Fórum dos Leitores


Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

Por Fórum dos Leitores

Petrobras

Privatizar ou estatizar

Coincidência ou reflexo do clamor da sociedade? Na mesma edição do Estadão (6/4), os incisivos editoriais Bagunça na Petrobras e O exemplo eloquente da Embraer (A3) e a análise do sr. Adriano Pires Ou privatizamos ou estatizamos a Petrobras (B2). Não é preciso ser gênio para concluir, pela comparação com países mais avançados do mundo e com exemplos edificantes como o da Embraer (mundialmente reconhecido), Vale do Rio Doce e a recente capitalização da Eletrobras, que o Brasil necessita de uma urgente e radical redução do tamanho do Estado. Impecáveis os três textos. Com relação à proposta da estatização da Petrobras, aventada pelo sr. Pires, lembraria que o mundo também tem bons exemplos de estatais à prova de aparelhamentos políticos e corrupção. Na Électricité de France (EDF), por exemplo, a grande estatal francesa do ramo de eletricidade e gás, o Executivo, para caracterizar que representa apenas um terço do Estado, só pode indicar, nessa mesma proporção (um terço) os membros do seu Conselho de Administração. Os demais são representativos da sociedade francesa – definidos em lei – com interesses científicos e econômicos no desenvolvimento da empresa e do país. Finalizando, há que se acrescentar que o sucesso das privatizações nos serviços monopolísticos só ocorrerá quando, simultaneamente, a agência setorial que fixa tarifa, fiscaliza os serviços e promove a caducidade das concessões for, de fato, subordinada ao Estado, e não aos governos.

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Nilson Otávio de Oliveira

São Paulo

*

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‘Dinossauro voraz’

A Petrobras deixou de ser orgulho e passou a ser vergonha para os brasileiros. Onde já se viu trocar dez presidentes em dez anos? É óbvio que esse rodízio frenético de CEOs impede a empresa de colher bons resultados. A ingerência política quase quebrou a empresa na gestão de Dilma Rousseff. O atual governo já tentou com a mão grande abocanhar o dinheiro dos acionistas com a retenção dos dividendos extraordinários – causou enormes prejuízos com a queda das ações na B3. O “dinossauro voraz”, a bem da verdade, não são os acionistas. É o próprio governo do sr. Lula da Silva.

Deri Lemos Maia

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Araçatuba

*

Educação

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Ações afirmativas

As comissões de heteroidentificação, estabelecidas nas universidades para autenticar as autodeclarações de candidatos às vagas reservadas a pretos, pardos e indígenas, carregam uma responsabilidade crucial além de sua função primordial: elas devem evitar se tornar “tribunais raciais”. Esse princípio é ilustrado pela avaliação realizada com o aluno Alison dos Santos Rodrigues pela comissão da Universidade de São Paulo (USP), que destacou características físicas específicas para justificar a decisão. A carta aberta de Fabiana Cozza, uma artista filha de pai negro e mãe branca, publicada no site do jornal O Estado de S. Paulo em 3 de junho de 2018, serve como uma reflexão poderosa sobre essas questões. Cozza ressalta que “a alma não tem cor”, uma declaração que destaca a complexidade da identidade racial além das aparências físicas. Argumento a favor de que as ações afirmativas nas universidades se baseiem na classificação socioeconômica das famílias, conforme mapeamento pelo Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Essa abordagem permite um tratamento mais objetivo da seleção de candidatos beneficiários das ações afirmativas, estando em harmonia com o Artigo 5º da Constituição brasileira, em que consta que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Portanto, é imperativo que aprimoremos as ações afirmativas para assegurar que sejam justas e eficazes e estejam alinhadas com os princípios de igualdade e inclusão social na busca por uma sociedade mais justa e igualitária.

João Cyro André,

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professor titular aposentado da Escola Politécnica da USP

Barueri

*

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Ziraldo (1932-2024)

Memória dos leitores

Ziraldo entra para a eternidade com seu Menino Maluquinho, assim como Peter Pan e Pinóquio eternizaram seus criadores: escrever para o público infantil é se manter na memória dos leitores, um “para sempre” que Ziraldo nos deixa. Muito obrigado.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

INEFICIÊNCIA ADMINISTRATIVA

Mais um motivo para privatizar a Petrobras: a constante interferência no primeiro escalão do seu quadro funcional (conselhos, presidência e diretorias). Está mais que comprovada a ineficiência administrativa do governo. O Legislativo pode melhorar o desempenho e evitar os desatinos de Lula, ou seja, fazer com que o Poder Executivo se atenha às suas específicas funções – saúde, segurança, educação, infraestrutura – e alijá-lo da atividade empresarial. Faz parte do processo privatizar a Petrobras.

Humberto Schuwartz Soares

Vila Velha (ES)

*

LULA E A PETROBRAS

Lula se mete na Petrobras e no BC, mas esquece os reais problemas do País (Estado, 6/4). Não podemos nos esquecer de que a missão desse senhor não se enquadra necessariamente nos interesses e necessidades do povo brasileiro. Não podemos nos olvidar que já tivemos uma experiência desastrosa em anos passados. Basta comparar suas promessas na campanha eleitoral e a negação de tudo com sua conduta atual como presidente.

Leila Elston

São Paulo

*

EXEMPLO DA EMBRAER

Ao invés de várias empresas ficarem “chorando no vale das lágrimas”, por que não seguem o exemplo da Embraer (Estado, A6/4, 3)? Entendemos que a resposta está em uma frase do imortal Shakespeare, em Hamlet, qual seja: “Há algo de podre no reino da Dinamarca”. Outrossim indagamos o porquê de os EUA terem 50 Estados e 435 “deputados”, enquanto que nós temos 27 Estados e 435 “laboriosos” deputados.

Fernando de Oliveira Geribello

São Paulo

*

‘NEGOCIAÇÕES POLÍTICAS’

No “sextando” de 5 de abril, em Arcoverde (PE), o presidente Lula disse para a sua restrita claque “que de vez em quando é preciso uma ‘cachacinha’ uma ‘cervejinha’ para fazer negociações políticas”. Se por hábito a cachacinha e o cachaçal fazem parte de sua mesa, a preços de “mensalão”, de “Lava Jato”, de emendas parlamentares e do relator e do orçamento secreto, imagino quanto custou à Nação os tonéis de “cachacinha” e “cervejinha” que o presidente bebeu/vendeu? Que o digam a Petrobras, BNDES, Correios e demais fundos de pensão de estatais...

Celso David de Oliveira

Rio de Janeiro

*

SERGIO MORO

Existe algum fundamento jurídico na cruzada petista contra Sergio Moro? Evidentemente, nenhum. É revanchismo puro do presidente e de seu partido contra o senador.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz

*

POPULARIDADE EM QUEDA

Lula da Silva entrou em parafuso vendo sua popularidade cair, inclusive no Nordeste. Para angariar simpatia e subir nas pesquisas que medem popularidade, ele lança mão de uma nova estratégia, que é a de citar Deus e milagres repetidas vezes em suas falas, visando a atrair apoio dos evangélicos. Lula 3 já era. Não engana mais ninguém.

J. A. Muller

Avaré

*

ENSINO SUPERIOR

Sobre o editorial relativo às universidades (Qualidade exige critério, 5/4, A3), acrescento que exige também fiscalização. Um jovem conseguiu bolsa do Prouni para um curso EaD mas não consegue acessar as aulas, iniciadas há mais de dois meses. Por razões técnicas, está perdendo o semestre e corre o risco de perder a bolsa que, salvo melhor juízo, está sendo paga à instituição. Impossível falar com TI, administração ou corpo docente. Só com robôs. Pode não se intencional, mas estão tirando sua oportunidade de estudar, sua tranquilidade e sua bolsa, paga pelo contribuinte. Quantos casos assim existem no País? A instituição de ensino em que isso está ocorrendo? Universidade de Santo Amaro (Unisa). E uma última pergunta: a quem recorrer?

Maria Madalena Los

Carapicuíba

*

LIMITES CONSTITUCIONAIS

Barroso: Forças Armadas tiveram politização incompatível com a Constituição e não há poder moderador (Estado, 6/4). Já para mim, o Supremo Tribunal Federal (STF) teve e tem militância política incompatível com a política, transgredindo limites constitucionais, que podem ser constatados pelas arbitrariedades cometidas no atual governo.

Maurilio Polizello Junior

São Paulo

*

‘POLITIZAÇÃO INCOMPATÍVEL’

O ministro do STF, Luís Roberto Barroso, disse, em Harvard, que “Forças Armadas tiveram politização incompatível com a Constituição e não há poder moderador”. Se o ministro olhasse mais para o seu umbigo, ou seja, para a instituição da qual ele é o atual presidente, admitiria que o Supremo também está contaminado por uma politização incompatível com a Constituição.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

SISTEMA PRISIONAL

As reflexões do advogado Miguel Reale Júnior expressas em seu artigo Olhar o futuro (Estado, 6/4, A6), especialmente sobre o grave problema do crime organizado e seu domínio sobre o sistema prisional, são muito interessantes. Todavia, fica difícil de entender que, embora o Brasil disponha de um Judiciário que gasta três vezes mais que o dos países desenvolvidos, o sistema prisional está sucateado.

José Elias Laier

São Carlos

*

PRISÃO DE SEGURANÇA MÁXIMA

Não entendo a comemoração efusiva por parte do governo na captura dos dois fugitivos de Mossoró. Foram gastos R$ 6 milhões no processo de captura, para levá-los de volta de onde nunca deveriam ter saído. Se tivéssemos um sistema prisional descente em termos de segurança e responsabilidade administrativa, não precisaríamos viver essa pirotecnia estampando manchete dos jornais. Prefiro ler notícias que falam de investimentos em educação, saúde e principalmente em segurança pública. Parabéns aos policias envolvidos. Aos gestores públicos, que fique um alerta para uma rápida e necessária mudança administrativa prisional.

Eduardo Foz de Macedo

São Paulo

*

FORAGIDOS DE MOSSORÓ

Boa observação no Fórum dos Leitores (Certificado de garantia, 6/4, A4); sugiro tornozeleira eletrônica nos dois fugitivos.

Albino Bonomi

Ribeirão Preto

*

MORTES PELA POLÍCIA

Após o “tô nem aí” do governador Tarcísio de Freitas, as mortes pela Polícia Militar de São Paulo voltaram a acontecer. Mas antes da fatídica frase outro comportamento já liberava as mortes, a recusa do uso de câmeras corporais.

Marcos Barbosa

Casa Branca

*

EXPERIÊNCIA DE QUASE MORTE

O que o cérebro pensa enquanto morre (6/4, A25). Mais uma pá de cal no inventado, na enganação, na superstição espiritista.

Luiz Roberto Turatti

Araras

*

ZIRALDO

Até breve, Ziraldo, nosso escritor preferido. E “pai” dos cartunistas de todas as idades.

Arcangelo Sforcin Filho

São Paulo

Petrobras

Privatizar ou estatizar

Coincidência ou reflexo do clamor da sociedade? Na mesma edição do Estadão (6/4), os incisivos editoriais Bagunça na Petrobras e O exemplo eloquente da Embraer (A3) e a análise do sr. Adriano Pires Ou privatizamos ou estatizamos a Petrobras (B2). Não é preciso ser gênio para concluir, pela comparação com países mais avançados do mundo e com exemplos edificantes como o da Embraer (mundialmente reconhecido), Vale do Rio Doce e a recente capitalização da Eletrobras, que o Brasil necessita de uma urgente e radical redução do tamanho do Estado. Impecáveis os três textos. Com relação à proposta da estatização da Petrobras, aventada pelo sr. Pires, lembraria que o mundo também tem bons exemplos de estatais à prova de aparelhamentos políticos e corrupção. Na Électricité de France (EDF), por exemplo, a grande estatal francesa do ramo de eletricidade e gás, o Executivo, para caracterizar que representa apenas um terço do Estado, só pode indicar, nessa mesma proporção (um terço) os membros do seu Conselho de Administração. Os demais são representativos da sociedade francesa – definidos em lei – com interesses científicos e econômicos no desenvolvimento da empresa e do país. Finalizando, há que se acrescentar que o sucesso das privatizações nos serviços monopolísticos só ocorrerá quando, simultaneamente, a agência setorial que fixa tarifa, fiscaliza os serviços e promove a caducidade das concessões for, de fato, subordinada ao Estado, e não aos governos.

Nilson Otávio de Oliveira

São Paulo

*

‘Dinossauro voraz’

A Petrobras deixou de ser orgulho e passou a ser vergonha para os brasileiros. Onde já se viu trocar dez presidentes em dez anos? É óbvio que esse rodízio frenético de CEOs impede a empresa de colher bons resultados. A ingerência política quase quebrou a empresa na gestão de Dilma Rousseff. O atual governo já tentou com a mão grande abocanhar o dinheiro dos acionistas com a retenção dos dividendos extraordinários – causou enormes prejuízos com a queda das ações na B3. O “dinossauro voraz”, a bem da verdade, não são os acionistas. É o próprio governo do sr. Lula da Silva.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

*

Educação

Ações afirmativas

As comissões de heteroidentificação, estabelecidas nas universidades para autenticar as autodeclarações de candidatos às vagas reservadas a pretos, pardos e indígenas, carregam uma responsabilidade crucial além de sua função primordial: elas devem evitar se tornar “tribunais raciais”. Esse princípio é ilustrado pela avaliação realizada com o aluno Alison dos Santos Rodrigues pela comissão da Universidade de São Paulo (USP), que destacou características físicas específicas para justificar a decisão. A carta aberta de Fabiana Cozza, uma artista filha de pai negro e mãe branca, publicada no site do jornal O Estado de S. Paulo em 3 de junho de 2018, serve como uma reflexão poderosa sobre essas questões. Cozza ressalta que “a alma não tem cor”, uma declaração que destaca a complexidade da identidade racial além das aparências físicas. Argumento a favor de que as ações afirmativas nas universidades se baseiem na classificação socioeconômica das famílias, conforme mapeamento pelo Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Essa abordagem permite um tratamento mais objetivo da seleção de candidatos beneficiários das ações afirmativas, estando em harmonia com o Artigo 5º da Constituição brasileira, em que consta que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Portanto, é imperativo que aprimoremos as ações afirmativas para assegurar que sejam justas e eficazes e estejam alinhadas com os princípios de igualdade e inclusão social na busca por uma sociedade mais justa e igualitária.

João Cyro André,

professor titular aposentado da Escola Politécnica da USP

Barueri

*

Ziraldo (1932-2024)

Memória dos leitores

Ziraldo entra para a eternidade com seu Menino Maluquinho, assim como Peter Pan e Pinóquio eternizaram seus criadores: escrever para o público infantil é se manter na memória dos leitores, um “para sempre” que Ziraldo nos deixa. Muito obrigado.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

INEFICIÊNCIA ADMINISTRATIVA

Mais um motivo para privatizar a Petrobras: a constante interferência no primeiro escalão do seu quadro funcional (conselhos, presidência e diretorias). Está mais que comprovada a ineficiência administrativa do governo. O Legislativo pode melhorar o desempenho e evitar os desatinos de Lula, ou seja, fazer com que o Poder Executivo se atenha às suas específicas funções – saúde, segurança, educação, infraestrutura – e alijá-lo da atividade empresarial. Faz parte do processo privatizar a Petrobras.

Humberto Schuwartz Soares

Vila Velha (ES)

*

LULA E A PETROBRAS

Lula se mete na Petrobras e no BC, mas esquece os reais problemas do País (Estado, 6/4). Não podemos nos esquecer de que a missão desse senhor não se enquadra necessariamente nos interesses e necessidades do povo brasileiro. Não podemos nos olvidar que já tivemos uma experiência desastrosa em anos passados. Basta comparar suas promessas na campanha eleitoral e a negação de tudo com sua conduta atual como presidente.

Leila Elston

São Paulo

*

EXEMPLO DA EMBRAER

Ao invés de várias empresas ficarem “chorando no vale das lágrimas”, por que não seguem o exemplo da Embraer (Estado, A6/4, 3)? Entendemos que a resposta está em uma frase do imortal Shakespeare, em Hamlet, qual seja: “Há algo de podre no reino da Dinamarca”. Outrossim indagamos o porquê de os EUA terem 50 Estados e 435 “deputados”, enquanto que nós temos 27 Estados e 435 “laboriosos” deputados.

Fernando de Oliveira Geribello

São Paulo

*

‘NEGOCIAÇÕES POLÍTICAS’

No “sextando” de 5 de abril, em Arcoverde (PE), o presidente Lula disse para a sua restrita claque “que de vez em quando é preciso uma ‘cachacinha’ uma ‘cervejinha’ para fazer negociações políticas”. Se por hábito a cachacinha e o cachaçal fazem parte de sua mesa, a preços de “mensalão”, de “Lava Jato”, de emendas parlamentares e do relator e do orçamento secreto, imagino quanto custou à Nação os tonéis de “cachacinha” e “cervejinha” que o presidente bebeu/vendeu? Que o digam a Petrobras, BNDES, Correios e demais fundos de pensão de estatais...

Celso David de Oliveira

Rio de Janeiro

*

SERGIO MORO

Existe algum fundamento jurídico na cruzada petista contra Sergio Moro? Evidentemente, nenhum. É revanchismo puro do presidente e de seu partido contra o senador.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz

*

POPULARIDADE EM QUEDA

Lula da Silva entrou em parafuso vendo sua popularidade cair, inclusive no Nordeste. Para angariar simpatia e subir nas pesquisas que medem popularidade, ele lança mão de uma nova estratégia, que é a de citar Deus e milagres repetidas vezes em suas falas, visando a atrair apoio dos evangélicos. Lula 3 já era. Não engana mais ninguém.

J. A. Muller

Avaré

*

ENSINO SUPERIOR

Sobre o editorial relativo às universidades (Qualidade exige critério, 5/4, A3), acrescento que exige também fiscalização. Um jovem conseguiu bolsa do Prouni para um curso EaD mas não consegue acessar as aulas, iniciadas há mais de dois meses. Por razões técnicas, está perdendo o semestre e corre o risco de perder a bolsa que, salvo melhor juízo, está sendo paga à instituição. Impossível falar com TI, administração ou corpo docente. Só com robôs. Pode não se intencional, mas estão tirando sua oportunidade de estudar, sua tranquilidade e sua bolsa, paga pelo contribuinte. Quantos casos assim existem no País? A instituição de ensino em que isso está ocorrendo? Universidade de Santo Amaro (Unisa). E uma última pergunta: a quem recorrer?

Maria Madalena Los

Carapicuíba

*

LIMITES CONSTITUCIONAIS

Barroso: Forças Armadas tiveram politização incompatível com a Constituição e não há poder moderador (Estado, 6/4). Já para mim, o Supremo Tribunal Federal (STF) teve e tem militância política incompatível com a política, transgredindo limites constitucionais, que podem ser constatados pelas arbitrariedades cometidas no atual governo.

Maurilio Polizello Junior

São Paulo

*

‘POLITIZAÇÃO INCOMPATÍVEL’

O ministro do STF, Luís Roberto Barroso, disse, em Harvard, que “Forças Armadas tiveram politização incompatível com a Constituição e não há poder moderador”. Se o ministro olhasse mais para o seu umbigo, ou seja, para a instituição da qual ele é o atual presidente, admitiria que o Supremo também está contaminado por uma politização incompatível com a Constituição.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

SISTEMA PRISIONAL

As reflexões do advogado Miguel Reale Júnior expressas em seu artigo Olhar o futuro (Estado, 6/4, A6), especialmente sobre o grave problema do crime organizado e seu domínio sobre o sistema prisional, são muito interessantes. Todavia, fica difícil de entender que, embora o Brasil disponha de um Judiciário que gasta três vezes mais que o dos países desenvolvidos, o sistema prisional está sucateado.

José Elias Laier

São Carlos

*

PRISÃO DE SEGURANÇA MÁXIMA

Não entendo a comemoração efusiva por parte do governo na captura dos dois fugitivos de Mossoró. Foram gastos R$ 6 milhões no processo de captura, para levá-los de volta de onde nunca deveriam ter saído. Se tivéssemos um sistema prisional descente em termos de segurança e responsabilidade administrativa, não precisaríamos viver essa pirotecnia estampando manchete dos jornais. Prefiro ler notícias que falam de investimentos em educação, saúde e principalmente em segurança pública. Parabéns aos policias envolvidos. Aos gestores públicos, que fique um alerta para uma rápida e necessária mudança administrativa prisional.

Eduardo Foz de Macedo

São Paulo

*

FORAGIDOS DE MOSSORÓ

Boa observação no Fórum dos Leitores (Certificado de garantia, 6/4, A4); sugiro tornozeleira eletrônica nos dois fugitivos.

Albino Bonomi

Ribeirão Preto

*

MORTES PELA POLÍCIA

Após o “tô nem aí” do governador Tarcísio de Freitas, as mortes pela Polícia Militar de São Paulo voltaram a acontecer. Mas antes da fatídica frase outro comportamento já liberava as mortes, a recusa do uso de câmeras corporais.

Marcos Barbosa

Casa Branca

*

EXPERIÊNCIA DE QUASE MORTE

O que o cérebro pensa enquanto morre (6/4, A25). Mais uma pá de cal no inventado, na enganação, na superstição espiritista.

Luiz Roberto Turatti

Araras

*

ZIRALDO

Até breve, Ziraldo, nosso escritor preferido. E “pai” dos cartunistas de todas as idades.

Arcangelo Sforcin Filho

São Paulo

Petrobras

Privatizar ou estatizar

Coincidência ou reflexo do clamor da sociedade? Na mesma edição do Estadão (6/4), os incisivos editoriais Bagunça na Petrobras e O exemplo eloquente da Embraer (A3) e a análise do sr. Adriano Pires Ou privatizamos ou estatizamos a Petrobras (B2). Não é preciso ser gênio para concluir, pela comparação com países mais avançados do mundo e com exemplos edificantes como o da Embraer (mundialmente reconhecido), Vale do Rio Doce e a recente capitalização da Eletrobras, que o Brasil necessita de uma urgente e radical redução do tamanho do Estado. Impecáveis os três textos. Com relação à proposta da estatização da Petrobras, aventada pelo sr. Pires, lembraria que o mundo também tem bons exemplos de estatais à prova de aparelhamentos políticos e corrupção. Na Électricité de France (EDF), por exemplo, a grande estatal francesa do ramo de eletricidade e gás, o Executivo, para caracterizar que representa apenas um terço do Estado, só pode indicar, nessa mesma proporção (um terço) os membros do seu Conselho de Administração. Os demais são representativos da sociedade francesa – definidos em lei – com interesses científicos e econômicos no desenvolvimento da empresa e do país. Finalizando, há que se acrescentar que o sucesso das privatizações nos serviços monopolísticos só ocorrerá quando, simultaneamente, a agência setorial que fixa tarifa, fiscaliza os serviços e promove a caducidade das concessões for, de fato, subordinada ao Estado, e não aos governos.

Nilson Otávio de Oliveira

São Paulo

*

‘Dinossauro voraz’

A Petrobras deixou de ser orgulho e passou a ser vergonha para os brasileiros. Onde já se viu trocar dez presidentes em dez anos? É óbvio que esse rodízio frenético de CEOs impede a empresa de colher bons resultados. A ingerência política quase quebrou a empresa na gestão de Dilma Rousseff. O atual governo já tentou com a mão grande abocanhar o dinheiro dos acionistas com a retenção dos dividendos extraordinários – causou enormes prejuízos com a queda das ações na B3. O “dinossauro voraz”, a bem da verdade, não são os acionistas. É o próprio governo do sr. Lula da Silva.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

*

Educação

Ações afirmativas

As comissões de heteroidentificação, estabelecidas nas universidades para autenticar as autodeclarações de candidatos às vagas reservadas a pretos, pardos e indígenas, carregam uma responsabilidade crucial além de sua função primordial: elas devem evitar se tornar “tribunais raciais”. Esse princípio é ilustrado pela avaliação realizada com o aluno Alison dos Santos Rodrigues pela comissão da Universidade de São Paulo (USP), que destacou características físicas específicas para justificar a decisão. A carta aberta de Fabiana Cozza, uma artista filha de pai negro e mãe branca, publicada no site do jornal O Estado de S. Paulo em 3 de junho de 2018, serve como uma reflexão poderosa sobre essas questões. Cozza ressalta que “a alma não tem cor”, uma declaração que destaca a complexidade da identidade racial além das aparências físicas. Argumento a favor de que as ações afirmativas nas universidades se baseiem na classificação socioeconômica das famílias, conforme mapeamento pelo Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Essa abordagem permite um tratamento mais objetivo da seleção de candidatos beneficiários das ações afirmativas, estando em harmonia com o Artigo 5º da Constituição brasileira, em que consta que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Portanto, é imperativo que aprimoremos as ações afirmativas para assegurar que sejam justas e eficazes e estejam alinhadas com os princípios de igualdade e inclusão social na busca por uma sociedade mais justa e igualitária.

João Cyro André,

professor titular aposentado da Escola Politécnica da USP

Barueri

*

Ziraldo (1932-2024)

Memória dos leitores

Ziraldo entra para a eternidade com seu Menino Maluquinho, assim como Peter Pan e Pinóquio eternizaram seus criadores: escrever para o público infantil é se manter na memória dos leitores, um “para sempre” que Ziraldo nos deixa. Muito obrigado.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

INEFICIÊNCIA ADMINISTRATIVA

Mais um motivo para privatizar a Petrobras: a constante interferência no primeiro escalão do seu quadro funcional (conselhos, presidência e diretorias). Está mais que comprovada a ineficiência administrativa do governo. O Legislativo pode melhorar o desempenho e evitar os desatinos de Lula, ou seja, fazer com que o Poder Executivo se atenha às suas específicas funções – saúde, segurança, educação, infraestrutura – e alijá-lo da atividade empresarial. Faz parte do processo privatizar a Petrobras.

Humberto Schuwartz Soares

Vila Velha (ES)

*

LULA E A PETROBRAS

Lula se mete na Petrobras e no BC, mas esquece os reais problemas do País (Estado, 6/4). Não podemos nos esquecer de que a missão desse senhor não se enquadra necessariamente nos interesses e necessidades do povo brasileiro. Não podemos nos olvidar que já tivemos uma experiência desastrosa em anos passados. Basta comparar suas promessas na campanha eleitoral e a negação de tudo com sua conduta atual como presidente.

Leila Elston

São Paulo

*

EXEMPLO DA EMBRAER

Ao invés de várias empresas ficarem “chorando no vale das lágrimas”, por que não seguem o exemplo da Embraer (Estado, A6/4, 3)? Entendemos que a resposta está em uma frase do imortal Shakespeare, em Hamlet, qual seja: “Há algo de podre no reino da Dinamarca”. Outrossim indagamos o porquê de os EUA terem 50 Estados e 435 “deputados”, enquanto que nós temos 27 Estados e 435 “laboriosos” deputados.

Fernando de Oliveira Geribello

São Paulo

*

‘NEGOCIAÇÕES POLÍTICAS’

No “sextando” de 5 de abril, em Arcoverde (PE), o presidente Lula disse para a sua restrita claque “que de vez em quando é preciso uma ‘cachacinha’ uma ‘cervejinha’ para fazer negociações políticas”. Se por hábito a cachacinha e o cachaçal fazem parte de sua mesa, a preços de “mensalão”, de “Lava Jato”, de emendas parlamentares e do relator e do orçamento secreto, imagino quanto custou à Nação os tonéis de “cachacinha” e “cervejinha” que o presidente bebeu/vendeu? Que o digam a Petrobras, BNDES, Correios e demais fundos de pensão de estatais...

Celso David de Oliveira

Rio de Janeiro

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SERGIO MORO

Existe algum fundamento jurídico na cruzada petista contra Sergio Moro? Evidentemente, nenhum. É revanchismo puro do presidente e de seu partido contra o senador.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz

*

POPULARIDADE EM QUEDA

Lula da Silva entrou em parafuso vendo sua popularidade cair, inclusive no Nordeste. Para angariar simpatia e subir nas pesquisas que medem popularidade, ele lança mão de uma nova estratégia, que é a de citar Deus e milagres repetidas vezes em suas falas, visando a atrair apoio dos evangélicos. Lula 3 já era. Não engana mais ninguém.

J. A. Muller

Avaré

*

ENSINO SUPERIOR

Sobre o editorial relativo às universidades (Qualidade exige critério, 5/4, A3), acrescento que exige também fiscalização. Um jovem conseguiu bolsa do Prouni para um curso EaD mas não consegue acessar as aulas, iniciadas há mais de dois meses. Por razões técnicas, está perdendo o semestre e corre o risco de perder a bolsa que, salvo melhor juízo, está sendo paga à instituição. Impossível falar com TI, administração ou corpo docente. Só com robôs. Pode não se intencional, mas estão tirando sua oportunidade de estudar, sua tranquilidade e sua bolsa, paga pelo contribuinte. Quantos casos assim existem no País? A instituição de ensino em que isso está ocorrendo? Universidade de Santo Amaro (Unisa). E uma última pergunta: a quem recorrer?

Maria Madalena Los

Carapicuíba

*

LIMITES CONSTITUCIONAIS

Barroso: Forças Armadas tiveram politização incompatível com a Constituição e não há poder moderador (Estado, 6/4). Já para mim, o Supremo Tribunal Federal (STF) teve e tem militância política incompatível com a política, transgredindo limites constitucionais, que podem ser constatados pelas arbitrariedades cometidas no atual governo.

Maurilio Polizello Junior

São Paulo

*

‘POLITIZAÇÃO INCOMPATÍVEL’

O ministro do STF, Luís Roberto Barroso, disse, em Harvard, que “Forças Armadas tiveram politização incompatível com a Constituição e não há poder moderador”. Se o ministro olhasse mais para o seu umbigo, ou seja, para a instituição da qual ele é o atual presidente, admitiria que o Supremo também está contaminado por uma politização incompatível com a Constituição.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

SISTEMA PRISIONAL

As reflexões do advogado Miguel Reale Júnior expressas em seu artigo Olhar o futuro (Estado, 6/4, A6), especialmente sobre o grave problema do crime organizado e seu domínio sobre o sistema prisional, são muito interessantes. Todavia, fica difícil de entender que, embora o Brasil disponha de um Judiciário que gasta três vezes mais que o dos países desenvolvidos, o sistema prisional está sucateado.

José Elias Laier

São Carlos

*

PRISÃO DE SEGURANÇA MÁXIMA

Não entendo a comemoração efusiva por parte do governo na captura dos dois fugitivos de Mossoró. Foram gastos R$ 6 milhões no processo de captura, para levá-los de volta de onde nunca deveriam ter saído. Se tivéssemos um sistema prisional descente em termos de segurança e responsabilidade administrativa, não precisaríamos viver essa pirotecnia estampando manchete dos jornais. Prefiro ler notícias que falam de investimentos em educação, saúde e principalmente em segurança pública. Parabéns aos policias envolvidos. Aos gestores públicos, que fique um alerta para uma rápida e necessária mudança administrativa prisional.

Eduardo Foz de Macedo

São Paulo

*

FORAGIDOS DE MOSSORÓ

Boa observação no Fórum dos Leitores (Certificado de garantia, 6/4, A4); sugiro tornozeleira eletrônica nos dois fugitivos.

Albino Bonomi

Ribeirão Preto

*

MORTES PELA POLÍCIA

Após o “tô nem aí” do governador Tarcísio de Freitas, as mortes pela Polícia Militar de São Paulo voltaram a acontecer. Mas antes da fatídica frase outro comportamento já liberava as mortes, a recusa do uso de câmeras corporais.

Marcos Barbosa

Casa Branca

*

EXPERIÊNCIA DE QUASE MORTE

O que o cérebro pensa enquanto morre (6/4, A25). Mais uma pá de cal no inventado, na enganação, na superstição espiritista.

Luiz Roberto Turatti

Araras

*

ZIRALDO

Até breve, Ziraldo, nosso escritor preferido. E “pai” dos cartunistas de todas as idades.

Arcangelo Sforcin Filho

São Paulo

Petrobras

Privatizar ou estatizar

Coincidência ou reflexo do clamor da sociedade? Na mesma edição do Estadão (6/4), os incisivos editoriais Bagunça na Petrobras e O exemplo eloquente da Embraer (A3) e a análise do sr. Adriano Pires Ou privatizamos ou estatizamos a Petrobras (B2). Não é preciso ser gênio para concluir, pela comparação com países mais avançados do mundo e com exemplos edificantes como o da Embraer (mundialmente reconhecido), Vale do Rio Doce e a recente capitalização da Eletrobras, que o Brasil necessita de uma urgente e radical redução do tamanho do Estado. Impecáveis os três textos. Com relação à proposta da estatização da Petrobras, aventada pelo sr. Pires, lembraria que o mundo também tem bons exemplos de estatais à prova de aparelhamentos políticos e corrupção. Na Électricité de France (EDF), por exemplo, a grande estatal francesa do ramo de eletricidade e gás, o Executivo, para caracterizar que representa apenas um terço do Estado, só pode indicar, nessa mesma proporção (um terço) os membros do seu Conselho de Administração. Os demais são representativos da sociedade francesa – definidos em lei – com interesses científicos e econômicos no desenvolvimento da empresa e do país. Finalizando, há que se acrescentar que o sucesso das privatizações nos serviços monopolísticos só ocorrerá quando, simultaneamente, a agência setorial que fixa tarifa, fiscaliza os serviços e promove a caducidade das concessões for, de fato, subordinada ao Estado, e não aos governos.

Nilson Otávio de Oliveira

São Paulo

*

‘Dinossauro voraz’

A Petrobras deixou de ser orgulho e passou a ser vergonha para os brasileiros. Onde já se viu trocar dez presidentes em dez anos? É óbvio que esse rodízio frenético de CEOs impede a empresa de colher bons resultados. A ingerência política quase quebrou a empresa na gestão de Dilma Rousseff. O atual governo já tentou com a mão grande abocanhar o dinheiro dos acionistas com a retenção dos dividendos extraordinários – causou enormes prejuízos com a queda das ações na B3. O “dinossauro voraz”, a bem da verdade, não são os acionistas. É o próprio governo do sr. Lula da Silva.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

*

Educação

Ações afirmativas

As comissões de heteroidentificação, estabelecidas nas universidades para autenticar as autodeclarações de candidatos às vagas reservadas a pretos, pardos e indígenas, carregam uma responsabilidade crucial além de sua função primordial: elas devem evitar se tornar “tribunais raciais”. Esse princípio é ilustrado pela avaliação realizada com o aluno Alison dos Santos Rodrigues pela comissão da Universidade de São Paulo (USP), que destacou características físicas específicas para justificar a decisão. A carta aberta de Fabiana Cozza, uma artista filha de pai negro e mãe branca, publicada no site do jornal O Estado de S. Paulo em 3 de junho de 2018, serve como uma reflexão poderosa sobre essas questões. Cozza ressalta que “a alma não tem cor”, uma declaração que destaca a complexidade da identidade racial além das aparências físicas. Argumento a favor de que as ações afirmativas nas universidades se baseiem na classificação socioeconômica das famílias, conforme mapeamento pelo Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Essa abordagem permite um tratamento mais objetivo da seleção de candidatos beneficiários das ações afirmativas, estando em harmonia com o Artigo 5º da Constituição brasileira, em que consta que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Portanto, é imperativo que aprimoremos as ações afirmativas para assegurar que sejam justas e eficazes e estejam alinhadas com os princípios de igualdade e inclusão social na busca por uma sociedade mais justa e igualitária.

João Cyro André,

professor titular aposentado da Escola Politécnica da USP

Barueri

*

Ziraldo (1932-2024)

Memória dos leitores

Ziraldo entra para a eternidade com seu Menino Maluquinho, assim como Peter Pan e Pinóquio eternizaram seus criadores: escrever para o público infantil é se manter na memória dos leitores, um “para sempre” que Ziraldo nos deixa. Muito obrigado.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

INEFICIÊNCIA ADMINISTRATIVA

Mais um motivo para privatizar a Petrobras: a constante interferência no primeiro escalão do seu quadro funcional (conselhos, presidência e diretorias). Está mais que comprovada a ineficiência administrativa do governo. O Legislativo pode melhorar o desempenho e evitar os desatinos de Lula, ou seja, fazer com que o Poder Executivo se atenha às suas específicas funções – saúde, segurança, educação, infraestrutura – e alijá-lo da atividade empresarial. Faz parte do processo privatizar a Petrobras.

Humberto Schuwartz Soares

Vila Velha (ES)

*

LULA E A PETROBRAS

Lula se mete na Petrobras e no BC, mas esquece os reais problemas do País (Estado, 6/4). Não podemos nos esquecer de que a missão desse senhor não se enquadra necessariamente nos interesses e necessidades do povo brasileiro. Não podemos nos olvidar que já tivemos uma experiência desastrosa em anos passados. Basta comparar suas promessas na campanha eleitoral e a negação de tudo com sua conduta atual como presidente.

Leila Elston

São Paulo

*

EXEMPLO DA EMBRAER

Ao invés de várias empresas ficarem “chorando no vale das lágrimas”, por que não seguem o exemplo da Embraer (Estado, A6/4, 3)? Entendemos que a resposta está em uma frase do imortal Shakespeare, em Hamlet, qual seja: “Há algo de podre no reino da Dinamarca”. Outrossim indagamos o porquê de os EUA terem 50 Estados e 435 “deputados”, enquanto que nós temos 27 Estados e 435 “laboriosos” deputados.

Fernando de Oliveira Geribello

São Paulo

*

‘NEGOCIAÇÕES POLÍTICAS’

No “sextando” de 5 de abril, em Arcoverde (PE), o presidente Lula disse para a sua restrita claque “que de vez em quando é preciso uma ‘cachacinha’ uma ‘cervejinha’ para fazer negociações políticas”. Se por hábito a cachacinha e o cachaçal fazem parte de sua mesa, a preços de “mensalão”, de “Lava Jato”, de emendas parlamentares e do relator e do orçamento secreto, imagino quanto custou à Nação os tonéis de “cachacinha” e “cervejinha” que o presidente bebeu/vendeu? Que o digam a Petrobras, BNDES, Correios e demais fundos de pensão de estatais...

Celso David de Oliveira

Rio de Janeiro

*

SERGIO MORO

Existe algum fundamento jurídico na cruzada petista contra Sergio Moro? Evidentemente, nenhum. É revanchismo puro do presidente e de seu partido contra o senador.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz

*

POPULARIDADE EM QUEDA

Lula da Silva entrou em parafuso vendo sua popularidade cair, inclusive no Nordeste. Para angariar simpatia e subir nas pesquisas que medem popularidade, ele lança mão de uma nova estratégia, que é a de citar Deus e milagres repetidas vezes em suas falas, visando a atrair apoio dos evangélicos. Lula 3 já era. Não engana mais ninguém.

J. A. Muller

Avaré

*

ENSINO SUPERIOR

Sobre o editorial relativo às universidades (Qualidade exige critério, 5/4, A3), acrescento que exige também fiscalização. Um jovem conseguiu bolsa do Prouni para um curso EaD mas não consegue acessar as aulas, iniciadas há mais de dois meses. Por razões técnicas, está perdendo o semestre e corre o risco de perder a bolsa que, salvo melhor juízo, está sendo paga à instituição. Impossível falar com TI, administração ou corpo docente. Só com robôs. Pode não se intencional, mas estão tirando sua oportunidade de estudar, sua tranquilidade e sua bolsa, paga pelo contribuinte. Quantos casos assim existem no País? A instituição de ensino em que isso está ocorrendo? Universidade de Santo Amaro (Unisa). E uma última pergunta: a quem recorrer?

Maria Madalena Los

Carapicuíba

*

LIMITES CONSTITUCIONAIS

Barroso: Forças Armadas tiveram politização incompatível com a Constituição e não há poder moderador (Estado, 6/4). Já para mim, o Supremo Tribunal Federal (STF) teve e tem militância política incompatível com a política, transgredindo limites constitucionais, que podem ser constatados pelas arbitrariedades cometidas no atual governo.

Maurilio Polizello Junior

São Paulo

*

‘POLITIZAÇÃO INCOMPATÍVEL’

O ministro do STF, Luís Roberto Barroso, disse, em Harvard, que “Forças Armadas tiveram politização incompatível com a Constituição e não há poder moderador”. Se o ministro olhasse mais para o seu umbigo, ou seja, para a instituição da qual ele é o atual presidente, admitiria que o Supremo também está contaminado por uma politização incompatível com a Constituição.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

SISTEMA PRISIONAL

As reflexões do advogado Miguel Reale Júnior expressas em seu artigo Olhar o futuro (Estado, 6/4, A6), especialmente sobre o grave problema do crime organizado e seu domínio sobre o sistema prisional, são muito interessantes. Todavia, fica difícil de entender que, embora o Brasil disponha de um Judiciário que gasta três vezes mais que o dos países desenvolvidos, o sistema prisional está sucateado.

José Elias Laier

São Carlos

*

PRISÃO DE SEGURANÇA MÁXIMA

Não entendo a comemoração efusiva por parte do governo na captura dos dois fugitivos de Mossoró. Foram gastos R$ 6 milhões no processo de captura, para levá-los de volta de onde nunca deveriam ter saído. Se tivéssemos um sistema prisional descente em termos de segurança e responsabilidade administrativa, não precisaríamos viver essa pirotecnia estampando manchete dos jornais. Prefiro ler notícias que falam de investimentos em educação, saúde e principalmente em segurança pública. Parabéns aos policias envolvidos. Aos gestores públicos, que fique um alerta para uma rápida e necessária mudança administrativa prisional.

Eduardo Foz de Macedo

São Paulo

*

FORAGIDOS DE MOSSORÓ

Boa observação no Fórum dos Leitores (Certificado de garantia, 6/4, A4); sugiro tornozeleira eletrônica nos dois fugitivos.

Albino Bonomi

Ribeirão Preto

*

MORTES PELA POLÍCIA

Após o “tô nem aí” do governador Tarcísio de Freitas, as mortes pela Polícia Militar de São Paulo voltaram a acontecer. Mas antes da fatídica frase outro comportamento já liberava as mortes, a recusa do uso de câmeras corporais.

Marcos Barbosa

Casa Branca

*

EXPERIÊNCIA DE QUASE MORTE

O que o cérebro pensa enquanto morre (6/4, A25). Mais uma pá de cal no inventado, na enganação, na superstição espiritista.

Luiz Roberto Turatti

Araras

*

ZIRALDO

Até breve, Ziraldo, nosso escritor preferido. E “pai” dos cartunistas de todas as idades.

Arcangelo Sforcin Filho

São Paulo

Petrobras

Privatizar ou estatizar

Coincidência ou reflexo do clamor da sociedade? Na mesma edição do Estadão (6/4), os incisivos editoriais Bagunça na Petrobras e O exemplo eloquente da Embraer (A3) e a análise do sr. Adriano Pires Ou privatizamos ou estatizamos a Petrobras (B2). Não é preciso ser gênio para concluir, pela comparação com países mais avançados do mundo e com exemplos edificantes como o da Embraer (mundialmente reconhecido), Vale do Rio Doce e a recente capitalização da Eletrobras, que o Brasil necessita de uma urgente e radical redução do tamanho do Estado. Impecáveis os três textos. Com relação à proposta da estatização da Petrobras, aventada pelo sr. Pires, lembraria que o mundo também tem bons exemplos de estatais à prova de aparelhamentos políticos e corrupção. Na Électricité de France (EDF), por exemplo, a grande estatal francesa do ramo de eletricidade e gás, o Executivo, para caracterizar que representa apenas um terço do Estado, só pode indicar, nessa mesma proporção (um terço) os membros do seu Conselho de Administração. Os demais são representativos da sociedade francesa – definidos em lei – com interesses científicos e econômicos no desenvolvimento da empresa e do país. Finalizando, há que se acrescentar que o sucesso das privatizações nos serviços monopolísticos só ocorrerá quando, simultaneamente, a agência setorial que fixa tarifa, fiscaliza os serviços e promove a caducidade das concessões for, de fato, subordinada ao Estado, e não aos governos.

Nilson Otávio de Oliveira

São Paulo

*

‘Dinossauro voraz’

A Petrobras deixou de ser orgulho e passou a ser vergonha para os brasileiros. Onde já se viu trocar dez presidentes em dez anos? É óbvio que esse rodízio frenético de CEOs impede a empresa de colher bons resultados. A ingerência política quase quebrou a empresa na gestão de Dilma Rousseff. O atual governo já tentou com a mão grande abocanhar o dinheiro dos acionistas com a retenção dos dividendos extraordinários – causou enormes prejuízos com a queda das ações na B3. O “dinossauro voraz”, a bem da verdade, não são os acionistas. É o próprio governo do sr. Lula da Silva.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

*

Educação

Ações afirmativas

As comissões de heteroidentificação, estabelecidas nas universidades para autenticar as autodeclarações de candidatos às vagas reservadas a pretos, pardos e indígenas, carregam uma responsabilidade crucial além de sua função primordial: elas devem evitar se tornar “tribunais raciais”. Esse princípio é ilustrado pela avaliação realizada com o aluno Alison dos Santos Rodrigues pela comissão da Universidade de São Paulo (USP), que destacou características físicas específicas para justificar a decisão. A carta aberta de Fabiana Cozza, uma artista filha de pai negro e mãe branca, publicada no site do jornal O Estado de S. Paulo em 3 de junho de 2018, serve como uma reflexão poderosa sobre essas questões. Cozza ressalta que “a alma não tem cor”, uma declaração que destaca a complexidade da identidade racial além das aparências físicas. Argumento a favor de que as ações afirmativas nas universidades se baseiem na classificação socioeconômica das famílias, conforme mapeamento pelo Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Essa abordagem permite um tratamento mais objetivo da seleção de candidatos beneficiários das ações afirmativas, estando em harmonia com o Artigo 5º da Constituição brasileira, em que consta que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Portanto, é imperativo que aprimoremos as ações afirmativas para assegurar que sejam justas e eficazes e estejam alinhadas com os princípios de igualdade e inclusão social na busca por uma sociedade mais justa e igualitária.

João Cyro André,

professor titular aposentado da Escola Politécnica da USP

Barueri

*

Ziraldo (1932-2024)

Memória dos leitores

Ziraldo entra para a eternidade com seu Menino Maluquinho, assim como Peter Pan e Pinóquio eternizaram seus criadores: escrever para o público infantil é se manter na memória dos leitores, um “para sempre” que Ziraldo nos deixa. Muito obrigado.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

INEFICIÊNCIA ADMINISTRATIVA

Mais um motivo para privatizar a Petrobras: a constante interferência no primeiro escalão do seu quadro funcional (conselhos, presidência e diretorias). Está mais que comprovada a ineficiência administrativa do governo. O Legislativo pode melhorar o desempenho e evitar os desatinos de Lula, ou seja, fazer com que o Poder Executivo se atenha às suas específicas funções – saúde, segurança, educação, infraestrutura – e alijá-lo da atividade empresarial. Faz parte do processo privatizar a Petrobras.

Humberto Schuwartz Soares

Vila Velha (ES)

*

LULA E A PETROBRAS

Lula se mete na Petrobras e no BC, mas esquece os reais problemas do País (Estado, 6/4). Não podemos nos esquecer de que a missão desse senhor não se enquadra necessariamente nos interesses e necessidades do povo brasileiro. Não podemos nos olvidar que já tivemos uma experiência desastrosa em anos passados. Basta comparar suas promessas na campanha eleitoral e a negação de tudo com sua conduta atual como presidente.

Leila Elston

São Paulo

*

EXEMPLO DA EMBRAER

Ao invés de várias empresas ficarem “chorando no vale das lágrimas”, por que não seguem o exemplo da Embraer (Estado, A6/4, 3)? Entendemos que a resposta está em uma frase do imortal Shakespeare, em Hamlet, qual seja: “Há algo de podre no reino da Dinamarca”. Outrossim indagamos o porquê de os EUA terem 50 Estados e 435 “deputados”, enquanto que nós temos 27 Estados e 435 “laboriosos” deputados.

Fernando de Oliveira Geribello

São Paulo

*

‘NEGOCIAÇÕES POLÍTICAS’

No “sextando” de 5 de abril, em Arcoverde (PE), o presidente Lula disse para a sua restrita claque “que de vez em quando é preciso uma ‘cachacinha’ uma ‘cervejinha’ para fazer negociações políticas”. Se por hábito a cachacinha e o cachaçal fazem parte de sua mesa, a preços de “mensalão”, de “Lava Jato”, de emendas parlamentares e do relator e do orçamento secreto, imagino quanto custou à Nação os tonéis de “cachacinha” e “cervejinha” que o presidente bebeu/vendeu? Que o digam a Petrobras, BNDES, Correios e demais fundos de pensão de estatais...

Celso David de Oliveira

Rio de Janeiro

*

SERGIO MORO

Existe algum fundamento jurídico na cruzada petista contra Sergio Moro? Evidentemente, nenhum. É revanchismo puro do presidente e de seu partido contra o senador.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz

*

POPULARIDADE EM QUEDA

Lula da Silva entrou em parafuso vendo sua popularidade cair, inclusive no Nordeste. Para angariar simpatia e subir nas pesquisas que medem popularidade, ele lança mão de uma nova estratégia, que é a de citar Deus e milagres repetidas vezes em suas falas, visando a atrair apoio dos evangélicos. Lula 3 já era. Não engana mais ninguém.

J. A. Muller

Avaré

*

ENSINO SUPERIOR

Sobre o editorial relativo às universidades (Qualidade exige critério, 5/4, A3), acrescento que exige também fiscalização. Um jovem conseguiu bolsa do Prouni para um curso EaD mas não consegue acessar as aulas, iniciadas há mais de dois meses. Por razões técnicas, está perdendo o semestre e corre o risco de perder a bolsa que, salvo melhor juízo, está sendo paga à instituição. Impossível falar com TI, administração ou corpo docente. Só com robôs. Pode não se intencional, mas estão tirando sua oportunidade de estudar, sua tranquilidade e sua bolsa, paga pelo contribuinte. Quantos casos assim existem no País? A instituição de ensino em que isso está ocorrendo? Universidade de Santo Amaro (Unisa). E uma última pergunta: a quem recorrer?

Maria Madalena Los

Carapicuíba

*

LIMITES CONSTITUCIONAIS

Barroso: Forças Armadas tiveram politização incompatível com a Constituição e não há poder moderador (Estado, 6/4). Já para mim, o Supremo Tribunal Federal (STF) teve e tem militância política incompatível com a política, transgredindo limites constitucionais, que podem ser constatados pelas arbitrariedades cometidas no atual governo.

Maurilio Polizello Junior

São Paulo

*

‘POLITIZAÇÃO INCOMPATÍVEL’

O ministro do STF, Luís Roberto Barroso, disse, em Harvard, que “Forças Armadas tiveram politização incompatível com a Constituição e não há poder moderador”. Se o ministro olhasse mais para o seu umbigo, ou seja, para a instituição da qual ele é o atual presidente, admitiria que o Supremo também está contaminado por uma politização incompatível com a Constituição.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

*

SISTEMA PRISIONAL

As reflexões do advogado Miguel Reale Júnior expressas em seu artigo Olhar o futuro (Estado, 6/4, A6), especialmente sobre o grave problema do crime organizado e seu domínio sobre o sistema prisional, são muito interessantes. Todavia, fica difícil de entender que, embora o Brasil disponha de um Judiciário que gasta três vezes mais que o dos países desenvolvidos, o sistema prisional está sucateado.

José Elias Laier

São Carlos

*

PRISÃO DE SEGURANÇA MÁXIMA

Não entendo a comemoração efusiva por parte do governo na captura dos dois fugitivos de Mossoró. Foram gastos R$ 6 milhões no processo de captura, para levá-los de volta de onde nunca deveriam ter saído. Se tivéssemos um sistema prisional descente em termos de segurança e responsabilidade administrativa, não precisaríamos viver essa pirotecnia estampando manchete dos jornais. Prefiro ler notícias que falam de investimentos em educação, saúde e principalmente em segurança pública. Parabéns aos policias envolvidos. Aos gestores públicos, que fique um alerta para uma rápida e necessária mudança administrativa prisional.

Eduardo Foz de Macedo

São Paulo

*

FORAGIDOS DE MOSSORÓ

Boa observação no Fórum dos Leitores (Certificado de garantia, 6/4, A4); sugiro tornozeleira eletrônica nos dois fugitivos.

Albino Bonomi

Ribeirão Preto

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MORTES PELA POLÍCIA

Após o “tô nem aí” do governador Tarcísio de Freitas, as mortes pela Polícia Militar de São Paulo voltaram a acontecer. Mas antes da fatídica frase outro comportamento já liberava as mortes, a recusa do uso de câmeras corporais.

Marcos Barbosa

Casa Branca

*

EXPERIÊNCIA DE QUASE MORTE

O que o cérebro pensa enquanto morre (6/4, A25). Mais uma pá de cal no inventado, na enganação, na superstição espiritista.

Luiz Roberto Turatti

Araras

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ZIRALDO

Até breve, Ziraldo, nosso escritor preferido. E “pai” dos cartunistas de todas as idades.

Arcangelo Sforcin Filho

São Paulo

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