi eleito e vai governar da cadeia, assim quem sabe alguém se dê conta das mudanças que precisam ser feitas nas leis eleitorais americanas.

Mário Barilá Filho

São Paulo

*

EDUCAÇÃO

Referente a Quem não aprendeu deve passar de ano? (Estadão, 3/11, A5). O mais importante é que se implemente o mais rapidamente e de forma eficiente essa assistência seletiva. Com isso, a discussão de progressão continuada ou não perderia sua relevância. Simplesmente avançar para o ano seguinte um aluno que não aprendeu o que precisava é agravar um problema e não resolvê-lo no momento oportuno, principalmente, no ensino fundamental. Horas de aulas adicionais ou os períodos entre os anos letivos poderiam ser utilizados para que a base adequada fosse assegurada nessa construção do conhecimento. Lembrando que toda e qualquer falha nesse processo será, cedo ou tarde, paga pela sociedade.

Carlos Roberto Teixeira Netto

Rio de Janeiro

*

TORCEDOR DA MANCHA ALVIVERDE

Como em todo caso de repercussão, a Polícia Civil e o Ministério Público, para mostrar serviço e dar uma resposta a sociedade, pediu a prisão de Henrique Moreira Lélis que estava a 450 km do local onde foi executada a emboscada da Mancha Alviverde nos ônibus da torcida do Cruzeiro. Inadmissível.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

*

AMBULÂNCIAS NO TRÂNSITO

Meu pai está com um problema de saúde, o que me fez passear de ambulância. Conversando com os dois motoristas, confirmei mais uma vez as dificuldades que eles têm no trânsito. Eles e todos os veículos, que pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) deveriam ter prioridade de circulação. Como ciclista, em especial quando fui Bike Repórter Rádio Eldorado, posso afirmar sem dúvida que boa parte dos cidadãos motoristas não sabe como ajudar, dar ou abrir passagem. Fora os que se recusam a sair do lugar com medo de tomar multa da CET, fato absurdo que infelizmente é fácil de comprovar. De um dos motoristas de ambulância ouvi que já foi multado por um CET mesmo provando a ele que tinha situação de risco iminente de morte da criança transportada. Como ciclista, já ajudei a abrir passagem no trânsito para ambulâncias, polícias e bombeiros e sei bem como é. Num dos trajetos em ambulância, passamos por uma rua, rota lógica para chegar ao hospital, que está com asfalto muito irregular, obrigando o motorista a praticamente parar para não prejudicar a situação clínica do paciente. Para terminar, meu pai está no Prevent Paris, na Saúde, que é novo e ótimo para pacientes, mas teve projeto de engenharia e arquitetura aprovado pela Prefeitura completamente inadequado para as ambulâncias. Quem autorizou este projeto de garagem/recepção veicular não faz a mais remota ideia do que seja uma ambulância, sua manobrabilidade, as necessidades do veículo e as dos socorristas. Provavelmente também não sabe do que se trata um paciente. A cidade não ter um planejamento realista e funcional para veículos de emergência e segurança é um absurdo. Educação, treinamento e informação são necessários para a população. Posicionamento apropriado, claro e aberto ao público sobre política e ações correlatas. E prioridade de manutenção de vias de acesso e saída de hospitais e outros.

Arturo Alcorta

São Paulo

Eleição nos EUA

Autocrítica

Com a vitória de Donald Trump por larga margem, cabe aos que se opõem à onda da direita populista e autoritária fazerem uma autocrítica séria e uma correção urgente de rumos. É preciso abandonar temas e posições birrentas que só causam desgaste e impopularidade, a começar pela pauta woke e identitária e pelo flerte com regimes autoritários (Putin, Maduro, China, Irã, etc.). É necessário entrar de cabeça no universo digital, compreender e falar a linguagem das gerações que ali interagem; é indispensável convencer a vasta parcela pendular dos eleitores de que a democracia liberal é, sim, o melhor de todos os regimes políticos e aquele que mais entrega bem-estar e qualidade de vida.

Flavio Calichman

São Paulo

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Trumpxit

Se Trump cumprir a promessa de impor tarifas generalizadas às importações, a eleição do republicano terá o mesmo efeito do Brexit: os EUA vão caminhar para um isolacionismo tarifário que vai empobrecer a sociedade americana, do mesmo modo que a saída da União Europeia empobreceu a sociedade do Reino Unido. Será o Trumpxit.

Felipe Eduardo Lázaro Braga

São Paulo

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Ajuste no Brasil

Vitória de Trump aumenta risco mundial e impõe ao Brasil pacote mais duro de cortes de gastos (análise de Alvaro Gribel, Estadão, 6/11). “Para o Brasil, o recado é claro de que é preciso acelerar o pacote de ajuste fiscal.” Mas isso é ótimo. Se nossos dirigentes não são capazes de fazer a lição de casa pelo amor, que seja pela dor, imposta pela vitória do candidato republicano. Por linhas tortas, talvez Trump obrigue a atual gestão brasileira a acelerar as medidas de ajuste fiscal, tão necessárias para a saúde financeira do País.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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Antissemitismo

Cenário obscuro

As demonstrações antissemitas na Universidade Federal do Ceará (UFC) no dia 30 de outubro, narradas em editorial do Estadão de 7/11 (Os antissemitas estão à vontade), pintam um cenário obscuro, perigoso e único: o renascimento do nazismo, pelas mãos da esquerda brasileira. As demonstrações pró-Palestina, turbinadas pelo PT e seus aliados, usam o discurso do antissionismo para encobrirem a disseminação de pautas antissemitas. Não há como dissociar o antissemitismo do antissionismo. Ser contra uma nação é, sim, ser contra o seu povo.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz

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Insegurança

A leitura do editorial Os antissemitas estão à vontade (7/11, A19) aumenta a minha insegurança para continuar vivendo e trabalhando no Brasil. Os elementos que provocaram o episódio repugnante conseguem fazer com que os judeus brasileiros, como eu e minha família, pensem seriamente em viver em algum lugar mais seguro. Apesar do estado de guerra quase permanente, Israel ainda é o lugar mais seguro e confiável para os judeus. Apesar do amor que sinto pelo Brasil, país onde nasci e me criei, olho para trás e penso nos judeus alemães e de outros países europeus diante da ameaça nazista, que quase conseguiu exterminar os judeus da Europa, além de outros “indesejáveis” como ciganos, gays e pessoas com deficiência. A maioria dos países árabes, após a criação do Estado de Israel, expulsou a maior parte de sua população judaica, algumas remanescentes há mais de milênio. Uma pena que as autoridades máximas do Brasil só fazem contribuir para que episódios como o da Federal do Ceará se repitam.

Arnaldo Goltcher

São Paulo

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O direito de existir

O antissionismo é antissemitismo? Sim. Sionismo é: 1) o reconhecimento de que Israel tem direito a existir; e 2) levar pessoas para Israel. O movimento sionista data do fim do século 19, quando um grupo de judeus, levando em conta a perseguição milenar contra este povo, decidiu que eles deveriam ter um país próprio, onde pudessem se refugiar do antissemitismo que grassava – e ainda grassa – no mundo todo. No Brasil, prestemos atenção ao exemplo citado no editorial Os antissemitas estão à vontade. Negar hoje em dia a existência a Israel é negar aos judeus do mundo todo um último refúgio, um local onde eles não sejam perseguidos. Porém concordar com a existência de Israel não significa concordar com o governo de Israel. Uma coisa é não concordar com este último, e outra não concordar com a existência de Israel. Isso é antissemitismo lascado.

Valdemar W. Setzer

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

TEMPOS RUINS

É lamentável que dentre 81 senadores não tenha um candidato que queira ser o presidente do Senado. Vamos ter novamente Davi Alcolumbre? Onde está o senador Oriovisto Guimarães? Por que um senador tido e havido como um dos melhores senadores não se candidata? Pela candidatura de dois nomes sem expressão, Eliziane Gama e Marcos Pontes, já se vê que é melhor apoiar um boneco que se dispõe a ajoelhar. Por outro lado, Alcolumbre garantiu à bancada petista que o partido terá um espaço relevante nas comissões da Casa e possivelmente na mesa diretora, conforme aponta o Valor Econômico. Tendo esses cargos, o PT e Lula estarão garantidos, ou seja, o que se quer é um presidente do Senado que diga amém ao governo. Tempos ruins pela frente.

Izabel Avallone

São Paulo

*

SEGURANÇA PÚBLICA

Cadeias cheias e ruas perigosas (Estadão, 6/11, A4). O artigo de Nicolau da Rocha Cavalcante no Estadão é chocante, pois contrasta com o que vimos presenciando há já alguns anos no combate à criminalidade. Embora o artigo se atenha mais à polícia do Estado do Rio de Janeiro, o que temos visto é o desencorajamento das abordagens policiais, face a que se prende e se solta, o mesmo bandido, inúmeras vezes, e a Justiça impedindo prisões de traficantes, mesmo com a prova do crime, que é a apreensão de quantidade de drogas que são incriminatórias do delito. Indignação. Parece-me que existe, na sociedade coletiva cívico/policialesca/jurídica, um certo conluio coletivo, inconsciente de autoproteção, de que a droga apreendida não pode ser subtraída da sociedade que a consome, e à qual o dinheiro tudo pode.

Carlos Leonel Imenes.

São Paulo

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SEQUESTRO DO ORÇAMENTO

O ex-ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior vê sequestro do Orçamento pelo Legislativo, segundo matéria intitulada Reale Jr. vê ‘sequestro’ do Orçamento pelo Legislativo (Estadão, 6/11, A9). Segundo ele, o País vive um momento de podridão. Também achamos. O ministro Flavio Dino está tentando exigir mais transparência. Já passou da hora da sociedade exigir moralidade desse Congresso.

Cleo Aidar

São Paulo

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VERGONHA NACIONAL

Só quem acredita em Papai Noel deixa a politicalha de plantão elaborar um projeto sobre a regulamentação das emendas parlamentares. Na verdade, é o mesmo que colocar uma raposa na porta do galinheiro. O resultado todos já sabem, “a raposa engorda e as galinhas somem”. Tal proposta já foi rechaçada pelas organizações Transparência Brasil, Transparências Internacional Brasil e Associação Contas Abertas, que afirmaram que essa excrescência aumentará a corrupção já instalada. Afinal, acabar com essa sandice é o que deve ser feito, e que, além de tudo, prejudica fatalmente o equilíbrio fiscal do Brasil. Ninguém suporta ver transferências de bilhões de reais que não identifica o emissor e muito menos beneficiário, se não para os próprios bolsos. Basta dessa vergonha nacional.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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CORTE DE GASTOS

Não sou economista. Sou professora aposentada e dona de casa bem-sucedida. Cortar gastos significa cortar aquilo que é despesa desnecessária. Por exemplo, privatizar ou liquidar empresas estatais deficitárias, demitir funcionários não concursados em cargos de confiança, acabar com viagens de autoridades em jatos da FAB, deixar de participar de simpósios turísticos, observar o teto salarial, acabar com privilégios nas altas esferas dos Três Poderes e em todos os níveis, reduzir o tamanho do Legislativo, acabar com fundos eleitorais e emendas parlamentares, etc. Se não observar este mínimo que relatei é melhor não fazer nada. Deixar como está. E rezar.

Iria de Sá Dodde

Rio de Janeiro

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CANDIDATO ELIMINADO

Como pode o Enem eliminar sumariamente um candidato diabético que faz uso de aparelho medidor de diabetes que não pode ser removido do corpo, sob pena de perder ou inutiliza-lo, e ser muito caro, sem antes consultar seguro da área? Isso porque é a instituição que seleciona candidatos para os cursos de medicina. Absurdo e está piorando.

Alberto Utida

São Paulo

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EXTREMA DIREITA

A extrema direita é a mesma quando perde as eleições. Aqui, o inelegível Jair Bolsonaro silenciou quando venceu em 2018 e chorou falando em fraude quando perdeu a reeleição em 2022. Agora, seu patrão Donald Trump, que ameaçava denunciar as eleições como fraudulentas, quando as pesquisas indicavam empate técnico, se cala. Afinal, houve ou não fraude?

Sylvio Belém

Recife

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FALA DE BOLSONARO

“Trump me tem como uma pessoa que ele gosta, é como você se apaixonar por alguém de graça”, disse Bolsonaro após a vitória de Trump. O amor é lindo.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

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ANSIEDADE

Vitória de Trump põe Lula, professores da USP e banqueiros de ‘pegada social’ em ansiedade extrema (Estadão, 6/11). Em seu precioso artigo, J. R. Guzzo afirma: “querem mesmo combater o fascismo? É só mandar a Polícia Federal ‘cumprir mandatos’ na nossa ’suprema corte’, como diz Lula. Vai sair de lá com um camburão lotado com o que existe de mais parecido a um fascista de carteirinha nesta altura do século XXI”. Mestre Guzzo corretíssimo e genial, como sempre.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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DIVISÃO ELEITORAL

Observando a votação dos eleitores, nota-se que ocorre uma pequena divisão eleitoral na sociedade americana, embora Trump saia fortalecido no Congresso e, como consequência, tenha mais facilidade de impor as suas ideias.

José Luiz Abraços

São Paulo

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‘PUTIN AMERICANO’

Donald Trump retorna ao trono da White House como senhor absoluto, com maioria no Senado, na Câmara dos Deputados e na Corte Suprema. Um novo rei Sol dourado em nova era dourada, apesar de ser purpurina dourada. Vingativo e perverso, vai fazer uma devassa na alta burocracia de Washington. Um Vladimir Putin americano.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

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ESQUERDA ESTADUNIDENSE

A esquerda precisa aprender a bater. Donald Trump deveria ter apanhado durante toda a campanha, a condenação por crime sexual deveria ter sido esfregada na sua cara o dia inteiro. A melhor maneira de lidar com um valentão como Trump é bater até ele chorar, e aí continuar batendo até ele sumir. Ninguém bateu em Trump tanto quanto ele merecia, deu no que deu. Joe Biden era um candidato fraco que teve sorte de ter ganhado de Trump por muito pouco. Os democratas conseguiram encontrar uma candidata ainda mais fraca que Biden. Os democratas têm dois meses para fazer Donald Trump se arrepender de ter nascido, foi eleito e vai governar da cadeia, assim quem sabe alguém se dê conta das mudanças que precisam ser feitas nas leis eleitorais americanas.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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EDUCAÇÃO

Referente a Quem não aprendeu deve passar de ano? (Estadão, 3/11, A5). O mais importante é que se implemente o mais rapidamente e de forma eficiente essa assistência seletiva. Com isso, a discussão de progressão continuada ou não perderia sua relevância. Simplesmente avançar para o ano seguinte um aluno que não aprendeu o que precisava é agravar um problema e não resolvê-lo no momento oportuno, principalmente, no ensino fundamental. Horas de aulas adicionais ou os períodos entre os anos letivos poderiam ser utilizados para que a base adequada fosse assegurada nessa construção do conhecimento. Lembrando que toda e qualquer falha nesse processo será, cedo ou tarde, paga pela sociedade.

Carlos Roberto Teixeira Netto

Rio de Janeiro

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TORCEDOR DA MANCHA ALVIVERDE

Como em todo caso de repercussão, a Polícia Civil e o Ministério Público, para mostrar serviço e dar uma resposta a sociedade, pediu a prisão de Henrique Moreira Lélis que estava a 450 km do local onde foi executada a emboscada da Mancha Alviverde nos ônibus da torcida do Cruzeiro. Inadmissível.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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AMBULÂNCIAS NO TRÂNSITO

Meu pai está com um problema de saúde, o que me fez passear de ambulância. Conversando com os dois motoristas, confirmei mais uma vez as dificuldades que eles têm no trânsito. Eles e todos os veículos, que pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) deveriam ter prioridade de circulação. Como ciclista, em especial quando fui Bike Repórter Rádio Eldorado, posso afirmar sem dúvida que boa parte dos cidadãos motoristas não sabe como ajudar, dar ou abrir passagem. Fora os que se recusam a sair do lugar com medo de tomar multa da CET, fato absurdo que infelizmente é fácil de comprovar. De um dos motoristas de ambulância ouvi que já foi multado por um CET mesmo provando a ele que tinha situação de risco iminente de morte da criança transportada. Como ciclista, já ajudei a abrir passagem no trânsito para ambulâncias, polícias e bombeiros e sei bem como é. Num dos trajetos em ambulância, passamos por uma rua, rota lógica para chegar ao hospital, que está com asfalto muito irregular, obrigando o motorista a praticamente parar para não prejudicar a situação clínica do paciente. Para terminar, meu pai está no Prevent Paris, na Saúde, que é novo e ótimo para pacientes, mas teve projeto de engenharia e arquitetura aprovado pela Prefeitura completamente inadequado para as ambulâncias. Quem autorizou este projeto de garagem/recepção veicular não faz a mais remota ideia do que seja uma ambulância, sua manobrabilidade, as necessidades do veículo e as dos socorristas. Provavelmente também não sabe do que se trata um paciente. A cidade não ter um planejamento realista e funcional para veículos de emergência e segurança é um absurdo. Educação, treinamento e informação são necessários para a população. Posicionamento apropriado, claro e aberto ao público sobre política e ações correlatas. E prioridade de manutenção de vias de acesso e saída de hospitais e outros.

Arturo Alcorta

São Paulo

Eleição nos EUA

Autocrítica

Com a vitória de Donald Trump por larga margem, cabe aos que se opõem à onda da direita populista e autoritária fazerem uma autocrítica séria e uma correção urgente de rumos. É preciso abandonar temas e posições birrentas que só causam desgaste e impopularidade, a começar pela pauta woke e identitária e pelo flerte com regimes autoritários (Putin, Maduro, China, Irã, etc.). É necessário entrar de cabeça no universo digital, compreender e falar a linguagem das gerações que ali interagem; é indispensável convencer a vasta parcela pendular dos eleitores de que a democracia liberal é, sim, o melhor de todos os regimes políticos e aquele que mais entrega bem-estar e qualidade de vida.

Flavio Calichman

São Paulo

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Trumpxit

Se Trump cumprir a promessa de impor tarifas generalizadas às importações, a eleição do republicano terá o mesmo efeito do Brexit: os EUA vão caminhar para um isolacionismo tarifário que vai empobrecer a sociedade americana, do mesmo modo que a saída da União Europeia empobreceu a sociedade do Reino Unido. Será o Trumpxit.

Felipe Eduardo Lázaro Braga

São Paulo

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Ajuste no Brasil

Vitória de Trump aumenta risco mundial e impõe ao Brasil pacote mais duro de cortes de gastos (análise de Alvaro Gribel, Estadão, 6/11). “Para o Brasil, o recado é claro de que é preciso acelerar o pacote de ajuste fiscal.” Mas isso é ótimo. Se nossos dirigentes não são capazes de fazer a lição de casa pelo amor, que seja pela dor, imposta pela vitória do candidato republicano. Por linhas tortas, talvez Trump obrigue a atual gestão brasileira a acelerar as medidas de ajuste fiscal, tão necessárias para a saúde financeira do País.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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Antissemitismo

Cenário obscuro

As demonstrações antissemitas na Universidade Federal do Ceará (UFC) no dia 30 de outubro, narradas em editorial do Estadão de 7/11 (Os antissemitas estão à vontade), pintam um cenário obscuro, perigoso e único: o renascimento do nazismo, pelas mãos da esquerda brasileira. As demonstrações pró-Palestina, turbinadas pelo PT e seus aliados, usam o discurso do antissionismo para encobrirem a disseminação de pautas antissemitas. Não há como dissociar o antissemitismo do antissionismo. Ser contra uma nação é, sim, ser contra o seu povo.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz

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Insegurança

A leitura do editorial Os antissemitas estão à vontade (7/11, A19) aumenta a minha insegurança para continuar vivendo e trabalhando no Brasil. Os elementos que provocaram o episódio repugnante conseguem fazer com que os judeus brasileiros, como eu e minha família, pensem seriamente em viver em algum lugar mais seguro. Apesar do estado de guerra quase permanente, Israel ainda é o lugar mais seguro e confiável para os judeus. Apesar do amor que sinto pelo Brasil, país onde nasci e me criei, olho para trás e penso nos judeus alemães e de outros países europeus diante da ameaça nazista, que quase conseguiu exterminar os judeus da Europa, além de outros “indesejáveis” como ciganos, gays e pessoas com deficiência. A maioria dos países árabes, após a criação do Estado de Israel, expulsou a maior parte de sua população judaica, algumas remanescentes há mais de milênio. Uma pena que as autoridades máximas do Brasil só fazem contribuir para que episódios como o da Federal do Ceará se repitam.

Arnaldo Goltcher

São Paulo

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O direito de existir

O antissionismo é antissemitismo? Sim. Sionismo é: 1) o reconhecimento de que Israel tem direito a existir; e 2) levar pessoas para Israel. O movimento sionista data do fim do século 19, quando um grupo de judeus, levando em conta a perseguição milenar contra este povo, decidiu que eles deveriam ter um país próprio, onde pudessem se refugiar do antissemitismo que grassava – e ainda grassa – no mundo todo. No Brasil, prestemos atenção ao exemplo citado no editorial Os antissemitas estão à vontade. Negar hoje em dia a existência a Israel é negar aos judeus do mundo todo um último refúgio, um local onde eles não sejam perseguidos. Porém concordar com a existência de Israel não significa concordar com o governo de Israel. Uma coisa é não concordar com este último, e outra não concordar com a existência de Israel. Isso é antissemitismo lascado.

Valdemar W. Setzer

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

TEMPOS RUINS

É lamentável que dentre 81 senadores não tenha um candidato que queira ser o presidente do Senado. Vamos ter novamente Davi Alcolumbre? Onde está o senador Oriovisto Guimarães? Por que um senador tido e havido como um dos melhores senadores não se candidata? Pela candidatura de dois nomes sem expressão, Eliziane Gama e Marcos Pontes, já se vê que é melhor apoiar um boneco que se dispõe a ajoelhar. Por outro lado, Alcolumbre garantiu à bancada petista que o partido terá um espaço relevante nas comissões da Casa e possivelmente na mesa diretora, conforme aponta o Valor Econômico. Tendo esses cargos, o PT e Lula estarão garantidos, ou seja, o que se quer é um presidente do Senado que diga amém ao governo. Tempos ruins pela frente.

Izabel Avallone

São Paulo

*

SEGURANÇA PÚBLICA

Cadeias cheias e ruas perigosas (Estadão, 6/11, A4). O artigo de Nicolau da Rocha Cavalcante no Estadão é chocante, pois contrasta com o que vimos presenciando há já alguns anos no combate à criminalidade. Embora o artigo se atenha mais à polícia do Estado do Rio de Janeiro, o que temos visto é o desencorajamento das abordagens policiais, face a que se prende e se solta, o mesmo bandido, inúmeras vezes, e a Justiça impedindo prisões de traficantes, mesmo com a prova do crime, que é a apreensão de quantidade de drogas que são incriminatórias do delito. Indignação. Parece-me que existe, na sociedade coletiva cívico/policialesca/jurídica, um certo conluio coletivo, inconsciente de autoproteção, de que a droga apreendida não pode ser subtraída da sociedade que a consome, e à qual o dinheiro tudo pode.

Carlos Leonel Imenes.

São Paulo

*

SEQUESTRO DO ORÇAMENTO

O ex-ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior vê sequestro do Orçamento pelo Legislativo, segundo matéria intitulada Reale Jr. vê ‘sequestro’ do Orçamento pelo Legislativo (Estadão, 6/11, A9). Segundo ele, o País vive um momento de podridão. Também achamos. O ministro Flavio Dino está tentando exigir mais transparência. Já passou da hora da sociedade exigir moralidade desse Congresso.

Cleo Aidar

São Paulo

*

VERGONHA NACIONAL

Só quem acredita em Papai Noel deixa a politicalha de plantão elaborar um projeto sobre a regulamentação das emendas parlamentares. Na verdade, é o mesmo que colocar uma raposa na porta do galinheiro. O resultado todos já sabem, “a raposa engorda e as galinhas somem”. Tal proposta já foi rechaçada pelas organizações Transparência Brasil, Transparências Internacional Brasil e Associação Contas Abertas, que afirmaram que essa excrescência aumentará a corrupção já instalada. Afinal, acabar com essa sandice é o que deve ser feito, e que, além de tudo, prejudica fatalmente o equilíbrio fiscal do Brasil. Ninguém suporta ver transferências de bilhões de reais que não identifica o emissor e muito menos beneficiário, se não para os próprios bolsos. Basta dessa vergonha nacional.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

*

CORTE DE GASTOS

Não sou economista. Sou professora aposentada e dona de casa bem-sucedida. Cortar gastos significa cortar aquilo que é despesa desnecessária. Por exemplo, privatizar ou liquidar empresas estatais deficitárias, demitir funcionários não concursados em cargos de confiança, acabar com viagens de autoridades em jatos da FAB, deixar de participar de simpósios turísticos, observar o teto salarial, acabar com privilégios nas altas esferas dos Três Poderes e em todos os níveis, reduzir o tamanho do Legislativo, acabar com fundos eleitorais e emendas parlamentares, etc. Se não observar este mínimo que relatei é melhor não fazer nada. Deixar como está. E rezar.

Iria de Sá Dodde

Rio de Janeiro

*

CANDIDATO ELIMINADO

Como pode o Enem eliminar sumariamente um candidato diabético que faz uso de aparelho medidor de diabetes que não pode ser removido do corpo, sob pena de perder ou inutiliza-lo, e ser muito caro, sem antes consultar seguro da área? Isso porque é a instituição que seleciona candidatos para os cursos de medicina. Absurdo e está piorando.

Alberto Utida

São Paulo

*

EXTREMA DIREITA

A extrema direita é a mesma quando perde as eleições. Aqui, o inelegível Jair Bolsonaro silenciou quando venceu em 2018 e chorou falando em fraude quando perdeu a reeleição em 2022. Agora, seu patrão Donald Trump, que ameaçava denunciar as eleições como fraudulentas, quando as pesquisas indicavam empate técnico, se cala. Afinal, houve ou não fraude?

Sylvio Belém

Recife

*

FALA DE BOLSONARO

“Trump me tem como uma pessoa que ele gosta, é como você se apaixonar por alguém de graça”, disse Bolsonaro após a vitória de Trump. O amor é lindo.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

*

ANSIEDADE

Vitória de Trump põe Lula, professores da USP e banqueiros de ‘pegada social’ em ansiedade extrema (Estadão, 6/11). Em seu precioso artigo, J. R. Guzzo afirma: “querem mesmo combater o fascismo? É só mandar a Polícia Federal ‘cumprir mandatos’ na nossa ’suprema corte’, como diz Lula. Vai sair de lá com um camburão lotado com o que existe de mais parecido a um fascista de carteirinha nesta altura do século XXI”. Mestre Guzzo corretíssimo e genial, como sempre.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

DIVISÃO ELEITORAL

Observando a votação dos eleitores, nota-se que ocorre uma pequena divisão eleitoral na sociedade americana, embora Trump saia fortalecido no Congresso e, como consequência, tenha mais facilidade de impor as suas ideias.

José Luiz Abraços

São Paulo

*

‘PUTIN AMERICANO’

Donald Trump retorna ao trono da White House como senhor absoluto, com maioria no Senado, na Câmara dos Deputados e na Corte Suprema. Um novo rei Sol dourado em nova era dourada, apesar de ser purpurina dourada. Vingativo e perverso, vai fazer uma devassa na alta burocracia de Washington. Um Vladimir Putin americano.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

ESQUERDA ESTADUNIDENSE

A esquerda precisa aprender a bater. Donald Trump deveria ter apanhado durante toda a campanha, a condenação por crime sexual deveria ter sido esfregada na sua cara o dia inteiro. A melhor maneira de lidar com um valentão como Trump é bater até ele chorar, e aí continuar batendo até ele sumir. Ninguém bateu em Trump tanto quanto ele merecia, deu no que deu. Joe Biden era um candidato fraco que teve sorte de ter ganhado de Trump por muito pouco. Os democratas conseguiram encontrar uma candidata ainda mais fraca que Biden. Os democratas têm dois meses para fazer Donald Trump se arrepender de ter nascido, foi eleito e vai governar da cadeia, assim quem sabe alguém se dê conta das mudanças que precisam ser feitas nas leis eleitorais americanas.

Mário Barilá Filho

São Paulo

*

EDUCAÇÃO

Referente a Quem não aprendeu deve passar de ano? (Estadão, 3/11, A5). O mais importante é que se implemente o mais rapidamente e de forma eficiente essa assistência seletiva. Com isso, a discussão de progressão continuada ou não perderia sua relevância. Simplesmente avançar para o ano seguinte um aluno que não aprendeu o que precisava é agravar um problema e não resolvê-lo no momento oportuno, principalmente, no ensino fundamental. Horas de aulas adicionais ou os períodos entre os anos letivos poderiam ser utilizados para que a base adequada fosse assegurada nessa construção do conhecimento. Lembrando que toda e qualquer falha nesse processo será, cedo ou tarde, paga pela sociedade.

Carlos Roberto Teixeira Netto

Rio de Janeiro

*

TORCEDOR DA MANCHA ALVIVERDE

Como em todo caso de repercussão, a Polícia Civil e o Ministério Público, para mostrar serviço e dar uma resposta a sociedade, pediu a prisão de Henrique Moreira Lélis que estava a 450 km do local onde foi executada a emboscada da Mancha Alviverde nos ônibus da torcida do Cruzeiro. Inadmissível.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

*

AMBULÂNCIAS NO TRÂNSITO

Meu pai está com um problema de saúde, o que me fez passear de ambulância. Conversando com os dois motoristas, confirmei mais uma vez as dificuldades que eles têm no trânsito. Eles e todos os veículos, que pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) deveriam ter prioridade de circulação. Como ciclista, em especial quando fui Bike Repórter Rádio Eldorado, posso afirmar sem dúvida que boa parte dos cidadãos motoristas não sabe como ajudar, dar ou abrir passagem. Fora os que se recusam a sair do lugar com medo de tomar multa da CET, fato absurdo que infelizmente é fácil de comprovar. De um dos motoristas de ambulância ouvi que já foi multado por um CET mesmo provando a ele que tinha situação de risco iminente de morte da criança transportada. Como ciclista, já ajudei a abrir passagem no trânsito para ambulâncias, polícias e bombeiros e sei bem como é. Num dos trajetos em ambulância, passamos por uma rua, rota lógica para chegar ao hospital, que está com asfalto muito irregular, obrigando o motorista a praticamente parar para não prejudicar a situação clínica do paciente. Para terminar, meu pai está no Prevent Paris, na Saúde, que é novo e ótimo para pacientes, mas teve projeto de engenharia e arquitetura aprovado pela Prefeitura completamente inadequado para as ambulâncias. Quem autorizou este projeto de garagem/recepção veicular não faz a mais remota ideia do que seja uma ambulância, sua manobrabilidade, as necessidades do veículo e as dos socorristas. Provavelmente também não sabe do que se trata um paciente. A cidade não ter um planejamento realista e funcional para veículos de emergência e segurança é um absurdo. Educação, treinamento e informação são necessários para a população. Posicionamento apropriado, claro e aberto ao público sobre política e ações correlatas. E prioridade de manutenção de vias de acesso e saída de hospitais e outros.

Arturo Alcorta

São Paulo

Eleição nos EUA

Autocrítica

Com a vitória de Donald Trump por larga margem, cabe aos que se opõem à onda da direita populista e autoritária fazerem uma autocrítica séria e uma correção urgente de rumos. É preciso abandonar temas e posições birrentas que só causam desgaste e impopularidade, a começar pela pauta woke e identitária e pelo flerte com regimes autoritários (Putin, Maduro, China, Irã, etc.). É necessário entrar de cabeça no universo digital, compreender e falar a linguagem das gerações que ali interagem; é indispensável convencer a vasta parcela pendular dos eleitores de que a democracia liberal é, sim, o melhor de todos os regimes políticos e aquele que mais entrega bem-estar e qualidade de vida.

Flavio Calichman

São Paulo

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Trumpxit

Se Trump cumprir a promessa de impor tarifas generalizadas às importações, a eleição do republicano terá o mesmo efeito do Brexit: os EUA vão caminhar para um isolacionismo tarifário que vai empobrecer a sociedade americana, do mesmo modo que a saída da União Europeia empobreceu a sociedade do Reino Unido. Será o Trumpxit.

Felipe Eduardo Lázaro Braga

São Paulo

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Ajuste no Brasil

Vitória de Trump aumenta risco mundial e impõe ao Brasil pacote mais duro de cortes de gastos (análise de Alvaro Gribel, Estadão, 6/11). “Para o Brasil, o recado é claro de que é preciso acelerar o pacote de ajuste fiscal.” Mas isso é ótimo. Se nossos dirigentes não são capazes de fazer a lição de casa pelo amor, que seja pela dor, imposta pela vitória do candidato republicano. Por linhas tortas, talvez Trump obrigue a atual gestão brasileira a acelerar as medidas de ajuste fiscal, tão necessárias para a saúde financeira do País.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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Antissemitismo

Cenário obscuro

As demonstrações antissemitas na Universidade Federal do Ceará (UFC) no dia 30 de outubro, narradas em editorial do Estadão de 7/11 (Os antissemitas estão à vontade), pintam um cenário obscuro, perigoso e único: o renascimento do nazismo, pelas mãos da esquerda brasileira. As demonstrações pró-Palestina, turbinadas pelo PT e seus aliados, usam o discurso do antissionismo para encobrirem a disseminação de pautas antissemitas. Não há como dissociar o antissemitismo do antissionismo. Ser contra uma nação é, sim, ser contra o seu povo.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz

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Insegurança

A leitura do editorial Os antissemitas estão à vontade (7/11, A19) aumenta a minha insegurança para continuar vivendo e trabalhando no Brasil. Os elementos que provocaram o episódio repugnante conseguem fazer com que os judeus brasileiros, como eu e minha família, pensem seriamente em viver em algum lugar mais seguro. Apesar do estado de guerra quase permanente, Israel ainda é o lugar mais seguro e confiável para os judeus. Apesar do amor que sinto pelo Brasil, país onde nasci e me criei, olho para trás e penso nos judeus alemães e de outros países europeus diante da ameaça nazista, que quase conseguiu exterminar os judeus da Europa, além de outros “indesejáveis” como ciganos, gays e pessoas com deficiência. A maioria dos países árabes, após a criação do Estado de Israel, expulsou a maior parte de sua população judaica, algumas remanescentes há mais de milênio. Uma pena que as autoridades máximas do Brasil só fazem contribuir para que episódios como o da Federal do Ceará se repitam.

Arnaldo Goltcher

São Paulo

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O direito de existir

O antissionismo é antissemitismo? Sim. Sionismo é: 1) o reconhecimento de que Israel tem direito a existir; e 2) levar pessoas para Israel. O movimento sionista data do fim do século 19, quando um grupo de judeus, levando em conta a perseguição milenar contra este povo, decidiu que eles deveriam ter um país próprio, onde pudessem se refugiar do antissemitismo que grassava – e ainda grassa – no mundo todo. No Brasil, prestemos atenção ao exemplo citado no editorial Os antissemitas estão à vontade. Negar hoje em dia a existência a Israel é negar aos judeus do mundo todo um último refúgio, um local onde eles não sejam perseguidos. Porém concordar com a existência de Israel não significa concordar com o governo de Israel. Uma coisa é não concordar com este último, e outra não concordar com a existência de Israel. Isso é antissemitismo lascado.

Valdemar W. Setzer

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

TEMPOS RUINS

É lamentável que dentre 81 senadores não tenha um candidato que queira ser o presidente do Senado. Vamos ter novamente Davi Alcolumbre? Onde está o senador Oriovisto Guimarães? Por que um senador tido e havido como um dos melhores senadores não se candidata? Pela candidatura de dois nomes sem expressão, Eliziane Gama e Marcos Pontes, já se vê que é melhor apoiar um boneco que se dispõe a ajoelhar. Por outro lado, Alcolumbre garantiu à bancada petista que o partido terá um espaço relevante nas comissões da Casa e possivelmente na mesa diretora, conforme aponta o Valor Econômico. Tendo esses cargos, o PT e Lula estarão garantidos, ou seja, o que se quer é um presidente do Senado que diga amém ao governo. Tempos ruins pela frente.

Izabel Avallone

São Paulo

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SEGURANÇA PÚBLICA

Cadeias cheias e ruas perigosas (Estadão, 6/11, A4). O artigo de Nicolau da Rocha Cavalcante no Estadão é chocante, pois contrasta com o que vimos presenciando há já alguns anos no combate à criminalidade. Embora o artigo se atenha mais à polícia do Estado do Rio de Janeiro, o que temos visto é o desencorajamento das abordagens policiais, face a que se prende e se solta, o mesmo bandido, inúmeras vezes, e a Justiça impedindo prisões de traficantes, mesmo com a prova do crime, que é a apreensão de quantidade de drogas que são incriminatórias do delito. Indignação. Parece-me que existe, na sociedade coletiva cívico/policialesca/jurídica, um certo conluio coletivo, inconsciente de autoproteção, de que a droga apreendida não pode ser subtraída da sociedade que a consome, e à qual o dinheiro tudo pode.

Carlos Leonel Imenes.

São Paulo

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SEQUESTRO DO ORÇAMENTO

O ex-ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior vê sequestro do Orçamento pelo Legislativo, segundo matéria intitulada Reale Jr. vê ‘sequestro’ do Orçamento pelo Legislativo (Estadão, 6/11, A9). Segundo ele, o País vive um momento de podridão. Também achamos. O ministro Flavio Dino está tentando exigir mais transparência. Já passou da hora da sociedade exigir moralidade desse Congresso.

Cleo Aidar

São Paulo

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VERGONHA NACIONAL

Só quem acredita em Papai Noel deixa a politicalha de plantão elaborar um projeto sobre a regulamentação das emendas parlamentares. Na verdade, é o mesmo que colocar uma raposa na porta do galinheiro. O resultado todos já sabem, “a raposa engorda e as galinhas somem”. Tal proposta já foi rechaçada pelas organizações Transparência Brasil, Transparências Internacional Brasil e Associação Contas Abertas, que afirmaram que essa excrescência aumentará a corrupção já instalada. Afinal, acabar com essa sandice é o que deve ser feito, e que, além de tudo, prejudica fatalmente o equilíbrio fiscal do Brasil. Ninguém suporta ver transferências de bilhões de reais que não identifica o emissor e muito menos beneficiário, se não para os próprios bolsos. Basta dessa vergonha nacional.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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CORTE DE GASTOS

Não sou economista. Sou professora aposentada e dona de casa bem-sucedida. Cortar gastos significa cortar aquilo que é despesa desnecessária. Por exemplo, privatizar ou liquidar empresas estatais deficitárias, demitir funcionários não concursados em cargos de confiança, acabar com viagens de autoridades em jatos da FAB, deixar de participar de simpósios turísticos, observar o teto salarial, acabar com privilégios nas altas esferas dos Três Poderes e em todos os níveis, reduzir o tamanho do Legislativo, acabar com fundos eleitorais e emendas parlamentares, etc. Se não observar este mínimo que relatei é melhor não fazer nada. Deixar como está. E rezar.

Iria de Sá Dodde

Rio de Janeiro

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CANDIDATO ELIMINADO

Como pode o Enem eliminar sumariamente um candidato diabético que faz uso de aparelho medidor de diabetes que não pode ser removido do corpo, sob pena de perder ou inutiliza-lo, e ser muito caro, sem antes consultar seguro da área? Isso porque é a instituição que seleciona candidatos para os cursos de medicina. Absurdo e está piorando.

Alberto Utida

São Paulo

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EXTREMA DIREITA

A extrema direita é a mesma quando perde as eleições. Aqui, o inelegível Jair Bolsonaro silenciou quando venceu em 2018 e chorou falando em fraude quando perdeu a reeleição em 2022. Agora, seu patrão Donald Trump, que ameaçava denunciar as eleições como fraudulentas, quando as pesquisas indicavam empate técnico, se cala. Afinal, houve ou não fraude?

Sylvio Belém

Recife

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FALA DE BOLSONARO

“Trump me tem como uma pessoa que ele gosta, é como você se apaixonar por alguém de graça”, disse Bolsonaro após a vitória de Trump. O amor é lindo.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

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ANSIEDADE

Vitória de Trump põe Lula, professores da USP e banqueiros de ‘pegada social’ em ansiedade extrema (Estadão, 6/11). Em seu precioso artigo, J. R. Guzzo afirma: “querem mesmo combater o fascismo? É só mandar a Polícia Federal ‘cumprir mandatos’ na nossa ’suprema corte’, como diz Lula. Vai sair de lá com um camburão lotado com o que existe de mais parecido a um fascista de carteirinha nesta altura do século XXI”. Mestre Guzzo corretíssimo e genial, como sempre.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

*

DIVISÃO ELEITORAL

Observando a votação dos eleitores, nota-se que ocorre uma pequena divisão eleitoral na sociedade americana, embora Trump saia fortalecido no Congresso e, como consequência, tenha mais facilidade de impor as suas ideias.

José Luiz Abraços

São Paulo

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‘PUTIN AMERICANO’

Donald Trump retorna ao trono da White House como senhor absoluto, com maioria no Senado, na Câmara dos Deputados e na Corte Suprema. Um novo rei Sol dourado em nova era dourada, apesar de ser purpurina dourada. Vingativo e perverso, vai fazer uma devassa na alta burocracia de Washington. Um Vladimir Putin americano.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

*

ESQUERDA ESTADUNIDENSE

A esquerda precisa aprender a bater. Donald Trump deveria ter apanhado durante toda a campanha, a condenação por crime sexual deveria ter sido esfregada na sua cara o dia inteiro. A melhor maneira de lidar com um valentão como Trump é bater até ele chorar, e aí continuar batendo até ele sumir. Ninguém bateu em Trump tanto quanto ele merecia, deu no que deu. Joe Biden era um candidato fraco que teve sorte de ter ganhado de Trump por muito pouco. Os democratas conseguiram encontrar uma candidata ainda mais fraca que Biden. Os democratas têm dois meses para fazer Donald Trump se arrepender de ter nascido, foi eleito e vai governar da cadeia, assim quem sabe alguém se dê conta das mudanças que precisam ser feitas nas leis eleitorais americanas.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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EDUCAÇÃO

Referente a Quem não aprendeu deve passar de ano? (Estadão, 3/11, A5). O mais importante é que se implemente o mais rapidamente e de forma eficiente essa assistência seletiva. Com isso, a discussão de progressão continuada ou não perderia sua relevância. Simplesmente avançar para o ano seguinte um aluno que não aprendeu o que precisava é agravar um problema e não resolvê-lo no momento oportuno, principalmente, no ensino fundamental. Horas de aulas adicionais ou os períodos entre os anos letivos poderiam ser utilizados para que a base adequada fosse assegurada nessa construção do conhecimento. Lembrando que toda e qualquer falha nesse processo será, cedo ou tarde, paga pela sociedade.

Carlos Roberto Teixeira Netto

Rio de Janeiro

*

TORCEDOR DA MANCHA ALVIVERDE

Como em todo caso de repercussão, a Polícia Civil e o Ministério Público, para mostrar serviço e dar uma resposta a sociedade, pediu a prisão de Henrique Moreira Lélis que estava a 450 km do local onde foi executada a emboscada da Mancha Alviverde nos ônibus da torcida do Cruzeiro. Inadmissível.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

*

AMBULÂNCIAS NO TRÂNSITO

Meu pai está com um problema de saúde, o que me fez passear de ambulância. Conversando com os dois motoristas, confirmei mais uma vez as dificuldades que eles têm no trânsito. Eles e todos os veículos, que pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) deveriam ter prioridade de circulação. Como ciclista, em especial quando fui Bike Repórter Rádio Eldorado, posso afirmar sem dúvida que boa parte dos cidadãos motoristas não sabe como ajudar, dar ou abrir passagem. Fora os que se recusam a sair do lugar com medo de tomar multa da CET, fato absurdo que infelizmente é fácil de comprovar. De um dos motoristas de ambulância ouvi que já foi multado por um CET mesmo provando a ele que tinha situação de risco iminente de morte da criança transportada. Como ciclista, já ajudei a abrir passagem no trânsito para ambulâncias, polícias e bombeiros e sei bem como é. Num dos trajetos em ambulância, passamos por uma rua, rota lógica para chegar ao hospital, que está com asfalto muito irregular, obrigando o motorista a praticamente parar para não prejudicar a situação clínica do paciente. Para terminar, meu pai está no Prevent Paris, na Saúde, que é novo e ótimo para pacientes, mas teve projeto de engenharia e arquitetura aprovado pela Prefeitura completamente inadequado para as ambulâncias. Quem autorizou este projeto de garagem/recepção veicular não faz a mais remota ideia do que seja uma ambulância, sua manobrabilidade, as necessidades do veículo e as dos socorristas. Provavelmente também não sabe do que se trata um paciente. A cidade não ter um planejamento realista e funcional para veículos de emergência e segurança é um absurdo. Educação, treinamento e informação são necessários para a população. Posicionamento apropriado, claro e aberto ao público sobre política e ações correlatas. E prioridade de manutenção de vias de acesso e saída de hospitais e outros.

Arturo Alcorta

São Paulo

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