Kissinger, o realista


O controvertido secretário de Estado norte-americano ajudou a moldar o século 20

Por Notas & Informações

Se a diplomacia impediu o desborde da guerra fria para um conflito nuclear global, como é fato, o esforço bem-sucedido deveu-se sobretudo a Henry Kissinger. Arquiteto da détente entre Estados Unidos e União Soviética, no início dos anos 1970, Kissinger morreu aos 100 anos no último dia 29 legando à humanidade a mais profunda e lúcida compreensão sobre as relações internacionais ao longo da história contemporânea e sua exitosa, embora altamente controversa, estratégia de consolidação da Pax Americana. O “bruxo” jamais passou ileso à crítica fundamentada. Mas será indevido omitir sua dimensão como estadista e sua influência decisiva no jogo diplomático até seus últimos dias de vida.

Conselheiro de Segurança Nacional e secretário de Estado dos Estados Unidos no período de 1969 a 1977, sob os presidentes Richard Nixon e Gerald Ford, Kissinger moveu-se com habilidade notável em um capítulo potencialmente incendiário da guerra fria. Em especial, ao costurar em conversas secretas o surpreendente encontro em Pequim entre Nixon e Mao Tsé-tung, em 1972. À distensão das relações entre a potência ocidental e a “China Vermelha” da época somaram-se a exitosa tática de isolamento de Moscou, a negociação do primeiro acordo bilateral de contenção de ameaças nucleares e os tratados de paz com o Vietnã – que lhe valeu o Prêmio Nobel da Paz de 1973 e, aos EUA, uma saída menos desonrosa de sua guerra na Ásia.

Kissinger jogava com habilidade em diferentes tabuleiros, sem jamais admitir desvios em seu objetivo de consolidar uma hegemonia de longo prazo dos EUA. Sobretudo, não abria mão de sua doutrina ultrarrealista, cujos conceitos estão refletidos nas suas obras-primas Diplomacia e Sobre a China. Descrito como arrogante, temperamental e paranoico, acumulou acusações por crimes contra a humanidade e passou por cima de valores democráticos do país que o acolheu, ainda menino, como refugiado da perseguição da Alemanha nazista aos judeus.

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As centenas de milhares de vítimas dos bombardeios no Camboja e no Paquistão do Leste (Bangladesh), a tomada do Timor Leste pela Indonésia e a derrubada do governo chileno de Salvador Allende impregnam sua biografia, na qual se inclui o apoio da Casa Branca às ditaduras da América Sul, entre as quais a do Brasil. À revista The Atlantic, em 2016, o ex-presidente Barack Obama afirmou que Nixon e Kissinger “deixaram para trás o caos, massacres e governos autoritários”. “De que maneira aquela estratégia promoveu nossos interesses?”, questionou Obama, um dos raros líderes americanos impermeáveis aos conselhos de Kissinger.

A indagação continua em aberto. A lucidez de Kissinger sobre o cenário do pós-guerra fria jamais foi desprezada, como prova seu recente conselho a Washington para buscar com a China o melhor diálogo sobre a inteligência artificial. Vale a pena registrar um de seus últimos alertas, dado à The Economist em maio passado: “Estamos em um mundo de destrutividade sem precedentes”.

Se a diplomacia impediu o desborde da guerra fria para um conflito nuclear global, como é fato, o esforço bem-sucedido deveu-se sobretudo a Henry Kissinger. Arquiteto da détente entre Estados Unidos e União Soviética, no início dos anos 1970, Kissinger morreu aos 100 anos no último dia 29 legando à humanidade a mais profunda e lúcida compreensão sobre as relações internacionais ao longo da história contemporânea e sua exitosa, embora altamente controversa, estratégia de consolidação da Pax Americana. O “bruxo” jamais passou ileso à crítica fundamentada. Mas será indevido omitir sua dimensão como estadista e sua influência decisiva no jogo diplomático até seus últimos dias de vida.

Conselheiro de Segurança Nacional e secretário de Estado dos Estados Unidos no período de 1969 a 1977, sob os presidentes Richard Nixon e Gerald Ford, Kissinger moveu-se com habilidade notável em um capítulo potencialmente incendiário da guerra fria. Em especial, ao costurar em conversas secretas o surpreendente encontro em Pequim entre Nixon e Mao Tsé-tung, em 1972. À distensão das relações entre a potência ocidental e a “China Vermelha” da época somaram-se a exitosa tática de isolamento de Moscou, a negociação do primeiro acordo bilateral de contenção de ameaças nucleares e os tratados de paz com o Vietnã – que lhe valeu o Prêmio Nobel da Paz de 1973 e, aos EUA, uma saída menos desonrosa de sua guerra na Ásia.

Kissinger jogava com habilidade em diferentes tabuleiros, sem jamais admitir desvios em seu objetivo de consolidar uma hegemonia de longo prazo dos EUA. Sobretudo, não abria mão de sua doutrina ultrarrealista, cujos conceitos estão refletidos nas suas obras-primas Diplomacia e Sobre a China. Descrito como arrogante, temperamental e paranoico, acumulou acusações por crimes contra a humanidade e passou por cima de valores democráticos do país que o acolheu, ainda menino, como refugiado da perseguição da Alemanha nazista aos judeus.

As centenas de milhares de vítimas dos bombardeios no Camboja e no Paquistão do Leste (Bangladesh), a tomada do Timor Leste pela Indonésia e a derrubada do governo chileno de Salvador Allende impregnam sua biografia, na qual se inclui o apoio da Casa Branca às ditaduras da América Sul, entre as quais a do Brasil. À revista The Atlantic, em 2016, o ex-presidente Barack Obama afirmou que Nixon e Kissinger “deixaram para trás o caos, massacres e governos autoritários”. “De que maneira aquela estratégia promoveu nossos interesses?”, questionou Obama, um dos raros líderes americanos impermeáveis aos conselhos de Kissinger.

A indagação continua em aberto. A lucidez de Kissinger sobre o cenário do pós-guerra fria jamais foi desprezada, como prova seu recente conselho a Washington para buscar com a China o melhor diálogo sobre a inteligência artificial. Vale a pena registrar um de seus últimos alertas, dado à The Economist em maio passado: “Estamos em um mundo de destrutividade sem precedentes”.

Se a diplomacia impediu o desborde da guerra fria para um conflito nuclear global, como é fato, o esforço bem-sucedido deveu-se sobretudo a Henry Kissinger. Arquiteto da détente entre Estados Unidos e União Soviética, no início dos anos 1970, Kissinger morreu aos 100 anos no último dia 29 legando à humanidade a mais profunda e lúcida compreensão sobre as relações internacionais ao longo da história contemporânea e sua exitosa, embora altamente controversa, estratégia de consolidação da Pax Americana. O “bruxo” jamais passou ileso à crítica fundamentada. Mas será indevido omitir sua dimensão como estadista e sua influência decisiva no jogo diplomático até seus últimos dias de vida.

Conselheiro de Segurança Nacional e secretário de Estado dos Estados Unidos no período de 1969 a 1977, sob os presidentes Richard Nixon e Gerald Ford, Kissinger moveu-se com habilidade notável em um capítulo potencialmente incendiário da guerra fria. Em especial, ao costurar em conversas secretas o surpreendente encontro em Pequim entre Nixon e Mao Tsé-tung, em 1972. À distensão das relações entre a potência ocidental e a “China Vermelha” da época somaram-se a exitosa tática de isolamento de Moscou, a negociação do primeiro acordo bilateral de contenção de ameaças nucleares e os tratados de paz com o Vietnã – que lhe valeu o Prêmio Nobel da Paz de 1973 e, aos EUA, uma saída menos desonrosa de sua guerra na Ásia.

Kissinger jogava com habilidade em diferentes tabuleiros, sem jamais admitir desvios em seu objetivo de consolidar uma hegemonia de longo prazo dos EUA. Sobretudo, não abria mão de sua doutrina ultrarrealista, cujos conceitos estão refletidos nas suas obras-primas Diplomacia e Sobre a China. Descrito como arrogante, temperamental e paranoico, acumulou acusações por crimes contra a humanidade e passou por cima de valores democráticos do país que o acolheu, ainda menino, como refugiado da perseguição da Alemanha nazista aos judeus.

As centenas de milhares de vítimas dos bombardeios no Camboja e no Paquistão do Leste (Bangladesh), a tomada do Timor Leste pela Indonésia e a derrubada do governo chileno de Salvador Allende impregnam sua biografia, na qual se inclui o apoio da Casa Branca às ditaduras da América Sul, entre as quais a do Brasil. À revista The Atlantic, em 2016, o ex-presidente Barack Obama afirmou que Nixon e Kissinger “deixaram para trás o caos, massacres e governos autoritários”. “De que maneira aquela estratégia promoveu nossos interesses?”, questionou Obama, um dos raros líderes americanos impermeáveis aos conselhos de Kissinger.

A indagação continua em aberto. A lucidez de Kissinger sobre o cenário do pós-guerra fria jamais foi desprezada, como prova seu recente conselho a Washington para buscar com a China o melhor diálogo sobre a inteligência artificial. Vale a pena registrar um de seus últimos alertas, dado à The Economist em maio passado: “Estamos em um mundo de destrutividade sem precedentes”.

Se a diplomacia impediu o desborde da guerra fria para um conflito nuclear global, como é fato, o esforço bem-sucedido deveu-se sobretudo a Henry Kissinger. Arquiteto da détente entre Estados Unidos e União Soviética, no início dos anos 1970, Kissinger morreu aos 100 anos no último dia 29 legando à humanidade a mais profunda e lúcida compreensão sobre as relações internacionais ao longo da história contemporânea e sua exitosa, embora altamente controversa, estratégia de consolidação da Pax Americana. O “bruxo” jamais passou ileso à crítica fundamentada. Mas será indevido omitir sua dimensão como estadista e sua influência decisiva no jogo diplomático até seus últimos dias de vida.

Conselheiro de Segurança Nacional e secretário de Estado dos Estados Unidos no período de 1969 a 1977, sob os presidentes Richard Nixon e Gerald Ford, Kissinger moveu-se com habilidade notável em um capítulo potencialmente incendiário da guerra fria. Em especial, ao costurar em conversas secretas o surpreendente encontro em Pequim entre Nixon e Mao Tsé-tung, em 1972. À distensão das relações entre a potência ocidental e a “China Vermelha” da época somaram-se a exitosa tática de isolamento de Moscou, a negociação do primeiro acordo bilateral de contenção de ameaças nucleares e os tratados de paz com o Vietnã – que lhe valeu o Prêmio Nobel da Paz de 1973 e, aos EUA, uma saída menos desonrosa de sua guerra na Ásia.

Kissinger jogava com habilidade em diferentes tabuleiros, sem jamais admitir desvios em seu objetivo de consolidar uma hegemonia de longo prazo dos EUA. Sobretudo, não abria mão de sua doutrina ultrarrealista, cujos conceitos estão refletidos nas suas obras-primas Diplomacia e Sobre a China. Descrito como arrogante, temperamental e paranoico, acumulou acusações por crimes contra a humanidade e passou por cima de valores democráticos do país que o acolheu, ainda menino, como refugiado da perseguição da Alemanha nazista aos judeus.

As centenas de milhares de vítimas dos bombardeios no Camboja e no Paquistão do Leste (Bangladesh), a tomada do Timor Leste pela Indonésia e a derrubada do governo chileno de Salvador Allende impregnam sua biografia, na qual se inclui o apoio da Casa Branca às ditaduras da América Sul, entre as quais a do Brasil. À revista The Atlantic, em 2016, o ex-presidente Barack Obama afirmou que Nixon e Kissinger “deixaram para trás o caos, massacres e governos autoritários”. “De que maneira aquela estratégia promoveu nossos interesses?”, questionou Obama, um dos raros líderes americanos impermeáveis aos conselhos de Kissinger.

A indagação continua em aberto. A lucidez de Kissinger sobre o cenário do pós-guerra fria jamais foi desprezada, como prova seu recente conselho a Washington para buscar com a China o melhor diálogo sobre a inteligência artificial. Vale a pena registrar um de seus últimos alertas, dado à The Economist em maio passado: “Estamos em um mundo de destrutividade sem precedentes”.

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