Fórum dos Leitores


Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

Por Fórum dos Leitores

Violência em Brasília

Invasão dos Três Poderes

A tão avisada invasão do Congresso brasileiro e das sedes dos outros Poderes ocorreu. Muitos acreditaram que era alarmismo, mas não. Na invasão lamentável realizada por terroristas vimos a leniência da Polícia Militar do DF. É visto e notório que as forças de segurança inspiram desconfiança e que o governador Ibaneis Rocha não reúne condições de permanecer no cargo, afinal, não soube defender a capital do País.

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Calebe Henrique B. de Souza

calebebernardes@gmail.com

Mogi das Cruzes

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*

Golpe contra a democracia

Somos mais de 200 milhões de brasileiros e não serão alguns milhares de terroristas que poderão mudar o nosso regime a favor de um golpe contra a democracia. No entanto, o governo do DF terá de ser punido severamente por ter estimulado essas invasões. Policiais militares tirando fotos e dando risada é a demonstração da conivência das autoridades. Outra falha clamorosa é da Polícia Federal e do SNI, que não alertaram a respeito do movimento. Essas ações têm de ser punidas para preservar nossa democracia e nosso futuro.

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Aldo Bertolucci

aldobertolucci@gmail.com

São Paulo

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Capitólio

A multidão insana invadindo os prédios dos Três Poderes lembrou um tsunami, pela quantidade de pessoas e pela rapidez da ação. Houve falha nos aparatos de segurança, que não poderiam ter deixado chegar aonde chegou. Assistimos a isso em 6/1/21 em Washington; jamais imaginaria assistir ao mesmo no Brasil.

Luiz Thadeu Nunes e Silva

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luiz.thadeu@uol.com.br

São Luís

*

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Indústria e saúde

Lugar certo

Como médico e ex-governador do Estado mais industrializado do País, Geraldo Alckmin pode estar no local certo para alavancar o complexo econômico-industrial da saúde no Brasil. Mais do que uma área conhecida apenas por gastar dinheiro, a saúde pode ser um ecossistema mais parceiro da indústria nacional, gerando empregos e desenvolvimento. O estímulo aos núcleos de inovação tecnológica e aos escritórios de transferência de tecnologia dentro de instituições de saúde poderá contribuir para maior interface entre as áreas. O Centro de Inovação Tecnológica do Instituto Central (Citic), um dos braços do InovaHC no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, está prestes a inaugurar um centro de usabilidade (UX). Os centros de usabilidade facilitam a interface indústria-hospitais para testes de materiais e equipamentos, com avaliação da experiência do usuário, contribuindo para a melhoria das soluções tecnológicas propostas, algo muito necessário na indústria nacional desse setor. Mais que um ministério isolado, será fundamental ao ministro à frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços buscar as devidas interfaces com outros ministérios, no caso, com o da Saúde, para alavancar a indústria nacional do setor. Boa sorte.

Maria Carmona,

professora associada da FMUSP e coordenadora do Citic

maria.carmona@fm.usp.br

São Paulo

*

Aposentadoria

‘Revisão da vida toda’

A justiça deste país continua tomando decisões que beneficiam apenas uma parcela da população brasileira. É o caso da “revisão da vida toda”, que beneficia apenas aqueles que se aposentaram nos últimos dez anos. Uma lei tem que servir a todos e não apenas a uma parcela dos aposentados, afinal, aqueles que têm mais de dez anos de aposentadoria também trabalharam a vida toda. Existe uma grande parcela dos beneficiários do INSS que continua sendo prejudicada e sacrificada. É o caso também daqueles que pediram sua aposentadoria e, mesmo assim, continuaram trabalhando e recolhendo suas contribuições compulsoriamente, apesar de não precisarem mais fazê-lo. Essa injustiça poderia ter sido corrigida pela chamada “desaposentação”, que não foi aprovada porque, segundo o ministro Gilmar Mendes e alguns ministros da Suprema Corte que o seguiram, impactaria negativamente as contas públicas. E a “revisão da vida toda” agora, ministros, não vai mais impactar? Os abusivos reajustes da “elite política” e do Judiciário também não impactam? São os dois pesos e duas medidas que, infelizmente, ainda grassam neste país.

Elias Skaf

eskaf@hotmail.com

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

ATOS TERRORISTAS

Os atos terroristas dos bolsonaristas que invadiram em Brasília as sedes dos Três Poderes da República, neste domingo, 8/1, precisam ser devidamente apurados e condenados pela Justiça para que seus mandantes e executores sofram os efeitos da lei. É fundamental que isso ocorra para que tais delinquentes não se sintam impunes por tais atos contra o Estado Democrático de Direito e, assim, possamos no futuro que está a nossa frente ter um saudável processo democrático de crescimento.

José de Anchieta Nobre de Almeida

josenobredalmeida@gmail.com

Rio de Janeiro

*

IDEIAS GOLPISTAS

No dia em que o Estado (8/1, A3) traz uma notável crítica à extrema direita, sem deixar de enaltecer que a maioria dos brasileiros se identifica com a agenda defendida pela “direita civilizada”, um grupo de terroristas, naturalmente com ideias golpistas e alinhados à direita à la Bolsonaro, lançam mão de atos que, todos nós, na simbologia de uma sociedade plural e democrática, devemos repreender com veemência.

Roger Gouveia

roger.gouveia@gmail.com

São Paulo

*

‘DIREITA CIVILIZADA’

Após os lastimáveis acontecimentos deste domingo, eu me pergunto: é essa a direita civilizada que queria ganhar a eleição? Bolsonaristas mostram sua verdadeira face, são golpistas que desejaram tomar o País. Resistiremos.

Maria Ísis Meirelles Monteiro de Barros

misismb@hotmail.com

Santa Rita do Passa Quatro

*

REUNIÃO MINISTERIAL

Experiente que é, Lula da Silva sabe que reunião boa é aquela na qual se chega com tudo decidido. Tudo se resolve nos gabinetes, em conversas privadas, e nada de novo se deve discutir em público. A reunião ministerial de Jair Bolsonaro documentada e divulgada por ordem judicial foi uma aula de como não se fazer uma reunião. Portanto, a fala de Lula na primeira reunião ministerial, esmiuçada pela imprensa, não revela nada, e deve ser assim por todo o seu mandato.

Flávio Madureira Padula

flvpadula@gmail.com

São Paulo

*

ARCA DE NOÉ

A foto tirada da primeira reunião ministerial do novo governo e publicada no Estadão (7/1, A7) retrata o que mais se parece com a arca de Noé do que com qualquer outra coisa, dados o tamanho e o formato da mesa. Esperemos, contudo, que os que nela habitam consigam se entender e se organizar, tal como fez Noé com a bicharada.

Artur Lovro

arturlovro@gmail.com

São Paulo

*

MARCA DA CORRUPÇÃO

Louváveis as recomendações de Lula da Silva aos seus ministros na primeira reunião de seu governo. Pediu que sejam receptíveis com os deputados e senadores; alertou que nada adianta montar um Ministério com os melhores técnicos possíveis se não tiver na Câmara e no Senado um voto sequer para aprovar as medidas necessárias. Salvo melhor juízo, faltou a Lula o essencial: alertar os seus ministros para aquilo que foi marca indelével de seu governo – a corrupção. Lula deveria ter pedido enfaticamente para não roubarem, sob pena de seu governo cair em desgraça novamente.

Deri Lemos Maia

derimaia@yahoo.com.br

Araçatuba

*

REUNIÃO DE TRABALHO

De onde eu venho, uma reunião de trabalho – como essa de Lula na sexta, 7/1 –, com a presença obrigatória de seus auxiliares, não é reunião, é comício. Depois, que eu saiba, a primeira-dama não é (ainda) ministra, mas foi a participante n.º 38. Deve ser por conta do sofá rasgado que ela notou quando havia acabado de tomar posse do Palácio da Alvorada.

Rogerio Teperman

rogerioteperman@yahoo.com.br

São Paulo

*

ORDEM DE ‘DESBOLSONARIZAÇÃO’

Muitos militares estão voltando para o quartel, local de onde não deveriam ter saído. Mas como vamos conseguir “despastorizar” o Congresso? Lugar de pastores é nas suas respectivas igrejas. Só que não, graças aos votos de eleitores evangélicos. Enquanto isso, nem pensar em discutir sobre descriminalização da maconha e do aborto e mudar a nossa legislação. Enfim, vamos que vamos com nossa hipocrisia em alta, com os donos do tráfico se dando bem e com mulheres pobres e negras morrendo. Pilotos, juízes e médicos consumindo suas drogas, compradas e entregues graças ao serviço delivery, e adolescentes riquinhas abortando fora do Brasil. E vamos continuar batendo palminhas, fazendo arminhas ou L, mas não vamos mudar o rumo do nosso país e combater os problemas com informação, pesquisa e tecnologia. Pobre Brasil, pobres brasileiros.

Maria Carmen Del Bel Tunes

carmen_tunes@yahoo.com.br

Americana

*

REAÇÃO DO MERCADO

O ano novo mal tinha dado as caras e o novo governo nem completara três dias de mandato, e lá veio uma saraivada de reações negativas do mercado financeiro, ecoada pela imprensa como se fosse o fim do mundo. O mesmo mercado que aplaudiu as barbeiragens de Paulo Guedes e as aberrações de Bolsonaro durante quatro anos deu para se escandalizar com qualquer frase infeliz dita no calor das posses ministeriais? Devagar que o santo é de barro. Além disso, existe muita especulação nesse setor, que representa algo em torno de 1% dos brasileiros. Sem desmerecer nem desqualificar a importância do capital, mas é bom que o tal “mercado” e a imprensa também respeitem os 50,9% que Lula representa.

Sandro Ferreira

sandroferreira94@hotmail.com

Ponta Grossa

*

CONSUMIDOR DE PRODUTOS NACIONAIS

Muito bom o editorial Uma nova chance para a indústria (A3, 7/1), acima da média. Mas nota-se a falta da defesa do principal interessado numa indústria nacional forte e competitiva: o consumidor nacional de produtos industriais. Não adiantarão quaisquer medidas do novo governo se os consumidores nacionais ainda forem obrigados, no futuro, a consumir produtos fabricados no Brasil mas muito mais caros vis-à-vis aos outros países. E, como cidadãos e eleitores, ainda verem montanhas de dinheiro do erário público destinados a setores pouco ou não competitivos, enquanto o País inteiro padece de inúmeros problemas sociais? Ministro Geraldo Alckmin, o que será feito objetivamente para que, no futuro, os consumidores nacionais possam ser cativados por uma indústria nacional competitiva internacionalmente, e não mantidos cativos por um sistema perverso de isenções, subsídios, protecionismo e outras vantagens que tolera, e até incentiva, uma indústria nacional cara e muitas vezes ineficiente?

Fernando T.H.F. Machado

fthfmachado@hotmail.com

São Paulo

*

RIO XINGU

A construção da usina hidrelétrica de Belo Monte foi um erro criminoso, antes de a obra ser feita todos os especialistas já alertavam para os problemas insanáveis que estão acontecendo. Faria mais sentido desativar Belo Monte, recuperar o Rio Xingu e investir em outras fontes de energia limpa. Claro que isso não vai acontecer, vão continuar destruindo a Amazônia, o Xingu, com mais obras que não vão solucionar nada, mas vão servir para encher os bolsos da bancada da corrupção, dona do Congresso e que está com saudades de superfaturar mais uma obra inútil.

Mário Barilá Filho

mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

*

PACIÊNCIA INVESTIGATIVA

O artigo Câncer: é preciso prevenir (5/1, A5) deve ser lido por todos e divulgado amplamente. Informação é o primeiro caminho para buscarmos tratamentos e curas. Em relação à ultrassonografia, escutei de um médico que os profissionais que trabalham nesse setor têm que ter a paciência investigativa para acharem minúsculos nódulos e, assim, ser possível tratá-los precocemente. Agradeço aos médicos que colaboraram com o artigo e, como eles, espero que este novo governo se empenhe muito no fortalecimento do SUS e de políticas públicas estruturadas e abrangentes para todos os brasileiros, principalmente para os mais carentes e necessitados.

Tania Tavares

taniatma@hotmail.com

São Paulo

*

ANIVERSÁRIO

Ao celebrar o aniversário de 148 anos do jornal O Estado de São Paulo, nascido em 4 de Janeiro de 1875, me dei conta do quanto ele está presente em meu currículo, além de assíduo leitor e assinante. Convidado por Roque Spencer Maciel de Barros, contribuí com muitas resenhas para o Suplemento Literário. Então decidi enviar comentários para o Fórum dos Leitores e recebi pronto acolhimento. Estimulado a continuar, me sinto agradecido e feliz com a oportunidade de participar do debate de nossos problemas, principalmente os decorrentes da falta de explicitação de um projeto nacional e de projetos específicos na área da educação e da saúde. O aniversariante é o Estadão e os presenteados e beneficiados somos todos nós, que continuamos a construir coletivamente essa edificante história. Em especial, rendo minhas homenagens a Julio Mesquita Filho, Armando de Sales Oliveira, Paulo Duarte e Mário de Andrade e suas criações O Estado de São Paulo, Universidade de São Paulo e Departamento de Cultura de São Paulo.

*

VIDA INTELIGENTE

Estou neste mundo há nove décadas e o Estadão foi sempre parte importante de minha vida. Minhas palavras são apenas para parabenizá-lo pelos seus 148 anos, mas também de agradecimento. Meus dois empregos, graças aos quais prosperei e construí o patrimônio que me permite viver decentemente até agora, foram obtidos graças a anúncios publicados no jornal. Mas como faço parte do reduzido grupo de brasileiros interessados nos destinos do Brasil, logo, pessimista, ante a debacle que acomete nosso país nos últimos 22 anos, só tenho a leitura diária dos articulistas do Estadão para me dizer que ainda há vida inteligente no País e que ainda há entre nós gente íntegra, lúcida e dotada da “preciosa e capitalíssima arte de bem escrever”, que nos dá algum conforto todos os dias. Por isso, agradeço mais uma vez, lamentando que o precioso conteúdo escrito diariamente no Estadão não seja aproveitado pelos nossos governantes em Brasília.

Affonso Maria Lima Morel

affonso.m.morel@hotmail.com

São Paulo

*

TIRINHAS

O meu muito obrigado por publicar todos os dias as tirinhas do caderno Cultura & Comportamento. Sou fã de todas, mas O Melhor de Calvin, escrita pelo maravilhoso Bill Watterson, é simplesmente inacreditável. Não sei se leram a de sábado (8/1, C4), mas terminar a história com a frase “ainda mais se você tiver uma barriga de tigre quentinha pra se encostar” é de uma delicadeza e uma lembrança para os tempos familiares, com a mãe, e na sequência para o tempo dos filhos, que também procuravam apenas um lugar carinhoso para se encostar. Maravilhosa. Parabéns por todos os dias nos dar essas alegrias com as tirinhas.

Werner Sönksen

wsonksen@hotmail.com

São Paulo

Violência em Brasília

Invasão dos Três Poderes

A tão avisada invasão do Congresso brasileiro e das sedes dos outros Poderes ocorreu. Muitos acreditaram que era alarmismo, mas não. Na invasão lamentável realizada por terroristas vimos a leniência da Polícia Militar do DF. É visto e notório que as forças de segurança inspiram desconfiança e que o governador Ibaneis Rocha não reúne condições de permanecer no cargo, afinal, não soube defender a capital do País.

Calebe Henrique B. de Souza

calebebernardes@gmail.com

Mogi das Cruzes

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Golpe contra a democracia

Somos mais de 200 milhões de brasileiros e não serão alguns milhares de terroristas que poderão mudar o nosso regime a favor de um golpe contra a democracia. No entanto, o governo do DF terá de ser punido severamente por ter estimulado essas invasões. Policiais militares tirando fotos e dando risada é a demonstração da conivência das autoridades. Outra falha clamorosa é da Polícia Federal e do SNI, que não alertaram a respeito do movimento. Essas ações têm de ser punidas para preservar nossa democracia e nosso futuro.

Aldo Bertolucci

aldobertolucci@gmail.com

São Paulo

Capitólio

A multidão insana invadindo os prédios dos Três Poderes lembrou um tsunami, pela quantidade de pessoas e pela rapidez da ação. Houve falha nos aparatos de segurança, que não poderiam ter deixado chegar aonde chegou. Assistimos a isso em 6/1/21 em Washington; jamais imaginaria assistir ao mesmo no Brasil.

Luiz Thadeu Nunes e Silva

luiz.thadeu@uol.com.br

São Luís

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Indústria e saúde

Lugar certo

Como médico e ex-governador do Estado mais industrializado do País, Geraldo Alckmin pode estar no local certo para alavancar o complexo econômico-industrial da saúde no Brasil. Mais do que uma área conhecida apenas por gastar dinheiro, a saúde pode ser um ecossistema mais parceiro da indústria nacional, gerando empregos e desenvolvimento. O estímulo aos núcleos de inovação tecnológica e aos escritórios de transferência de tecnologia dentro de instituições de saúde poderá contribuir para maior interface entre as áreas. O Centro de Inovação Tecnológica do Instituto Central (Citic), um dos braços do InovaHC no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, está prestes a inaugurar um centro de usabilidade (UX). Os centros de usabilidade facilitam a interface indústria-hospitais para testes de materiais e equipamentos, com avaliação da experiência do usuário, contribuindo para a melhoria das soluções tecnológicas propostas, algo muito necessário na indústria nacional desse setor. Mais que um ministério isolado, será fundamental ao ministro à frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços buscar as devidas interfaces com outros ministérios, no caso, com o da Saúde, para alavancar a indústria nacional do setor. Boa sorte.

Maria Carmona,

professora associada da FMUSP e coordenadora do Citic

maria.carmona@fm.usp.br

São Paulo

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Aposentadoria

‘Revisão da vida toda’

A justiça deste país continua tomando decisões que beneficiam apenas uma parcela da população brasileira. É o caso da “revisão da vida toda”, que beneficia apenas aqueles que se aposentaram nos últimos dez anos. Uma lei tem que servir a todos e não apenas a uma parcela dos aposentados, afinal, aqueles que têm mais de dez anos de aposentadoria também trabalharam a vida toda. Existe uma grande parcela dos beneficiários do INSS que continua sendo prejudicada e sacrificada. É o caso também daqueles que pediram sua aposentadoria e, mesmo assim, continuaram trabalhando e recolhendo suas contribuições compulsoriamente, apesar de não precisarem mais fazê-lo. Essa injustiça poderia ter sido corrigida pela chamada “desaposentação”, que não foi aprovada porque, segundo o ministro Gilmar Mendes e alguns ministros da Suprema Corte que o seguiram, impactaria negativamente as contas públicas. E a “revisão da vida toda” agora, ministros, não vai mais impactar? Os abusivos reajustes da “elite política” e do Judiciário também não impactam? São os dois pesos e duas medidas que, infelizmente, ainda grassam neste país.

Elias Skaf

eskaf@hotmail.com

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

ATOS TERRORISTAS

Os atos terroristas dos bolsonaristas que invadiram em Brasília as sedes dos Três Poderes da República, neste domingo, 8/1, precisam ser devidamente apurados e condenados pela Justiça para que seus mandantes e executores sofram os efeitos da lei. É fundamental que isso ocorra para que tais delinquentes não se sintam impunes por tais atos contra o Estado Democrático de Direito e, assim, possamos no futuro que está a nossa frente ter um saudável processo democrático de crescimento.

José de Anchieta Nobre de Almeida

josenobredalmeida@gmail.com

Rio de Janeiro

*

IDEIAS GOLPISTAS

No dia em que o Estado (8/1, A3) traz uma notável crítica à extrema direita, sem deixar de enaltecer que a maioria dos brasileiros se identifica com a agenda defendida pela “direita civilizada”, um grupo de terroristas, naturalmente com ideias golpistas e alinhados à direita à la Bolsonaro, lançam mão de atos que, todos nós, na simbologia de uma sociedade plural e democrática, devemos repreender com veemência.

Roger Gouveia

roger.gouveia@gmail.com

São Paulo

*

‘DIREITA CIVILIZADA’

Após os lastimáveis acontecimentos deste domingo, eu me pergunto: é essa a direita civilizada que queria ganhar a eleição? Bolsonaristas mostram sua verdadeira face, são golpistas que desejaram tomar o País. Resistiremos.

Maria Ísis Meirelles Monteiro de Barros

misismb@hotmail.com

Santa Rita do Passa Quatro

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REUNIÃO MINISTERIAL

Experiente que é, Lula da Silva sabe que reunião boa é aquela na qual se chega com tudo decidido. Tudo se resolve nos gabinetes, em conversas privadas, e nada de novo se deve discutir em público. A reunião ministerial de Jair Bolsonaro documentada e divulgada por ordem judicial foi uma aula de como não se fazer uma reunião. Portanto, a fala de Lula na primeira reunião ministerial, esmiuçada pela imprensa, não revela nada, e deve ser assim por todo o seu mandato.

Flávio Madureira Padula

flvpadula@gmail.com

São Paulo

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ARCA DE NOÉ

A foto tirada da primeira reunião ministerial do novo governo e publicada no Estadão (7/1, A7) retrata o que mais se parece com a arca de Noé do que com qualquer outra coisa, dados o tamanho e o formato da mesa. Esperemos, contudo, que os que nela habitam consigam se entender e se organizar, tal como fez Noé com a bicharada.

Artur Lovro

arturlovro@gmail.com

São Paulo

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MARCA DA CORRUPÇÃO

Louváveis as recomendações de Lula da Silva aos seus ministros na primeira reunião de seu governo. Pediu que sejam receptíveis com os deputados e senadores; alertou que nada adianta montar um Ministério com os melhores técnicos possíveis se não tiver na Câmara e no Senado um voto sequer para aprovar as medidas necessárias. Salvo melhor juízo, faltou a Lula o essencial: alertar os seus ministros para aquilo que foi marca indelével de seu governo – a corrupção. Lula deveria ter pedido enfaticamente para não roubarem, sob pena de seu governo cair em desgraça novamente.

Deri Lemos Maia

derimaia@yahoo.com.br

Araçatuba

*

REUNIÃO DE TRABALHO

De onde eu venho, uma reunião de trabalho – como essa de Lula na sexta, 7/1 –, com a presença obrigatória de seus auxiliares, não é reunião, é comício. Depois, que eu saiba, a primeira-dama não é (ainda) ministra, mas foi a participante n.º 38. Deve ser por conta do sofá rasgado que ela notou quando havia acabado de tomar posse do Palácio da Alvorada.

Rogerio Teperman

rogerioteperman@yahoo.com.br

São Paulo

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ORDEM DE ‘DESBOLSONARIZAÇÃO’

Muitos militares estão voltando para o quartel, local de onde não deveriam ter saído. Mas como vamos conseguir “despastorizar” o Congresso? Lugar de pastores é nas suas respectivas igrejas. Só que não, graças aos votos de eleitores evangélicos. Enquanto isso, nem pensar em discutir sobre descriminalização da maconha e do aborto e mudar a nossa legislação. Enfim, vamos que vamos com nossa hipocrisia em alta, com os donos do tráfico se dando bem e com mulheres pobres e negras morrendo. Pilotos, juízes e médicos consumindo suas drogas, compradas e entregues graças ao serviço delivery, e adolescentes riquinhas abortando fora do Brasil. E vamos continuar batendo palminhas, fazendo arminhas ou L, mas não vamos mudar o rumo do nosso país e combater os problemas com informação, pesquisa e tecnologia. Pobre Brasil, pobres brasileiros.

Maria Carmen Del Bel Tunes

carmen_tunes@yahoo.com.br

Americana

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REAÇÃO DO MERCADO

O ano novo mal tinha dado as caras e o novo governo nem completara três dias de mandato, e lá veio uma saraivada de reações negativas do mercado financeiro, ecoada pela imprensa como se fosse o fim do mundo. O mesmo mercado que aplaudiu as barbeiragens de Paulo Guedes e as aberrações de Bolsonaro durante quatro anos deu para se escandalizar com qualquer frase infeliz dita no calor das posses ministeriais? Devagar que o santo é de barro. Além disso, existe muita especulação nesse setor, que representa algo em torno de 1% dos brasileiros. Sem desmerecer nem desqualificar a importância do capital, mas é bom que o tal “mercado” e a imprensa também respeitem os 50,9% que Lula representa.

Sandro Ferreira

sandroferreira94@hotmail.com

Ponta Grossa

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CONSUMIDOR DE PRODUTOS NACIONAIS

Muito bom o editorial Uma nova chance para a indústria (A3, 7/1), acima da média. Mas nota-se a falta da defesa do principal interessado numa indústria nacional forte e competitiva: o consumidor nacional de produtos industriais. Não adiantarão quaisquer medidas do novo governo se os consumidores nacionais ainda forem obrigados, no futuro, a consumir produtos fabricados no Brasil mas muito mais caros vis-à-vis aos outros países. E, como cidadãos e eleitores, ainda verem montanhas de dinheiro do erário público destinados a setores pouco ou não competitivos, enquanto o País inteiro padece de inúmeros problemas sociais? Ministro Geraldo Alckmin, o que será feito objetivamente para que, no futuro, os consumidores nacionais possam ser cativados por uma indústria nacional competitiva internacionalmente, e não mantidos cativos por um sistema perverso de isenções, subsídios, protecionismo e outras vantagens que tolera, e até incentiva, uma indústria nacional cara e muitas vezes ineficiente?

Fernando T.H.F. Machado

fthfmachado@hotmail.com

São Paulo

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RIO XINGU

A construção da usina hidrelétrica de Belo Monte foi um erro criminoso, antes de a obra ser feita todos os especialistas já alertavam para os problemas insanáveis que estão acontecendo. Faria mais sentido desativar Belo Monte, recuperar o Rio Xingu e investir em outras fontes de energia limpa. Claro que isso não vai acontecer, vão continuar destruindo a Amazônia, o Xingu, com mais obras que não vão solucionar nada, mas vão servir para encher os bolsos da bancada da corrupção, dona do Congresso e que está com saudades de superfaturar mais uma obra inútil.

Mário Barilá Filho

mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

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PACIÊNCIA INVESTIGATIVA

O artigo Câncer: é preciso prevenir (5/1, A5) deve ser lido por todos e divulgado amplamente. Informação é o primeiro caminho para buscarmos tratamentos e curas. Em relação à ultrassonografia, escutei de um médico que os profissionais que trabalham nesse setor têm que ter a paciência investigativa para acharem minúsculos nódulos e, assim, ser possível tratá-los precocemente. Agradeço aos médicos que colaboraram com o artigo e, como eles, espero que este novo governo se empenhe muito no fortalecimento do SUS e de políticas públicas estruturadas e abrangentes para todos os brasileiros, principalmente para os mais carentes e necessitados.

Tania Tavares

taniatma@hotmail.com

São Paulo

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ANIVERSÁRIO

Ao celebrar o aniversário de 148 anos do jornal O Estado de São Paulo, nascido em 4 de Janeiro de 1875, me dei conta do quanto ele está presente em meu currículo, além de assíduo leitor e assinante. Convidado por Roque Spencer Maciel de Barros, contribuí com muitas resenhas para o Suplemento Literário. Então decidi enviar comentários para o Fórum dos Leitores e recebi pronto acolhimento. Estimulado a continuar, me sinto agradecido e feliz com a oportunidade de participar do debate de nossos problemas, principalmente os decorrentes da falta de explicitação de um projeto nacional e de projetos específicos na área da educação e da saúde. O aniversariante é o Estadão e os presenteados e beneficiados somos todos nós, que continuamos a construir coletivamente essa edificante história. Em especial, rendo minhas homenagens a Julio Mesquita Filho, Armando de Sales Oliveira, Paulo Duarte e Mário de Andrade e suas criações O Estado de São Paulo, Universidade de São Paulo e Departamento de Cultura de São Paulo.

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VIDA INTELIGENTE

Estou neste mundo há nove décadas e o Estadão foi sempre parte importante de minha vida. Minhas palavras são apenas para parabenizá-lo pelos seus 148 anos, mas também de agradecimento. Meus dois empregos, graças aos quais prosperei e construí o patrimônio que me permite viver decentemente até agora, foram obtidos graças a anúncios publicados no jornal. Mas como faço parte do reduzido grupo de brasileiros interessados nos destinos do Brasil, logo, pessimista, ante a debacle que acomete nosso país nos últimos 22 anos, só tenho a leitura diária dos articulistas do Estadão para me dizer que ainda há vida inteligente no País e que ainda há entre nós gente íntegra, lúcida e dotada da “preciosa e capitalíssima arte de bem escrever”, que nos dá algum conforto todos os dias. Por isso, agradeço mais uma vez, lamentando que o precioso conteúdo escrito diariamente no Estadão não seja aproveitado pelos nossos governantes em Brasília.

Affonso Maria Lima Morel

affonso.m.morel@hotmail.com

São Paulo

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TIRINHAS

O meu muito obrigado por publicar todos os dias as tirinhas do caderno Cultura & Comportamento. Sou fã de todas, mas O Melhor de Calvin, escrita pelo maravilhoso Bill Watterson, é simplesmente inacreditável. Não sei se leram a de sábado (8/1, C4), mas terminar a história com a frase “ainda mais se você tiver uma barriga de tigre quentinha pra se encostar” é de uma delicadeza e uma lembrança para os tempos familiares, com a mãe, e na sequência para o tempo dos filhos, que também procuravam apenas um lugar carinhoso para se encostar. Maravilhosa. Parabéns por todos os dias nos dar essas alegrias com as tirinhas.

Werner Sönksen

wsonksen@hotmail.com

São Paulo

Violência em Brasília

Invasão dos Três Poderes

A tão avisada invasão do Congresso brasileiro e das sedes dos outros Poderes ocorreu. Muitos acreditaram que era alarmismo, mas não. Na invasão lamentável realizada por terroristas vimos a leniência da Polícia Militar do DF. É visto e notório que as forças de segurança inspiram desconfiança e que o governador Ibaneis Rocha não reúne condições de permanecer no cargo, afinal, não soube defender a capital do País.

Calebe Henrique B. de Souza

calebebernardes@gmail.com

Mogi das Cruzes

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Golpe contra a democracia

Somos mais de 200 milhões de brasileiros e não serão alguns milhares de terroristas que poderão mudar o nosso regime a favor de um golpe contra a democracia. No entanto, o governo do DF terá de ser punido severamente por ter estimulado essas invasões. Policiais militares tirando fotos e dando risada é a demonstração da conivência das autoridades. Outra falha clamorosa é da Polícia Federal e do SNI, que não alertaram a respeito do movimento. Essas ações têm de ser punidas para preservar nossa democracia e nosso futuro.

Aldo Bertolucci

aldobertolucci@gmail.com

São Paulo

Capitólio

A multidão insana invadindo os prédios dos Três Poderes lembrou um tsunami, pela quantidade de pessoas e pela rapidez da ação. Houve falha nos aparatos de segurança, que não poderiam ter deixado chegar aonde chegou. Assistimos a isso em 6/1/21 em Washington; jamais imaginaria assistir ao mesmo no Brasil.

Luiz Thadeu Nunes e Silva

luiz.thadeu@uol.com.br

São Luís

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Indústria e saúde

Lugar certo

Como médico e ex-governador do Estado mais industrializado do País, Geraldo Alckmin pode estar no local certo para alavancar o complexo econômico-industrial da saúde no Brasil. Mais do que uma área conhecida apenas por gastar dinheiro, a saúde pode ser um ecossistema mais parceiro da indústria nacional, gerando empregos e desenvolvimento. O estímulo aos núcleos de inovação tecnológica e aos escritórios de transferência de tecnologia dentro de instituições de saúde poderá contribuir para maior interface entre as áreas. O Centro de Inovação Tecnológica do Instituto Central (Citic), um dos braços do InovaHC no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, está prestes a inaugurar um centro de usabilidade (UX). Os centros de usabilidade facilitam a interface indústria-hospitais para testes de materiais e equipamentos, com avaliação da experiência do usuário, contribuindo para a melhoria das soluções tecnológicas propostas, algo muito necessário na indústria nacional desse setor. Mais que um ministério isolado, será fundamental ao ministro à frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços buscar as devidas interfaces com outros ministérios, no caso, com o da Saúde, para alavancar a indústria nacional do setor. Boa sorte.

Maria Carmona,

professora associada da FMUSP e coordenadora do Citic

maria.carmona@fm.usp.br

São Paulo

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Aposentadoria

‘Revisão da vida toda’

A justiça deste país continua tomando decisões que beneficiam apenas uma parcela da população brasileira. É o caso da “revisão da vida toda”, que beneficia apenas aqueles que se aposentaram nos últimos dez anos. Uma lei tem que servir a todos e não apenas a uma parcela dos aposentados, afinal, aqueles que têm mais de dez anos de aposentadoria também trabalharam a vida toda. Existe uma grande parcela dos beneficiários do INSS que continua sendo prejudicada e sacrificada. É o caso também daqueles que pediram sua aposentadoria e, mesmo assim, continuaram trabalhando e recolhendo suas contribuições compulsoriamente, apesar de não precisarem mais fazê-lo. Essa injustiça poderia ter sido corrigida pela chamada “desaposentação”, que não foi aprovada porque, segundo o ministro Gilmar Mendes e alguns ministros da Suprema Corte que o seguiram, impactaria negativamente as contas públicas. E a “revisão da vida toda” agora, ministros, não vai mais impactar? Os abusivos reajustes da “elite política” e do Judiciário também não impactam? São os dois pesos e duas medidas que, infelizmente, ainda grassam neste país.

Elias Skaf

eskaf@hotmail.com

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

ATOS TERRORISTAS

Os atos terroristas dos bolsonaristas que invadiram em Brasília as sedes dos Três Poderes da República, neste domingo, 8/1, precisam ser devidamente apurados e condenados pela Justiça para que seus mandantes e executores sofram os efeitos da lei. É fundamental que isso ocorra para que tais delinquentes não se sintam impunes por tais atos contra o Estado Democrático de Direito e, assim, possamos no futuro que está a nossa frente ter um saudável processo democrático de crescimento.

José de Anchieta Nobre de Almeida

josenobredalmeida@gmail.com

Rio de Janeiro

*

IDEIAS GOLPISTAS

No dia em que o Estado (8/1, A3) traz uma notável crítica à extrema direita, sem deixar de enaltecer que a maioria dos brasileiros se identifica com a agenda defendida pela “direita civilizada”, um grupo de terroristas, naturalmente com ideias golpistas e alinhados à direita à la Bolsonaro, lançam mão de atos que, todos nós, na simbologia de uma sociedade plural e democrática, devemos repreender com veemência.

Roger Gouveia

roger.gouveia@gmail.com

São Paulo

*

‘DIREITA CIVILIZADA’

Após os lastimáveis acontecimentos deste domingo, eu me pergunto: é essa a direita civilizada que queria ganhar a eleição? Bolsonaristas mostram sua verdadeira face, são golpistas que desejaram tomar o País. Resistiremos.

Maria Ísis Meirelles Monteiro de Barros

misismb@hotmail.com

Santa Rita do Passa Quatro

*

REUNIÃO MINISTERIAL

Experiente que é, Lula da Silva sabe que reunião boa é aquela na qual se chega com tudo decidido. Tudo se resolve nos gabinetes, em conversas privadas, e nada de novo se deve discutir em público. A reunião ministerial de Jair Bolsonaro documentada e divulgada por ordem judicial foi uma aula de como não se fazer uma reunião. Portanto, a fala de Lula na primeira reunião ministerial, esmiuçada pela imprensa, não revela nada, e deve ser assim por todo o seu mandato.

Flávio Madureira Padula

flvpadula@gmail.com

São Paulo

*

ARCA DE NOÉ

A foto tirada da primeira reunião ministerial do novo governo e publicada no Estadão (7/1, A7) retrata o que mais se parece com a arca de Noé do que com qualquer outra coisa, dados o tamanho e o formato da mesa. Esperemos, contudo, que os que nela habitam consigam se entender e se organizar, tal como fez Noé com a bicharada.

Artur Lovro

arturlovro@gmail.com

São Paulo

*

MARCA DA CORRUPÇÃO

Louváveis as recomendações de Lula da Silva aos seus ministros na primeira reunião de seu governo. Pediu que sejam receptíveis com os deputados e senadores; alertou que nada adianta montar um Ministério com os melhores técnicos possíveis se não tiver na Câmara e no Senado um voto sequer para aprovar as medidas necessárias. Salvo melhor juízo, faltou a Lula o essencial: alertar os seus ministros para aquilo que foi marca indelével de seu governo – a corrupção. Lula deveria ter pedido enfaticamente para não roubarem, sob pena de seu governo cair em desgraça novamente.

Deri Lemos Maia

derimaia@yahoo.com.br

Araçatuba

*

REUNIÃO DE TRABALHO

De onde eu venho, uma reunião de trabalho – como essa de Lula na sexta, 7/1 –, com a presença obrigatória de seus auxiliares, não é reunião, é comício. Depois, que eu saiba, a primeira-dama não é (ainda) ministra, mas foi a participante n.º 38. Deve ser por conta do sofá rasgado que ela notou quando havia acabado de tomar posse do Palácio da Alvorada.

Rogerio Teperman

rogerioteperman@yahoo.com.br

São Paulo

*

ORDEM DE ‘DESBOLSONARIZAÇÃO’

Muitos militares estão voltando para o quartel, local de onde não deveriam ter saído. Mas como vamos conseguir “despastorizar” o Congresso? Lugar de pastores é nas suas respectivas igrejas. Só que não, graças aos votos de eleitores evangélicos. Enquanto isso, nem pensar em discutir sobre descriminalização da maconha e do aborto e mudar a nossa legislação. Enfim, vamos que vamos com nossa hipocrisia em alta, com os donos do tráfico se dando bem e com mulheres pobres e negras morrendo. Pilotos, juízes e médicos consumindo suas drogas, compradas e entregues graças ao serviço delivery, e adolescentes riquinhas abortando fora do Brasil. E vamos continuar batendo palminhas, fazendo arminhas ou L, mas não vamos mudar o rumo do nosso país e combater os problemas com informação, pesquisa e tecnologia. Pobre Brasil, pobres brasileiros.

Maria Carmen Del Bel Tunes

carmen_tunes@yahoo.com.br

Americana

*

REAÇÃO DO MERCADO

O ano novo mal tinha dado as caras e o novo governo nem completara três dias de mandato, e lá veio uma saraivada de reações negativas do mercado financeiro, ecoada pela imprensa como se fosse o fim do mundo. O mesmo mercado que aplaudiu as barbeiragens de Paulo Guedes e as aberrações de Bolsonaro durante quatro anos deu para se escandalizar com qualquer frase infeliz dita no calor das posses ministeriais? Devagar que o santo é de barro. Além disso, existe muita especulação nesse setor, que representa algo em torno de 1% dos brasileiros. Sem desmerecer nem desqualificar a importância do capital, mas é bom que o tal “mercado” e a imprensa também respeitem os 50,9% que Lula representa.

Sandro Ferreira

sandroferreira94@hotmail.com

Ponta Grossa

*

CONSUMIDOR DE PRODUTOS NACIONAIS

Muito bom o editorial Uma nova chance para a indústria (A3, 7/1), acima da média. Mas nota-se a falta da defesa do principal interessado numa indústria nacional forte e competitiva: o consumidor nacional de produtos industriais. Não adiantarão quaisquer medidas do novo governo se os consumidores nacionais ainda forem obrigados, no futuro, a consumir produtos fabricados no Brasil mas muito mais caros vis-à-vis aos outros países. E, como cidadãos e eleitores, ainda verem montanhas de dinheiro do erário público destinados a setores pouco ou não competitivos, enquanto o País inteiro padece de inúmeros problemas sociais? Ministro Geraldo Alckmin, o que será feito objetivamente para que, no futuro, os consumidores nacionais possam ser cativados por uma indústria nacional competitiva internacionalmente, e não mantidos cativos por um sistema perverso de isenções, subsídios, protecionismo e outras vantagens que tolera, e até incentiva, uma indústria nacional cara e muitas vezes ineficiente?

Fernando T.H.F. Machado

fthfmachado@hotmail.com

São Paulo

*

RIO XINGU

A construção da usina hidrelétrica de Belo Monte foi um erro criminoso, antes de a obra ser feita todos os especialistas já alertavam para os problemas insanáveis que estão acontecendo. Faria mais sentido desativar Belo Monte, recuperar o Rio Xingu e investir em outras fontes de energia limpa. Claro que isso não vai acontecer, vão continuar destruindo a Amazônia, o Xingu, com mais obras que não vão solucionar nada, mas vão servir para encher os bolsos da bancada da corrupção, dona do Congresso e que está com saudades de superfaturar mais uma obra inútil.

Mário Barilá Filho

mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

*

PACIÊNCIA INVESTIGATIVA

O artigo Câncer: é preciso prevenir (5/1, A5) deve ser lido por todos e divulgado amplamente. Informação é o primeiro caminho para buscarmos tratamentos e curas. Em relação à ultrassonografia, escutei de um médico que os profissionais que trabalham nesse setor têm que ter a paciência investigativa para acharem minúsculos nódulos e, assim, ser possível tratá-los precocemente. Agradeço aos médicos que colaboraram com o artigo e, como eles, espero que este novo governo se empenhe muito no fortalecimento do SUS e de políticas públicas estruturadas e abrangentes para todos os brasileiros, principalmente para os mais carentes e necessitados.

Tania Tavares

taniatma@hotmail.com

São Paulo

*

ANIVERSÁRIO

Ao celebrar o aniversário de 148 anos do jornal O Estado de São Paulo, nascido em 4 de Janeiro de 1875, me dei conta do quanto ele está presente em meu currículo, além de assíduo leitor e assinante. Convidado por Roque Spencer Maciel de Barros, contribuí com muitas resenhas para o Suplemento Literário. Então decidi enviar comentários para o Fórum dos Leitores e recebi pronto acolhimento. Estimulado a continuar, me sinto agradecido e feliz com a oportunidade de participar do debate de nossos problemas, principalmente os decorrentes da falta de explicitação de um projeto nacional e de projetos específicos na área da educação e da saúde. O aniversariante é o Estadão e os presenteados e beneficiados somos todos nós, que continuamos a construir coletivamente essa edificante história. Em especial, rendo minhas homenagens a Julio Mesquita Filho, Armando de Sales Oliveira, Paulo Duarte e Mário de Andrade e suas criações O Estado de São Paulo, Universidade de São Paulo e Departamento de Cultura de São Paulo.

*

VIDA INTELIGENTE

Estou neste mundo há nove décadas e o Estadão foi sempre parte importante de minha vida. Minhas palavras são apenas para parabenizá-lo pelos seus 148 anos, mas também de agradecimento. Meus dois empregos, graças aos quais prosperei e construí o patrimônio que me permite viver decentemente até agora, foram obtidos graças a anúncios publicados no jornal. Mas como faço parte do reduzido grupo de brasileiros interessados nos destinos do Brasil, logo, pessimista, ante a debacle que acomete nosso país nos últimos 22 anos, só tenho a leitura diária dos articulistas do Estadão para me dizer que ainda há vida inteligente no País e que ainda há entre nós gente íntegra, lúcida e dotada da “preciosa e capitalíssima arte de bem escrever”, que nos dá algum conforto todos os dias. Por isso, agradeço mais uma vez, lamentando que o precioso conteúdo escrito diariamente no Estadão não seja aproveitado pelos nossos governantes em Brasília.

Affonso Maria Lima Morel

affonso.m.morel@hotmail.com

São Paulo

*

TIRINHAS

O meu muito obrigado por publicar todos os dias as tirinhas do caderno Cultura & Comportamento. Sou fã de todas, mas O Melhor de Calvin, escrita pelo maravilhoso Bill Watterson, é simplesmente inacreditável. Não sei se leram a de sábado (8/1, C4), mas terminar a história com a frase “ainda mais se você tiver uma barriga de tigre quentinha pra se encostar” é de uma delicadeza e uma lembrança para os tempos familiares, com a mãe, e na sequência para o tempo dos filhos, que também procuravam apenas um lugar carinhoso para se encostar. Maravilhosa. Parabéns por todos os dias nos dar essas alegrias com as tirinhas.

Werner Sönksen

wsonksen@hotmail.com

São Paulo

Violência em Brasília

Invasão dos Três Poderes

A tão avisada invasão do Congresso brasileiro e das sedes dos outros Poderes ocorreu. Muitos acreditaram que era alarmismo, mas não. Na invasão lamentável realizada por terroristas vimos a leniência da Polícia Militar do DF. É visto e notório que as forças de segurança inspiram desconfiança e que o governador Ibaneis Rocha não reúne condições de permanecer no cargo, afinal, não soube defender a capital do País.

Calebe Henrique B. de Souza

calebebernardes@gmail.com

Mogi das Cruzes

*

Golpe contra a democracia

Somos mais de 200 milhões de brasileiros e não serão alguns milhares de terroristas que poderão mudar o nosso regime a favor de um golpe contra a democracia. No entanto, o governo do DF terá de ser punido severamente por ter estimulado essas invasões. Policiais militares tirando fotos e dando risada é a demonstração da conivência das autoridades. Outra falha clamorosa é da Polícia Federal e do SNI, que não alertaram a respeito do movimento. Essas ações têm de ser punidas para preservar nossa democracia e nosso futuro.

Aldo Bertolucci

aldobertolucci@gmail.com

São Paulo

Capitólio

A multidão insana invadindo os prédios dos Três Poderes lembrou um tsunami, pela quantidade de pessoas e pela rapidez da ação. Houve falha nos aparatos de segurança, que não poderiam ter deixado chegar aonde chegou. Assistimos a isso em 6/1/21 em Washington; jamais imaginaria assistir ao mesmo no Brasil.

Luiz Thadeu Nunes e Silva

luiz.thadeu@uol.com.br

São Luís

*

Indústria e saúde

Lugar certo

Como médico e ex-governador do Estado mais industrializado do País, Geraldo Alckmin pode estar no local certo para alavancar o complexo econômico-industrial da saúde no Brasil. Mais do que uma área conhecida apenas por gastar dinheiro, a saúde pode ser um ecossistema mais parceiro da indústria nacional, gerando empregos e desenvolvimento. O estímulo aos núcleos de inovação tecnológica e aos escritórios de transferência de tecnologia dentro de instituições de saúde poderá contribuir para maior interface entre as áreas. O Centro de Inovação Tecnológica do Instituto Central (Citic), um dos braços do InovaHC no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, está prestes a inaugurar um centro de usabilidade (UX). Os centros de usabilidade facilitam a interface indústria-hospitais para testes de materiais e equipamentos, com avaliação da experiência do usuário, contribuindo para a melhoria das soluções tecnológicas propostas, algo muito necessário na indústria nacional desse setor. Mais que um ministério isolado, será fundamental ao ministro à frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços buscar as devidas interfaces com outros ministérios, no caso, com o da Saúde, para alavancar a indústria nacional do setor. Boa sorte.

Maria Carmona,

professora associada da FMUSP e coordenadora do Citic

maria.carmona@fm.usp.br

São Paulo

*

Aposentadoria

‘Revisão da vida toda’

A justiça deste país continua tomando decisões que beneficiam apenas uma parcela da população brasileira. É o caso da “revisão da vida toda”, que beneficia apenas aqueles que se aposentaram nos últimos dez anos. Uma lei tem que servir a todos e não apenas a uma parcela dos aposentados, afinal, aqueles que têm mais de dez anos de aposentadoria também trabalharam a vida toda. Existe uma grande parcela dos beneficiários do INSS que continua sendo prejudicada e sacrificada. É o caso também daqueles que pediram sua aposentadoria e, mesmo assim, continuaram trabalhando e recolhendo suas contribuições compulsoriamente, apesar de não precisarem mais fazê-lo. Essa injustiça poderia ter sido corrigida pela chamada “desaposentação”, que não foi aprovada porque, segundo o ministro Gilmar Mendes e alguns ministros da Suprema Corte que o seguiram, impactaria negativamente as contas públicas. E a “revisão da vida toda” agora, ministros, não vai mais impactar? Os abusivos reajustes da “elite política” e do Judiciário também não impactam? São os dois pesos e duas medidas que, infelizmente, ainda grassam neste país.

Elias Skaf

eskaf@hotmail.com

São Paulo

*

Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

ATOS TERRORISTAS

Os atos terroristas dos bolsonaristas que invadiram em Brasília as sedes dos Três Poderes da República, neste domingo, 8/1, precisam ser devidamente apurados e condenados pela Justiça para que seus mandantes e executores sofram os efeitos da lei. É fundamental que isso ocorra para que tais delinquentes não se sintam impunes por tais atos contra o Estado Democrático de Direito e, assim, possamos no futuro que está a nossa frente ter um saudável processo democrático de crescimento.

José de Anchieta Nobre de Almeida

josenobredalmeida@gmail.com

Rio de Janeiro

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IDEIAS GOLPISTAS

No dia em que o Estado (8/1, A3) traz uma notável crítica à extrema direita, sem deixar de enaltecer que a maioria dos brasileiros se identifica com a agenda defendida pela “direita civilizada”, um grupo de terroristas, naturalmente com ideias golpistas e alinhados à direita à la Bolsonaro, lançam mão de atos que, todos nós, na simbologia de uma sociedade plural e democrática, devemos repreender com veemência.

Roger Gouveia

roger.gouveia@gmail.com

São Paulo

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‘DIREITA CIVILIZADA’

Após os lastimáveis acontecimentos deste domingo, eu me pergunto: é essa a direita civilizada que queria ganhar a eleição? Bolsonaristas mostram sua verdadeira face, são golpistas que desejaram tomar o País. Resistiremos.

Maria Ísis Meirelles Monteiro de Barros

misismb@hotmail.com

Santa Rita do Passa Quatro

*

REUNIÃO MINISTERIAL

Experiente que é, Lula da Silva sabe que reunião boa é aquela na qual se chega com tudo decidido. Tudo se resolve nos gabinetes, em conversas privadas, e nada de novo se deve discutir em público. A reunião ministerial de Jair Bolsonaro documentada e divulgada por ordem judicial foi uma aula de como não se fazer uma reunião. Portanto, a fala de Lula na primeira reunião ministerial, esmiuçada pela imprensa, não revela nada, e deve ser assim por todo o seu mandato.

Flávio Madureira Padula

flvpadula@gmail.com

São Paulo

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ARCA DE NOÉ

A foto tirada da primeira reunião ministerial do novo governo e publicada no Estadão (7/1, A7) retrata o que mais se parece com a arca de Noé do que com qualquer outra coisa, dados o tamanho e o formato da mesa. Esperemos, contudo, que os que nela habitam consigam se entender e se organizar, tal como fez Noé com a bicharada.

Artur Lovro

arturlovro@gmail.com

São Paulo

*

MARCA DA CORRUPÇÃO

Louváveis as recomendações de Lula da Silva aos seus ministros na primeira reunião de seu governo. Pediu que sejam receptíveis com os deputados e senadores; alertou que nada adianta montar um Ministério com os melhores técnicos possíveis se não tiver na Câmara e no Senado um voto sequer para aprovar as medidas necessárias. Salvo melhor juízo, faltou a Lula o essencial: alertar os seus ministros para aquilo que foi marca indelével de seu governo – a corrupção. Lula deveria ter pedido enfaticamente para não roubarem, sob pena de seu governo cair em desgraça novamente.

Deri Lemos Maia

derimaia@yahoo.com.br

Araçatuba

*

REUNIÃO DE TRABALHO

De onde eu venho, uma reunião de trabalho – como essa de Lula na sexta, 7/1 –, com a presença obrigatória de seus auxiliares, não é reunião, é comício. Depois, que eu saiba, a primeira-dama não é (ainda) ministra, mas foi a participante n.º 38. Deve ser por conta do sofá rasgado que ela notou quando havia acabado de tomar posse do Palácio da Alvorada.

Rogerio Teperman

rogerioteperman@yahoo.com.br

São Paulo

*

ORDEM DE ‘DESBOLSONARIZAÇÃO’

Muitos militares estão voltando para o quartel, local de onde não deveriam ter saído. Mas como vamos conseguir “despastorizar” o Congresso? Lugar de pastores é nas suas respectivas igrejas. Só que não, graças aos votos de eleitores evangélicos. Enquanto isso, nem pensar em discutir sobre descriminalização da maconha e do aborto e mudar a nossa legislação. Enfim, vamos que vamos com nossa hipocrisia em alta, com os donos do tráfico se dando bem e com mulheres pobres e negras morrendo. Pilotos, juízes e médicos consumindo suas drogas, compradas e entregues graças ao serviço delivery, e adolescentes riquinhas abortando fora do Brasil. E vamos continuar batendo palminhas, fazendo arminhas ou L, mas não vamos mudar o rumo do nosso país e combater os problemas com informação, pesquisa e tecnologia. Pobre Brasil, pobres brasileiros.

Maria Carmen Del Bel Tunes

carmen_tunes@yahoo.com.br

Americana

*

REAÇÃO DO MERCADO

O ano novo mal tinha dado as caras e o novo governo nem completara três dias de mandato, e lá veio uma saraivada de reações negativas do mercado financeiro, ecoada pela imprensa como se fosse o fim do mundo. O mesmo mercado que aplaudiu as barbeiragens de Paulo Guedes e as aberrações de Bolsonaro durante quatro anos deu para se escandalizar com qualquer frase infeliz dita no calor das posses ministeriais? Devagar que o santo é de barro. Além disso, existe muita especulação nesse setor, que representa algo em torno de 1% dos brasileiros. Sem desmerecer nem desqualificar a importância do capital, mas é bom que o tal “mercado” e a imprensa também respeitem os 50,9% que Lula representa.

Sandro Ferreira

sandroferreira94@hotmail.com

Ponta Grossa

*

CONSUMIDOR DE PRODUTOS NACIONAIS

Muito bom o editorial Uma nova chance para a indústria (A3, 7/1), acima da média. Mas nota-se a falta da defesa do principal interessado numa indústria nacional forte e competitiva: o consumidor nacional de produtos industriais. Não adiantarão quaisquer medidas do novo governo se os consumidores nacionais ainda forem obrigados, no futuro, a consumir produtos fabricados no Brasil mas muito mais caros vis-à-vis aos outros países. E, como cidadãos e eleitores, ainda verem montanhas de dinheiro do erário público destinados a setores pouco ou não competitivos, enquanto o País inteiro padece de inúmeros problemas sociais? Ministro Geraldo Alckmin, o que será feito objetivamente para que, no futuro, os consumidores nacionais possam ser cativados por uma indústria nacional competitiva internacionalmente, e não mantidos cativos por um sistema perverso de isenções, subsídios, protecionismo e outras vantagens que tolera, e até incentiva, uma indústria nacional cara e muitas vezes ineficiente?

Fernando T.H.F. Machado

fthfmachado@hotmail.com

São Paulo

*

RIO XINGU

A construção da usina hidrelétrica de Belo Monte foi um erro criminoso, antes de a obra ser feita todos os especialistas já alertavam para os problemas insanáveis que estão acontecendo. Faria mais sentido desativar Belo Monte, recuperar o Rio Xingu e investir em outras fontes de energia limpa. Claro que isso não vai acontecer, vão continuar destruindo a Amazônia, o Xingu, com mais obras que não vão solucionar nada, mas vão servir para encher os bolsos da bancada da corrupção, dona do Congresso e que está com saudades de superfaturar mais uma obra inútil.

Mário Barilá Filho

mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

*

PACIÊNCIA INVESTIGATIVA

O artigo Câncer: é preciso prevenir (5/1, A5) deve ser lido por todos e divulgado amplamente. Informação é o primeiro caminho para buscarmos tratamentos e curas. Em relação à ultrassonografia, escutei de um médico que os profissionais que trabalham nesse setor têm que ter a paciência investigativa para acharem minúsculos nódulos e, assim, ser possível tratá-los precocemente. Agradeço aos médicos que colaboraram com o artigo e, como eles, espero que este novo governo se empenhe muito no fortalecimento do SUS e de políticas públicas estruturadas e abrangentes para todos os brasileiros, principalmente para os mais carentes e necessitados.

Tania Tavares

taniatma@hotmail.com

São Paulo

*

ANIVERSÁRIO

Ao celebrar o aniversário de 148 anos do jornal O Estado de São Paulo, nascido em 4 de Janeiro de 1875, me dei conta do quanto ele está presente em meu currículo, além de assíduo leitor e assinante. Convidado por Roque Spencer Maciel de Barros, contribuí com muitas resenhas para o Suplemento Literário. Então decidi enviar comentários para o Fórum dos Leitores e recebi pronto acolhimento. Estimulado a continuar, me sinto agradecido e feliz com a oportunidade de participar do debate de nossos problemas, principalmente os decorrentes da falta de explicitação de um projeto nacional e de projetos específicos na área da educação e da saúde. O aniversariante é o Estadão e os presenteados e beneficiados somos todos nós, que continuamos a construir coletivamente essa edificante história. Em especial, rendo minhas homenagens a Julio Mesquita Filho, Armando de Sales Oliveira, Paulo Duarte e Mário de Andrade e suas criações O Estado de São Paulo, Universidade de São Paulo e Departamento de Cultura de São Paulo.

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VIDA INTELIGENTE

Estou neste mundo há nove décadas e o Estadão foi sempre parte importante de minha vida. Minhas palavras são apenas para parabenizá-lo pelos seus 148 anos, mas também de agradecimento. Meus dois empregos, graças aos quais prosperei e construí o patrimônio que me permite viver decentemente até agora, foram obtidos graças a anúncios publicados no jornal. Mas como faço parte do reduzido grupo de brasileiros interessados nos destinos do Brasil, logo, pessimista, ante a debacle que acomete nosso país nos últimos 22 anos, só tenho a leitura diária dos articulistas do Estadão para me dizer que ainda há vida inteligente no País e que ainda há entre nós gente íntegra, lúcida e dotada da “preciosa e capitalíssima arte de bem escrever”, que nos dá algum conforto todos os dias. Por isso, agradeço mais uma vez, lamentando que o precioso conteúdo escrito diariamente no Estadão não seja aproveitado pelos nossos governantes em Brasília.

Affonso Maria Lima Morel

affonso.m.morel@hotmail.com

São Paulo

*

TIRINHAS

O meu muito obrigado por publicar todos os dias as tirinhas do caderno Cultura & Comportamento. Sou fã de todas, mas O Melhor de Calvin, escrita pelo maravilhoso Bill Watterson, é simplesmente inacreditável. Não sei se leram a de sábado (8/1, C4), mas terminar a história com a frase “ainda mais se você tiver uma barriga de tigre quentinha pra se encostar” é de uma delicadeza e uma lembrança para os tempos familiares, com a mãe, e na sequência para o tempo dos filhos, que também procuravam apenas um lugar carinhoso para se encostar. Maravilhosa. Parabéns por todos os dias nos dar essas alegrias com as tirinhas.

Werner Sönksen

wsonksen@hotmail.com

São Paulo

Violência em Brasília

Invasão dos Três Poderes

A tão avisada invasão do Congresso brasileiro e das sedes dos outros Poderes ocorreu. Muitos acreditaram que era alarmismo, mas não. Na invasão lamentável realizada por terroristas vimos a leniência da Polícia Militar do DF. É visto e notório que as forças de segurança inspiram desconfiança e que o governador Ibaneis Rocha não reúne condições de permanecer no cargo, afinal, não soube defender a capital do País.

Calebe Henrique B. de Souza

calebebernardes@gmail.com

Mogi das Cruzes

*

Golpe contra a democracia

Somos mais de 200 milhões de brasileiros e não serão alguns milhares de terroristas que poderão mudar o nosso regime a favor de um golpe contra a democracia. No entanto, o governo do DF terá de ser punido severamente por ter estimulado essas invasões. Policiais militares tirando fotos e dando risada é a demonstração da conivência das autoridades. Outra falha clamorosa é da Polícia Federal e do SNI, que não alertaram a respeito do movimento. Essas ações têm de ser punidas para preservar nossa democracia e nosso futuro.

Aldo Bertolucci

aldobertolucci@gmail.com

São Paulo

Capitólio

A multidão insana invadindo os prédios dos Três Poderes lembrou um tsunami, pela quantidade de pessoas e pela rapidez da ação. Houve falha nos aparatos de segurança, que não poderiam ter deixado chegar aonde chegou. Assistimos a isso em 6/1/21 em Washington; jamais imaginaria assistir ao mesmo no Brasil.

Luiz Thadeu Nunes e Silva

luiz.thadeu@uol.com.br

São Luís

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Indústria e saúde

Lugar certo

Como médico e ex-governador do Estado mais industrializado do País, Geraldo Alckmin pode estar no local certo para alavancar o complexo econômico-industrial da saúde no Brasil. Mais do que uma área conhecida apenas por gastar dinheiro, a saúde pode ser um ecossistema mais parceiro da indústria nacional, gerando empregos e desenvolvimento. O estímulo aos núcleos de inovação tecnológica e aos escritórios de transferência de tecnologia dentro de instituições de saúde poderá contribuir para maior interface entre as áreas. O Centro de Inovação Tecnológica do Instituto Central (Citic), um dos braços do InovaHC no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, está prestes a inaugurar um centro de usabilidade (UX). Os centros de usabilidade facilitam a interface indústria-hospitais para testes de materiais e equipamentos, com avaliação da experiência do usuário, contribuindo para a melhoria das soluções tecnológicas propostas, algo muito necessário na indústria nacional desse setor. Mais que um ministério isolado, será fundamental ao ministro à frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços buscar as devidas interfaces com outros ministérios, no caso, com o da Saúde, para alavancar a indústria nacional do setor. Boa sorte.

Maria Carmona,

professora associada da FMUSP e coordenadora do Citic

maria.carmona@fm.usp.br

São Paulo

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Aposentadoria

‘Revisão da vida toda’

A justiça deste país continua tomando decisões que beneficiam apenas uma parcela da população brasileira. É o caso da “revisão da vida toda”, que beneficia apenas aqueles que se aposentaram nos últimos dez anos. Uma lei tem que servir a todos e não apenas a uma parcela dos aposentados, afinal, aqueles que têm mais de dez anos de aposentadoria também trabalharam a vida toda. Existe uma grande parcela dos beneficiários do INSS que continua sendo prejudicada e sacrificada. É o caso também daqueles que pediram sua aposentadoria e, mesmo assim, continuaram trabalhando e recolhendo suas contribuições compulsoriamente, apesar de não precisarem mais fazê-lo. Essa injustiça poderia ter sido corrigida pela chamada “desaposentação”, que não foi aprovada porque, segundo o ministro Gilmar Mendes e alguns ministros da Suprema Corte que o seguiram, impactaria negativamente as contas públicas. E a “revisão da vida toda” agora, ministros, não vai mais impactar? Os abusivos reajustes da “elite política” e do Judiciário também não impactam? São os dois pesos e duas medidas que, infelizmente, ainda grassam neste país.

Elias Skaf

eskaf@hotmail.com

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

ATOS TERRORISTAS

Os atos terroristas dos bolsonaristas que invadiram em Brasília as sedes dos Três Poderes da República, neste domingo, 8/1, precisam ser devidamente apurados e condenados pela Justiça para que seus mandantes e executores sofram os efeitos da lei. É fundamental que isso ocorra para que tais delinquentes não se sintam impunes por tais atos contra o Estado Democrático de Direito e, assim, possamos no futuro que está a nossa frente ter um saudável processo democrático de crescimento.

José de Anchieta Nobre de Almeida

josenobredalmeida@gmail.com

Rio de Janeiro

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IDEIAS GOLPISTAS

No dia em que o Estado (8/1, A3) traz uma notável crítica à extrema direita, sem deixar de enaltecer que a maioria dos brasileiros se identifica com a agenda defendida pela “direita civilizada”, um grupo de terroristas, naturalmente com ideias golpistas e alinhados à direita à la Bolsonaro, lançam mão de atos que, todos nós, na simbologia de uma sociedade plural e democrática, devemos repreender com veemência.

Roger Gouveia

roger.gouveia@gmail.com

São Paulo

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‘DIREITA CIVILIZADA’

Após os lastimáveis acontecimentos deste domingo, eu me pergunto: é essa a direita civilizada que queria ganhar a eleição? Bolsonaristas mostram sua verdadeira face, são golpistas que desejaram tomar o País. Resistiremos.

Maria Ísis Meirelles Monteiro de Barros

misismb@hotmail.com

Santa Rita do Passa Quatro

*

REUNIÃO MINISTERIAL

Experiente que é, Lula da Silva sabe que reunião boa é aquela na qual se chega com tudo decidido. Tudo se resolve nos gabinetes, em conversas privadas, e nada de novo se deve discutir em público. A reunião ministerial de Jair Bolsonaro documentada e divulgada por ordem judicial foi uma aula de como não se fazer uma reunião. Portanto, a fala de Lula na primeira reunião ministerial, esmiuçada pela imprensa, não revela nada, e deve ser assim por todo o seu mandato.

Flávio Madureira Padula

flvpadula@gmail.com

São Paulo

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ARCA DE NOÉ

A foto tirada da primeira reunião ministerial do novo governo e publicada no Estadão (7/1, A7) retrata o que mais se parece com a arca de Noé do que com qualquer outra coisa, dados o tamanho e o formato da mesa. Esperemos, contudo, que os que nela habitam consigam se entender e se organizar, tal como fez Noé com a bicharada.

Artur Lovro

arturlovro@gmail.com

São Paulo

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MARCA DA CORRUPÇÃO

Louváveis as recomendações de Lula da Silva aos seus ministros na primeira reunião de seu governo. Pediu que sejam receptíveis com os deputados e senadores; alertou que nada adianta montar um Ministério com os melhores técnicos possíveis se não tiver na Câmara e no Senado um voto sequer para aprovar as medidas necessárias. Salvo melhor juízo, faltou a Lula o essencial: alertar os seus ministros para aquilo que foi marca indelével de seu governo – a corrupção. Lula deveria ter pedido enfaticamente para não roubarem, sob pena de seu governo cair em desgraça novamente.

Deri Lemos Maia

derimaia@yahoo.com.br

Araçatuba

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REUNIÃO DE TRABALHO

De onde eu venho, uma reunião de trabalho – como essa de Lula na sexta, 7/1 –, com a presença obrigatória de seus auxiliares, não é reunião, é comício. Depois, que eu saiba, a primeira-dama não é (ainda) ministra, mas foi a participante n.º 38. Deve ser por conta do sofá rasgado que ela notou quando havia acabado de tomar posse do Palácio da Alvorada.

Rogerio Teperman

rogerioteperman@yahoo.com.br

São Paulo

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ORDEM DE ‘DESBOLSONARIZAÇÃO’

Muitos militares estão voltando para o quartel, local de onde não deveriam ter saído. Mas como vamos conseguir “despastorizar” o Congresso? Lugar de pastores é nas suas respectivas igrejas. Só que não, graças aos votos de eleitores evangélicos. Enquanto isso, nem pensar em discutir sobre descriminalização da maconha e do aborto e mudar a nossa legislação. Enfim, vamos que vamos com nossa hipocrisia em alta, com os donos do tráfico se dando bem e com mulheres pobres e negras morrendo. Pilotos, juízes e médicos consumindo suas drogas, compradas e entregues graças ao serviço delivery, e adolescentes riquinhas abortando fora do Brasil. E vamos continuar batendo palminhas, fazendo arminhas ou L, mas não vamos mudar o rumo do nosso país e combater os problemas com informação, pesquisa e tecnologia. Pobre Brasil, pobres brasileiros.

Maria Carmen Del Bel Tunes

carmen_tunes@yahoo.com.br

Americana

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REAÇÃO DO MERCADO

O ano novo mal tinha dado as caras e o novo governo nem completara três dias de mandato, e lá veio uma saraivada de reações negativas do mercado financeiro, ecoada pela imprensa como se fosse o fim do mundo. O mesmo mercado que aplaudiu as barbeiragens de Paulo Guedes e as aberrações de Bolsonaro durante quatro anos deu para se escandalizar com qualquer frase infeliz dita no calor das posses ministeriais? Devagar que o santo é de barro. Além disso, existe muita especulação nesse setor, que representa algo em torno de 1% dos brasileiros. Sem desmerecer nem desqualificar a importância do capital, mas é bom que o tal “mercado” e a imprensa também respeitem os 50,9% que Lula representa.

Sandro Ferreira

sandroferreira94@hotmail.com

Ponta Grossa

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CONSUMIDOR DE PRODUTOS NACIONAIS

Muito bom o editorial Uma nova chance para a indústria (A3, 7/1), acima da média. Mas nota-se a falta da defesa do principal interessado numa indústria nacional forte e competitiva: o consumidor nacional de produtos industriais. Não adiantarão quaisquer medidas do novo governo se os consumidores nacionais ainda forem obrigados, no futuro, a consumir produtos fabricados no Brasil mas muito mais caros vis-à-vis aos outros países. E, como cidadãos e eleitores, ainda verem montanhas de dinheiro do erário público destinados a setores pouco ou não competitivos, enquanto o País inteiro padece de inúmeros problemas sociais? Ministro Geraldo Alckmin, o que será feito objetivamente para que, no futuro, os consumidores nacionais possam ser cativados por uma indústria nacional competitiva internacionalmente, e não mantidos cativos por um sistema perverso de isenções, subsídios, protecionismo e outras vantagens que tolera, e até incentiva, uma indústria nacional cara e muitas vezes ineficiente?

Fernando T.H.F. Machado

fthfmachado@hotmail.com

São Paulo

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RIO XINGU

A construção da usina hidrelétrica de Belo Monte foi um erro criminoso, antes de a obra ser feita todos os especialistas já alertavam para os problemas insanáveis que estão acontecendo. Faria mais sentido desativar Belo Monte, recuperar o Rio Xingu e investir em outras fontes de energia limpa. Claro que isso não vai acontecer, vão continuar destruindo a Amazônia, o Xingu, com mais obras que não vão solucionar nada, mas vão servir para encher os bolsos da bancada da corrupção, dona do Congresso e que está com saudades de superfaturar mais uma obra inútil.

Mário Barilá Filho

mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

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PACIÊNCIA INVESTIGATIVA

O artigo Câncer: é preciso prevenir (5/1, A5) deve ser lido por todos e divulgado amplamente. Informação é o primeiro caminho para buscarmos tratamentos e curas. Em relação à ultrassonografia, escutei de um médico que os profissionais que trabalham nesse setor têm que ter a paciência investigativa para acharem minúsculos nódulos e, assim, ser possível tratá-los precocemente. Agradeço aos médicos que colaboraram com o artigo e, como eles, espero que este novo governo se empenhe muito no fortalecimento do SUS e de políticas públicas estruturadas e abrangentes para todos os brasileiros, principalmente para os mais carentes e necessitados.

Tania Tavares

taniatma@hotmail.com

São Paulo

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ANIVERSÁRIO

Ao celebrar o aniversário de 148 anos do jornal O Estado de São Paulo, nascido em 4 de Janeiro de 1875, me dei conta do quanto ele está presente em meu currículo, além de assíduo leitor e assinante. Convidado por Roque Spencer Maciel de Barros, contribuí com muitas resenhas para o Suplemento Literário. Então decidi enviar comentários para o Fórum dos Leitores e recebi pronto acolhimento. Estimulado a continuar, me sinto agradecido e feliz com a oportunidade de participar do debate de nossos problemas, principalmente os decorrentes da falta de explicitação de um projeto nacional e de projetos específicos na área da educação e da saúde. O aniversariante é o Estadão e os presenteados e beneficiados somos todos nós, que continuamos a construir coletivamente essa edificante história. Em especial, rendo minhas homenagens a Julio Mesquita Filho, Armando de Sales Oliveira, Paulo Duarte e Mário de Andrade e suas criações O Estado de São Paulo, Universidade de São Paulo e Departamento de Cultura de São Paulo.

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VIDA INTELIGENTE

Estou neste mundo há nove décadas e o Estadão foi sempre parte importante de minha vida. Minhas palavras são apenas para parabenizá-lo pelos seus 148 anos, mas também de agradecimento. Meus dois empregos, graças aos quais prosperei e construí o patrimônio que me permite viver decentemente até agora, foram obtidos graças a anúncios publicados no jornal. Mas como faço parte do reduzido grupo de brasileiros interessados nos destinos do Brasil, logo, pessimista, ante a debacle que acomete nosso país nos últimos 22 anos, só tenho a leitura diária dos articulistas do Estadão para me dizer que ainda há vida inteligente no País e que ainda há entre nós gente íntegra, lúcida e dotada da “preciosa e capitalíssima arte de bem escrever”, que nos dá algum conforto todos os dias. Por isso, agradeço mais uma vez, lamentando que o precioso conteúdo escrito diariamente no Estadão não seja aproveitado pelos nossos governantes em Brasília.

Affonso Maria Lima Morel

affonso.m.morel@hotmail.com

São Paulo

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TIRINHAS

O meu muito obrigado por publicar todos os dias as tirinhas do caderno Cultura & Comportamento. Sou fã de todas, mas O Melhor de Calvin, escrita pelo maravilhoso Bill Watterson, é simplesmente inacreditável. Não sei se leram a de sábado (8/1, C4), mas terminar a história com a frase “ainda mais se você tiver uma barriga de tigre quentinha pra se encostar” é de uma delicadeza e uma lembrança para os tempos familiares, com a mãe, e na sequência para o tempo dos filhos, que também procuravam apenas um lugar carinhoso para se encostar. Maravilhosa. Parabéns por todos os dias nos dar essas alegrias com as tirinhas.

Werner Sönksen

wsonksen@hotmail.com

São Paulo

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