Graduação é mais do que um diploma


Má qualidade da educação superior constatada pelo Enade exige redefinição de políticas públicas e a reformulação de processos pedagógicos pelas instituições de ensino

Por Notas & Informações

Os fracos resultados de 26 áreas de ensino superior avaliadas pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) do Ministério da Educação (MEC) comprovam que a triste deficiência educacional no Brasil se estende do fundamental à graduação. Menos da metade (45,2%) dos quase 10 mil cursos analisados conseguiu alcançar um padrão mediano. Quase um terço deles (29,2%) foi qualificado como ruim ou péssimo. Em nível de excelência, uma parcela mínima de 5,5%.

O Enade é aplicado anualmente com um determinado grupo de áreas por vez, de modo que cada curso seja avaliado a cada três anos. O conjunto de 2022 foi formado por 13 cursos de tecnologia e 13 de bacharelado, como Administração, Ciências Econômicas, Direito, Jornalismo, Psicologia, Relações Internacionais, entre outros. São aplicadas provas a estudantes e coordenadores e o conceito final se insere numa escala de 1 a 5. Não há distinção entre as instituições. Pela mesma régua passam as públicas e privadas, com ou sem fins lucrativos, ensino presencial ou a distância.

O fato de o exame ter confirmado desempenho pior no ensino a distância (EAD) do que no presencial reforça a visão de que está na hora de rever parâmetros para o ensino que a pandemia se encarregou de disseminar. No EAD, 33,7% dos estudantes que estão concluindo o curso obtiveram conceito 1 e 2, os piores da tabela, e somente 3,7% desses cursos receberam conceito máximo. No presencial, essas notas corresponderam, respectivamente, a 28,2% e 5,9%. Saldo um pouco melhor, mas igualmente preocupante.

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Durante a divulgação do resultado, a declaração do ministro Camilo Santana de que o MEC “não tem perna suficiente” para a supervisão adequada no ensino superior soou quase como um pedido de desculpas para a inaptidão generalizada que o Enade descortinou. Mas não há desculpas. O ensino superior é responsabilidade do Ministério, assim como o de nível médio cabe às secretarias estaduais e o fundamental, às municipais.

Se as avaliações periódicas demonstram um nível vergonhosamente baixo de ensino, é sinal de que as políticas públicas para a educação ou são ineficientes, ou mal planejadas, ou até inexistentes. A fragilidade que se alastra por diferentes níveis de ensino atesta a total falta de coordenação entre os organismos encarregados de definir padrões e zelar pela qualidade da educação. No nível superior, o exame que abrange diferentes áreas e traz o mesmo retrato desfocado de cursos tão diferentes é a prova de que o erro começa de cima – vem dos formuladores de políticas públicas.

O ministro Camilo Santana defendeu a criação de uma agência reguladora para as instituições de ensino superior, capaz de regulamentar e fiscalizar o segmento. Se é esse o diagnóstico, pois bem, que se criem os meios para prescrevê-lo. Mas isso não tira a responsabilidade do MEC em relação ao problema. Tampouco é crível a ideia de que uma agência reguladora fará a mágica de elevar a qualidade do ensino universitário por meio da fiscalização.

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Recentemente, dados do censo promovido pelo próprio Ministério mostraram que a quantidade de cursos superiores ministrados a distância cresceu 700% nos últimos dez anos. E até agora não houve qualquer mudança de diretriz para dotar de maior credibilidade e eficiência essa modalidade que, pelos dados do Enade 2022, é predominante entre estudantes de 31 a 40 anos de idade. O aumento do acesso ao ensino superior, especialmente num país como o Brasil, é de extrema importância. Mas merece atenção, tanto das universidades quanto do poder público, a busca de instrumentos para nivelar o conhecimento dos que ingressam na vida acadêmica – compensar eventuais deficiências trazidas do ensino médio ou mesmo de períodos fora da escola.

O Enade existe para subsidiar, com as provas e questionários aplicados, tanto as instituições de ensino, que devem rever processos guiadas pelas deficiências apontadas, quanto os órgãos públicos, para verificar que tipo de serviço é prestado pelas instituições autorizadas a funcionar. Não basta medir a qualidade se desse monitoramento não saírem soluções de melhoria dos processos pedagógicos.

Os fracos resultados de 26 áreas de ensino superior avaliadas pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) do Ministério da Educação (MEC) comprovam que a triste deficiência educacional no Brasil se estende do fundamental à graduação. Menos da metade (45,2%) dos quase 10 mil cursos analisados conseguiu alcançar um padrão mediano. Quase um terço deles (29,2%) foi qualificado como ruim ou péssimo. Em nível de excelência, uma parcela mínima de 5,5%.

O Enade é aplicado anualmente com um determinado grupo de áreas por vez, de modo que cada curso seja avaliado a cada três anos. O conjunto de 2022 foi formado por 13 cursos de tecnologia e 13 de bacharelado, como Administração, Ciências Econômicas, Direito, Jornalismo, Psicologia, Relações Internacionais, entre outros. São aplicadas provas a estudantes e coordenadores e o conceito final se insere numa escala de 1 a 5. Não há distinção entre as instituições. Pela mesma régua passam as públicas e privadas, com ou sem fins lucrativos, ensino presencial ou a distância.

O fato de o exame ter confirmado desempenho pior no ensino a distância (EAD) do que no presencial reforça a visão de que está na hora de rever parâmetros para o ensino que a pandemia se encarregou de disseminar. No EAD, 33,7% dos estudantes que estão concluindo o curso obtiveram conceito 1 e 2, os piores da tabela, e somente 3,7% desses cursos receberam conceito máximo. No presencial, essas notas corresponderam, respectivamente, a 28,2% e 5,9%. Saldo um pouco melhor, mas igualmente preocupante.

Durante a divulgação do resultado, a declaração do ministro Camilo Santana de que o MEC “não tem perna suficiente” para a supervisão adequada no ensino superior soou quase como um pedido de desculpas para a inaptidão generalizada que o Enade descortinou. Mas não há desculpas. O ensino superior é responsabilidade do Ministério, assim como o de nível médio cabe às secretarias estaduais e o fundamental, às municipais.

Se as avaliações periódicas demonstram um nível vergonhosamente baixo de ensino, é sinal de que as políticas públicas para a educação ou são ineficientes, ou mal planejadas, ou até inexistentes. A fragilidade que se alastra por diferentes níveis de ensino atesta a total falta de coordenação entre os organismos encarregados de definir padrões e zelar pela qualidade da educação. No nível superior, o exame que abrange diferentes áreas e traz o mesmo retrato desfocado de cursos tão diferentes é a prova de que o erro começa de cima – vem dos formuladores de políticas públicas.

O ministro Camilo Santana defendeu a criação de uma agência reguladora para as instituições de ensino superior, capaz de regulamentar e fiscalizar o segmento. Se é esse o diagnóstico, pois bem, que se criem os meios para prescrevê-lo. Mas isso não tira a responsabilidade do MEC em relação ao problema. Tampouco é crível a ideia de que uma agência reguladora fará a mágica de elevar a qualidade do ensino universitário por meio da fiscalização.

Recentemente, dados do censo promovido pelo próprio Ministério mostraram que a quantidade de cursos superiores ministrados a distância cresceu 700% nos últimos dez anos. E até agora não houve qualquer mudança de diretriz para dotar de maior credibilidade e eficiência essa modalidade que, pelos dados do Enade 2022, é predominante entre estudantes de 31 a 40 anos de idade. O aumento do acesso ao ensino superior, especialmente num país como o Brasil, é de extrema importância. Mas merece atenção, tanto das universidades quanto do poder público, a busca de instrumentos para nivelar o conhecimento dos que ingressam na vida acadêmica – compensar eventuais deficiências trazidas do ensino médio ou mesmo de períodos fora da escola.

O Enade existe para subsidiar, com as provas e questionários aplicados, tanto as instituições de ensino, que devem rever processos guiadas pelas deficiências apontadas, quanto os órgãos públicos, para verificar que tipo de serviço é prestado pelas instituições autorizadas a funcionar. Não basta medir a qualidade se desse monitoramento não saírem soluções de melhoria dos processos pedagógicos.

Os fracos resultados de 26 áreas de ensino superior avaliadas pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) do Ministério da Educação (MEC) comprovam que a triste deficiência educacional no Brasil se estende do fundamental à graduação. Menos da metade (45,2%) dos quase 10 mil cursos analisados conseguiu alcançar um padrão mediano. Quase um terço deles (29,2%) foi qualificado como ruim ou péssimo. Em nível de excelência, uma parcela mínima de 5,5%.

O Enade é aplicado anualmente com um determinado grupo de áreas por vez, de modo que cada curso seja avaliado a cada três anos. O conjunto de 2022 foi formado por 13 cursos de tecnologia e 13 de bacharelado, como Administração, Ciências Econômicas, Direito, Jornalismo, Psicologia, Relações Internacionais, entre outros. São aplicadas provas a estudantes e coordenadores e o conceito final se insere numa escala de 1 a 5. Não há distinção entre as instituições. Pela mesma régua passam as públicas e privadas, com ou sem fins lucrativos, ensino presencial ou a distância.

O fato de o exame ter confirmado desempenho pior no ensino a distância (EAD) do que no presencial reforça a visão de que está na hora de rever parâmetros para o ensino que a pandemia se encarregou de disseminar. No EAD, 33,7% dos estudantes que estão concluindo o curso obtiveram conceito 1 e 2, os piores da tabela, e somente 3,7% desses cursos receberam conceito máximo. No presencial, essas notas corresponderam, respectivamente, a 28,2% e 5,9%. Saldo um pouco melhor, mas igualmente preocupante.

Durante a divulgação do resultado, a declaração do ministro Camilo Santana de que o MEC “não tem perna suficiente” para a supervisão adequada no ensino superior soou quase como um pedido de desculpas para a inaptidão generalizada que o Enade descortinou. Mas não há desculpas. O ensino superior é responsabilidade do Ministério, assim como o de nível médio cabe às secretarias estaduais e o fundamental, às municipais.

Se as avaliações periódicas demonstram um nível vergonhosamente baixo de ensino, é sinal de que as políticas públicas para a educação ou são ineficientes, ou mal planejadas, ou até inexistentes. A fragilidade que se alastra por diferentes níveis de ensino atesta a total falta de coordenação entre os organismos encarregados de definir padrões e zelar pela qualidade da educação. No nível superior, o exame que abrange diferentes áreas e traz o mesmo retrato desfocado de cursos tão diferentes é a prova de que o erro começa de cima – vem dos formuladores de políticas públicas.

O ministro Camilo Santana defendeu a criação de uma agência reguladora para as instituições de ensino superior, capaz de regulamentar e fiscalizar o segmento. Se é esse o diagnóstico, pois bem, que se criem os meios para prescrevê-lo. Mas isso não tira a responsabilidade do MEC em relação ao problema. Tampouco é crível a ideia de que uma agência reguladora fará a mágica de elevar a qualidade do ensino universitário por meio da fiscalização.

Recentemente, dados do censo promovido pelo próprio Ministério mostraram que a quantidade de cursos superiores ministrados a distância cresceu 700% nos últimos dez anos. E até agora não houve qualquer mudança de diretriz para dotar de maior credibilidade e eficiência essa modalidade que, pelos dados do Enade 2022, é predominante entre estudantes de 31 a 40 anos de idade. O aumento do acesso ao ensino superior, especialmente num país como o Brasil, é de extrema importância. Mas merece atenção, tanto das universidades quanto do poder público, a busca de instrumentos para nivelar o conhecimento dos que ingressam na vida acadêmica – compensar eventuais deficiências trazidas do ensino médio ou mesmo de períodos fora da escola.

O Enade existe para subsidiar, com as provas e questionários aplicados, tanto as instituições de ensino, que devem rever processos guiadas pelas deficiências apontadas, quanto os órgãos públicos, para verificar que tipo de serviço é prestado pelas instituições autorizadas a funcionar. Não basta medir a qualidade se desse monitoramento não saírem soluções de melhoria dos processos pedagógicos.

Os fracos resultados de 26 áreas de ensino superior avaliadas pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) do Ministério da Educação (MEC) comprovam que a triste deficiência educacional no Brasil se estende do fundamental à graduação. Menos da metade (45,2%) dos quase 10 mil cursos analisados conseguiu alcançar um padrão mediano. Quase um terço deles (29,2%) foi qualificado como ruim ou péssimo. Em nível de excelência, uma parcela mínima de 5,5%.

O Enade é aplicado anualmente com um determinado grupo de áreas por vez, de modo que cada curso seja avaliado a cada três anos. O conjunto de 2022 foi formado por 13 cursos de tecnologia e 13 de bacharelado, como Administração, Ciências Econômicas, Direito, Jornalismo, Psicologia, Relações Internacionais, entre outros. São aplicadas provas a estudantes e coordenadores e o conceito final se insere numa escala de 1 a 5. Não há distinção entre as instituições. Pela mesma régua passam as públicas e privadas, com ou sem fins lucrativos, ensino presencial ou a distância.

O fato de o exame ter confirmado desempenho pior no ensino a distância (EAD) do que no presencial reforça a visão de que está na hora de rever parâmetros para o ensino que a pandemia se encarregou de disseminar. No EAD, 33,7% dos estudantes que estão concluindo o curso obtiveram conceito 1 e 2, os piores da tabela, e somente 3,7% desses cursos receberam conceito máximo. No presencial, essas notas corresponderam, respectivamente, a 28,2% e 5,9%. Saldo um pouco melhor, mas igualmente preocupante.

Durante a divulgação do resultado, a declaração do ministro Camilo Santana de que o MEC “não tem perna suficiente” para a supervisão adequada no ensino superior soou quase como um pedido de desculpas para a inaptidão generalizada que o Enade descortinou. Mas não há desculpas. O ensino superior é responsabilidade do Ministério, assim como o de nível médio cabe às secretarias estaduais e o fundamental, às municipais.

Se as avaliações periódicas demonstram um nível vergonhosamente baixo de ensino, é sinal de que as políticas públicas para a educação ou são ineficientes, ou mal planejadas, ou até inexistentes. A fragilidade que se alastra por diferentes níveis de ensino atesta a total falta de coordenação entre os organismos encarregados de definir padrões e zelar pela qualidade da educação. No nível superior, o exame que abrange diferentes áreas e traz o mesmo retrato desfocado de cursos tão diferentes é a prova de que o erro começa de cima – vem dos formuladores de políticas públicas.

O ministro Camilo Santana defendeu a criação de uma agência reguladora para as instituições de ensino superior, capaz de regulamentar e fiscalizar o segmento. Se é esse o diagnóstico, pois bem, que se criem os meios para prescrevê-lo. Mas isso não tira a responsabilidade do MEC em relação ao problema. Tampouco é crível a ideia de que uma agência reguladora fará a mágica de elevar a qualidade do ensino universitário por meio da fiscalização.

Recentemente, dados do censo promovido pelo próprio Ministério mostraram que a quantidade de cursos superiores ministrados a distância cresceu 700% nos últimos dez anos. E até agora não houve qualquer mudança de diretriz para dotar de maior credibilidade e eficiência essa modalidade que, pelos dados do Enade 2022, é predominante entre estudantes de 31 a 40 anos de idade. O aumento do acesso ao ensino superior, especialmente num país como o Brasil, é de extrema importância. Mas merece atenção, tanto das universidades quanto do poder público, a busca de instrumentos para nivelar o conhecimento dos que ingressam na vida acadêmica – compensar eventuais deficiências trazidas do ensino médio ou mesmo de períodos fora da escola.

O Enade existe para subsidiar, com as provas e questionários aplicados, tanto as instituições de ensino, que devem rever processos guiadas pelas deficiências apontadas, quanto os órgãos públicos, para verificar que tipo de serviço é prestado pelas instituições autorizadas a funcionar. Não basta medir a qualidade se desse monitoramento não saírem soluções de melhoria dos processos pedagógicos.

Os fracos resultados de 26 áreas de ensino superior avaliadas pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) do Ministério da Educação (MEC) comprovam que a triste deficiência educacional no Brasil se estende do fundamental à graduação. Menos da metade (45,2%) dos quase 10 mil cursos analisados conseguiu alcançar um padrão mediano. Quase um terço deles (29,2%) foi qualificado como ruim ou péssimo. Em nível de excelência, uma parcela mínima de 5,5%.

O Enade é aplicado anualmente com um determinado grupo de áreas por vez, de modo que cada curso seja avaliado a cada três anos. O conjunto de 2022 foi formado por 13 cursos de tecnologia e 13 de bacharelado, como Administração, Ciências Econômicas, Direito, Jornalismo, Psicologia, Relações Internacionais, entre outros. São aplicadas provas a estudantes e coordenadores e o conceito final se insere numa escala de 1 a 5. Não há distinção entre as instituições. Pela mesma régua passam as públicas e privadas, com ou sem fins lucrativos, ensino presencial ou a distância.

O fato de o exame ter confirmado desempenho pior no ensino a distância (EAD) do que no presencial reforça a visão de que está na hora de rever parâmetros para o ensino que a pandemia se encarregou de disseminar. No EAD, 33,7% dos estudantes que estão concluindo o curso obtiveram conceito 1 e 2, os piores da tabela, e somente 3,7% desses cursos receberam conceito máximo. No presencial, essas notas corresponderam, respectivamente, a 28,2% e 5,9%. Saldo um pouco melhor, mas igualmente preocupante.

Durante a divulgação do resultado, a declaração do ministro Camilo Santana de que o MEC “não tem perna suficiente” para a supervisão adequada no ensino superior soou quase como um pedido de desculpas para a inaptidão generalizada que o Enade descortinou. Mas não há desculpas. O ensino superior é responsabilidade do Ministério, assim como o de nível médio cabe às secretarias estaduais e o fundamental, às municipais.

Se as avaliações periódicas demonstram um nível vergonhosamente baixo de ensino, é sinal de que as políticas públicas para a educação ou são ineficientes, ou mal planejadas, ou até inexistentes. A fragilidade que se alastra por diferentes níveis de ensino atesta a total falta de coordenação entre os organismos encarregados de definir padrões e zelar pela qualidade da educação. No nível superior, o exame que abrange diferentes áreas e traz o mesmo retrato desfocado de cursos tão diferentes é a prova de que o erro começa de cima – vem dos formuladores de políticas públicas.

O ministro Camilo Santana defendeu a criação de uma agência reguladora para as instituições de ensino superior, capaz de regulamentar e fiscalizar o segmento. Se é esse o diagnóstico, pois bem, que se criem os meios para prescrevê-lo. Mas isso não tira a responsabilidade do MEC em relação ao problema. Tampouco é crível a ideia de que uma agência reguladora fará a mágica de elevar a qualidade do ensino universitário por meio da fiscalização.

Recentemente, dados do censo promovido pelo próprio Ministério mostraram que a quantidade de cursos superiores ministrados a distância cresceu 700% nos últimos dez anos. E até agora não houve qualquer mudança de diretriz para dotar de maior credibilidade e eficiência essa modalidade que, pelos dados do Enade 2022, é predominante entre estudantes de 31 a 40 anos de idade. O aumento do acesso ao ensino superior, especialmente num país como o Brasil, é de extrema importância. Mas merece atenção, tanto das universidades quanto do poder público, a busca de instrumentos para nivelar o conhecimento dos que ingressam na vida acadêmica – compensar eventuais deficiências trazidas do ensino médio ou mesmo de períodos fora da escola.

O Enade existe para subsidiar, com as provas e questionários aplicados, tanto as instituições de ensino, que devem rever processos guiadas pelas deficiências apontadas, quanto os órgãos públicos, para verificar que tipo de serviço é prestado pelas instituições autorizadas a funcionar. Não basta medir a qualidade se desse monitoramento não saírem soluções de melhoria dos processos pedagógicos.

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