Infraestrutura à míngua


Projeção de investimento cresce, mas ainda muito abaixo do nível ideal; iniciativa privada lidera

Por Notas & Informações

A iniciativa privada continua liderando os investimentos em infraestrutura e se prevê agora um aumento em 2023 em relação aos valores do ano passado. Pelos cálculos de especialistas, os investimentos chegarão a quase 2% do Produto Interno Bruto (PIB). É um avanço, mas representa apenas a metade do que deveria ser investido. Faltam uma ação mais organizada do governo e crédito acessível.

A tentativa da União de mudar as regras para saneamento e aumentar seu poder na recém-privatizada Eletrobras, além da polêmica em torno das concessionárias dos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Viracopos, em São Paulo, não ajuda a dar mais confiança para que se iniciem ou sejam retomadas obras.

Um estudo da consultoria de Cláudio Frischtak mostra que as aplicações em infraestrutura poderão chegar a R$ 204 bilhões neste ano, e 65% delas viriam do setor privado. O maior volume de investimentos deve ser carreado para os setores de energia e de transportes. Como se sabe, a transição energética no Brasil avança mais rapidamente do que em outros países, em grande parte graças aos projetos tocados pela iniciativa privada.

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Os valores projetados para os investimentos em infraestrutura neste ano indicam um crescimento de pouco mais de 10% em comparação com 2022. Mesmo com essa expansão, o total a ser investido continuará muito abaixo do necessário para corrigir as deficiências no País. Considera-se que seria preciso aplicar 4% do PIB em obras de infraestrutura para corrigir problemas como a péssima qualidade das nossas estradas de rodagem, que ainda são essenciais para a movimentação dos produtos agrícolas tanto na distribuição para o consumo doméstico como para os portos com destino à exportação. E este é apenas um exemplo entre as muitas deficiências do País.

A incerteza dos empresários para investir foi retratada, mais uma vez, na queda do índice de confiança da construção da FGV, divulgado na sexta-feira, e o segmento que indicou mais problemas foi exatamente o das empresas de infraestrutura, que reportaram piora na carteira de contratos. O acesso ao crédito teve a pior avaliação desde julho do ano passado, segundo o informe da FGV.

Nesse contexto, o que faz o governo? Por enquanto, são muitos os discursos e fartas as promessas de concessão de estradas e outras obras. Depois das experiências desastrosas do passado na busca dos “campeões nacionais”, como eram chamadas as empresas eleitas para receber benesses governamentais, é compreensível o temor de que o governo do presidente Lula da Silva volte àquele padrão de política pública. Mesmo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, foi cauteloso ao anunciar seu propósito de fazer o banco voltar a crescer – ele disse que sua meta “não é o BNDES após a crise de 2009, que era de 4,3% do PIB”, e sim um “banco de 2% do PIB e que foi menos de 1% nesses últimos anos”.

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O que o Brasil precisa para deslanchar investimentos em infraestrutura é seguir o receituário clássico: regras claras nas concessões e espaço para que a iniciativa privada tenha segurança e condições competitivas.

A iniciativa privada continua liderando os investimentos em infraestrutura e se prevê agora um aumento em 2023 em relação aos valores do ano passado. Pelos cálculos de especialistas, os investimentos chegarão a quase 2% do Produto Interno Bruto (PIB). É um avanço, mas representa apenas a metade do que deveria ser investido. Faltam uma ação mais organizada do governo e crédito acessível.

A tentativa da União de mudar as regras para saneamento e aumentar seu poder na recém-privatizada Eletrobras, além da polêmica em torno das concessionárias dos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Viracopos, em São Paulo, não ajuda a dar mais confiança para que se iniciem ou sejam retomadas obras.

Um estudo da consultoria de Cláudio Frischtak mostra que as aplicações em infraestrutura poderão chegar a R$ 204 bilhões neste ano, e 65% delas viriam do setor privado. O maior volume de investimentos deve ser carreado para os setores de energia e de transportes. Como se sabe, a transição energética no Brasil avança mais rapidamente do que em outros países, em grande parte graças aos projetos tocados pela iniciativa privada.

Os valores projetados para os investimentos em infraestrutura neste ano indicam um crescimento de pouco mais de 10% em comparação com 2022. Mesmo com essa expansão, o total a ser investido continuará muito abaixo do necessário para corrigir as deficiências no País. Considera-se que seria preciso aplicar 4% do PIB em obras de infraestrutura para corrigir problemas como a péssima qualidade das nossas estradas de rodagem, que ainda são essenciais para a movimentação dos produtos agrícolas tanto na distribuição para o consumo doméstico como para os portos com destino à exportação. E este é apenas um exemplo entre as muitas deficiências do País.

A incerteza dos empresários para investir foi retratada, mais uma vez, na queda do índice de confiança da construção da FGV, divulgado na sexta-feira, e o segmento que indicou mais problemas foi exatamente o das empresas de infraestrutura, que reportaram piora na carteira de contratos. O acesso ao crédito teve a pior avaliação desde julho do ano passado, segundo o informe da FGV.

Nesse contexto, o que faz o governo? Por enquanto, são muitos os discursos e fartas as promessas de concessão de estradas e outras obras. Depois das experiências desastrosas do passado na busca dos “campeões nacionais”, como eram chamadas as empresas eleitas para receber benesses governamentais, é compreensível o temor de que o governo do presidente Lula da Silva volte àquele padrão de política pública. Mesmo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, foi cauteloso ao anunciar seu propósito de fazer o banco voltar a crescer – ele disse que sua meta “não é o BNDES após a crise de 2009, que era de 4,3% do PIB”, e sim um “banco de 2% do PIB e que foi menos de 1% nesses últimos anos”.

O que o Brasil precisa para deslanchar investimentos em infraestrutura é seguir o receituário clássico: regras claras nas concessões e espaço para que a iniciativa privada tenha segurança e condições competitivas.

A iniciativa privada continua liderando os investimentos em infraestrutura e se prevê agora um aumento em 2023 em relação aos valores do ano passado. Pelos cálculos de especialistas, os investimentos chegarão a quase 2% do Produto Interno Bruto (PIB). É um avanço, mas representa apenas a metade do que deveria ser investido. Faltam uma ação mais organizada do governo e crédito acessível.

A tentativa da União de mudar as regras para saneamento e aumentar seu poder na recém-privatizada Eletrobras, além da polêmica em torno das concessionárias dos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Viracopos, em São Paulo, não ajuda a dar mais confiança para que se iniciem ou sejam retomadas obras.

Um estudo da consultoria de Cláudio Frischtak mostra que as aplicações em infraestrutura poderão chegar a R$ 204 bilhões neste ano, e 65% delas viriam do setor privado. O maior volume de investimentos deve ser carreado para os setores de energia e de transportes. Como se sabe, a transição energética no Brasil avança mais rapidamente do que em outros países, em grande parte graças aos projetos tocados pela iniciativa privada.

Os valores projetados para os investimentos em infraestrutura neste ano indicam um crescimento de pouco mais de 10% em comparação com 2022. Mesmo com essa expansão, o total a ser investido continuará muito abaixo do necessário para corrigir as deficiências no País. Considera-se que seria preciso aplicar 4% do PIB em obras de infraestrutura para corrigir problemas como a péssima qualidade das nossas estradas de rodagem, que ainda são essenciais para a movimentação dos produtos agrícolas tanto na distribuição para o consumo doméstico como para os portos com destino à exportação. E este é apenas um exemplo entre as muitas deficiências do País.

A incerteza dos empresários para investir foi retratada, mais uma vez, na queda do índice de confiança da construção da FGV, divulgado na sexta-feira, e o segmento que indicou mais problemas foi exatamente o das empresas de infraestrutura, que reportaram piora na carteira de contratos. O acesso ao crédito teve a pior avaliação desde julho do ano passado, segundo o informe da FGV.

Nesse contexto, o que faz o governo? Por enquanto, são muitos os discursos e fartas as promessas de concessão de estradas e outras obras. Depois das experiências desastrosas do passado na busca dos “campeões nacionais”, como eram chamadas as empresas eleitas para receber benesses governamentais, é compreensível o temor de que o governo do presidente Lula da Silva volte àquele padrão de política pública. Mesmo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, foi cauteloso ao anunciar seu propósito de fazer o banco voltar a crescer – ele disse que sua meta “não é o BNDES após a crise de 2009, que era de 4,3% do PIB”, e sim um “banco de 2% do PIB e que foi menos de 1% nesses últimos anos”.

O que o Brasil precisa para deslanchar investimentos em infraestrutura é seguir o receituário clássico: regras claras nas concessões e espaço para que a iniciativa privada tenha segurança e condições competitivas.

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